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Frente Ocidental (Primeira Guerra

Mundial)
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Frente Ocidental

Parte da Primeira Guerra Mundial


Data 4 de agosto de 1914 – 11 de novembro de 1918

Local Bélgica, norte da França, Alsácia-Lorena e


oeste da Alemanha

Desfec Vitória dos Aliados


ho

Beligerantes

Aliados: Impérios Centrais:

 França  I
o mpéri
Argé o
Alemã
lia
o o
Tuní  Á
sia ustria-
o Hungr
Marr ia
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 Império
Britânico:
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o
Índia
[3]

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o
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Sul[5]
o
Rein
o
Unid
o
 Bélgica
 Estados
Unidos
 Portugal[6]
 Reino da Itália
 Sião (1918)
 Rússia (1916–
17)

Comandantes

Joseph Joffre Helmuth von Moltke


Robert Nivelle Erich von Falkenhayn
Philippe Pétain Paul von Hindenburg
Ferdinand Foch Erich Ludendorff
John French Wilhelm Groener
Douglas Haig
John J. Pershing
Alberto I

Forças

7 935 000[7] 13 250 000[7]


5 399 563[8]
2 200 000[9]
267 000[10]
55 000[11]
Total: ~ 16 000 000

Baixas
~ 7 500 000 mortos, ~ 5 500 000 mortos,
feridos, desaparecidos ou feridos, desaparecidos ou
capturados[12] capturados[12]

 4 808  5 490
000 300
 2 264  17 300
200
 286 330
 93 100
 22 120
 20 870
 4 542

[Esconder]
Teatros da Primeira Guerra Mundial

Europa

 Balcãs

 Frente Ocidental

 Frente Oriental

 Campanha Italiana

Oriente Médio

 Cáucaso

 Pérsia

 Galípoli

 Mesopotâmia

 Sinai e Palestina

 Revolta Árabe

 South Arabia

África

 Sudeste Africano

 Togolândia

 Kamerun
 África Oriental

 Norte da África

Teatro da Ásia e Pacífico

Teatros navais

 U-boat

 Oceano Atlântico

 Mediterrâneo

Frente Ocidental foi o teatro de operações inicial da Primeira


Guerra Mundial. Foi aberta em 1914, quando o Exército
Imperial Alemão invadiu Luxemburgo e Bélgica, ganhando
então controle militar de importantes regiões industriais no
nordeste da França. A maré do avanço sofreu uma reviravolta
dramática com a Primeira batalha do Marne. Ambos os lados
então cavaram longitudinalmente uma linha sinuosa
de trincheiras fortificadas, estendendo-se desde o Mar do
Norte até a fronteira da Suíça com a França. Essa linha
permaneceu, essencialmente, sem mudanças durante a maior
parte da guerra.
Entre 1915 e 1917, ocorreram grandes ofensivas ao longo da
frente. Os ataques empregaram enormes bombardeios
de artilharia e grandes avanços de infantaria. Entretanto, uma
combinação de entrincheiramentos, ninhos
de metralhadoras, arame farpado e artilharia repetidamente
infligiram severas baixas nas forças agressoras e nas forças
defensivas contra-atacantes. Como consequência, nenhum
avanço significativo foi feito.
Em um esforço para quebrar a estagnação, essa frente
testemunhou a introdução de novas tecnologias militares,
incluindo gases tóxicos, aeronaves e tanques. Mas só foi após
a adoção de táticas militares aperfeiçoadas que algum grau de
mobilidade foi restaurado.
Apesar da natureza geralmente estagnada dessa frente, esse
teatro provou-se decisivo. O inexorável avanço dos exércitos
dos Aliados, em 1918, persuadiu os comandantes alemães de
que a derrota era inevitável, e o governo alemão foi forçado a
apelar por condições de um armistício.

