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Fundamentos da
didática da
, .
matemat1ca
1
1
J'
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UM
UFPR
UNMMCWlll"IDaAl-00™
Reitor
Zaki Akel Sobrinho
Vice-Reitor
Rogério Mulinari
Conselho Editorial
Andre de Macedo Duarte
Anna Beatriz da Silveira Paula
Cristina Gonçalves de Mendonça
Edison Luiz Almeida Tizzot
Elsi do Rocio Cardoso Alano
Everton Passos
Ida Chapava! Pimentel
Lauro Brito de Almeida
Mareia Santos de Menezes
Maria Auxiliadora M. dos Santos Schmidt
Maria Cristina Borba Braga
Naotake Fukushima
Sergio Luiz Meister Berleze
Sergio Said Staut Junior
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Fundamentos da
didática da
, .
matemat1ca
Saddo Ag Almouloud
ediç~o atualizada
~ lJFPII
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© Saddo Ag Almouloud
Fundamentos da
didática da
matemática
1.0 Reimpressão: 201 O
2.ª Reimpressão: 2014
Almouloud, Saddo Ag
Fundamentos da didática da matemática / Saddo Ag Almouloud. -
Curitiba : Ed. UFPR, 2007.
218 p. : il. - (Pesquisa; n. 164)
Inclui bibliografia
CDD 510.7
ISBN 978-85-7335-190-3
Ref. 575
Editora UFPR
Rua João Negrão, 280 - Centro
Caixa Postal: 17.309
Tel.: (41) 3360-7489- fax: (41) 3360-7486
80010-200 - Curitiba- Paraná - Brasil
www.editora.ufpr.br
editora@ufpr.br
2014
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-
Dedicatória
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Agradecimentos
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Sumário
Prefácio ......................................................................................... 13
Apresentação ................................................................................ 17
I - Fundamentos norteadores das pesquisas em didática da
matemática ............................................................................... 21
1. Abordagem vygotskyana do ensino-aprendizagem ............................. 21
2. Abordagem construtivista da aprendizagem ..... ................................... 23
2.1 O construtivismo piagetiano .................................................................... 23
2.2 O construtivismo didático .............................................................. .......... 24
2.3 A didática da matemática ......................................................................... 25
II - A teoria das situações didáticas............................................ 31
1. Apresentação da teoria das situações ............................................ ....... 31
2. Situação didática, situação adidática.................................................... 33
3. Modelagem das situações adidáticas ................................................... 36
3.1 Dialética da ação ...................................................................................... 37
3.2 Dialética de formulação ........................................................................... 38
3.3 Dialética da validação .............................................................................. 39
3.4 Dialética da institucionalização .............................................................. .40
4. Estruturação do milieu adidático .......................................................... 42
4.1 Análises ascendente e descendente ... :..................................................... .42
4.2 Análise de situações-problema segundo a estrutura de milieu ................ .48
4.3 Análise ascendente da situação do professor ........................................... $4
III -A dialética ferramenta-objeto e o jogo de quadros ........... 61
1. A dialética ferramenta-objeto ............................................................... 61
2. Quadros e jogos de quadros ................................................................. 64
3. Domínios de validade e limitações da teoria ....................................... 68
IV - A noção de registro de representação semiótica e análise
do funcionamento do pensamento ......................................... 71
1. Fundamentos teóricos da noção de registros de
representação semiótica······:······························································· 71
2. Análise de uma situação em termos de
registros de representação semiótica................................................... 75
3. Importância didática de uma análise cognitiva .................................... 76
4. Quadro e registro de representação ...................................................... 78
5. Articulação entre quadros, registros e
ponto de vista ...................................................................................... 80
5.1 A noção de ponto de vista ........................................................................ 81
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5.2 Mudanças de quadros, registros e pontos de vista
para resolução de uma inequação ............................................................. 87
V - O contrato didático ............................................................... 89
1. O que é contrato didático? ................................................................... 89
1. 1 Exemplo de ruptura de contrato didático ........................................ ·... ·.. ·· 91
1.2 Algumas regras de contrato didático em vigor no
Ensino Fundamental ................................................................................. 91
2. Os efeitos do contrato didático ............................................................ 92
2.1 Efeito "pigmaleão"............................................................................ :...... 93
2.2 Efeito "Topaze" e a comprovação da incerteza ....................................... 94
2.3 O efeito "Jourdain" ou o equívoco fundamental. ................................... ·· 94
2.4 O deslize metacognitivo ........................................................................... 95
2.5 O uso abusivo da analogia ....................................................................... 95
VI -Avaliação e contrato didático .............................................. 97
1. O que é avaliar? ................................................................................... 97
1.1 Avaliação - juízo de valor ........................................................................ 97
1.2 Avaliação - medida .................................................................................. 97
1.3 Avaliação - finalidade .............................................................................. 98
2. Avaliação e objetivos pedagógicos ...................................................... 99
2.1 A operacionalização dos objetivos pode
favorecer o condicionamento.... :................................................................99
2.2 A operacionalização dos objetivos pode esconder a realidade
do saber do aluno .................................................................................... 100
2.3 A operacionalização pode esconder
a significação do saber. ........................................................................... l 02
2.4 Infidelidade da avaliação do saber ......................................................... 103
2.5 Quando os professores avaliam, geralmente o saber não é
sua preocupação essencial ...................................................................... l 03
3. Avaliação e decisão ............................................................................ l 04
4. Funções da avaliação ......................................................................... 105
4.1 Avaliação formativa ............................................................................... 105
4.2 Avaliação somativa ................................................................................ 108
VII -A teoria antropológica do didático ................................... 111
1. Modelagem antropológica da matemática ......................................... 112
2. Objetos ostensivos e objetos não ostensivos ...................................... 119
3. Análise de uma organização matemática ........................................... 123
VIII - Erros e obstáculos ........................................................... 129
1. Papel do erro na aprendizagem .......................................................... 129
2. Obstáculos e análise didática do erro ................................................. 13 1
3. Caracterização da noção de obstáculo ............................................... 133
4. Utilidade da noção de obstáculos ....................................................... 136
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-
5. Alguns fatores que podem ser produtores de obstáculo ..................... 13 7
