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FRANCIIS PIINTAL

O DOCE DO
AMARGO

PRÉMIO A OFICINA DAS ARTES 2022


SOBRE NÓS

“Um sonho que se materializa diariamente, que inova o


mercado de publicações e que possibilita que outras pessoas
concretizem seus anseios profissionais. ” — Estes são alguns
elementos que caracterizam O Escritor Editora.

O Escritor-Editora, somos um grupo de jovens,


mobilizados pela necessidade editorial, cujo objetivo é dar voz a
escritores anônimos e não só, afim de levarmos a todos um
trabalho de qualidade.

O Escritor-Editora, como organização foi fundada aos


21/11/2021, por Yuri Matias, em companhia de Hernani Cardoso
e Antónia Bengue (Àgatha, A Insólita). A Empresa é de origem
angolana que atua em princípio na edição e publicação de livros
digitais, também presta serviços de revisão. Somos apologistas
que é muito importante dar voz a novos talentos.
O DOCE DO AMARGO
FRANCIS PIINTAL

Gestão Editorial: Yuri Matias

Diagramação e Arte Gráfica: Yuri Matias

Design de capa: Hernani Cardoso

Conselho de Revisão: Eúde Abimael,

Hernani Cardoso, Yuri Matias,

Àgatha, A Insolita e Aycha Assis.

Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por


qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o
consentimento por escrito da Editora. A violação destas regras será
passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no
código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.

1ª Edição | O Escritor Editora


Copyright 2022 ©| por: Franciis Piintal O Escritor-Editora

ISBN: 978-989-53543-5-1
Contatos da Editora

Tel.: +244 949 512 673

Tel.:+244 938 073 331

Tel.:+244 933 326 861

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Editoraoescritor

oescritoreditora@gmail.com

O Esctitor Editora

O Escritor Editora

Viana( Estalagem) Luanda, ANGOLA


1º CLASSIFICADO DO CONCURSO

OFICINA DAS ARTES, FRANCIIS PIINTAL


“Wow! Incredible. Olha, és super ultra, mega
talentoso, já deparei-me com os seus textos e
transmitem realmente vibes incríveis.” — Eulália
Laurindo.

“Você conseguiu deixar-me boquiaberta com os


seus textos, homem. Preciso desse livro p’ra
ontem” — Clara Pamponet, Brasil.

“Que continues a ajudar a nossa literatura com


os seus textos” — Gelson José, escritor.

“ Franciis, eu confio na tua inteligência e acredito


que a tua caneta tem muita tinta para nós.” —
Almiria Almeida.

“Nas profundezas das tuas palavras perdi-me


achando que não tinhas idade para isso. Se
pudesse escrever do teu jeito deixava os leitores
sem jeito” — Fernando Cristóvão.

“Txê, mano, não quero agitar, mas já ganhaste,


faço venia.” — Jelciane Adão
SUMÁRIO

O AMARGO
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS País do pai banana

APRESENTAÇÃO Racismo
Como é que a criança é o futuro?
O DOCE Miséria
Algo diferente Olhos de ver
O criador Um dia eu parto
Papel principal A Morte
Convergentes É o fim
Divergentes Esperança
Roguei-te praga
Ex-namorada GLOSSÁRIO
Aprendi com a pimenta PÁGINA DO LEITOR
Mulher do mato SOBRE O AUTOR
Sul-africana INSCREVA-SE
Terra da felicidade
Concerto na floresta
Bibliotecas vivas
DEDICATÓRIA

Dedico esta obra a minha avó, sra. Ruth Bimbi, que viu-se
homenageada no poema "Mulher Do Mato" 1 por ter sido ela a
cupido da minha relação prematura com os livros.

Dedico-a igualmente a minha querida mãe, sra. Teresa


Ngueve, um verdadeiro exemplo de luta, persistência e superação,
a minha inesgotável fonte de inspiração. À essas bravas guerreiras,
um beijo nos seus corações.

Esta obra é ainda dedicada à 3 tipo de leitores: Aos que


gostam de poemas, aos que querem gostar de poemas e aos que
dizem não gostar de poemas.

1
Tema inspirado nos escritos de Ella-Vandúnem.
AGRADECIMENTO

Agradeço A Deus Todo Poderoso pelo talento e o dom da


vida, vida esta que deu-me o poder de eternizar-me pela escrita.
Assim também, agradeço os meus progenitores pela concepção,
orientação e a educação belíssima. O meu muito obrigado, vós
tornaram-me num jovem de valores sem quaisquer empréstimos
bancários.

