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A morte em vida do neurótico obsessivo

Julio Cesar Lemes de Castro1

A rigor, o conceito de neurose obsessiva é uma novidade introduzida por Freud.

Mencionado em sua correspondência desde 1894, o termo vem a lume em “Hereditariedade e

a etiologia das neuroses”, publicado (originalmente em francês) em 1896 (FREUD, 1976b, p.

168). Coincidentemente, é nesse mesmo artigo que nos deparamos com a primeira ocorrência

impressa da palavra “psicanálise” (ibid., p. 174).

Em suas primeiras reflexões, Freud postula que em sua origem a neurose obsessiva

está associada a uma vivência precoce da sexualidade, na qual a participação da criança tem

algo de ativo, no sentido de que as sensações primárias que ela experimenta são agradáveis

(ibid., p. 178). Trata-se, de todo modo, de um gozo excessivo para os padrões infantis, e

portanto de uma experiência traumática. Não é um trauma induzido a partir do mundo

externo, via sedução por um adulto, por exemplo; na verdade, a criança experimenta as

sensações sexuais em si mesmas como se viessem do exterior, na medida em que não tem

responsabilidade nem controle sobre elas (daí porque se pode falar num núcleo histérico – no

sentido de passividade – da obsessão). Tal experiência torna-se o paradigma da relação do

obsessivo com o objeto de desejo, encarado invariavelmente, daí em diante, como fonte

potencial de demasiada satisfação e por conseguinte como algo a ser eludido. O que fora

vivido como prazer retorna como desprazer: sentindo-se responsável pela sensação excessiva

de gozo, o obsessivo nutre sentimentos de culpa e vergonha. A forte atração pelo gozo

mescla-se à defesa contra ele. O trauma inicial é recalcado e os afetos a ele conectados

deslocam-se para um sucedâneo da representação original, em geral algo trivial (FREUD,

1
Pesquisador de pós-doutorado em Psicologia Social no Instituto de Psicologia da USP, com bolsa FAPESP.
1976a, p. 90). O fenômeno de deslocamento, aqui, é análogo ao que ocorre no sonho. É a

ideia substituta, deformação do conteúdo original, que se torna obsessiva.

Em 1926, Freud relaciona a defesa contra o desejo embutida na escolha da neurose

obsessiva a um desdobramento específico a partir da superação do complexo de Édipo. Para

tanto, ele lança mão da segunda tópica, proposta três anos antes. No período de latência (que

se segue à fase edipiana), em condições normais, cria-se ou consolida-se o supereu e erigem-

se barreiras éticas e estéticas no eu. O objetivo é o de desviar as exigências libidinais,

especialmente a tentação à masturbação. Portanto, a latência envolve um abrandamento da

libido. A particularidade da neurose obsessiva é que ela consiste numa forma excessiva de

levar adiante esse processo: nela “verifica-se uma degradação regressiva da libido, o supereu

torna-se excepcionalmente severo e rude, e o eu, em obediência ao supereu, produz fortes

formações reativas sob a forma de consciência, piedade e asseio” (FREUD, 1976c, p. 138). A

regressão da libido consiste no fato de que, embora a organização fálica já tenha sido

alcançada, persistem ideias anal-sádicas, correspondentes a um estágio anterior do

desenvolvimento sexual. Instala-se então uma dinâmica sado-masoquista entre o supereu e o

eu. Os sintomas desenvolvidos pelo obsessivo, ao mesmo tempo que cumprem finalidades

defensivas, proporcionam ademais uma satisfação substitutiva. O gozo combatido insinua-se

pois nos próprios dispositivos que visam combatê-lo, processo “que se aproxima cada vez

mais de um fracasso completo da finalidade original de defesa” (ibid., p. 141). Surgem novos

dispositivos de defesa, igualmente votados ao fracasso por conta da natureza obscena do

supereu, num processo sem fim. Resulta daí “um eu extremamente restringido, que fica

reduzido a procurar satisfação nos sintomas” (ibid., p. 141).

Em termos lacanianos, na fase edipiana o que se espera em princípio é que o menino

passe da condição de ser o falo (imaginário, φ) da mãe à de ter o falo (simbólico, Φ) a partir
da identificação com o pai. No obsessivo, algo falha nesse processo, e ele fica, num plano

inconsciente, preso à identificação com o falo, sem lograr possuí-lo. É o que comenta Lacan

(1966, p. 632) a propósito de um paciente obsessivo seu: “Para nosso paciente, de nada serve

ter esse falo, já que seu desejo é de sê-lo”. Há, portanto, na neurose obsessiva, uma

dificuldade em sustentar o falo simbólico:

