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CONCEPÇÃO DO

APARELHO PSIQUICO E
TÉCNICA PSICANALÍTICA
EM FREUD
Professora Gloria Veiga
ZAP:21-996542747
PULSÃO =FORÇA CONSTANTE –ÍMPETO-
CONTORNO DO OBJETO
LIGADA AO OBJETO – AO DESEJO
AQUILO QUE INSTIGA

 PRÁTICA:ENTRE A PULSÃO EO OBJETO E AS


RELAÇÕES AMOROSAS.
 OS PACIENTES CHEGAM NA CLÍNICA SEMPRE
FALANDO QUE SEUS PARCEIROS HORA ESTÃO
MUITO PERTO HORA ESTÃO MUITO LONGE
DEMAIS.
 A PULSÃO TEM UMA INTENSIDADE
QUANTIDADE DE ENERGIA INVESTIDA DE
AFETO.
 É INCONSCIENTE E ESTA LOCALIZADA NO ID.
LIBIDO=LIB(ALEMÃO=AMOR)
 FREUD LEVA ALIBIDO PARA O CAMPO DO AMOR,E
ESTA BEM PRÓXIMO A PULSÃO.
 LIBIDO = O AFETO SERIA EM QUANTIDADE DE
INVESTIMENTO NO OBJETO.
 LIBIDO=É O CAMPO DO AMOR.
 A LIBIDO ENLAÇA O OBJETO.
 EXEMPLO: ZONA HERÓGENA DA BOCA
 OBJETO PULSIONAL SERIA O SEIOMATERNO.
 OBJETO LIBIDINAL SERIA A MÃE.
 NO TEXTOSOBRE O NARCISISMO FREUD ABORDA
ESTAS QUESTÃO DA LIBIDO EGÓICA ( IMAGEM DE SI,
AMOR A SI MESMO) E LIBIDO OBJETAL(INVESTIMENTO
NO OBJETO)
Primeira e Segunda tópica de
Freud.
PRIMEIRA E SEGUNDA TÓPICA
DE FREUD
 CONSCIENTE
 PRÉ CONSCIENTE
 INCONSCIENTE
ID -ISSO -( É INCONSCIENTE)
EGO -EU - ( É CONSCIENTE , PRE
CONSCIENTE E INCONSCIENTE)
SUPEREGO-SUPEREU - (É PEQUENA
PARTE PRÉ CONSCIENTE E O RESTO
INCONSCIENTE
ID EGO SUPEREGO
ID (ISSO) – Polo pulsional da personalidade

EGO (EU) –Se situa como representante dos interesses da totalidade da pessoa e é
investido de libido narcísica

SUPEREGO (SUPEREU)– Julga e critica, é constituído por interiorização das exigências e


das interdições parentais
PRÁTICA :
ISSO É O CAVALO INDOMÁVEL.
EU – O CAVALEIRO QUE TENTA O TEMPO TODO DOMAR ESTE CAVALO.
SUPEREU – HERDEIRO DO COMPLEXO DE ÉDIPO - MAIS O MENOS DEPOIS DOS 5 ANOS TENTA
LIDAR COM A REALIDADE E LEIS , NORMAS, FLEXIBILIDADE COM O MUNDO E
RELACIONAMENTOS. SE TIVER REALMENTE SOLUCIONADO O COMPLEXO DE ÉDIPO.
O Complexo de Édipo é o processo na formação da personalidade pelo qual toda
pessoa passa.
O que ocorre, em algumas pessoas, é o entendimento do "amor do pai" ou "amor da
mãe" pelo filho(a).
O complexo de Édipo é resolvido quando a rivalidade entre a criança e o seu genitor é
superada por uma identificação entre os dois. Assim, se estabelece o equilíbrio afetivo
sexual.
A resolução do Complexo de Édipo é responsável pela inserção da criança na realidade,
pela quebra das relações simbióticas, através do reconhecimento das interdições, ou
seja, pelo reconhecimento do pai na relação.

LIBIDO – PULSÃO
O termo “libido” designa uma energia postulada por Freud como substrato
da pulsão sexual
O termo “libido” em latim significa “desejo” ou “vontade”. No dicionário
Michaelis, a definição de libido é: “Energia psíquica” que, segundo as
teorias freudianas, provém do instinto sexual e determina toda a conduta
da vida do homem”. A noção de libido é um conceito-chave para
compreensão de Pulsão sexual.
A libido é considerada por Freud como uma grandeza quantitativa, porém,
imensurável.
 Substrato – essência, base
 Pulsão - A pulsão é definida como representante psíquico de
estimulações constantes de fonte endógena
“Pressão constante e inconsciente que impele o indivíduo a uma ação que
possa conter ou suprir o estado de grande tensão do organismo”.

Quando apresentou a primeira teoria pulsional, utilizou como analogia, para


facilitar o entendimento, o exemplo da fome para indicar o funcionamento
da pulsão do ego.

A fome era uma força em que manifestava as pulsões de autoconservação.

