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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

ANÁPOLIS – GO

2021

1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

INSTITUTO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO E LICENCIATURAS

CÂMPUS CENTRAL

Unidade Universitária de Anápolis - CSEH - Nelson de Abreu Júnior

Unidade Universitária de Goianésia

CÂMPUS NORDESTE: Sede Formosa

CÂMPUS CORA CORALINA: Sede Cidade de Goiás

Unidade Universitária de Itapuranga

CÂMPUS SUL: Sede Morrinhos

Unidade Universitária de Pires do Rio

CÂMPUS SUDOESTE: Sede Quirinópolis

CÂMPUS OESTE

Unidade Universitária de Iporá

CÂMPUS NORTE: Sede Uruaçu

Unidade Universitária de Porangatu

Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (CEAR)

Antônio Cruvinel Borges Neto


Reitor

Raoni Ribeiro Guedes Fonseca Costa


Pró-Reitor de Graduação

Cláudio Roberto Stacheira


Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Sandra Máscimo da Costa e Silva


Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Estudantis

Talles Mendes de Castro


Diretoria de Gestão Integrada

Marcos Vinicius Ribeiro


Diretor do Instituto Acadêmico de Educação e Licenciaturas (IAEL)

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Kesia Rodrigues dos Santos
Coordenadora do Câmpus Central: Unidade Universitária de Anápolis - CSEH - Nelson de
Abreu Júnior

Cristina de Araújo Oliveira


Coordenadora da Unidade Universitária de Goianésia

Arlete de Freitas Botelho


Coordenadora do Câmpus Nordeste

Deborah Magalhaes de Barros


Coordenadora do Câmpus Cora Coralina

Jose Elias Pinheiro Neto


Coordenador da Unidade Universitária de Itapuranga

Júlio Cesar Meira


Coordenador do Câmpus Sul

Anderson Cavalcante Goncalves


Coordenador da Unidade Universitária de Pires do Rio

Roberto Barcelos Souza


Coordenador do Câmpus Sudoeste

Saulo Henrique de Oliveira


Coordenador da Unidade Universitária De Iporá

Isabella Christina da Mota Bolfarini


Coordenadora do Câmpus Norte

Lucimar Marques da Costa Garção


Coordenadora da Unidade Universitária de Porangatu

Valéria Soares de Lima


Coordenadora do Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede (CEAR)

Robson Rodrigues Gomes Filho


Coordenador(a) Central do Curso

Fábio Santiago Santa Cruz


Coordenador Setorial do Curso de História no Câmpus Nordeste, sede Formosa

Flávia Biseth Raposo Martins


Coordenadora Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Goianéisa

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Itelvides José de Morais
Coordenador Setorial do Curso de História no Câmpus Sul: sede Morrrinhos

Júlia Bueno de Morais Silva


Coordenadora Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Anápolis - CSEH -
Nelson de Abreu Júnior

Lucas Pires Ribeiro


Coordenador Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Irapuranga

Mateus Vieira Orio


Coordenador Setorial do Curso de História no Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede

Max Lânio Martins Pina


Coordenador Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Porangatu

Neilson Silva Mendes


Coordenador Setorial do Curso de História no Câmpus Norte: sede Uruaçu

Paulo Sérgio Cantanheide Ferreira


Coordenador Setorial do Curso de História no Câmpus Cora Coralina: sede Cidade de Goiás

Robson Rodrigues Gomes Filho


Coordenador Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Pires do Rio

Tiago de Jesus Vieira


Coordenador Setorial do Curso de História na Unidade Universitária de Iporá

Victor Passuello
Coordenador Setorial do Curso de História no Câmpus Sudoeste: sede Quirinópolis

Robson Rodrigues Gomes Filho


Júlia Bueno de Morais Silva
João Paulo de Paula Silveira
Genilder Gonçalves da Silva
Raquel Miranda Barbosa
Renato Fagundes Pereira
Itelvides José de Morais
Maria Juliana Rodrigues de Jesus
Mateus Vieira Orio
Victor Passuello
Fábio Santiago Santa Cruz
Membros do Núcleo Docente Estruturante (NDE)

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SUMÁRIO

1 Apresentação do PPC ................................................................................................................................................. 6


1.1. Concepção do curso ................................................................................................................................................. 8
1.2. Justificativa do curso ............................................................................................................................................. 14
1.3. Objetivos do curso ................................................................................................................................................. 15
2 Perfil do egresso do curso ........................................................................................................................................ 16
2.1 - Habilidades e Competências .................................................................................................................................... 17
3 Organização didático-científica e metodologia de ensino e aprendizagem do curso ............................................... 19
4 Formação efetiva socialmente referenciada e orientação humanística da formação do discente ............................. 20
5 Liberdade de pensamento e expressão, sem discriminação de qualquer natureza ................................................... 21
6 Universalidade do conhecimento e fomento à interdisciplinaridade ........................................................................ 22
7 Compromisso com o desenvolvimento humano, cultural e socioeconômico do País, do estado de Goiás e suas
microrregiões, na busca democrática de soluções para os problemas existentes .............................................................. 24
8. Compromisso com a paz, a promoção e defesa dos direitos humanos, a inclusão social, a preservação do meio
ambiente, em especial do Cerrado, e a cidadania ............................................................................................................. 30
9. Articulação entre teoria-prática e estratégia de flexibilização curricular ...................................................................... 31
10. Articulação entre ensino, extensão, pesquisa e a pós-graduação (stricto e lato sensu) ....................................... 34
11. Flexibilização curricular: disciplinas propedêuticas, correquisito e pré-requisito .............................................. 36
12. Avaliação das atividades didático-pedagógicas e científicas .............................................................................. 38
13. Semipresencialidade ........................................................................................................................................... 39
14. Atividade de extensão ......................................................................................................................................... 40
15. Atividades complementares ................................................................................................................................ 42
16. Projetos de ensino ............................................................................................................................................... 45
17. Estágio curricular supervisionado obrigatório e/ou não obrigatório ................................................................... 46
18. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ............................................................................................................. 47
19. Exame nacional de desempenho dos estudantes (Enade) ................................................................................... 49
20. Prática como componente curricular (exclusivo para as licenciaturas) .............................................................. 50
21. Estrutura Curricular ............................................................................................................................................ 51
21.1. Núcleos comum, modalidade, livre e específico ............................................................................................ 52
21.2. Ementas e Bibliografias ................................................................................................................................. 53
21.3. Dimensionamento da carga horária da matriz curricular ................................................................................ 67
21.4. Identificação do curso .................................................................................................................................... 66
21.5. Matriz Curricular ............................................................................................................................................ 66
22. Referências Bibliográficas do PPC ...................................................................................................................... 68

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1 APRESENTAÇÃO DO PPC

Este Projeto Pedagógico nasceu da necessidade de reformular o processo formativo dos


profissionais da História, graduados nos cursos oferecidos pela Universidade Estadual de Goiás,
colocando-os em sintonia com o recente desenvolvimento da produção historiográfica e dos métodos
de ensino, considerando que tal desenvolvimento, que é social, política e culturalmente situado,
condiciona o quê, o como e o para quê ensinar e aprender história.

O impulso inicial desse processo de reformulação curricular foi dado pela transformação da
organizacional da UEG por causa do seu novo estatuto (Decreto Estadual n. 9.593/2020) e, por causa
da implantação da nova BNCC que foi homologada em Dezembro de 2018 e que demandou a criação
de um novo currículo, de matriz unificada, para todos os cursos de História da UEG que foi
implantada no primeiro semestre de 2021. Em decorrência dessas mudanças, num primeiro momento,
as discussões foram orientadas para a mera unificação das “grades curriculares” dos cursos até então
em funcionamento na Instituição. Entretanto, já no começo, os professores envolvidos perceberam a
necessidade de ultrapassar esse limite estritamente formal, passando ao estudo das teorias e
concepções curriculares e da legislação pertinente, chegando-se à definição das concepções de
história, de educação e de professor que deveriam referenciar o perfil do profissional que se desejava
formar, bem como das estratégias educativas para atingir tal fim.

Este novo currículo referencia-se no pressuposto de que o homem é um ser histórico e a


história é produto de suas relações com a natureza e com seus semelhantes na busca da significação
das suas ações e existência. Nessa perspectiva, o homem é, ao mesmo tempo, autor e fonte de
informação da história, tomado em suas dimensões social, econômica, política e cultural, e a história
é a ciência que oferece um pressuposto metodológico que favorece o desenvolvimento de determinada
aprendizagem e reflexão.

Tendo em vista concretizar essa aspiração, inseriram-se neste Projeto Pedagógico mecanismos
que possibilitam a articulação entre teoria e prática e o desenvolvimento da interdisciplinaridade,
tanto na dimensão do ensino quanto da pesquisa. Ancorados nesse instrumental, os cursos de História
da UEG têm como missão formar professores com amplo domínio do conhecimento histórico, bem
como com domínio dos seus processos de produção e dos saberes necessários ao seu ensino nas séries
do ensino fundamental e médio, nas modalidades regular e Educação de Jovens e Adultos.

Este Projeto Pedagógico na sua dimensão curricular contém, portanto, os elementos


necessários à formação do profissional da História capacitado para realizar tanto o ensino dos
conteúdos da disciplina quanto para produzir e difundir o conhecimento histórico fora do ambiente
escolar nas relações de trabalho, sociais e culturais. A formação profissional do historiador adquire

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mais sentido atualmente principalmente por causa da aprovação e sanção da Lei Nº 14.038, de 17 de
agosto de 2020, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de Historiador. A partir dessa data
todos os historiadores formados nos cursos de graduação de História no Brasil reconhecidos pelo
MEC podem requerer o registro profissional de Historiador.

A formação desenvolvida da matriz curricular que está contida neste Projeto Pedagógico se
articula em torno de quatro núcleos de disciplinas: núcleo comum, composto por disciplinas
oferecidas em comum a todos os cursos da Universidade Estadual de Goiás; núcleo de modalidade
licenciatura, composto por disciplinas de formação pedagógica oferecidas em comum a todos os
cursos de licenciatura da Universidade Estadual de Goiás; núcleo específico, constituído de conteúdos
de áreas de conhecimento afins à História; e núcleo livre. A articulação entre teoria e prática perpassa
todas as disciplinas, especialmente no desenvolvimento da prática curricular na forma de projetos
interdisciplinares, tendo como ponto culminante a produção de um Trabalho de Curso e a realização
do Estágio Supervisionado pelos graduandos. Além dos conteúdos e procedimentos já elencados,
prevê-se a participação obrigatória dos graduandos em Atividades Acadêmicas Complementares
durante todo o curso. Neste novo Projeto Pedagógico dos cursos de História da UEG implanta-se,
também, a curricularização da extensão de acordo com a legislação vigente (MEC- RESOLUÇÃO
Nº 7, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018). A partir dessa curricularização os graduandos de História
se tornam, ainda mais, os protagonistas de sua formação, conforme defende a nova BNCC de 2018.
Estreitando-se assim a relação entre teoria e prática durante toda trajetória de formação do graduando
de História da UEG.

Em termos estruturais, este Projeto Pedagógico se compõe de uma justificativa do marco


epistemológico, onde se encontram a concepção de homem, de sociedade, de história, de educação,
de professor e de currículo; do perfil profissional e respectivas competências e habilidades que propõe
formar; dos objetivos do curso; da estrutura curricular e das formas de articulação entre seus diversos
componentes; do ementário das disciplinas e respectivas bibliografias básica e complementar; dos
princípios e parâmetros do sistema de avaliação; do perfil do quadro docente pretendido pelo curso;
da previsão de nominata do corpo docente de cada curso, na forma de anexo; dos princípios e
parâmetros da formação continuada a ser oferecidos aos egressos e demais interessados; a previsão
de avaliação institucional (ENADE) e dos mecanismos de aperfeiçoamento do Projeto; princípios e
formas da gestão acadêmica dos cursos; indicações sobre a formação do acervo bibliográfico e
constituição de laboratórios de pesquisa e ensino; previsão das formas de ingresso no curso e ações
para implementação do Projeto.

Dado o seu caráter histórico, tanto o Projeto Pedagógico, como a matriz unificada dos cursos
de História da UEG são expressões do contexto sociocultural e político em que foram gestados,
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orientados pelos valores e concepções dos que o construíram. Sendo histórico não é definitivo e será
sempre a expressão mais coerente dos que se dedicam à produção e ensino do conhecimento histórico
na UEG, quanto mais comprometidos estiverem com o seu aperfeiçoamento.

O Curso de História está submetido à avaliação periódica para sua revalidação pelo Conselho
Estadual de Educação do Estado de Goiás. Assim, com o intuito de garantir a revalidação do
reconhecimento dos cursos de História da UEG, para que possa atender o número crescente de
professores de Goiás, o NDE dos cursos de História da UEG realizou várias reuniões nas quais foram
discutidos aspectos importantes para a consolidação deste, como: necessidade de formação em nível
superior dos professores do Ensino Fundamental e Médio, a qualidade do ensino a ser oferecido,
características que estes cursos deveriam assumir e a necessidade de elaborar um currículo adequado,
necessidade de criar cursos de formação de professores tendo como objetivo principal a vinculação
teoria-prática. A revalidação do reconhecimento do curso de História envolve a sociedade goiana em
sua totalidade, pois revela uma necessidade dos professores, anseio das instituições de ensino
fundamental e médio e conta com o apoio das sociedades locais nas quais os cursos de História da
UEG estão estabelecidos.