5.1 Generalização abusiva ........................................................................... 137
5.2 Regularização formal abusiva ................................................................ 137
5.3 Fixação em uma contextualização ......................................................... 137
5.4 Aderência exclusiva a um único ponto de vista ..................................... 138
5.5 Amálgama de noções ............................................................................. 138
6. Diferentes tipos de obstáculos ........................................................... 138
6.1 Obstáculos epistemológicos ................................................................... 139
6.2 Obstáculos didáticos .............................................................................. 141
6 .3 O s obst'acu los ps1co
. l'og1cos
· .................................................................. .. 144
6.4 Os obstáculos ontogênicos ..................................................................... 145
7. Como estudar os obstáculos ............................................................... 145
IX - Epistemologia e didática da matemática ......................... 149
1. Epistemologia - Objetos do saber científico -
Objetos de ensinamento .................................................................... 149
2. Epistemologia e a teoria das situações didáticas ................................ 152
3. Epistemologia e obstáculos ...................................................................... 153
4. Epistemologia e concepções .............................................................. 153
4.1 A noção de concepção ............................................................................ 153
4.2 A análise epistemológica ............. ., ......................................................... 156
5. Exemplos de análise epistemológica sobre os números negativos .... 157
5.1 Estudo de Glaeser (1981) ....................................................................... 157
5.2 Exemplo 2: o estatuto matemático dos
números negativos (Schubring, 1986) .................................................... 162
Anexo: Definição da circunferência............................. :.~ ....................... 164
X - Metodologia da engenharia didática····~···························· 167
1. Definindo alguns conceitos ................................................................ 167
2. Engenharia didática: uma metodologia de pesquisa .......................... 171
2.1. As diferentes fases da metodologia da engenharia didática .................. 172
2.2 Experimentação, análise a posteriori e validação .................................. 177
3. Exemplos de engenharia didática ....................................................... 178
3.1. Iniciação à demonstração: aprendendo conceitos geométricos. Almou-
loud e Mello - PUC-SP .......................................................................... 179
3.2. Probabilidade geométrica: um contexto para a modelagem e a
simulação de situações aleatórias com Cabri. Coutinho - PUC-SP ....... 181
3.3 Geometria esférica para a formação de professores: uma proposta inter-
disciplinar. Pataki - PUC/SP .................................................................. 182
XI - Estudo da articulação entre abordagens teóricas ........... 187
1. Comparação entre a Teoria das Situações Didáticas (TSD), de Brousse-
au, e da Dialética Ferramenta-Objeto (DFO), de Douady ................ 189
1.1 As semelhanças ...................................................................................... 189
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1.2 As diferenças ........................................ :·........... ...................................... 191
1.3 Estudo das aproximações e divergências .............................................. 192
2. Comparação entre a teoria antropológica do didático (TAD) e a
teoria das situações didáticas (TSD) .................................................. 196
2.1 Dialética da devolução versus 1.0 momento de estudo .......................... 200
2.2 Dialética da ação e da formulação versus 2. 0 momento de estudo ........ 201
2.3 Dialética da validação versus 3.0 momento e 4.º momento ................... 201
2.4 Dialética da institucionalização versus 5. 0 e 6.º momentos ................... 202
3. Comparação entre a TAD e a DFO .................................................... 202
3. 1 Conhecimento antigo versus 1.º momento ............................................. 203
3.2 Pesquisa versus 2. 0 momento ............................................................... .. 203
3.3 Institucionalização local versus 3.0 momento ........................................ 204
3.4 Familiarização (5.ª fase) versus 4. 0 momento - institucionalização ...... 204
4. Considerações a respeito das comparações realizadas ....................... 205
5. Relação entre TAD, TSD e a teoria de registros de
representação semiótica (TRRS) ...................................................... 206
Referências .................................................................................. 209
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-
Prefácio
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~'t'm ~\ t '1.win dm~ 1\11\l,'<\~s. qu~ 1.lS mutcnu\t kos da poca nem haviam
uimln imn infüio ...
1
'"
As ~'t\.~ndu~ hut\H\IH\s t~lll isto clll purticular, ~m rela 'ão à ma-
knH tkn, li'"·' o~ "'"''"'dt1.,s rduti\ os uos fonômenos que desejamos
mt,lklnr d\.'\'t'm Sl't' ~,,nstru(do~ nms o m~smo ocorre com as ciências
C\xpcrim"'ntuis, n~sim '-'Otno nHrmu 1.l til,)s1.lfo lo! tlsico M. Blay. 1 Ainda no
d,,m nio dus nti\'idudcs humunns. u, ~rifü:uçno dn pertinência das teorias
n~n p1.,dl' St' d~tunr s~tü\o por umn conthmtm;no cmn u contingência que
st mr,stt,\ t'lu m~smn ddi~tH.tn, ~ o pês4uisudor não deve, em momento
,,brnm. h..'l1nnr sl'us quadros d~ nm\lis~ corno rt!nlidade ... realidade que ele
t'l; 'onstruiu pum obsl'r, t\-ln ~ nnnlist\-lu. Esta confrontação é um elemento
nu,ilw dn did~\ticu tio mohmu\ticu, l' qual sabemos que é, a cada vez, um
monwnh., d~ pmz~r nu pesquisa - ir obs rvar e experimentar nas clas-
ses.~ eolocar t'\ r~nlidude ll pro a. sta confrontação coloca também em
xeque os êStudos <.k didt\tica m relação à especificidade da disciplina
ensinada. ~spocitkidndt qu~ os p~squisadores em didática da matemática
t\:m detendido ~onstnntemente. e com razão.
e onde , em. no entanto. nas ciências hwnanas. a consistência
dns teorias. além d sun especificidade da matéria ensinada? Ela é con-
trolada peln connmidade dos pesquisadores e pelo uso experimental que
teito: então. em didática. em sociologia, em psicologia, em ergonomia,
em didática profissional não existe controle das teorias unicamente pelo
discurso - n m p la experiência flsica -, mas existe o controle pelas
trocas entre os pesquisadores e pelos resultados experimentais. Sua
legitimidade não pode se originar de sua capacidade em evidenciar os
resultados. na condição de fazer um uso pertinente para o estudo de um
orpus experimental. Em ciências humanas, é a comunicação entre os
pares (a partir de experimentações efetivas) que é o essencial do controle
epistemológico. 2
Nada resta além da profusão, e os problemas subsequentes da arti-
culação das teorias que podem derrotar um jovem pesquisador e causar
ainda embaraço ao pesquisador experiente quando este se encontra em
tàce de um problema inédito o qual deseja considerar. Qual teoria é a
mais adaptada? Não irão escapar alguns elementos essenciais do que o
40, 2006.
} Ver a indispensávd obra de BOURDIEU, R. Science de la science er réflexivité. Paris:
Editions Raisons d'Agir. 2001.
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- FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
IS
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F UNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
3
Conference on European Research in Mathematics Education. Disponivel em :
<http://www.cyprusisland.com/cerme/groupe8.htm> e <http://www.cyprusisland.com/cerme/
group 11.htm>.
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SADDO AG ALMOULOUD
16
....
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Apresentação
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SAooo Aa ALMO}JLOUD
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------
FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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I - Fundamentos norteadores das
pesquisas em didática da matemática
21
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SAooo Ao ALMOULOUD
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SAODO AG ÂLMOULOUD
24
......
