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A COMPETIÇÃO IMPERIALISTA E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

O contexto em que se passa o nosso tema é a Europa do século XIX. Esse período
marca a expansão das indústrias por vários países da Europa, chegando também
aqui na América com a Industrialização dos EUA e na Ásia com a industrialização
do Japão. Por isso essa fase é chamada de 2ª Revolução Industrial.

Essa expansão industrial vai ocasionar uma nova necessidade ás potências


europeias. Já que vários países europeus estavam se industrializando, onde
conseguir mercado para consumir seus produtos? Onde conseguir matéria-prima
para atender a demanda da indústria?

Sendo assim, a alternativa para se conquistar novos mercados foi  a colonização de


regiões periféricas na África e na Ásia, chamada de NEOCOLONIALISMO. Essa
nova colonização vai marcar também o surgimentos de grandes impérios nessas
regiões, por isso, essa conquista também é chamada de IMPERIALISMO.

O Neocolonialismo teve como respaldo teorias que justificavam a dominação das


potências europeias como o DARWINISMO SOCIAL. Dos pontos de vista étnico,
econômico, político e cultural, as potências imperialistas se achavam em condição
de seres mais evoluídos que os demais povos do planeta, tendo o direito a eles se
imporem e explorarem de acordo com os seus interesses, projetos e valores. Outra
teoria que justificava essa dominação era a MISSÃO CIVILIZADORA. As potências
imperialistas se viam na árdua tarefa de incluir os povos menos esclarecidos
(negros e amarelos) no processo de civilização e progresso.
A partilha da África foi definida entre as potências europeias através da conferência
de Berlim, um acordo que definiu os rumos da dominação naquele continente.

A disputa imperialista produziu inúmeros conflitos que levariam as potências


europeias a uma Primeira Grande Guerra Mundial.
Ao mesmo tempo em que a indústria se expandia, lançava produtos inovadores nos
mais variados  mercados, os países industrializados se enriqueciam e a burguesia
ostentava os privilégios do poder de consumo, os anos dourados da BELLE
EPOQUÉ traziam à sociedade europeia uma  falsa sensação de estabilidade,
riqueza e progresso, gerados pela indústria que estava a todo vapor.

As grandes ofenssivas de 1918


Ofensiva dos Cem Dias

A Ofensiva dos Cem Dias foi o período final da Primeira Guerra Mundial, em que
os Aliados lançaram uma série de ofensivas contra os Impérios Centrais na Frente
Ocidental, de 8 de agosto de 1918 a 11 de novembro de 1918. A ofensiva forçou os
exércitos alemães a recuarem para trás da Linha Hindenburg culminando no
Armistício de Compiègne. A Ofensiva dos Cem dias não se refere a uma batalha ou
estratégia em particular, mas sim a conjunto de acções Aliadas bem-sucedidas que
tiveram início com a Batalha de Amiens e até ao fim com a grande ofensiva.

Antecedentes

As Ofensivas Alemãs da Primavera na Frente Ocidental que tiveram início em 21 de


Março de 1918 com a Operação Michael, terminaram em Julho. Os alemães
avançaram até ao rio Marne mas ficaram por aí. Quando a Operação Marne-Reims
terminou em Julho, o comandante supremo Aliado, o francês Ferdinand Foch, deu
ordem para uma contra-ofensiva, designada por Segunda Batalha do Marne. Os
alemães, reconhecendo a sua difícil e insustentável posição, retiraram-se do Marne
para norte; por esta vitória, Foch foi promovido a Marechal de França.

Foch considerava que tinha chegado o tempo dos Aliados voltar ao ataque. Os
americanos estavam agora presentes em França em largo número, e a sua
presença dava força e motivação aos exércitos Aliados. [1]:472 O seu comandante,
General John J. Pershing, fazia questão de usar o seu exército de forma
independente. O Exército Britânico também tinha recebido um grande número de
reforços que tinham regressado das campanhas na Palestina e em Itália, e muitos
substitutos retidos no Reino Unido pelo Primeiro-ministro David Lloyd George.[1]:155

Foram tidas em conta várias propostas e, por fim, Focj concordou com uma do
Marechal-de-Campo Douglas Haig, o comandante da Força Expedicionária Britânica
(FEB), que pretendia atacar no Somme, a leste de Amiens e a sudoeste do campo
de batalha da Batalha do Somme (1916), com o objectivo de forçar os alemães a
afastarem-se da vital linha de caminho-de-ferro Amiens-Paris. [1]:472 A zona do
Somme foi escolhida por se mostrar um local adequado à ofensiva por várias
razões. Tal como em 1916, o sector marcava a fronteira entre a FEB e as forças
francesas, separadas pela estrada Amiens-Roye, permitindo que as duas forças
cooperassem. Também a zona rural de Picardy tinha terrenos firmes para a
movimentação de tanques, o que não acontecia na região da Flanders. Finalmente,
as defesas alemãs, em particular o 2.º Exército Alemão liderado pelo General Georg
von der Marwitz, eram relativamente fracas, tendo sofrido ataques contínuos pelos
australianos num processo designado por penetração pacífica.

