Você está na página 1de 21

Índice

Introdução---------------------------------------------------------------------------------------1
Detalhamento do conteúdo----------------------------------------------------------------2
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------20
Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------21
Introdução
A Actividades Cognoscitiva da Personalidade numa perspectiva evolucionista, os
processos mentais desenvolveram-se nos organismos para permitir uma
interacção eficaz com o meio ambiente complexo em que vivem (eficácia em
termos de sobrevivência).

A interacção entre o organismo e o ambiente exterior dá-se através do tecido


sensorial (órgãos dos sentidos).Os processos de sensação e percepção
correspondem a mecanismos básicos da Psicologia, pois é através deles que
a informação ambiental chega à nossa mente.

O estudo das sensações e das percepções confunde-se com a origem da


Psicologia científica – foram estes os primeiros processos psicológicos a serem
estudados experimentalmente pela Psicologia moderna (Weber, Fechner e Wundt).

A pergunta que se pretende ver respondida é: “Qual a cadeia de


acontecimentos que leva um estímulo exterior a ser percebido e provocar uma
sensação mental?”
Psicologia Cognitiva
Sistemas sensoriais e Psicologia
a) Sensação versus Percepção versus Cognição
b) Características do sistemas sensoriais e respostas
c) A visão
d) A audição
e) O tacto
f) Os sentidos químicos

Sensação versus Percepção


Distinção pouco clara e introduzida pela primeira vez por Thomas Reid (1785).

Sensação: processo primário de recolha de informação ambiental.


A energia do ambiente é codificada em sinais eléctricos (transdução)
evai activar as áreas sensoriais do córtex, gerando sensações.

Percepção: processo pelo qual o cérebro dá sentido à informação recebida pelos


órgãos dos sentidos.

Selecção, organização e interpretação das sensações.

Cognição: processo que envolve a manipulação das percepções.

Os cincos sentidos
Tradicionalmente dizemos que existem cinco sentidos: visão, audição, tacto,
paladar e olfacto.

Que erros esconde esta afirmação?

Os outros sentidos
a) Sob o mesmo nome esconde-se mais de um sentido especializado. Por
exemplo, no tacto podem distinguir-se sentidos relativos à pressão,
àtemperatura, à dor...

b) Existem outros sentidos para além dos cinco tradicionais: propriocepção,


equilíbrio, detecção do campo magnético da terra, de campos eléctricos, etc...

Sistemas sensoriais
Modalidade sensorial: tipos de sensação (aquilo a que chamamos “sentidos”);
modalidade sensorial corresponde a uma sensação que pode variar em
intensidade mas que percebemos como homogénea. Por exemplo, a visão.

Órgãos sensoriais ou sensores: órgãos capazes de recolher a informação do


mundo exterior e que contém células especiais – os receptores. Por exemplo, o
olho.

Receptores: células sensoriais especializadas que convertem a energia


ambiental em impulsos nervosos, que depois irá ser processada pelo SNC. Por
exemplo, as células da retina convertem as ondas de luz em actividade
neuronal. Ao conjunto dos receptores chama-se tecido sensorial.
Qualidade sensorial: aspectos da sensação que não correspondem a variações
de quantidades. Por exemplo, no caso da visão, a luminosidade do estímulo é
uma qualidade; na audição, o timbre de um instrumento musical é uma qualidade.

Quantidade sensorial: variações quantitativas (de intensidade) da sensação. No


caso da visão, as variações de luminosidade.

Caracteríísticas dos sistemas sensoriais sticas dos sistemas


A - Os sistemas sensoriais são especializados.

1. Cada modalidade sensorial tem órgãos específicos, com receptores


próprios, que convertem a energia ambiental em impulsos nervosos.
2. Os receptores respondem preferencialmente a uma forma específica de
energia (cfr. doutrina novecentista das energias específicas dos nervos).
Por exemplo, as células da retina reagem sobretudo à estimulação
electromagnética e não às vibrações sonoras.
3. Cada sistema sensorial tem uma determinada parte do cérebro especializada
para interpretar os impulsos nervosos que recebe dos receptores (a
especificidade não está na energia nervosa mas sim nas áreas corticais
sensoriais).
4. Os receptores sensoriais estão localizados em sítios particularmente
expostos aos estímulos a que reagem. Por exemplo, os receptores do
paladar encontram-se na cavidade bucal.

B - Os sistemas sensoriais têm limiares de activação.