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
5 Para além do sujeito individual, "em sua consciência e idealização particulares, é neces-
sário considerar as estruturas das coordenações das ações comuns a todos os sujeitos; são estas
coordenações gerais (tanto psicológicas, como mentais) que nós chamamos de sujeito epistêmico"
(PIAGET, 1967, apudMARASCHIN, p. 564).
O sujeito epistêmico é um sujeito que se constrói (se estrutura) pela própria atividade,
por meio de um processo de descentralização que lhe possibilita uma melhor compreensão do
mundo e de si mesmo. Resulta, assim, a possibilidade de construção de uma autonomia, em rela-
ção tanto às condições do ambiente quanto às próprias condições psicológicas (MARASCHIN,
Cleci. Disponível em: <http://mathematikos.psico.ufrgs.br/Paradigmas_Projetos/sujeito.htm>.
Acesso em: 03/12/2005).
25
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..
SADDO Ao A LMOULOUD
O professor
26
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
~ conceítos,
Objetos,
trumcmo1 do apec:iali• ou
do profi•íonal.
Transposiçlo 2: gcstlo du
Tran1potíçlo 1: e,colbe e
adequaçlo de confC6dot.
atividades. ensí.....
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SADDO AG ALMOULOUD
'
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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-
II -A teoria das situações didáticas
6Nesta obra usaremos o termo mi/ieu ou milieux em francês no lugar de sua tradução em
português "meio" por entendermos que esta não dá conta da ideia que está em jogo. Explicitaremos
neste capitulo o que entendemos por milieu segundo Brousseau (1986).
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SADDU A G AI.MO\ IÍ,Ol JI)
Epistemologia
do professor
-- A relação do aluno
com o saber
Relação pedagógica
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
7
O aluno aprende por uma necessidade própria e não por uma necessidade aparente do
professor ou da escola.
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SAooo Ao ALMOULOUD
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p
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SADDO AG ALMOULOUD
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>
FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
lnformaçlo .....
,/
Situação 1/ Aprendiz
"'- Ação
Sanções .....
,/
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....
SAooo Aa ALMOULOUD
Sanção
SITUAÇÃO MENSAGEM
Sançlo
RECEPTOR
38
SITUAÇÃO TEORIA
RECEPTOR
Sanção
ESQUEMA 6 - DIALÉTICA DA VALIDAÇÃO
gem compreensível por todos e que leva em conta os objetos e as relações pertinentes da situação
de fonna adequada (isto é, pennitindo raciocínios úteis e ações). A cada instante esta linguagem
construída será testada do ponto de vista de sua inteligibilidade, da facilidade de construção, do
tamanho das mensagens que se podem trocar. A construção ou código (repertório, vocabulário,
algumas vezes a sintaxe) em língua natural ou linguagem formal torna possível a explicitação
das ações e·dos modelos de ação.
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.....
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SAooo Aa A LMOULOUD
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SffiJAÇÃO deN;k, de FORMULAÇÃO de VALIDAÇÃO de INSTITUCIONALIZAÇÃO de REUTILIZAÇÃO
-
~
DIDÁTICA
na qual o ..,_. lllm fUNÇÕES DIFERENTES: 10mar decisõel, comunicar, provar, generalizar, l1IIPOllder 6s quellõel.
O PROFESSOR
1 &colhe. propõe, orvanza e gerWICia a s ~ dlcMticN w quais
os alunos l!m l'8lpOnSlbilicl de gerenciar as funções do saber
11 Ele coloca em re1aç1o as produçõel
com o saber social que institui
11 Ele a>nllrói ~ de treino
e propõe novas li1uaÇões
1
~
<
~ --,do--L,~----,:::::1
. 1 ,
======~1,1~1----=.~1===11
'
11
1 Que empenhem
1 l
Queempeiil1leln 0ueell1>fllo'lem
~ 1 Devem ~r-se do sat. 1 1 Empemam o now aiaema 1
Ul COlll'leoi'lientm peuoais conheámenflOI e uma 00lo'lec:imen1ol para OBJETO do estudo conhecimenm
~
o que o profeaor que funcionam como linguagem comum JUSTIFICAR, provar
espera dos ak.no8
~ fenwnelltas utilzadac:omo criticar
o< FERRAMENTA
-----------.• .....----------,
1·..--1
<
.....estudando:
--
(.)
A fim de corigir ou fazer automatizando técnk:as para resolver problemas novos
<
e Suasproctuçl5es evoluir a produção ou as definições, a linguagem de utilizações e ,_ novas situações
ª
. eâ'à6gias, suas produQões
õ de participar da elaboraçlcl as notações, oa teoremas • de funclonemento conlextuals
< de uma produção coletiva do saber
o
.n
ç
r- ,, NelUI síluaçõel, o saber esté bastante relacionado 00l11 o contexto O uber 6 fora do contexto:
O saber 6: 1
:=:~,
'3 O SABER
CONTEXTUALIZADO DESCONTEXTUALIZADO RECONTEXTUALIZADO
~ 1 1
o< SINTAXE
z
::>
ú-
SEMÂNTICO
Objetos, sentido, algnlficaçlo
1
1
Da teoria, de sua artlculaçlo
l 1
SEMÂNTICA
daexpllcaçlo
1
o, aabf,rea Já adqulridol funcionam como ferramentas explldtu,
S.,Nla1&*): o, sabe<ea que foram construídos funcionam como:
ferramentas impllclta1 (poli pré-construídos) Objelol de estudos Ferramenta, expllcltas
~~ - -~ -------"-~- - .4
," Dno Au A1.Mrn 11.01J1)
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p
lM de aprendizagem /A/uno !
~~:;:---r: !~-:-rvado~----1
; Professor S-didática
~ refe:cia - -- -r
, - · · -......................- -................. .. ....... _ ...... 1 . ,. ..- . . , .. _ ..._ ............., ........... r .. ..
~:!prendi:mgem
.......-....... _ .__. ,..................................[.........................,,_ _ ________J
-1
IM-2 IE"2 i S-2 i
j M-objetivo E-agindo : . 1 S de referência 1
fi,:j--·-· ·---.. --·· · .....-.. TIe~j-·_. . .............. . ·-···--··1···. . ----.....- ........ "Ts:j ·----·----- --!
j M-material
·--·-·
·-·- ....
j E-objetivo
.....
-·-·····--··-··- .... . ,. ···-·"-
.._ -···· .. . ... ....
!S-objetiva ..-· - ........:
............... -······-···..