Baseados em conceitos que envolvem o bem estar e o crescimento da sociedade, o NDE dos
cursos de História da UEG acredita que, assim, estará colaborando efetivamente com a sociedade que
representa, considerando seu compromisso maior que é a educação e seu papel de promover o saber
e proporcionar meios de socializá-lo. Pois, além do ensino e formação de professores de História para
atuarem na educação básica, o curso de História tem contribuído para o desenvolvimento do
conhecimento histórico sobre a história, a cultura e a memória da sociedade goiana, sobretudo, a partir
da reformulação da Matriz Curricular dos cursos de História implementada na forma unificada desde
o ano de 2004, quando fez-se uma opção pela Licenciatura, porém, com a preferência de formar um
professor com perfil de pesquisador. Opção mantida nas reestruturações implementadas a partir de
2009 e 2014, e na atual, em 2021, discutida e aprovada nos colegiados de cursos e no NDE dos Cursos
de História da Universidade Estadual de Goiás.

1.1. Concepção do curso

Este Projeto Pedagógico do curso de História oferecido em diversos municípios pela


Universidade Estadual de Goiás, têm como referência a concepção de homem como um ser histórico,
que, é o próprio existir individual e coletivo, transforma o mundo e a si mesmo condicionado pelas
condições materiais de existência, pelas relações sociais e pelos valores vigentes em cada contexto
histórico. É assim que podemos afirmar que “os homens fazem sua própria história, mas não fazem

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como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” (MARX, 1978:17).

Verifica-se aí uma relação dialética dos homens com o meio e com os seus semelhantes, cuja
síntese é a história, um processo complexo passível de múltiplas significações, variáveis no tempo e
no espaço, de acordo com o lugar social e os valores dos seus significadores. Desse ponto de vista, a
humanidade é considerada em toda a sua complexidade, levando em conta as variadas formas de
relações sociais, econômicas e políticas; a diversidade das culturas, dos valores e das visões de mundo
que se inter-relacionam em cada contexto.

A sociedade brasileira é aqui considerada sob a mesma perspectiva, com sua identidade
histórica própria, construída a partir de um passado colonial escravista com tudo que representou e
deixou de herança, não obstante as transformações pelas quais tem passado ao longo dos séculos;
com sua pluralidade étnica e diversidade cultural; com suas desigualdades sociais e diferenças
regionais. Com suas permanências e seu potencial transformador. Uma identidade forjada na
dinâmica das relações internas, mas também na interação com outras sociedades. Ao se constituir em
mediação que liga “o espaço de experiência” ao “horizonte de expectativas” das sociedades humanas,
conforme Koselleck (2006), e de seus grupos sociais, a História pode contribuir tanto para a
reafirmação de valores tradicionais e para a reprodução de certas visões de mundo, legitimadores da
ordem estabelecida, de acordo com Fontana (1998), quanto para ressignificar o passado, de modo a
inspirar a construção de um futuro que corresponda aos interesses e aspirações de grupos sociais em
situação de desvantagem frente aos interesses hegemônicos do presente. Concebidos nos limites
desses marcos, os cursos de História da UEG constituem em espaço de reflexão crítica dos
significados e representações construídos pela historiografia e de produção de novos conhecimentos
acerca das experiências dos distintos sujeitos históricos. De igual forma, considerando o papel ético-
político que a História pode desempenhar, os cursos da UEG se constituem em ambiente de
desenvolvimento da consciência democrática, de reafirmação do respeito às diferenças culturais e à
liberdade de opções individuais e de comprometimento com a construção de uma sociedade baseada
em relações de igualdade e nos laços de solidariedade entre seus membros e demais povos do planeta.

Do ponto de vista epistemológico e paradigmático da área específica de conhecimento, este


Projeto Pedagógico é influenciado pela compreensão de que a História é plural. Ainda que uma ou
outra vertente historiográfica goze de maior prestígio entre a maioria da comunidade dos historiadores
em determinados momentos. Essa pluralidade se manifesta nas distintas concepções da relação
cognitiva sujeito-objeto do conhecimento, na definição do caráter do conhecimento histórico no que
tange à cientificidade, à veracidade e à objetividade/subjetividade, cuja discussão é remetida para o
debate acadêmico. Sendo a Histórica plural, o Projeto Pedagógico dos cursos de História da UEG tem
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a pretensão de ser espaço de diálogo entre os diferentes paradigmas, inclusive os “rivais”, na
expressão de Ciro Cardoso (1997), e as diversas especialidades, incluindo as demais disciplinas com
as quais a História mantém afinidades e se relaciona. Com isso se assegura a liberdade intelectual e
as condições ético-políticas para o exercício do pensar crítico e da criatividade, a partir das opções
do seu corpo docente e dos interesses dos discentes, mantendo diálogo permanente com a comunidade
acadêmica externa e com os setores da sociedade interessados no conhecimento histórico e no
trabalho dos profissionais da história, especial os professores e estudantes do ensino fundamental e
médio. Essa abertura é tida aqui como meio privilegiado de atualização permanente dos docentes e
dos acadêmicos com os debates teóricos e metodológicos que envolvem a produção historiográfica e
o ensino da história no presente, sem ignorar ou desprezar as tradições difundidas em nossa sociedade.

Sem prejuízo dessa pluralidade reconhecida e assumida, os cursos de História da UEG


fundamentam-se em algumas definições referentes aos elementos e ao processo do conhecimento
histórico. Em primeiro lugar, se assentam na historicidade do conhecimento histórico. Mais do que
um jogo de palavras, reconhece-se aqui que o pensar histórico é dinâmico, como a própria história da
qual é a representação. Não obstante as permanências que se possam verificar, o traço fundamental
da história é a transformação. Desde Heródoto e Tucídides, com mais razão nos dois últimos séculos,
está também tem sido a marca do conhecimento histórico, ainda que incorpore ou retome, sempre de
forma reelaborada, elementos teóricos e metodológicos de tradições historiográficas ditas superadas.
Afinal, a História “é filha do seu tempo”.

Isto implica em conceber o conhecimento histórico como pensamento, elaborado a partir de


problemas que o historiador se coloca, motivado pelas preocupações do tempo presente acerca do
sentido da história. Dessa maneira, “Pensar é perguntar continuamente, transformando possíveis
soluções em novos enigmas [...] é problematizar um objeto bem demarcado, criar hipóteses, testá-las.
Depois, procurar articular um discurso sobre esse objeto em linguagem clara e comunicável,
debatendo-o publicamente, iluminando-o sob diversos ângulos, percebendo-o em suas mudanças no
tempo, para ver esse objeto tornar-se um enigma ainda maior!” (REIS, 2003: 97-98). Disto se conclui
que é impossível “ser historiador sem tomar o conhecimento histórico como problema” (REIS, 2003:
98).

O problema é o estímulo pela produção do conhecimento, sem ele não há pesquisa e, em


decorrência, o ensino da história não passa de mera reprodução acrítica, na medida em que toma o
conhecimento elaborado como dado e não como objeto de reflexão e ponto de partida para novas
investigações.

A pesquisa, em sentido amplo, é a maneira mais eficaz de ensinar-e-aprender, tendo em vista

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a formação de indivíduos capazes de assumir o próprio processo formativo com o máximo de
autonomia. De conformidade com esse pressuposto, a formação do professor de História preconizada
neste Projeto Pedagógico se fundamenta na interação entre o ensino e a pesquisa, entre teoria e prática
como os eixos articuladores do processo formativo, de modo a proporcionar aos formandos: o
domínio da natureza do conhecimento histórico, das “diferentes concepções metodológicas que
referenciam a construção de categorias para a investigação e a análise das relações sócio-históricas”
(Parecer CNE/CES 492/2001), o domínio das práticas de produção e difusão do conhecimento
histórico no âmbito acadêmico e em outros espaços que demandam a atuação do profissional da
História; o conhecimento das principais interpretações históricas e a capacidade de dialogar com as
distintas escolas historiográficas; a capacitação para o desenvolvimento da pesquisa histórica,
centrado na problematização da constituição de diferentes relações de tempo e espaço nas dimensões
das experiências dos sujeitos históricos; o domínio das principais teorias pedagógicas, das
metodologias de ensino adequadas às séries do ensino fundamental e médio e dos métodos e técnicas
da pesquisa educacional; e oportunidades de praticar a pesquisa histórica e sobre o ensino da História
nas séries da educação básica, contribuindo, assim, para torná-lo mais estimulante, prazeroso e crítico.

A UEG ao longo destes 22 anos de sua existência tem trabalhado com o objetivo de
desenvolver um projeto pedagógico em que esteja explicitada a concepção de educação, de formação
de professor e de currículo, que deveria referenciar e conferir identidade à prática pedagógica dos
cursos de Licenciatura oferecidos pela Instituição.

Por ser uma prática de intervenção na realidade social, a educação é um fenômeno


multifacetado composto por um conjunto complexo de perspectivas e enfoques. Não pode, portanto,
ser considerada como uma área isolada, uma vez que múltiplos elementos se inter-relacionam na
constituição do seu objeto. Em outras palavras, a prática pedagógica é influenciada por múltiplas
dimensões: social, política, filosófica, ética, técnica, histórica e psicológica (SEVERINO, 1991: 36).

Considerada essa complexidade, a educação é aqui concebida como um processo de


conhecimento do mundo e das diferentes relações que os indivíduos e grupos sociais estabelecem
entre si, no tempo e no espaço, com a finalidade de nele intervir para transformá-lo e adequá-lo às
suas necessidades e interesses, de acordo com suas possibilidades e limites gerados pelas condições
do desenvolvimento histórico de cada sociedade, mediado pelos valores e representações de homem
e de sociedade do seu tempo.

Vista dessa forma, a educação cumpre tanto uma função legitimadora das relações sociais e
de poder vigentes na sociedade, quanto pode, através da reflexão crítica sobre a realidade, levar à sua
ressignificação e contribuir para a transformação das relações do educando com os demais sujeitos

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históricos e com o seu meio. É nessa perspectiva que a práxis formativa desenvolvida nos cursos de
História da UEG interage com o fazer da ação educativa. Estabelecendo uma relação democrática,
comprometida com as relações de igualdade, com o respeito às diferenças culturais e às opções
pessoais, teóricas e políticas, bem assim, com a busca da verdade e reafirmação dos valores da justiça,
da liberdade e da solidariedade.

Desse modo, a formação integral do profissional de História deve levar em conta a


complexidade do processo ensino-aprendizagem, que tem como pressupostos básicos e igualmente
necessários o domínio dos conteúdos específicos e dos processos de sua produção e difusão,
especialmente das práticas pedagógicas por meio das quais se realiza a sua transmissão no ambiente
escolar. Em consonância com tal entendimento, os princípios que nortearão as ações de formação
inicial e continuada dos professores de História na UEG são:

A valorização da formação e da ação docente, pautada na reflexão crítica das práticas


formativas reducionistas e das representações depreciativas da Licenciatura em História como “curso
de segunda categoria”, considerando-o “fácil” de cursar, por que “sem maiores exigências teórico-
metodológicas”. Com isso, buscar-se-á romper com a concepção pragmática e utilitarista do fazer
pedagógico, que reduz o professor à condição de mero reprodutor de conhecimentos. A valorização
da profissão de professor de História implica em superar a própria autonegação de sua identidade
profissional.

No que tange a relação dialógica entre formadores e formandos, este princípio se refere ao
estabelecimento de uma comunicação significativa e significante entre formandos e formadores em
que os primeiros se apresentam com sua história pessoal, seus saberes e seus valores para
apreenderem as possibilidades transformadoras da própria experiência e do conhecimento, e os
professores comparecem com sua personalidade, seus saberes e suas práticas, propiciando, naquilo
que couber ao trabalho formativo, o pleno desenvolvimento das potencialidades intelectuais dos
formandos. Este princípio se fundamenta na compreensão de que o conhecimento é uma construção
social e que os estudantes incorporam atributos cognitivos e históricos, crenças, práticas,
expectativas, desejos e necessidades a partir de sua cultura. Os professores de História formados pela
UEG devem desenvolver a consciência de que a cultura em que vivem e os modos de pensar e de
agir, trazidos para a sala de aula, influenciam a maneira como eles percebem, estruturam e dão
significados à sua experiência e ao seu fazer profissional. Ao proporcionarem aos formandos a
apropriação de novos métodos, novos meios e diferentes experiências, de forma crítica, os professores
dos cursos de História da UEG lhes possibilitam conscientizarem-se de que os “sujeitos” envolvidos
no processo educativo atuam, sempre, com um sistema de referência sociocultural. Desta forma,
reconhecem a base social de suas percepções, a natureza social e política do pensar e do agir. Ainda
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mais, terão a oportunidade de eleger elementos teóricos que comporão a estrutura referencial para o
seu agir e o seu pensar.

A formação de profissionais como um processo contínuo. A formação continuada situa os


saberes dos professores de História da educação básica em um quadro dinâmico de situações
vivenciadas que, articulando-se com a formação inicial para uma reflexão mais apurada sobre a
prática, promova o desenvolvimento pessoal e profissional desses agentes. Isto implica na existência
de ligação entre formação inicial e continuada que, apesar de se constituírem em fases distintas,
mantêm uma unidade em torno de princípios epistemológicos, éticos e didático-pedagógicos comuns.
Este princípio encontra sua sustentação na Resolução CNE/CP nº 1/2002, de 18 de fevereiro de 2002,
que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação
Básica, que, no § 2º do artigo 14, enuncia: “Na definição da estrutura institucional e curricular do
curso, caberá a concepção de um sistema de oferta de formação continuada que propicie oportunidade
de retorno planejado e sistemático dos professores às agências formadoras.”