1. Para que ocorra sensação, é necessário que exista determinado nível


estimulação dos órgãos dos sentidos. Cada sistema sensorial só irá
responder provocando uma sensação se a intensidade de estimulação for
superior a determinado nível (limiar absoluto de activação). Trata-se de
um problema de quantidade sensorial. Por exemplo, existem ruídos ou
níveis de luminosidade que não nos apercebemos por serem de
intensidade muito reduzida.
2. Para que nos apercebamos de sensações diferentes, é necessário que
exista uma diferença mínima entre os dois estímulos. Cada sistema
sensorial só irá responder diferentemente se a diferença de intensidade da
estimulação for superior a determinado nível (limiar de discriminação).
Trata-se também de um problema de quantidade sensorial. Por
exemplo, não conseguimos distinguir duas bebidas com diferente
concentração de açúcar se a diferença entre elas não tiver determinado
valor.
3. Os receptores sensoriais reagem apenas a uma determinada gama de
estimulação. Trata-se de um problema de qualidade sensorial e não de
quantidade. Por exemplo, os nossos olhos percebem radiação
electromagnética com comprimento de onda entre os 350 e os 800 µ m;
não somos capazes de "ver" outras radiações que estão presentes no
espectro electromagnético (raios X ou infravermelhos). No campo da
audição, só detectamos sons com frequência entre 20 e 16 mil Hertz (a
fala ocorre entre os 200 e os 3 000 Hz e a escala do piano entre os 30 e os 4
000 Hz); abaixo destes níveis, os sons são demasiadamente agudos ou
graves para os ouvirmos, independentemente de serem feitos com maior ou
menor intensidade.

C - Os sistemas sensoriais habituam-se.

1. Quando estimulados continuamente, os receptores sensoriais deixam de


reagir a essa estimulação (habituação), sóvoltando a reagir passado um
período sem estimulação ou se a intensidade da estimulação aumentar.

D - Os sistemas sensoriais variam marcadamente entre espécies.


Diferentes espécies animais têm diferentes modalidades sensoriais.

Diferentes espécies animais são sensíveis a gamas de estimulação distintas


das do ser humano. Existem uma série de mudanças energéticas ambientais que
não nos damos conta delas (a não ser que utilizemos instrumentos artificiais);
mas outros animais possuem células especializadas na detecção dessas
variações energéticas a que nós somos insensíveis Por exemplo, as abelhas,
são sensíveis aos ultravioletas ou a variações no campo eléctrico (peixes que vivem
em águas lodosas) ou magnético terrestre (aves migratórias).

O mundo está repleto de variações energéticas que não estamos preparados


para transformar em sinais nervosos e, consequentemente, para sentir.

Cada espécie vive num "mundo próprio" (conceito de Jakobvon Uexküll, 1864-
1944) definido pelos limites das suas experiências sensoriais; estes mundos são
impenetráveis às outras espécies (sobretudo as não aparentadas
filogeneticamente).

Pode-se mostrar que os nossos órgãos dos sentidos detectam apenas as


variações ambientais que terão sido importantes para a nossa sobrevivência
enquanto mamíferos e primatas.

Modalidade Órgão Receptores Qualidades


Estímulo
sensorial Sensorial Sensoriais sensoriais
Electromagnético Cones e Cor
Visão Olho
(ondas de luz) Bastonetes Luminosidade
Células
Mecânico (ondas
ciliares Timbre
Audição de pressão Ouvido
(órgão de Altura
aérea)
Corti)
Mecânico Corpúsculos
--
Tacto (compressão dos Pele de
receptores) Meissner, etc
Terminais
nervosos
Dor Mecânico Pele --
livres
subcutâneos
Corpúsculos
Frio
Temperatura Térmico Pele de Krause e
Calor
de Ruffini
Botões Doce
Paladar Químico Língua
gustativos Salgado, etc
Olfacto Químico Mucosa Neurónios Diversas
Olfactiva olfactivos classificações
Órgãos de
Músculos e
Propriocepção Mecânico Golgi e fuso --
tendões
muscular

Em seguida, vão-se referir estruturas fisiológicas dos principais sistemas


sensoriais.

O objectivo não é adquirir conhecimentos de anatomia e fisiologia mas


compreender a diferença entre o processamento fisiológico dos estímulos e o
seu processamento psicológico.

Conhecer a forma como a informação ambiental é recebida, transformada e


transmitida ao cérebro, para dar lugar àpercepção da realidade, permite
compreender melhor a metáfora da mente enquanto “processador de informação”.

A visão
O órgão sensorial: o olho

O olho

A pupila regula a quantidade de luz que entra no


olho através da abertura da íris(controlada pelos
músculos ciliares). Os raios de luz vindos dos
objectos que estão no nosso campo visual
atravessam uma estrutura que é o cristalino (ou lente), que tem por função focar
os raios de luz na retina (acomodação).

