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Estruturas Clínicas

Neurose, Psicose e
Perversão
Lacan do Zero - Prof. Me. Saulo Durso Ferreira
Diagnóstico Psicanalítico
O paradoxo: EP = A <————> EP#A
Três funções das Entrevistas Preliminares
1- A função Sintomal
2- A função Diagnóstica
3- A função transferencial
Função Sintomal

A demanda em análise não deve ser aceita em estado bruto, e


sim questionada

O sintoma será questionado pelo analista, que procurará saber a


que esse sintoma está respondendo, que gozo esse sintoma vem
delimitar

Do significado ao significante

Sintoma analítico - divisão do sujeito

$/a———> S1/S2 (Discurso da Histeria)


Função Diagnóstica

A partir do simbólico que se pode fazer o diagnóstico.

A linguagem ao pé da letra (imaginária) ou o duplo


sentido da linguagem: mal entendido e mal intencionado

O que importa? O Outro, o falo ou o corpo próprio?

Sintoma, fetiche ou delírio/alucinação?

Um Outro para se submeter ou frustrar?


Já são conhecidas as delirantes criações dos
paranóicos, que têm por conteúdo a grandeza
e os sofrimentos do próprio eu (…) nos deram
a conhecer as estranhas performances com
que certas pervertidos encenam sua satisfação
sexual, em ideia ou na realidade (…)
formações psíquicas análogas se encontram
regularmente em todas as psiconeuroses, em
especial na histeria, e que estas - as chamadas
fantasias histéricas - mostram importantes
relações com a origem dos sintomas
neuróticos

- S. Freud: Fantasias histéricas e bissexualidade (1908)


A função transferencial

No começo da psicanálise é a transferência e seu pivô é o sujeito suposto saber.

O analista empresta sua pessoa para que o SSS apareça

De a -a para A-$

Algoritimo da transferência: S/s(S1, S2…Sn) ——> Sq

O analista completa o sintoma

Analista vai de a, para A e por fim objeto a

Matema da fantasia: $<>a

Retificação subjetiva
A função paterna e as estruturas clínicas
“É em função dos amores edipianos que se constitui, para todos, a entrada em cena de uma
estrutura psíquica, ou, como assinalava Freud, a escolha de sua própria neurose”- Joel Dor
Sujeito: do “nada" à “falta"

•Sujeitos faltantes.
•O que preenche nossa falta?
•O falo como preenchimento da
falta.
•O que é um bebê então?
•A biblioteca dos desejos.
•A loucura da mãe - a loucura de
quem nada está faltando.
•A p r e o c u p a ç ã o m a t e r n a
primária.
•A falta da falta.
“O que provoca a ansiedade? Ao contrário do que dizem as
pessoas, não é nem o ritmo nem a alternância da presença-ausência
da mãe. O que provoca isso é que a criança delicia-se em repetir os
jogos de presença-ausência: a segurança da presença é encontrada
na possibilidade da ausência. O que mais causa ansiedade na
criança é quando a relação através da qual ela vem a ser - baseada
na falta que a faz desejar - é mais perturbada: quando não há
nenhuma possibilidade de falta, quando a mãe está constantemente
antecipando suas necessidades”.

–J. Lacan - Seminário 10


O nome-do-pai

No curso do Édipo, a função fálica supõe quatro


protagonistas: a mãe, o pai, a criança e o falo

O falo: o significante do desejo

Os lugares do falo: do ser ao ter

O falo é o elemento que se inscreve fora da continuidade


dos desejos
“O papel da mãe é o desejo da mãe. É capital. O desejo da mãe
não é algo assim que se possa suportar assim, que lhes seja
indiferente. Carreia sempre estragos. Um grande crocodilo em
cuja boca vocês estão - a mãe é isso. Não se sabe o que lhe pode
dar na telha, de estalo fechar sua bocarra. O desejo da mãe é
isso. Então, tentei explicar que havia algo de tranquilizador (...)
Há um rolo, de pedra, é claro, que lá está em potência, no nível
da bocarra, e isso retém, isso emperra. É o que se chama falo. É o
rolo que os põe a salvo se , de repente, aquilo se fecha.” (Lacan,
Seminário 17, p. 105)

- Lacan, Seminário 17
A função fálica

Vetoriza o desejo da criança em relação a uma instância


simbólica mediadora: o pai simbólico

Pai real: é o pai como presença física

Pai imaginário: imago do pai - o que intercede

Pai Simbólico: o discurso que a mãe lhe sustenta


Pontos de
Ancoramento

Psicose

Perversão

Neurose
É o falo - Psicose

• O sujeito aqui é o falo materno e não há sequer questionamento


sobre isso. Ele esta preso ao olhar do outro e não encontrou a
hiância necessária, assim como a colocação do enigma do Outro,
portanto não há falta (a falta sempre há, o que é impossível é a
subjetivação da falta).
Ser ou não ser o falo -
Perversão

• Neste segundo tempo alguma coisa invadiu este narcisismo inicial


e o desejo materno aparece por alguma outra coisa que não a
criança. A criança se depara com a perda do lugar de falo e faz
todo o necessário para reaver esse lugar. A ancoragem neste
ponto caracteriza o movimento da perversão. Ao contrário do
anterior que sequer questionou seu lugar, o perverso consegue
transitar entre não ser o falo, aparentemente reconhecendo a falta
(lei da castração), com o ser o falo, em que subverte a lei e encarna
a própria lei.
Ter ou não ter o falo

• Neste terceiro tempo os apelos de transgressão da lei e retorno ao


lugar de falo são frustrados ao sujeito, e ele então é “obrigado” a
reconhecer o desejo do Outro. O falo não se trata mais de um ser
ou não, mas alguma coisa que se tem, e que, inicialmente, o falo
(por conta de nossas tradições culturais) equivale ao pênis, e aqui
retornamos a dialética neurótica daquele que acredita ter o falo, e
tem medo de perder; e aquele que sabe que não o tem, e por isso
aponta a falta em todos.
Estrutura Forma de Fenômeno O que é negado
negação retorna

Neurose Recalque Sintoma Simbólico

Perversão Desmentido Fetiche Imaginário

Psicose Forclusão Delírio/ Real


Alucinação
Como se articulam as estruturas dentro do esquema L?
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