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APARELHO PSIQUICO E
TÉCNICA PSICANALÍTICA
EM FREUD
Professora Gloria Veiga
ZAP:21-996542747
PULSÃO =FORÇA CONSTANTE –ÍMPETO-
CONTORNO DO OBJETO
LIGADA AO OBJETO – AO DESEJO
AQUILO QUE INSTIGA
EGO (EU) –Se situa como representante dos interesses da totalidade da pessoa e é
investido de libido narcísica
Fase Oral
(Nascimento até 1 ano)
No primeiro estágio do desenvolvimento da personalidade, a libido é centrada na boca do bebê.
Ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de coisa em sua boca para satisfazer a libido.
Isso significa que nesta fase da vida, seus prazeres são orais ou orientados para a boca, como
sucção, mordida e amamentação.
Freud disse que a frustração em obter esta satisfação, ou a estimulação oral exagerada pode
levar a uma fixação oral mais tarde na vida.
As pessoas que podem ter esta “personalidade oral” seriam os fumantes, os roedores de unhas e
chupadores de polegar. Estas pessoas se envolvem em tais comportamentos orais,
principalmente quando estão sob estresse.
Obviamente, nem todos que têm este tipo de comportamento são “personalidades orais”. Como o
próprio Freud disse quando indagado se seu hábito de fumar charutos era uma atividade
simbólica:
Às vezes um charuto é apenas um charuto.
Sigmund Freud
FASE ORAL
É pela boca que começará a
provar e a conhecer o mundo. É
pela boca que fará sua primeira e
mais importante descoberta
afetiva: o seio. O seio é o primeiro
objeto de ligação infantil. É o
depositário de seus primeiros
amores e ódios (FREUD, 1905 apud
FIORI, 1981, p. 36).
FASE ORAL
Os lábios e a língua do bebê
tornam-se zona erógena pela
qual, ao sugar o leite, a
criança sente prazer em se
alimentar e desta forma, a
sensação prazerosa fica
associada à necessidade de
alimento.
FIXAÇÃO NA FASE ANAL- PRÁTICA:
Fase Anal-(1 a 3 anos)
Segundo Freud, nesta fase a libido se concentra no ânus, e a criança sente grande prazer em defecar.
A criança agora está plenamente consciente de que é uma pessoa por si só, e que seus desejos podem
colocá-la em conflito com as demandas do mundo exterior (ou seja, seu ego se desenvolveu).
Freud acreditava que esse tipo de conflito tende a surgir no treinamento do uso do vaso sanitário, no qual os
adultos impõem restrições sobre quando e onde a criança pode defecar.
A natureza desse primeiro conflito com a autoridade pode determinar o futuro relacionamento da criança com
todas as formas de autoridade.
O treinamento precoce ou rigoroso com o vaso sanitário pode levar a criança a se tornar uma personalidade
anal-retentiva.
Este tipo de personalidade é a que odeia a bagunça, é obsessivamente arrumada, pontual e respeitosa da
autoridade. Eles podem ser teimosos e rígidos no trato com o dinheiro e suas posses.
Tudo isso está relacionado ao prazer de segurar as fezes quando crianças. A mãe então insiste que a criança
se livre dessas fezes de modo adequado, colocando-a no vaso sanitário até que se aliviem!
A personalidade anal-expulsiva, por outro lado, passou por um regime liberal de treinamento do banheiro
durante o estágio anal.
Na idade adulta, o anal expulsivo é a pessoa que deseja compartilhar as coisas com você.
Eles gostam de doar coisas. Em essência, eles não estão retendo de si, mas expulsando e ‘compartilhando’ de
si com o mundo.
Interessante notar que, se essa liberalidade for demasiada, esta pessoa anal-expulsiva pode se tornar confusa,
desorganizada e rebelde.
FASE ANAL
Inversão da demanda: é a mãe que pede não o bebê.
A mãe, ao iniciar o treinamento de troninho da criança,
pede a ela suas fezes; mas para a criança as fezes são
partes do seu próprio corpo e são encaradas como
presentes, que elas podem dar ou negar ao Outro.