O currículo não pode ser confundido com o total das atividades desenvolvidas sob a
responsabilidade da instituição formadora, nem ser reduzido apenas ao seu conteúdo ou à sua forma,
isto é, à maneira como estão distribuídas as disciplinas e respectivas cargas horárias. Fernández
(2001; mimeo) define o currículo como “algo mais que plano ou programa” (FERNÁNDEZ, 2001:
1). Para essa autora, o currículo consiste num “projeto sistematizado de formação” (FERNÁNDEZ,
2001: 2), sendo, por isso, “um processo de realização através de uma série estruturada e ordenada de
conteúdos e experiências de aprendizagem, articulados em forma de proposta político-educativa” que
expressa interesses de “diversos setores sociais interessados num tipo de educação particular, com a
finalidade de produzir aprendizagens significativas que se traduzam em formas de pensar, sentir,
valorar e atuar frente aos problemas complexos que delineiam a vida social e laboral num contexto
determinado” (FERNÁNDEZ, 2001: 2).

Em concordância com Grundy (apud SACRISTÁN, 2000), que compreende o currículo como
‘uma construção cultural’, ‘um modo de organizar uma série de práticas educativas’ e não como ‘um
conceito (GRUNDY apud SACRISTÁN, 2000: 14), Sacristán (2000), argumenta que o currículo “é
uma práxis”, “expressão da função socializadora e cultural que determinada instituição tem, que
reagrupa em torno dele uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais se encontra a
prática pedagógica desenvolvida em instituições escolares que comumente chamamos ensino”
(SACRISTÁN, 2000: 16).

Sendo uma ‘construção cultural’, ou “uma invenção social como outra qualquer”, na acepção
das teorias críticas (apud Silva, 2001: 148), o currículo reflete os interesses sociais conflitantes e as

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relações de poder verificadas na sociedade, assim como “os valores dominantes que regem os
processos educativos” (SACRISTÁN, 2000: 17). Neste último sentido, ele expressa, também, uma
concepção de educação e, consequentemente, de professor, configurando-se, portanto, como um
“documento de identidade” (apud Silva, 2001: 148). Mas se o currículo escolar pode ser definido
como “um território político” e meio de reprodução da “ideologia da classe dominante”, como o é a
educação, ele se constitui, também, em “ponto central de referência na melhora da qualidade do
ensino, na mudança das condições da prática, no aperfeiçoamento dos professores, na renovação da
instituição escolar em geral e nos projetos de inovação dos centros escolares” (apud Silva, 2001: 32).

O currículo deve ser compreendido, ainda, como “o resultado de uma seleção” feita a partir
“de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes” (apud Silva, 2001: 15). Os “conteúdos
culturais” estão na base do ensinar-aprender, sem eles não existe nem ensino nem aprendizagem.
“Todo modelo ou proposta de educação”, afirma Sacristán (2000), “tem e deve tratar explicitamente
o referente curricular, porque todo modelo educativo é uma opção cultural determinada”
(SACRISTÁN, 2000: 30).

Em termos paradigmáticos, a noção de currículo em que se ancora este Projeto Pedagógico


está referenciada nas formulações acima expostas. Assim, o currículo é aqui entendido como uma
construção sociocultural historicamente situada, que reflete as relações sociais de poder, as
representações de mundo e os valores presentes na sociedade, notadamente, mas não exclusivamente,
os dos grupos, social, cultural e politicamente dominantes; é informado por uma concepção de
educação e se articula em torno de conteúdos intencionalmente selecionados e de práticas
pedagógicas historicamente construídas.

Enfim, são as concepções de homem, de conhecimento histórico, de educação, de formação


de professores, de currículo e os valores acima delineados que constituem o marco epistemológico
ou paradigmático deste Projeto Pedagógico de Formação de Profissionais de História dos cursos
oferecidos pela Universidade Estadual de Goiás.

1.2. Justificativa do curso

Historicamente, a reformulação do Curso de Licenciatura em História da UEG –


Universidade Estadual de Goiás se dá, basicamente, diante dos novos regulamentos e da dinâmica
das mudanças que atingiram todos os Cursos de Graduação no país, especialmente o Curso de
Licenciatura em História com a criação da nova BNCC, que foi homologada em sua totalidade em
dezembro de 2018. Novas resoluções do CNE entre os anos de 2017 e 2019 apareceram, contribuindo,
assim, para implementação da nova BNCC (CNE/CP n.2, 2017 partir da; CNE/CEB n.3, 2018;

14
CNE/CP N.4, 2018; e CNE/CP n.2, 2019). A partir dessas novas propostas orientadas e sugeridas
pelo MEC e CNE o perfil do aluno de Licenciatura de História vai mudar, pois para atuar como
docente no ensino fundamental e o médio o graduado em Licenciatura de História deve, a partir de
agora, conhecer e entender as premissas novo perfil educacional que a BNCC contempla para o ensino
fundamental e médio. Por causa da nova BNCC a Pró-Reitoria de Graduação da UEG, do IAEL da
UEG e os próprios docentes dos cursos de História da UEG decidiram que um novo currículo e um
novo PPC deveria ser formulado. Além disso, o próprio conhecimento e saberes históricos
acumulados ao longo dos anos, incorporaram novos saberes e competências, acompanhando as
mudanças historiográficas, a velocidade da informação e os novos campos de ação do egresso do
curso, requerendo desse último um perfil equilibrado entre a competência e a habilidade para atuar
no campo do ensino e da pesquisa histórica, visto que, na atualidade, há um reconhecimento da área
de história dos prejuízos da dissociação entre o ensino e a pesquisa histórica, já que a base do primeiro
são as produções historiográficas resultantes da ação da segunda.

Esta proposta procura estar sintonizada com o estágio atual do desenvolvimento da ciência
histórica e, ao mesmo tempo, ao incorporar disciplinas específicas, busca-se a flexibilidade suficiente
para acompanhar o desenvolvimento dessa ciência, o que determina o perfil do profissional que o
curso pretende formar e a demanda social a ser atendida. O novo currículo dos cursos de Licenciatura
em História da UEG deverá trabalhar com as dimensões de ensino, pesquisa, extensão, e contempla
teoria e prática, prevendo uma articulação entre os diferentes aspectos na formação do Licenciado em
História. A política de formação deste considera o domínio do processo de produção dos conteúdos
bem como o processo de transposição didática deles como requisitos básicos para formar licenciados
competentes, não perdendo de vista as necessidades da sociedade na qual se insere o curso e o
desenvolvimento recente da ciência histórica tal qual vem se desenvolvendo em todo o território
nacional e fora do país.

1.3. Objetivos do curso

O curso de História da UEG tem por objetivo produzir e socializar o conhecimento e o saber,
desenvolver a cultura e a formação integral de profissionais e indivíduos capazes de se inserirem
criticamente na sociedade e promoverem a transformação da realidade socioeconômica do Estado de
Goiás e do Brasil. O objetivo principal do curso de História da UEG é formar professores de História
para atuarem nas séries do ensino fundamental e médio e nas modalidades regular e de Educação de
Jovens e Adultos, tendo em vista os conteúdos da área específica e dos saberes pedagógicos, das
práticas de produção e difusão do conhecimento histórico e da pesquisa educacional. Ao se formarem

15
os egressos do curso de História da UEG também estarão aptos a atuarem no âmbito da gestão escolar
e em outras instituições (museus, bibliotecas, arquivos e outros) nos quais se façam necessários os
saberes próprios da sua área de conhecimento. Irão contribuir para desenvolver a produção
historiográfica sobre a região em que estão inseridos, através de pesquisa sobre temáticas específicas
e do desenvolvimento de Projetos de Iniciação Científica. O curso de história também propicia aos
seus egressos a capacidade de organizar os acervos de fontes de pesquisa referentes à história local
dos municípios atendidos pelo curso. O curso de História da UEG capacita os seus egressos para o
desenvolvimento da consciência preservacionista das sociedades locais acerca do seu patrimônio
histórico-cultural. Estando aptos a difundir conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos, que
são patrimônios comuns da humanidade, e, especificamente, aqueles que vêm da sociedade goiana.
O egresso do curso de História da UEG também será capaz de desenvolver estudos e pesquisas
voltados para a preservação do meio ambiente, com o propósito de ampliar a consciência ecológica,
visando à convivência harmoniosa do homem com o meio ambiente.

No âmbito de atuação na educação básica o egresso do curso de História da UEG será capaz
de desenvolver o ensino de história nas séries da educação básica, tendo em vista a organização dos
currículos, possibilitando a definição de organização dos vários componentes curriculares –
disciplinas, oficinas, estágios supervisionados, núcleos temáticos como forma de garantir o
acompanhamento das transformações sociais. Enfim, o curso de História da UEG tem como objetivos
básicos formar profissionais comprometidos com os esforços coletivos de construção de formas de
existência social baseadas em relações de igualdade, no respeito às diferenças e às opções pessoais,
nos valores da justiça, da verdade e da solidariedade.

2 PERFIL DO EGRESSO DO CURSO

A UEG tem como função básica a formação do homem em sua totalidade, de forma que esteja
apto a responder aos desafios que a prática social apresenta no cotidiano. No que tange ao curso aqui
referido, todavia, o que caracteriza o licenciado em História formado pela UEG é sua consistente
formação na área dos conhecimentos específicos da área – História - dos saberes pedagógicos, e de
outras áreas do conhecimento necessárias à sua capacitação para responder às exigências do seu
campo de atuação; seu domínio dos processos de produção, difusão do conhecimento histórico através
da pesquisa e a consequente transposição didática de conteúdos para o ensino básico; sua
compreensão crítica do processo histórico na sua mais ampla complexidade; sua capacidade de
estabelecer relações efetivas entre conhecimento histórico e pedagógico e realidade sociocultural,
econômica e política global, regional e local; capacidade de assumir a própria formação de maneira

16
autônoma, seja na orientação didático-pedagógica, bem como, articulando a teoria e prática na sua
formação que deve ser entendida como sendo continuada e o fazer profissional é permanente.

O PPI da UEG resume o perfil do egresso da área de licenciatura da seguinte forma:

O perfil do egresso educador deverá primar pela dedicação preferencialmente pela


formação e disseminação do saber científico em diferentes instâncias sociais, seja na
atuação na educação formal, seja em novas formas de educação científica, ou outros
meios de comunicação, principalmente no foco principal, que é o pleno exercício do
magistério na educação básica, sendo capaz de estabelecer relações efetivas entre a
realidade histórica e as realidades sociocultural e econômica, inseridas em um
contexto local, regional e global. (PPI/UEG, 2011, p.31)
Assim, além dessas características, o professor formado no curso de História da UEG, deve
estar qualificado para atuar no âmbito da gestão escolar e em outros ambientes nos quais se façam
necessários os saberes próprios da sua área de atuação e promover a educação de cidadãos atuantes e
conscientes em viver em uma sociedade multicultural e pluriétnica buscando relações étnico-sociais
positivas com o objetivo de consolidar a vida em uma nação democrática.

Por fim, os egressos aqui referidos devem, ainda, estar aptos a se inserirem nos esforços
coletivos de construção de formas de existência social baseadas em relações de igualdade, no respeito
às diferenças e nos valores da justiça, da verdade e da solidariedade. Bem como, deverão estar aptos
a dar continuidade em seus estudos em âmbito de stricto-sensu.

2.1 - Habilidades e Competências

O perfil do professor de História, formado pelo curso de mesma nomenclatura da UEG se


desdobra nas seguintes competências e habilidades:

• Domínio da natureza do conhecimento histórico e das práticas de sua produção e


difusão; não só no âmbito acadêmico, mas também em outros estabelecimentos de
ensino, museus, em órgãos de preservação de documentos e no desenvolvimento de
políticas, bem como, em projetos de preservação, sustentabilidade do patrimônio
cultural e história pública;

• Promover a educação para a mudança e a transformação social, fundamenta-se nos


princípios da dignidade humana, igualdade de direitos, valorização das diferenças e da
diversidade, laicidade e sustentabilidade socioambiental;

• Capacidade de problematizar a constituição de diferentes relações de tempo e espaço,


nas dimensões das experiências dos sujeitos históricos;

• Conhecimento das principais interpretações históricas propostas pelas escolas


17
historiográficas consolidadas;

• Capacidade de interagir com outras disciplinas visando à formação de um


conhecimento inter e transdisciplinar no sentido de proporcionar a ampliação da visão
de mundo, sociedade e cultura ao longo do processo histórico;

• Percepção da unidade do social, ultrapassando as várias divisões disciplinares,


temáticas, cronológicas, geopolíticas (História do Brasil, História da América, História
da Europa, História da África etc.) ou espaciais (global, nacional e regional) do
processo histórico;

• Domínio dos meios de transposição didática dos conhecimentos da área específica


para as séries do ensino fundamental e médio, na modalidade regular e Educação de
Jovens e Adultos;

• Capacidade de assumir sua formação profissional como processo contínuo, autônomo,


tendo a pesquisa como eixo formativo;

• Capacidade de planejar, organizar, executar, gerir e avaliar situações de ensino-


aprendizagem em consonância com os objetivos, os conteúdos e as metodologias por
ele definidas;

• Capacidade de participar da elaboração, implantação e avaliação do projeto


pedagógico da escola, bem como, dos seus processos de organização e gestão
democrática e participativa;

• Ter uma formação que valorize os Direitos Humanos e que promova a cidadania a
partir de uma visão global, sistêmica e multidimensional na formação de sujeitos
conscientes de seus direitos e deveres visando à construção de uma sociedade mais
justa e cidadã;

• Capacidade para contribuir com a organização e as lutas da própria categoria


profissional visando, além da melhoria das condições de trabalho, a valorização
profissional e, também, a preocupação com a qualidade do ensino.