No fundo da experiência do obsessivo, há sempre o que eu chamarei um certo medo de


murchar, em relação com a inflação fálica. De uma certa maneira, a função Φ do falo não
poderia ser melhor ilustrada nele que pela fábula da rã que quer fazer-se tão grande quanto o
boi (LACAN, 2001, p. 306).
Se o falo funciona como “significante do desejo do Outro” (LACAN, 1966, p. 694) –

e por tabela de seu próprio desejo – e como “significante do gozo” (ibid., p. 823), não possuir

o falo quer dizer que o acesso do sujeito ao desejo e ao gozo é obstaculizado.”O que, em seus

percursos diversos e em todos os seus meandros, indica e significa o comportamento do

obsessivo é que ele se regra sempre para evitar o que o sujeito vê, com frequência muito

claramente, como a meta e o fim de seu desejo” (LACAN, 1986, p. 67). É esse aspecto

evasivo que mais sobressai nele:

Quando vemos um obsessivo bruto, no estado de natureza, tal como ele nos chega ou parece
nos chegar através das observações publicadas, encontramos alguém que nos fala acima de
tudo com todo tipo de impedimentos, de inibições, de barragens, de temores, de dúvidas, de
interdições (LACAN, 1998, p. 411).
O que o obsessivo teme é ser eclipsado pelo gozo, apagar-se como sujeito. “Há

portanto no obsessivo esse temor da afânise que sublinha Jones” (LACAN, 2001, p. 306). O

termo “afânise”, que significa desaparecimento em grego, foi introduzido na psicanálise, por

Ernest Jones, para designar o desaparecimento do desejo sexual. Em Lacan (1973, p. 189),

ele acaba assumindo outra acepção: o de desaparecimento ou fading do sujeito. Essa ameaça

é especialmente premente no caso do obsessivo: “Se a neurose está relacionada ao nível da

existência, ela o está de maneira mais dramática ainda na neurose obsessiva, em que se trata

não somente da relação do sujeito a seu sexo, mas ao fato mesmo de existir” (LACAN, 1994,
p. 391). De acordo com Lacan (1981, p. 196), “a estrutura de uma neurose é essencialmente

uma questão”; para o obsessivo, a questão central é fundamentalmente existencial e pode ser

resumida assim: “Estou vivo ou morto?”

Que fatores levam às distorções verificadas no desenlace do complexo de Édipo no

obsessivo? Para Lacan, o obsessivo tem como pai alguém que não se revela à altura de seu

papel. O tema aparece em “O mito individual do neurótico”, de 1953, que se debruça sobre o

caso do Homem dos Ratos, o mais famoso paciente obsessivo de Freud: “O pai foi suboficial

no início de sua carreira, e continuou bastante ‘suboficial’, com a nota de autoridade, mas um

pouco derrisória, que isso comporta. Uma certa desvalorização o acompanha de maneira

permanente na estima de seus contemporâneos” (LACAN, 1979, p. 295). Dois eventos

percebidos como falhas do pai são replicados na vida do paciente e adquirem grande

importância no agravamento de seus sintomas: o fato de ele não ter reembolsado um colega

militar que liquidara sua dívida de jogo, e o fato de ele não se ter casado com uma moça que

o atraíra por ela ser pobre. O malogro de uma relação simbólica, mediada, com o pai, abre

espaço para uma relação imaginária, de rivalidade, com outrem.

Em todo obsessivo, homem ou mulher, vocês veem aparecer sempre em um momento de sua
história o papel essencial da identificação ao outro, um semelhante, um camarada, um irmão
um pouco mais velho, um camarada contemporâneo, que, em todos os casos, tem para ele o
prestígio de ser mais viril, de ter a potência. O falo aparece aqui não sob sua forma simbólica,
mas imaginária (LACAN, 1998, p. 487).
É o caso do capitão cruel para o Homem dos Ratos. Ou do pai da horda primordial, enquanto

vive: “Totem e Tabu é um produto neurótico (...). É ao testemunho que o obsessivo contribui,

com sua estrutura, para que a relação sexual se revele como impossível de formular no

discurso que devemos o mito de Freud” (LACAN, 2006, p. 161).

Para defender-se da percepção do gozo como algo excessivo, a obsessão apela a um

“desejo impossível” (LACAN, 2001, p. 429). Na verdade, em qualquer objeto do desejo

humano há um aspecto de impossibilidade. “O que caracteriza o obsessivo é que ele enfatiza


o encontro com essa impossibilidade. Dito de outro modo, ele arranja as coisas para que o

objeto de seu desejo adquira valor essencial de significante dessa impossibilidade” (LACAN,

1958-1959, 22 de abril de 1959). O desejo impossível pode assumir a forma de duas atitudes

distintas em relação ao objeto. Elas manifestam-se exemplarmente em relação às mulheres,

que passam a ser divididas em dois grupos a partir do final da fase edipiana: a mãe, que se

torna inacessível, e todas as demais. De um lado há a idealização do objeto do desejo, tendo a

mulher santa e pura como modelo, e de outro a neutralização dele, tendo a prostituta como

modelo. “Toda a esfera do amor, nessas pessoas, permanece dividida em duas direções

personificadas na arte do amar tanto sagrada tanto profana” (FREUD, 1970, p. 166). No caso

do Homem dos Ratos, a polaridade é entre “mulher rica ou mulher pobre” (LACAN, 1979, p.