Já a libido era a manifestação das pulsões sexuais, onde se manifestava a


dinâmica da sexualidade.
Pulsão sexual e Libido
A sexualidade como chave da compreensão humana
Apesar da evolução sobre o que compõe o assunto, mesmo nos dias
de hoje, é muito difícil falar sobre sexualidade sem entrarmos em
conflito com as barreiras sociais, morais, religiosas, assim como
discordâncias teóricas. A sexualidade está presente desde o
momento do nascimento e nos acompanha até a morte.
A Psicanálise enfatiza o tema sexualidade, pois é considerado a
chave para a compreensão da mente humana. Porém o contexto
é bem mais abrangente, pois trata-se de uma sexualidade
pulsional.
Sigmund Freud, foi um dos primeiros profissionais a investigar a
sexualidade e sua importância na formação psíquica dos seres
humanos. Suas descobertas causaram uma ruptura com as ideias
concebidas na época, principalmente no que diz respeito
à sexualidade infantil.
RESUMINDO AS FASES
PSICOSSEXUAIS:
 FASE ORAL E FASE ANAL A CRIANÇA ESTA VINCULADA
A MÃE-JOGO DIALÉTICO ENTRE ELA E A MÃE .
 FASE ORAL=AUTO EROTISMO.
 FASE ANAL= SURGIMENTO DO EU – EGO- NARCISISMO
 FASE FÁLICA- ENTRADA DO TERCEIRONA RELAÇÃO
FAMILIAR-FAZ A CASTRAÇÃO COMA ENTRADA DESTE
TERCEIRO-FAZ O CORTE COM A MÃE- DESPERTA O
COMPLEXO DE ÉDIPO QUE É O HERDEIRO DO
SUPEREGO /SUPEREU.
 FASE DA LATÊNCIA DE 6 AOS 11 ANOS –TÉRMINO DO
COMPLEXO DE ÉDIPO – INCORPORAÇÃO DA
AUTORIDADE DO PAI.
 FASE GENITAL – ADOLESCÊNCIA ATÉ A MORTE.
A CASTRAÇÃO E O COMPLEXO
DE ÉDIPO
 Asmeninas se deparam com
a castração no real do corpo. Verdade
que possibilita, segundo a teoria
freudiana, a entrada no Édipo. E os
meninos, por sua vez, se encontram com
a angústia de castração que viabiliza o
declínio do Édipo. Ou seja,
a castração para o menino é uma
ameaça que pode ser driblada.
O COMPLEXO DE
CASTRAÇÃO:
 O complexo de castração diz respeito a uma experiência inconsciente na
qual a criança rompe a idéia de onipotência da existência fálica através
da diferenciação dos sexos. Ele se dá de forma diferente na constituição
psíquica do menino e da menina. Em ambos os casos, o primeiro tempo
do complexo de castração diz respeito à crença de que todos possuem
um pênis, ou seja, a crença da Universalidade do pênis. A diferença é
que, para a menina, ela compreende nesse momento o clitóris como um
pênis. Ainda aí, o menino se depara com a ausência do pênis na menina,
abrindo caminho para a angústia de um dia ele mesmo ficar assim.
 Enquanto no segundo tempo para o menino ele receberá ameaças
verbais que visam proibi-lo à excitação sexual e às práticas auto-eróticas,
no sentido de que ele abdique de suas fantasias incestuosas, para a
menina não há essa ameaça. O segundo tempo, para ela, diz respeito à
percepção de que seu clitóris é muito pequeno para que possa ser um
pênis. Nesse momento, para a menina, faz-se já bastante claro o fato dela
“ser castrada”.
 Para o menino, a visão do corpo feminino não vai levá-lo diretamente à
idéia de que será castrado, mas sim à ameaça da castração. No terceiro
tempo, a possibilidade de castração é retomada, a partir da
compreensão concreta de que existem, sim, seres desprovidos de pênis –
a visão do corpo feminino onde se dá essa falta faz voltar as ameaças do
segundo tempo, mas ainda assim a hipótese do menino é a de que, na
menina, este é ainda pequeno e vai se desenvolver. Nesse momento,
para a menina, a descoberta de que a mãe é castrada faz retornar o ódio
pré-edipiano, uma vez que a mãe lhe foi incapaz de transmitir atributos
fálicos.
NO QUARTO TEMPO DA
CASTRAÇÃO
 No quarto tempo é que se dá, para o menino, a compreensão da mãe
como um ser castrado. É daí, a partir da percepção da inexistência do pênis
mesmo em mulheres mais velhas, que vai de fato emergir a angústia de
castração.
 Nesse momento é o tempo final do complexo de castração da menina, quando há a
separação da mãe e seu desejo passa, então, a estar voltado ao pai. Diferentemente do
menino, cujo momento edipiano é concomitante ao desenvolvimento do complexo de
castração, na menina, só após o fim deste é que vai se dar o nascimento do complexo
de Édipo. O tempo final, para o menino, diz respeito também à separação da mãe, mas
seu desejo será, aí, dirigido para outras mulheres. Com o fim do complexo de castração
se dá, também, o fim do complexo de Édipo.
 É importante ressaltar os aspectos comuns no complexo de castração do menino e da
menina que são tanto o momento inicial, referente à universalidade do pênis, como a
importância do papel da mãe. Este segue sendo o papel mais importante para a
criança até o menino se separar da mãe pela angústia e a menina pelo ódio. De
qualquer forma, o momento de separação da mãe é, em ambos, o acontecimento
principal do complexo de castração.
 Já na constituição do “futuro psicótico”, não é dessa forma que se dará o
desenvolvimento do complexo de castração. Pelo contrário, na constituição do sujeito
psicótico há exatamente a falta da inscrição da experiência normativa da castração,
uma vez que apenas através desta seria possível ao sujeito assumir sua identidade
sexual e conseguir reconhecer seus limites. À ausência dessa inscrição, Lacan
denomina de foraclusão.
PAPEL DO PSICANALISTA
Criarcondições para que o
conteúdo inconsciente possa ser
experimentado no nível da
consciência com toda a sua
carga afetiva, para que venha a
ser adequadamente elaborado.
O OBJETO DA PSICANÁLISE É O
INCONSCIENTE
FASES PSICOSEXUAIS-Podemos começar entendendo o
desenvolvimento psicossexual pensando no seguinte
conceito:
À medida que uma pessoa cresce fisicamente, certas áreas
do corpo se tornam importantes como fontes de
uma frustração em potencial, fontes de prazer ou fontes de
ambas, tanto prazer como frustração.

As fases de organização da libido são:


oral, anal, fálica, latência e genital.
Cada estágio representa a fixação da
libido (traduzida também como
“impulsos” ou “instintos sexuais”) em
uma área diferente do corpo.
Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve
durante a infância e é moldada pelas cinco fases, que
ele chamou de teoria do desenvolvimento
psicossexual.
 A vida em torno de tensão e prazer
 Freud (1905) acreditava que a vida era construída em
torno de tensão e prazer.
 Ele também acreditava que toda a tensão se devia ao
acúmulo de libido, a energia sexual, e que todo o prazer
vinha de sua descarga.
 Ao descrever o desenvolvimento da personalidade
humana como psicossexual, Freud quis dizer que o que se
desenvolve é a maneira pela qual a energia sexual
do id (a parte mais instintiva da mente) se acumula e é
descarregada à medida que amadurecemos
biologicamente.
 (Freud usou o termo “sexual” de uma maneira muito
geral para significar todas as ações e pensamentos
prazerosos.)
 Freud enfatizou que os primeiros cinco anos de vida são
cruciais para a formação da personalidade adulta.
O EGO E O SUPEREGO
 O id deve ser controlado para satisfazer
demandas sociais; isso cria um conflito entre
desejos frustrados e normas sociais.
 O ego e o superego se desenvolvem para
exercer esse controle e direcionar a
necessidade de gratificação para canais
socialmente aceitáveis.
 A gratificação se centra em diferentes áreas
do corpo em diferentes estágios de
crescimento, tornando o conflito em cada
estágio psicossexual.
O CONFLITO NO DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
O papel do conflito no desenvolvimento
psicossexual
 Cada um dos 5 estágios psicossexuais está
associado a um conflito específico. Esse
conflito deve ser resolvido antes que o
indivíduo possa avançar com êxito para o
próximo estágio.
 A resolução de cada um desses conflitos
requer o gasto de energia sexual e quanto
mais energia é gasta em um estágio
específico, mais as características
importantes desse estágio permanecem
com o indivíduo, à medida que ele
amadurece psicologicamente.
Analogia das tropas militares
 Para explicar isso, Freud sugeriu a analogia
das tropas militares na marcha.
 À medida que as tropas avançam, elas são
enfrentadas por oposição ou conflito. Se eles
tiverem grande sucesso em vencer a batalha
(resolver o conflito), a maioria das tropas
(libido) poderá passar para a próxima
batalha (estágio).
 Porém, quanto maior a dificuldade
encontrada em qualquer ponto específico,
maior a necessidade de as tropas ficarem
para trás para lutar e, portanto, menos serão
capazes de prosseguir para o próximo
confronto.
Tecnicamente falando, fixação é o fenômeno em que
uma parte da libido do indivíduo foi permanentemente
“investida” em um estágio específico de seu
desenvolvimento.
 O problema da frustração ou do excesso de cuidados
 Algumas pessoas parecem não conseguir sair de um estágio e
prosseguir para o próximo.
 Você já reparou nisso?
 Uma razão para isso pode ser que as necessidades do indivíduo em
desenvolvimento em qualquer estágio específico podem não ter
sido adequadamente atendidas, caso em que há frustração.
 Ou, possivelmente, as necessidades da pessoa podem ter sido tão
bem satisfeitas que relutam em deixar os benefícios psicológicos de
um estágio específico em que há excesso de cuidados.
 Geralmente isso ocorre na infância associado a uma mãe tóxica, ou
um pai castrador ou ausente.
 Tanto a frustração quanto o excesso de indulgência (ou qualquer
combinação dos dois) podem levar ao que os psicanalistas
chamam de fixação em um estágio psicossexual particular.
FASE ORAL -O desenvolvimento das relações
objetais deriva desse vínculo inicial de prazer
ao mamar e é progressivamente construído
com o amor da criança ao seio.
 As relações objetais referem-se às relações
emocionais entre sujeito e objeto amado
que, através de um processo de
identificação comum, contribuem para o
desenvolvimento do ego. Entende-se por
"objeto" uma pessoa, ou a sua
representação, com a qual o sujeito forma
uma relação emocional intensa, que lhe
possibilita a tal identificação com o outro.
FASE ORAL:NA PRÁTICA

