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Neurobiologia das Emoções

Curso: Psicologia
Disciplina: Psicofisiologia
Prof. Dr. Sionaldo Ferreira
Neurobiologia das Emoções
As origens da palavra "humor" assentam-se na Medicina Humoral dos
Gregos, que consistia em uma mistura de fluidos, ou humores,
controlados pela saúde e emoções humanas.

Alegria, Tristeza, Nojo,


Raiva, Surpresa e Medo
O que são as emoções?
Sensações que experimentamos
Sentimos “medo” e por isso trememos, a FC
aumenta e suamos...

Expressões somáticas e viscerais


Quando trememos, suamos, aumentamos a FC,
Ficar ansioso, tremer e suar por vários motivos etc, sentimos medo
SISTEMA LÍMBICO
Neurobiologia das Emoções

Primata
humano

Mamífero
primitivo

Réptil
… Evolução …
REPTIL

Estímulos Hipotálamo + Comportamento de


ambientais Tronco encefálico sobrevivência
Estímulos sensoriais específicos

MAMIFERO PRIMITIVO
EMOÇÕES: aumentou a eficiência dos mecanismos de sobrevivência

Estímulos Comportamento de
Sistema Límbico
ambientais
sobrevivência
Medo ou prazer

PRIMATAS (humano)
RACIONALIZACAO (Cultura) + emoções

Estímulos
Neocórtex Sistema Límbico Comportamento de
ambientais
sobrevivência
Livre arbítrio Medo ou prazer
Planejamento
Decisão, etc
CIRCUITO BÁSICO DAS EMOÇÕES

CIRCUITO DE PAPEZ
Primeiro modelo sobre o circuito neural
das EMOÇÕES

Regiões corticais e subcorticais

Riqueza Emocional
Neocórtex

Giro do Cíngulo Experiência Emocional

Tálamo Anterior HIPOCAMPO

Aferências
Hipotálamo Expressão visceral da emoção
sensoriais
Componentes subcorticais
Amigdala
Área Septal
Núcleos Mamilares do Hipotálamo
Núcleos Anteriores do Tálamo
Núcleos Habenulares
AMIGDALA discrimina estímulos associados ao medo e
alerta o organismo; disparador do medo e ansiedade

LESAO BILATERAL DA AMIGADALA


MUDANÇAS EMOCIONAIS
- Ignora as expressões de medo e de ira nas outras pessoas
- Diminui a agressividade
- Não sente medo ou ansiedade
- Mas preserva o reconhecimento de sentimentos como
alegria, prazer
Circuitos Internos do Sistema Límbico

Para os núcleos
autonômicos do
tronco e medula

Integração e expressão do comportamento emocional: O hipotálamo se relaciona com 3 áreas límbicas,


das quais recebe aferências: o hipocampo, a área septal e o corpo amigdalóide.
O hipocampo se liga aos corpos mamilares do hipotálamo através do fórnix.
A área septal se comunica reciprocamente com a formação reticular do mesencéfalo através do feixe
prosencefálico, localizado no hipotálamo lateral. Este feixe emite colaterais ao hipotálamo.
O corpo amigdalóide se liga ao hipotálamo através de duas vias: a estria terminal e a via amigdalófugo ventral.
Percepção Consciente

Percepção Subconsciente

A amigdala recebe aferências


de todo o neocortex, do giro do
cíngulo e do hipocampo.

