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Elidio

Interferência da Participação dos Pais e ou encarregados de educação nas Actividade


Desportiva dos Filhos, Caso: Bairro Chambone – 03 cidade da Maxixe

Licenciatura em Ensino de Educação Física e Desporto

Universidade Save Maxixe


2022
Elidio

Interferência da Participação dos Pais e ou encarregados de educação nas Actividade


Desportiva dos Filhos, Caso: Bairro Chambone – 03 cidade da Maxixe

Projecto de Investigação cientifica a ser


apresentado no Departamento de Educação Física
e Desporto, Delegação da Unisave Maxixe para
\ efeito da elaboração da Monografia.

Supervisora: Dhp Aspacia Madeira

Universidade Save Maxixe

2022
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
1.1. Objectivos............................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................4
1.2. Problematização...................................................................................................................5
1.3. Justificativa..........................................................................................................................5
1.4. Hipóteses..............................................................................................................................6
2. Revisão Bibliográfica..............................................................................................................7
2.1. Conceitos Básicos................................................................................................................8
2.1.1. Influência no desporto.......................................................................................................8
2.1.2. Actividade física...............................................................................................................8
2.1.3. A actividade desportiva.....................................................................................................9
2.1.4. Desenvolvimento da Personalidade..................................................................................9
2.2. Desenvolvimento Social da Pessoa......................................................................................9
2.1. Desporto.............................................................................................................................10
2.1.1. A prática do desporto......................................................................................................10
2.1.2. A família.........................................................................................................................10
3. Cronograma..........................................................................................................................12
4. Orçamento.............................................................................................................................13
5.1.Instrumentos de recolha de dados.......................................................................................14
5.1.1.Área e População.............................................................................................................14
5.1.2. Caracterização da Amostra.............................................................................................14
6.Referências bibliográficas......................................................................................................16
Apêndices
1. Introdução

Ao longo da história, em épocas sucessivas e diferentes (Civilização Grega, Medieval e


Revolução Industrial), julga-se que a prática do desporto em si desenvolve hábitos de
agilidade, de vontade, que mostra as reais ligações entre o desporto à vida cultural de uma
sociedade.

Como diz DUMAZEDDIER JOFFRE (1980), "é o educador que deve dar ao desporto as
regras morais". Hoje em dia, podemos reconhecer quase em todas sociedades, a existência
parental nas actividades desportiva que, independentemente das forças assumidas, se revela
como um contexto social em que o comportamento humano persiste em expressões que se
integram na cultura da humanidade e na cultura dos povos desportistas.

O desporto é um fenómeno cultural que cativa e impressiona todos pela sua grandeza, e cuja
prática tem crescido rapidamente, envolvendo um grande número de praticantes, na realidade
moçambicana actual o envolvimento dos pais e ou encarregados de educação em actividades
desportivas é de extrema importância.

O presente trabalho propõe como tema "A Interferência da Participação dos Pais e ou
encarregados de educação nas Actividade Desportiva dos Filhos, Caso: Bairro
Chambone – 03 cidade da Maxixe".
O estudo será realizado na Cidade de Maxixe, partindo do presumível de que a participação
dos Pais e ou encarregados de educação na vida desportiva dos seus filhos é assumida como
um suporte imprescindível e fundamental para o sucesso dos mesmos.

Com actualidade tarefa pretende-se fazer um estudo, para analisar a importância da


participação dos Pais e ou encarregados de educação nas actividades desportivas dos filhos. A
ausência de conhecimento sobre a importância da participação dos Pais e ou encarregados de
educação na vida desportiva dos filhos levantou o interesse desta pesquisa na medida em que
pouco se fala deste papel dos pais e ou encarregados de educação na vida desportiva dos seus
descendentes.