300). Não é por acaso que a atitude diante da mulher funciona como parâmetro na obsessão:

o papel ativo da criança na experiência originária de gozo já sugeria a Freud (1976b, p. 178)

que o obsessivo em geral é do sexo masculino.

Para evitar a afânise e realçar o aspecto impossível do desejo, o obsessivo tende a

tratar suas parceiras como objetos intercambiáveis. A equivalência entre os objetos é

claramente indicada no lado direito do matema que, no Seminário VIII, Lacan (2001, p. 299)

propõe para a obsessão: A  φ (a, a’, a’’, a’’’,...). Outra forma de evitar a afânise e realçar o

aspecto impossível do desejo é amar alguém que seja inacessível, ou esperar de eventuais

parceiros a adequação a requisitos demasiado restritos. Idealizar alguém é também objetificá-

lo, fazendo vistas grossas a sua verdadeira natureza, a suas imperfeições, e comprometendo

com isso sua humanidade. Trata-se aqui de neutralizar o desejo do Outro, como forma de

neutralizar seu próprio desejo. Qualquer indício do desejo do Outro intimida o obsessivo, que

evita o encontro com ele: o “desejo no Outro (...), no obsessivo, é essencialmente recalcado”

(LACAN, 2004, p. 338). O obsessivo supõe um gozo insuportável no Outro, do qual é


preciso protegê-lo, tal como ele próprio se protege do gozo. É o caso clássico do moralista

que, debatendo-se com seu próprio desejo, prolonga seus esforços ao engajar-se na

fiscalização do comportamento alheio.

A inibição do obsessivo, sua evitação do desejo, não implica em inação. Desde cedo

se instala no obsessivo uma compulsão para executar determinados rituais e regras, que ele

próprio concebe e adota, e em torno dos quais sua vida passa a estruturar-se. A função deles é

evitar o encontro do obsessivo com seu próprio desejo e, por conseguinte, prevenir o gozo.

Rituais e regras são variantes da lei, impõem um sacrifício destinado a negar o desejo e o

gozo perante o Outro. A compulsão do obsessivo pode encarnar-se numa atividade

incessante, como a dedicação ao trabalho dos workaholics. Numa análise do filme Vestígios

do dia (The remains of the day, direção de James Ivory, 1993), Salecl (1996, p. 184) mostra

como o mordomo Stevens, personagem interpretado por Anthony Hopkins, exemplifica o

típico obsessivo. Durante toda a sua vida, Stevens trabalha na casa de Lord Darlington,

devotando-se integralmente a sua profissão e sacrificando suas relações afetivas. Mesmo a

aparente dialética entre trabalho e tempo livre mascara o inevitável sacrifício do último: “No

obsessivo, o trabalho é poderoso, sendo levado a cabo para liberar o tempo do grande véu que

será aquele das férias – e a passagem das férias se revela habitualmente como mais ou menos

perdida” (LACAN, 1998, p. 418). Os momentos de lazer do obsessivo tendem a obedecer à

lógica da produtividade, na medida em que os planeja metodicamente e tenta aproveitar ao

máximo as oportunidades, preenchendo todas as brechas de tempo e deslocando-se

constantemente. Esse movimento frenético do obsessivo gera uma impressão de ubiquidade:

“Quando ele tenta sair de sua posição emboscada de objeto oculto, é necessário que ele seja o

objeto de nenhum lugar. De onde essa espécie de avidez quase feroz no obsessivo, de ser

aquele que está em toda parte para não estar justamente em nenhuma” (LACAN, 1961-1962,
21 de março de 1962). Ou seja, para evitar o ato como materialização do desejo, multiplica-se

o movimento, mas trata-se de um movimento que não permite ao sujeito sair do lugar.

Podemos ilustrar o duplo aspecto de produtividade e sacrifício que permeia a atividade do

obsessivo com um verso do poeta chinês Li Shang-Yin (?812-858), na bela tradução de

Haroldo de Campos (1977, p. 146): “Bichos-da-seda se obsedam até a morte com seu fio”.

Aqui,”fio” ao mesmo tempo indica o produto do bicho-da-seda e faz referência ao fio da

vida: um mesmo movimento tem como faces simétricas a produção do fio de seda e o

consumo do fio vital, tal como no obsessivo a ação anda de mãos dadas com uma

desvitalização do sujeito.