1914: Invasão alemã da França e Bélgica


Ver artigos principais: Causas da Primeira Guerra
Mundial e Crise de Julho
No início da Primeira Guerra Mundial, o Exército Alemão
executou uma versão modificada do Plano Schlieffen, que tinha
como objetivo atacar a França através da Bélgica antes de virar
ao sul para cercar o Exército Francês na fronteira alemã.
[13]
Exércitos sob o comando dos generais Alexander von
Kluck e Karl von Bülow atacaram a Bélgica em 4 de
agosto de 1914. Luxemburgo havia sido ocupado sem
oposição em 2 de agosto. A primeira batalha na Bélgica foi
o Cerco a Liège, que durou de 5 de agosto a 16 do mesmo
mês. Liège estava apropriadamente fortificada e surpreendeu o
exército alemão sob o comando de Bülow com seu nível de
resistência. Entretanto, a artilharia pesada alemã foi capaz de
pulverizar os fortes-chaves em poucos dias.[14] Seguindo a
queda de Liège, a maior parte do exército belga recuou
para Antuérpia e Namur. Embora o exército alemão tenha
contornado Antuérpia, o exército belga estacionado lá
permaneceu com seu flanco em risco. Outro cerco seguiu-se
em Namur, durando de 20 de agosto a 23 de agosto.[15]
O plano de ofensiva pré-guerra da França, o Plano XVII, tinha
como diretrizes capturar Alsácia-Lorena seguindo o início de
atividades hostis.[13] A ofensiva principal foi lançada em 14 de
agosto com ataques a Sarrebourg, Lorena, e
a Mulhouse, Alsácia.[16] Mantendo a estratégia do Plano
Schlieffen, os alemães recuaram vagarosamente enquanto
infligiam o máximo de baixas possíveis nos franceses. Estes
então avançaram em direção ao Rio Sarre e tentaram capturar
Sarrebourg, atacando Briey e Neufchâteau, mas foram
forçados a recuar.[17] Os franceses capturaram Mulhouse, mas a
abandonaram para reforçar o exército enfraquecido em Lorena.
[carece de fontes]
Após marchar através da Bélgica, Luxemburgo e das Ardenas,
o exército alemão avançou na segunda metade de agosto para
o norte de França, onde eles encontraram tanto o exército
francês, sob o comando de Joseph Joffre, quanto as divisões
iniciais da Força Expedicionária Britânica, sob o comando
de Sir John French. Uma série de confrontos conhecidos como
a Batalha das Fronteiras seguiu-se. Batalhas-chaves incluem
a Batalha de Charleroi e a Batalha de Mons. Um recuo aliado
geral seguiu-se, resultando em mais confrontos como a Batalha
de Cateau, o Cerco a Maubeuge e a Batalha de Saint-
Quentin (Guise).[carece de fontes]
O exército alemão chegou a 70 quilômetros de Paris, mas
na Primeira Batalha do Marne (6 a 12 de setembro), tropas
francesas e britânicas forçaram um recuo alemão, explorando
uma brecha entre os Primeiro e Segundo Exércitos,
interrompendo seu avanço na França.[18] O exército alemão
recuou ao norte do Rio Aisne e iniciou escavações ali,
estabelecendo o início da frente ocidental estática (guerra de
trincheiras) que perduraria pelos três anos seguintes. Seguindo
esse revés alemão, as forças opositoras tentaram flanquear
uma a outra, em um período conhecido como a Corrida para o
mar, e rapidamente estenderam seus sistemas de trincheiras
do Canal da Mancha à fronteira suíça.[19] O território francês
ocupado pela Alemanha produzia 64% da produção de ferro da
França, 24% das siderúrgicas e 40% da capacidade total da
extração de carvão, causando sérios problemas para a
indústria francesa.[20]
No lado da Tríplice Entente, a frente estava ocupada por
exércitos dos países aliados, com cada nação defendendo uma
parte da frente. Da costa ao norte, as forças primárias vieram
da Bélgica, da França e do Reino Unido. Na sequência
da Batalha de Yser, em outubro, as forças belgas controladas a
35 quilômetros de distância do território de Flandres ao longo
da costa, com sua frente na sequência do rio Yser e do canal
Yperlee, de Nieuwpoort a Boezinge.[21] Ao sul estava
estacionado o setor da Força Expedicionária Britânica. Ali,
de 19 de outubro a 22 de novembro, as forças alemãs fizerem
sua última tentativa de avanço de 1914 durante a Primeira
Batalha de Ypres. Pesadas baixas ocorreram de ambos os
lados, mas nenhum avanço ocorreu.[22] No natal, a Força
Expedicionária Britânica guardava uma linha contínua do canal
La Bassé ao sul de Saint Eloa, no vale do Soma.[23] O
remanescente da fronte, ao sul da fronteira com a Suíça,
estava ocupado pelas forças francesas.[carece de fontes]

Trégua de Natal: tropas


Mapa da Frente
britânicas e alemãs
Ataque francês (carga), Ocidental e
confraternizando na
usando baioneta. a corrida para o mar,
"terra de ninguém"
1914.[24]
durante o Natal de 1914.

1915 - Paralisação
Mapa da Frente
Ocidental, 1915-1916.
Entre a costa e Vosges havia uma saliência externa na linha da
trincheira, chamada de saliência Noyon em homenagem à
cidade francesa capturada de mesmo nome no ponto máximo
de avanço, perto de Compiègne. O plano de ataque de Joffre
para 1915 era atacar essa saliência em ambos os flancos para
assim cortá-la da linha.[25] Os britânicos iriam formar a força de
ataque setentrional e pressionando a leste em Artois, enquanto
os franceses atacariam Champagne.[carece de fontes]
Em 10 de março, como parte de uma ação planejada como
uma ofensiva maior na região de Artois, os exércitos britânicos
e canadenses (Corpo Canadense) realizaram um ataque a
Neuve Chapelle em um esforço para capturar a cordilheira de
Albers. O assalto foi feito por quatro divisões ao longo de uma
frente de três quilômetros. Precedido por um bombardeio
concentrado que durou 35 minutos, o assalto inicial teve rápido
progresso, e a vila foi capturada em apenas quatro horas.
Entretanto, o assalto foi atrasado devido a problemas
com logística e comunicações. Os alemães então
trouxeram reforços e contra-atacaram, impedindo a tentativa de
capturar a cordilheira. Já que os britânicos tiveram que usar
aproximadamente um terço do seu suprimento total de
cápsulas de artilharia,[26] o General Sir John French culpou a
falha na escassez de cápsulas, apesar do sucesso inicial do
ataque.[27]
Gás tóxico na guerra
Ver artigos principais: Armas químicas na Primeira Guerra
Mundial e Guerra química