Agradecimentos ao docente Domingos Dinis, à Clave


Criative, Fonseca Sebastião, Zé Pintal, Miguel Magalhães,
Domingos Magalhães e a todos que de alguma forma
contribuíram para a materialização deste livro. Carregar-vos-ei
sempre comigo, quando eu já não estiver vivo, procurem-me nos
escritos.
Agradecimentos especiais vão também ao Escritor editora,
ao Grêmio como um todo pelo incentivo e bonito trabalho.
APRESENTAÇÃO

O doce do amargo é um gênero poético que reflete a visão


do autor sobre as relações humanas hodiernos assente numa
realidade profícua e conspícua por nós vivida e os sentimentos
íntimos do seu criador desde as situações mais agradáveis (doces)
às menos agradáveis (amargas), retratadas de forma peculiar e
singular recheada de recursos estilísticos que embelezam o
discurso, dando um cariz estético a linguagem literária,
funcionando apenas como pretexto para a revelação dos
sentimentos do sujeito poético.
Mais do que entreter e transladar os leitores para um
mundo lúdico, O doce do amargo apresenta-se como uma
reeducação moral e cívica humanizando os amante da literatura e
não só, através desta bela arte das palavras, a poesia.
Para convidá-los a deleitarem-se dessa odisseia poética
que revela-se ser doce e amarga, ‘‘Palavras são poucas e pobres’’
— Kanguimbo Ananás.
NOTAS DO AUTOR

Escrevi esta obra após ter lido uma outra bastante rica em
paginação e pobre em recursos estilisticos e, como forma de
comaltar este défice e a crescente monotonia das obras literárias
juvenis, apresento-vos "O doce do Amargo", uma forma diferente
de se exprimir os sentimentos através da arte das palavras, a
poesia.
OO DOCE
DOCE
“Tudo o que eu vi, ouvi e vivi.”
“Tudo o que eu ouvi, vi e vivi.”
O DOCE DO AMARGO

ALGO DIFERENTE

Queria escrever algo diferente!


Algo glorioso e penoso
Algo bondoso e maldoso
Algo hilário e tristonho.

Algo bem diferente!


Algo que fosse interrogativo e expressivo
Algo que fosse declarativo e conclusivo
Algo que fosse construtivo e destrutivo
Algo que fosse reflexivo e depressivo

Algo real e abstrato


Algo concreto e imaginário
Algo que fosse doce e amargo.

Algo diferente, sabes?


Algo que fosse conjunção e locução
Algo que fosse interjeição e preposição
Algo que fosse afirmação e negação

Algo verídico e mito


Algo científico e empírico
Algo teológico, mas sem um cunho bíblico.

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Franciis Piintal

Queria escrever algo diferente!


Algo que fosse treva e clareza
Algo que fosse dúvida e certeza
Algo que fosse coerência e demência

Algo diferente, entendes?


Algo que fosse antónimo e sinônimo
Algo que fosse parónimo e homónimo
Algo que fosse verbo e advérbio
Algo perpendicular e simultaneamente paralelo

Algo contraditório e caótico


Algo deturpado e antagono
Algo excêntrico e exótico
Será que me entendes?
« Cogitação Nauseabunda»

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O DOCE DO AMARGO

O CRIADOR

Vários substantivos te caracterizam


Amado sujeito!
Abstrato para uns
E para outros concreto.

Sujeito sem predicado


Presente, futuro e passado!
Real para uns
E para outros imaginário.

O imaginário é o teu habitar


Adjunto adverbial de lugar!
Plural para uns
E para outros singular.

Todos os antónimos dependem de ti


Pronome demostrativo!
Indefinido para uns
E para outros relativo.

Quão poderoso é o teu nome


Omnisciente, potente e presente!

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Franciis Piintal

Uniforme para uns


E para outros biforme.

Vários adjetivos te qualificam


Amado altíssimo!
Sufixo para uns
E para outros prefixo. «Livre Arbítrio»

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O DOCE DO AMARGO

AMOR DE DEUS

É por amor que somos a imagem


E semelhança do Divino
A razão da morte de Cristo
E o motivo pelo qual existo.

É a sustentabilidade dos vínculos


Afetivos
O elo de ligação do triângulo consaguíneo
Nomeadamente pai, mãe e filhos
E o suporte de toda relação vitalício.

O amor?
O amor é a enxada com o qual
Cultivamos a empatia
Desenvolvemos o espírito de partilha
Toda vez que o nosso coração se solidariza.

É por amor que o ser humano


Torna-se humano, pois sem amor,

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Franciis Piintal

Ter-se-ia outro conceito


Para a definição de humanidade.
«Um amor para além da compreensão humana»

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O DOCE DO AMARGO

PAPEL PRINCIPAL

Sou eu!
O dono do meu nariz
E do ar que respiro
Dono das minhas ambições
E de tudo que aspiro.

Dono dos meus actos


E de tudo que profiro
Dono do meu cosmo
E das cores que a pinto.

Sim, sou eu!


O narrador e personagem
Das ações que pratico
Sujeito e predicado
Das orações que me tenho envolvido.
Capítulo e versículo
Dos caminhos por mim percorridos.

Somente eu!