Outras competências e habilidades poderão ser oferecidas no curso de História da UEG, de


acordo com possibilidades do corpo docente local, tais como: preservação do meio ambiente e do
patrimônio material e imaterial produzidos pelo homem ao longo do tempo e do espaço, capacidade
de organizar e utilizar-se de arquivos, bem como, de assessorar atividades práticas relacionadas aos
ofícios de professor e historiador.

18
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-CIENTÍFICA E METODOLOGIA DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DO CURSO

A organização didático-pedagógica do Curso de História da UEG prima pelo


desenvolvimento social e tecnológico no ensino-aprendizagem, contribuindo com as transformações
econômicas, políticas, sociais e culturais. Promove a discussão sobre o papel do profissional e da
formação e preparação deste em relação ao aparato científico-tecnológico e sua atuação social, visto
que cada vez mais o mercado de trabalho tem se tornado muito exigente quanto à qualificação.

Diante do exposto, o Curso, bem como a Universidade, não pode deixar de considerar como
princípio a relação da formação educacional com o trabalho que vai ser desenvolvido pelos discentes
durante e/ou após a sua formação, no sentido de realizar uma intervenção social, buscando o princípio
de fortalecimento dos aspectos técnicos e humanísticos nos cursos de graduação, tornando
indispensável a reflexão sobre os fundamentos que devem reger o papel do homem na sociedade
globalizada.

O Curso tem passado por qualificação em suas práticas e culturas para enfrentar os desafios
do mundo contemporâneo, promovendo a indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e
extensão que supõe transformações no processo pedagógico, pois docentes e discentes constituem-se
como sujeitos do ato de ensinar e aprender, levando à socialização do saber acadêmico. Desse modo,
o Curso planeja ações de integração ao meio social e acadêmico por meio dos programas de ensino,
pesquisa e atividades de extensão junto às comunidades.

O objetivo do Curso em termos metodológicos, científicos e didáticos constitui-se em formar


indivíduos que se realizem como pessoas, cidadãos e profissionais que exijam da UEG muito mais
do que a simples transmissão e acúmulo de informações. Propostas que exijam experiências concretas
e diversificadas, no intuito de educar para a vida, de modo que todo conhecimento tenha como ponto
de partida a experiência do discente, o contexto no qual está inserido e onde irá atuar como agente
em sua comunidade, privilegiando uma educação democrática, inclusiva e integral que se contrapõe
ao conceito de cultura escolar erudita. Não se esquecendo que o curso de História da UEG, também,
tem a intenção de formar professores pesquisadores que possam se qualificar nos programas de pós-
graduação stricto sensu. Uma vez que a UEG com o passar dos anos vem passando por uma franca
expansão das suas pós-graduações.

A partir dessa ideia, a contextualização acadêmica se associa também à valorização dos


saberes geográficos relacionados com as questões concretas e experiências de vida dos discentes, com
os conhecimentos científicos historicamente construídos, num determinado contexto político, social
19
e cultural, mas também atento ao mundo global e interconectado que vivemos.

4 FORMAÇÃO EFETIVA SOCIALMENTE REFERENCIADA E ORIENTAÇÃO


HUMANÍSTICA DA FORMAÇÃO DO discente

O Curso de História se orienta por princípios e valores humanistas que promovem o bem-
viver. Esses princípios enfatizam a dignidade humana, os direitos sociais, a diversidade, a convivência
solidária e o combate às distintas formas de preconceito e segregação. Eles estruturam as relações no
interior da comunidade universitária ao mesmo tempo em que definem a dimensão ética do horizonte
formativo. Nesse sentido, a formação ofertada ao discente está sustentada em pressupostos
humanistas que devem ser promovidos e exercitados nas diversas atividades que constituem a
dinâmica do Curso de História, especialmente aquelas que acontecem em sala de aula.

Partindo do entendimento de que os princípios humanistas do bem-viver são dotados de


historicidade, entende-se que sua promoção nas atividades formativas oferecidas aos discentes tem o
condão de colaborar com a constituição de uma consciência histórica diversa. Nesse sentido, a
atenção às outras realizações éticas urdidas por povos não-europeus, como a filosofia sul africana
Ubuntu e os princípios do Sumak Kawsay, colaboram para a compreensão mais ampla e diversa das
experiências de mulheres e homens que viveram e vivem no Sul global.

Sabedores de que o indivíduo está inscrito em uma realidade específica e que sua formação o
torna um agente de transformação, entende-se que a os valores humanistas e do bem-viver
promovidos pelo Curso de História colaboram com a experiência cotidiana do discente ao mesmo
tempo em que qualificam o futuro exercício na docência.

O humanismo, seguindo a interpretação de Estevão Martins sobre o pensamento humanístico


histórico de Jörn Rüsen, serve como uma orientação para a vida humana de caráter universal,
alinhando-se com a dignidade humana (MARTINS, 2015, p.15). No entanto, o humanismo defendido
pelo curso de História da UEG não é, totalmente, o Humanismo derivado do Iluminismo. Em um
certo sentido compartilhamos alguns valores desenvolvidos pelo humanismo Europeu como
liberdade, igualdade e cidadania, que tem um alcance universal e serve como sentido de orientação
para a vida e para a História, mas defende-se aqui um novo tipo de humanismo que conjuga “a
diversidade da diferença na vida humana” (MARTINS, 2015, p. 16). Uma vez que no mundo
contemporâneo estamos vivendo um humanismo intercultural que se disseminou por causa da
internet, globalização e a grandes migrações globais. Trabalhar o diálogo intercultural no currículo

20
da História se tornou uma questão central para os dias de hoje, uma vez que diversos grupos e povos
estão interagindo mais por causa dos efeitos da globalização. Essas interações de certa forma
refletem-se na sala de aula. Assim, as questões identitárias, culturais e antropológicas que tinham uma
matriz Européia estão sendo repensadas de forma que a educação e o humanismo histórico, que tem
uma visão universalizante, não fique restrito a uma concepção européia de mundo. As matrizes
culturais filosóficas do Sul global devem ser inseridas e trabalhadas de forma que elas possam e
devem oferecer um contraponto ao humanismo europeu. Não se trata aqui de ignorar as nossas origens
europeias, nem de defender um relativismo histórico, mas sim de estabelecer um diálogo entre o
humanismo Europeu com o humanismo filosófico do Sul Global. Pela perspectiva global da História
os diversos humanismos estão em uma constante interação o que, por sua vez, provoca
ressignificações. Detectar essas ressignificações é uma tarefa do curso de História da UEG, neste
PPC. Essas ressignificações, por sua vez, vão servir como uma orientação universal para a vida
humana e para a didática da história respeitando, obviamente, a historicidade dos diversos
humanismos que foram citados aqui.

Portanto, o humanismo histórico que vai guiar filosoficamente o curso de História neste PPC
não é o humanismo de matriz europeia, mas um Humanismo Intercultural de escala global, no qual o
regional e particular estão sempre interagindo com as forças globais e assim criando ressignificações
constantes que visam, por sua vez defender os valores universais dos Direitos Humanos, da Cidadania
e da dignidade humana para todos. Se faz mister destacar que na busca da realidade humana de caráter
universal a humanidade e a desumanidade caminham juntas (Martins, 2015, p. 14). Neste sentido,
não se perde a capacidade crítica da História em mostrar, não somente os aspectos culturais criativos
e dialógicos da globalização, mas também os seus problemas e desafios para a construção de uma
sociedade mais harmoniosa.

5 LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXPRESSÃO, SEM DISCRIMINAÇÃO DE


QUALQUER NATUREZA

Um dos principais pilares da sociedade moderna é a liberdade de pensamento e expressão,


bem como a objeção a quaisquer tipos de discriminação, de qualquer natureza, sobre esse direito
constitucional. Todavia, o ambiente acadêmico brasileiro tem sofrido os mais diversos tipos de
ataques, pessoais, virtuais e mesmo institucionais, tanto à liberdade de cátedra docente, quanto à sua
livre manifestação e divulgação do contraditório no debate público. Movimentos como o “Escola
Sem Partido”, o anticientificismo, o revisionismo histórico, ou mesmo a frágil defesa da liberdade de
expressão como instrumento de discriminação e violência, têm sido desafios importantes impostos ao

21
ambiente acadêmico.

Em face disso, o Curso de Licenciatura em História da UEG expressa de antemão seu total e
irrestrito compromisso com a liberdade de pensamento e expressão, das mais diversas correntes
teóricas, filosóficas, históricas, sociais e culturais, desde que não discriminatórias ou que carreguem
em seu bojo o estímulo à violência, ou à desigualdade, e que preserve a honestidade intelectual e
acadêmica. Mais que isso, é compromisso deste curso a promoção da inclusão de minorias sociais,
culturais, étnicas e raciais, bem como a luta pela igualdade na diversidade de gênero, sexual e demais
opções de identidade individuais e/ou coletivas, a partir de uma perspectiva decolonializante e
historicamente orientada.

Por fim, com base na Constituição Federal, que, em seu Art. 206 define que o ensino será
ministrado com base nos princípios de “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber; [e] pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino”, bem como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9.394/96), que, em seu Artigo 3º define que o ensino será ministrado com base nos
princípios de “I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas; [e] IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância”, o Curso de
Licenciatura em História da UEG se compromete em assegurar a liberdade de cátedra docente, bem
como a livre expressão de opinião, posição político-ideológica e crença, de docentes e discentes,
desde que respeitados os princípios acima contidos e o respeito absoluto ao contraditório, à
diversidade e à integridade moral, física e intelectual de seus interlocutores.

6 UNIVERSALIDADE DO CONHECIMENTO E FOMENTO À


INTERDISCIPLINARIDADE

A noção de interdisciplinaridade no Curso de Licenciatura em História da UEG é determinada


pela noção de que os pensamentos disciplinares, interdisciplinares, pluridisciplinares e
multidisciplinares, antes de se oporem, constituem-se em formas diferenciadas e complementares de
geração de conhecimentos.

A interdisciplinaridade pressupõe uma forma de produção do conhecimento que implica


trocas teóricas e metodológicas, geração de novos conceitos, metodologias e graus de
intersubjetividades.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entende por

22
interdisciplinaridade a convergência de duas ou mais áreas do conhecimento não pertencentes à
mesma classe, que contribua para o avanço das fronteiras da ciência e da tecnologia, que transfira
métodos de uma área para outra.

Para o PPI-UEG, o termo interdisciplinaridade possui sentido amplo e instável que se


caracteriza pela troca de saberes entre as diversas áreas de conhecimento, por meio do diálogo e da
interação entre os diversos atores, docentes e discentes, partindo de um planejamento coletivo entre
os membros do colegiado setorial de curso, colegiado central do curso e colegiado do instituto
acadêmico.

No aspecto da transversalidade os próprios componentes curriculares de formação específica


do curso contemplam a legislação vigente por meio da execução das temáticas relacionados aos
direitos humanos, educação das relações étnico-raciais e ao ensino da história e cultura afro brasileira,
e à educação ambiental, sustentada pela legislação interna e externa por meio das políticas
educacionais nacionais, em específico: a educação ambiental (lei n. 9.795/1990); os direitos humanos
(Resolução n. 01 do CNE/2012 e Parecer CNE-CP n. 8/ 2012); a relações étnico-raciais (lei n. 11.645
e Resolução CsA-UEG n. 51/2014).

Dentro das ciências humanas, a inter/multi/pluri e transdisciplinaridade é um ponto chave de


discussão epistemológica, uma vez que cada área do conhecimento dificilmente se estabelece sem o
uso e diálogo de disciplinas das mais diversas. Na História, por exemplo, sua relação fronteiriça com
as Ciências Sociais, com a Filosofia, Filologia, Teologia, Arqueologia, Arquivística etc., estabeleceu
uma epistemologia própria, mas que está em constante diálogo e uso das suas disciplinas parceiras.
Em nosso curso, tais relações estão estabelecidas tanto nos componentes curriculares de formação
específica, por meio de disciplinas teórico-metodológicas que pensam diretamente a relação entre a
História e suas disciplinas correlatas, especialmente aquelas que lhe oferecem um arcabouço
conceitual e epistemológico para uma compreensão mais ampla e diversa da realidade histórica.

Também nas práticas de pesquisa e extensão esta inter/multi/pluri e transdisciplinaridade é


igualmente percebida, uma vez que tanto a formação dos professores do curso ultrapassam as
fronteiras da História, quanto a mais diversas propostas de projetos de pesquisa e extensão visam
frequentemente o diálogo inter/multi/pluri e transdisciplinar, seja na perspectiva de diálogo com os
demais cursos existentes na UEG e no Instituto de Educação e Licenciatura, seja na supressão de
lacunas da não oferta de diversos outros cursos das Ciências Humanas na instituição.

23
7 COMPROMISSO COM O DESENVOLVIMENTO HUMANO, CULTURAL E
SOCIOECONÔMICO DO PAÍS, DO ESTADO DE GOIÁS E SUAS MICRORREGIÕES, NA
BUSCA DEMOCRÁTICA DE SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS EXISTENTES

Há várias formas do processo educacional relacionar-se com esses três componentes e, quase
sempre, são partes do mesmo processo que normalmente permanecem ativos na formação de seres
humanos. Em alguns aspectos, auxiliando na imposição de um projeto dominante que decide, de
antemão, o que é permitido, dando pouco espaço para posições divergentes. São projetos quase
sempre ligados a lideranças radicais, populistas ou ditatoriais e que podem defender uma ideologia
política ou religiosa que se sobrepõe às demais, por meio da força, enviesada ao sistema educacional
vigente. Nota-se nesses meandros, “modelos” quase sempre obrigatórios com expectativas de que o
sistema educacional auxilie nesse objetivo da imposição de uma visão de mundo quase única.