O trabalho tem a seguinte estrutura, os objectivos onde apresentamos o objectivo geral e os


objectivos específicos, de seguida apresentamos a problematização que é o momento em que
apresentamos o problema por nós detectado, e depois a justificativa na qual explicamos a
pertinência do nosso tema de pesquisa e por fim as hipóteses que são as imagináveis respostas
para o problema da nossa investigação.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Avaliar as causas que interferem a participação dos Pais e ou encarregados de


educação nas actividades desportivas dos filhos na Cidade de Maxixe Bairro
Chambone 3
1.1.2. Objectivos Específicos

 Identificar a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas


actividades desportivas dos filhos;

 Descrever a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas


actividades desportivas dos filhos;

 Explicar a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas


actividades desportivas dos filhos.
1.2. Problematização

A investigação científica tem nos últimos anos, tem virado as suas atenções para a
importância da interferência dos pais e ou encarregados de educação no desenvolvimento
desportivo dos seus descendentes.

Neste bairro (Chambone - 3 Cidade de Maxixe), percebe-se, que no escalão de iniciação


desportiva a que pertencem, das habilitações literárias e da prática desportiva dos pais e ou
encarregados de educação que não há um envolvimento dos mesmos, na prática desportiva
dos filhos.

De acordo FILGUEIRA E SCHWARTZ (2007), "contrariam este facto ao afirmarem que os


pais devem ajudar a criança a aprender e conviver com o desporto, vivenciar diferentes
situações, construir ideias e valores, descobrir sentimentos e incorporar transformações
sociais, afectivas, intelectuais e motoras essenciais para a formação do carácter do indivíduo e
para o seu futuro desportivo".

Assim, entendemos que, esse comportamento da família pode interferir a falta de ambição
desportiva dos seus filhos. Portanto, esse sentimento pode transformar-se futuramente em
uma fonte de desprendimento da prática desportiva das gerações mais novas deste bairro

Segundo VOUZELA (2006), "os Pais representam o principal veículo de promoção das
práticas desportivas dos seus filhos, atendendo e considerando que este é um importante canal
de comunicação entre pais e filhos". Deste modo, os Pais encontram-se assim numa posição
de interferência sobre os filhos, podendo motivá-los, valorizá-los, instruí-los ou criticá-los
para a prática de qualquer modalidade desportiva.

Se por um lado, a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação pode


promover a auto-estima, as percepções de competência, a sensação de auto-eficácia, a
sensação de prazer da prática desportiva dos filhos, por outro lado, quando este processo de
interferência é principalmente de natureza negativa, os Pais e ou encarregados de educação
poderão ser a principal fonte de desmotivação, frustração e abandono da prática desportiva
dos seus filhos.
Sendo importante a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas
actividades desportivas dos filhos, formulámos a seguinte questão:

Qual é a interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas


actividades desportivas dos descendentes;

1.3. Justificativa

A interferência da participação dos Pais e ou encarregados de educação nas actividades


desportivas é fundamental, pois, contribui para a melhoria da qualidade do desporto, assim
com o procedimento da educação dos mesmos.

A partir da experiência que usufruímos na prática desportiva a mais de 12 anos na Cidade de


Maxixe, constatou-se que na maioria das vezes os filhos (crianças, adolescentes e jovens) não
praticam actividades desportivas porque os Pais e ou encarregados de educação não
interferem esta prática no seio da família. Esse posicionamento dos Pais e ou encarregados de
educação suscitou a necessidade realizar a presente investigação, de modo a trazer a tona o
papel que os Pais e ou encarregados de educação têm na vida desportiva dos seus
descendentes.

Segundo DOLORES (1996) "a participação dos Pais em qualquer actividade dos seus filhos é
fundamental para que ele alcance bons resultados".

A escolha do tema do estudo resulta da confluência de factores pessoais, sociais e científicos.