Primeiras batalhas

Amiens

A Batalha de Amiens, (em que o ataque francês ao flanco sul ficou conhecido como
Batalha de Montdidier), teve início a 8 de Agosto de 1918, com um ataque de mais
de 10 Divisões Aliadas — australianas, canadianas, britânicas e francesas — e mais
de 500 tanques.[1]:497 Depois de uma cuidada preparação, os Aliados conseguiram
efectuar o ataque em total surpresa para os alemães. [2]:20,95[3] O ataque, liderado
pelos Corpos Australiano e Canadiano do 4.º Exército Britânico, destruíram as
linhas alemãs, com os tanques a atacar a retaguarda das posições alemãs,
espalhando o pânico e a confusão. No final do primeiro dia, os Aliados avançaram
24 km pelas linhas do inimigo a sul do Somme. [4] Os Aliados fizeram 17 000
prisioneiros e capturaram 330 armas. As vítimas dos alemães foram estimadas em
30 000 no dia 8 de Agosto, enquanto as dos Aliados terão sido de 6 500 homens
mortos, feridos e desaparecidos. O colapso da moral dos alemães levou Erich
Ludendorff a caracterizar este dia como "o dia mais negro do Exército Alemão ".
[2]:20,95

O avanço continuou por mais três dias sem, no entanto, os resultados


espectaculares do primeiro dia, pois a rapidez do primeiro dia ultrapassou o apoio
da artilharia e diminuiu em muito os mantimentos. [5] Durante aqueles três dias, os
Aliados, avançaram 19 km, a grande maioria no primeiro dia, devido aos reforços
alemães.[6] A 10 de Agosto, os alemães começaram a sair do saliente que tinham
ocupado durante a Operação Michael, em Março, regressando para a Linha
Hindenburg.[7]

Somme

A 15 de Agosto de 1918, Foch pediu que Haig continuasse a ofensiva de Amiens,


mesmo com as crescentes dificuldades da falta de provisões e artilharia, e com a
movimentação de tropas alemãs para aquele sector. Haig recusou e, preparou-se
para iniciar uma nova ofensiva com o 3.º Exército Britânico em Albert (Batalha de
Albert), que teve início em 21 de Agosto. A ofensiva foi um sucesso, forçando o 2.º
Exército Alemão a recuar 55 km. Albert foi capturada a 22 de Agosto. [8] O ataque foi
alargado a sul pelo 10.º Exército Francês dando início à Segunda Batalha de Noyon,
a 17 de Agosto; a cidade de Noyon foi capturada a 29 de Agosto.[8] A 26 de Agosto,
a norte do ataque inicial, o 1.º Exército Britânico alargou a frente do ataque mais
11 km durante a Segunda Batalha de Arras. Bapaume caiu a 29 de Agosto, na
Segunda Batalha de Bapaume.

Avanço até à Linha Hindenburg

Com a queda da linha da frente, ocorreram diversas batalhas à medida que os


Aliados forçavam os alemães a recuar para a Linha Hindenburg.

A este de Amiens (depois da batalha que aí teve lugar), com o avanço da artilharia e
o reforço das munições, o 4.º Exército Britânico também avançou, com o Corpo
Australiano a atravessar o rio Somme na noite de 31 de Agosto, derrubando as
linhas alemãs durante a Batalha do Monte Saint-Quentin.[9] A 26 de Agosto, a norte
do Somme, o 1.º Exército Britânico abriu a sua frente de ataque numa extensão de
11 km durante a Segunda Batalha de Arras, a qual incluiu a Batalha de Scarpe
(1918) (26 de Agosto) e a de Drocourt-Queant (2 de Setembro).[10]

A sul da FEB, o 1.º Exército Francês aproximou-se da Linha Hindenburg nos


arredores de Saint Quentin no decorrer da Batalha de Savy-Dallon (10 de
Setembro),[11]:128–9 e o 10.º Exército Francês avançou até à Linha Hindenburg junto
de Laon, durante a Batalha de Vauxaillon (14 de Setembro).[11]:125 O 4.º Exército
Britânico aproximou-se da Linha ao longo do Canal de St Quentin na Batalha de
Épehy (18 de Setembro).

No dia 2 de Setembro, os alemães foram obrigados a recuar até à Linha, de onde


tinham lançado a sua ofensiva na Primavera.

Batalhas da Linha de Hindenburg

As principais defesas alemãs estavam posicionadas na Linha de Hindenburg, um


conjunto de fortificações defensivas desde Cerny, no rio Aisne, até Arras.[12] Antes
da principal ofensiva de Foch ter início, os salientes a oeste e a este da Linha foram
destruídos em Havrincourt e St. Mihiel, a 12 de Setembro; e em Epehy e Canal du
Nord em 27 de Setembro.[2]:217

O primeiro ataque da "Grande Ofensiva" de Foch foi lançado a 26 de Setembro


pelos franceses e pela Força Expedicionária Americana na Ofensiva Meuse-
Argonne — esta ofensiva inclui as batalhas de Somme-Py (26 de Setembro), Saint-
Thierry (30 de Setembro), Montfaucon (6 de Outubro) e Chesne (1 de Novembro). A
ofensiva foi efectuada em terreno difícil, levando a que a Linha de Hidenburgo só
fosse quebrada no dia 17 de Outubro.

