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FISIOLOGIA SENSORIAL

Introdução

Qual mundo é o
verdadeiro?

- Cada um percebe uma


obra musical de maneira
diferente

- Diferenças genéticas e
de vivencias

- Estados fisiológicos e
psicológicos mutáveis

MUNDO MUNDO
REAL PERCEBIDO
Os sentidos permitem situar o individuo no
espaço, localizar e identificar as diferentes

fontes de estímulos

Propriedades dos Sentidos

LOCALIZAÇAO ESPACIAL
- Detectar a origem do estimulo sensorial
- O grau de resolução espacial varia com a modalidade
Ei
DETERMINAÇAO DE INTENSiDADE meninas!
- Diferenciar a quantidade de energia contida no estimulo

DETERMINAÇAO DA DURAÇAO
- Detectar o momento que iniciou e termina um estimulo
SENSAÇAO: capacidade decodificação dos estímulos físicos e químicos do ambiente.

SENTIDOS: diversidade das sensações (visão, audição, olfato, etc). Modalidades sensoriais (que se
tornam conscientemente perceptíveis).Cada modalidade (gustação) apresenta aspectos qualitativos
particulares (doce, salgado, azedo e amargo) conhecidos como submodalidades sensoriais.

SISTEMAS SENSORIAIS: regiões do sistema nervoso que possibilitam os sentidos.

PERCEPÇAO SENSORIAL: capacidade de associar as informações sensoriais à memória, à cognição e


gerar conceitos sobre o mundo, sobre nós mesmos e os outros.

COGNIÇÃO: ações mentais destinadas a conhecer o mundo e a si próprio; sinônimo de pensamento.

FUNÇÕES DO SN SENSORIAL
• Manutenção do estado consciente
• Percepção sensorial e interpretação dos estímulos
• Controle do movimentos somáticos
• Regulação de funções de órgãos internos
SENTIDO SOMESTESICO

SOMESTESIA: sentido somático do corpo, oriundo da


superfície e interior do corpo

TATO (percepção sobre as características dos objetos


que tocam a pele de leve)

TERMORRECEPÇÃO (percepção da temperatura dos


objetos e do ar)

DOR (percepção de estímulos intensos que real ou


potencialmente causam lesão tecidual)

PROPRIOCEPCÃO (percepção da posição estática e


dinâmica do corpo e das suas partes)
Divisão funcional do Sistema Nervoso Sensorial

CATEGORIA ORIGEM ORGANIZAÇÃO SENSIBILIDADE

Calor e Frio
Geral Dor Corpo todo
(pele, músculo, etc)
(SOMESTESIA) Tato e pressão

Exteroceptivo Visão
(fora do corpo) Audição
Especial
SOMÁTICO (SENTIDOS Equilíbrio Cabeça
SISTEMA ESPECIAIS) Olfação
NERVOSO Gustação
SENSORIAL

Proprioceptivo Geral Músculos


(CINESTESIA) Propriocepção Tendões
(própria do corpo)
Articulação

VISCERAL Interoceptivo Órgãos


(órgãos Geral Sentido visceral Viscerais
viscerais)
Órgãos sensoriais situados na cabeça Imagens dos objetos
Sentidos Especiais situados no meio ambiente
Ondas mecânicas
sonoras Substâncias voláteis
dispersas no ambiente
Aceleração da
cabeça Substâncias químicas que
se solubilizam na saliva

Órgãos sensoriais situados em


todo o corpo
Sentido somestésico

Energia mecânica na forma


de pressão e vibração

Energia térmica dos objetos Órgãos sensoriais


em contato com a pele situados nos
órgãos viscerais
Sentido visceral
Estímulos lesivos e
potencialmente lesivos Estímulos
originados nos
Posição e movimento do receptores
corpo e dos membros viscerais gerais
Portinari
VIA SENSORIAL
cadeia de neurônios relacionada a um determinado
receptor sensorial: VIA ROTULADA