Fase Oral
(Nascimento até 1 ano)
No primeiro estágio do desenvolvimento da personalidade, a libido é centrada na boca do bebê.
Ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de coisa em sua boca para satisfazer a libido.
Isso significa que nesta fase da vida, seus prazeres são orais ou orientados para a boca, como
sucção, mordida e amamentação.
Freud disse que a frustração em obter esta satisfação, ou a estimulação oral exagerada pode
levar a uma fixação oral mais tarde na vida.
As pessoas que podem ter esta “personalidade oral” seriam os fumantes, os roedores de unhas e
chupadores de polegar. Estas pessoas se envolvem em tais comportamentos orais,
principalmente quando estão sob estresse.
Obviamente, nem todos que têm este tipo de comportamento são “personalidades orais”. Como o
próprio Freud disse quando indagado se seu hábito de fumar charutos era uma atividade
simbólica:
Às vezes um charuto é apenas um charuto.
Sigmund Freud
FASE ORAL
 É pela boca que começará a
provar e a conhecer o mundo. É
pela boca que fará sua primeira e
mais importante descoberta
afetiva: o seio. O seio é o primeiro
objeto de ligação infantil. É o
depositário de seus primeiros
amores e ódios (FREUD, 1905 apud
FIORI, 1981, p. 36).
FASE ORAL
Os lábios e a língua do bebê
tornam-se zona erógena pela
qual, ao sugar o leite, a
criança sente prazer em se
alimentar e desta forma, a
sensação prazerosa fica
associada à necessidade de
alimento.
FIXAÇÃO NA FASE ANAL- PRÁTICA:
 Fase Anal-(1 a 3 anos)

 Segundo Freud, nesta fase a libido se concentra no ânus, e a criança sente grande prazer em defecar.

 A criança agora está plenamente consciente de que é uma pessoa por si só, e que seus desejos podem
colocá-la em conflito com as demandas do mundo exterior (ou seja, seu ego se desenvolveu).

 Freud acreditava que esse tipo de conflito tende a surgir no treinamento do uso do vaso sanitário, no qual os
adultos impõem restrições sobre quando e onde a criança pode defecar.

 A natureza desse primeiro conflito com a autoridade pode determinar o futuro relacionamento da criança com
todas as formas de autoridade.

 O treinamento precoce ou rigoroso com o vaso sanitário pode levar a criança a se tornar uma personalidade
anal-retentiva.

 Este tipo de personalidade é a que odeia a bagunça, é obsessivamente arrumada, pontual e respeitosa da
autoridade. Eles podem ser teimosos e rígidos no trato com o dinheiro e suas posses.

 Tudo isso está relacionado ao prazer de segurar as fezes quando crianças. A mãe então insiste que a criança
se livre dessas fezes de modo adequado, colocando-a no vaso sanitário até que se aliviem!

 A personalidade anal-expulsiva, por outro lado, passou por um regime liberal de treinamento do banheiro
durante o estágio anal.
 Na idade adulta, o anal expulsivo é a pessoa que deseja compartilhar as coisas com você.

 Eles gostam de doar coisas. Em essência, eles não estão retendo de si, mas expulsando e ‘compartilhando’ de
si com o mundo.

 Interessante notar que, se essa liberalidade for demasiada, esta pessoa anal-expulsiva pode se tornar confusa,
desorganizada e rebelde.
FASE ANAL
Inversão da demanda: é a mãe que pede não o bebê.
A mãe, ao iniciar o treinamento de troninho da criança,
pede a ela suas fezes; mas para a criança as fezes são
partes do seu próprio corpo e são encaradas como
presentes, que elas podem dar ou negar ao Outro.

Neste período, as crianças, para tirar proveito da


estimulação erógena da zona anal, retém as fezes, até
que este acúmulo proporcione violentas cólicas e ao
passar pelo ânus, ocorrera uma estimulação intensa na
mucosa, dando-lhes sensações de alívio e prazer.

[...] Um dos melhores presságios de excentricidade e nervosismo


posteriores é a recusa obstinada do bebê a esvaziar o intestino ao ser posto
no troninho, ou seja, quando isso é desejado pela pessoa que cuida dele,
ficando essa função reservada para quando aprouver a ele próprio.
Naturalmente, não é que lhe interesse sujar a cama; ele está apenas
providenciando para que não lhe escape o dividendo de prazer que vem
junto com a defecação (FREUD, 2006, p, 175).
FASE FÁLICA NA PRÁTICA:
 Fase Fálica
 (3 a 6 anos)
 A sensibilidade agora na fase fálica se concentra nos órgãos genitais, e a masturbação (em
ambos os sexos) se torna uma nova fonte de prazer.
 A criança toma consciência das diferenças anatômicas sexuais, que desencadeiam o
conflito entre atração erótica, ressentimento, rivalidade, ciúme e medo.
 Freud chamou isso de complexo de Édipo nos meninos, e complexo de Electra nas meninas.
 Esse conflito é resolvido através do processo de identificação, no qual a criança adota as
características dos pais do mesmo sexo.
 Explicando o Complexo de Édipo
 O aspecto mais importante da fase fálica é o complexo de Édipo.
 O nome do complexo de Édipo deriva do mito grego em que Édipo, um jovem, mata seu pai
e se casa com sua mãe. Ao descobrir isso, ele abre os olhos e fica cego. Este Édipo é o termo
genérico (isto é, geral) para os complexos Édipo e Electra.
 No menino, o conflito de Édipo surge porque ele desenvolve desejos sexuais (agradáveis)
para com sua mãe. Ele quer “possuir” sua mãe exclusivamente. Para isso, ele deseja
(irracionalmente) se livrar do pai para que possa atender a esse desejo.
 O garoto então (inconscientemente) entende que, se o pai descobrisse tudo isso, o pai
levaria o que mais ama. Durante a fase fálica, o que o garoto mais ama é o pênis.
 Portanto, o menino desenvolve ansiedade de castração.
 O menino então decide resolver esse problema imitando, copiando e participando de
comportamentos masculinos do pai. Isso se chama identificação, e é assim que o menino de
três a cinco anos resolve seu complexo de Édipo.
 A consequência disso é que o menino assume o papel de gênero masculino e adota um
ideal e valores do ego que se tornam o superego.
 Freud ofereceu o estudo de caso Little Hans como evidência do complexo de Édipo.

 Identificação significa adotar internamente os valores, atitudes e comportamentos de outra


pessoa.
COMPLEXO DE ÉDIPO NAS
MENINAS:
 Sobre o Complexo de Electra
 No passado, foi usado o termo “complexo de Electra” para se
referir ao complexo de Édipo feminino, porém esse termo caiu
em desuso.
 O Complexo de Édipo é o nome do conflito tanto para meninos
como para meninas, que funcionaria de forma análoga em
relação ao progenitor com o mesmo sexo da menina, ou seja,
sua mãe.
 Resumidamente, a menina deseja o pai, mas percebe que ela
não tem um pênis. Isso, segundo esta teoria, leva ao
desenvolvimento da inveja do pênis e ao desejo de ser menino.
 A menina resolve isso reprimindo seu desejo por seu pai e
substituindo o desejo por um pênis pelo desejo por um bebê. A
menina (inconscientemente) culpa a mãe por seu “estado
castrado”, e isso cria uma grande tensão.
 A menina então reprime seus sentimentos (para remover a
tensão) e se identifica com a mãe para assumir o papel de
gênero feminino.
FASE FÁLICA
Inicia quando a criança começa a perceber
que pode obter grande prazer de seus
órgãos sexuais, através da masturbação,
que coincide com o período do Complexo
de Édipo e do Complexo de Castração.
Descoberta da diferença sexual devido a
anatomia.
Fixação na fase fálica pode considerar a
masturbação como forma mais satisfatória
de sexo; homens com esse tipo de fixação
podem gostar de usar seu pênis para
dominar na cama, e mulheres podem
desenvolver complexo de inferioridade,
principalmente em relação aos homens.
FASE FÁLICA
 Nesta fase a libido erotiza os órgãos
genitais e as crianças apresentam
o desejo de manipulá-los. Tanto nos
meninos, quanto nas meninas, esta
zona está ligada à micção (glande
e clitóris). As atividades dessa zona
erógena, da qual fazem parte os
órgãos sexuais são, sem dúvida, o
começo da vida sexual “normal”.
FASE DA LATÊNCIA NA
PRÁTICA:
 Fase de latência
 (6 anos à puberdade)
 Latente significa “oculto”. Isso significa que nesta
fase não há mais desenvolvimento psicossexual.
 A libido está adormecida.
 Freud pensou que a maioria dos impulsos sexuais é
reprimida durante o estágio latente. Assim, a energia
sexual é sublimada. Isso quer dizer que grande parte
da energia da criança é canalizada para o
desenvolvimento de novas habilidades e a
aquisição de novos conhecimentos.
 E nesta fase, as brincadeiras são feitas em sua
maioria com outras crianças do mesmo sexo.
FASE DE LATÊNCIA
Quando a criança encontra uma saída para o
Complexo de Édipo, ela começa a entrar em
um período de latência, onde os impulsos eróticos
da fase fálica são recalcados, bem como o
Complexo de Édipo.