J
...._ ... .. ... ... ... ...... _, - ···- ··- · ....,_, __ ---·· --·····-··-.. .. .... ··-·······
, ... ··- -
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SADoo AG ALMOULOUD
-
1 M +3 1 E +3 1 P+3
1 s +3
1 p -1 S -1 1
1 M-1
'
-
1 M +2 1 E +2 1 P+2 1 s +2 + 1
1 p
' M-2 -2 S -2 1
s +1
-
M +1 E +1 p +1 t
1
M -3 p -3 s -3
Professor faz
a devolução A an.ilise aSCl!Odente e o papel do aluno
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- F1 INllAMl N'I 1s l >,\ l)ll l Tlf'A I A MAT MÁTK'A
pt\ll\, ev ntunlm "nl '. unte 'ipnr us inl rv nções que deve fazer na insti-
tu ·il1nulizu ·l)o lo ·ul ~ na volidt,çrto.
O nlv :)I - 1 (nivcl de obsorvoçilo) é marcado pela devolução ou da
obser a~ão du utividud 'dos t\lunos. E' nele que identificamos a situação de
nprendizngem (S). Úno mili 11 de\ r forôncin (M) que os conhecimentos
do aluno se transformam ~m sob r ~ que ele começa a identificar os conhe-
ciment()S que :)1 d v:) ompr ender e validar do ponto de vista científico.
Neste nlvd, o milieu p rmite ao aluno ( E.,) fazer tentativas, mas não lhe
p ..rmite ·oncluir o trabalho, por insuficiência de conhecimentos.
Dentro dessa evolução sugerida pela estruturação do milieu, o
suj "ito opr ..nd n partir d sua ação, sendo. portanto, responsável por
sua aprendizagem.
Pa.rn facilitar a análise de situações muito complexas, que envolvem
muitos conh cimentos. Perrin-Glorian ( 1998) distingue no milieu três
componentes importantes:
• o componente material, constituído de dados objetivos, materiais
ou não, inclusive instrumentos;
• o componente cognitivo, constituído de saberes e conhecimentos
disponíveis necessários à resolução de um problema e que não
são necessariamente institucionalizados;
• o componente social constituído de outros atores que podem
intervir na resolução de um problema: parceiros, outros alunos,
professor. Segw1do a autora, uma intervenção desse componen-
te - que é normalmente especifico do milieu adidático - pode
levar a uma mudança no milieu cognitivo dos níveis inferiores,
ou seja, na passagem de uma situação para outra.
Ces composantes ne sont pas independantes. Une modification
de l'une d'entre elles entraine en général tlma modification des
autres. Par exemple, dans une construction géométrique, si l'on
modifie les instruments disponibles, on mod.ifie par la même les
connaissances à mettre dans le milieu matérial.
En principe la composante sociale n'intervient qu'à partir du
niveau didactique quand il s'agit du maitre. Une intervention
du maitre peut être interprétée comme un changement dans la
composante cognitive du milieu matériel (données objectives
indépendantes de l'éleve) et va donc changer la situation adidac-
tique (PERRIN-GLORIAN, 1998, p. 19).
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SADoo Ao ALMouwuo
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F UNDAMENTOS l)A DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
Exemplo 1
ABC é um triângulo retângulo em A.
a) Amplie esse triângulo, multiplicando por 4 as dimensões indi-
cadas. O triangulo A'B 'C' que você vai obter é uma ampliação na razão
4 do triângulo desenhado.
Dica: Para representar uma figura
na razão 4, multiplicam-se as dimensões A
desta figura por 4.
b) Calcule a medida da hipotenusa
B '(" do triângulo A'B 'C' (observação:
pense em usar o teorema de Pitágoras).
A construção pedida é o reconhe- C
~;..-----~B
cimento das propriedades de um milieu FIGURA 2
aliado, que encaminha a uma aprendizagem por ostensão, ou seja,
aprendizagem pela observação de modelos prontos (objetos materiais
manipulados pelo aluno: multiplicar por 4, desenhar a figura ampliada,
usar o teorema de Pitágoras). Contrariamente, na aprendizagem por
adaptação, trata-se de construir conhecimentos apesar de um milieu
antagonista que resiste às ações do sujeito aprendiz, forçando-o a evoluir
em suas estratégias.
Exemplo 2
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SADI)O Ao A1.Mrn 1w110
Exemplo 1
É possível encontrar números reais cujo quadrado é -1? (MARGO-
LINAS, 2002)
Determinação de S_1
Conforme ilustrado no Quadro 2, os objetos da situação objetiva
(S_3) com os quais E_3 estabelece uma relação local e estável constituem
o mi/ieu (M_i), o qual contém os pares (a, a2), objetos par~ a interação
com E.r Na situação S_2, E_2 busca pares de números (a, a2) tais que a2 =
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e
FIJNIJAM11NTOS IM l>IIJATICA DI\ MA'l'HMÂ'l'll 'A
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,.,,
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SAooo Aa ALMOULOUD
Determinação do nível -3
Nesse nível, supõe-se que o aluno saiba construir figuras, entenda
a importância da figura na compreensão de um conceito matemático e
tenha a capacidade de imaginar o infinito, pelo menos numa construção
geomé_trica.
A situação material ou objetiva S_3 será, então, constituída das
figuras F0 , F 1, F 2 , F 3 , F4 e dos cálculos possíveis que foram previstos.
No nível E_ 1, o aluno E_2 calcula então perímetros e áreas das
figuras, pois entende o cálculo de perímetros e áreas de triângulos e é
capaz de organizar fórmulas "coerentes": n ~ P 0 , n ~ N 8 • A situação
adidática S_2 é assim constituída pela terna (Fi, Pi, Ai), O s i s 4 (situa-
ção de referência). O milieu M_, é definido pela questão: o que acqntece
quando n cresce indefinidamente?
50
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
No nível -1, o aluno E_" a partir dos cálculos feitos para O~ i~4,
percebe que precisa achar uma fórmula mais geral ·para P n e A n .
No nível da situação didática, o aluno E 0 busca as justificati-
Exemplo 3
a) Qual o lugar geométrico dos centros das circunferências tan-
gentes a duas retas concorrentes r e s?
b) Descreva sua construção. Justifique.
Análise da situação
Esta situação-problema faz parte de um conjunto de atividades desen-
volvidas para a formação de professores d~ Ensino Fundamental integrantes
de um projeto de pesquisa desenvolvido na PUC-SP (1999-2000). 10
Essas atividades tinham por fundamento teórico a teoria das situações
de Brousseau, em especial a estruturação do milieu segundo Mar,golinas.
geometria rias séries finais do Ensino Fundamental, reconhecer as representações dos professores
destas séries no que se refere ao papel da geometria na fonnação do aluno e investigar o papel
do computador nestes processos. Integrava pesquisadores e professores de Ensino Fundamental.
