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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA


SOCIAL

Tema:

MECANISMOS COMPORTAMENTAIS E MOTIVACIONAIS DO CÉREBRO, O


SISTEMA LÍMBICO E O HIPOTÁLAMO.

Chimoio, Abril de 2021


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E ASSISTÊNCIA


SOCIAL

2º Ano – Pós-laboral, 2a grupo.

Disciplina: Neuropsicologia.

Tema:

MECANISMOS COMPORTAMENTAIS E MOTIVACIONAIS DO CÉREBRO, O


SISTEMA LÍMBICO E O HIPOTÁLAMO.

Discente:

Felezelina das dores Trindade Jorge

Irene das Dores Jorge Catemba

Jerusalema Alfa Maronga Chivumo

Joana Joao Boaze Chinai

Docente: Dr. Raul César Rodrigues de Vasconcelos

Chimoio, Abril de 2021


Índice
CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTORIOS............................................................................1

1. Introdução....................................................................................................................................1

1.1. Objectivos.................................................................................................................................2

1.1.1. Objectivo geral...................................................................................................................2

1.1.2. Objectivos específicos........................................................................................................2

1.1.3. Metodologia...........................................................................................................................2

CAPITULO II: Revisão da Literatura.............................................................................................3

MECANISMOS COMPORTAMENTAIS E MOTIVACIONAIS DO CÉREBRO, O SISTEMA


LÍMBICO E O HIPOTÁLAMO......................................................................................................3

Sistema de activação e motivação do cérebro..............................................................................3

Controle da actividade cerebral por sinais excitatórios contínuos do tronco cerebral.................5

Controle neuro-hormonal da actividade cerebral.........................................................................7

Sistema límbico (anatomia funcional, sistema de controle, hipotálamo)....................................8

Hipotálamo...................................................................................................................................9

Funções comportamentais do hipotálamo....................................................................................9

Problemas Relacionados ao Sistema Límbico...........................................................................11

Hormônios e sexo.......................................................................................................................11

CAPITULO III: Considerações finais...........................................................................................13

3.1. Conclusão...............................................................................................................................13

Referência bibliográfica.............................................................................................................14
CAPITULO I: ASPECTOS INTRODUTORIOS

1. Introdução

Nesse presente trabalho de pesquisa vamos abordar a respeito dos mecanismos comportamentais
e motivacionais do cérebro, o sistema límbico e o hipotálamo. Portanto observa-se que

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Estudar os mecanismos comportamentais e motivacionais do cérebro, o sistema límbico e


o hipotálamo.

1.1.2. Objectivos específicos

 Descrever o Sistema de activação e motivação do cérebro;


 Descrever o Controle da actividade cerebral por sinais excitatórios contínuos do tronco
cerebral;
 Detalhar o Controle neuro-hormonal da actividade cerebral, o Sistema límbico e os
Hormônios e sexo.

1.1.3. Metodologia

Para a confeição deste presente trabalho de pesquisa o método usado foi o Bibliográfico,
onde foi feito a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por
meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de websites. Entre outros
matérias que vão ao encontro do assunto tratado no presente tema.

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CAPITULO II: Revisão da Literatura

2. MECANISMOS COMPORTAMENTAIS E MOTIVACIONAIS DO CÉREBRO, O


SISTEMA LÍMBICO E O HIPOTÁLAMO

2.1. Sistema de activação e motivação do cérebro


Segundo Bobsin (2020), Pode-se dizer que sem a transmissão continua de sinais nervosos do
tronco para o prosencéfalo (Diencéfalo e Telencéfalo) este ficaria inutilizável visto que estes
sinais activam os hemisférios cerebrais através de dois meios: estimulando diretamente o nível
basal da atividade neuronal, em grandes áreas do cérebro e ativando sistemas neuro-hormonais
que liberam substâncias neurotransmissoras específicas, facilitadoras ou inibidoras, semelhantes
a hormônios, em áreas específicas do cérebro.