Nesta fase se percebe que a educação é uma das


responsáveis por esses diques( represa ). Pois é nesta
fase que a energia sexual, às vezes total, mas em
alguns casos parcial, é desviada para outros fins.

Estudos afirmam que o desvio das forças pulsionais


sexuais, denominado de sublimação, torna-se
componente para as realizações culturais. Mas às
vezes, manifestam-se situações sexuais que não
foram totalmente sublimadas ou em alguns casos se
preservam certas atividades sexuais ao longo do
período de latência até a puberdade.
FASE LATÊNCIA
● O período de latência está localizado entre as fases fálica e genital.
Cronologicamente, esse período localiza-se aproximadamente entre os
seis e dez anos de idade.

● Na fase de latência não se identifica uma zona específica de erotização,


ou seja, a energia libidinal está investida em um outro objeto, que não
o próprio corpo.

. Esta fase é simultaneamente ao período de escolarização da criança,


onde sua energia está investida nas atividades escolares e nas
relações sociais.

● Neste período ainda há uma mudança qualitativa na relação da criança


com seus pais, a partir do processo de superação do Complexo de
Édipo.

● É um período extremamente importante para o fortalecimento do ego da


criança.
FASE LATÊNCIA
 Período Latente – Importância
 ● Para se relacionar melhor com todas as pessoas
que vão sendo inseridas a sua vida, a criança tem
sua sexualidade reprimida ou sublimada, para que
então possa se concentrar em outras atividades
como jogos, aprendizados, brincadeiras e amizades.
 ● Nesse período que as crianças se tornam capazes
de identificarem-se com outros, que não seus pais,
como colegas de escola, professores, personagens
e heróis da ficção, que serão importantes para o
desenvolvimento da identidade sexual dessas
crianças.
 ● Segundo Freud, é nesse período que se
desenvolvem atitudes como a vergonha e a
moralidade, que serão determinantes no
encaminhamento dos desejos sexuais que serão
despertados na puberdade.
FASE GENITAL NA PRÁTICA:
 Fase genital
 (puberdade para adulto)
 Este é a última fase da teoria do desenvolvimento
psicossexual de Freud e começa na puberdade.
 É um momento de experimentação sexual adolescente, cuja
resolução bem-sucedida é estabelecer um relacionamento
amoroso com outra pessoa nos nossos 20 anos.
 O instinto sexual é direcionado ao prazer obtido através do
outro, ao invés do prazer próprio, como no estágio fálico.
 Para Freud, a saída apropriada do instinto sexual em adultos
era por meio de relações amorosas. Fixação e conflito
podem impedir isso, tendo como conseqüência as perversões
sexuais.
 Por exemplo, a fixação no estágio oral pode resultar em uma
pessoa obtendo prazer sexual principalmente por beijos e
sexo oral, em vez de relações sexuais.
FASE GENITAL
Início da puberdade.

Os impulsos sexuais voltam a receber


atenção; mas, não mais auto-erótico mas
compartilhadas, dentro de fantasias.
É nessa fase em que as pessoas
começam se interessar sexualmente por
outras; a relação pênis e vagina ganha
consistência.
FASE GENITAL
 Segundo Freud, atingir a fase genital é
fundamental para se chegar ao pleno
desenvolvimento biopsicossocial e
intelectual de um adulto sendo capaz de
amar, e no sentido genital se tornando
capazes de atingir sua capacidade
orgástica e aceitar conscientemente suas
identidades sexuais distintas, buscando
novas formas de satisfação para suas
necessidades eróticas.
FASE GENITAL
A libido volta a se concentrar nos órgãos genitais,
devido ao amadurecimento dos mesmos. Para
Fiori (1981, p. 45) “alcançar a fase genital
constitui, para a psicanálise, atingir o pleno
desenvolvimento do adulto normal. Segundo a
autora, nesta fase as adequações psicológicas e
biológicas já foram todas atingidas. Ocorreu o
desenvolvimento intelectual e social do indivíduo.
Fiori (1981) afirma que:

Agora é a hora das realizações. É capaz de amar


num sentido genital amplo. É capaz de definir um
vínculo heterossexual significativo e duradouro.
Sua capacidade orgástica é plena, e o prazer
dela oriundo
será componente fundamental de sua
capacidade de amar (FIORI, 1981, p. 45)
MECANISMOS DE DEFESA
 Mecanismo de defesa é uma
denominação dada por Freud para
as manifestações do Ego diante
das exigências das outras
instâncias psíquicas (Id e
Superego), mas a psicanálise
freudiana não é a única teoria a se
utilizar desse conceito. Outras
vertentes da psicologia também se
utilizam dessa denominação.
Os mecanismos de defesa são ações
psíquicas que buscam reduzir as
manifestações iminentemente
perigosas ao Ego.
 Existempelo menos quinze tipos de
mecanismos de defesa conhecidos e
explicados pelas teorias da
psicologia. Entre eles, podemos citar:

 compensação, fantasia, formação


reativa, identificação, isolamento,
negação, projeção e regressão.
Principais Mecanismos de
Defesa
 1. Repressão – retirada de idéias, afetos
ou desejos perturbadores da
consciência, pressionando-os para o
inconsciente.
2. Formação reativa – fixação de uma
idéia, afeto ou desejo na consciência,
opostos ao impulso inconsciente temido.
3. Projeção – sentimentos próprios
indesejáveis são atribuídos a outras
pessoas.
Principais Mecanismos de
Defesa
 4. Regressão – retorno a formas de
gratificação de fases anteriores, devido
aos conflitos que surgem em estágios
posteriores do desenvolvimento.
5. Racionalização – substituição do
verdadeiro, porém assustador, motivo do
comportamento por uma explicação
razoável e segura.
Principais Mecanismos de
Defesa
 6. Negação – recusa consciente para
perceber fatos perturbadores. Retira do
indivíduo não só a percepção necessária
para lidar com os desafios externos, mas
também a capacidade de valer-se de
estratégias de sobrevivência adequadas.
7. Deslocamento – redirecionamento de um
impulso para um alvo substituto.
8. Anulação – através de uma ação, busca-
se o cancelamento da experiência prévia e
desagradável.
Principais Mecanismos de
Defesa
 9. Introjeção – estreitamente relacionada
com a identificação, visa resolver alguma
dificuldade emocional do indivíduo, ao
tomar para a própria personalidade
certas características de outras pessoas.
10. Sublimação – parte da energia
investida nos impulsos sexuais é
direcionada à consecução de
realizações socialmente aceitáveis (p.ex.
artísticas ou científicas).
CONCEITOS DA PSICANÁLISE
 O chiste é breve, e é nele que reside, por assim dizer, a
graça. E pode ajudar a descarregar uma agressividade
que tem de ser reprimida. O chiste funciona, isto é,
provoca hilaridade ou riso, por meio da brevidade que se
expressa com a condensação: dois campos de
significados se fundem, causando surpresa.