:: INTEGRAÇAO ::
INTERPRETAÇÃO
ESTÍMULO
Identificação do Risco

Suprime respostas punidas


ESQUIVA INIBITÓRIA
Expressão SELEÇÃO DE RESPOSTAS

Sim Não
Sim Ativação de Mecanismos
Supressores
Evitável por Omissão Expressão de Sofrimento
Não

Remove o estímulo
Ativação de FUGA
Mecanismos
Motores Evita o estimulo
ESQUIVA ATIVA
Experiência Objetiva

Ampliação do
Circuito de Papez

Consolidação

Experiência da memória (emocional)

subjetiva

Botão de disparo
das experiências
emocionais

Expressão Visceral das Emoções


SNA & Sistema Endócrino
Medo, Agressividade e Raiva
Ansiedade - de origem grega, significa estrangular, sufocar, oprimir.
Angústia - desconforto
Angor- opressão ou falta de ar
Angere- causar pânico

Medo: tem causas objetivos e definidos


Ansiedade: tem causas subjetivas

De que maneira encarar a questão?


a) Ponto de vista psicanalítico?
b) Ponto de vista evolucionário (biológico)?

MEDO e ANSIEDADE: tem raízes nas reações de defesa dos animais. Quando o
seu bem estar ou a integridade física ou a própria sobrevivência são ameaçados,
o organismo reage comportamental e neurovegetativamente expressando a
reação de medo.

Estímulos: predador natural, agressor da mesma espécie ou estímulos condicionados.


Se a ameaça é apenas potencial (incerto) e não real, então causa ansiedade.

O ser humano experimenta essas sensações mas com um “colorido” diferente:


depende da experiência cognitiva do que é o perigo real e potencial.
Estímulos nocivos primários (inatos)
Estímulos nocivos condicionados (aprendidos)

AMIGDALA
Núcleos Centrais
(eferências)

Destino Estimulação da Expressões somáticas e


amigdala viscerais
Taquicardia, dilatação pupilar, piloereçao,
Hipotálamo lateral Ativação simpática
aumento da pressão sanguínea, etc
N. motor dorsal do vago
Ativação parassimpática Ulcera, micção, defecação, bradicardia
N. ambíguo
N. parabraquial Ativação parassimpática Ofegar, respiração agonizante
Área tegmentar ventral Dopamina
Vigília e atenção aumentadas
Lócus coeruleus Noradrenalina
Aumento da freqüência do EEG
N. tegmentar lateral dorsal acetilcolina
Reflexos segmentares
N. reticulares pontinos Limiar reduzido
facilitados
Congelamento, respostas emocionais
Subst. Cinz. Periaquedutal Freenzing
condicionadas
N. motores facial Abertura da boca
Expressão facial de medo
N. motores do trigêmeo Movimentos mandibulares
N. Paraventriculares do
Liberação de ACTH Liberação de cortisol
hipotálamo
As reações emocionais de medo (e de ira) podem ser condicionadas (aprendido)
porque a amigdala responde pela aprendizagem afetiva.

Som + choque Som sem choque


O rato exibe reação de medo e ansiedade
O rato exibe reação de medo e ansiedade

O Sistema Límbico tem a função psíquica de avaliação da


situação, dos fatos e eventos de vida e realizar a
integração do sistemas nervoso, endócrino e imunológico.
Condicionamento
A avaliação afetiva dos eventos depende da experiência
Som + Choque vivida, das circunstâncias atuais e das normas culturais.

O rato exibe reação de medo e ansiedade


Mecanismo neural da aprendizagem afetiva
Comportamento
me medo
condicionado

N. córtico medial

A amigdala regula a expressão do medo e agressão diante dos estímulos


ambientais. Funciona como um botão de disparo das emoções.
Estabelecimento de hierarquia Manutenção da hierarquia

Submisso Dominante

Lesão bilateral  Agressividade


da amigdala do
dominante Rebaixamento na
hierarquia social

A redução nos níveis de 5-HT também causa  Agressividade


Síndrome de Kluver-Bucy

LESAO DO LOBO TEMPORAL, incluindo a remoção da


amigdala, giro-parahipocampal e hipocampo

- AGONOSIA VISUAL: incapacidade de reconhecer objetos


familiares.
- HIPERORALIDADE E PERVERSÃO DO APETITE: levar à
boca qualquer objeto indiscriminadamente e ingerí-lo.
- COMPORTAMENTO SEXUAL ALTERADO: masturbação e
hiperatividade sexual.
- MUDANÇAS EMOCIONAIS: não tinham medo de mais nada,
mesmo aos predadores naturais e inexpressividade emocional
tanto facial como vocal.
Formas de Agressão
Agressão Predatória
Ataques dirigidos a membros de outras espécies com o
propósito de obter alimento.