O controle da atividade cerebral por sinais excitatórios contínuos se dará na área excitatória da
substancia reticular da ponte e do mesencéfalo no tronco cerebral, , esta área recebe também o
nome de área facilitadora bulborreticular, sendo a mesma área reticular que transmite sinais
facilitatórios descendentes para a medula espinhal, com a finalidade de manter o tônus basal dos
músculos antigravitários e controlar os níveis de atividade dos reflexos medulares (Bobsin,
(2020)

Essa área envia diversos sinais ascendentes, activando diversas áreas do córtex através do
Sistema de Activação Reticular Ascendente que é responsável pelo estado de consciência. A
maioria desses sinais é enviada para o tálamo, que irá excitar agrupamentos distintos de
neurónios, núcleos talâmicos que irão modificar ou intensificar o sinal visto que o córtex não
pode interpretar o sinal directo, enviando os sinais para áreas alvo do córtex e para as áreas
subcorticais. Estes sinais que passam pelo tálamo são de dois tipos: Potenciais de ação
transmitidos rapidamente que excitam o prosencéfalo por apenas alguns milissegundos através
de neurônios gigantocelulares da área reticular que irão liberar acetilcolina e através de
neurônios pequenos disseminados por toda a área reticular excitatória do tronco que irão, em sua
maioria para o tálamo, mas dessa vez por fibras delgadas, de condução lenta, que irão fazer
conexões principalmente no núcleo intralaminar e no núcleo reticular na superfície do tálamo,
em que pequenas fibras irão se projetar para todo o córtex (Bobsin, 2020). O efeito causado por

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esse segundo sistema de fibras pode se prolongar por diversos segundos a minutos ou mais, o
que sugere que são importantes para controlar, a longo prazo, o nível basal da excitabilidade do
cérebro. Já o controle da área excitatória por sinais sensoriais periféricos irá determinar o nível
de atividade da área excitatória no tronco e por consequência o nível de atividade em todo o
encéfalo através da quantidade e do tipo de sinal sensorial vindos da periferia, sendo os sinais de
dor em particular os que irão aumentar a atividade nessa área e promoverão uma excitação
intensa no cérebro para a atenção.

Segundo Bobsin 2020), a importância desses sinais é vista ao se seccionar o tronco cerebral
acima do ponto de entrada do Trigêmeo na ponte, o 5º par são os nervos mais altos a entrar no
encéfalo, transmitindo diversos sinais somatossensoriais para o cérebro. Quando esses sinais são
perdidos o que ocorre é uma diminuição na atividade da área excitatória de modo abrupto
diminuindo, assim, a atividade cerebral que se aproxima do estado de coma permanente, mas
quando seccionado abaixo do trigêmeo, nervo que leva muitos sinais sensoriais faciais e orais, o
coma é evitado. Além dos sinais excitatórios que partem da áre a excitatória bulborreticular com
destino a áreas especificas do córtex, ocorrem também sinais de feedback que retornam do
córtex para essa mesma região (Bobsin, 2020). Ou seja, a qualquer instante em que o córtex for
ativado, sinais serão enviados a região excitatória reticular do tronco que irá mandar ainda mais
sinais excitatórios para o córtex com a finalidade de manter o nível de excitabilidade ou
aumentar esses níveis. Esse feedback positivo é o que vai proporcionar o estado de mente
acordada. Esses processos todos ocorrem através de um centro distribuidor chamado tálamo. Que
através de estimulações elétricas em um ponto específico irá ativar a sua área correspondente no
córtex.

Bobsin (2020), afirma que sinais reverberam, regularmente, do córtex para o tálamo excitando-o
e do tálamo para o córtex excitando-o da mesma forma por meio das fibras de retorno. Já
foi sugerido que o processo do pensamento estabelece memórias a longo prazo pela activação
desses sinais de reverberação de ida e volta. Através da área reticular inibitória, localizada
ventralmente e medial no bulbo, que irá agir sobre a área reticular excitatória é possível inibir e
consequentemente diminuir a atividade nas porções prosencefálicas. Um desses mecanismos se
baseia em excitar neurônios serotoninérgicos que liberarão serotonina em pontos estratégicos do
cérebro.

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2.2. Controle da actividade cerebral por sinais excitatórios contínuos do tronco cerebral

a) Área Reticular Excitatória do Tronco Cerebral: O componente motriz central desse


sistema é a área excitatória, situada na substancia reticular da ponte e do mesencéfalo (Goes,
2020). Ele tanto envia sinais descendentes (para a medula=manter tônus dos músculos
antigravitacionais e controlar nível de actividade dos reflexos medul ares), quanto envia sinais
ascendentes (amaioria indo primeiramente p ara o Tálamo e em seguida para todas as regiões do
córtex cerebral e áreas subcorticais). segundo Goes (2020), Os sinais que passam pelo Tálamo
são de 2 tipos:

1. Potenciais de acção transmitidos rapidamente e que excitam o prosencéfalo por apenas alguns
milissegundos, originados de corpos neuronais grandes, situados em toda a área reticular do
Tronco Estes liberam Acetilcolina, que serve como agente excitatório.