Sob ponto de vista social, como estudo esperamos sensibilizar os Pais a participarem nas
actividades desportivas dos seus filhos, uma vez que no nosso entender através delas os filhos
podem ter a possibilidade de fazer novas amizades, aprender a trabalhar em grupo e a
cooperar, aprender a respeitar a autoridade e promover um maior envolvimento em qualquer
actividade na vida.
No que diz respeito a relevância científica do tema, tendo em conta que na realidade
moçambicana o estudo será de uma grande relevância, pois, poucos fazem acompanhamento
das práticas desportivas no seio das suas famílias. Ademais, a partir desta pesquisa, poderá
abrir-se espaço para reflexão que ajudará os futuros profissionais em educação física na
elaboração das estratégias adequadas de intervir nas famílias que se desinteressam pela prática
do desporto dos seus filhos.

A partir desta pesquisa, acreditamos que irá abrir-se espaço para reflexão que ajudará os
futuros profissionais em educação física na elaboração das estratégias adequadas de intervir
nas famílias que se desinteressam pelo talento desportivo dos filhos.

1.4. Hipóteses

Na visão de MICHEL, (2009), as hipóteses ‘’representam as possíveis respostas, possíveis


soluções que poderão ser obtidas com o desenvolvimento da pesquisa, e que serão
comprovadas ou não com a sua realização’’.Nesta ordem de ideias, para a presente pesquisa
constituirão as possíveis respostas ao problema colocado as proposições:

H1. Os Pais e ou encarregados de educação participam nas actividades desportivas dos filhos
promovendo a auto-estima, as percepções de competência, a sensação de auto-eficácia, a
sensação de prazer da prática desportiva dos filhos.

H2. Os Pais e ou encarregados de educação não possuem uma forma eficaz de participação
nas actividades desportivas dos filhos por falta de conhecimento sobre o desporto.

H3. Os Pais e ou encarregados de educação não conhecem a importância da sua participação


nas actividades desportivas.
2. Revisão Bibliográfica

Segundo D’COSTUMES (2015), existem na literatura inúmeras definições sobre o conceito


da família. Nesse contexto, importa mencionar algumas: família é a base da sociedade em que
se cria espaços de compreensão entre as pessoas, defendendo sua dignidade, bem-estar
garantindo o direito à vida. Esta ideia é também sustentada por SCABINI & IAFRATE
(2012) citados por D’COSTUMES (2015) quando defende que a família é

” Específica e única organização que liga e mantém as originárias e fundamentais


diferenças humanas, entre o género (masculino e feminino), entre gerações (pais e filhos)
e entre linhagens (ou seja, arvore genealógica, materna e paterna) e que tem como
objectiva intrínseco a geração”.
Por sua vez, HELLTEDT (1995), define família como ambiente primário onde o jovem pode
desenvolver sua identidade, auto-estima e motivação para o sucesso. Baseando-se na óptica da
família desorganizada, afirma que tal ambiente pode causar relações interpessoais
inadequadas, problemas de aceitação ao treinador e a eficiência de controlo interno e
disciplina do atleta.

Face às acepções acima apresentadas, os autores são unânimes em admitir que a família é de
facto um lugar de acolhimento, cuidado e valorização dos seus membros, de modo a
proporcionar-lhes um ambiente saudável. Neste sentido, cabe aos membros da família
entender o processo de desenvolvimento de pessoa em seu processo de vida, transformações,
suas fragilidades, modificações, visão e atitude tendo em conta a idade.

Escola – O conceito de escola pode ser tomada sobre duas acepções: A primeira, define escola
como uma instituição social que tem como função educar os indivíduos nas diferentes idades
da sua formação segundo planos sistemáticos. A segunda, concebe a escola como casa ou
estabelecimento onde se ministra o ensino. (Dicionário da Língua Portuguesa 1998).

Ensino – ensinar significa “gravar ideias na cabeça do aluno”. (PILLETTI 2004). O ensino
corresponde a acções, e condições para a realização da instrução, isto é para que a pessoa se
forme intelectualmente, para que desenvolva capacidades cognoscitivas mediante o domínio
de certo nível de conhecimentos sistematizados. (LIBÂNEO 1994). Analisando as duas ideias
dos dois autores, achamos que é mais a plausível a de LIBÂNEO, pois esta se adequa ao
contexto actual do processo de ensino na medida em que se procura centrar o ensino no aluno
tornando-o criativo e não apenas lhe incutir conhecimentos.

