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Complexo de Édipo
CRIANÇAS – 2020.1
PROFESSORA – ELIANE DE
AUGUSTINIS
A PULSÃO
A pulsão sexual tem por objetivo atingir o prazer. A pulsão está relacionada a realidade
psíquica, aos traços das experiências deixadas no inconsciente. A pulsão é um impulso que
Freud traduziu como desejo. As fantasias são movidas pelo desejo, portanto, pela pulsão e
que não tem um único objeto a ser atingido.
Freud transforma o corpo biológico em corpo erógeno. Onde era instinto (puramente biológico)
surge a pulsão. Quando falamos de desejo e pulsão, não temos mais um objeto preestabelecido
que satisfaça a pulsão.
FASE FÁLICA – Essa fase apresenta um objeto sexual e alguma divergência dos impulsos sexuais
sobre esse objeto. O que distingue fundamentalmente da fase genital madura é que nela a
criança reconhece apenas um órgão genital: o masculino. Nela a oposição entre os sexos é
caracterizada pela castração, isto é, pela distinção fálico-castrado. Desde “Os Três ensaios da
sexualidade (1905) Freud já sustenta a tese de que:
a) A libido é “de natureza masculina, tanto na mulher como no homem”;
b) “a zona erógena diretriz da criança do sexo feminino é localizada no clitóris, que é
homólogo da zona genital masculina (glande)”.
SOBRE AS TEORIAS SEXUAIS DAS CRIANÇAS (1908).
A FÁBULA DA CEGONHA É UMA DAS TEORIAS SEXUAIS DA CRIANÇA?
NÃO! CLARO QUE NÃO! A CRIANÇA NÃO ACREDITA NESSA BESTEIRA QUE CONTAM PARA ELA E
OBSERVA OS BICHOS E PERCEBE QUE TEM ALGUMA SEMELHANÇA. TENDO DESCOBERTO QUE OS
BEBÊS CRESCEM NA BARRIGA DAS MÃES, A CRIANÇA ESTARIA PERTO DE SOLUCIONAR O
PROBLEMA. NO ENTANTO, NÃO CHEGA A DESCOBRIR PORQUE FALSAS TEORIAS SÃO IMPOSTAS
POR SUA PRÓPRIA SEXUALIDADE.
PRIMEIRA TEORIA – SE
REFERE A SEGUNDA TEORIA – O
UNIVERSALIDADE DO NASCIMENTO PELA
PÊNIS. ELA DÁ ORIGEM CLOACA. A IGNORÂNCIA
AO COMPLEXO DE A RESPEITO DA VAGINA
CASTRAÇÃO NA LEVA A CRIANÇA A
OCASIÃO DA IMAGINAR QUE OS BEBÊS
PERCEPÇÃO DOS SERIAM EVACUADOS
ÓRGÃOS GENITAIS COMO EXCREMENTOS.
FEMININOS. TERCEIRA TEORIA – A
CONCEPÇÃO SÁDICA DO
COITO – O ATO SEXUAL É
CONCEBIDO COMO UMA
VIOLÊNCIA E ESTÁ
RELACIONADA AO
SADISMO INFANTIL.
O COMPLEXO DE CASTRAÇÃO
• Um único pensamento de valor genérico revelou-se a mim. Verifiquei, também no meu caso,
a paixão pela mãe e o ciúme do pai, e agora considero isso como um evento universal do
início da infância (...) Sendo assim, podemos entender a força avassaladora de Oedipus Rex
(...) a lenda grega capta uma compulsão que toda pessoa reconhece porque sente sua
presença dentro de si mesma. Cada pessoa da platéia foi, um dia, em germe ou na
fantasia, exatamente um Édipo como esse, e cada qual recua, horrorizada, diante da
realização de sonho aqui transposta para a realidade, com toda a carga de recalcamento
que separa seu estado infantil do seu estado atual. (Freud, 1897/1996, p. 316)
Complexo de Édipo
FORMA
AMOR AO GENITOR DO NEGATIVA DO
MESMO SEXO E ÓDIO AO COMPLEXO DE
GENITOR DO SEXO OPOSTO ÉDIPO
A angústia de castração
OS DESTINOS DO COMPLEXO
DE CASTRAÇÃO SÃO
DIFERENCIADOS NO MENINO
E NA MENINA.
A BISSEXUALIDADE CONSTITUCIONAL
DESCOBRIU A ARTICULAÇÃO
ENTRE:
COMPLEXO COMPLEXO
DE ÉDIPO DE
CASTRAÇÃO
PRIMAZIA DO FALO
SEXUALIDADE
INFANTIL
AUSÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO
PSÍQUICA DO SEXO FEMININO.
A DIFERENÇA SEXUAL SE DÁ EM
TORNO DE TER OU NÃO O FALO
O COMPLEXO DE ÉDIPO NO MENINO
O MENINO VÊ QUE
A MENINA NÃO
A FALTA DE PÊNIS É
TEM O PÊNIS E ENTENDIDA COMO
ACREDITA QUE CASTRAÇÃO E CORRE
AINDA VAI O RISCO DE SER
CASTRADO TAMBÉM
CRESCER, OU FOI
RETIRADO
O COMPLEXO DE ÉDIPO NO MENINO
ENTRA DA DO
PERÍODO DE
LATÊNCIA
O ÉDIPO NA MENINA
SIGNIFICANTE PRIVILEGIADO,
SIGNIFICANTE DA FALTA
ELEMENTO TERCEIRO NA
RELAÇÃO DA CRIANÇA COM A
MÃE
A CASTRAÇÃO É SIMBÓLICA
Primeiro tempo - "Ser ou não ser o falo" - a criança ainda está fusionada à mãe e o pai é excluído.
Relação dual mãe-bebê onde a criança está assujeitada ao desejo da mãe, identificada ao seu
objeto de desejo. A criança é colocada em situação de se fazer objeto do que é suposto faltar à
mãe. O objeto de desejo da mãe suscetível de preencher a falta é o falo, no nível simbólico,
preenche o vazio que marca a incompletude humana. Para que a criança não fique no lugar de
falo é preciso que o pai apareça como representante efetivo do lugar onde o falo é dado à mãe
enquanto significante de seu desejo.
Segundo tempo – ‘”Ter ou não ter o falo”. Caracteriza-se pela intervenção do pai. A criança vê o
pai como um falo rival junto à mãe. O que o pai interdita é a satisfação incestuosa, ou seja, ele
introduz a referência à lei da proibição do incesto. A criança é forçada não apenas a não ser o
falo, como também a não tê-lo, como a mãe, incidindo aí o complexo de castração.
Terceiro tempo – “Ter ou não ter o dom”. Marca o declínio do Édipo pela simbolização da lei,
representada pela função paterna. O pai sai da condição de falo rival da criança junto à mãe e
passa à condição de suposto detentor do falo, daquele que detém o objeto do desejo da mãe.
Portanto, trata-se agora do reconhecimento da castração do pai, o que implica a transformação
dopai onipotente em pai potente: o pai não tem o falo, mas tem alguma coisa com valor de dom”.
O menino se identifica com as insígnias do pai.