Esse trabalho colaborativo tinha por objetivos, entre outros, despertar a atenção do grupo para
a necessidade de um trabalho reflexivo sobre suas ações pedagógicas e contribuir na formação
de um profissional crítico, participativo e competente para atuar na sala de aula, não sendo mero
executor de tarefas, procedimentos e técnicas que foram estabelecidos por especialistas.
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SADoo Aa ALMOULOUD
Determinação de S_2 •
FIGURA4
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
Obtenção da situação ( S_ 1 )
Na situação de aprendizagem (S_,), o milieu M_, é formado pelo
lugar geométrico dos centros das circunferências que tangenciem duas
retas concorrentes, e o aluno E_, deve buscar as razões dessa propriedade
do milieu. Assim, o milieu M_, deve permitir ao aluno E_, fazer tentativas,
mas não lhe permite concluir o trabalho: justificar matematicamente. Na
situação S_I' o aluno E_, busca a justificativa matemática: o lugar geomé-
trico procurado é o par de retas, bissetrizes dos ângulos determinados
pelas retas concorrentes, enquanto P_, observa sem concluir.
O milieu didático S0
Na situação didática S0, a tarefa é encontrar uma razão matemática
para justificar que o lugar geométrico procurado é o par de retas bissetri-
zes dos ângulos suplementares determinados pelas retas conco"entes.
FIGURAS
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SAooo Aa ALMOULOUD
a) O milieu material
O milieu material do professor é composto pelos alunos e pelo
milieu material dos alunos. Segundo a autora, o professor é responsável
por dois componentes dos quais dependem o encaminhamento e o sucesso
da situação: a adequação do milieu material para o prosseguimento do
projeto e a utilização, pelos alunos, desse milieu material conforme o
previsto (a transformação do milieu potencial em milieu efetivo, segundo
Perrin-Glorian (1999)).
Nessa situação, o milieu antagônico ao professor é o par aluno/
milieu do aluno, no qual existem dois componentes: o milieu material do
aluno, que o professor controla, e as reações dos alunos, as quais muitas
vezes não são controladas pelo docente.
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p
F UNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
b) O milieu objetivo
ss
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f llNDAMENl s D \ ü lü.'\.11 A DA MATEM TIC
S1
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SAooo Ao ALMOULOUD
Observação de classes
Um dos objetivos da teoria das situações é a observação direta
da classe para confrontar os fenômenos observados aos modelos de co-
nhecimentos existentes. Trata-se essencialmente de analisar o impacto
do ensino proposto sobre os conhecimentos dos sujeitos envolvidos
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ps
S9
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............
1. A dialética ferramentà-objeto
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SAooo A o A LMOULOUD
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
Les objets sont, quant à eux, destinés à être des outils potentiels
grâce auxquels d'autres objets pourront être elaborés.
Du point de vue épistemologique, la transfonnation du statut des
connaissances d'outil en objet implique un travai) de décontextu-
alisation et un travai) de dépersonnalisation. L'organisation et la
realisation didactique de ce travail donnent lieu à des situations
de classe souvent différentes (DOUADY, 1993, p. 96).
63
L
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SAooo Ao ALMOULOUD
Conhecimento antigo
ESQUEMAS
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
6S
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SADDO Ao ALMOULouo
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FUNDAM NTOS DA l)ll)ÁTICA DA MATI MÁTl('A
1
1
1
,t"----
., t' 1
3
X
,,L ......
,"
X
FIGURA6
L 67
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SADDO Aa ALMOULOUD
• • • • • • • • • :J
.. .. .•. .. 2
. • . . . . . •• 1
FIGURA 7
68
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p
69
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IV - A noção de registro de
representação semiótica e análise
do funcionamento do pensamento
71
L Scanned by CamScanner
SAooo Ao ALMOVLouo
SISTEMAS
SEMIÓTICOS
Transmissão ou NÃO CONSCIENTE
(não referência a wn objeto: um
Signo detonador ou código só funciona bem de modo
CÓDIGOS autormtico, ou seja, curto-
Colocação em memória ou circuitando todo controle ou
tratamento consciente.)
Categorização (dados)
1.....---------=---
ESQUEMA 9 - FONTE: DUVAL, 1999, p. 68 .
72
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fllNDt\Ml' N'lWl Pi\ llll)i'\TIC'A Ili\ MA'l'I\MÁ'l'II '/\
< <
monofimcionais) .__su-bs_tl_tu-lç-lo_e_po_d_e_m_d_ar-lu-ga__.r
às "rotinas".
TRATAMENTO as figuras geométricas e
os tratamentos figurais suas diferentes apreenções
nlo algoritmizivel ns representações gráficas
(registros elementares
<
mu/Jifuncionais) as operações relativas o raciocinio dedutivo em
à função llngua natural
de expansão discursiva
a argumentação
enttt registros
pode-se encontrar uma regra
outros que nlo aqatlt de codificação como suporte - gráficos e equações
à conversão
<
da lfngua naiural gráficos e textos
CONVERSÃO compreensão de um
nenhuma regra enunciado
com tem de levar em conta conjunto de enunciados
uma língua natural as funções discursivas de problemas
llngua fonnal e
llngua natural
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SADDO Ao ALMOULOUD
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SAooo Ao ALMOULouo
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
acessível que outro para os alunos, visto que cada registro apresenta pro-
blemas específicos de aprendizagem (a aparente facilidade dos registros
não-discursivos é um engano) e, também, porque a mudança de registro
implica um trabalho de coordenação de registros.
5. As variáveis cognitivas conduzem a microanálises de um pon-
to de vista muito mais global do que a análise habitualmente feita dos
problemas de ensino e de aprendizagem, como um programa de ensino,
as relações na classe e a avaliação de um sistema educativo, que, mui-
tas vezes, induz _professores, ou mesmo pesquisadores em didática da
matemática, a subestimá-los.
Assim, buscando as funções que podem ser atribuídas às represen-
tações semióticas, Duval (1999, p. 30) elaborou o Quadro 3, concentrando
nele algumas respostas.
1
REPRESENTAÇÕES REPRESENTAÇÕES
SITUAÇÃO FUNÇÕES
SEMIÓTICA$ NÀO SEMIÓTICAS
Representação 1. Comunicação
sempre nunca
de um mesmo (explicitacão para outra nessoar
registro produzido 2. Tratamento algumas nunca
ou apresentado
3. Objetivação
como tal algumas às vezes
(tomada de consciencia Por si)
4. Endereçamento (memória)
aatoadcleate Identificação e reconhecimento algumas algumas vezes
- memória)
às vezes
5. Contribuição de infom1ações às vezes
complementares (fotos como peças de
convir.r.ln\
Representação 6. Interpretação heuristica (tratamento
algumas às vezes
de um registro transitório)
7. In- explicativa al1tUmas às vezes
produzido ou
apresentado 8. Seleção de elementos (unidades,
algumas certas condiçôcs
como aniliar infonnacõcs. etc.) ocrtinentes.
para 9. Exemplo sim às vezes (fotos)
representações 1O. lludnlclll al1tUmas sim
de um outro
11 . Material (substituto do objeto) algumas sim
registro
maquetes, alguns.