 RECALQUE É UMA MODALIDADE DA NEGAÇÃO . A


DENEGAÇÃO É UMA OUTRA MODALIDADE DA NEGAÇÃO.

 “Lapsos ocasionais são normais. Já quem sofre de


amnésia, por doenças como o Alzheimer, em geral não
percebe a perda de memória”, afirma. Sem contar que
muitos esquecimentos decorrem de distração por estar às
voltas com atividades simultâneas ou excessivas.
CONCEITOS DA PSICANÁLISE
 A associação livre é o método terapêutico por excelência
da psicanálise. A livre associação foi um método utilizado por
Freud, em substituição à hipnose, que consistia em deitar o
paciente no divã e encorajá-lo a dizer o que viesse à sua
mente, sendo também este convidado a relatar seus sonhos.

 a contratransferência define-se por ser a transferência do


analista em relação ao paciente ou a resposta do analista à
transferência do paciente, ou seja, a reação emocional,
controlada, consciente e adequada do terapeuta ao
paciente.

 Catarse é um termo de origem filosófica com o significado de


limpeza ou purificação pessoal. O termo provém do grego
“kátharsis” e é utilizado para designar o estado de libertação
psíquica que o ser humano vivencia quando consegue
superar algum trauma como medo, opressão ou outra
perturbação psíquica.
COMPLEXO DE ÉDIPO
 COMPLEXO DE ÉDIPO
 Um dos conceitos freudianos mais populares é o
do complexo de Édipo, baseado na tragédia
grega de Sófocles, Édipo rei, é fundamental para
concepção da teoria psicanalítica.
 A IDEIA DO COMPLEXO DE ÉDIPO
 Foi desenvolvida por Sigmund f Freud perto da
virada do século 20. Ele se baseou em sua
experiência clinica, em autoanalise e na tragédia
grega de Sófocles, Édipo Rei, denominando
Complexo de Édipo a preferência velada do filho
pela figura materna, acompanhada de uma
aversão pelo pai. De acordo com a mitologia
grega, Édipo mata Laio sem saber que ele era seu
pai e casa-se com Jocasta. Quando se descobre
que ela é sua mãe, ele fura seus próprios olhos e
Jocasta se mata.
COMPLEXO DE ÉDIPO
 A primeira menção ao Complexo de Édipo foi
feita por Freud em outubro de 1897, em mais uma
de suas cartas ao seu amigo Wilhelm Fliess, na
qual anuncia o pressentimento de que em breve
descobriria origem da moralidade.
 Ele apresenta um sonho que se refere a
sentimentos super carinhosos para com sua filha
mais velha Mathilde.
 No sonho, Hella era o nome da filha. Ele encerra a
interpretação do sonho dizendo que o sonho, é
claro, mostra a realização do meu desejo de
encontrar um pai que seja causador da neurose
e, desse modo, por fim às duvidas que ainda
persistem em mim sobre esse assunto. Em outro
trecho, diz que ... o poder de dominação de
Édipo Rei torna-se inteligível(...).
COMPLEXO DE ÉDIPO
 O mito grego salienta uma compulsão que todos
reconhecem por terem percebido em si mesmos
marcas da sua existência.
 Foi somente em 1910 que Freud utilizou a
expressão Complexo de Édipo para sua teoria
que, de maneira geral, aborda sentimentos
contraditórios de amor e hostilidade pelos
genitores durante a infância. Suas descobertas
foram fundamentais para o desenvolvimento da
teoria psicanalítica.
 O Édipo seria um fenômeno universal,
aconteceria em todo ser humano, em qualquer
cultura, e tem no tabu do incesto seu principal
postulado. Segundo estudos de antropólogos, a
estrutura triangular elaborada no Complexo de
Édipo, o tabu do incesto, é notória e está
presente em diversas culturas.
COMPLEXO DE ÉDIPO:NA
PRÁTICA
 O que acontece quando o Complexo de Édipo e mal
resolvido?
O Édipo mal resolvido suscita as neuroses adultas, a
evitação da castração causa neuroses, tiques,
manias, perversões. A angustia de castração e o seu
retorno como recalcado na vida a adulta é a medula
espinhal da neurose masculina. O prazer e o medo
de ser punido esta na base dessa neurose, logo o
Édipo é uma neurose.
 Para grande parte dos estudiosos, o Complexo de Édipo é primordial para a
compreensão do ser humano como um todo e fundamental para a teoria
psicanalítica porque permite a compreensão de muitas psicopatologias.
 No Édipo mais comum, descrito de forma simplista até mesmo em revistas
populares, o menino se apaixona pela mãe. Quando sofre a ameaça de ser
castrado pelo pai, desiste dela e passa a se identificar com a figura paterna.
COMPLEXO DE ÉDIPO-QUAIS
SÃO AS FASES ?
 Nateoria clássica da psicanálise,
o complexo de Édipo
ocorre durante o estágio fálico do
desenvolvimento psicossexual (a
idade de 3 até 6 anos),
quando ocorre também a
formação da libido e do ego; no
entanto, pode se manifestar em
idade mais precoce.
Como identificar complexo
de Édipo?
O menino se liga a sua mãe por meio dos
cuidados, as atenções e os carinhos
maternais. ...
 Depois ele descobre a importância do
pai. ...
 O menino deseja casar com sua mãe,
deseja possuí-la completamente só para
si, sem interferência do pai.
 Como ela já tem um marido, o menino
deseja eliminar aquele rival importuno.
O que fazer com o complexo
de Édipo?
 Complexo de Édipo: como lidar na
prática
 “Mostrar à criança, durante sua criação,
qual é seu papel na família, com seus
limites claros e bem estabelecidos pelos
pais, a ajuda a assegurar-lhe seus afetos
com a família e de seu lugar ao mundo”.
Quanto tempo dura o
complexo de Édipo?
Cada tempo do mito edipiano
tem idades diferentes que
representam a maturidade da
criança, tanto cognitiva
quanto emocional. Via de
regra, o período
completo dura dos três aos
cinco anos.
Como lidar com o complexo
de Electra?
 Por exemplo, as meninas flertam com o seu papai,
adoram receber elogios dele e dedicam-lhe
mimos e atenções. Querem o seu pai só para elas,
nunca o perdem de vista e sentem-se orgulhosas
quando saem com ele. A atitude compreensiva
dos pais pode ajudar a superar o complexo de
Electra.
 Complexo de Electra é uma fase do
desenvolvimento psicossexual das crianças do
sexo feminino, de acordo com a psicanálise.
Consiste na etapa em que a filha passa a se sentir
atraída pelo próprio pai, disputando com a mãe
a atenção deste homem.
 Geralmente, essa etapa termina por volta dos 6
ou 7 anos de idade, quando as meninas voltam a
demonstrar uma maior afinidade com a mãe.
Qual a importância do
complexo de Édipo para o
desenvolvimento?
 Complexo de Édipo. O Complexo de
Édipo é de extrema importância para a
formação da personalidade da criança.
... A primeira definição feita por Freud era
o fato de o filho apaixonar-se pela mãe e
ter ciúmes do pai, conferindo
ao Complexo de Édipo um caráter de
universalidade. Assim para Freud (1924,
apud GOMES, 1998 p
Pode fazer sexo com a mãe?
O incesto (sexo entre os pais e os
filhos), se ambos são maiores e
nenhum está sob ameaça ou
violência, é permitido pela lei
brasileira, ainda que seja um tabu
moral e religioso. Mas, do ponto de
vista jurídico, ele jamais gerará
uma união estável, ainda que os
envolvidos queiram criar tal união.
Casos clínicos publicados:
 Anna O. = Bertha Pappenheim (1859-1936).
Paciente do médico e amigo de trabalho de
Freud, Josef Breuer. Tratada pelo método
catártico, conhecido como livre associação de
ideias.
 Cäcilie M. = Anna Von Lieben.
 Dora = Ida Bauer (1882-1945).
 Frau Emmy Von N. = Fanny Moser.
 Fräulein Elizabeth Von R.
 Fräulein Katharina = Aurelia Kronich.
 Fräulein Lucy R.
 O pequeno Hans = Herbert Graf (1903-1973).
 O homem dos ratos = Ernst Lanzer (1878-1914).
 O homem dos lobos = Sergei Pankejeff (1887-
1979).
 Dentre outros pacientes presentes em sua obra.
"A Interpretação dos Sonhos”
 "A Interpretação dos Sonhos"— Transcrição da
apresentação:
 1 - A Interpretação dos Sonhos
 Qual a inserção da “Interpretação dos Sonhos” na
Teoria Psicanalítica?
 2 - Temas Psicodinâmicos Básicos da Teoria
Psicanalítica
 Psicodinâmica
 Explicação das Neuroses
 Explicação dos Processos Oníricos
 Explicação do Desenvolvimento Psicossexual
 Explicação da Estrutura Adaptativa do Eu e das
Relações Objetais Desenvolvimento e Capacidades do
Ego
 Interpretação dos Sonhos Teoria da Libido do Eu, a
Identidade e os Objetos
 3 - Os Três Eixos Teóricos do Pensamento Clínico de
Freud
INTERPRETAÇÃO