Diversos problemas de visão podem surgir se forma


do globo ocular dificultar a tarefa do cristalino em
focar a imagem sobre a retina: miopia e
hipermetropia.

O caso do astigmatismo é diferente pois resulta de


irregularidades na curvatura da córnea, dificultando
a convergência dos raios.

O tecido sensorial: a retina

Receptores: células fotoreceptoras que convertem a energia da luz em impulsos


nervosos (cones e bastonetes); essa conversão resulta de uma reacção química
envolve a transformação dos pigmentos visuais;

Camada de associação: células bipolares ligam os cones e os bastonetes às


células ganglionares;

Camada ganglionares: células ganglionares cujas as fibras (axónios) formam o


início do nervo óptico que vai até ao cérebro.
Os receptores sensoriais
Os receptores visuais convertem a energia da luz em impulsos nervosos
através de uma reacção química que envolve a transformação de pigmentos
visuais (por exemplo, a rodopsina). Existem dois tipos de receptores visuais, que
têm reacções diferentes por possuírem diferentes pigmentos:

Bastonetes: não sensíveis àcor; funcionam melhor com pouca intensidade


luminosa; especialmente sensíveis na detecção de movimentos na visão
periférica.

Cones: sensíveis à cor; funcionam apenas em condições de luminosidade


intensidade luminosa; concentram-se no centro da retina (fóvea).

Cones e bastonetes

A fóvea (mácula) é uma zona da retina com cerca de 0,5 mm 2 que contém apenas
cones (os bastonetes abundam na periferia da fóvea). A acuidade visual é
máxima quando as imagens estão focadas sobre a fóvea. A fóvea está
alinhada com o centro da pupila, pelo que quando olhamos directamente um
objecto a sua imagem é projectada sobre a fóvea.

Duplicidade da visão
A existência de dois tipos de receptores originou a chamada “teoria da
duplicidade da visão” que afirma que a visão é constituída por dois sistemas
visuais separados (Max Schultze, 1860):
 a visão fotópica (sistema de visão adaptado à luz do dia, que permite visão
a cores; os receptores sensoriais são os cones);
 a visão escotópica (sistema de visão adaptado àescuridão; os
receptores sensoriais são os bastonetes).

Animais que vivem no escuro apresentam apenas visão escotópica (mochos, por
exemplo); animais diurnos apresentam apenas visão fotópica (por exemplo,
pombos); animais que são activos de dia e de noite ou no crepúsculo, apresentam
os dois tipos de visão (por exemplo, a espécie humana).

Via óptica
Córtex visual

Movimentos oculares
Os músculos oculares garantem movimentos variados e de grande precisão,
movendo-se os dois olhos em paralelo.

• Movimentos voluntáriosPermitem que os olhos se fixem em determinadas


regiões do campo visual.

• Movimentos involuntários Sacadas e fixações: sacadas são movimentos muito


rápidos (duram entre os 25 e os 100 ms). As fixações são pequenas pausas entre
as sacadas; o olho extrai a informação durante as fixações. A audição
O órgão sensorial: o ouvido

O ouvido

O ouvido organiza-se anatomicamente em três partes: o ouvido externo, o ouvido


médio e o ouvido externo.

O ouvido externo

As ondas sonoras são captadas pelo pavilhão auricular e conduzidas através


do canal auditivo até ao tímpano.
O ouvido médio

As ondas sonoras fazem o tímpano vibrar e essa vibração étransmitida à


cadeia de ossículos (martelo, bigorna e estribo). O estribo conduz essa vibração
até ao ouvido interno. A Trompa de Eustáquio estabelece ligação entre o ouvido
médio e a faringe.

As vibrações são transmitidas à cóclea, órgão do ouvido interno que contém os


receptores auditivos (células ciliares do órgão de Corti).

O aparelho vestibular (constituído pelos canais semi-circulares) não está


relacionado com a audição mas sim com o sentido de equilíbrio (detecta
mudanças de direcção e intensidade dos movimentos da cabeça).
O ouvido interno: a cóclea

O receptor sensorial: órgão de Corti

As vibrações vindas dos ossículos são transmitidas pela janela oval ao fluído
que circula na cóclea (perilinfa). As variações de pressão desse líquido ao
longo do tubo coclear fazem ondular a membrana basilar que assim estimula
as células ciliares do órgão de Corti. Essa estimulação vai provocar impulsos
nervosos que serão levados pelo nervo auditivo até ao córtex auditivo.