Interpretação Científica
Preparação Psicológica do paciente
O conteúdo do sonho:- Aumentar a atenção que ele
dispensa à próprias percepções psíquicas;- Eliminar a crítica
pela qual ele filtra os pensamentos que lhe ocorrem;- Facilita
se ele estiver deitado e com os olhos fechados.- Não tomar o
sonho como um todo, e sim em parcelas isoladas;- Pedir
associações para cada parcela: “pensamentos de fundo”-
Justificativa: os sonhos são conglomerados de formações
psíquicas.
FREUD:
Preâmbulo:Freud estava tratando uma pessoa amiga e não estava
satisfeito com o resultado do tratamento ;Em um encontro, sentiu-se
repreendido por um amigo em relação ao desfecho do tratamento;
Preparou uma defesa para seu mentor, amigo comum dos dois.
Um grande salão – numerosos convidados, que estávamos a
receber. Entre eles estava Irma. Imediatamente, levei-a para um lado,
como se para responder a sua carta e repreendê-la por não haver
aceitado ainda minha ‘solução’. Disse-lhe o seguinte: ‘Se você ainda
sente dores, é realmente por culpa sua.’
Respondeu: ‘Se o Sr. Pudesse imaginar que dores tenho agora na
garganta, no estômago e no abdome... Estão me sufocando...’Fiquei
alarmado e olhei para ela. Estava pálida e inchada. Pensei comigo
mesmo que, afinal de contas, deixara de localizar algum mal
orgânico.
Levei-a até a janela e examinei lhe a garganta, tendo dado mostras
de resistência, como as mulheres com dentaduras postiças.
Pensei comigo mesmo que realmente não havia necessidade de ela
fazer aquilo. Em seguida abriu a boca como devia e no lado direito
descobri uma grande placa branca; em outro lugar, localizei extensas
crostas cinza-esbranquiçadas sobre algumas notáveis estruturas
crespas e, evidentemente, estavam modeladas nos cornetos do nariz.
O SONHO ...
Imediatamente chamei o Dr. M. e ele repetiu O exame e
confirmou-o... O Dr. M. tinha uma aparência muito
diferente da comum; estava muito pálido, claudicava e
tinha o queixo escanhoado...Meu amigo Otto estava
também agora de pé ao lado dela, e meu amigo Leopold
auscultava-lhe através do corpete e dizia: ‘Ela tem uma
área surda bem embaixo, à esquerda.’ Também indicou
que uma porção da pele no ombro esquerdo estava
infiltrada. (Notei isso, da mesma forma que ele, apesar do
vestido)...
M. disse: ‘Não há dúvida que é uma infecção, mas não
tem importância; sobreviverá à disenteria e a toxina será
eliminada.’ ... Estávamos diretamente cônscios, também,
da origem da infecção. Não muito antes,quando ela não
estava se sentindo bem, meu amigo Otto aplicara-lhe uma
injeção de um preparado depropil, propilos... ácido
propiônico... Trimetilamina (e eu via diante de mim a
fórmula desse preparado em grossos caracteres)...
Injeções dessa natureza não devem ser feitas tão
impensadamente... E provavelmente a seringa não devia
estar limpa.
O SONHO DE FREUD :INJEÇÃO DE IRMA
Separar o sonho em suas partes isoladas:
O salão - A repreensão de Irma: a culpa - As
queixas de Irma - O aspecto de Irma - A
ansiedade de Freud com sua falha - O novo
exame na janela - O que foi encontrado: as
placas e os cornetos - A convocação do Dr.
M. para confirmação do exame - O aspecto
do Dr. M - .A presença dos amigos Otto e
Leopold - O reparo da pele do ombro e o
vestido de Irma - A fala diagnóstica do Dr. M.
(é uma infecção) e seus elementos - Otto dá
uma injeção - Os elementos químicos: propil,
propilos, ácido propiônico, trimetilamina - A
reprensão pela injeção e pela seringa estar
suja.