Neurônio sensorial de 4ª ordem


Córtex Sensorial (área de projeção sensorial primária)

Neurônio sensorial de 3ª ordem


Tálamo (exceto a via olfatória)

Neurônio sensorial de 2ª ordem


Coluna posterior da medula e núcleos dos nervos
cranianos (exceto as vias olfatória e visual)

Neurônio sensorial de 1ª ordem


Conduz o impulso sensorial para o SNC

Terminação sensitiva
Local de transdução do estimulo sensorial
(detecção do estímulo)

O número de neurônios de via sensorial depende da


modalidade. Ao longo da cadeia, os sinais são
integrados possibilitando a analise dos diferentes
atributos do estímulo.
Modalidade Sensorial: sensações evocadas por um mesmo órgão sensorial

Modalidade Tipo de receptor


Estímulo Célula Receptora/ Estrutura
Sensorial (natureza do estimulo)
Epitélio olfativo
OLFATO Subst. químicas voláteis QUIMIORRECEPTOR

VISÃO Luz FOTORRECEPTOR Cones e bastonetes (retina)


Células dos Botões gustativos
PALADAR Subst. químicas QUIMIORRECEPTOR
(cavidade oral)
Células ciliadas da Cóclea
AUDIÇÃO Ondas de pressão sonora MECANORRECEPTOR
(ouvido interno)
Células ciliadas dos canais semicirculares,
EQUILÍBRIO Movimento da cabeça MECANORRECEPTOR utrículo e sáculo
(ouvido interno)
Corpúsculos de Pacini, Corpúsculos de
TATO Pressão/Vibraçao MECANORRECEPTOR
Merkel, etc. (pele)
Terminações livres dos neurônios aferentes
TEMPERATURA Quantidade de calor TERMORRECEPTOR
(pele)
Estímulos intensos e Terminações livres dos neurônios aferentes
DOR NOCICEPTOR
lesões teciduais (pele e tecidos profundos)
Órgãos Tendinosos de Golgi, Fusos
PROPRIOCEPÇÃO musculares, receptores articulares, etc
Estímulos mecânicos MECANORRECEPTOR
(CINESTESIA) (músculos e tendões)

Submodalidade Sensorial: diferentes qualidades de uma mesma modalidade sensorial


RECEPTORES SOMÁTICOS

Tipo morfológico Transdução Tipo Localização Função


de
Fibra
Terminações livres Mecanoelétrica, C, A Toda a pele, órgãos Dor, temperatura (calor), tato
Termoeletrica, internos, vasos grosseiro e propriocepcão
Quimioeletrica sanguíneas,
articulações
Corpúsculos de Mecanoelétrica A Epiderme glabra Tato, pressão-vibratória
Meissner (textura)
Corpúsculos de Mecanoelétrica A Derme, periósteo, Pressão-vibratória (textura)
Paccini parede das vísceras

Corpúsculos de Mecanoelétrica A Toda a derme Indentaçao da pele


Ruffini
Discos de Merkel Mecanoelétrica A Toda a epiderme Tato, pressão-estática
glabra e pilosa
Bulbos de Krause Mecanoelétrica A Bordas da pele com Tato?? temperatura (frio)??
as mucosas
Folículos pilosos Mecanoelétrica A Pele pilosa Tato

Órgãos tendinosos Mecanoelétrica Ib Tendões Propriocepcão


de Golgi
Fusos musculares Mecanoelétrica Ia e II Músculos Propriocepcão
esqueléticos
O menor limiar de resolução espacial se encontra nas pontas
dos dedos (da língua e da face).

Há uma maior densidade de receptores nas pontas dos dedos


(da língua e da face)
TIPOS DE RECEPTORES

Os receptores cutâneos
medeiam a sensação
extereoceptiva.

