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Fichamento Livro “Constituição do Sujeito e Estrutura Familiar”

Helena Pereira Dias

- Relações de amor e ódio que a criança estabelece com os pais representam um acontecimento
universal com implicações sobre a ordenação do campo da sexualidade humana.

- A mãe, por meio de seus cuidados, parece determinar zonas de obtenção de prazer. A princípio
qualquer parte do corpo pode se tornar um ponto erógenos mas há uma predileção pela boca, ânus
e os genitais.

- Inicialmente, a atividade sexual surge atrelada a funções relacionadas a autopreservação.

- Características da sexualidade infantil: liga-se a uma das funções somáticas vitais; não possui objeto
sexual; o objetivo sexual é dominado por uma zona erógena.

- O fenômeno de pulsão pode ser utilizado para explicar a noção de sexualidade freudeana.

- Manifestações pulsionais apoiam-se nas experiências de satisfação.

- A sexualidade infantil é, a priori, pulsional, logo não se reduz à genitália.

- Crianças formam teorias para buscar explicar a sexualidade, e elas geralmente baseiam-se no
desconhecimento das diferenças do sexo, o que gera, por exemplo, a premissa fálica, em que os
meninos imaginam que as mulheres também possuem um pênis.

- A mãe é o primeiro amor tanto do menino, quanto da menina.

- Complexo da castração: pais buscam privar a criança do objeto de interesse em função da intensa
atividade masturbatória, mas as ameaças são desconsideradas até que a criança visualize a genitália
feminina.

- Com isso, a criança passa a viver em uma dialética centrada no par presença-ausência de genitália.

- Como forma de preservar seu pênis, o menino afasta-se da mãe pensando que assim não o
perderia, o que constitui a saída do complexo de Édipo.

- Para as meninas é diferente, o fenômeno análogo ao da castração ocorreria em função da inveja do


pênis, uma vez que a menina questiona-se do motivo pelo qual não possui o objeto que tanto
cobiça.

- Porém, a inveja do pênis faz com que as garotas entrem no complexo de Édipo, e não saiam dele.

- A saída do complexo de Édipo feminino é relativamente incerta, mas Freude a associa à


maternidade, sendo possível que somente após possuir a geração de uma vida a mulher rompa com
o complexo.

- Lacan parte da teoria Freudeana para aprofundá-la de tal modo que, para ele, o pai está no centro
da.

- A mãe oferece à criança um ponto de partida para uma primeira identificação.

- A frustração só tem importância quando desemboca na castração ou na privação.

- Existe sempre na mãe a exigência do falo que a criança simboliza.


- A identificação imaginária da criança a leva a crer que ela é o falo materno (simbolicamente).

- A mãe já carrega o falo como um objeto simbólico antes mesmo do nascimento da criança.

- Primeiro tempo é caracterizado por ser um tempo de transmissão.

- A castração materna introduz esse conceito para a criança no segundo tempo.

- Enquanto Freud traz a castração como a constatação da falta de pênis da mãe, Lacan afirma que
ela é percebida na própria ausência da mãe.

- A criança precisa simbolizar a mãe em sua ausência.

- A privação materna é então associada à figura do pai.

- Assim, o pai passa a ser entendido como o responsável por essa proibição da mãe.

- O pai é mediado no discurso da mãe, sendo o pai uma “mensagem sobre uma mensagem”.

- A volta da mãe é interpretada como uma doação do pai (pai doador).

- O pai passa a ocupar uma posição de desejo materno, o que articula sua função como
essencialmente simbólica.

- O falo passa então a ser atribuído à imagem do pai, produzindo identificação para o menino.

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