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Namibe Etimologia
Namibe Etimologia
Namibe Etimologia
O nome "Namibe" vem da palavra "namib", um termo da língua nama, uma das línguas
coissãs, e significa "lugar vasto e ermo" ou "área onde ali não há mais nada". [2]
Antes de 1975 a província tinha o nome de "Moçâmedes" (até a década de 1950 com a
grafia "Mossâmedes"), em homenagem ao Barão de Mossâmedes.
História
A província do Namibe é a terra dos povos hereros, que habitam a região desde a grande
migração banta, iniciada na primeira metade do primeiro milénio da era cristã. A formação
dos hereros se deu pelo isolamento geográfico que permitiu a fragmentação etnolinguística
banta. Anteriormente a região era de domínio dos povos coissãs.
Fundação do distrito
Ver artigo principal: Distrito de Mossâmedes
A colonização definitiva das terras do sudoeste angolano viria ocorrer por causa de um
episódio de violência e desentendimento entre brasileiros e luso-brasileiros que ficou
conhecido como revolução Praieira, entre 1848 e 1849, na província de Pernambuco,
no Império do Brasil. Em consequência do massacre contra os luso-brasileiros, estes
solicitaram ajuda ao Reino de Portugal, que lhes forneceu duas embarcações e construiu
infraestruturas no ainda modesto povoado de Moçâmedes, com vistas a formar uma
robusta colónia agrícola-comercial, que viria satisfazer os objetivos do império colonial. A
primeira das embarcações, o brigue Douro, chegou na baía do Namibe em 1 de agosto de
1849, seguido pela embarcação Tentativa Feliz, em 3 de agosto. [5]
Na expectativa da instalação destes luso-brasileiros, já se havia criado, em 19 de abril de
1849, o distrito de Mossâmedes (precursor da atual província), com sede no povoado
homónimo, com António Sérgio de Sousa como primeiro governador. No dia 4 de agosto
de 1849 há a inauguração oficial do distrito de Mossâmedes, com o discurso dos
representantes portugueses na presença das autoridades tradicionais, os sobas Mossungo
e Giraúl. Os colonos foram instalados nos alojamentos temporários para os luso-
brasileiros. Uma segunda leva de luso-brasileiros viria para Moçâmedes no ano seguinte. [5]
Em 1854 os empreendimentos coloniais portugueses decidem marcar presença em Porto
Alexandre (atual Tômbua e anteriormente Porto do Pinda), após tomar conhecimento da
visita de um explorador britânico de nome James Edward Alexander, que decidiu pôr seu
nome na aldeia dos hereros que havia naquela baía. O empreendimento português
consistiu primeiramente em construir uma colónia militar, com a categoria de vila já em
1855, e; em 1860 trazer vários portugueses algarvios, experimentados na arte pesqueira,
para formar a vila pesqueira de Porto Alexandre e a vila de São Martinho dos
Tigres (abandonada em 1975).[4]
A despeito dos dois primeiros anos da chegada dos colonos luso-brasileiros, em que uma
severa seca destruiu as plantações e empreendimentos agrícolas, com o tempo o distrito
passou a ser mais auto-suficiente, tanto que nas grandes reformas administrativas de
1857, 1861 e 1866 permanece com seu status político. [5]
Geografia
Proteções litorâneas
Muitas proteções litorâneas importantes estão no litoral namibense, sendo as principais
a baía de Porto Alexandre, a baía dos Tigres, a baía das Luciras e a baía do Namibe,
áreas vitais de pesca, de turismo e para o transporte marítimo. [6]
Clima
A província do Namibe têm grande parte do seu território tomado por áreas de deserto,
fato que influencia decisivamente no clima, que insere-se nas categorias de desértico
quente (BWh) e semiárido quente (BSh), segundo a proposição da classificação climática
de Köppen-Geiger.
Patrimônio natural
No deserto da Namíbia pode ser vista a welwitschia mirabilis, planta símbolo da província,
encontrada principalmente nos perímetros do Parque Nacional do Iona. Na região do
Parque do Iona também encontram-se fósseis de tubarões,
tartarugas, mosassauros, plesiossauros e saurópodes do cretáceo superior, além
das pinturas rupestres de Chitundo-Hulu.
Demografia
A província do Namibe é escassamente habitada, principalmente na faixa sul, onde o
Parque do Iona se sobrepõe como área de proteção ambiental. As principais etnias que
habitam o território nambibense são os grupos hereros (mucubais e himbas) e pequenos
grupos coissãs (cuisi e cuepe), que coexistem com
europeus, brasileiros, ovimbundos, ambundos e congos vivendo basicamente na zona da
capital.
Economia
Agropecuária e extrativismo
Comércio e serviços
Nó comércio, Namibe têm como principal referência a cidade de Moçâmedes, dado que é
o grande porto da faixa sul da nação, servindo como um dos mais importantes centros
atacadistas de Angola.[8]
Nos serviços, Moçâmedes concentra atividades financeiras, educacionais, de saúde,
administrativas e de entretenimento, enquanto que os outros centros de serviços, as
cidades de Tômbua e Lucira, tem especialização para o subsetor turístico.[8]
Outros serviços muito relevantes estão relacionados às atividades de logística,
nomeadamente portuária e ferroviária.[9]
Infraestrutura
O Namibe dispõe de algumas infraestruturas de transporte que servem para conectá-la ao
restante da nação, sendo que as mais utilizadas são as rodovias, que concentram-se em
dois troncos principais: a rodovia EN-100, de sentido norte-sul, ligando o Namibe
à província de Benguela e á Namíbia, e; a rodovia EN-280, de sentido oeste-leste, que a
liga com a Huíla. Existe ainda a Estrada Provincial Tômbua, a EN-104 (região de
Bibala), EN-105 (região de Bibala) e a EN-292, esta última servindo à cidade de Virei,
interligando-a com a Huíla.
Outro meio fundamental é o Caminho de Ferro de Moçâmedes, uma via de transporte
muito segura que transporta passageiros e cargas no trecho até o Cuando-Cubango, tendo
como saída o porto do Namibe, a facilidade logística formadora da província. Outro porto
que existe, embora menor, é o porto do Saco.
A província ainda dispõe do Aeroporto Internacional Welwitschia Mirabilis.