2. Neste, os sinais excitatórios dirigem-se ao tálamo por fibras delgadas, de condução lenta, que
fazem sinapse, principalmente no núcleo intralaminar do tálamo e no núcleo reticular sobre a
superfície do tálamo. Daí, pequenas fibras se projetam para todo o córtex cerebral. Origina-se de
grande número de pequenos neurônios, disseminados por toda área reticular excitatória do
Tronco Cerebral. O efeito excitatório pode se prolongar de segundos a minutos, mostrando sua
imp ort ância em controle a longo prazo.

b) Ativação da Área Excitatória por Sinais Sensoriais Periféricos: É consequente do número


e tipo de sinais sensórias vindos da periferia. Secção acima do V nervo craniano a atividade na
área excitatória cerebral diminui de modo abrupto e o cérebro passa, instantaneamente, para
estado de atividade muito reduzida, que se aproxima do estado de coma permanente (Goes,
2020).

c) Actividade Aumentada da Área Excitatória, Causada por Sinais de Feedback que


Retornam do Córtex Cerebral: A qualquer momento que o Córtex cerebral seja ativado, tanto
por processos oriundos da atividade mental, quanto por processos motores, sinais são enviados
pelo córtex para a área excitatória do Tronco Cerebral, que, por sua vez, manda ainda mais sinais

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excitatórios para o córtex, auxiliando a manter o nível de excitabilidade cortical ou até aument a-
lo (Goes, 2020).

d) O Tálamo é o Centro Distribuidor que Controla a Atividade em Regiões Específicas do


Córtex: Quase toda área cerebral se conecta com sua área específica no tálamo, portanto, a
estimulação elétrica de pontos específicos no tálamo em geral ativa sua própria região específica
no córtex, e sinais reverberam, regularmente nas 2 direções, por meio de fibras de retorno
(provável mecanismo de construção de memória de longo prazo).

e) A Áreas Reticular Inibitória Situada no Tronco Cerebral Inferior: Situada no bulbo, essa
áre a pode inibir a área reticular excitatória e consequentemente diminuir a atividade nas porções
prosencefálicas. Um dos seus mecanismos de atuação é excitar neurônios serotoninérgicos, os
quais liberam a serotonina em pontos cruciais do cérebro. (Goes, 2020)

f) Controle Neuro-hormonal da Atividade Cerebral: A lém da transmissão específica de


sinais do tronco cerebral para as regiões corticais, a secreção de agentes hormonais
neurotransmissores excitatórios e inibitórios, também são usados para controlar a atividade
neural. Para Goes, (2020) Esses neuro-hormonios, em geral, persistem por minutos a horas e,
consequentemente, permitem longos períodos de controle, em vez de apenas ativação/inibição
instantânea. A exemp lo, 4 sistemas neuro-hormonais:

1. Sistema da Norepinefrina (lócus cereleus): Normalmente funciona como hormônio


excitatório. Se dispersa para praticamente todas as áreas do encéfalo. O lócus ceruleus situa-se na
junção entre a ponte e o mesencéfalo, e suas fibras se espalham por todo o encéfalo, liberando a
norepinefrina.

2. Sistema da Dopamina (Substância Negra): Normalmente excitatória/inibitória. Direcionada


para regiões mais específicas do encéfalo, como regiões dos gânglios da base. A substância negra
situa-se no mesencéfalo e seus neurônios se projetam para o núcleo caudado e para o putâmendo
prosencéfalo, liberando dopamina. Destruição de neurônios dopaminérgicos, na substância
negra, é a caus a básica da doença de Parkinson.

3. Sistema da Serotonina (Núcleos da Rafe): Normalmente inibitória. Direcionada para regiões


mais específicas do encefalo, como para estruturas da linha média. Os núcleos da Rafe se

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localizam na linha média da ponte e do bulbo, existindo diversos núcleos estreitos, muitos deles
liberadores de serotonina. Suas fibras projetam-se para o diencéfalo, outras para o córtex cerebral
e outras ainda para a medula espinal, liberando serotonina.