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Franciis Piintal

O dono das minhas receitas e despesas.


Dono das minhas liberdades e sentenças.
Das minhas alegrias e tristezas.

Sou eu!
O responsável das minhas
Bondades e maldades.
O protagonista e antagonista
Deste belo filme de longa metragem.
Simplesmente eu. «Independente»

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O DOCE DO AMARGO

PAPEL SECUNDÁRIO

Quem és tu?

O que fazes dentro de mim?

Eu sinto a existência de mais um ser dentro deste ser

E a ser verdade que habito com um ser cujo o hábito

Desconheço, também quero te conhecer

Sei que me conheces dos rins ao coração

Do pâncreas ao pulmão

E que mantés meus órgãos em regularidade,

Mas não achas que não te conhecendo

Há aqui uma irregularidade?

Eu sou um pobre carnal modelado com barro

Uma experiência errada que teve como resultado

Um homem falho, carente e insaciado.

Será que és o meu oposto apesar de que

Habitamos no mesmo corpo?

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Franciis Piintal

Quem és?

A minha espiritualidade, a imortalidade, o fôlego de vida

Que garante a minha sustentabilidade?

Quem tu és afinal?

Meu irmão gêmeo que nunca chegou

De conhecer a luz do dia?

Dê-me o prazer de te conhecer, desejo apenas saber,

Se és um rapaz ou uma menina

Já pensei em invadir o corpo que temos como moradia

Para realizar uma cesariana ou ecografia

Mas temo que não estejas em casa neste dia

Porque vens como a chuva e vais como o vento

E aos poucos vais comovendo

A parte mais sensível do meu organograma esquelético

Sempre que emites as tuas ondas sonora para dentro do meu


peito.

Quem és tu de concreto ? «Dependente»

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O DOCE DO AMARGO

CONVERGENTES

Ela!
Ela é Ary, a Yola, não!
Ela é a grande Pérola da minha vida.

E eu?
Eu, sou o Lucas Locco de amor por ela.

Por ela!
Eu roubaria a Flor do Paulo
E o Ramo do Johnny
Só para transformar a vida dela numa floresta.

Estas...
São as minhas palavras de amor.

Por ela!
Me submetia a situações humilhantes
Me tornaria num meliante
Roubaria à terra e os céus,
Só para vê-la vestida de noiva
E lhe levantar o véu,

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Franciis Piintal

E enfrentaria o seu Pai Profeta,


Mesmo sendo ateu.

A teu dispor,
E a tua disposição,
São...
Estas as minhas
Palavras de amor.

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O DOCE DO AMARGO

DIVERGENTES

Aprendemos com o tempo


E com o tempo
Cometemos erros tremendos
E tremendo
De medo,
Estou aqui a escrever-te esses versos

E no avesso!
Ficou o meu coração...
Quando disseste que já não existia paixão
E que me esqueceste sem o menor esforço

Esforço!
A mente para saber aonde eu errei
Quando é rei
Que eu era para ti

Para ti!
Tudo acabou
Quase que já não existe amor
Mas, amor, calma!

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Franciis Piintal

Será que já te esqueceste dos beijos e dos abraços?


Dou o braço a torcer, pois sem ti não vivo

Eu vivo!
Correndo atrás de ti,
Com baldes e bacias,
Pois só tu me refrescas no verão

É verão!
Que não te troco pela tua prima-vera,
Ainda que estiveres
Muito gelada no Inverno. «Arrependimento»

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O DOCE DO AMARGO

ROGUEI-TE PRAGAS

Ainda é visível
O semblante no teu rosto
A fragância no pescoço
E o tato alastrado pelo corpo todo.

Roguei-te pragas por isso!

Por me abraçares
Com os braços alheios
Suavemente acariciares
Minha pele caramelo
Com os dedos das tuas mãos
Que afagaram outro par de seios.

Roguei-te pragas!

Por me levares a lua


E me presenteares com estrelas
Que não eram as tuas
Enquanto permanecias em terra
Com à Zua
Premeditando uma vida
Á dois futura.

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Franciis Piintal

Roguei-te pragas!

Por me permitires viver em ti


Enquanto por outra morrias
E me teres beijado com os lábios
Hidratados de mentiras.

Que vivas à base da penumbra


Que a tua fartura se torne penúria
E quando ouvires falar de amor
Que seja injúria.

Roguei-te pragas!

Por me teres conquistado


Com textos plagiados
E pintares meu retrato
Em quadros quebrados.

Que o teu amor


Viva de migalhas
E sobreviva de favores,

Que não sintas o toque


De quem te afaga

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O DOCE DO AMARGO

E que não funcionem


Os teus órgãos reprodutores.