Uma interpretação
artística das tropas canadianas na Segunda Batalha de Ypres.
Apesar dos planos dos alemães de manter a paralisação com
os franceses e britânicos, comandantes alemães planejavam
um ataque à cidade belga de Ypres, que os britânicos haviam
capturado em novembro de 1914 durante a Primeira Batalha de
Ypres. Sendo todos aliados a ofensiva tinha o objetivo de
divergir a atenção de grandes ofensivas na Frente
Oriental enquanto desorganizava os planos franco-britânicos e
de quebra realizava testes de uma nova arma. Após um
bombardeio de dois dias, em 22 de abril, os alemães
despejaram cloro no campo de batalha e a nuvem flutuou para
a direção das trincheiras britânicas.[28] A nuvem amarelo-
esverdeada asfixiou os defensores e aqueles na retaguarda
fugiram em pânico, criando uma lacuna livre de defesas na
linha Aliada por quatro quilômetros. Entretanto, os alemães
estavam despreparados para o nível de sucesso que obtiveram
e não possuíam reservas suficientes para explorar a lacuna.
Tropas canadenses rapidamente chegaram e empurraram de
volta o avanço alemão. Essa Segunda Batalha de
Ypres marcou o primeiro uso em larga escala de armas
químicas, onde 170 toneladas foram despejadas nas linhas
aliadas, resultando nas mortes de 5 mil homens em poucos
minutos, apesar do uso dessas armas ser proibido
pela Convenção da Haia de 1899.[29]
O ataque com uso de gás foi repetido dois dias depois e
causou um recuo de 4,8 quilômetros da linha franco-britânica.
Mas a oportunidade havia sido perdida. O sucesso desse
ataque não iria mais se repetir, já que os Aliados contra-
atacaram introduzindo máscaras de gás e
outras contramedidas. Um exemplo do sucesso dessas
medidas veio posteriormente, em 27 de abril, quando a 40
quilômetros ao sul de Ypres, na Batalha de Hulluch, as tropas
da 16ª Divisão Irlandesa conseguiram aguentar um intenso
ataque de gás dos alemães.[30]
Guerra aérea
Ver artigo principal: Aviação na Primeira Guerra Mundial
Esse ano também testemunhou a introdução
de aeronaves especialmente modificadas para o combate
aéreo. Embora aeronaves já tivessem sido usadas na guerra
para reconhecimento, em 1 de abril o piloto francês Roland
Garros tornou-se o primeiro a derrubar uma aeronave inimiga
usando metralhadoras que atiravam através das lâminas
da hélice. Isso foi realizado reforçando cruamente as lâminas
para que as balas que batiam nelas ricocheteassem.[31]
Várias semanas depois Garros foi forçado a pousar atrás das
linhas inimigas. Sua aeronave foi capturada e mandada ao
engenheiro holandês Anthony Fokker, que rapidamente
desenvolveu um melhoramento significativo, onda a
metralhadora era sincronizada com a hélice, assim ela atiraria
quando a hélice não estivesse na linha de tiro. Esse avanço foi
rapidamente usado no Fokker E.1 (Eindekker, ou monoavião,
Mark 1), a primeira aeronave de combate de fato;[32] Max
Immelmann conseguiu sua primeira morte em um Eindekker no
dia 1 de agosto.[33]
Isso iniciou uma corrida armamentista, já que ambos os lados
desenvolviam melhores armas, melhores motores, etc., o que
continuaria até o final da guerra. Essa corrida também
inaugurou o culto aos ases da aviação, sendo o Barão
Vermelho o mais famoso. Contrário à crença popular,
entretanto, armas antiaéreas clamavam mais baixas que os
caças.[34]
Ataques aliados posteriores

As ruínas
de Carency após ter sido recapturada pelos franceses
A ofensiva final da primavera foi realizada em Artois, com o
objetivo de capturar o cume de Vimy. O 10º exército francês
atacou em 9 de maio após um bombardeio de seis dias e
avançou cinco quilômetros. Entretanto, foram forçados a recuar
quando encontraram-se na linha de fogo de ninhos de
metralhadoras e da artilharia dos reforços alemães. Em 15 de
maio, a ofensiva parecia ter ganhado espaço, apesar de as
batalhas terem continuado até 18 de junho.[35]
Durante o outono de 1915, o "Flagelo Fokker" começou a gerar
um efeito negativo na frente de batalha já que os aviões
batedores dos Aliados estavam sendo quase totalmente
expulsos do céu. Esses aviões de reconhecimento eram
usados para direcionar a artilharia e fotografar fortificações
inimigas, mas agora os Aliados estavam sendo cegados pelos
aviões alemães.[36]
Em setembro de 1915 os Aliados lançaram uma grande
ofensiva com os franceses atacando Champagne e os
britânicos atacando Loos-en-Gohelle. Os franceses gastaram o
verão preparando-se para essa ação, enquanto os britânicos
assumiam um maior controle da frente liberando as forças
francesas para a preparação e o ataque. O bombardeio, que
havia sido cuidadosamente calculado por meio
de aerofotografia,[37] começou em 22 de setembro. O assalto
principal foi lançado em 25 de setembro e, ao menos no início,
conseguiu um bom avanço apesar dos arames farpados e dos
postos de metralhadoras. Entretanto, prevendo esse ataque, os
alemães haviam criado linhas de defesa a 3,2 e a 6,4
quilômetros atrás da frente de batalha, conseguindo assim se
defender contra os ataques franceses que duraram até
novembro.[38]
Também em 25 de setembro, os britânicos iniciaram
seu assalto a Loos, com o propósito de suplementar o ataque
principal a Champagne. O ataque foi precedido por um
bombardeio de quatro dias, que usou 250 mil cápsulas de
artilharia e 5 100 cilindros de cloro.[39] O ataque envolveu duas
unidades na ofensiva principal e mais duas unidades
realizando ataques diversos em Ypres. Os britânicos sofreram
grandes baixas durante a investida, especialmente devido às
metralhadoras inimigas, e realizaram pouco avanço antes de
ficarem sem cápsulas de artilharia. Uma renovação do ataque
em 13 de outubro teve um desempenho um pouco melhor. Em
dezembro, o general britânico John French foi substituído
por Douglas Haig como comandante das forças britânicas.[40]