Aprendizagem – PILLETTI (2004), descreve a aprendizagem como sendo um “processo de


aquisição e assimilação, mais ou menos de novos padrões e novas formas de perceber, pensar
e agir”. Segundo LIBÂNEO (1994), aprendizagem significa que o aluno “deve-se preparar
para o desempenho de papéis sociais através das sua aptidões, adaptar-se aos valores e normas
vigentes na sociedade”. Analisando as hipóteses dos dois autores, achamos as duas são
paralelas, pois procuram salvar que o aluno deva ser alguém empenhado de modo a ter
enquadramento na sociedade.

Ensino -aprendizagem – Pilletti ao falar destes conceitos sublinha que os que não tem uma
atitude de constante abertura não aprendem ou não ensinam em todas as situações, porém,
ensino -aprendizagem segundo PILLETTI (2004), é uma “atitude de constante abertura que
consiste em o homem ser capaz indagar, pesquisar, procurar alternativas, experimentar,
analisar dialogar, compreender, enfim, ter uma atitude científica perante certa realidade”.

Para LIBÂNEO (1994), aprendizagem -aprendizagem é “uma relação recíproca na qual se


destacam o papel dirigente do professor e actividade dos alunos”.

Vemos nestas duas ideias tendência de libertar o aluno para desenvolver por si as suas
capacidades o que já é positivo.

2.1. Conceitos Básicos

2.1.1. Interferência no desporto

Para Lally Kerr, (2008). A interferência nas actividades desportivas dos filhos tem sido um
assunto merecido de bastante atenção, resultando a ideia de que o desenvolvimento das
capacidades desportivas dos atletas tem uma relação com os aspectos familiares,

Na visão de (Côté, J., Baker, J. 1999). A maior parte das vezes, são os próprios pais que
influenciam os filhos e os introduzem em contextos desportivos

Segundo (Côté, J., & Hay, J. (2002). Os pais podem promover efeitos bastante positivos em
diferentes domínios do Desenvolvimento dos seus filhos, como, por exemplo, na sua auto-
estima, na percepção de Competência, nos sentimentos de realização, no auto eficácia, na
orientação motivacional Positiva frente ao desporto

2.1.2. Actividade física

Eufic , (2007).Os benefícios da AF podem dividir-se em três vertentes: fisiológica,


psicológica e social. De uma forma geral, os benefícios fisiológicos prendem-se com a
melhoria das funções cardíacas e pulmonares, do aumento da resistência e da tonificação
muscular e da estimulação do metabolismo.
2.1.3. A actividade desportiva

Do Ponto de vista Edington, C. R.; Kowalski, C. L. Randall, S. W. (2005). A actividade


desportiva, posiciona o adulto numa situação favorecida em relação às crianças e jovens. Ao
longo do seu desenvolvimento, em que o adolescente luta pela sua autodeterminação em
relação à família e aos seus educandos, a actividade desportiva orientada aparece como um
meio onde jovens e adultos estabelecem relações de amizade, diálogo, apoio que são decisivos
no equilíbrio transitório para a idade adulta

2.1.4. Desenvolvimento da Personalidade

Segundo SILVA (1994), ao nível do desenvolvimento da personalidade, a criança dos 2 a 5


anos de idade, está profundamente ligada ao meio familiar. A separação da criança da mãe
ou do meio familiar torna-se profundamente traumatizante para ela, e observa-se grandes
reacções de ansiedade e de depressão nos primeiros momentos que ocorre a separação.

Durante esta fase evolutiva que PIAGET considerou como estádio censório motor e
projectiva, portanto dos 12 meses até cerca dos 3 anos, a criança volta-se para o mundo que a
cerca. A actividade sensorial motora aumenta sob estimulação da “lei do efeito”, segundo essa
lei, o resultado produzido incita a criança a repetir o mesmo gesto para obter novamente o
mesmo efeito. Na fase de oposições, os educadores devem dar a conhecer a criança que o
desejar e o querer não se traduzem por possuir, mas sim pela vontade e dedicação, isto ajudará
a criança desinibir o desenvolvimento de complexos de inferioridade.