CONCLUSÕES DO SONHO:
Conclusões Parciais: Freud não era o
responsável pela persistência das dores
de Irma, mas sim Otto (vingança pelas
críticas feitas em sua visita) e sua viuvez
(insinuação erótica à injeção dada por
Otto) Realizou o desejo de ser
inocentado pelo sentimento de fracasso
em várias situações de sua vida
(tratamentos, doença da mulher, morte
da filha, morte de um amigo pela
cocaína: elaboração uma culpa puxa a
outra) de culpas
CONCLUSÕES FINAIS:
Conclusões Finais: Freud estava se achando
mal preparado para desempenhar as
funções que havia se proposto: ser marido,
ser pai e ser psicanalista.
Seu desejo: ser libertado deste sentimento.
Objetivo terapêutico: desenvolvimento do
ego.
Um Sonho é a Realização de
um Desejo (3° capítulo)
Tipos de desejos:
Biológicos - Sociais e Culturais – Fome - sede -
sexo e sobrevivência (biológica epsicológica) -
Realização pessoal e seus equivalentes
compensatórios (fama, prestígio, poder, riqueza)
Tipos de sonhos:
Sonhos de Conveniência
Sonhos de Elaboração
Sonhos de Angústia: os desejos são apresentados
como realizados os desejos não são,
necessariamente, apresentados como realizados
angústia como sinal.
Os Conteúdos Latente e
Manifesto dos Sonhos
Em “A Interpretação dos Sonhos” Freud
criou o termo conteúdo manifesto para
referir-se à experiência consciente
durante o sono, correspondendo ao
relato ou descrição verbal do sonho, ou
seja, aquilo que o sonhante diz lembrar.
Já o conteúdo latente corresponde às
idéias, impulsos, sentimentos reprimidos,
pensamentos e desejos inconscientes
que poderiam ameaçar a interrupção do
sono se aflorassem à consciência
claramente
CONTEÚDO LATENTE
O conteúdo latente mostra-nos estruturas recalcadas que tentam
emergir. O conteúdo latente é o verdadeiro sonho, o conteúdo
manifesto é o que o sujeito conta, sendo um disfarce do verdadeiro
sonho.
O trabalho de sonho ou elaboração onírica é a passagem do latente
ao manifesto. Basicamente podemos dizer que o conteúdo latente é
inconsciente e o conteúdo manifesto é consciente.
Além disso, o conteúdo latente é algo semelhante a um impulso,
enquanto o conteúdo manifesto é uma imagem visual. Finalmente, o
conteúdo manifesto é uma fantasia que simboliza o desejo ou impulso
latente já satisfeito, isto é, trata-se de uma fantasia que consiste
essencialmente na satisfação do desejo ou do impulso latente. [1]
Segundo Silva e Sanches (2011), o conteúdo latente do sonho é a
primeira parte do processo de sonhar formado por três componentes: I-
impressões sensoriais noturnas; II- pensamentos e idéias relacionadas às
atividades do dia (fragmentos do nosso cotidiano, antes de pegamos
no sono); III- impulsos do ID. São as impressões sensoriais do indivíduo
que se referem ao que os sentidos capturam mesmo durante o período
de dormência ( os barulhos ao seu redor; seus desejos, como beber
água, calor, frio, e etc.) tudo o que podemos adquirir nesse estágio se
refere ao conteúdo latente do sonho.
SONHO MANIFESTO
O Sonho manifesto não é senão,
portanto, nada mais que o resultado de
um conjunto de operações (o trabalho
do sonho) que transformam os seus
componentes, ou seja, transformam os
estímulos corporais, os restos diurnos, os
pensamentos do sonho, etc. O produto
final resultante de todas essas
transformações é, então, a experiência
onírica;
A Deformação dos Sonhos
(4° capítulo)
Todo sonho é a realização de um desejo,
nos quais o desejo está, geralmente
disfarçado.
Conteúdo: conjunto de significados a
que chega a análise
Censura Onírica: é o que transforma os
pensamentos oníricos(conteúdo latente)
no conteúdo manifesto, acessível à
consciência
Distorção e a Elaboração
Onírica
Segundo Garcia-Roza (1991), a distorção em que
é submetido o conteúdo do sonho é produto do
trabalho do sonho de não deixar passar algo
proibido, interditado pela censura. A censura
deforma os pensamentos latentes no trabalho do
sonho. Freud concebe a censura como uma
função que se exerce na fronteira entre os
sistemas inconsciente e pré-consciente, algo que
opera na passagem de um sistema para outro
mais elevado. Segundo Garcia-Roza, um
fragmento não é distorcido ao acaso, mas
imposto por uma exigência da censura, a
principal responsável pela deformação onírica,
apresentando o conteúdo manifesto
condensado, deslocado, simbolizado ou através
da elaboração secundária.