- Dor superficial (lenta e rápida)


- Temperatura (frio e calor)
- Tato-pressâo; tato-vibraçâo

- Coceira ou prurido (ocorre na


pele e na mucosa)

Os receptores cutâneos são neurônios


sensoriais de dois tipos:

Terminação Livre
nap

Encapsulado
nap
RECEPTORES SENSORIAIS

Receptores da dor = nociceptores

Amplamente espalhados em todos os tecidos, com a exceção


do tecido nervoso!!

Terminações livres
Térmicos
Mecânicos
Químicos
NOCICEPÇÂO: conjunto de eventos neurais através do qual
os estímulos nocivos são detectados, convertidos em impulsos
nervosos e transmitidos da periferia para o SNC. No encéfalo,
particularmente no cérebro, os estímulos associados à lesão
real ou potencial são interpretados como dor.
A dor evoca experiências e reações múltiplas

EXPERIÊNCIA SENSORIAL
Dor rápida (percepção objetiva)
Dor lenta (percepção subjetiva)

RESPOSTA MOTORA
Somáticas
reflexo de retirada
vocalização
expressão facial
posição anti-algica
choro
Viscerais
sudorese
vasoconstriçâo
periférica
náuseas
vômitos, etc

EXPERIENCIA PSICOLOGICA
Ansiedade, Depressão (dor crônica)
Sofrimento
Alterações de comportamento
Divisão anatômica do ouvido
Nervo V Nervo X

Nervo VIII
Regula a tensão
do tímpano
V par

Regula a tensão
do martelo
VII par
SNC
Condução do Som
As ondas mecânicas podem chegar a cóclea pela via aérea e via óssea.

VIA ÓSSEA

VIA AEREA
A cóclea decodifica a freqüência do som

A onda mecânica “viaja” sobre a membrana


basilar, causando deflexões ao longo de sua
extensão, conforme a frequência do som.

A amplitude da deflexão é proporcional a


intensidade sonora.

Membrana Basilar
Células ciliadas
Estribo

Alta
frequencia

Apice: larga
Base: estreita
e fina
e grossa

Baixa
frequencia

20.000Hz 20Hz
Transdução Sensorial

Órgão de Corti em repouso Chegada de uma onda mecânica

A membrana basilar vibra mais facilmente do que a


tectorial. Resultado: inclinação dos cílios

Cílios em repouso K Inclinação dos cílios


Aumento na abertura de muitos canais de K+
Em: -50mV
Entrada passiva de K PR despolarizante
Abertura de canais de Ca++ na base (2o mensageiro)
Liberação de NT excitatório

Estimulação da fibra aferente (VIII)


 PA
A via auditiva central tem projeção
bilateral em toda a sua extensão.

Núcleos olivares: localização


das fontes sonoras
C. Auditivo
Colículo Inferior: organização C. Auditivo
esquerdo
dos reflexos de orientação da direito
cabeça em resposta ao som.

Córtex auditivo: inicio do


Cóclea N. Geniculado
processo de percepção
Medial do tálamo
sonora
Colículo
Inferior
Fibras N. Olivares
Auditivas N. cocleares Superiores
SENTIDO VESTIBULAR

Sentido vestibular: evocado a partir dos órgãos vestibulares, informa o SNC sobre as acelerações
que o nosso corpo sofre.

Junto com o sentido proprioceptivo e visual, proporciona o senso de equilíbrio estático e


dinâmico do corpo.
ANATOMIA DO OLHO

Lentes
córnea (difração fixa; 42D)
cristalino (difração variável; mais 12D)

Pupila
Miose (músculo constritor da pupila)
Midriase (músculo dilatador da pupila )

Músculos extrínsecos do olho


Movimentos oculares

Retina
Local de focalização da imagem e de Transdução sensorial
O OLHO É UMA CAMERA SUPER-AUTOMÁTICA

MÀQUINA

Distância focal variável: Lentes móveis


Íris: diâmetro regulável

OLHO

Procura e focaliza o objeto de interesse por


meio de movimentos oculares precisos e
complexos.