EXPRESSAO VISCERAL pouco evidente


EXPRESSAO SOMATICA golpes rápidos e mortais
precisamente dirigidos.

Agressão Intraespécie
Ataques dirigidos a membros da própria espécie em
contextos de competição por recursos.

EXPRESSAO VISCERAL ativação simpática generalizada


EXPRESSAO SOMÁTICA cheia de mensagens (abaixamento
de orelha, vocalizações, expressões faciais, etc)
Hipotálamo e Agressão

Lesões hipotalâmicas causam alterações do


comportamento
1. hemisfério cerebral: ira falsa
2. hemisfério + hipotálamo anterior: ira falsa
3. hemisfério + hipotálamo anterior + hipotálamo Agressão Agressão
posterior: ausência afetiva predatória
Os comportamentos de Lutar ou Fugir ????
sobrevivência são motivados.
Há vantagem nisso? Medo Agressão

Piloereção Piloereção
Taquipnéia Taquipnéia
Respostas Taquicardia Taquicardia
Viscerais Pressão arterial Pressão arterial
Midríase Midríase
Defecação
 TGI

Respostas Vocalização Vocalização


Cauda abaixada Cauda elevada
Somáticas Tronco curvado Tronco ereto

Respostas
Síntese e secreção de ≠s hormônios
Endócrinas
PRAZER
Recompensa/Reforço & Punição

SISTEMA DE MODULAÇÃO DIFUSO MultiLink


Olds e Milner (1954)
O rato que se auto-estimulava até a
exaustão, deixando de comer e dormir...

Hipotálamo lateral
Área septal

Área tegmentar ventral


Ponte dorsal
Feixe prosencefálico medial
Projeção:
Área septal para o Hipocampo Bulbo e medula (analgesia endógena)
Atenção Seletiva; Memória e Aprendizagem Córtex cerebral, tálamo, hipotálamo, núcleos
basais e cerebelo
Núcleos de Meynert para o Neocórtex
Alzheimer: degeneração Envolvido com:
Atenção seletiva
Área tegmentar lateral para o Tálamo Dorsal Induz o sono e está envolvido com os sonhos
Regulação da excitabilidade talâmica Estados emocionais
LESÃO: insônia permanente
FOR pontina e bulbar
Substancia Negra para o Corpo Estriado
Projeção:
Facilitação na iniciação dos movimentos
Córtex cerebral, tálamo, hipotálamo; bulbo
voluntários
olfatório; cerebelo, mesencéfalo e medula
Área Tegmentar Ventral (FOR) para o Sistema espinhal
Límbico e Córtex pré-frontal
Envolvido com:
Circuitos de reforço comportamental
Atenção seletiva
Esquizofrenia: hiperatividade dopaminérgica Ciclo sono-vigília
Memória
Estados emocionais
Circuito Geral de Recompensa

Prazer – Recompensa - Satisfação


Motiva a repetição do ato que causa o prazer
Memória Emocional
TRANSTORNOS DO HUMOR

Quando algo não funciona direito…


PÂNICO
DEPRESSÃO
DISTIMIA

TOC

MANIA HIPOMANIA

TRANSTORNO BIPOLAR
Prevalência dos transtornos do humor na população brasileira
(ambos os gêneros):

1,6%

0,9%

6,5%

DEPRESSÃO DISTIMIA BIPOLAR

(Dados baseados em “Epidemiologia da Saúde Mental no Brasil” – de Mello e cols., 2007).