1916 – Os atritos e duelos da artilharia


O chefe do estado-maior alemão, Erich von Falkenhayn, não
achava mais possível conseguir uma ruptura nas linhas
inimigas e ao invés de perseguir esse caminho, se focou em
forçar uma capitulação francesa infligindo o maior número de
baixas possíveis no exército inimigo.[41] Seu novo objetivo era
"sangrar a França ao ponto de palidez".[42]
Para realizar seus planos, ele adotou duas novas estratégias. A
primeira foi o uso de guerra submarina irrestrita para cortar as
linhas de suprimento ultramarinas dos Aliados.[43] A segunda foi
priorizar ataques que teriam um grande índice estimado de
baixas inimigas nas tropas francesas terrestres. Para infligir o
máximo possível de baixas, ele planejou atacar uma posição
da qual os franceses não poderiam recuar, tanto por razões
estratégicas como de orgulho nacional, logo "prendendo" os
franceses. A cidade de Verdun foi escolhida pois além de ser
uma fortaleza importante, cercada por um círculo de fortes, que
ficava perto das linhas alemães, também defendia uma rota
direta a Paris.[38] A operação recebeu o codinome Gericht, que
em alemão significa "corte", mas realmente significava "lugar
de execução".[42]
Falkenhayn limitou o tamanho da frente de ataque em 4,8 a 6,4
km para concentrar seu poder de fogo e prevenir uma possível
ruptura de sua frente de combate em uma contraofensiva. Ele
também manteve um controle criterioso sobre o grupo principal
de soldados reservas, fornecendo o mínimo de tropas
necessárias para manter a batalha ocorrendo.[44] Na preparação
para o ataque, os alemães arregimentaram uma concentração
de aviões perto das fortalezas. Na fase inicial, eles limparam os
céus de batedores inimigos o que permitiu com que os
observadores de artilharia e os bombardeiros alemães fossem
precisos e que operassem sem interferência. Entretanto, em
maio, os franceses contra-atacaram preparando e
usando escadrilles de chasse com caças Nieuport superiores.
O apertado espaço aéreo acima de Verdun tornou-se um
campo de batalha aéreo e ilustrou o valor tático
da superioridade aérea, com cada lado tentando dominar o
reconhecimento aéreo.[45]
A Batalha de Verdun
Ver artigo principal: Batalha de Verdun
A Batalha de Verdun começou em 21 de fevereiro de 1916
após um atraso de 9 dias devido a neve e a nevascas. Após
um intenso bombardeio de oito horas, os alemães não
esperavam muita resistência enquanto vagarosamente
avançavam em direção a Verdun e seus fortes.[46] Entretanto,
grande resistência francesa foi encontrada, mas rebatida pelo
uso de lança-chamas pelos alemães. Os franceses perderam o
controle de todos os seus fortes, incluindo o Forte Douaumont.
Apesar disso, reforços franceses pararam o avanço alemão
em 28 de fevereiro.[47]
Os alemães então focaram sua investida no Le Mort Homme
ao norte, de onde os franceses estavam resistindo com
sucesso. Após algumas das mais intensas batalhas de toda a
campanha, a colina foi tomada pelos alemães no fim de maio.
Depois de uma mudança no comando francês em Verdun,
de Philippe Pétain com uma mentalidade defensiva,
para Robert Nivelle com uma mente ofensiva, os franceses
tentaram recapturar o Forte Douaumont em 22 de maio mas
foram facilmente rechaçados. Os alemães capturaram o Forte
Vaux em 7 de junho e, com a ajuda do gás fosgênio,
[48]
chegaram a um quilômetro do último cume sobre Verdun
antes de pararem em 23 de junho.[carece de fontes]
Durante o verão, os franceses avançaram vagarosamente.
Com o desenvolvimento da técnica da barragem, os franceses
recapturaram o Forte Vaux em novembro, e até dezembro de
1916 eles haviam empurrado alemães dois quilômetros para
trás a partir do Forte Douaumont, em um processo de
alternância das 42 divisões durante a batalha. A Batalha de
Verdun (também conhecida como a Meuse Mill[49]) tornou-se um
símbolo de determinação e sacrifício franceses.[50]
A Batalha do Somme
Ver artigo principal: Batalha do Somme

Avanço da Infantaria
Britânica perto de Gingy.
Tanque Mark I em
1916.
Na primavera, os comandantes aliados ficaram preocupados
com a capacidade do Exército Francês de aguentar as
enormes baixas sofridas em Verdun. Devido a isso os planos
originais para um ataque ao redor do rio Somme foram
modificados, fazendo dos britânicos o efetivo principal. Essa
mudança serviria para aliviar a pressão dos franceses, e
também dos russos que haviam sofrido grandes baixas. Em 1
de julho, após uma semana de chuvas fortes, divisões
britânicas em Picardia lançaram um ataque ao redor do rio
Somme, apoiados por divisões francesas no seu flanco direito.
O ataque havia sido precedido por um bombardeio de artilharia
pesado que durou sete dias. As tropas francesas, experientes,
conseguiram avançar com sucesso, entretanto, o apoio da
artilharia Britânica não destruiu tantos arames farpados e
trincheiras alemães como havia sido planejado. Eles sofreram
o maior número de baixas (mortos, feridos e desaparecidos)
em um único dia na história do Exército Britânico,
aproximadamente 57 000.[51]
Após terem avaliado o combate aéreo sobre Verdun, os aliados
tinham novos aviões para o ataque no vale do Somme. Tendo
aprendido uma lição valiosa em Verdun, o foco tático dos
Aliados configurou-se em obter superioridade aérea e os
aviões alemães foram, de fato, expulsos dos céus de Somme.
O sucesso da ofensiva aérea dos Aliados causou a
reorganização do Exército Aéreo Alemão, e ambos os lados
começaram a usar grandes formações de aviões ao invés de
depender de combatentes individuais.[52]
Após um reagrupamento dos exércitos, a batalha continuou por
julho e agosto, com algum sucesso por parte dos britânicos,
apesar do reforço das linhas alemães. No fim de agosto, o
General Haig havia concluído que uma ruptura nas linhas
inimigas era improvável e, ao invés disso, mudou sua tática
para uma série de ações envolvendo pequenas unidades. Essa
tática teve o efeito de fortalecer a frente de combate, uma ação
que se achava ser necessária para a preparação de um intenso
bombardeio de artilharia junto com um grande ataque.[carece de fontes]
A fase final da Batalha do Somme testemunhou o uso
de tanques no campo de batalha. Os Aliados prepararam um
ataque que iria envolver 13 divisões imperiais e britânicas e
quatro unidades francesas. O ataque obteve um progresso
inicial, avançando 3,2 a 4,1 quilômetros em certas áreas, mas
os tanques tiveram pouco efeito devido a sua falta de números
e a falta de estabilidade mecânica.[53] A fase final da batalha
ocorreu em outubro e início de novembro, para novamente
produzir um grande número de baixas em contraste com os
limitados ganhos táticos e territoriais. Em sua conclusão, a
Batalha do Somme causou penetrações nas linhas inimigas de
apenas 8 quilômetros e falhou em alcançar os objetivos
originais. Os Aliados sofreram aproximadamente 620 000
baixas e os Alemães 465 000, embora esses números sejam
controversos.[54]
A Batalha do Somme levou diretamente para novos
desenvolvimentos importantes na tática e organização
da infantaria; apesar dos grandes números de baixas de 1 de
julho, algumas divisões conseguiram alcançar seus objetivos
com baixas mínimas. Ao examinar, então, as razões por trás
das perdas e ganhos, os britânicos e o contingente colonial
reintroduziram o conceito pelotão, seguindo os passos dos
exércitos alemães e franceses que já estavam no caminho de
usar pequenas unidades táticas. Na época da Batalha do
Somme, os comandantes seniores britânicos insistiram que as
companhias (120 homens) fossem as menores unidades de
manobra, menos de um ano depois, a secção de 10 homens é
que seria.[55]
Linha Hindenburg
Ver artigo principal: Linha Hindenburg
Em agosto de 1916 a liderança alemã ao longo da frente
ocidental havia mudado tendo Falkenhayn resignado e
substituído pelos generais Paul Von Hindenburg e Erich
Ludendorff. Os novos líderes logo reconheceram que as
batalhas de Verdun e Somme haviam desgastado a
capacidade ofensiva do exército alemão. Eles decidiram que o
exército alemão no ocidente iria mudar para uma estratégia
defensiva pela maior parte de 1917, enquanto os Impérios
Centrais iriam atacar em outro lugar.[56]
Durante a Batalha de Somme e dos meses de inverno, os
alemães criaram posições de defesas preparadas atrás de uma
sessão de sua frente que seria chamada de linha Hindenburg.
Essa linha tinha o objetivo de diminuir a frente alemã, liberando
um número de divisões para outros afazeres. Essa linha de
fortificações ia de Arras até Saint-Quentin e encurtou a frente
em cerca de 48 quilômetros.[56] Os aviões de reconhecimento de
longo alcance dos britânicos tiveram os primeiros registos
visuais da construção da linha Hindenburg em novembro de
1916.[carece de fontes]

