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- Relações de amor e ódio que a criança estabelece com os pais representam um acontecimento
universal com implicações sobre a ordenação do campo da sexualidade humana.
- A mãe, por meio de seus cuidados, parece determinar zonas de obtenção de prazer. A princípio
qualquer parte do corpo pode se tornar um ponto erógenos mas há uma predileção pela boca, ânus
e os genitais.
- Características da sexualidade infantil: liga-se a uma das funções somáticas vitais; não possui objeto
sexual; o objetivo sexual é dominado por uma zona erógena.
- O fenômeno de pulsão pode ser utilizado para explicar a noção de sexualidade freudeana.
- Crianças formam teorias para buscar explicar a sexualidade, e elas geralmente baseiam-se no
desconhecimento das diferenças do sexo, o que gera, por exemplo, a premissa fálica, em que os
meninos imaginam que as mulheres também possuem um pênis.
- Complexo da castração: pais buscam privar a criança do objeto de interesse em função da intensa
atividade masturbatória, mas as ameaças são desconsideradas até que a criança visualize a genitália
feminina.
- Com isso, a criança passa a viver em uma dialética centrada no par presença-ausência de genitália.
- Como forma de preservar seu pênis, o menino afasta-se da mãe pensando que assim não o
perderia, o que constitui a saída do complexo de Édipo.
- Porém, a inveja do pênis faz com que as garotas entrem no complexo de Édipo, e não saiam dele.
- Lacan parte da teoria Freudeana para aprofundá-la de tal modo que, para ele, o pai está no centro
da.
- A mãe já carrega o falo como um objeto simbólico antes mesmo do nascimento da criança.
- Enquanto Freud traz a castração como a constatação da falta de pênis da mãe, Lacan afirma que
ela é percebida na própria ausência da mãe.
- Assim, o pai passa a ser entendido como o responsável por essa proibição da mãe.
- O pai é mediado no discurso da mãe, sendo o pai uma “mensagem sobre uma mensagem”.
- O pai passa a ocupar uma posição de desejo materno, o que articula sua função como
essencialmente simbólica.
- O falo passa então a ser atribuído à imagem do pai, produzindo identificação para o menino.