O obsessivo é o escravo que aguarda, paciente e resignadamente, a morte do senhor

para libertar-se de suas obrigações e ocupar o lugar deste – noutras palavras, ele aguarda a

morte do senhor para enfim poder gozar. “Que espera o obsessivo? A morte do senhor. De

que lhe serve essa espera? Ela interpõe-se entre ele e a morte. Quando o senhor estiver morto,

tudo começará” (LACAN, 1975, p. 315). À espera da morte do senhor, o obsessivo

procrastina. Procrastinar (que vem do latim “cras”, amanhã) implica evitar a todo custo o

encontro com seu desejo, entendido como um risco fatal que a cada momento se recoloca e

precisa ser eludido: “Para o obsessivo, a morte é um ato falhado” (LACAN, 1974-1975, 18

de fevereiro de 1975) – pode-se entender aqui que a morte é evitada via procrastinação, que o

obsessivo morre aos poucos para evitar a morte. Sua postura é a de não correr riscos, evitar

tomar decisões, suspender a ação, aguardar o momento ideal que nunca chega: “É sempre

para amanhã que o obsessivo reserva o compromisso com seu verdadeiro desejo” (LACAN,

1958-1959, 10 de junho de 1959). Enquanto isso, ele é bem-comportado, cumpre suas

obrigações, não se revolta. Sua performance intelectual faz as vezes de conteúdo erótico.

Nesse jogo seu desejo está excluído, ele finge-se de morto:


O que é um obsessivo? É em suma um ator que desempenha seu papel e executa um certo
número de atos como se ele estivesse morto. O jogo ao qual ele se dedica é uma maneira de
colocar-se ao abrigo da morte. É um jogo vivo que consiste em mostrar que ele é invulnerável
(LACAN, 1994, p. 27).
Ao mesmo tempo em que encena esse jogo para o Outro, o obsessivo também se coloca no

lugar do Outro, de onde se vê jogando. Ou seja, nesse jogo “ele mesmo não é mais que um

espectador, a própria possibilidade do jogo e o prazer que ele tem nele residem aí” (ibid., p.

27). Na prática, ele transfere o gozo para o Outro (como aquele que vive para deixar uma

obra e/ou um nome para a posteridade) ou, mais provavelmente, para a versão degradada

dele, seu dublê ou rival, o substituto imaginário do pai. De toda forma, enquanto alguém

responsável por suas ações, ele não goza. “Tomem o obsessivo, e olhem efetivamente o que

se passa no fim de seus comportamentos complicados: não é ele quem goza” (LACAN, 1958-

1959, 17 de junho de 1959).

O que o obsessivo não percebe, entretanto, é que o senhor já está morto, e que por

conseguinte a espera é vã e o sacrifício inútil:

A história fundamental do obsessivo é que ele está inteiramente alienado em um senhor, cuja
morte espera, sem saber que este já está morto, de modo que não pode dar um passo. (...)
Quanto mais coisas ele se concede, mais é ao outro, a esse morto, que as concede, e se acha
eternamente privado de toda espécie de gozo da coisa (LACAN, 1978, p. 253).
O obsessivo tampouco percebe que ao Outro “o une a mediação da morte” (LACAN, 1966, p.

304): alienando-se ao Outro, procrastinando à espera da morte do Outro, fingindo-se de

morto, ele já está, de fato, morto. “À medida que ele tenta, nas vias que lhe são propostas,

aproximar-se do objeto, seu desejo se amortece, até chegar à extinção, à desaparição”

(LACAN, 1998, p. 411-412). Ele troca a vida, representada pelo desejo e pelo gozo, por

rituais e interdições automatizados e internalizados que fazem dele uma espécie de robô ou

de zumbi.

Não somente a obra do sujeito lhe é extorquida por um outro, o que é a relação constituinte de
todo trabalho, mas o reconhecimento pelo sujeito de sua própria essência em sua obra, onde
esse trabalho encontra sua razão, não lhe escapa menos, pois ele mesmo ‘não está aí’, ele está
no momento antecipado da morte do senhor, a partir da qual ele viverá, mas esperando a qual
ele se identifica ao senhor como morto, por conta do que ele próprio já está morto (LACAN,
1966, p. 314).
Na sua procrastinação, o obsessivo termina por perder irremediavelmente o bonde do desejo,

ele “antecipa sempre muito tarde”, chega sempre depois da “hora da verdade” (LACAN,

1958-1959, 15 de abril de 1959).

Renúncia ao gozo, transferência do gozo para o Outro, expectativa de gozo futuro, de

toda forma, secretam por si mesmas uma modalidade oblíqua de gozo, que em última análise

é o que sustém o obsessivo em sua posição.

Referências

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