1917 - Os britânicos tomam a liderança

Mapa da Frente
Ocidental, em 1917
A linha Hindenburg foi construída a pouco mais de três
quilômetros atrás da linha de frente alemã.[57] Em 9 de fevereiro,
as forças alemãs recuaram para a linha e a retirada foi
completada em 5 de abril, deixando para trás um território
devastado a ser ocupado pelos Aliados. Essa retirada anulou a
estratégia francesa de atacar ambos os flancos da saliência
Noyon, visto que ela já não existia. Entretanto, avanços
ofensivos por parte dos britânicos continuaram, já que o Alto
Comando alegava, com alguma justiça, que a retirada era
consequência dos ataques que os alemães sofreram durante a
Batalha do Somme, não obstante os Aliados terem recebido
perdas muito maiores.[carece de fontes]
Enquanto isso, em 6 de abril, os Estados Unidos declaravam
guerra contra o Império Alemão. Voltando para meados de
1915, quando ocorreu o afundamento do Lusitania, a Alemanha
havia encerrado sua guerra submarina
irrestrita no Atlântico pois temia arrastar os Estados Unidos
para dentro do conflito. Mas com o descontentamento
crescente do povo alemão em razão da escassez de comida, o
governo decidiu retomar a guerra submarina em fevereiro de
1917. Os alemães calcularam que um bem-sucedido cerco à
Grã-Bretanha, composto de submarinos e belonaves, a forçaria
a sair da guerra dentro de seis meses, enquanto que as forças
americanas demorariam um ano para tornarem-se um sério
fator de risco na frente ocidental. Os submarinos e os navios de
guerra alemães obtiveram um longo período de êxito em suas
missões até que a Grã-Bretanha recorresse ao sistema
de escolta, resultando em uma grande diminuição nas perdas
de embarcações.[58]
Uma posição
de metralhadora Benet-Mercier, da 2ª Infantaria
Ligeira Rajput pertencente ao Exército da Índia
Britânica atuando em Flanders, durante o inverno de 1914 e
1915.
Por volta de 1916 e 1917, o tamanho do exército britânico na
frente ocidental havia crescido em dois terços sobre o número
total das forças francesas.[20] Em abril de 1917 as
Forças do Império Britânico lançaram um ataque que deu início
à Batalha de Arras. Apesar do sucesso do Corpo Canadense e
da 5ª Divisão de Infantaria Britânica em romper as linhas
alemãs na Cordilheira Vimy, às custas de muitas baixas, o
ataque dos Aliados encerrou-se devido à recusa no envio de
reforços para a região.[carece de fontes]
Durante o inverno de 1916 e 1917, as táticas aéreas dos
alemães aperfeiçoaram-se, uma escola de treinamento de
pilotos foi aberta em Valenciennes e aviões superiores, com
metralhadoras duplas, foram introduzidos. O resultado foi de
perdas quase desastrosas para a força aérea Aliada,
particularmente para os britânicos, os portugueses, belgas e
australianos, que se esforçavam para acompanhar os
combates com aviões ultrapassados, um fraco treinamento e
táticas ineficientes. Em razão disso, o prévio sucesso Aliado
sobre Somme não se repetiria, e sérias baixas seriam
causadas pelos alemães. Durante o ataque aéreo alemão em
Arras, os britânicos perderam 316 membros de sua tripulação e
os canadenses perderam 144, número alto se comparado às
44 perdas por parte dos alemães.[59] Esses acontecimentos
ficaram conhecidos pelo Corpo Aéreo Britânico como o Abril
Sangrento.[carece de fontes]
Moral francesa
Ver artigo principal: Motins do exército francês (1917)
No mesmo mês, o general francês Robert Nivelle ordenou uma
nova ofensiva contra as trincheiras alemãs, prometendo que
esse ataque ganharia a guerra. O ataque, chamado
de Ofensiva Nivelle — também conhecido como Caminho das
Damas (do francês Chemin des Dames, em consideração ao
local em que ocorreu a ofensiva) —, teria uma força de 1,2
milhões de homens, que seriam precedidos por um bombardeio
de artilharia de uma semana e acompanhado de tanques.
Entretanto, a operação não foi muito efetiva já que as tropas
francesas, auxiliadas
pelos australianos, portugueses e neozelandeses, eram
forçadas a transpor terrenos de condição irregular e em aclive.
Além disso, o planejamento detalhado dos franceses
desarranjou-se pela retirada voluntária dos alemães para a
linha Hindenburg, pelo comprometimento do sigilo da operação
e pelos aviões alemães que haviam ganhado o controle do céu,
prejudicando o reconhecimento dos Aliados. Isso fazia com que
o fogo de barragem se movesse muito antes das tropas
avançarem. Em uma semana, 0,475 soldados franceses foram
mortos. Apesar das muitas baixas e da promessa de cessar o
ataque caso ele não rompesse a linha inimiga, Nivelle ordenou
o ataque contínuo por todo o mês de maio.[carece de fontes]
Em 3 de maio a exaurida 2ª Divisão Colonial Francesa,
formada de veteranos da Batalha de Verdun, recusou cumprir
suas ordens, chegando à frente bêbados e sem suas armas.
Seus oficiais não possuíam os meios para punir uma divisão
inteira, portanto não foram implementadas medidas punitivas
mais duras. Os motins afligiram 54 divisões francesas e 20 000
homens desertaram.[60] Entretanto, os apelos ao patriotismo e
ao dever, bem como a prisão em massa e condenações,
encorajaram os soldados a retornarem para defender suas
trincheiras, apesar de os soldados franceses terem se
recusado a participar de qualquer ação ofensiva.[61] Em 15 de
maio, Nivelle foi removido do comando, sendo substituído
pelo General Henri Philippe Pétain, que suspendeu os ataques
em larga escala. Durante o ano seguinte, os franceses se
voltariam para uma estratégia defensiva, deixando o fardo do
ataque para os britânicos e seu império, outros aliados e,
subsequentemente, os Estados Unidos.[carece de fontes]
Ofensivas britânicas e a chegada das tropas
americanas