Por amar-te tanto


Somente colhi dor e pranto
Um fruto diferente
Das sementes que planto
E no entanto,

várias pragas roguei-te,


Meu eterno amado! «Lealdade, Infidelidade Masculina»

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Franciis Piintal

INFIDELIDADE FEMININA

Já não és quem anseio

Ter no meu seio

Como humano e nem como objecto

Porque receio e creio

Que existe cancro da mama nos teus seios

Por amamentares meus míseros sentimentos

Com o leite materno

Que nem sequer provinha do teu peito

Eu...

Me culpei,

Lastimei,

Apedrejei,

Crucifiquei, mas superei!

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O DOCE DO AMARGO

Lá se foi o tempo em que chorei

Pelo leite que não derramei

E hoje ?!

Hoje olho-te no olhar

Te envolvo em meu pensar

Não para na mesma moeda pagar,

Mas para deixar a minha alma reabilitada

Expressar

Que tudo quanto tive que passar, superei «Lealdade»

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Franciis Piintal

NAMORADA

Fui feliz por segundos!


Quando invadiste meu sono profundo
Fazendo parte do meu lúdico mundo
Igual ao tempo que caminhávamos juntos.

Sim, fui feliz!


Quando afagaste meu queixo
Teceste elogios aos meus olhos caramelo,
E massageaste meu cabelo.
Fui feliz por milésimos,
E apesar de curto o momento,
Não me queixo.

Fui feliz por segundos!


Segundos que fizemo-los minutos
Minutos que transformamo-los em horas
E horas que correspondiam a vida toda.
Nossa! Que visita maravilhosa. «Déjà-vu»

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O DOCE DO AMARGO

APRENDI COM A PIMENTA

Nós!
Somos o exemplo de tudo que é divino
E hoje a ciência inspira-se em nós,
Porque foi através de tu e eu,
Tu e eu,
Que grandes matemáticos
Como Pitágoras e Dalamberth
Deram conta que 1+1 dá 2.

Nós!
Somos a estória
Que a história não narra,
E consoante as consoantes
Nós somos as consoantes perfeitas,
Porque gritamos a palavra te amo
Na mesma emissão de voz.

Aprendi com a pimenta,


Que não é apimenta
Que a pimenta
Uma relação.
Aprendi!

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Franciis Piintal

A deixar o Passado p'ro passado


E com o passar do tempo
Tenho passado tempos
Fabuloso consigo.

Consigo!
Consigo notar que és uma obra de arte
Pintada pela mãe natureza
Bela como a floresta
E eu só me pergunto,
Mas que flor é esta?
Que atá às escrituras gregas
Dizem que é a grega
Que agrega
Valores sentimental.

Sente-me então!
As batidas no meu coração
E verás que te amo de facto:
De fato, calções ou parte escorno,
Levar-te-ei ao altar não importa muito
A forma como estarei vestido.

Vens tido!

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O DOCE DO AMARGO

Comportamento aliciante
Alice, antes de mais nada,
Pega na espada
E lute pelo nosso amor
Como nos contos de fada.

De fada!
Levar-te-ei à marte
Onde te amarei eternamente
E na minha eterna mente,
Tatuarei a tua imagem e semelhança.

Cem mil aliança!


Colocarei nos teus dedos
Pois és o meu tesouro
E por ti eu tezo ouro.. «Hipérbole Amor»

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Franciis Piintal

SE EU PUDESSE, MÃE

Se eu pudesse,
Corrompia o cupido
Para ser teu namorado
Amante e marido
Porque para mim,
Tornou-se insuficiente
Ser apenas teu filho.

Se eu pudesse,
Colocava um boque de flores
Nos teus vasos sanguíneos
E tornava o teu sistema nervoso mansinho

Mãe, se eu pudesse,
Estava cara a cara
Com o criador dos céus e a terra
Para questioná-lo o porquê não te fez eterna,
Mas quem sou eu?

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O DOCE DO AMARGO

Para questionar quem te deu vida


Para que pudesses me dar vida
Para que hoje eu pudesse
Eternizar-te pela escrita?

Sei que a tua beleza exterior excita,


Mas não te envaideças
Com migalhas de palavras bonitas
Por dentro tu és mais linda
Eu já estive na tua barra.
«Uma homenagem a minha querida mãe, a Sra. Teresa Ngueve
Vitaca»

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Franciis Piintal

MULHER DO MATO

Embriagaste-me com o sabor


Da tua quissangua azeda
Aqueceste-me com o calor
Da tua fogueira,
Enfeitiçaste-me com a fragância
Do teu perfume porque cheiras à lenha.

Oh! Mulher do mato

Mulher do pasto e da lavra.


A tua alma é a mais limpa que há,
Porque a água da chuva é quem te lava.
Alimentaste os meus sonhos,
Com funge de massambala.

Mulher do mato

Usas a água do rio para lavares


A tua panela de barro.
Usas o pilão para pisares
O teu massango.
Sujas as mãos,
Porque usas os teus dedos como garfo.