Ainda na concepção de SILVA (1994), quando é louvada em demasia, também podem surgir
complexo de superioridade que por sua vez também podem dar maus resultados. As futuras
frustrações, as arrogâncias não reprimidas ou as vicissitudes, têm a sua explicação nesta fase.
O complexo de superioridade e de inferioridade originam a agressividade, por um lado como
mecanismo de autodefesa e por outro lado pela arrogância da criança. Assim, criança que
sofre de um destes complexos pode de certa forma ter problemas de socialização, facto que
pode contribuir para o desinteresse pela prática desportiva.

2.2. Desenvolvimento Social da Pessoa

No decurso da existência do ser humano o meio ambiente tem um papel primordial como
afirma PHILLIPS apud NERICI (1989), a função simbólica dos jovens, manifesta-se imitando
o comportamento dos adultos. Nesta perspectiva, percebe-se que o desenvolvimento social do
talento da criança, concretiza-se duma forma mais sucedida se durante a sua infância ela tiver
a oportunidade de interagir significativamente com as outras crianças, desde que essa
interacção não seja baseada na hostilidade, mas sim num ambiente mais agradável para ela.

2.1. Desporto

O desporto é uma actividade social do interesse público que contribui para o desenvolvimento
integral do homem, melhoria da sua qualidade de vida e bem-estar individual e coesão social.

Segundo MARIVOET (1998) desporto é um sistema institucionalizado de práticas


competitivas, com dominante física, delimitadas, codificadas, regulamentadas
convencionalmente, cujo objectivo é apurar o melhor concorrente, ou registar a melhor
performance.

Acrescenta Ainda para TEIXEIRA (2008), citando LEITE (1990), que o desporto tem
envolvimento de três dimensões, que são: esforço físico orientado e constante, submissão a
regras organizativas próprias e objectivos de competição.

Nesse contexto, percebe-se desporto como um fenómeno humano tão ligado à origem, às
estruturas e ao funcionamento da sociedade. De igual modo, podemos de facto, afirmar que,
os vínculos socioculturais e a importância que o desporto assume numa sociedade tornam-no
numa instituição social capaz de influenciar e ser influenciada pelo contexto económico,
social, cultural e político dessa sociedade.

2.1.1. A prática do desporto

 A prática do desporto propicia ao indivíduo um desenvolvimento global, e é um facto capaz


de gerar diversos fenómenos, uma vez que o praticante é estimulado em termos biológicos,
comportamentais, sociais e intelectuais/cognitivos (LEITE, 1990). Os valores mais altos do
desporto estão estabelecidos nos ideais olímpicos, que defendem principalmente: O “fair
Play”, intercâmbio cultural, igualdade, tradição, honra, paz, a solidariedade, auto-estima,
comunicação, tolerância, respeito ao próximo, disciplina, sentido do colectivo, cooperação,
respeito a regras, noções de trabalho em equipa, capacidade de liderança e vida saudável.

2.1.2. A família

Segundo D’COSTUMES (2015), existem na literatura inúmeras definições sobre o conceito


da família. Nesse contexto, importa mencionar alguns. Para ABUDO (2010), família é a base
da sociedade em que se cria espaços de compreensão entre as pessoas, defendendo sua
dignidade, bem-estar garantindo o direito à vida. Esta ideia é também sustentada por
SCABINI & IAFRATE (2012) citado por D’COSTUMES (2015) quando defende que a
família é

” Específica e única organização que liga e mantém as originárias e fundamentais


diferenças humanas, entre o género (masculino e feminino), entre gerações (pais e filhos)
e entre linhagens (ou seja, arvore genealógica, materna e paterna) e que tem como
objectiva intrínseco a geração”.
Por sua vez, HELLTEDT (1995), define família como ambiente primário onde o jovem pode
desenvolver sua identidade, auto-estima e motivação para o sucesso. Baseando-se na óptica da
família desorganizada, afirma que tal ambiente pode causar relações interpessoais
inadequadas, problemas de aceitação ao treinador e a eficiência de controlo interno e
disciplina do atleta.