Mapa da Batalha de
Messines, mostrando a frente em 7 de junho e ações
subsequentes até 14 de junho, 1917.
Em 7 de junho, uma ofensiva britânica foi lançada
na cordilheira de Messines, ao sul de Ypres, para retomar o
território perdido na Primeira Batalha de Ypres em 1914. Desde
1915, engenheiros cavavam túneis sob a cordilheira, e cerca
de 500 toneladas de explosivos amonais foram plantados em
21 minas, por baixo das linhas inimigas.[62] Durante os quatro
dias de bombardeio pesado, os explosivos em 19 dessas
minas foram acionados, resultando nas mortes de 10 000
alemães. A ofensiva que se seguiu dependeu novamente de
pesado bombardeio, mas falhou em expulsar as tropas alemãs.
A ofensiva, embora tenha apresentado sinais de sucesso no
início, vacilou em consequência do terreno inundado e
lamacento, onde ambos os lados sofreram grandes baixas.[63][64]
Em 11 de julho de 1917, durante essa batalha, os alemães
introduziram uma nova arma na guerra ao
dispararem granadas de gás lançadas por artilharia. O
tamanho limitado de uma granada de artilharia requeria que um
gás mais potente fosse usado, fazendo os alemães
empregarem o gás mostarda, um agente poderoso e virulento.
O emprego do gás pela artilharia permitiu que grandes
concentrações do gás fossem usadas em alvos selecionados.
O gás mostarda também era um agente persistente, podendo
permanecer em um mesmo local por vários dias, um fator
desmoralizante adicional imposto aos oponentes.[65] Junto com o
gás fosgênio, o gás mostarda seria usados profusamente tanto
pelos alemães quanto pelos Aliados em batalhas posteriores, já
que os Aliados também começariam a aumentar a produção de
gás para fins de guerra.[carece de fontes]
Em 25 de junho as primeiras tropas americanas começaram a
chegar à França, formando a Força Expedicionária Americana.
Entretanto, até outubro as unidades americanas não entraram
nas trincheiras com força divisional. As tropas que chegavam
necessitavam de treinamento e equipamento antes de poderem
se juntar aos esforços de guerra, e por vários meses as
unidades americanas foram relegadas a esforços de suporte
apenas.[63] Apesar disso, a presença das novas tropas forneceu
uma elevação da moral, muito necessária aos Aliados.[carece de fontes]