Outra forma utilizada para se relacionar com economia, cultura e sociedade é refletir essa
tríade é a partir de escolhas que se aproximam do pensamento das estruturas dominantes, alinhadas
aos círculos de controle próximos ao que se quer instalar ou manter. Nesse caso, passa-se a impressão
de que é permitido uma série de escolhas, mas, todas são como diz, Tom Jobim e Newton Mendonça:
Um samba de uma nota só. E, sem diferenças estruturais dão a sensação de possibilidades de escolha
e ação no mundo que, por sua vez, se limitam às abordagens ideologicamente próximas de ver o
mundo. Essas estratégias são muito comuns em lugares democráticos e que defendem uma forma de
produção de bens, uma etnia, gênero ou religião privilegiada. Nesses casos o racismo estrutural
normalmente é considerado uma falácia, o feminismo é um erro e religiões de outras matizes, como
as não cristãs por exemplo são menos valorizadas. Nesse sentido, espera-se da educação e da história
a colaboração com a demonstração da justeza dessa pretensão de controle.

Convém destacar que essas estruturas de poder fomentam o surgimento de várias religiões
oriundas do mesmo segmento e, na maioria dos casos, baseadas em versões do mesmo livro,
manifestações culturais consideradas positivas, defensoras e oriundas da mesma corrente de
pensamento dominante que podem ser mostradas como superiores a outras manifestações culturais
ligadas a outras formas de pensar. É perceptível ainda, profissões privilegiadas e que agradam ao
segmento dominante. A supervalorização social e financeira de algumas carreiras, normalmente
porque se alinham com a mesma corrente de pensamento regida pelo poder político e cultural, tornam-
se vetores de informações e de projetos que fortalecem uma determinada estrutura de poder. Enquanto
isso, outras profissões são categorizadas como menos privilegiadas possivelmente porque possuem
pressupostos capazes de contestar a estrutura de pensamento e de educação vigente. No caso da
profissão docente, o Estado negligencia prioridades sociais e políticas públicas que efetivem um
sistema educacional emancipador que auxilia na sensação de justiça social entre o passado e o
24
presente/futuro.

Uma terceira vertente pode se voltar para a crítica das diferentes relações entre economia,
cultura, identidade, sociedade e universidade. Não apenas defendendo uma postura hegemônica, mas
que quer mostrar várias das possibilidades das relações de educação, cultura, poder e história, tendo
como objetivo não a defesa clara ou disfarçada de um segmento, mas a imparcialidade o suficiente
para mostrar as vantagens e desvantagens de cada uma das correntes de pensamento em diferentes
contextos e utilizações. É para essa terceira via que esse projeto se volta. Mesmo sabendo que
nenhuma das três formas podem ser consideradas cem por cento justa, analisa-se que nessa última,
há uma maior valorização da história crítica e, ao mesmo tempo, defensora dos direitos que os seres
humanos têm de se utilizar conscientemente do passado para a sua ação nas sociedades.

Sempre ligada a outras instâncias, como a economia e produção, sendo estas últimas as formas
como os membros das sociedades se organizam para produzir o que acham importante nas diferentes
esferas da produção, consumo material, cultural, religioso, moral entre outros.

Uma das funções interessantes da educação e da história científica é auxiliar na compreensão


da relação entre essas estruturas, por meio da análise do passado e presente das sociedades. Não como
um guia que nunca toma partido de algo, mas que tenta de forma crítica compreender as forças por
trás dessas relações, assim agindo pela educação formal, inovadora e por docentes que tenham em
mente o seu papel de não moldar as sociedades e indivíduos conforme as suas preferências, mas
desenvolver e aprender criticamente na relação entre si e com discentes.

Nesse aspecto a história científica, discentes, universidade, sociedade, sistema educacional e


o curso de história são elementos que se cruzam no PPC visando esse objetivo: contribuir para o senso
crítico e para a percepção de que em toda sociedade existe um lugar para a educação formal e
educação não formal, e esta, entre outras coisas dialoga com o desenvolvimento sócio econômico e
humano. Estes, em sintonia com o sistema educacional, o curso de história e a sociedade podem
ampliar as possibilidades das escolhas das pessoas, com a consciência de que questões econômicas
são relacionadas às humanas e sociais. Nesse sentido, é possível demonstrar que o máximo de pessoas
podem atuar profissionalmente em uma área de interesse e com consciência de que não apenas as
profissões valorizadas por um segmento social são importantes, mas que toda atuação profissional ou
não em uma sociedade possuem sua devida relevância. Com isso, a educação auxilia na valorização
de diferentes profissões e permite que mais pessoas atuem socialmente a partir de suas áreas de
interesse. Uma espécie de ser o que se deseja ser.

E, como toda sociedade tem história, e toda sociedade precisa conhecer parte dessa história,
esse é um dos lugares do profissional de história, atuando a partir da linha de pensamento elencada e

25
assumida como preferencial. E não se faz isso apenas atuando politicamente, culturalmente e
historicamente. Mas atuando com consciência das pressões sociais por igualdade e pressões por
privilégios, que são situações que marcam as sociedades, buscando entre outras coisas a valorização
social consciência da valorização dos profissionais da história e a justeza do seu acesso ao mínimo
de bens materiais e de direitos necessários para que se viva bem no lugar em que se deseja estar e
atuar profissionalmente.

O desenvolvimento socioeconômico é ligado ao desenvolvimento humano e, ambos,


influenciam nas relações que envolvem questões afetivas, emocionais e intelectuais. O
desenvolvimento humano a partir da junção desses pilares, ampliam as escolhas conscientes tanto
individual quanto coletivamente e, assim, agem em consonância com desenvolvimento cultural. É
por essa via que os valores da sociedade vigente se constroem como legado para outras gerações, pois
reverberam na economia, nos modos e meios produção que, consecutivamente, determinam lugares
e caminhos pelos quais a divisão dos bens materiais e imateriais possam ser vistos como equivalentes
e propiciem uma visão mais consciente, democrática e equânime para a relação histórico produtiva
da sociedade entre o tangível e o intangível.

Observar essas relações ligadas ao processo educacional, a partir do curso de história,


permitem que se tenha maior capacidade de análise dos interesses por trás dessas questões. Sendo um
dos objetivos do PPC e do curso de história a valorização dessa capacidade de interpretação da época
e lugar em que se vive e de épocas e lugares distantes cronologicamente e espacialmente permitem
além do desenvolvimento econômico, e questões sociais, o terceiro elemento destacado nessa parte
se estruture. Os seres humanos e seu desenvolvimento cultural. E se tornar humano é um processo e
não apenas uma condição de nascimento. Por meio das próprias descobertas, criações e ações no
mundo e, também, aprendizado sobre épocas, acontecimentos e lugares.

Dialogar com essas questões levantadas no PPC visam auxiliar o curso na formação de um
ser humano crítico, justo, criativo e capaz de perceber aspectos positivos e negativos em formas de
abordagens e projetos de análise, de situações, fatos e sociedades em diferentes lugares e épocas.
Trata-se, inclusive, de consciência, de que um curso, um PPC, o sistema educacional, e a universidade
não são capazes de resolver de forma totalmente justa essas questões. Mas são capazes de auxiliar
para que o máximo de aspectos positivos possam se destacar nesse processo. O objetivo é fornecer
pressupostos para construção de ser humano autônomo e consciente de que o papel da academia é
complementar a direção das análises que propiciem conhecimento crítico para sustentação para
análises e formas de ações no mundo que propiciem a igualdade a partir de si visando estende-se esse
direito ao outro.

26
Sendo o homem e a mulher seres históricos e, a história praticada por esses atores um legado
ao mundo social, entende-se que o conhecimento produzido em diferentes dimensões se aprimorou
ao longo do tempo que possibilitou rupturas e a sistematização dos saberes que romperam dogmas e
crenças a fim de se apropriar de um saber refinado, metódico e consciente. A universidade
materializou essa aspiração humana e tornou-se um paradigma na disseminação do pensamento
crítico, base para desenvolvimento intelectual, econômico, cultural e tecnológico, desde os tempos
medievais.

Em se tratando da universidade pública, especialmente no Brasil, é muito importante associar


o seu papel à democratização do conhecimento com o objetivo de reverberar individual e
coletivamente: benefício social, equilíbrio econômico, acesso às novas tecnologias em diferentes
áreas do conhecimento e consciência política e sociocultural. Cabe à universidade pública brasileira
o engajamento frente à defesa da democracia absoluta e da liberdade de expressão e das garantias
constitucionais referente a dignidade da pessoa humana. Dado o seu caráter histórico, nunca é demais
enfatizar que as universidades públicas e gratuitas no Brasil, lugar onde a Universidade Estadual de
Goiás se situa, representam um espaço institucional indissociável de luta permanente pelo
desenvolvimento da sociedade em todas essas instâncias.

A universidade, enquanto instituição educacional, organiza sua ação didático-social sob o


tripé do ensino, da pesquisa e da extensão. Essas dimensões singularizam sua atuação frente a
expansão do conhecimento para além da formação de profissionais para o mercado de trabalho, pois
a credencia como agente de captação, produção e democratização de conhecimentos necessários à
inclusão social e cultural da sociedade como um todo.

Embora esse seja o tom ideal da atuação institucional das universidades seja essa sororidade
social, percebe-se que, na prática, a realidade contemporânea nos impõe limites que se tornam
desafios a serem transpostos. Atualmente, o conhecimento é visto como gerador de riqueza e poder
para os fins do mercado quase monopolizado pela propriedade privada. A concepção idealizada do
conhecimento livre e sem limites, em relativa medida, esbarra nos ditames do mercado que, por sua
vez, enviesa-se nas políticas públicas.

A esse respeito, entende-se que na atualidade a educação vivencia um complexo paradoxo,


pois é sua função possibilitar o crescimento e o desenvolvimento humano e tecnológico. E, ao mesmo
tempo, ainda que na contramão do mercado, cabe à ciência interpretar esse processo de
transformações rápidas e globais e como tem impactado a sociedade, a natureza, a cultura e os modos
de ver o eu, o outro e o mundo. Nesse sentido, tem sido um desafio para as ciências humanas explicar
a ânsia social do presente, as inseguranças sobre o futuro, as contradições entre o progresso e as

27
permanentes desigualdades sociais. De acordo com Koselleck (2009), o espaço de experiência e o
horizonte de expectativas dos atores sociais dilacera-se com a modernidade que culturalmente se
desinteressa pelo passado, enlace essencial com o presente para o desenvolvimento da consciência e
da racionalidade para além dos interesses capitalistas.

Ainda que estejamos vivendo tempos complexos nas estruturas do conhecimento


contemporâneo, que as humanidades em relativa medida tenham se tornado saberes dispensáveis
porque para o pensamento (pós)moderno a razão e a história são utopias e, por sua vez, o espaço e o
tempo imagens e instantes efêmeros virtualmente conectados, é inconteste a importância e a eficiência
da universidade para a sociedade nos dias de hoje. Tecer reflexões sobre suas possibilidades e
impossibilidades é essencial, considerando que esse exercício crítico possibilita um olhar endógeno
para um dos seus principais desafios: desenvolver projetos integrados de pesquisa e educação cada
vez mais eficaz frente às demandas da globalização que impactam de maneira acelerada o social, o
econômico, o cultural e o ambiental.

Por isso, cabe à ciência histórica atentar-se para os jogos de linguagem e pensamento que,
muitas das vezes, recriam paradigmas, (re)constroem narrativas totalitárias com o objetivo de inventar
uma realidade própria, particular e subserviente às estruturas estabelecidas de poder. A autonomia
constitucional dada às universidades representa um espaço de lutas e possibilidades, de produção de
conhecimento e sua democratização para efeitos práticos e ideológicos na vida das pessoas.
Compreender e defender a plena atuação da universidade como um instituto gerador de conhecimento
e transformação social é credenciá-la no cenário cultural como um lugar que descentraliza e desloca
o discurso do mercado para outras visões, respostas e perspectivas para a sociedade moderna.

Entre as preocupações da universidade estão questões referentes à identidade, cultura e a


concepção material e imaterial dos bens culturais, aspectos importantes ao desenvolvimento cultural
e humano de qualquer indivíduo. Na dialética entre a economia e o desenvolvimento humano está a
cultura e suas amplas e subjetivas dimensões porque estão diretamente atreladas ao caráter plural e
não estável das identidades sociais.

No Brasil existe um fosso estrutural entre cultura e desenvolvimento humano. Ainda que ecoe
por parte da sociedade movimentos e lutas pelo reconhecimento da diversidade cultural brasileira, as
autoridades governamentais andam a passos lentos com as políticas públicas que viabilizem ações
assertivas para reduzir esse distanciamento. As especificidades regionais são negligenciadas e, por
sua vez, tornam-se “empecilhos” para um projeto nacional de desenvolvimento econômico, cultural
e humano do país. A incompreensão política do ente público de que a cultura representa laços e
valores que se retransmitem e se recriam na sociedade como meio de se afirmar identidade, protelam

28
a busca de soluções para problemas historicamente latentes na sociedade.