4. Sistema Colinérgico (neurônios gigantocelulares da área reticular excitatória): Normalmente


excitatório. Situada na área reticular excitatória da ponte e do mesencéfalo. Suas fibras se
dividem em 2 ramos, 1 ascendente para níveis superiores do cérebro e 1 descendente pelos tratos
reticuloes pinhais, para a medula espinhal, liberando A cetilcolina.

2.3. Controle neuro-hormonal da actividade cerebral


Para Parson (2019), Esse sistema se baseia na secreção de agentes hormonais neurotransmissores
excitatórios ou inibitórios, na própria substância do cérebro. Esses neurotransmissores em geral
persistem desde alguns minutos até horas, permitindo longos períodos de controle, em vez de
apenas uma activação ou inibição instantânea.

Usualmente a norepinefrina age como hormônio excitatório, enquanto a dopamina pode ter acção
inibitória ou excitatória dependendo da área em que estará actuando e a serotonina usualmente
pode ser dita com carácter inibitório, lembrando que o que irá definir esse carácter não é o
neurohormônio, e sim o receptor. Esses três sistemas têm diferentes efeitos nos níveis de
excitabilidade em diferentes partes do cérebro como pode ser observado. O sistema da
norepinefrina se dispersa por praticamente todo o encéfalo, enquanto os demais são
direccionados para regiões muito específicas.O dopaminérgico, principa lmente para a região dos
gânglio s da base e o serotoninérgico mais para as estruturas da linha média. (Parson, (2019)

Esses sistemas apresentam funções específicas, como por exemplo, o sistema da norepinefrina
sendo essa produzida especialmente no lócus ceruleus, que é uma pequena área situada
bilateralmente e posteriormente na junçã entre a ponte e o mesencéfalo As fibras nervosas se
espalham por todo o encéfalo liberando norepinefrina, que em sua maioria terá acção excitatória
aumentando a actividade cerebral, em certas sinapses neurais, entretanto irá exercer papel
inibitório. (Parson, (2019) Já a dopamina é produzida especialmente na substância negra, que se
localiza anteriormente na porção superior do mesencéfalo e seus neurónios se projectam em sua
maioria para o núcleo caudado e o putâmen do prosencéfalo liberando dopamina.

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Os núcleos da rafe, que são núcleos estreitos que se encontram na linha média da ponte e do
bulbo, possuem muitos neurónios que irão liberar serotonina. Esses núcleos emitirão fibras para
o diencéfalo e algumas para o córtex, outras fibras, como se pode ver pela figura referente a os
núcleos do tronco, irão descer para a medula espinhal. (Parson, (2019) A serotonina liberada
nessas terminações tem a capacidade de suprimir a dor (o núcleo magno da rafe envia sinais
através da via dorso lateral a medula espinhal até o corno anterior da medula espinhal onde se
encontra o complexo inibitório da dor, a serotonina faz com que os neurônios locais secretem
encefalina que irá causar inibições pré-sinápticas e pós-sinápticas das fibras da dor)

2.4. Sistema límbico (anatomia funcional, sistema de controle, hipotálamo)


Segundo Parson (2019), é um conjunto de estruturas localizado no cérebro de mamíferos, abaixo
do córtex e responsável por todas as respostas emocionais. O nome "límbico" é derivado da ideia
de limbo por se situar no limite de partes da neuroanatomia do cérebro entre o córtex e o cérebro
reptiliano. Esse termo foi criado em 1878 pelo médico e anatomista francês Paul Broca. O
conceito corresponde a todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e aos
impulsos motivacionais.

O hipotálamo e suas estruturas associadas são de grande importância nesse sistema, pois além de
agirem sobre o controle comportamental, essas áreas controlam as funções vegetativas do
cérebro (osmolalidade dos líquidos internos, fome e sede, sistema nervoso autônomo,
temperatura corporal, controle do peso corporal) e seu controle está intimamente relacionado ao
comportamento (Parson, (2019). portanto A grande função do sistema límbico nos seres
humanos é coordenar as atividades sociais que possibilitam a manutenção da espécie através de
sua vida em sociedade. As emoções e sentimentos só são possíveis através do funcionamento do
sistema límbico. Desenvolver relações que permitam uma vida em comunidade dependem da
atividade dos neurônios localizados nessas estruturas.