Revela e transmite a imagem praticamente


em tempo real

Filme de sensibilidade variável

Visão tridimensional

Sistema de lentes
Córnea (42 D; fixa)
Cristalino (12 D; curvatura variável)

Controle da quantidade de luz


Pupila de diâmetro regulável
(miose e midriase)

Sistema autolimpante de transparência


As informações ópticas destinam-se a outros
sítios do SNC

Ritmos biológicos

O trato óptico destina suas fibras:


a) Núcleo supra-quiasmático (Diencéfalo, Hipotálamo): Ritmos biológicos
b) Área pré-tectal (Di e Mesencéfalo): Miose e Acomodação visual
c) Colículo superior (Mesencéfalo): Reflexos oculares
d) NGL (Diencéfalo, Tálamo): percepção visual
Propriedades dos Receptores
Geração e Propagação Geração e Propagação
POTENCIAL PEPS do Potencial de Ação
RECEPTOR do Potencial de Ação

Receptor sensorial

Estimulo SINAPSE
sensorial Neurônio de 1a. ordem NERVOSA Neurônio de 2a. ordem

Sistema nervoso periférico SNC

Estímulos sensoriais: natureza física e química

TRANSDUÇÃO SENSORIAL: transformação dos estímulos físicos ou químicos em potencial


elétrico pelos receptores sensoriais. Sejam neuronais ou células sensoriais secundárias,
todos são altamente específicos aos respectivos naturais.

POTENCIAL RECEPTOR: resposta elétrica graduada proporcional a intensidade do estimulo


Numa sinapse nervosa química, na membrana pós-sinaptica o NT causa ...

PEPS
Na membrana de uma CÉLULA SENSORIAL olfatória, os estímulos
químicos denominados ODORANTES causam...

Potencial
Receptor
Nos FOTORRECEPTORES, a
LUZ causa, indiretamente, a
abertura de canais iônicos.

Nos MECANORRECEPTORES,
uma FORCA MECANICA causa
abertura de canais iônicos.
Propriedade dos Receptores
Especificidade aos estímulos sensoriais

Os receptores sensoriais
(terminações nervosas ou células
sensoriais secundárias) apresentam
especificidade de resposta aos
estímulos naturais:

Limiar muito baixo ou sensibilidade


máxima para o estimulo natural

Os receptores sensoriais possuem


localização estratégica no corpo
onde melhor captam os estímulos
sensoriais.

Os órgãos sensoriais funcionam


como filtros altamente específicos
às diferentes formas de energia do
ambiente.
OS MECANORRECEPTORES DA PELE

Alguns receptores cutâneos se adaptam rapidamente à presença de estímulos inofensivos


(roupa).
Outros receptores não se adaptam (peso da mochila).
PROPRIOCEPÇÂO
Sentido de posição e movimento do corpo e de
suas partes. Sentido de peso dos objetos.

Cinestesia
Percepção estática e dinâmica do nosso corpo e de suas partes.
Consciente (processado pelo córtex)
Inconsciente (processados pelo cerebelo e tronco encefálico)

Receptores:
Fusos musculares
Órgãos tendinosos de Golgi
Receptores articulares
Receptores proprioceptivos
musculares

Motoneurônios γ Neurônios Motores α


Fibras musculares extra-fusais (FE)
=Fibras musculares esqueléticas ficam situadas
fora do fuso muscular

Fibras musculares intrafusais (FI)


Fibras aferentes Ia
=Fibras musculares que ficam dentro do fuso
muscular
Fibras aferentes Ib
Órgãos sensoriais musculares
FUSO MUSCULAR
Variação do comprimento das fibras musculares
Paralelo ás FE

ORGAO TENDINOSO DE GOLGI


Variação da tensão mecânica sobre os tendões
Em serie com as FE

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