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O DOCE DO AMARGO

Oh! Mulher do mato

A sabrina deu-te mixoxos


Porque usas o onkhako.
O peixe ficou frito
Porque assas o mucaco.
O xuxuado ficou irritado
Porque não largas o teu pano.
Respeito o Messi e o Ronaldo
Mas tu sim, és a dona do campo.

«Preservação dos hábitos e costumes»


«Uma homenagem a minha avô Sra. Ruth Bimbi»

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Franciis Piintal

SUL-AFRICANA

Lá estavas tu!
Despida e toda nua
Sim! nua e de pernas abertas
Aberta a novas experiências
Experiência que levou
O acelerar do pulsar do teu coração.

Logo que me aproximei,


Todo ereto e pronto para ejacular
Tudo que havia em mim,
Pediste que eu passasse
A minha língua nos teus seios
E no seio da tua comunidade.

Enquanto me preparava
Para as preliminares...

Lá ainda estavas tu!


Ansiosa, tímida e quase sem unhas
Para roer querendo que eu te chupe,
Sim, Querias maionese e ketchup
Para adoçar o momento do "vamos ver".

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O DOCE DO AMARGO

Era chegada à hora da penetração


Pedias que eu fosse com calma,
Sim, com calma,
Pois, era a tua primeira vez,
Isso no primeiro round.

Já no segundo round
Lá ainda estavas tu!
Suada, meio cansada, mas confiante
Pedias que te apertasse mais,
Que te batesse se possível
E que acelerasse o ritmo.

De lá de fora...
Ouvia-se pequenos gemidos
Aí, uí, íu
Eram os ditongos orais crocitados por ti
Numa voz ofegante e em lentidez.

Já no terceiro round,
Depois de ejacular
Tudo que havia em mim,
Já tu sabias ler e escrever,
A língua de Camoês,
O famoso português. «Poluição mental»

44
Franciis Piintal

TERRA DA FELICIDADE

Namibe é o mar a beijar o deserto,


É o deserto a proteger a welwitschia,
E a welwitschia a enamorar os olhos de quem a visita.

Namibe é o centro
Namibe é o arco

Namibe é a mukubal que deambula com seu peito nu,


Exibindo a beleza africana agarrada a um pedaço de pano.

Namibe é o mahiny e o cachucho


Namibe é a mutipa e o tchitundo hulo.

Namibe é a terra vermelha que expressa a presença de um sol


exbelto
Namibe são as dunas de grande relevo,
E o gingar da serra da leba seduzindo os relevos.

Namibe é diversidade
Namibe é Imensidade.

45
O DOCE DO AMARGO

Namibe é sol, mar e março numa perfeita cumplicidade.


Namibe é terra, ar e mar dando-nos exemplo de amizade.

Namibe é Tombwa, Virei, Bibala, Camucuio e Moçâmedes


Namibe é...
É terra da felicidade. «Encantos De Angola»

46
Franciis Piintal

CONCERTO NA FLORESTA

Hoje acordei a ouvir o coral


Das aves num canto forte.
Uma doce composição de Pavarotti
E Bocelly, mas que emanavam
Amabilidade vocal da Witney e da Adele,

Regidos pelo maestro urso


De pele neve,
Que emitia um harmônico ritmo
Irreverente,
Similares à da Madona e à da Katy Perry.

Hurra! foi, indubitavelmente um concerto excelente.

As plantas estavão verde de esperança


Devido as precipitações do outono que as beijara.
Bailavam envaidecidas sobre os holofotes do charme que o sol
jogara, Encantando as nuvens que de forma tenebrosa as
observava.
Já as suas pernas presas na terra,
Rasgavam o subsolo num épico passo de rebita e rumba.

Hurra! que show de bola.

47
O DOCE DO AMARGO

Revivendo minha lágrima chora


A princesa Sofia que me perdoa
Confesso estar apaixonado pela natureza,
Eu amo a fauna e a flora. «Força da natureza»

48
Franciis Piintal

BIBLIOTECAS VIVAS

Verdadeiras máquinas científicas


Muito antes da ciência ser achada ou tida

Na fogueira da sabedoria,
Falamos de assuntos diversos
Sobre diversos temas candentes
E na batucada da língua sobre os dentes,
Percebi que na boca de um mais velho
Pode faltar dentes
Mas nunca faltará
Uma palavra consciente

E consciente da tamanha sapiência


Que advinha da convivência
Denominada experiência
Que elevava o verbo ao nível de excelência
Tendência dos velhos daquela época
Que viam na transmissão oral a sua essência
Dada como incumbência
Aos kandengues da aldeia
Que tinham a sã consciência
Que sem caderno e nem caneta
Restava-lhes apenas tatuar dos pés a cabeça

49
O DOCE DO AMARGO

A valência de tais incumbência


Para que a geração que advissem depois dessa
Siga a sequência
Dos velhos soterrados a 7 paus da terra...