Face às acepções acima apresentadas, os autores são unânimes em admitir que a família é de
facto um lugar de acolhimento, cuidado e valorização dos seus membros, de modo a
proporcionar-lhes um ambiente saudável. Neste sentido, cabe aos membros da família
entender o processo de desenvolvimento de pessoa em seu processo de vida, transformações,
suas fragilidades, modificações, visão e atitude tendo em conta a idade.
3. Cronograma

N◦ Actividades A S O N D

1 Levantamento de dados X

2 Elaboração e entrega do projecto X X

3 Elaboração do questionário X X

4 Colecta de dados X

5 Tratamento de dados X

6 Elaboração de capítulos X X

7 Entrega de monografia X
4. Orçamento

Or Designação Quant P. unit Total Obser.

1 Resma 3 150.00Mt 450.00Mt

2 Esferográfica 3 7.00Mt 21.00Mt

3 Lápis de carvão 2 5.00Mt 10.00Mt

4 Arquivo com separadores 1 120.00Mt 120.00Mt

5 Trabalho de impressão --------- 2.000.00Mt 2000.00Mt

6 Trabalho de correcção e rectificação de --------- 1000.00Mt 1000.00Mt


monografia

7 Questionário --------- 250.00Mt 250.00Mt

8 Fotocopias ---------- 2000.00Mt 2000.00Mt

9 Lanche 8 200.00Mt 1600.00Mt

10 Transporte 8 100.00Mt 800.00Mt

11 Imprevisto 10% -------------- 825.00Mt

Total ---------- ----------- 9.076.00Mt


5. Material e Métodos

A metodologia de investigação deve ser adequada ao estudo, de modo a permitir dar resposta
ao nosso problema de investigação. Assim, neste capítulo apresentamos quais os procedimentos
a serem utilizados na recolha dos dados. Segundo RICHARDSON (1999), entende se por
metodologia, um conjunto de estratégias, regras estabelecidas e utilizadas para se chegar a um
determinado objectivo.

Metodologia é uma questão indispensável na produção do conhecimento. É através da qual


podemos explicar, ao leitor, qual foi o procedimento de aprendizagem de conhecimento.

Podemos dizer ainda que metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizadas numa
investigação para o alcance de um fim, ou por outra, método é o procedimento, um conjunto de
procedimentos sistemáticos, utilizado para se obter um resultado desejado, ou seja, o plano
geral, norteador do processo, o caminho, o modo escolhido para se chegar a uma resposta, a
uma solução. Porque a nossa pesquisa é de natureza investigativa e científica, a recolha e
revisão bibliográfica, hermenêutica textual, a entrevista e análise crítica serão os métodos que
empregaremos para a produção da nossa monografia.

5.1. Instrumentos de recolha de dados

Os instrumentos utilizados para a recolha de dados serão:

 Questionário
 Mapas
 Máquina fotográfica
 Análise e interpretação dos resultados:

A análise e interpretação quantitativa dos resultados serão realizadas usando o pacote


estatístico Excel, através da construção dos gráficos e tabelas no pacote, os resultados dos
dois testes aplicados aos alunos das duas turmas e posteriormente a comparação dos mesmos.

5.1.1. Área e População

O estudo será realizado na área referente ao Bairro Chambone 3 da Cidade de Maxixe. A


população será composta por 50 pais e ou encarregados de educação.