Dois dias mais tarde, o Grupo do Exército comandado por Alberto I da Bélgica (o
Exército Belga, o 2.º Exército britânico, liderado pelo General Herbert Plumer e o 6.º
Exército francês, sob o comando do General Degoutte) lançaram um ataque perto
de Ypres, na Flanders (a Quinta Batalha de Ypres). Os ataques foram bem-
sucedidos, no início, mas começaram a ter problemas devido à questões logísticas.

A 29 de Setembro, o ataque ao centro da Linha Hindenburg começou, com o 4.º


Exército britânico, liderado pelo Corpo Australiano, a atacar o Canal de St. Quentin
(Batalha do Canal de St. Quentin) e o 1.º Exército francês a atacar as fortificações
fora de St. Quentin (Batalha de St. Quentin). A 5 de Outubro, os Aliados entraram
nas defesas de Hindenburg numa frente de 31 km.[11]:123 Rawlinson registou, "Se os
Boches nãos tivessem mostrado sinais de degradação durante o mês passado,
nunca teria pensado em atacar a Linha Hindenburg. Se tivesse sido defendida pelas
mesmas tropas alemãs de há dois anos, com certeza que teria sido impossível
ultrapassá-las …"

Subsequentemente, a 8 de Outubro, o 1.º e o 3.º Exércitos britânicos, comandados


pelo Corpo canadiano, penetraram na Linha Hindenburg na Batalha de Cambrai.[13]

Todos estes ataques à Linha forçaram o Alto Comando alemão a aceitar que a
guerra tinha que terminar. A queda da moral dos alemães também convenceu os
comandantes Aliados, e muitos líderes políticos, de que a guerra podia terminar em
1918; anteriormente, todos os esforços se tinham concentrado no planeamento de
um grande ataque para 1919.

Para além da Linha de Hindenburg


Durante o mês de Outubro, os exércitos alemães retiraram-se dos territórios
conquistados em 1914. Os Aliados pressionaram a retirada dos alemães até à linha
paralela ao caminho-de-ferro de Metz a Bruges, que lhes tinha servido para
abastecer toda a frente na região Norte da França e da Bélgica durante grande
parte da guerra. À medida que os exércitos Aliados se iam aproximando da linha, os
alemães eram forçados a abandonar grandes quantidades de equipamento pesado
e de provisões, reduzindo ainda mais a sua moral e capacidade de resistência.
As baixas foram elevadas tanto do lado Aliado como do lado do exército alemão em
retirada. Atrás da Linha Hidenburg tiveram lugar algumas batalhas como a Batalha
de Selle (9 de Outubro), Batalha de Courtrai (14 de Outubro), Batalha de Mont-
D’Origny (15 de Outubro), Batalha de Selle (17 de Outubro), Batalha do Lys e
Escaut (20 de Outubro), Batalha do Serre (20 de Outubro),'Batalha de Valenciennes
(1 de Novembro) e Batalha do Sambre (incluindo a Segunda Batalha de Guise (4 de
Novembro) e a Batalha de Thiérache (4 de Novembro), com os combates a
continuarem até aos últimos minutos antes da hora marcada no Armistício, 11h00
de 11 de Novembro de 1918. Um dos últimos soldados a morrer foi o soldado
canadiano George Lawrence Price, dois minutos antes da hora do final da guerra.
Bibliografia
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University Press; 1 edition (2007). ISBN 978-0-521-03641-2
 Bean, C.E.W. Official Histories – First World War, Volume VI – The Australian Imperial Force
in France during the Allied Offensive. Angus and Robertson Ltd (1942)
 Christie, Norm M. (1999). For King and Empire, The Canadians at Amiens, August 1918. CEF
Books. ISBN 1-896979-20-3.
 Christie, Norm M. (2005). The Canadians at Arras and the Drocourt-Queant Line, August–
September, 1918. CEF Books. ISBN 1-896979-43-2. OCLC 60369666.
 Christie, Norm M (1997). The Canadians at Cambrai and the Canal du Nord, August–
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 Dancocks, Daniel George (1987). Spearhead to Victory—Canada and the Great War. Hurtig
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 Hanotaux, Gabriel. Histoire Illustree de la Guerre de 1914, Tome 17. Gounouilhou (1924)
 Livesay, J.F.B. Canada’s Hundred Days. Thomas Allen (1919)
 Orgill, Douglas (1972). Armoured onslaught: 8 August 1918. New York: Ballantine Books.
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 Schreiber, Shane B (2004). Shock army of the British Empire: the Canadian Corps in the last
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57063659.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ofensiva_dos_Cem_Dias
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/imperialismo.htm

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