DOS SONHOS
De acordo com Moura (2008), o livro a Interpretação
dos Sonhos marca a passagem para um modelo que
investiga não apenas as manifestações
psicopatológicas, mas capaz de dar conta do
psiquismo em geral.
 No Capitulo VI do livro, Freud elabora o primeiro grande
modelo do aparelho psíquico.
 O psiquismo é composto por dois grandes sistemas:
inconsciente e pré-consciente/consciente – que são
separados pela censura, mantendo certas
representações inaceitáveis fora do sistema consciente.
 Mas essas representações exercem uma pressão para
tornarem-se conscientes e ativas.
 Ocorre um jogo de forças, entre os conteúdos
reprimidos e os mecanismos repressores.
 Como resultado desses conflitos há a produção das
formações do inconsciente: os sintomas, sonhos, lapsos
e chistes.
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
 Segundo Freud (1915), sonhos são
fenômenos psíquicos onde realizamos
desejos inconscientes. O sonho é o
resultado de uma conciliação. Dorme-se
e, não obstante, vivencia-se a remoção
de um desejo. Satisfaz-se um desejo,
porém, ao mesmo tempo, continua-se a
dormir. Ambas as realizações são em
parte concretizadas e em parte
abandonadas.
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
 Na obra Teoria dos Sonhos, Freud postula que o
homem precisa dormir para descansar o corpo e,
principalmente, para sonhar: "o sonho é a
realização dos desejos reprimidos quando o
homem está consciente".
 Quando o homem dorme, a consciência "desliga-
se" parcialmente para que o inconsciente entre
em atividade, produzindo o sonho: através do id,
os desejos reprimidos são realizados.
 Para Freud, as causas dos traumas que geram
certos comportamentos tidos como anormais
estão escondidas no inconsciente das pessoas,
onde estão guardados os desejos reprimidos.
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
 Todo o material que compõe o sonho
procede de nossas experiências, daquilo
que foi por nós vivenciado na vigília. Este
material é recordado no sonho, embora
não seja imediatamente reconhecido
pelo sonhador como originário de suas
próprias experiências. Esta é uma das
características do conteúdo onírico
manifesto: a de ser experimentado pelo
sonhador como algo que lhe é estranho,
como se não fosse uma produção sua
(SIRONI, s.d.).
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
 A elaboração de um sonho, segundo Freud
(1915), ocorre porque “existe algo que não
quer conferir paz à mente. Um sonho, pois, é
a forma com que a mente reage aos
estímulos que a atingem no estado de sono”.
Alguns dos estímulos dos quais Freud fala
podem ser restos diurnos, sensações
fisiológicas. Outros estímulos podem ser os
pensamentos ocultos, inconscientes,
formados por desejos antigos, recalcados
pela censura do Superego – configurando-se
como o texto original do sonho.
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
O Método de Interpretar Sonhos (2°
capítulo)
 Interpretar um sonho é dar significado,
substituí-lo por algo que se ajuste à
cadeia dos atos mentais como um elo
que tenha validade e importância igual
aos restantes.
 1- Interpretação Simbólica
 2- Interpretação por Decifração
 3- Interpretação Científica
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
 Interpretação Simbólica: Considera-se o sonho como um todo
e procura-se substituí-lo por outro conteúdo integível e, em
certos aspectos, análogo ao origina: (ex: sonho do
Faraó).Depende da intuição do interpretador. Impossível de
ser ensinada

 Interpretação por Decifração: Cada elemento possui um


significado fixo e anteriormente estabelecido e que leva em
conta as características do sonhador (“Livro dos Sonhos”)

 Interpretação Científica
 Preparação Psicológica do paciente
 O conteúdo do sonho:- Aumentar a atenção que ele
dispensa à próprias percepções psíquicas;- Eliminar a crítica
pela qual ele filtra os pensamentos que lhe ocorrem;- Facilita
se ele estiver deitado e com os olhos fechados.- Não tomar o
sonho como um todo, e sim em parcelas isoladas;- Pedir
associações para cada parcela: “pensamentos de fundo”-
Justificativa: os sonhos são conglomerados de formações
psíquicas.
FREUD:
 Preâmbulo:Freud estava tratando uma pessoa amiga e não estava
satisfeito com o resultado do tratamento ;Em um encontro, sentiu-se
repreendido por um amigo em relação ao desfecho do tratamento;
Preparou uma defesa para seu mentor, amigo comum dos dois.
 Um grande salão – numerosos convidados, que estávamos a
receber. Entre eles estava Irma. Imediatamente, levei-a para um lado,
como se para responder a sua carta e repreendê-la por não haver
aceitado ainda minha ‘solução’. Disse-lhe o seguinte: ‘Se você ainda
sente dores, é realmente por culpa sua.’
 Respondeu: ‘Se o Sr. Pudesse imaginar que dores tenho agora na
garganta, no estômago e no abdome... Estão me sufocando...’Fiquei
alarmado e olhei para ela. Estava pálida e inchada. Pensei comigo
mesmo que, afinal de contas, deixara de localizar algum mal
orgânico.
 Levei-a até a janela e examinei lhe a garganta, tendo dado mostras
de resistência, como as mulheres com dentaduras postiças.
 Pensei comigo mesmo que realmente não havia necessidade de ela
fazer aquilo. Em seguida abriu a boca como devia e no lado direito
descobri uma grande placa branca; em outro lugar, localizei extensas
crostas cinza-esbranquiçadas sobre algumas notáveis estruturas
crespas e, evidentemente, estavam modeladas nos cornetos do nariz.
O SONHO ...
 Imediatamente chamei o Dr. M. e ele repetiu O exame e
confirmou-o... O Dr. M. tinha uma aparência muito
diferente da comum; estava muito pálido, claudicava e
tinha o queixo escanhoado...Meu amigo Otto estava
também agora de pé ao lado dela, e meu amigo Leopold
auscultava-lhe através do corpete e dizia: ‘Ela tem uma
área surda bem embaixo, à esquerda.’ Também indicou
que uma porção da pele no ombro esquerdo estava
infiltrada. (Notei isso, da mesma forma que ele, apesar do
vestido)...
 M. disse: ‘Não há dúvida que é uma infecção, mas não
tem importância; sobreviverá à disenteria e a toxina será
eliminada.’ ... Estávamos diretamente cônscios, também,
da origem da infecção. Não muito antes,quando ela não
estava se sentindo bem, meu amigo Otto aplicara-lhe uma
injeção de um preparado depropil, propilos... ácido
propiônico... Trimetilamina (e eu via diante de mim a
fórmula desse preparado em grossos caracteres)...
Injeções dessa natureza não devem ser feitas tão
impensadamente... E provavelmente a seringa não devia
estar limpa.
O SONHO DE FREUD :INJEÇÃO DE IRMA
 Separar o sonho em suas partes isoladas:
 O salão - A repreensão de Irma: a culpa - As
queixas de Irma - O aspecto de Irma - A
ansiedade de Freud com sua falha - O novo
exame na janela - O que foi encontrado: as
placas e os cornetos - A convocação do Dr.
M. para confirmação do exame - O aspecto
do Dr. M - .A presença dos amigos Otto e
Leopold - O reparo da pele do ombro e o
vestido de Irma - A fala diagnóstica do Dr. M.
(é uma infecção) e seus elementos - Otto dá
uma injeção - Os elementos químicos: propil,
propilos, ácido propiônico, trimetilamina - A
reprensão pela injeção e pela seringa estar
suja.