5.1.2. Caracterização da Amostra

Neste contexto, a amostra será extraída da população descrita acima, sendo que irá se
trabalhar com 30 pais e ou encarregados seleccionadas aleatoriamente no bairro pelo método
aleatório simples (através do sorteio, no qual vai se colocar em pequenas folhas, os números
das famílias numa urna e escolhera-se ao acaso seis delas), das quais três servirão de famílias
experimentais e as outras servirão de famílias de controlo.
6. Referências bibliográficas

(pp. 184-202; 3 edition). Hoboken, NJ: Wiley

484-502). Boston: Allyn & Bacon

APPOLINÁRIO, Fábio.  Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. São Paulo:


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BETTELHEIM, Bruno. Uma vida para seu filho: pais bons o bastante. Rio de Janeiro,
Campos, 1988;

Côté, J., & Hay, J. (2002). Children’s involvement in sport: A developmental

Côté, J., Baker, J., & Abernethy, B. (1999). Practice and Play in the Development of

D’COSTUMES,GREGORIO. Educação Familiar: fragilidade relacional e firmeza educativa,


Unisaf;

Edington, C. R.; Kowalski, C. L. Randall, S. W. (2005). Youth work: emerging

FERRAZ, O. O desenvolvimento da noção de regras do jogo de futebol. Rev. paul. Educ. Fís.,
São Paulo, 1997;

FERREIRA, D., & Chicau, C. Envolvimento Parental no Futebol Juvenil. Caldas


daRainha.Disponívelemhttp://www.caldassportclube.pt/document;

FILGUEIRA, F. M.; SCHWARTZ, G. M.. Torcida familiar: a complexidade das


interrelaçõesna iniciação esportiva ao futebol. In: Rev. Port. Cien. Desp., v.7, n.2, 2007.
p.245-253.

FILGUEIRA, M., Schwartz, M. (2007). Torcida familiar: a complexidade das inter-relações;

GIL, António Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, 5ª ed., São Paulo, Atlas
S.A.,1999;

GRESSLER, A. Pesquisa Social. Lisboa, Publicações escolares, 1979;

MAHUMANE, Paulo Albino. Somos uma identidade própria: percorrendo as trilhas de uma
identidade tsonga criada. As múltiplas identificações no contexto urbano do Bairro Luís
Cabral”. Salvador, Universidade Federal de Bahia, 2007;

MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 5ª Edição, São Paulo, Atlas,


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MARIVOET, S. (1998). Aspectos Sociológicos no Desporto. Lisboa: Livros Horizonte;


MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. 2. ed. São
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perspective. In J.M. Silva & D.E. Stevens (Eds.) Psychological foundations of sport (pp.

PRODANOV, Cleber Cristiano & FREITAS, Ernan Cesar de. Metodologia do Trabalho
Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa do Trabalho Académico. 2ª ed.: Feevale, Novo
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RICHARDDSON, Roberto Jorry, Pesquisa Social; Métodos e Técnicas. 3ª ed. São Paulo,
1999.

Sport Expertise. In R. Eklund & G. Tenenbaum (Eds.), Handbook of Sport Psychology,

TEIXEIRA, M.C; Filho ND. A influência dos pais na iniciação desportiva de crianças e
adolescentes. R. Min. Educ. Fís. 2008;16 (1): 75-93;
APÊNDICES
Universidade Pedagógica Sagrada Família/Maxixe

Curso: Educação Física e Desporto

Entrevista dirigido aos pais / encarregados de educação, e líder comunitário do barro


chambone – 3 cidade da Maxixe.

Participação dos elementos a cima no desporto dos seus filhos;

Questionário Adaptado por Edington, (2005).

Interferência para a pratica das actividades desportivas (TEMBE 2005)

Prezado pais e Estimado líder comunitário/ encarregado de educação


Como esta entrevista não se pretende julga-lo como educador apenas visa colher informação
sobre a prática desportivo dos filhos. Assim pede – se a maior colaboração no fornecimento
de respostas, devendo assinalar como (x) apenas nas a afirmações que considere estar de
acordo como a sua pratica.

1. Géneros; masculino ( ) feminino ( )

2. Nível académico básico ( ) médio ( ) superior ( ) não escolarizado ( )

3 .Foi ou e praticante de uma modalidade desportiva?