Parson (2019), Afirma que Neste ponto evidência o complexo interconectado de elementos da
região basal do cérebro, o hipotálamo situado no centro, como posição chave do sistema límbico
e ao seu redor, estruturas subcorticais do sistema límbico incluindo a área septal, a área para
olfatória, o núcleo anterior do tálamo, partes dos gânglios da base, o hipocampo e a amígdala.

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Ao redor dessa área límbica subcortical, encontramos o córtex límbico que é composto por um
anel do córtex cerebral em cada um dos hemisférios cerebrais, começand o na área orbitofrontal,
se estendendo para o giro subcaloso, logo a pós segue ao giro cingulado e por fim para o giro
para hipocâmpico e para o uncos. Dessa forma, nas superfícies medial e ventral de cada
hemisfério, existe um anel, composto principalmente de paleocórtex que envolve estruturas
ligadas intimamente ao comportamento geral e as emoções (Parson, (2019).

Dentre as principais estruturas do sistema límbico temos:

Hipocampo - Esta estrutura é substancial e tem como função o armazenamento da memória,


uma lesão desta região pode alterar severamente a memória do indivíduo (Moreira, 2012).

Tálamo - as células nervosas que enviam sinais como audição, visão, paladar e tato para o córtex
estão presentes nessa estrutura as sensações de pressão, dor e temperatura também são enviadas
através do tálamo. Ele tem como função a integração do sistema sensorial e motor (Moreira,
2012). O tálamo é responsável pela comunicação dos neurônios de diversas áreas do sistema
límbico. Localizado na parte mais interior do encéfalo, suas conexões estão relacionadas às
funções motoras e sensitivas.

Hipotálamo - Representa menos que 1% do tamanho total do cérebro porém regula funções
importantíssimas dentre elas o sono, libido, o apetite e a temperatura do corpo (Moreira, 2012).
O hipotálamo é uma das áreas mais importantes do sistema límbico. Possui a função de regular a
produção hormonal e outros processos metabólicos, realiza a conexão do sistema nervoso ao
sistema endócrino.

Funções comportamentais do hipotálamo


Quando ocorre uma estimulação hipotalâmica, podemos esperar alguns efeitos comportamentais.
Se a estimulação se der na região lateral, a lém de causar fome e sede irá desencadear um
aumento no nível geral da actividade, algumas vezes levando a raiva e a luta. A estimulação do
núcleo ventromedial e áreas adjacentes irá causar efeito oposto ao apresentado pela região
lateral, ou seja, saciedade, diminuição da alimentação e da sensação de sede e tranquilidade. A
estimulação da zona estreita dos núcleos periventriculares leva a reacção de medo e punição.
Enquanto o desejo sexual pode ser estimulado através de diversas áreas no hipotálamo, tendo

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destaque a porção anterior e posterior. Lesões no hipotálamo em geral irão causar o efeito oposto
da estimulação.

Amígdala – para Moreira, (2012) está relacionada com a percepção semiconsciente, padroniza
comportamentos apropriados para cada ocasião, está relacionada com a memória emocional que
temos das coisas. É importante para o reconhecimento, formação e manutenção das emoções
envolvidas com o medo. A lesão desta região é responsável pela redução na capacidade de
detecção do medo diminuição da emocionalidade, e seu estímulo leva a um estado de ansiedade,
medo e atenção aumentada (Moreira, 2012). As amígdalas são duas estruturas esféricas da
neuroanatomia do sistema límbico. É uma das áreas mais importantes, responsável por respostas
emocionais relativas ao comportamento social de humanos e outros mamíferos. É umas das
principais áreas do controle da agressividade. A área é ligada ao hipocampo e o hipotálamo por
meio do fórnix. Desenvolve uma série de ligações que controlam diversas atividades autônomas
do corpo como as alterações emocionais dos batimentos cardíacos, da respiração e da pressão
arterial.

Giro cingulado - está relacionada com o controle visual, auditivo e as alterações das emoções,
medicamentos que estimulem essa estrutura podem causar efeitos alucinógenos (Moreira, 2012).
O giro do cíngulo é a área responsável por uma série de respostas emocionais como a relação
entre odores e imagens com a memória de experiências agradáveis. O giro do cíngulo também
controla a agressividade e as respostas emocionais à dor, bem como o aprendizado através de
reforço positivo e negativo (recompensa e punição).