Atiradores australianos em
uma trilha acima das tábuas de madeira na Floresta de
Château perto de Hooge, em 29 de outubro de 1917. Foto
de Frank Hurley
A luta ao redor de Ypres, que começou no final de julho e
continuou até início de agosto, foi renovada com a Batalha de
Passchendaele (tecnicamente a Terceira Batalha de Ypres, da
qual Passchendaele foi a fase final). A batalha tinha o objetivo
inicial de passar através das linhas alemãs e ameaçar a base
de submarinos na costa belga, mas este foi posteriormente
restrito ao avanço das tropas britânicas para terrenos altos (e
secos) ao redor de Ypres, que não estavam mais sobre a
constante observação da artilharia alemã.
Os veteranos canadenses da Batalha da Cordilheira Vimy e
da Batalha da Colina 70 juntaram-se às forças britânicas e
à ANZAC e tomaram a vila de Passchendaele em 30 de
outubro, apesar da chuva forte e das grandes baixas.
Novamente a ofensiva produziu um grande número de baixas
para um ganho relativamente pequeno, embora os britânicos
tenham conseguido pequenas mais inexoráveis vitórias durante
os períodos de clima seco. O terreno era geralmente lamacento
e perfurado por crateras de granadas, tornando muito difícil a
movimentação de missões de suprimentos e avanços
ofensivos.[carece de fontes]
Ambos os lados perderam um total combinado de meio milhão
de homens durante o ataque.[66] A batalha acabou se tornando,
por parte dos historiadores britânicos, um exemplo de matança
sangrenta e fútil, enquanto os alemães chamariam
Passchendaele de "o maior martírio da Guerra". Esta foi uma
das duas batalhas (a outra seria a Batalha do Somme) que
mais contribuiu para a reputação controversa do comandante-
em-chefe britânico, Sir Douglas Haig.[carece de fontes]
Batalha de Cambrai
Tanques britânicos com
feixes de paus, utilizados para cruzar a linha
Hindenburg (1918)
Em 20 de novembro, os britânicos lançaram o primeiro ataque
massivo de tanques durante a Batalha de Cambrai.[67] Os
Aliados atacaram com 324 tanques, um terço deles em
reserva, e doze divisões, contra duas divisões alemãs. Para
manter o elemento surpresa, não houve um bombardeio
preparatório antes do ataque; e somente uma cortina de
fumaça foi lançada antes dos tanques. Os tanques carregavam
feixes de paus na frente para criar pontes, atravessar as
trincheiras e as armadilhas de 4 metros de diâmetro dos
alemães. Com exceção da 51ª Divisão (Highland), que não
avançou em colunas por trás dos tanques mas como uma linha
ao longo do campo de batalha, o ataque inicial foi um sucesso
para os britânicos. As forças britânicas penetraram em seis
horas mais do que se havia conseguido em quatro meses na
Terceira Batalha de Ypres, ao custo de somente 4 mil baixas
britânicas.[68]
Entretanto, o avanço produziu uma complicada e quase
intransponível saliência na linha, e uma contraofensiva
surpresa por parte dos alemães em 30 de novembro forçou os
britânicos a recuarem para suas linhas iniciais do ataque.
Apesar do revés, o ataque foi visto como bem-sucedido pelos
Aliados, uma vez que provou que tanques podiam superar
defesas de trincheiras. A batalha também testemunhou o uso
massivo do stosstruppen alemão na frente ocidental, que usava
de táticas de infiltração de infantaria para penetrar com
sucesso as linhas inimigas, transpassando a resistência e
rapidamente avançando por trás do inimigo.[carece de fontes]

1918 - Ofensivas finais

Comboio de munição alemão destruído por bombardeio.

Mapa das ofensivas


finais alemãs, 1918
Após o bem-sucedido ataque dos Aliados e da penetração das
defesas alemãs em Cambrai, Ludendorff determinou que a
única oportunidade de vitória alemã dependeria agora de um
ataque decisivo ao longo da frente ocidental durante a
primavera, antes que as forças americanas se tornassem
significativamente presentes. Em 3 de março de 1918,
o Tratado de Brest-Litovski foi assinado, e a Rússia retirou-se
da guerra. Isso teria um efeito dramático no conflito, uma vez
que 33 divisões estavam agora liberadas da Frente
Oriental para serem empregadas no ocidente. Isso daria aos
alemães uma vantagem de 192 divisões contra 173 divisões
dos Aliados, o que permitiu que a Alemanha retirasse unidades
veteranas da linha de combate e as retreinasse
como sturmtruppen.[69] Em contraste, os Aliados ainda não
apresentavam um comando unificado e sofriam de baixa moral
e fraca força de combate: os exércitos britânicos e franceses
estavam seriamente exauridos, e as tropas americanas ainda
não haviam tido papel significativo no combate.[70]
A estratégia de Ludendorff consistia em lançar uma massiva
ofensiva contra os britânicos e seus civis, destinada a separá-
los dos franceses e empurrá-los de volta aos portos do canal.
O ataque iria combinar as novas
táticas sturmtruppen com caças-bombardeiros, tanques A7V e
uma meticulosamente planejada artilharia no estilo "fogo de
barragem", que incluiria ataques de gás.[71]
Ofensivas da Primavera alemãs
Ver artigo principal: Ofensiva da Primavera

Mephisto,
tanque A7V capturado por tropas australianas, em Julho de
1918, na cidade de Villers-Bretonneux. É o último tanque
[72]

alemão sobrevivente da I Guerra Mundial. [73]

A Operação Michael,[74] primeira das Ofensivas da


Primavera alemãs, quase conseguiu separar os exércitos
Aliados, avançando cerca de 65 quilômetros durante os
primeiros oito dias e movendo as linhas de frente 100
quilômetros para o oeste, a uma distância de Paris em que era
possível um bombardeio pela primeira vez desde 1914.[carece de fontes]
Como resultado da ofensiva, os Aliados finalmente
concordaram com um sistema de comando unificado. O
General Ferdinand Foch foi apontado como comandante de
todas as forças Aliadas na França. Os Aliados, agora
unificados, estariam mais bem preparados para responder aos
ataques alemães, e a ofensiva tornou-se uma batalha de
desgaste.[carece de fontes]
Em maio, as tropas americanas começaram a ter um papel
crescente no campo de batalha, tendo sua primeira vitória
na Batalha de Cantigny.[75] No verão, 300 mil soldados
americanos estavam chegando a cada mês. Um total de 2,1
milhões de soldados americanos seriam empregados na frente
antes que a guerra chegasse a um fim. O rápido aumento da
presença americana serviu como contragolpe ao grande
número de forças alemãs que estavam sendo reempregadas
na frente.[76]
Ofensivas Aliadas finais