12. Simulação instrumentos
nlo
Agente flsico (por miniaturii.ação) {medicõcs)
cm intcraçlo 13. Jogo: simulação e objetivaçlo?
direta e não atores (gestos)
constitutivo Açlo cuja realidade dos efeitos ~ neutralil.llda
(ato sem passa2em ao ato)
da representação
15. Delegaçlo (organização de uma indivlduos (eleitos ou
não
sociedade) nomeados)
77
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A comunicação, o tratamento e a obj--'ti ação silo funções cogniti-
vas fundamentais para a produção das repres ntações. As quatro primeiras
funções (cf. 2." coluna do quadro) são as cognitjvns fundru11entai , mas
só as três primeiras constituem registros de repres ntação para o funcio-
namento cognitivo na consciência do sujeito.
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
registro do desenho : ~
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SADDO Ao ALMOULOUD
l y = a + b s + c2t
2 2
Z = a + b s + C3 t
3 3
(2 parâmetros: se t)
..
No quadro da geometria analítica:
Equação cartesiana de uma reta Equação paramétrica de uma reta
ax + by + cz + d = O X= ªl + Â.bl
{ a'x + b'y +c'z+ d'= O
y = a + )..b ( l parâmetro)
2 2
(2 equações) z = ª3 +Â.b3
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F UNDAMENTOS DA DJDÁTICA DA MATEMÁTICA
A B
(a) (b)
FIGURAS
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SADoo Aa ALMoULouo
ax + by + cz + d =O
(2 parâmetros: s e t)
.
No quadro da geometria analítica:
Equação cartesiana de uma reta
ax+bv+cz+d =0
{a'x + b'y+c'z+d'= O
(2 equações)
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
A B
(a) (b)
FIGURA 8
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SADoo AG ALMOULOUD
Conclusão (tese)
O quadrilátero MNPQ é um paralelogramo.
Essas conversões colaboram na compreensão do problema e são
fatores facilitadores na resolução.
A maior parte dos problemas de ensino e de aprendiz.ado da Geome-
tria é de origem didática e linguística, em que a coordenação de diferentes
registros de representação (a escrita algébrica, as figuras geométricas,
o discurso na língua natural) ligados ao tratamento dos conhecimentos
não se opera espontaneamente, mesmo no decorrer de um ensino que
mobilize essa diversidade de registros (DUVAL, 1995).
Exemplo 4. Na análise:
.., f(x+~x)-f(x)
'v't > O, 36 >O/ se O--< 1~x 1--< 6, entao . - d ~E
~X
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
a) Representações paramétricas
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SAooo Ao A LMOULouo
b) Representações cartesianas
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
X -../5 Js
'
x+..fs - + +
x-../5 - - +
+ - +
(x -~Xx + ./s) i
A análise desta tabela mostra que ( x - "Ís)(x + "Ís) < O se, e
somente se, x e J- "'15, -vsl_, ou seja, - "'15 < x < "Ís.
87
h,
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SADoo Ao ALMOULouo
m(x) ='>f-4
r n(x) = 1
---· ..·--··· .L
1 X
0,00)
\ ~
FIGURA 10
88 ·
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V - O contrato didático
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SAooo Ao ALMOULouo
m(x) =x2-4
r n(x) = 1
\\\_
FIGURA 10
88 ·
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V - O contrato didático
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SAooo Aa ALMOULOUD
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SADoo Ao ALMOULouo
acordo tácito estabelecido. Tal acordo faz com que o professor, em alguns
momentos, limite seu nível de exigências em função da imagem que faz
desse(s) aluno(s). O mito que se estabelece entre as partes envolvidas
ilustra o que os psicólogos chamam defenômeno das expectativas.
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....
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VI -Avaliação e contrato didático
1. O que é avaliar?
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SAooo Aa ALMOULouo
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SAooo Ao ALMOULouo
Sucesso = 46%
Sucesso .,, 20o/o
100
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,....
FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
A
FIGURA 12 -FONTE: BODIN, 1988, p. 200
e
D
~ AppB14
Sucesso = 68%
Sucesso = 69%
H A
App16
Sucesso= 76%
101
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SAooo Aa ALMOULouo
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
Para fazer o exercício seguinte, você precisa saber que a soma das medidas
dos ângulos de um triângulo A r----------------,
é sempre igual a 180°. 8
ABCD é um retângulo.
l) Construa as bissetrizes 1 AppD6 1 S = 35%
dos ângulos BAD e ABC. (pelo menos uma bissetriz)
o,.._____________ _,C l
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SAooo Aa ALMOULOUD
3. Avaliação e decisão .
Tratamento
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
4. Funções da avaliação
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SADoo Aa ALMOULouo
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r---
PORQUÊ'? Certificarosresultadosdeuma
Melhorar as condições de aprendizagem
aprendizagem
i
ê§ COMO
Estratégias:
não instrumentadas
{observação, entrevistas)
Estratégias, sobretudo nlo
instrumentadas (análise dos
Estratégias, sobretudo
instrumentadas (prova,
Utilização dos meios de
infonnação disponíveis
Estratégias, sobretudo
Instrumentos
preparando amostras
Instrumentos
relativos a esses
erros, observação do
OBSERVAR? ou instrumentadas (teste testes, questionários,
(exercíoíos, fichas,
instrumentadas (provas
dos objetivos do objetivos terminais
comportamento global,
(Í (MEDIDA) de conhecimento, grade
multiplicação das fontes da
escalas de avaliação,
trabalhos escritos).
coletivas).
programa. daintegraçlo.
de observação, de
~e
grades de observação).
autoavaliação etc.). infonnação, autoavaliação)
Estabelecimento du
e COMO ANALISAR exlgêociu; Interpretação Intuitiva da Interpretação da Análise de modelo de Referência criterial
Refen!ncia,
<
e O QUE FOI procura de estnitiglu estratigla da aprendizagem. dificuldade, apoiando-se resultados por aluno e
C6kulo de escores
ou normativa para
sobretudo criterial,
de sustentação; &lobais de sucesso; para saber se o
V) OBSERVADO? Formulação de hipóteses de nas informações mais ou por questlo, saber se o objetivo
estimação da escolha de !l!!!!'.!.Q. objetivo é atingido
trabalho a testar imediatamente menos objetivas. simultaneamente. foi atingido.