Sim ( ) Não ( )

4.No seu bairro pratica – se desporto?

Sim ( ) Não ( )

5.Existem espaços para a prática desportiva dos filhos?

Um ( ) vários ( ) nenhum ( )

6.Tem conhecimento sobre a importância da prática de desporto nos Jovens?

Sim ( ) Não ( ) Pouco ( )

7.Neste bairro liberam as crianças sem descriminação de género para esta prática?
8. Na sua região existem espaços disponíveis para a prática de diversas modalidades
desportivas?

Sim ( ) Não ( )

Se a resposta for não, como fazer para que existam? _______________________________

___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.

9. Deixa os seus filhos a praticarem o desporto?

Sempre ( ) As vezes ( ) Nunca ( )

10.Acha que a pratica de desporto para as crianças traz um benefício? Comente;


___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________..

11.Como encarregado já negociou com o governo municipal para a locar material desportivo
no seu bairro com vista a incentivar e desenvolver a pratica desportiva?

Sim ( ) Não ( )

12.Há encarregados que se mostram resistentes em impedir os filhos a praticarem o desporto?

Sim ( ) Não ( )

Se sim o que faz para reverter a situação? ________________________________


___________________________________________________________________________
_______________________________________________________

13.Tem comprado material desportivo para modalidade desportivo que seu filho pratica?

Sim ( ) N ao ( )

14.Quando o seu filho volta da prática desportiva com lesões ligeiras ou graves deixa-o
regressar após a cura?

Sim ( ) Não ( )

15.Quantas vezes tem reunido com os jovens por ano para incentiva – lás a praticar o
desporto?
Uma ( ) 2 ( ) 4( ) Nunca ( )

16.Na sua opinião que estratégias os pais encarregados de educação deviam adoptar que
envolvam – se nas actividades desportiva dos filhos?

( ) incentivar com elogio após a pratica?

( ) Acompanha - los aos jogos.

( ) comprar material desportivo e oferece.

( ) Dar pouco tempo para os filhos praticarem o desporto

( ) Espera que os filhos tenham glorias no desporto para posterior apoio

Muito obrigado pela colaboração


Universidade Pedagógica Sagrada Família/Maxixe

Curso: Educação Física e Desporto

Questionário dirigido aos filhos jovens do bairro chambone -3

Questionário adaptado por Edington, (2005).

Auto - estima (Vasconcelos Raposa & Freitas (1999)

Caro filho (a)


O presente questionário tem em vista a obter informações sobre como os seus pais
participam nas suas actividades desportivas e que pretendemos com o mesmo colher
informações que facilitarão no termino do trabalho final do curso de licenciatura
Coloque (x) na (s) alternativa/s que correspondentes a sua opinião/s

1, Identificação, Sexo; Masculino ( ) Feminino ( )

2,Idade; 6 a 10 ( ) 11 a 14 ( ) 15 a 18 ( )

3.Estudante? Sim ( ) Não ( )

4. Pratica o desporto? Sim ( ) Não ( )

5. O que lhe da pratica desportiva? ( ) prazer ,( ) fortalece o corpo ,( ) ajuda nos estudos

6.Pratica o desporto na sua região na escola ou num clube federado? _____________

7.Seus pais encarregados de educação apoiam a ideia de praticares desporto? sim ( ) Não (
)

Se não porque? ____________________________________________________.

8.Os pais assistem quando os filhos praticam o desporto? Sim ( ) Não ( ) as vezes
( )

9.Na sua opinião o que deveriam fazer os pais para apoiar os filhos praticarem o desporto?

( ) liberar a irem a praticar após actividades domésticos e escolar.

( ) comprar material adequadas para lhe incentivar a pratica do desporto.

( ) Assistir os jogos dos seus filhos torcendo por eles

( ) Não dar tempo para brincadeiras que não fazem parte do desporto

5 Na sua zona tem recintos para prática de desporto?

Sim ( ) Não ( )

Muito obrigado

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