CONCLUSÕES DO SONHO:
 Conclusões Parciais: Freud não era o
responsável pela persistência das dores
de Irma, mas sim Otto (vingança pelas
críticas feitas em sua visita) e sua viuvez
(insinuação erótica à injeção dada por
Otto) Realizou o desejo de ser
inocentado pelo sentimento de fracasso
em várias situações de sua vida
(tratamentos, doença da mulher, morte
da filha, morte de um amigo pela
cocaína: elaboração uma culpa puxa a
outra) de culpas
CONCLUSÕES FINAIS:
 Conclusões Finais: Freud estava se achando
mal preparado para desempenhar as
funções que havia se proposto: ser marido,
ser pai e ser psicanalista.
 Seu desejo: ser libertado deste sentimento.
 Objetivo terapêutico: desenvolvimento do
ego.

Um Sonho é a Realização de
um Desejo (3° capítulo)
Tipos de desejos:
 Biológicos - Sociais e Culturais – Fome - sede -
sexo e sobrevivência (biológica epsicológica) -
Realização pessoal e seus equivalentes
compensatórios (fama, prestígio, poder, riqueza)

 Tipos de sonhos:

 Sonhos de Conveniência
 Sonhos de Elaboração
 Sonhos de Angústia: os desejos são apresentados
como realizados os desejos não são,
necessariamente, apresentados como realizados
angústia como sinal.

Os Conteúdos Latente e
Manifesto dos Sonhos
 Em “A Interpretação dos Sonhos” Freud
criou o termo conteúdo manifesto para
referir-se à experiência consciente
durante o sono, correspondendo ao
relato ou descrição verbal do sonho, ou
seja, aquilo que o sonhante diz lembrar.
Já o conteúdo latente corresponde às
idéias, impulsos, sentimentos reprimidos,
pensamentos e desejos inconscientes
que poderiam ameaçar a interrupção do
sono se aflorassem à consciência
claramente
CONTEÚDO LATENTE
 O conteúdo latente mostra-nos estruturas recalcadas que tentam
emergir. O conteúdo latente é o verdadeiro sonho, o conteúdo
manifesto é o que o sujeito conta, sendo um disfarce do verdadeiro
sonho.
 O trabalho de sonho ou elaboração onírica é a passagem do latente
ao manifesto. Basicamente podemos dizer que o conteúdo latente é
inconsciente e o conteúdo manifesto é consciente.
 Além disso, o conteúdo latente é algo semelhante a um impulso,
enquanto o conteúdo manifesto é uma imagem visual. Finalmente, o
conteúdo manifesto é uma fantasia que simboliza o desejo ou impulso
latente já satisfeito, isto é, trata-se de uma fantasia que consiste
essencialmente na satisfação do desejo ou do impulso latente. [1]
 Segundo Silva e Sanches (2011), o conteúdo latente do sonho é a
primeira parte do processo de sonhar formado por três componentes: I-
impressões sensoriais noturnas; II- pensamentos e idéias relacionadas às
atividades do dia (fragmentos do nosso cotidiano, antes de pegamos
no sono); III- impulsos do ID. São as impressões sensoriais do indivíduo
que se referem ao que os sentidos capturam mesmo durante o período
de dormência ( os barulhos ao seu redor; seus desejos, como beber
água, calor, frio, e etc.) tudo o que podemos adquirir nesse estágio se
refere ao conteúdo latente do sonho.
SONHO MANIFESTO
O Sonho manifesto não é senão,
portanto, nada mais que o resultado de
um conjunto de operações (o trabalho
do sonho) que transformam os seus
componentes, ou seja, transformam os
estímulos corporais, os restos diurnos, os
pensamentos do sonho, etc. O produto
final resultante de todas essas
transformações é, então, a experiência
onírica;
A Deformação dos Sonhos
(4° capítulo)
 Todo sonho é a realização de um desejo,
nos quais o desejo está, geralmente
disfarçado.
 Conteúdo: conjunto de significados a
que chega a análise
 Censura Onírica: é o que transforma os
pensamentos oníricos(conteúdo latente)
no conteúdo manifesto, acessível à
consciência
Distorção e a Elaboração
Onírica
 Segundo Garcia-Roza (1991), a distorção em que
é submetido o conteúdo do sonho é produto do
trabalho do sonho de não deixar passar algo
proibido, interditado pela censura. A censura
deforma os pensamentos latentes no trabalho do
sonho. Freud concebe a censura como uma
função que se exerce na fronteira entre os
sistemas inconsciente e pré-consciente, algo que
opera na passagem de um sistema para outro
mais elevado. Segundo Garcia-Roza, um
fragmento não é distorcido ao acaso, mas
imposto por uma exigência da censura, a
principal responsável pela deformação onírica,
apresentando o conteúdo manifesto
condensado, deslocado, simbolizado ou através
da elaboração secundária.
CONDENSAÇÃO
 “Acondensação designa o mecanismo
pelo qual o conteúdo manifesto do
sonho aparece como uma versão
abreviada dos pensamentos
latentes”. Garcia-Roza (2008)
DESLOCAMENTO
O processo de deslocamento de
intensidade psíquica é resultado da ação
de uma força psíquica que atuará em
dois sentidos: retirando a intensidade de
elementos que possuem alto valor
psíquico e criando, a partir de elementos
com baixo valor psíquico, novos valores
que vão penetrar no conteúdo dos
sonhos. Juntamente com o processo de
condensação, o deslocamento é um dos
fatores dominantes que determinam a
diferenciação entre o pensamento dos
sonhos e o conteúdo dos sonhos.
SONHOS:
 Sonhos de contra-desejos:
 Resistência ao processo terapêutico
 Transformação (defensiva) da atividade
em passividade
 Realização de desejos masoquistas
 Todo sonho é a realização (disfarçada)de
um desejo (suprimido ou reprimido).
NA PRÁTICA SOBRE NEUROSE E PSICOSE:
 Entende-se que toda a estruturação do sujeito é uma estruturação de defesa, para que
o sujeito não seja reduzido ao seu corpo, ao objeto de gozo do Outro (Calligaris, 1989).
Na psicose, trata-se de uma defesa contra a posição de indiferenciação em que o
sujeito se coloca em relação a outro, de modo que ele não teve em sua constituição a
experimentação da angústia da castração e não pode, assim, usar de um significante
principal (sujeito suposto saber) a partir do qual estabelecerá relação com os demais
pontos de sua rede de significantes. Na psicose, por não estar instaurada a função
paterna, o sujeito, diferentemente do neurótico, não organiza a sua rede de significantes
centrada em um ponto de referência, ou seja, o saber (sobre a Demanda imaginária do
Outro) não é externo ao sujeito (como na neurose, em que o saber é suposto ao pai);
assim, o saber encontra-se no próprio “eu psicótico”.
 Desse modo, se fizermos uma comparação entre a estruturação do sujeito neurótico e a
do sujeito psicótico, conforme proposto por Calligaris, veremos que na neurose o sujeito
tem a possibilidade de significação exatamente a partir desse significante central, do
saber suposto, estabelecendo por meio desse relação com os demais significantes.
Assim, a estrutura neurótica estaria representada por uma rede de significantes
orientada por um pólo central, ao qual é possível medir e organizar a relação com as
demais significações.
 Já para o psicótico, por não haver amarragem com um saber suposto, ele não
centralizará em um ponto a organização do seu saber e do seu mundo. Assim, a
circulação do sujeito psicótico se dará por uma rede não orientada, onde nenhum
ponto define o valor dos outros, sendo desse modo necessária a constante circulação
desse sujeito, para ele mesmo dar significação a cada significante, a qual será feita,
portanto, de forma errante.
A Perversão não