O povo brasileiro e suas representações culturais e étnicas deveriam ser tratadas, na prática,
como um patrimônio de excepcional valor. Lamentavelmente, a preservação do patrimônio histórico
brasileiro e, por conseguinte, do povo que constitui essa nação, estão submetidos aos interesses
políticos de uma classe dominante, desde os tempos coloniais. Em 1936, o Estado Varguista,
objetivando reafirmar uma identidade nacional criou o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (SPHAN), atualmente, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN-,
instituição responsável pelas primeiras ações de proteção, tombamento do patrimônio histórico,
embora de maneira equivocada, ou seja, institucionalizando a ideia de unidade cultural em um país
plural em todos os sentidos.

Com o passar dos anos, o IPHAN revisitou essa concepção una de valoração da cultura e da
identidade nacional ao reconhecer que os bens culturais devem ser valorados como patrimônio
material - bens tangíveis: edificações, obras de arte, artefatos arqueológicos – e, imaterial – bens
intangíveis: manifestações culturais e religiosas, saberes populares, fazeres em tradições. Essa
concepção redimensionou o papel da instituição no campo cultural brasileiro, embora, essa visão
institucional não se concretizou como um projeto político de Estado e, tampouco, educacional.

Essa “nova” relação do desenvolvimento humano atrelado à cultura ensejou o envolvimento


da sociedade civil organizada. E, apesar de não entrar na pauta política governamental, tornou-se um
objeto recorrente na investigação acadêmica, especialmente para as ciências sociais e humanas, há
um bom tempo.

Foi ocupando esse espaço lacunar de ações e proposições que a universidade ganhou robustez
institucional ao propiciar diálogo, aproximações e reflexões com a sociedade civil, organizada ou
não, sobre as questões culturais, identitárias e patrimoniais com o intuito contribuir para o
crescimento e o reconhecimento da pluralidade cultural do Brasil. Consequentemente, a academia
conquistou seu lugar enquanto voz audível na luta contra a desigualdade econômica e étnico-cultural
que, sem dúvidas, trata-se do problema mais grave e histórico que atravessa o caminho do pleno
desenvolvimento humano dos brasileiros na atualidade.

29
8. COMPROMISSO COM A PAZ, A PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS
HUMANOS, A INCLUSÃO SOCIAL, A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, EM
ESPECIAL DO CERRADO, E A CIDADANIA

O compromisso com a paz, a defesa dos direitos humanos, a promoção da cidadania e do


cuidado ambiental constituem os horizontes ético e político do Curso de História da UEG. Entende-
se se que os dois horizontes concorrem para a qualidade da vida democrática, justa, inclusiva e
ecologicamente sustentável. No cotidiano formativo, eles devem orientar a vivência da comunidade
acadêmica a fim de que as interações entre seus agentes aconteçam de forma rica, construtiva, criativa
e respeitosa.

Longe de ser uma simples abstração descolada do tecido social e da experiência histórica, a
promoção desse duplo horizonte pelo Curso de História da UEG vai ao encontro das demandas sociais
e políticas oriundas de um contexto de desprestígio e desrespeito dos valores fundamentais para a
garantia da qualidade de vida de mulheres e homens que não podem ter seus direitos cidadãos
ignorados, especialmente pelo Estado. Os temas enfeixados por esses dois horizontes são realizações
históricas que constituem o mundo contemporâneo, sendo, portanto, imprescindíveis para o bem-viver
dos sujeitos dentro e fora da comunidade acadêmica. No conjunto, eles devem ser promovidos pela
via da reflexão histórica como valores capazes de orientar as interações sociais e as posições dos
sujeitos no mundo.

A partir do entendimento de que o saber histórico procura tornar o presente inteligível a partir
das respostas às carências de orientação dos sujeitos, propõe-se que que esses temas figurem em
atividades acadêmicas no âmbito do ensino, pesquisa e extensão a fim de que o discente possa
compreender com profundidade histórica os dilemas e expectativas que atravessam a vida
contemporânea e, consequentemente, sua própria experiência. Assume-se, portanto, que as discussões
que contemplam paz, direitos humanos, inclusão social, preservação do meio-ambiente e cidadania
são categorias possuidoras de historicidade que podem ser objeto de problematização no âmbito da
pesquisa historiográfica e da didática da história.

A compreensão do Curso de História a respeito dos Direito Humanos e da cidadania está


orientada pela Carta Constitucional de 1988 e por outros diplomas internacionais, com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948), o Pacto Internacional Sobre os Direitos Civis e Políticos
(1966) e a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San José da
Costa (1969). No conjunto, eles nos orientam em favor da defesa da dignidade humana e do direito a
uma realidade que oportuniza aos cidadãos o usufruto material e cultural do bem-viver sem que se
tema a negligência ou o desrespeito à liberdades individuais.

30
A defesa desses direitos fundamentais passa pela promoção da dignidade dos sujeitos a partir
do combate ao racismo, à homofobia, à transfobia e à misoginia. Em favor disso, espera-se a
realização atividades acadêmicas e extra-acadêmicas que discutam a diversidade identitária, a
superação de preconceitos e formas de inclusão que respondem efetivamente aos anseios populares e
da classe trabalhadora. No mesmo sentido, espera-se a promoção de discussões qualificadas que se
dediquem aos direitos sociais constitucionalmente previstos, entre eles os direitos à moradia, à terra,
à saúde e à educação pública de qualidade.

No que toca à questão ambiental, a ênfase no cerrado é concebida a partir de uma mirada
holística que pensa a relação entre a humanidade e o restante da natureza em diversas temporalidades
e durações. Isso significa que direitos, cidadania e meio-ambiente saudável são realidades
indissociáveis para o bem-viver. A partir dos aportes da história ambiental e dos debates sobre a
interface entre os patrimônios culturais e ambientais, procura-se enfatizar o lugar do cerrado nas
composições comunitárias e identitárias, antigas e/ou recentes. Espera-se lançar luz sobre às
experiências sociais e saberes dos povos tradicionais (i.e. indígenas e quilombolas) e sertanejos, bem
como sobre as iniciativas cooperativistas e agroecológicas que propõem arranjos produtivos
particulares e novas formas de manejo do bioma do cerrado. Não menos importante, busca-se
compreender iniciativas políticas contemporâneas que se dedicam ao debate sobre a biodiversidade e
os riscos imprimidos pelas atividades humanas ao longo do século XX e das primeiras décadas do
século XXI.

Por fim, espera-se que a constituição de uma consciência histórica crítica capaz de se
contrapor vivamente às simplificações, às temporalidades unívocas e às opiniões não especializadas
que desvirtuam o significado mais altivo dos temas acima apontados a fim de naturalização de
violências de tipos distintos.

9. ARTICULAÇÃO ENTRE TEORIA-PRÁTICA E ESTRATÉGIA DE FLEXIBILIZAÇÃO


CURRICULAR

A flexibilização curricular tem o intento de permitir que os próprios alunos ou discentes


escolham parte das matérias que cursarão durante da sua graduação. Com um misto de disciplinas
consideradas básicas, que dão identidade a um curso, disciplinas comuns a vários cursos de ciências
humanas de áreas afins, e disciplinas que podem ser escolhidas pelas graduandas e graduandos,
permitindo que discentes utilizem a sua capacidade de escolhas e possam utilizar ou desenvolver a
sua autonomia.

O intento é a junção desses três tipos de disciplinas: aquelas que são importantes ou essenciais
31
a um curso e que fazem parte de sua formação básicas, as que importantes e presentes em vários
cursos científicos, ou vários cursos da mesma área, e aquelas ligadas à flexibilização curricular, e que
vindo de diferentes áreas podem enriquecer uma graduação, grupos menores de discentes ou discentes
individualmente.

A importância dessa mescla se mostra nas diferentes aptidões que estudantes podem ter
partindo de uma área de atuação que tem uma base em comum, e que a partir desse “núcleo duro” da
história ou de uma ciência é possível uma gama de ações profissionais e humanas.

A flexibilização permite que disciplinas principalmente de áreas comuns, mas não apenas
dessas áreas, possam ser cursadas por discentes, em uma junção de seus interesses particulares com
a sua formação básica em história. Em um processo que alunas e alunos podem se beneficiar e também
podem beneficiar o próprio curso.

Pois o retorno e percepção das escolhas de discentes de parte das matérias de sua formação
podem ser um caminho para que o próprio curso perceba por meio das escolhas de seus discentes via
matérias escolhidas na flexibilização curricular, novas possibilidades para o curso. Em um caminho
diferente do usual. Os discentes orientam por suas escolhas as ações futuras do curso de história.

Permitindo a introdução de novas disciplinas no curso e seu diálogo com outras áreas do
conhecimento. Esse é um dos intentos do PPC, permitir por meio dessa flexibilização que o currículo
do curso constantemente seja atualizado, não apenas por mudanças que aconteçam nas sociedades,
ou no grupo que administra o curso, mas também pela própria percepção de possíveis pontos de
melhoria do próprio curso. E que venham não apenas da direção do curso, ou do corpo docente, mas
de todas as direções da sociedade, e também de discentes, docentes e demais instâncias da
universidade.

9.1. Teoria e prática histórica


A teoria é o resultado de uma análise de um objeto ou ser que foi testado e analisado por meio
de um dos vários ramos da ciência, e nesses testes a própria teoria foi verificada e reafirmada por uma
ou mais vertente científica. Segundo o físico Stephen Hawking uma teoria uma teoria precisa
descrever com precisão um ou mais fenômenos por meio de observações, e precisa ter poucos
elementos que não sejam suficientemente compreendidos, e estes devem ser acessórios e não o centro
ou estrutura de uma teoria.

É por meio da definição teórica que nos aproximamos de um acontecimento social ou de um


ser humano. E é por meio dela que podemos relativamente compreender as ações presentes e fazer

32
suposições sobre as ações futuras de um indivíduo ou de um fato histórico. Então não é uma
construção arbitrária ou vazia a definição de uma teoria.

E mesmo sem ter esses componentes de arbitrariedade e vazio como seus pilares, uma teoria
não tem todas as respostas e nem esclarece todas as questões, mas é essencial para que isso se dê, e
nesse processo teorias não agem sozinhas, mas dialogam com outras instâncias da história e das
ciências. Uma delas é a prática de pesquisa e de lidar com a história. As teorias que permitem o acesso
a fenômenos só podem existir se esses fenômenos ao serem analisados pelas indicações vindas da
teoria, sustentam a validade da própria teoria.

No PPC pretende-se que esse diálogo entre teoria e prática seja uma das marcas do fazer
história. E se a teoria tem as marcas a pouco elencadas, a prática histórica é como se fosse outra face
desse fazer história. A prática histórica é o momento em que a teoria é colocada à prova não apenas
nos lugares em que é concebida e organizada, mas na relação com fenômenos reais. Um caminho de
aproximação entre o que as concepções teóricas parecem ser e fenômenos reais.

Os fenômenos científicos, e os fenômenos históricos se sustentam por meio de sua constatação


em situações reais e ao mesmo tempo comprovam as teorias quando confirmam os principais
pressupostos que essas teorias afirmam. O caminho, as teorias, levam à interpretação das práticas
históricas e ao mesmo tempo essas práticas históricas reafirmam os caminhos apontados pelas teorias
ou auxiliam a mostrar os pontos fracos desses caminhos.

Sendo a prática histórica a análise de fenômenos reais dialogando com teorias nesse processo.
Sendo essa a relação que se pretende presente no PPC de história da UEG. A prática histórica e a
teoria com o propósito de permitir que a história científica e a junção de seja uma das marcas do PPC

Com o objetivo não de apenas compreender os fatos históricos e repassar uma interpretação
real ou considerada mais próxima da visão de mundo de quem interpreta um fato, mas por meio dessa
compreensão agir no mundo real permitir que discentes tenham acesso a diferentes interpretações
dos fatos históricos e percebam os pontos positivos e negativos dessas diferentes interpretações, e
com seus aprendizados podem auxiliar sociedades com suas interpretações e ao mesmo tempo
aprender com essas sociedades.

Também a prática curricular pode auxiliar nesse processo, pois implica que o aprendizado
teórico e mesmo prático das análises científicas de fenômenos sociais, podem ser unidas ao
aprendizado e ensino social por meio da prática curricular, que tem a função de permitir a relação e
aproximação entre universidade, curso de história e sociedade.

A estratégia de flexibilização curricular, a prática histórica e a teoria que são interessantes e

33
promissoras quando analisadas individualmente se tornam ainda mais interessantes quando pensadas
em conjunto. A teoria, que pensa os fenômenos por meio de construções baseadas nas pesquisas,
testes e modelos ideais, aliada às práticas de flexibilização curricular e sua proximidade com
acontecimentos e situações de fato, permite que o conhecimento produzido na universidade se
aproxime da sociedade.

E seja feito por discentes e docentes que têm um currículo sempre transformado e melhorado
por meio dos interesses e posições que sejam influenciadas pela teoria, pela prática e por um currículo
de curso que recebe informações de sua funcionalidade por todos os ângulos, da sociedade, de
discentes, docentes, dos fatos históricos e da própria teoria da história.

10. ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, EXTENSÃO, PESQUISA E A PÓS-GRADUAÇÃO


(STRICTO E LATO SENSU)

No que tange à pesquisa, as atividades de pesquisa na UEG são regulamentadas pela


Resolução CsU n. 364/2006. A pesquisa desenvolvida na Universidade é pautada nos princípios e
elementos do método científico e no alicerce Constitucional, salvaguardando as peculiaridades das
ciências não-empíricas e das ciências naturais e sociais, praticadas e ensinadas na Universidade,
objetivando a produção do saber e tendo a investigação científica, como suporte para a resolução de
questões pertinentes à melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Conforme Art. 123 da Resolução CsU 705/2014, a UEG incentivará a pesquisa mediante
dotação orçamentária e por todos os meios a seu alcance, destacando-se:

I - a concessão de bolsas de pesquisa em categorias diversas, destinadas a docentes e discentes;

II - a concessão de auxílios para docentes e discentes com projetos em execução, tais como
equipamentos, material de consumo, serviço de terceiros, infraestrutura, tradução e publicação de
textos, assim como auxílio para participação em eventos;

III - a formação de pessoal em cursos de pós-graduação próprios, ou em outras instituições


nacionais ou estrangeiras;

IV - a realização de intercâmbios e convênios com outras instituições científicas, para o


estabelecimento de relações entre os professores/pesquisadores e para o desenvolvimento de projetos
em comum;

V - a promoção de congressos, simpósios e seminários para estudo e debate de temas


científicos, bem como a participação em iniciativas semelhantes de outras instituições. (UEG,2014)

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O cadastro dos projetos ocorre por meio eletrônico, bem como a prestação de contas,
relatórios, avaliação e certificação dos docentes pesquisadores e dos discentes de Iniciação Científica.

A Iniciação Científica é um dos principais instrumentos da Universidade Estadual de Goiás


para o fomento da pesquisa no meio estudantil. Ela se dá por meio de editais próprios da Pró-Reitoria
de Pesquisa e Pós-Graduação (PrP) da UEG e é dividida em três modalidades possíveis: 1) Bolsista
de Iniciação Científica (BIP), que pode ser financiada internamente ou por órgãos externos, sendo o
mais recorrente o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq); Voluntário de Iniciação Científica (VIC),
sendo o discente não bolsista, mas ligado a um projeto de pesquisa como voluntário; 3) Bolsista de
Iniciação Científica de Ensino Médio, sendo esta uma modalidade de bolsa do CNPq oferecida a
alunos do ensino básico, preferencialmente da rede pública. Ao longo e ao final do período da
Iniciação Científica o discente produz relatórios para sua certificação. Além da BIC, VIC e BIC-EM,
existe ainda na UEG a Iniciação Tecnológica (IT), todavia esta não é contemplada ao Curso de
História devido à natureza do próprio curso.

No que tange à extensão, esta ocorre no curso de licenciatura em História da UEG por meio
das ações propostas pelos docentes e discentes da UEG (projetos, eventos, cursos, programas e
prestação de serviços), sendo obrigatório o cumprimento de 340h (10% do total do currículo) pelos
discentes. Tal cumprimento se dará conforme descrito no item 14 do presente PPC. Com essas ações,
os alunos colocam em prática, junto à sociedade, a teoria ministrada em sala de aula e o resultado
das pesquisas que realizarem, atestando assim o conhecimento no momento em que o mesmo é
confrontado junto à realidade social em que estão inseridos e, mais que isso, retornando para a
Universidade, numa via de mão dupla, como fonte de novos saberes.

É a partir desses processos que o Curso de Licenciatura em História da UEG promove a


articulação e indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão, entendendo-os como elementos
basilares da produção, reprodução e articulação do conhecimento acadêmico-científico e promoção
de uma sociedade mais justa e igualitária. Neste sentido, ao discente egresso do Curso terá sido
oportunizada a possibilidade de aprendizado dos conteúdos acadêmicos das disciplinas, sempre em
diálogo e articulação permanente com projetos de pesquisa – para compreensão dos processos de
produção do conhecimento histórico – e com a extensão (obrigatória e não-obrigatória), de modo a
se colocar estes conhecimentos produzidos e apreendidos à serviço da sociedade e do meio social,
histórico e cultural no qual está inserido.

Por fim, no que tange à Pós-Graduação, o Curso de História tem docentes diretamente
vinculados em pelo menos 4 programas stricto-sensu da UEG: Programa de Pós-Graduação em
História, Programa de Pós-Graduação em Memória e Patrimônio, Programa de Pós-Graduação em

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Expressões Culturais do Cerrado e Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade. Além
destes, no âmbito do Lato-sensu, os docentes do Curso estão vinculados a diversas ofertas, tanto na
área específica de História, quanto em áreas correlatas. O diálogo e a articulação entre a graduação e
a pós-graduação se dará, portanto, seja por meio da preparação específica para ingresso do corpo
discente egresso (por meio dos próprios componentes curriculares), seja por meio da realização de
pesquisa, extensão, eventos, grupos de pesquisa e estudos, encontros acadêmicos etc., promovidos
pelos programas de pós-graduação em conjunto com o corpo discente e docente da graduação.

11. FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR: DISCIPLINAS PROPEDÊUTICAS,


CORREQUISITO E PRÉ-REQUISITO

A organização da estrutura curricular no curso de Licenciatura Plena em História na UEG


pauta-se pelos princípios da flexibilização curricular, visando garantir, ao discente, autonomia em sua
formação, levando em consideração a s rápidas transformações socioeconômicas, geopolíticas,
culturais e tecnológicas que vêm ocorrendo na sociedade, com seus desdobramentos gerais e
particulares na educação, em especial, no ensino superior. A sintonia ao reordenamento da sociedade
e da universidade caracteriza-se como expressão de um projeto pedagógico que considera o global e
o local que está sempre em construção.

Aliada ao respeito à diversidade de sujeitos e práticas, a flexibilização curricular é


consequência do exercício da autonomia universitária e da cidadania, da valorização social e da
reconstrução da universidade e ao reordenamento do seu espaço/tempo físico e pedagógico,
organização/gestão administrativa e pedagógica/docente, produção do conhecimento, melhoria da sua
infraestrutura e das condições de trabalho e da valorização dos sujeitos.

A flexibilização curricular não deve ser vista apenas como uma modificação de uma ou de
outra ação isolada, ou a simples adoção de aproveitamento de atividades consideradas
extracurriculares, mas deve associar a formação acadêmica com o compromisso ético-profissional e
uma nova postura assumida por docentes, discentes, gestores e funcionários que congregam o curso
de História na UEG.

A flexibilização divide-se em duas categorias: a vertical entendida como a organização das


disciplinas ao longo dos semestres letivos, compreendendo o núcleo específico e a formação não-
específica; já a horizontal baseia-se na ampliação do conceito de currículo, de acordo com o qual se
entende que várias atividades acadêmicas podem ser consideradas para efeito de integralização
curricular. A matriz curricular do curso de História oferta os conteúdos de formação nos diferentes
núcleos e atividades.
36
A flexibilização na categoria vertical é destacada na oferta dos Núcleos Livres (NL), num
total de 12 créditos (180 horas). Os discentes têm a possibilidade de integralizar tais créditos nos
vários e diferentes cursos/disciplinas ofertados pela UEG e/ou em quaisquer IES (Instituição de
Ensino Superior) que ele deseje. O próprio curso de História da UEG possibilita aos professores
ofertar disciplinas (ausentes na composição curricular) na forma de Núcleo Livre, nos períodos 4º, 6º
e 8º, nos respectivos semestres letivos.

Ainda dentro da categoria vertical, outra flexibilidade na matriz curricular relaciona-se à


possibilidade dos discentes de História matricularem-se nas disciplinas do Núcleo Comum (NC) que
são: Linguagem, Tecnologia e Produção Textual; Diversidade, Cidadania e Direito em qualquer um
dos Campus/cursos da UEG.

A flexibilização na categoria horizontal, por sua vez, baseia-se na ampliação do conceito de


currículo e está presente de forma variada nas Atividades de Extensão distribuída nos Componentes
Curriculares de Extensão (CCE); nas Atividades Complementares (AC) e na Prática como
Componente Curricular (PCC), além do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório e do Trabalho
de Conclusão de urso (TCC).

No contexto da flexibilização curricular as disciplinas propedêuticas garantem que o discente


passe por uma etapa de introdução, de preparação (propedêutica), para o que virá na sequência do
curso. Tais fundamentos serão aprofundados no núcleo específico e estão colocadas nos períodos
iniciais nas disciplinas voltadas para Ensino de História e Educação. As disciplinas que compõem
esse conteúdo de formação são: Introdução ao Estudo e Ensino de História, Educação étnico-racial e
Cultura Afro-Brasileira; Sociologia da Educação, História da Educação, Didática. História e
Educação Patrimonial.

Com a oferta desses fundamentos propedêuticos compreende-se que não é necessário o uso
de pré-requisitos. Observa-se que o propedêutico é diferente do pré-requisito porque aparece uma
única vez e, na sequência, o fluxo na matriz dependerá da maturidade, do exercício da autonomia e
da construção do conhecimento pelo discente.

Na flexibilização curricular do curso de História o correquisito (dois docentes podem planejar


e trabalhar em conjunto os conhecimentos/conteúdos de duas disciplinas) não se apresenta
efetivamente sistematizado, embora, compreendendo a importância da interdisciplinaridade visando
a qualificação do ensino e a formação do discente. Logo, a ausência do uso de correquisito na matriz
curricular não deverá ser impedimento para que os discentes percebam o quando as disciplinas podem
dialogar entre si.

Portanto, o princípio da flexibilização curricular neste PPC estabelece a opção da concepção


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de flexibilização na categoria vertical e horizontal, com ofertas de disciplinas propedêuticas e
ausência de correquisito e pré-requisito na composição curricular.

12. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS E CIENTÍFICAS

A avaliação de aprendizagem do Curso de Licenciatura em História da UEG leva em conta,


em cada componente curricular: 1) a apropriação contínua, progressiva e cumulativa de
conhecimentos; 2) o desenvolvimento da competência que envolve conhecimentos, habilidades e
atitudes, no campo do componente curricular como um todo, observando a necessária
interdisciplinaridade; 3) e a capacidade de aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos em
trabalhos individuais ou em grupos, para a resolução de situações problemas.

Para a avaliação do processo ensino aprendizagem é destacado que:

1) a obrigatoriedade da avaliação de aprendizagem discente se dá pelo menos 2 (duas)


vezes a cada semestre para cada componente curricular;
2) cada avaliação deve conter, no mínimo, 2 (dois) instrumentos avaliativos distintos;
3) os originais dos instrumentos de avaliação de aprendizagem deverão ser devolvidos ao
discente no ato da divulgação da nota de cada avaliação, sempre que a modalidade
avaliativa assim o permitir, excetuando-se aqueles que devem ficar arquivados e
aqueles com algum vício de origem que obrigue a UEG ou o docente a retê-lo,
mediante justificativa;
4) o registro das notas e da frequência do componente curricular se dará por meio de
preenchimento específico no sistema acadêmico da UEG pelo docente responsável,
em prazos estabelecidos no calendário acadêmico;
5) As notas referentes à avaliação de aprendizagem são expressas de 0 (zero) a 10,0 (dez),
sempre com uma casa decimal, sem arredondamento;
6) a frequência do discente deverá ter presença igual ou superior a 75% (setenta e cinco
por cento) das atividades propostas em cada componente curricular, incluindo as
atividades online (ambiente virtual) e encontros presenciais;
7) para aprovação do discente em cada componente curricular, a média final deverá ser
igual ou superior a 6,0 (seis), sendo que, para o cálculo da média final dos cursos
semestrais, realizar-se-á o seguinte cálculo: em cada um dos 2 (dois) bimestres será
atribuída uma nota de 0 (zero) a 10,0 (dez) e a média final será a média ponderada com
os seguintes pesos:

A avaliação de aprendizagem ocorrerá, portanto, de forma sistemática e contínua, mediante a


atuação do docente responsável pelo componente curricular, e objetiva verificar se o discente

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demonstrou condições de proficiência, no todo ou em partes, conforme os componentes curriculares,
para que possa obter, quando satisfizer todas as exigências estabelecidas, a titulação e/ou o grau
correspondente.

Desse modo, os instrumentos de avaliação (individual ou coletivo) a serem aplicados em cada


componente curricular serão de decisão exclusiva do docente responsável, desde que respeite o
estabelecido no presente PPC. Em caso de discordância por parte do discente com relação à nota
obtida, o mesmo poderá recorrer a processos internos, junto à secretaria acadêmica, para revisão de
notas, obedecendo os procedimentos e critérios estabelecidos pelos documentos competentes da
Universidade.

No caso de atividades de extensão e pesquisa, a avaliação se dará por meio de instrumentos


próprios regulamentados nos projetos e editais de cada pró-reitoria responsável pelo oferecimento e
certificação dos mesmos.

13. SEMIPRESENCIALIDADE

A modalidade semipresencial, conforme Portaria MEC n. 4.059/2004, Portaria MEC n.


2.117/2019 e Resolução CsA-UEG n. 843/2014 que aprova o regulamento acadêmico para a oferta
de disciplinas na modalidade semipresencial no âmbito da UEG, é caracterizada por atividades
didáticas, módulos ou unidades de ensino-aprendizagem centrados na autoaprendizagem e com a
mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizam
tecnologias de comunicação remota.

No âmbito do Curso de História caracterizam-se como disciplinas semipresenciais as que são


ofertadas nos cursos presenciais da UEG em que a carga horária da disciplina ou parte dela é
realizada a distância pelo discente com a utilização de instrumentos disponibilizados pela UEG. Tais
disciplinas são planejadas pelo docente e ofertadas por meio do Ambiente Virtual de Ensino e
Aprendizagem (AVEA) institucionalizado pelo Centro de Ensino e Aprendizado em Rede (CEAR)
da UEG.