Distimia:
– Estado depressivo leve e prolongado (2 anos para adultos e 1 ano
para crianças;
– Crianças a alteração do humor pode ser irritável;
– Excluir fases de exaltação do humor como a mania, hipomania ou
depressão.
Distimia:
– Sem melhora superior a dois meses;
– 2 dos sintomas abaixo além da tristeza:

» Falta de apetite ou apetite em excesso;


» Insônia ou hipersônia;
» Falta de energia ou fadiga;
» Baixa da auto-estima;
» Dificuldade de concentrar-se
» Tomar decisões;
» Sentimento de falta de esperança;
Depressão:
– Humor deprimido e anedonia (2 semanas);
– 5 ou mais dos sintomas:
» Humor deprimido a maior parte do dia (queixa do paciente ou
observada pelos outros;
» Anedonia na maioria das atividades diárias;
» Perda de peso (> de 5% do peso corporal);
» Insônia ou hipersonia;
» Agitação psicomotora ou lentificação;
» Fadiga ou perda de energia;
» Sentimento de inferioridade;
» inutilidade ou de culpa excessiva;
» Diminuição da concentração, indecisão;
» Desesperança;
» Idéias recorrentes de suicídio.
DEPRESSÃO NO IDOSO

– DEPRESSÃO MASCARADA: as queixas depressivas são


substituídas por queixas somáticas múltiplas: fadiga, cefaléia,
dores musculares, dores abdominais e etc.;
– DEPRESSÃO PSICÓTICA: possível identificar humor deprimido
e sintomas neurovegetativos (insônia, perda do apetite), ocorrem
antes de delírios ou alucinações, p. ex., “o indivíduo acredita
estar morto, ou sente que seus órgãos estão apodrecendo.
– PSEUDODEMÊNCIA: depressão que cursa com prejuízo
cognitivo.
TRANSTORNOS DO HUMOR

 Distimia/ Depressão:
Lentificação dos processos mentais e
estreitamento do campo vivencial.

Humor

Distimia (2 anos p/ diagnóstico)

Depressão (2 sem. p/ diagnóstico)


 Hipomania:

– Leve elevação do humor, da


energia e da atividade,
associada com sentimento
intenso de bem-estar e de
eficácia física e mental;
– Aumento da sociabilidade,
do desejo de falar, da
familiaridade e da energia
sexual, e uma redução da
necessidade de sono;
 Hipomania:
– Não altera a vida profissional e não leva a rejeição social,
pode ser breve (1 a 2 semanas)
– A euforia e a sociabilidade são por vezes substituídas por
irritabilidade, atitude pretensiosa ou comportamento
grosseiro;
 Mania:

– Presença de uma elevação do


humor fora de proporção;
– Pode variar de uma jovialidade
descuidada a uma agitação
praticamente incontrolável;
– Causa hiperatividade, um
desejo de falar e uma redução
da necessidade de sono.
 Mania:

– Dificuldade de focar a atenção,


e existe frequentemente uma
grande distração;
– Apresenta frequentemente um
aumento da autoestima com
idéias de grandeza e
superestimativa de suas
capacidades;
– A perda das inibições sociais
pode levar a condutas
imprudentes, irrazoáveis,
inapropriadas ou deslocadas.
TRANSTORNOS DO HUMOR

 Mania / Hipomania:
Aceleração dos processos mentais e
alargamento do campo vivencial.