Septo- O septo coordena as relações entre as sensações de prazer, memórias e as funções


sexuais, como o orgasmo.

Corpo Mamilar: O corpo mamilar é responsável pela transmissão dos impulsos oriundos das
amígdalas e do hipocampo. Também funciona na manutenção da memória recente e da memória
espacial ligada à localização de objetos e eventos.

Área pré frontal - esta área não faz parte do sistema límbico porém suas conexões estão
diretamente ligadas a ele em estruturas como a amígdala e o tálamo. No caso de lesão desta
região o paciente apresenta redução na concentração e perde o senso das responsabilidades
sociais (Moreira, 2012).

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2.4.1. Problemas Relacionados ao Sistema Límbico
Segundo Moreira, (2012). Por desenvolver uma série de atividades do corpo humano, o mau
funcionamento do sistema límbico pode acarretar diversas disfunções e doenças como:

 Depressão

 Ansiedade

 Problemas de memória (recente ou de longa duração)

 Alzheimer

 Esquizofrenia

 TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade)

2.5. Hormônios e sexo


Segundo Ribeiro (2021), Os hormônios sexuais são substâncias produzidas nas gônadas,
testosterona nos testículos (em indivíduos do gênero masculino) e progesterona e estrógeno nos
ovários (em indivíduos do gênero feminino). A testosterona, produzida nos testículos, e a
progesterona e o estrógeno, produzidos nos ovários, são exemplos de hormônios sexuais.

Durante a infância esses hormônios são inibidos, tendo sua produção iniciada durante a
puberdade, sendo responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias:

 Masculinas (13 a 16 anos) → surgimento de pêlos pelo corpo (na face, na axila e na
região pubiana), aumento em tamanho do pênis, espessamento das cordas vocais,
iniciação da espermatogênese.

 Femininas (12 a 15 anos) → surgimento de pêlos pelo corpo, desenvolvimento da cintura


pélvica (quadril), desenvolvimento dos seios, início do ciclo menstrual e ovogênese.

A produção desses hormônios ocorre devido a estímulos emitidos pelo hipotálamo (região do
cérebro com função reguladora de processos metabólicos), liberando fatores hormonais

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gonadotróficos, com ação na hipófise (glândula do sistema nervoso) que libera FSH (hormônio
folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), atuando sobre as gônadas (Ribeiro, 2021).

Nos testículos o FSH estimula as células dos tubos seminíferos a desencadearem o processo de
divisão meiótica para produção de espermatozóides, enquanto o LH estimula as células
intersticiais na produção de testosterona afirmando os caracteres sexuais secundários.

Nos ovários, o FSH inicia o amadurecimento das células foliculares, estimulando a secreção de
estrógeno que prosseguirá com o desenvolvimento do folículo. O LH promove ainda mais a
secreção de estrógeno, induzido a ovulação, rompendo o folículo e liberando o ovócito primário
(Ribeiro, 2021).

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CAPITULO III: Considerações finais

3.1. Conclusão

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Referência bibliográfica
1. Bobsin, P. R. (2020). Resumo sobre a fisiologia do sistema limbico e hipotalamo-
Morfologia e fisiologia Humana. Brasil. Recuperado aos 10 de Março de 2021 Em
https://www.passeidireto.com/arquivo/2601457/resumo-sobre-a-fisiologia-do-sistema-
limbico-e-hipotalamo

2. Goes, W. (2020). Sistema límbico. São Paulo. Recuperado aos 28 de Março de 2021 Em
https://www.passeidireto.com/arquivo/53346699/sistema-limbico

3. Moreira, D. M. (2012), Sistema límbico.brasil. Recuperado aos 20 de Abril de 2021 Em


https://www.infoescola.com/anatomia-humana/sistema-limbico/

4. Parson, P. G. (2019). Fisiologia do sistema Limbico. Brasil. Recuperado aos 13 de Abril


de 2021 Em https://www.passeidireto.com/arquivo/16730449/fisiologia-do-sistema-
limbico

5. Ribeiro, K. D. k. F. (2021), hormonios sexuiais. São Paulo. Recuperado aos 29 de Março


de 2021 Em https://m.mundoeducacao.uol.com.br/biologia/hormonios-sexuais.htm

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