1
Julgamento possibilidade de abordar ou nlo.
um estudo.
- fazer a seq uêncla - reexplicar um conceito, - dar continuidade
am método - propor uma estratégia de ao ensino; - dar apoio aos alunos
COMO UTILIZARA prevista;
~
- modificar a - procurar aumentar aprendizagem utilizando - prescrever exercícios que nlo atingiram o - atnl>uir ( ou nlo) - certificar (ou não)
INFORMAÇÃO? plaoificsçAo; a motivação; as maiores capacidades de consolidação; objetivo; o diploma. a competência.
i:.. (DECISÃO) - identificar as - pedir para o alUDo ajudar dos alunos. - modificar a - informar os pais.
remediações. outro etc. planificação.
~
SADDO Ao .ALMOULOUD
superar as dificuldades;
• indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e
fazer ajustes na sua prática educacional. Neste sentido, a avalia-
ção é contínua e exige uma observação sistemática dos alunos,
não apenas em relação ao domínio de conceitos de conteúdos
específicos, mas também em relação ao desenvolvimento de
competências e habilidades (CAMPOS et ai., 2003, p. 117).
Além disso, concordamos com Ricardo, Slongo e Pietrocola (2003,
p. 7) quando afirmam que o contrato didático é um instrumento de análise
da relação professor-saber-aluno em sala de aula, além da presença de
fatores históricos e sociais nessa relação. Ao admitir essa hipótese, os
autores argumentam:
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,...
FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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VII -A teoria antropológica do didático
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SADoo AG ALMOULOUD
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SADoo Aa ALMOULouo
onde se encontra o saber relacionado ao objeto de estudo, que por sua vez
dete1minará a função desse saber, ou seja, determinará seu nicho. Lem-
bremos que, em ecologia, o termo hábitat designa o lugar onde vive uma
espécie, enquanto nicho ecológico é o papel que o organismo desempenha
· no ecossistema. O conhecimento de nicho ecológico permite responder às
seguintes questões: como, onde e à custa de quem a espécie se alimenta,
por quem é comida, como e onde descansa e se reproduz.
O termo "ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869,
em seu livro Generelle Morpho/ogie des Organismen, 12 para designar
"o estudo das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico
ou orgânico", em particular o estudo das relações do tipo positivo ou
amistoso e do tipo negativo (inimigos) com as plantas e animais com
que se relaciona; aparece pela primeira vez em Pontes de Miranda, 1924,
Introdução à política científica. O conceito original evoluiu até o pre-
sente no sentido de designar uma ciência, parte da biologia, e uma área
·específica do conhecimento humano que trata do estudo das relações dos
organismos uns com os outros e com todos os demais fatores naturais e
sociais que compreendem' seu ambiente.
Na TAD, as noções de (tipo de) tarefa, (tipo de) técnica, techologia
e teoria permitem modelar as práticas sociais em geral e, em particular,
a atividade matemática, baseando-se em três postulados:
1. Toda prática institucional pode ser analisada, sob diferentes
pontos de vista e de diferentes maneiras, em um sistema de
tarefas relativamente bem delineadas.
2. O cumprimento de toda tarefa decorre do desenvolvimento de
uma técnica.
A palavra técnica é aqui utilizada como uma "maneira de fazer"
uma tarefa, mas não necessariamente como um procedimento estruturado
e metódico ou algorítmico.
A relação institucional que se estabelece entre uma instituição I
(aluno, professor... ) e um objeto O depende das posições que ocupam nes-
sa instituição e do conjunto de tarefas que essas pessoas devem cumprir
usando determinadas técnicas. Segundo Chevallard ( 1992, p. 127),
12
Disponível em: <http://ivairr.sites.uol.eom.br/ecologia.html>. Acesso em: 02/12/05.
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
ESQUEMA 12
1
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Para Chevallard, a aprendizagem existe quando a relação pessoal do sujeito com o
objeto é modificada ou criada pela interação com o contrato institucional, ou seja, pela interação
com a relação institucional R1 (O).
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SAooo Ao ALMouLouo
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
Nfvel-2 Sociedade
Nível -1 Escola
Cada nível refere-se a uma realidade e serve para
Nível O Pedagogia
detenninar a ecologia das organi:zações matemáticas e
Nível 1 Disciplina didáticas relativas a esse saber.
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SAooo Aa ALMOULOUD
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VIII - Erros e obstáculos
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novo equilíbrio
equilíbrio antigo
Fases de desequilíbrio
ESQUEMA 13
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FUNDAM ENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTI CA
14 Usamos o tenno "concepção" no sentido de Artigue (1990), que a define sob um ponto
de vista local e relacionada a um dado objeto, caracterizado por:
• situações que lhe servem de ponto de partida: situações ligadas à aparição da concepção,
ou para as quais ela constitui um ponto de vista particulannente bem adequado;
• sistemas de representações mentais, icónicas, simbólicas, propriedades, invariantes,
técnicas de tratamento, métodos específicos (implícitos ou explícitos).
A autora chama também de concepções espontâneas as concepções de uma noção desen-
volvida pelos alunos, antes que ela seja oficialmente objeto de aprendizagem.
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t
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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SAooo Ao ALMOULouo
b) O zero
A associação de zero com "nada" desloca esse obstáculo epistemo-
lógico para um aspecto psicológico e é causa de numerosos erros.
c) O infinito
Causa de grande dificuldade em seus fundamentos, a história do
infinito é rica de ressaltos, desde os paradoxos de Zenon até os paradoxos
de Cantor e Russel.
A partir de uma análise histórica e da observação de alunos, Sier-
pinska (1985, apudPERRIN-GLORIAN, 1995, p. 93) identificou certo
número de obstáculos relativos à noção de limite, que classificou em vá-
rias categorias. Agrupa sob o título "Horror infinito" toda uma família de
obstáculos, que resultam da recusa dos co~juntos infinitos e se traduzem
pela utilização de um leque de meios destinados a evitá-los e ainda da
recusa de dar o estatuto de operação matemática ao limite.
d) O conceito de função
A conceituação de função, tal como a conhecemos, demorou 2000
anos para se consolidar. Sierpinska (1985, apud PERRIN-GLORIAN,
1995, p. 93) identifica, no seu estudo, três categorias de obstáculos li-
gadas a esse conceito:
• uma categoria refere-se aos obstáculos ligados à noção de fun-
ção: ela aparece exclusivamente como uma atribuição de valor
numérico à variável independente; neste caso, o foco está mais
na expressão algébrica que representa a função estudada que
no domínio;
• o obstáculo geométrico que consiste em olhar diretamente o
limite de uma função sobre objetos geométricos e não sobre os
números que os medem ( quando se considera o círculo como
o limite de polígonos regulares, por-exemplo, em que a forma
dos polígonos se aproxima da forma do círculo). A intuição
geométrica relativa ao conceito de limite estaria mais próxima
da noção de supremo do que de aderência.