AUTISMO
divide-se em aparece nesse quadro
assim
ESQUISOFRENIA histeria como dificilmente
PARANÓIA e neurose aparece na análise
O mecanismo de defesa dessa psicanalítica. Isso
estrutura é conhecido como obsessiva. porque o perverso não
Foraclusão ou Forclusão, termo Seu mecanismo enxerga a angústia, ou,
desenvolvido por Lacan . de defesa é o pelo menos, não a
enxergar como advinda
recalque ou da perversão.
repressão. MECANISMO
DENEGAÇÃO
A PERSONALIDADE
 A personalidade de todos os indivíduos pode ser
compreendida por meio de três estruturas mentais. São elas:
Psicose, Neurose e Perversão.

 Psicose, Neurose e Perversão uma vez definida a


personalidade dentro de uma das estruturas, ela nunca
mudará, podendo apenas variar o grau de intensidade dos
sintomas específicos de cada uma. Isso quer dizer, ainda, que
uma estrutura exclui a outra: um indivíduo neurótico jamais
apresentará nenhum sintoma ligado a psicose, por exemplo.

 Um dos pontos essenciais quando se trata de compreender


essas estruturas mentais supracitadas é o seu funcionamento.
Cada uma delas possui, segundo Freud, uma mecanismo de
defesa específico. Esse mecanismo de defesa nada mais é do
que uma forma inconsciente que a mente do indivíduo
encontra para lidar com o sofrimento que advém do
Complexo de Édipo.


PSICOSE
 PSICOSE
 Na estrutura denominada Psicose, encontramos
ainda três subdivisões: paranoia, autismo e
esquizofrenia. O mecanismo de defesa dessa
estrutura é conhecido como Foraclusão ou
Forclusão, termo desenvolvido por Lacan.

 O psicótico encontraria fora de si tudo que exclui


de dentro. Nesse sentido, ele incluiria para fora os
elementos que poderiam ser internos. O problema
para o psicótico está sempre no outro, no
externo, mas nunca em si.

PSICOSE
 Na Paranoia, ou, Transtorno de Personalidade Paranoide, trata-
se do outro que o persegue. O sujeito sente-se perseguido,
vigiado e até mesmo atacado pelo outro. No Autismo, trata-se
do outro que quase não existe. Isola-se do outro e foge-se da
convivência e comunicação com o outro. Já na esquizofrenia,
o outro pode aparecer de inúmeras formas. O outro é o surto,
um estranho, um monstro ou qualquer outra coisa. No caso da
esquizofrenia, o que fica mais evidente é a dissociação
psíquica.
 Outra característica da Psicose é que, diferente do que
acontece com indivíduos com outras estruturas mentais, a
própria pessoa acaba revelando, ainda que de forma
distorcida, os seus sintomas e distúrbios.
 ALGUNS SINTOMAS DA PSICOSE
 Os sintomas podem variar de acordo com o paciente mas,
no geral, são sintomas voltados a mudanças no
comportamento do individuo, alguns são:
 Alterações de humor
 Confusão nos pensamentos
 Alucinações
 Mudanças repentinas nos sentimentos
NEUROSE
 Já a Neurose, por sua vez, divide-se em histeria e neurose obsessiva. Seu
mecanismo de defesa é o recalque ou repressão.
 Então, enquanto o psicótico encontra sempre fora de si o problema, e
acaba por revelar seus distúrbios, ainda que de forma distorcida, o neurótico
age da forma oposta.

 O conteúdo problemático é mantido em segredo. E não só para os outros,


mas para o próprio indivíduo que sente. O neurótico guarda dentro de si o
problema externo. É disso que se trata o recalque ou repressão.

 Portanto, para que alguns conteúdos fiquem recalcados ou reprimidos, a


neurose provoca no indivíduo uma cisão da psique. Tudo o que é doloroso é
recaldado e permanece obscuro, causando sofrimentos que o indivíduo mal
pode identificar – apenas sentir. Por não poder identificá-los a pessoa passa
a reclamar de outras coisas, de sintomas que sente (e não da causa).

 No caso da histeria, o indivíduo permanece dando voltas em torno de um


mesmo problema insolúvel. É como se a pessoa nunca conseguisse
encontrar a verdadeira causa de sua frustração, por isso as constantes
reclamações. É possível identifica ainda uma busca constante por um objeto
ou uma relação idealizada, na qual o indivíduo deposita aquela frustração
recalcada. Isso, logicamente, leva a mais frustrações.
PERVERSÃO
 O mecanismo de defesa específico da perversão é a
denegação. Ele poder ser compreendido através do
fetichismo.
 Freud coloca que muitos indivíduos que faziam análise
com ele apresentavam fetiches como algo que os traria
apenas prazer, algo até mesmo louvável. Esses indivíduos
nunca o procuravam para falar desse fetichismo, ele
aprecia apenas como uma descoberta subsidiária. Assim
se dá a denegação: a recusa em reconhecer um fato, um
problema, um sintoma, uma dor.
 PSICOSE, NEUROSE E PERVERSÃO – Uma outra perspectiva
 Outra forma de compreender e analisar a psicose, neurose
e perversão psíquicas apresentadas (Psicose, Neurose e
Perversão) é a partir do tipo de angústia específico de
cada uma delas. Nessa perspectiva incluímos ainda a
Depressão, que se relaciona com a Psicose. Haveria, por
exemplo, a Psicose Maníaco-depressiva – que é
atualmente chamada de Transtorno Bipolar.
ANGÚSTIA:
 No caso da Psicose, a angústia é a angústia da entrega.
Sua dor resultaria sempre do outro, de sua entrega ao
outro (Foraclusão). Essa forma de pensar é o que impede
que muitos psicóticos procurem análise ou terapia.
 Na Depressão, a angústia é a da realização. O indivíduo
não consegue se sentir bom o bastante para as próprias
expectativas. A melhora pessoal nunca é suficiente.
Podemos dizer, para sermos mais específicos, que a
angústia da depressão é a da auto realização. Resultaria
de uma ferida narcísica o sentimento de diminuição
pessoal.
 Na Histeria encontramos a angústia da permanência. O
desejo do indivíduo nunca permanece – há uma
mudança constante no objeto em que ele deposita sua
vontade. Por isso, a angústia é a angústia de permanecer
fixo em um lugar ou desejo único.
 Na Neurose Obsessiva identifica-se o oposto do que ocorre
na histeria: o desejo parece morto. A angústia seria
justamente a angústia de mudar, já que o indivíduo deseja
a permanência.

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