Via auditiva
O tacto –– sentidos cutâneos sentidos cutâneos

Existem quatro tipos principais de sensibilidade cutânea, cada uma com


receptores específicos, provocando diferentes tipos de sensação:

1) Térmica: sensação de frio e de calor;

2) Dolorosa: informação sobre a dor;

3) Táctil: informação sobre a textura dos objectos e do seu movimento em contacto


com a pele;

4) Proprioceptiva e cinestésica:informação sobre a posição dos nossos membros e


dos nossos movimentos.

Sistemas sensoriais químicos Olfacto e paladar

A estimulação química é uma das formas mais arcaicas dos organismos se


relacionarem com o meio, desempenhando grande papel em comportamentos
fundamentais para a sobrevivência, como a alimentação, a defesa do território,
o comportamento sexual e social.
Nos organismos que vivem à superfícies, estes dois sistemas exercem funções
bem distintas, pois um processa informação próxima e o outro informação
longínqua.

Consoante a origem dos químicos que estimulam o tecido sensorial – origem


ambiental ou origem em outro ser vivo – e sua a função é possível classificar os
diferentes estímulos sensoriais químicos.

Tipos de interacção química

Tipo de relação Transmissor / Receptor Tipo de estímulo


Ambiente versus Organismo 1. Estímulos químicos
Entre organismos 2. Semioquímicos
Intra-específico (+/0 versus +) 3. Feromonas
Inter-específico 4. Estímulos
aleloquímicos
Benefício para o receptor (- vs +) 5. Cairomonas
Benefício para o receptor (0 vs +) 6. Apneumonas
Benefício para o emissor (+ vs 0/-) 7. Alomonas
Benefício para ambos (+ vs +) 8. Sinomonas
Intra-organismo 9. Hormonas

O sufixo –mona é usado para denominar químicos que veiculam informação, sem
qualquer efeito trófico.

Estímulos semioquímico

Os semioquímicos são substâncias químicas que transmitem informação a um


organismo sobre outro organismo. Podem ser usados como avisos ou para
comunicação entre organismos.
Os semioquímicos derivam de processos fisiológicos já em utilização pelo
organismo e são subsequentemente alterados no decurso da evolução, de forma
a ganhar novas funções enquanto sinais.

Feromonas
Feromonas (pherein, transportar, transferir; hormón, excitar, estimular):
semioquímicos que actuam entre indivíduos da mesma espécie.

“Substâncias que são segregadas para o exterior por um indivíduo e recebidas


por um segundo indivíduo da mesma espécie no qual provocam uma reacção
específica, por exemplo um comportamento definido [feromonas libertadoras,
releaser] ou um processo de desenvol-vimento [feromonas iniciadoras, primer].”

O suor masculino contém componentes químicos (feromonas) que podem afectar


tanto a disposição das mulheres como o seu nível hormonal.

Apesar do seu poder sobre o comportamento, muitas vezes ao nível das


reacções automáticas, as sensações produzidas pelos sistemas sensoriais
químicos dificilmente podem ser manipuladas cognitivamente, ao contrário das
sensações visuais e auditivas.

Olfacto

A modalidade sensorial olfactiva é um sentido químico, pois reage a moléculas de


substâncias que passam pelo sistema olfactivo.

Os receptores olfactivos encontram-se na nossa cavidade nasal.

Os neurónios dos receptores olfactivos enviam a informação para o bulbo


olfactivo que se situa na base dos lobos cerebrais.
Paladar

O paladar ou o gosto é outro sentido químico. Os receptores do paladar


(botões gustativos) encontram-se na língua e nas paredes da cavidade bocal
(cerca de 10000). Considera-se que existem quatro sensações primárias do
paladar - doce, salgado, amargo e azedo – a que correspondem receptores
específicos situados em diferentes regiões da língua.

O sabor vai resultar da mistura da activação destes diferentes receptores, bem


como da influência de outros factores (odor, temperatura, textura).

Quando não há informação sobre olfactiva, torna-se muito difícil reconhecer


mesmo alimentos comuns apenas pelo paladar.
Conclusão

Depois de um estudo feito pelo grupo chegamos a conclusão de


que a actividade cognoscitiva da personalidade baseam-se nos
sistemas Senssorias do ser Humano, onde podemos dizer que
acognição é a capacidade do cerebro,Perceber, relacionar e armazenar
as informações captadas pelos sentidos.
Bibliografia

Josephson, BR; singer .JA; salovey,P.(1996), « Mood relatiom and memory,


repairing sad moods with happy memory», cognition and Emotion, 10,pp.437-444

Beck, A.T. (1991) cognitive therapy: A 30-year retrospective, American


Psychologist,46, pp 368-375.

Você também pode gostar