Eu, observando tal proeza,


Soneguei a reticência
Da continua decadência
Da minha pobre ciência
Com várias alterações genéticas
Que depende da experiência
Para que ganhe valência
E que, quando não consegue a aprovação dessa...

Vende-nos a falsa ideia de que:


Sapatos grandes tornam-se
Pequenos com meias
Que 1+1 é igual á 2
E que o Universo,
O universo é resultado da explosão
De uma gigantesca nuvem
De graus e poeira.

Por isso viva!

50
Franciis Piintal

Viva a tradicional inteligência


Dos filósofos da nossa terra
Que sem papel e nem caneta
Sem tecnologia e nem avanço da ciência
Produziram saberes de gema. «Empirismo acertivo»

51
O AMARGO
“Ao desfolhares às paginas deste capítulo, não estarás
apenas
. lendo um livro, estarás na verdade a ter uma
conversa aberta comigo.”
O DOCE DO AMARGO

PAÍS DO PAI BANANA VS PAÍS DAS


MARAVILHAS

Aqui não é o país das maravilhas

Onde o frio é quente


E o quente é gelado,

O futuro é presente
E o presente é passado.

O azedo é doce
E o doce é amargo,

O mar é rio
E o rio é lago.

O correcto é o certo
E o certo é errado,

Aqui!
Aqui não é o país das maravilhas

53
Franciis Piintal

Onde os animais são rosas


E as rosas são as pessoas,

Os répteis são peixes


E os peixes são insectos que voam,

As rãs são princesas,


E as princesas são cobras venenosas.

Aqui não é o país das maravilhas

Onde o mundo é quadrado


E o quadrado é retângulo,

O imaginário é concreto
E o concreto é abstrato.

Aqui!
Aqui é o país do Pai Banana

Onde quem nos concebe nos mata


Quem nos tutela nos espanca
E quem nos trata maltrata

54
O DOCE DO AMARGO

E mesmo com à paz assinada


Fugimos agentes com fardas
Porque quando o tiro não nos mata
Quem nos mata é quem dispara. «Radiografia Angolana»

55
Franciis Piintal

RACISMO

Negros, brancos,
Albinos ou mestiços
O que nos difere é a cor!

Ambos somos susceptíveis


A dor, frio e calor
Ambos carecemos
De amparo, afago e amor.

Não é a eloquência
E nem a aparência
Abstinência
E nem a insolência

Então o porquê da xenofobia?


Por que da intolerância e da rixa?
Por que dessa atitude racista?

Ambos nascemos e perecemos


Vencemos e perdemos
Caímos e nos erguemos.

56
O DOCE DO AMARGO

Se plantamos, colhemos
Nos alegramos e nos entristecemos
Amamos e sofremos.

O que nos difere é a cor!


Não é a perspicácia
E nem a eficácia
A audácia
E nem a petulância.

Vá lá, nega a minha afirmação


Refuta a minha opinião
Levanta a tua soberba
E me diz que não!
Que não defecas
Depois de uma refeição
Que não urinas
Após a uma liquidificação
E não adormeces
Após a uma digestão.

O que nos difere é a cor!


Sou filho de rainhas, reis e soberanos
Descendente de homens que foram escravizados
Mas ainda assim a ti me equiparo

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Franciis Piintal

Não sou inferior por ser negro


E nem tu superior por seres branco.

Ambos somos imperfeitos e falhos


Seres carnais modelados com barro
Ainda que eu seja o criado e tu o amo
Nenhum preto é um escravo
E nenhum deus é um branco. «Melanina»

58
O DOCE DO AMARGO

COMO É QUE A CRIANÇA É O FUTURO?

Se ela estuda
Em condições precária
Sem bata
Esfarrapada
E com barro nas sandálias,
Tudo porque quando chove
A sala se enche de lama?

Como?

Se de bruxaria elas são acusadas


Deixadas e abandonadas
Por mães adolescentes retardadas
Recalcadas e mal amadas
Que se envolvem com supostos "Kangambas"
Para obterem alguns kwanzas?

Como?

Se logo que o galo canta


Meus olhos os depara na praça
Carregando carga

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Franciis Piintal

Sobre o sol que esquenta


Zungando saco ou água fresca
Porque não há ninguém que os alimenta?

Como?

Se os serviços de saneamento básico


Não chegam até às suas casas
Os mosquitos vêem
Os seus corpos como suas moradas
E quando são encaminhadas para os hospitais...
Elas perdem a vida
Tudo porque uma simples análise
Custa 10mil kwanzas? «Proteção»

60
O DOCE DO AMARGO

MISÉRIA

Sim! também venho de lá,


Do subúrbio e do gueto
Onde choros diversos
Formam duetos poéticos
Cujo os poemas são sonetos
Com versos que invandem-me o peito
pois, sou neto...