• obstáculos lógicos, ligados ao uso de quantificadores; por exem-
plo, além do obstáculo à criação de um símbolo para a passagem
ao limite (tradução nossa).
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
e) O conceito de probabilidade
O conceito _de probabilidade, sobre o qual os primeiros trabalhos
foram publicados ainda no século XV e que foi "formalmente" identificado
na famosa correspondência estabelecida entre Pascal e Fermat (1654),
foi objeto de contradições dialéticas entre as abordagens geométricas e
frequentistas, entre as concepções subjetivas e objetivas e entre a determi-
nação a_priori e a_posteriori. De acordo como Coutinho (1994, p. 27),
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J
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FUNDAM ENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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'
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ou os erros dos alunos. Perrin-Glorian (1995) salienta que não há, obri-
gatoriamente, coincidência:
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IX - Epistemologia e didática
da matemática
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FlJNOAMENTí)S IJA IJll)ÁTI 'A DA MATI.MÁTICA
A D
B E
e F
FIGURA 17
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'
FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
3. Epistemologia e .obstáculos
A análise epistemológica é de suma importância para o pesquisador
em didática da matemática, pois a identificação dos obstáculos que ela
propicia facilita a distinção entre as dificuldades geralmente encontradas
no processo de ensino e/ou de aprendizagem de noções matemáticas
daquelas que são realmente inevitáveis porque são constitutivas do de-
senvolvimento do conhecimento.
_ Assim, para a construção de engenharias didáticas, por exemplo,
a análise epistemológica nos dá uma resposta (parcial ou total) às se-
guintes questões: quais obstáculos podemos (ou devemos) evitar? Quais
obstáculos não devemos evitar? Como então superá-los? (BROUSSEAU,
1986) ·
Em seu estudo, Artigue ( 1990) salienta que as análises histórica e
epistemológica evidenciam, também, que uma concepção errônea para
o matemático atual pode ter sua origem e, sobretudo, ter-se revelado
profundamente produtora, num dado momento da evolução histórica.
Podemos fazer a hipótese de que tal concepção era, para essa determinada
época, a mais produtora possível, levando em conta o nível de elaboração
conceituai dos objetos matemáticos em jogo. O que podemos transpor
dessa realidade.histórica, mais geralmente, no ensino e por quê?
4. Epistemologia e concepções
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Obstáculos
1 2 3 4 5 6
Autores
Dioohante -
Simon Stevin + - - - - -
Réné Descartes + ? - ?
Colin MacLaurin + + - - + +
Leonardo Euler + + + ?. - -
Jean D'Alembert + - - - - -
LaurtCamot + - - - - -
Pierre de Laplace + + + ? - ?
Au2UStin Cauchy + + - - + ?
Herman Hankel + + + + + +
QUADRO 5 - MATEMÁTICOS FAMOSOS QUE SUPERARAM OBSTÁCULOS
FONTE: GLAESER, 1981, p. 309
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Demonstração:
O= a x O= a x (b + opp b) = ab + a x (opp b)
O= O x ( opp b) = (opp a) x ( opp b) + a x (opp b)
Logo (opp a) x (opp b) = ab (apud GLAESER, 1981, p. 338,
tradução nossa).
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D3 : Chama-se circunferência toda curva homogênea por isometria.
D 4 : Chama-se cir.cunferência toda curva plana, tendo uma infini-
dade de eixos de simetria.
D 5 : Seja ruma curva fechada, plana, convexa (quer dizer, borda
de uma parte convexa G do plano) tendo, em todo ponto, uma tangente.
Para toda direção d, designa-se por ado limite superior dos comprimentos
dos segmentos de direção d contidos no G. r é uma circunferência se,
e somente se:
• para cada direção d, ad é o comprimento de um segmento único
Dd de direção d de G;
• todos os segmentos de D d têm mesmo comprimento; e
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F UNDAMENTOS D:\ DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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X - Metodologia da engenharia didática
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fUNDM<IENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
ANO DE PUBLI-
AUTOR(ES) TITULO DO TRABALHO CAÇÃO
$8(ldo Ag Almouloud, Elizabcth Iniciação à demonstração:
2000
Gervazoni Silva e Mello - PUC-SP aprendendo conceitos geométricos
Probabilidade geomélrica: um
Cileda de Queiroz e Silva Coutinho contexto para a modelização e a
-PUC-SP simulação de situações aleatórias 2002
com Cabri ~
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F UNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEM ÁTI CA
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XI - Estudo da articulação entre
abordagens teóricas 17
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1.1 As semelhanças
De início, procuraremos descrever o que a TSD e a DFO têm em
comum.
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
1.2 As diferenças
A TSD e a DFO diferem ligeiramente em grau em alguns aspectos que
dizem respeito aos papéis do aluno, do professor e ao estatuto do saber.
A TSD é referenciada por diversos autores que comentam seus
pressupostos. No texto Fundamentos e métodos da didática da mate-
mática, Brousseau faz menção ao jogo que modela a situação adidática
e como o insere dentro da sua teoria. O autor coloca como os atores dos
processos de ensino e de aprendizagem (aluno, milieu e professor)jogam,
e as regras do jogo constituem o contrato didático vigente.
O jogo didático deve ser composto de duas partes: o sistema educa-
tivo na pessoa do professor, que propõe o jogo didático na fase adidática
ao transmitir (emitir) infonnações, e o aluno, que recebe e recodifica as in-
fonnações com base em seus conhecimentos prévios e do milieu, criando
novos elementos. O professor, ator do processo de ensino, deve preparar
situações didáticas e saber atuar dentro da fase adidática da situação de
modo a deixar o aluno atuar, intervindo apenas quando necessário. Na
fase didática, o professor deverá fazer a institucionalização.
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Para facilitar a leitura e a comparação das teorias, apresentamos vários quadros, cujos
conteúdos serão retomados várias vezes.
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Tipologia
Papel do aluno Papel do prores~or Estatuto do saber
(6 etap11)
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Referências
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f DA -IENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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f UNDAMDffOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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FUNDAMENTOS DA DIDÁTICA DA MATEMÁTICA
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~u,._
Este livro foi composto em Times New Roman,
corpos 8, 9, 1O, 11,5 e 18, impresso em off-set, em
papel off-set 75 g/m2 para o miolo e papel cartão
supremo 250g/m2 para a capa, com tiragem de
500 exemplares, pela ICQ Editora Gráfica, para
a Editora UFPR, em outubro de 2014.
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