CONDENSAÇÃO
“Acondensação designa o mecanismo
pelo qual o conteúdo manifesto do
sonho aparece como uma versão
abreviada dos pensamentos
latentes”. Garcia-Roza (2008)
DESLOCAMENTO
O processo de deslocamento de
intensidade psíquica é resultado da ação
de uma força psíquica que atuará em
dois sentidos: retirando a intensidade de
elementos que possuem alto valor
psíquico e criando, a partir de elementos
com baixo valor psíquico, novos valores
que vão penetrar no conteúdo dos
sonhos. Juntamente com o processo de
condensação, o deslocamento é um dos
fatores dominantes que determinam a
diferenciação entre o pensamento dos
sonhos e o conteúdo dos sonhos.
SONHOS:
Sonhos de contra-desejos:
Resistência ao processo terapêutico
Transformação (defensiva) da atividade
em passividade
Realização de desejos masoquistas
Todo sonho é a realização (disfarçada)de
um desejo (suprimido ou reprimido).
NA PRÁTICA SOBRE NEUROSE E PSICOSE:
Entende-se que toda a estruturação do sujeito é uma estruturação de defesa, para que
o sujeito não seja reduzido ao seu corpo, ao objeto de gozo do Outro (Calligaris, 1989).
Na psicose, trata-se de uma defesa contra a posição de indiferenciação em que o
sujeito se coloca em relação a outro, de modo que ele não teve em sua constituição a
experimentação da angústia da castração e não pode, assim, usar de um significante
principal (sujeito suposto saber) a partir do qual estabelecerá relação com os demais
pontos de sua rede de significantes. Na psicose, por não estar instaurada a função
paterna, o sujeito, diferentemente do neurótico, não organiza a sua rede de significantes
centrada em um ponto de referência, ou seja, o saber (sobre a Demanda imaginária do
Outro) não é externo ao sujeito (como na neurose, em que o saber é suposto ao pai);
assim, o saber encontra-se no próprio “eu psicótico”.
Desse modo, se fizermos uma comparação entre a estruturação do sujeito neurótico e a
do sujeito psicótico, conforme proposto por Calligaris, veremos que na neurose o sujeito
tem a possibilidade de significação exatamente a partir desse significante central, do
saber suposto, estabelecendo por meio desse relação com os demais significantes.
Assim, a estrutura neurótica estaria representada por uma rede de significantes
orientada por um pólo central, ao qual é possível medir e organizar a relação com as
demais significações.
Já para o psicótico, por não haver amarragem com um saber suposto, ele não
centralizará em um ponto a organização do seu saber e do seu mundo. Assim, a
circulação do sujeito psicótico se dará por uma rede não orientada, onde nenhum
ponto define o valor dos outros, sendo desse modo necessária a constante circulação
desse sujeito, para ele mesmo dar significação a cada significante, a qual será feita,
portanto, de forma errante.
A Perversão não
AUTISMO
divide-se em aparece nesse quadro
assim
ESQUISOFRENIA histeria como dificilmente
PARANÓIA e neurose aparece na análise
O mecanismo de defesa dessa psicanalítica. Isso
estrutura é conhecido como obsessiva. porque o perverso não
Foraclusão ou Forclusão, termo Seu mecanismo enxerga a angústia, ou,
desenvolvido por Lacan . de defesa é o pelo menos, não a
enxergar como advinda
recalque ou da perversão.
repressão. MECANISMO
DENEGAÇÃO
A PERSONALIDADE
A personalidade de todos os indivíduos pode ser
compreendida por meio de três estruturas mentais. São elas:
Psicose, Neurose e Perversão.
PSICOSE
PSICOSE
Na estrutura denominada Psicose, encontramos
ainda três subdivisões: paranoia, autismo e
esquizofrenia. O mecanismo de defesa dessa
estrutura é conhecido como Foraclusão ou
Forclusão, termo desenvolvido por Lacan.