Do camponês que trocou


A enxada pela arma
A semente pela granada
E o campo de cultivo pelo campo de batalha.

E para quê ?

Para que nos alimentassemos


Com as hortaliças regadas com lágrimas
de choro jorrado nos rostos de crianças ?

61
Franciis Piintal

Para que o brilho de esperança


Estampado nos olhos dos monangambas
Sejam a única luz que tenhamos em casa?

Ou para que as lamas sirvam


De solas para as nossas patas descalças
Que usamos como sandálias ?

62
O DOCE DO AMARGO

OLHOS DE VER

Chorei ao ver!
Monangambas kandegues
A palitarem inexistentes
Remanescentes entre os dentes
Que padeciam.

Ao ver uma sociedade que minguava


A economizar migalhas
Que não possuiam de forma profícua.

Ao ver idosos deambulando descalços


Esperançosos por encontrar calçados
Nas ruas nuas daquelas avenidas
Que também careciam de uma blusa.

Suspirei, lastimei e chorei!

Ao ver cigarro nos lábios


Da adolescente que tivera beijado
Ao ver injetado substâncias psicoativas
Nos braços de quem me tinha abraçado.

63
Franciis Piintal

Morri aos poucos, e aos poucos...


Me vi sepultado!

Ao ver deficiente visual


A farejar as brisas do mar
Por insuficiência de contemplar
O azul oceânico.

Ao observar surdo mudo


Apaixonado e mal interpretado
Por incapacidade de crocitar te-amo.

Foi com estes olhos


Que a terra há de comer,
Que chorei ao ver!

Doentes depressivos
Com os membros superiores amputados
cujo o fármaco, era apenas um abraço.

Ao ver dinheiro do erário


Gasto em vinhos caros
Enquanto o soldado desconhecido
E bem identificado
Do pão pedia apenas um pedaço.

64
O DOCE DO AMARGO

Lacrimejei e não foi pouco


Jorrei lágrimas de choro!

Ao ver instituição de educação


Mal educada
Que de forma amável espancava e mutilava
Os filhos da lavra
Que se viam como futuro próspero.

Ao ver oficiais moribundos


Extorquindo zungueiras cuja a moradia
É o fundo do poço
Que recebiam como resultado
Das suas analfabetização
A miséria como troco.

Chorei ao ver minuciosamente


O infortúnio de uns e a fartura de outros.

Tornei-me ainda mais lacrimoso


Ao ouvir da boca de insensíveis
Chamarem o meu rio de choro, de mar morto.
Chorei, e não foi pouco.«Empatia»

65
Franciis Piintal

UM DIA EU PARTO

E não será um copo ou um prato


Uma perna ou um braço
Um dia eu parto...

Desse mundo imundo


Onde miúdas caem em erosão
Vivendo um grande cismo
Vendendo o corpo e a alma
Alegando que é empreendedorismo.

Dessa nação em que


N'gola é Angola
Angola é N'gola...
Tudo porque o kwanza
Perdeu o seu valor
E hoje as pessoas
Pagam os seus favores
Com gasosas,
Sem se importarem com a marca
Seja ela fanta ou coca-cola.

Um dia eu parto

66
O DOCE DO AMARGO

Dessa sociedade inclinada


Em que as famílias
Parecem cestas de frutas recheadas
Onde a filha é chamada de manga
E o Pai, Banana.

Desse estado
Que tem estado
Em mal estado
Em estado preocupante
Que acha que bater nas zungueiras
E levar os negócios delas
Já não é violência, é operação resgate.

Sim, um dia eu parto!


Para o alto dos céus
Com Cristo
E que isto
Seja um desejo
Cumprido
Como os textos
Noutro hora escritos.

Um dia, eu parto.

67
E não será um copo ou um prato
Uma perna ou um braço «Alívio»

68
Franciis Piintal

A MORTE

A quem eu devo
Perguntar, indagar e interrogar
Se a morte é ainda um mistério a desvendar?

Será?!
Será que jamais
Me irás segredar, murmurar e confidenciar?

Mas, quem me irá


Replicar, explicar e clarificar
Se a morte é uma viagem
Do qual ninguém ousou regressar?

Oh, morte maldita!


Devolve-me todas pessoas queridas!
Mas, por que estou eu a crocitar, suspirar e lastimar
Se a morte é um vão...
Onde vão, todos os que jamais
poderão anunciar, meditar e pasmar?

Será?!

69
O DOCE DO AMARGO

Será que a morte devolverá a vida?


Será que a vida extinguira a morte noutra vida?
Será que existe outra vida?
Será, será? «Mistério»

70
Franciis Piintal

É O FIM.

Sem parágrafos
E nem reticências
Sem aspas
E nem chavetas.

É simplesmente o fim.
O desenraizar de uma árvore
O tombar de uma aeronave
O desabar de um castelo gigante
E o sucumbir de uma ave.

É o fim.