Mapa das ofensivas finais dos


Aliados, 1918
Em julho, Ferdinand Foch iniciou uma ofensiva contra as
posições inimigas ao longo do rio Marne, estabelecidas
durantes os ataques alemães, eliminando-as em agosto.
Uma segunda grande ofensiva foi lançada dois dias depois da
primeira, terminando ao norte, em Amiens. Esse ataque incluiu
forças franco-britânicas, e foi encabeçado por tropas
canadenses e australianas,[77] junto com 600 tanques, contando
também com o apoio de 800 caças. A investida provou ser um
sucesso, levando Hindenburg a apelidar o dia 8 de agosto
como o "Dia Negro do Exército Alemão".[78]
A força do exército da Alemanha estava seriamente exaurida
após quatro anos de guerra, e a economia e a sociedade do
país estavam sob grande pressão interna. A Tríplice
Entente contava agora com 216 divisões, contra enfraquecidas
197 divisões alemãs.[79] A Ofensiva dos Cem Dias, iniciada em
agosto, provou ser a gota d'água, e seguindo uma série de
derrotas militares, as tropas alemãs começaram a se render em
grande número. Enquanto as forças Aliadas rompiam as linhas
alemãs a um custo muito alto, o príncipe Maximiliano de
Baden foi indicado como Chanceler da Alemanha, em outubro,
na tentativa de negociar um armistício. Por causa de sua
oposição aos que buscavam a paz, Ludendorff foi forçado a
exilar-se na Suécia.[80] Ainda ocorriam batalhas e os exércitos
alemães batiam em retirada quando a Revolução
Alemã colocou um novo governo no poder e rapidamente
assinou um armistício que parou todos os confrontos na frente
ocidental, no que ficou conhecido como o Dia do Armistício (11
de novembro de 1918).[81] A Monarquia Imperial da Alemanha
entrou em colapso assim que o sucessor de Ludendorff,
o General Groener, concordou em apoiar o moderado Governo
Social Democrata, sob o comando de Friedrich Ebert, ao invés
de manter a Monarquia Hohenzollern, com medo de que
ocorresse uma revolução como a russa, deflagrada no ano
anterior.[82]

Consequências

Militares britânicos feridos no


fronte, em 1916.
A guerra ao longo da frente ocidental forçou o Governo Alemão
e seus aliados a apelar pela paz, apesar do sucesso alemão
em outras frentes. Como resultado direto, os termos da paz
foram ditados pela França, Reino Unido e Estados Unidos,
durante a Conferência de Paz de Paris em 1919. O resultado
foi o Tratado de Versalhes, assinado em junho do mesmo ano
por uma delegação do novo governo alemão.[83]
Os termos do Tratado de Versalhes iriam aleijar a Alemanha
como poder econômico e militar. O tratado devolveu as
províncias fronteiriças de Alsácia-Lorena para a França,
limitando assim as reservas de carvão da Alemanha, matéria-
prima necessária para sua indústria. Ele também limitou
sobremaneira as Forças Armadas Alemãs, restringindo o
tamanho do exército para no máximo 100 mil homens e
proibindo uma marinha ou uma força aérea. A marinha alemã
navegou até Scapa Flow, sob os termos da rendição, mas
sua Frota de Alto-Mar foi afundada pelos próprios tripulantes,
como ato de provocação.[84] A barragem ocidental
do Reno tornou-se zona desmilitarizada e o Canal de
Kiel aberto para tráfego internacional. Os tratados também
redesenharam drasticamente as fronteiras políticas da Europa
Ocidental.[85]

Comparação de Baixas das Principais Batalhas da Frente Ocidental

Batalha Ano Aliados Alemães

1ª Marne 1914 263 000 250 000

Verdun 1916 +377 000 +336 000

Somme 1916 623 907 +465 000

2ª Aisne 1917 187 000 168 000


3ª Ypres 1917 448 000 260 000

Ofensiva da Primavera 1918 851 374 688 341

Em 1919, a Alemanha estava falida, com sua população


vivendo em um estado de semi-inanição e não tendo nenhum
tipo de comércio com o resto do mundo. Os aliados ocuparam
as cidades, próximas ao Reno, de Colônia, Coblença e Mainz,
com sua restauração dependente dos pagamentos
de reparação de guerra. Entre a população alemã, surgiu um
mito de que o Exército Alemão não havia sido derrotado
("Lenda da punhalada pelas costas"), o que seria explorado no
futuro pela propaganda nazista para parcialmente justificar a
derrubada da República de Weimar.[86]
A França sofreu grandes perdas na guerra. Além de ter tido
mais baixas em relação à sua população do que qualquer
outra grande potência, o parque industrial da região nordeste
foi devastado pela guerra. As províncias assoladas pela
Alemanha produziam 40% de todo o carvão do país e 58% da
sua produção de aço.[87] Quando ficou claro que a Alemanha
perderia a guerra, Ludendoff ordenou a destruição das minas
na França e na Bélgica.[88] Seu objetivo era aleijar as indústrias
do principal rival europeu da Alemanha. A França iria
posteriormente construir uma série de fortificações ao longo da
fronteira com a Alemanha, que ficou conhecida como a Linha
Maginot, usando dessas estruturas para prevenir futuras
agressões por parte da Alemanha.[89]
A guerra de trincheiras deixou uma geração de soldados
mutilados e viúvas de guerra. A carnificina sem precedentes
teve um longo efeito na atitude das populações civis em
relação aos conflitos armados, resultando, no futuro, na
relutância por parte dos Aliados em exercer uma política
agressiva ("Política de apaziguamento") com relação a Adolf
Hitler, sendo ele um veterano condecorado da guerra. As
repercussões desse conflito ainda podem ser sentidas até hoje.
[90]

Ver também
 Brasil na Primeira Guerra Mundial
 Frente Ocidental (Segunda Guerra Mundial)
 Frente Oriental (Primeira Guerra Mundial)
 Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)
 Lista de filmes relacionados à Frente Ocidental
 Portugal na Primeira Guerra Mundial

Notas
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