Mania

Hipomania

Humor
 Transtorno Bipolar
– Prevalência de 1,6% (Tipo I) e 0,5% (Tipo II);
– A idade média é de 20 anos (podem iniciar na adolescência ou
após os 50 anos;
– Caracterizada pela ocorrência de episódios de mania/
hipomania;
– Frequentes episódios de mania com irritabilidade, agressividade
e incapacidade de controlar adequadamente os impulsos.
 Transtorno Bipolar:

BIPOLAR BIPOLAR
I II

Mania

Hipomania

Humor

Distimia Distimia

Depressão Depressão
Hipótese Monoaminérgica

Depressão e Distimia

Córtex lateral orbital


Córtex rostral
Córtex medial
Córtex dorsolateral
Córtex cingulado anterior

---- Depressão/ Distimia

Serotonina
Hipótese Monoaminérgica

Depressão e Distimia

Córtex lateral orbital


Córtex rostral
Córtex medial
Córtex dorsolateral
Córtex cingulado anterior

---- Depressão/ Distimia

Noradrenalina
Hipótese Monoaminérgica

Mania/ Hipomania
(Bipolar)

Mania/ Hipomania
Aumento da atividade locomotora
Aumento do imput sensório

Dopamina
Hipótese Monoaminérgica

Mania/ Hipomania
(Bipolar)

Mania/ Hipomania
Diminuição geral da atividade do GABA

GABA
Hipótese Monoaminérgica

Mania/ Hipomania
(Bipolar)

Mania/ Hipomania
Aumento da atividade Noradrenérgica

Noradrenalina
Noradrenalina
Hipótese Monoaminérgica

Mania/ Hipomania
(Bipolar)

Mania/ Hipomania
Aumento da atividade Serotonérgica

Serotonina
Hipótese Monoaminérgica (RESUMO)

Mania/ Hipomania

Depressão

Dopamanina
(Via Nigroestriatal)
Noradrenalina
Serotonina Serotonina
Noradrenalina (SNC em geral)
(Córtex Pré-Frontal) GABA
(Sistema Límbico) (SNC em geral)

Transtorno Bipolar do Humor


ESQUIZOFRENIA

DOPAMINA
Prevenção dos transtornos
mentais e de comportamento:
implicação para políticas
públicas e prática clínica
(Saxena e cols., 2006).
EXERCÍCIO
FÍSICO IGF-1
IGFR-1

Agid et al. Nature Reviews Drug Discovery 6, 189–201, 2007.


IGF-1
BDNF
EXERCÍCIO
FÍSICO

Agid e col. Nature Reviews Drug Discovery 6, 189–201, 2007.


(HIPÓTESE NEUROTRÓFICA)

Terminal Terminal
Pré Pós
Definições, Diagnósticos & Codificações

DSM V & CID 10


Principais Distúrbios do Humor

• Transtorno Depressivo Maior


– Caracteriza-se por um ou mais Episódios Depressivos Maiores (isto
é, pelo menos 2 semanas de humor deprimido ou perda de interesse,
acompanhados por pelo menos quatro sintomas adicionais de
depressão).

• Transtorno Distímico
– Caracteriza-se por pelo menos 2 anos de humor deprimido na maior
parte do tempo, acompanhado por sintomas depressivos adicionais
que não satisfazem os critérios para um Episódio Depressivo Maior.

• Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação


– É incluído para a codificação de transtornos com características
depressivas que não satisfazem os critérios para Transtorno
Depressivo Maior, Transtorno Distímico, Transtorno de
Ajustamento com Humor Deprimido ou Transtorno de Ajustamento
Misto de Ansiedade e Depressão (ou sintomas depressivos acerca
dos quais existem informações inadequadas ou contraditórias).
• Transtorno Bipolar I
– Caracterizado por um ou mais Episódios Maníacos ou Mistos,
geralmente acompanhados por Episódios Depressivos Maiores.

• Transtorno Bipolar II
– Caracteriza-se por um ou mais Episódios Depressivos Maiores,
acompanhado por pelo menos um Episódio Hipomaníaco.

• Transtorno Ciclotímico
– Caracterizado por pelo menos 2 anos com numerosos períodos de
sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para um
Episódio Maníaco e numerosos períodos de sintomas depressivos que
não satisfazem os critérios para um Episódio Depressivo Maior.

• Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação


– Incluído para a codificação de transtornos com aspectos bipolares que
não satisfazem os critérios para qualquer dos Transtornos Bipolares
específicos definidos nesta seção (ou sintomas bipolares acerca dos
quais há informações inadequadas ou contraditórias).
• Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica
– Geral é caracterizado por uma perturbação proeminente e persistente
do humor, considerada uma conseqüência fisiológica direta de uma
condição médica geral.

• Transtorno do Humor Induzido por Substância


– Caracteriza-se por uma perturbação proeminente e persistente do
humor, considerada uma conseqüência fisiológica direta de uma droga
de abuso, um medicamento, outro tratamento somático para a
depressão ou exposição a uma toxina.

• Transtorno do Humor Sem Outra Especificação


– Incluído para a codificação de transtornos com sintomas de humor que
não satisfazem os critérios para qualquer Transtorno do Humor
específico, e nos quais é difícil escolher entre Transtorno Depressivo
Sem Outra Especificação e Transtorno Bipolar Sem Outra
Especificação (por ex., agitação aguda).
Especificadores de episódio mais recente

• Leve, Moderado, Severo Sem Aspectos Psicóticos,


Severo Com Aspectos Psicóticos, Em Remissão Parcial,
Em Remissão Completa
• Crônico
• Com Características Catatônicas
• Com Características Melancólicas
• Com Características Atípicas
• Com Início no Pós-Parto
Especificadores de episódios recorrentes

• Especificadores de Curso Longitudinal


• Com ou Sem Recuperação Entre Episódios

• Com Padrão Sazonal

• Com Ciclagem Rápida


Procedimentos de Registro de Transtornos do Humor

• Para Transtorno Depressivo Maior, por exemplo:


• 1. Os três primeiros dígitos são 296.
• 2. O quarto dígito é
– Se existe apenas um único Episódio Depressivo Maior; ou
– Se existem Episódios Depressivos Maiores recorrentes.
• 3. O quinto dígito indica:
– 1 para Leve,
– 2 para Moderado,
– 3 para Severo Sem Aspectos Psicóticos,
– 4 para Severo Com Aspectos Psicóticos,
– 5 para Em Remissão Parcial,
– 6 para Em Remissão Completa, e
– 0 para Inespecífico.
Padronização do Código de Registro
• Os termos devem ser enumerados na seguinte ordem:
1. Nome do transtorno (por ex., Transtorno Depressivo Maior, Transtorno
Bipolar).
2. Especificadores codificados no quarto dígito (por ex., Recorrente,
Episódio Mais Recente Maníaco).
3. Especificadores codificados no quinto dígito (por ex., Leve, Severo Com
Aspectos Psicóticos, Em Remissão Parcial).
4. Tantos especificadores (sem códigos) quantos se aplicarem ao episódio
mais recente (por ex., Com Características Melancólicas, Com Início no
Pós-Parto).
5. Tantos especificadores (sem códigos) quantos se aplicarem ao curso de
episódios recorrentes (por ex., Com Padrão Sazonal, Com Ciclagem
Rápida).
• Exemplos:
– 296.32: Transtorno Depressivo Maior, Recorrente, Moderado, Com
Características Atípicas, Com Padrão Sazonal, Com Recuperação Completa Entre
Episódios.
– 296.54: Transtorno Bipolar I, Episódio Mais Recente Depressivo, Severo Com
Aspectos Psicóticos, Com Características Melancólicas, Com Ciclagem Rápida.
CLASSIFICAÇÃO
Tensão 0 – 16
Depressão 0 – 16
Raiva 0 – 16
Vigor 0 – 16
Fadiga 0 – 16
Confusão 0 – 16
Distúrbio Total de Humor 0 – 80

Tensão 1 13 14 18
Depressão 5 6 12 16
Raiva 7 11 19 22
Vigor 2 15 20 23
Fadiga 4 8 10 21
Confusão 3 9 17 24
Total Dist. Humor (soma de todos) menos o Vigor

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