Sem recuos
E nem retrocessos
Sem avanços
E nem progressos.

É simplesmente o fim.

71
O DOCE DO AMARGO

O assinar de um contrato
O concluir de um parágrafo
O transladar do real, para um mundo abstrato

Sem visão
E nem tato
Sem paladar
E nem olfato.

É o fim.

Sem interrogação
E nem exclamação
Sem parenteses
E nem travessão.
É simplesmente, o ponto final (.) «Desenlace»

72
Franciis Piintal

ESPERANÇA

Nas artes e nos desportos...


Ainda há!

Uma peça que não tenha representado


Uma coreografia que não tenha sido ilustrada
Uma música que não tenha sido cantada
E um golo que não tenha sido marcado.

No turismo e na literatura...
Ainda há!

Uma paisagem que não foi contemplada


Um diamante que não foi lapidado
Um poema que não foi recitado
E um livro que não foi publicado.

Na informática e na culinária...
Ainda há!

73
O DOCE DO AMARGO

Um software que não tenha sido criado


Um robô que não tenha sido inventado
E um prato que não tenha sido confecionado.
Aqui, lá e acolá...
Ainda há!

A esperança de seres
O próximo a brilhar. «Fé»

74
74

O DOCE DO
FIM
AMARGO
Franciis Piintal

GLOSSÁRIO

Funge: (Prato típico da culinária Angolana): Massa cozida feita a


base de farinha de milho ou mandioca.

"Gasosa" (Gíria Angolana; Dar gasosa): Corromper; pagar pelo


favor.

Gueto: Bairro.

Kandengue ( Do kimbundo, Ndengue): Criança.

Kangamba (Gíria Angolana): Indivíduo com grande poder


financeiro.

Kwanza: Moeda angolana.

Mocaco: Peixe seco levado directamente ao lume.

Mukubal: Povo de origem bantu que vive no sul de Angola,


Namibe.

Monangamba ( Do Kinbundo Ndengue): Filho de escravos.

Massambala: Espécie de sogho angolano.

Mato: Zonas rurais.

"Manga" (Gíria Angolana): Mocinha; Adolescente.

Mahiny: Mistura de papa de milho com leite azedo, que é a


principal alimentação das famílias mukubais.

76
O DOCE DO AMARGO

N'gola: Bebida alcoólica feita com água da tundavala; Cerveja


Angolana.

Onkhako (Nyaneka): Sandálias feitas de borracha de pneu.

País do pai banana (Gíria Angolana): País da libertinagem.

Serra da leba: Formação montanhosa entre as fronteiras das


provincias do Namibe e Huila, em Angola.

Tchitundo hulo: Morro gravítico situado na província do Namibe,


Angola.

Terra da felicidade: Denominação dada à província do sul de


Angola, Namibe.

Troco: Remanescente.

Welwitschia Mirabilis: Flor existente no sul de Angola, província


do Namibe, cuja a principal característica é sobreviver no clima
extremamente seco do deserto graças às suas raizes longas e
profunda.

Zungueira (Quitandeira; Ambulante): Mulher que percorre as


ruas vendendo produtos diversos dentro de uma bacia que leva
na cabeça.

77
PÁGINA DO LEITOR

Nesta página, o caro leitor poderá interagir com o autor da


obra. O leitor pode inclusive enviar seu feedback, e referenciar qual
era a sua expectativa, se foi alcançada ou não, e qual é o seu desejo
para a próxima edição.

Nome _______________________________ Idade __________


Ocupação ________________ País/ Província______________

Parecer: Sugestão___ Recomendação____ Dúvida___

Outro____

_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________

O leitor pode fazer uma foto no seu parecer e enviar-nos nos


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O Autor: franciispiintal@gmail.com

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FRANCIIS PIINTAL, é o pseudônimo de Manuel

Francisco Pintal, Jovem poeta, rapper, gladiador e compositor


angolano. Nascido aos 06 de junho no município de Moçâmedes
província do Namibe, filho de Francisco Cafina Pintal e de Teresa
Ngueve Vitaca, estudante universitário da Universidade Do Namibe
(UNINBE).

Franciis Piintal, escreve desde tenra idade quando aos 10 anos


redigia cartas de amor para sua namorada de infância tendo evoluído
a qualidade de seus textos após ingressar ao mundo do Rap em 2014
e em batalhas de Freestyle e Rompimento (RRPLNAMIBE) em 2017
ano em que a sua performance poética sofreu uma metamorfose da
poesia tradicional para o modo Spoken word tendo feito brilhantes
exibições. Franciis Piintal, é hoje escritor interno do O Escritor-
Editora, vencedor do concurso literário A Oficina Das Artes e CEO da
Glaccial compositions onde tem feito trabalhos de composições
músicais, poéticas e de direção artística.

Paulino Alexandre, Artista de música/Banda

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Franciis Piintal

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