Conforme Portaria do MEC número 4.059/2004 e Resolução do CsA 53/2014 é facultado ao


curso o uso da semipresencialidade. As disciplinas que compõem o Núcleo Específico (NE), Núcleo
de Modalidade (NM) e Núcleo Livre (NL) poderão ser ofertadas de forma semipresencial
parcialmente ou integral, obedecendo ao limite máximo de 40% (quarenta por cento) da carga horária
total do curso.

39
14. ATIVIDADE DE EXTENSÃO

A extensão universitária é um processo educativo, cultural, científico e político, que articula


o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade
e a sociedade, com base na interlocução entre saberes, gerando a produção do conhecimento
resultante do confronto com a realidade, a democratização do conhecimento acadêmico e a
participação efetiva da comunidade na Universidade.

O processo de curricularização da extensão nos cursos universitários do Brasil foi consolidado


na legislação vigente por meio da Resolução CNE/CES n. 7/2018. Na UEG, tal processo foi
regulamentado pelo Conselho Universitário por meio da Resolução CsU n. 990/2021. Em tais
documentos, está atestado que a curricularização da extensão consiste na inclusão de atividades de
extensão no currículo dos cursos de graduação, com a atribuição de, no mínimo, 10% (dez por cento)
do total da carga horária do projeto pedagógico dos cursos em ações de extensão universitária,
orientando sua ação prioritariamente para as áreas de grande pertinência social.

Para o cumprimento das atividades de extensão nos cursos de graduação da Universidade


Estadual de Goiás (UEG), a Resolução CsU n. 990/2021 determina que a carga horária da extensão
deve constar nos PPCs como carga horária total obrigatória, definida a critério dos institutos
acadêmicos, Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs) e colegiado setorial de curso, colegiado central
do curso e colegiado do instituto acadêmico, de 2 (duas) formas não excludentes:

I – como Atividades Curriculares de Extensão (ACE), cuja creditação será definida nas
disciplinas pelo colegiado setorial de curso, colegiado central do curso e colegiado do instituto
acadêmico com assessoria do NDE para cada semestre;

II – como Componente Curricular de Extensão (CCE) na forma de ações cadastradas nos


programas de extensão, como projetos, cursos, eventos, oficinas e prestação de serviços; tal
modalidade passa a integrar a síntese da matriz curricular do curso, ao lado das demais categorias de
atividades acadêmicas expressas nas normas curriculares vigentes.

No caso específico do Curso de Licenciatura em História, o NDE e Coordenação de curso


definiram pela adoção somente de Componentes Curriculares de Extensão (CCE), dispensando-se,
assim, as Atividades Curriculares de Extensão (ACE) da carga horária das disciplinas do curso. Desse
modo, o currículo do Curso possui um componente curricular específico para atividades de extensão
(CCE) em uma carga horária de 10% do total do currículo, portanto, 340h.

Estas 340h deverão ser cumpridas pelo discente, comprovadas por meio de apresentação de
certificações à coordenação setorial do curso, através de projetos, ações e atividades de extensão,

40
como programas, cursos, oficinas, exibições, apresentações, intervenções sociais etc., dentro e/ou
fora da UEG, desde que sejam respeitados os parâmetros básicos da extensão universitária, quais
sejam: o protagonismo do discente no desenvolvimento da atividade/ação/programa, e o
envolvimento da comunidade externa à universidade.

Para garantir o cumprimento do Componente Curricular de Extensão pelos discentes, o Curso


oferecerá, no mínimo, dois projetos de extensão pelo seu corpo docente, com duração anual mínima
de 170h. Os projetos serão ofertados prioritariamente para os discentes do primeiro e segundo
períodos em um primeiro projeto, e terceiro e quarto períodos para um segundo projeto. A oferta de
mais de dois projetos será facultada a cada colegiado setorial de professores, desde que seja garantida
a oferta de um mínimo de 170h anuais para cada turma acima referida. A vinculação a cada projeto
pelo discente matriculado no curso também será opcional, uma vez que, tanto o discente pode optar
por se vincular a projetos de extensão fora da Universidade, ou em outros cursos da UEG
(apresentando a certificação ao final à coordenação setorial do curso), como um discente do primeiro
período poderá se vincular a um projeto apresentado ao terceiro, e vice-versa. O mesmo também
ocorrerá com discentes do demais períodos posteriores, pois, ainda que a prioridade sejam as turmas
de primeiro a quarto período, o projeto não precisará necessariamente se limitar às mesmas. Por fim,
será também facultada a possibilidade de vinculação de discentes externos ao curso e um dos projetos
acima referidos, desde que o proponente e coordenador do projeto estejam de acordo.

Como um dos projetos de extensão ofertados como CCE, o Curso de História propõe a
realização de um Seminário de Extensão, em caráter permanente, envolvendo todas as representações
do Curso, ao longo de todo o ano letivo. A proposta é que este seminário ocorra em modo remoto
(online), tendo os discentes inscritos no projeto como protagonistas na organização, divulgação e
execução de cada encontro, sendo transmitido e aberto à toda comunidade externa à universidade.

Ademais, outras atividades, ações, programas ou projetos de extensão poderão ser


oferecidos/promovidos pelos docentes do Curso, desde que garantida a carga horária mínima para o
cumprimento do CCE pelo discente até a metade de sua integralização curricular. Uma vez
ultrapassada a carga horária de 340h de extensão do CCE, o discente poderá apresentar novos
certificados de extensão para contabilização de horas de atividades complementares.

Por fim, as demais diretrizes e normatizações referentes ao assunto, poderão ser consultadas
em regulamento específico presente no Apêndice III do presente projeto de curso.

41
15. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As Atividades Complementares na UEG são concebidas como atividades de cunho


acadêmico, científico, culturais e profissionais desenvolvidas pelo acadêmico durante o curso de
graduação, que enriquecem a formação através do aproveitamento de conhecimentos adquiridos a
partir da prática de estudos e atividades independentes.

No curso de licenciatura em História da UEG, o componente curricular definido como


Atividades Complementares submete-se às determinações contidas na legislação federal, nas
Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos (DCN) ou nas normas vigentes, pareceres do Conselho
Nacional de Educação (CNE) e do Conselho Estadual de Educação (CEE), no Regimento Geral da
Universidade Estadual de Goiás (UEG), na Resolução CsA nº 1.025/2017 e no Regulamento de
Atividades Complementares dos Cursos (RAC), que aprova a política institucional para as atividades
complementares dos cursos de graduação da UEG.

As Atividades Complementares são componentes curriculares do PPC que possibilitam o


reconhecimento de habilidades, conhecimentos e competências do discente, inclusive, adquiridas fora
do ambiente escolar e devem permitir que o discente possa alargar o seu currículo com experimentos
e vivências acadêmicas internas ou externas ao curso. Elas são transversais, opcionais e
interdisciplinares e devem ser desenvolvidas especialmente nas relações com o mundo do trabalho
e/ou com as ações de extensão junto à comunidade de forma a promover o aprofundamento e a
consolidação desses conhecimentos de forma ética, crítica e reflexiva.

São objetivos das Atividades Complementares na UEG, entre outros, estimular a participação
do acadêmico em experiências diversificadas; ampliar o conhecimento curricular, científico e cultural
numa perspectiva multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar; proporcionar a participação do
acadêmico em diversos cenários de aprendizagem, como os espaços profissionais, pedagógicos,
sociais, culturais e favorecer as atividades de cunho comunitário e de interesse coletivo, de iniciação
científica, cultural, tecnológica e de formação profissional.

O discente que ingressar no Curso de História modalidade Licenciatura da Universidade


Estadual de Goiás, deverá obrigatoriamente cumprir no mínimo, 200 (duzentas) horas em Atividades
Complementares. Para a integralização da carga horária de atividades complementares, nenhum
certificado de atividade poderá corresponder isoladamente a mais de 20% (vinte por cento) do total
da carga horária de Atividades Complementares previstas para o curso. Da mesma forma, o curso
contabilizará um limite de até 20% do total de horas registradas em certificados protocolados.

As Atividades Complementares podem ser realizadas de forma presencial e/ou à distância,


relacionadas à área de formação do acadêmico e/ou a áreas afins, visando à sua qualificação
42
profissional, humana e social.

As atividades desenvolvidas no âmbito do Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório não


poderão ser computadas como Atividades Complementares, assim como, as Atividades
Complementares não poderão ser computadas como atividades de Estágio Supervisionado Curricular
Obrigatório.

As Atividades Complementares poderão ser desenvolvidas em instituições de ensino superior


(IES), em organizações públicas ou privadas e na própria UEG, desde que atendam às modalidades
previstas na Resolução CsA nº 1.025/2017 e no RAC. O Curso de História disponibilizará aos alunos,
a participação em Projetos de Pesquisa, Grupos de Estudos, Projetos de Extensão, Monitorias nos
Laboratórios, Publicação de Artigos, apresentação de trabalhos científicos e participação em eventos.

O Câmpus deve responsabilizar-se pelo processo de validação das atividades complementares


dos acadêmicos e realizar a gestão das informações, com vistas ao controle do cumprimento da carga
horária; bem como arquivar os documentos comprobatórios necessários para a comprovação da
integralização curricular pelos acadêmicos, conforme política de arquivamento da instituição.

A autenticidade dos certificados das Atividade Complementares é de responsabilidade do


discente. Para a integralização do curso, o discente deve enviar, junto com a cópia dos certificados, a
Planilha/tabela de Atividades Complementares ao coordenador do curso, que encaminhará à
secretaria mediante aprovação do coordenador setorial do curso.

As atividades complementares, que podem ser reconhecidas para efeitos de aproveitamento


da carga-horária, são as seguintes:

I - Atividades de formação social, humana e cultural:

a) participação com aproveitamento em cursos de línguas;

b) participação em atividades artísticas e culturais;

c) participação em atividades esportivas;

d) participação em festivais voltados para a área de formação do curso;

e) participação na organização de exposições e eventos artísticos e/ou culturais;

f) participação como expositor em eventos artísticos e/ou culturais;

g) outras atividades definidas no RAC,

II - Atividades de cunho comunitário e de interesse coletivo:

a) atuação como instrutor em palestras técnicas, seminários, grupos de estudos, cursos da área

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específica de formação, desde que não remunerados e de interesse da sociedade;

b) participação em atividades beneficentes e/ou voluntárias e em campanhas de ação social;

c) participação, com indicação formal da UEG, em diretórios acadêmicos, centros


acadêmicos, entidades de classe, conselhos, comissões e colegiados internos;

d) participação em projetos de extensão vinculados à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e


Assuntos Estudantis da UEG, desde que não sobreponham-se às horas registradas no Componente
Curricular de Extensão (CCE);

e) participação em eventos ou trabalhos convocados pela Justiça;

f) outras atividades definidas no RAC,

III - Atividades e projetos de ensino, de formação profissional, pesquisa, iniciação científica


e tecnológica:

a) realização de estágio supervisionado não obrigatório na área do curso;

b) participação com aproveitamento em outros cursos e minicursos científicos ou de gestão


na área de formação;

c) participação como apresentador de trabalhos em palestras, congressos e seminários técnico-


científicos;

d) participação em atividades técnico-científicas, desde que não sejam contadas como carga
horária das disciplinas ou outro componente da matriz curricular do curso;

e) participação como ouvinte em bancas de TC, dissertação, tese;

f) participação em centros de estudos, ensino e pesquisa;

g) participação em atividades de empresa júnior;

h) participação em atividades de escritório modelo;

i) participação em exposições técnico-científicas;

j) participação em atividades de incubadora tecnológica ou de empresas;

k) participação em atividades de laboratórios;

l) participação em atividades de monitoria;

m) participação em palestras, congressos, seminários técnico-científicos, semanas


comemorativas e/ou oficinas;

n) participação em projetos de pesquisa, de iniciação científica e tecnológica relacionados


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com os objetivos do curso;

o) participação na organização de exposições e seminários de caráter acadêmico-científico;

p) organização de livro e revista ou de periódicos científicos de abrangência local, regional,


nacional ou internacional;

q) publicação em revista, livro, capítulo de livro, em anais de eventos técnico-científicos ou


em periódicos científicos de abrangência local, regional, nacional ou internacional;

r) outras atividades definidas no RAC.

Por fim, as demais diretrizes e normatizações referentes ao assunto, poderão ser consultadas
em regulamento específico presente no Apêndice III do presente projeto de curso.

16. PROJETOS DE ENSINO

O projeto de ensino é uma atividade que representa um conjunto de ações de apoio pedagógico
elaborado como estratégia de recuperar os discentes e ampliar as suas chances de sucesso acadêmicos,
no qual deverá superar: a dificuldade de aprendizado, em função de fragilidades de formação; as
vulnerabilidades emocionais e sociais que comprometem o rendimento e sucesso acadêmico; as
recorrentes reprovações e/ou baixos rendimentos nos componentes curriculares; às necessidades
educacionais especiais, como deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades,
superdotação e transtornos funcionais específicos; desenvolvimento de novas metodologias,
tecnologias e práticas voltadas ao aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem; ou
produção/inovação de material didático ou de apoio relacionado com o ensino de graduação e com
finalidade didático-institucional.

No caso específico do Curso de Licenciatura em História da UEG, os projetos de ensino


poderão ser ofertados pelo seu corpo docente, efetivo ou temporário, por meio de regulamentação
própria da Pró-Reitoria de Graduação (PrG) e Regimento Interno do Curso. Em todo caso, prevê-se
a realização e oferta de grupos de estudos, grupos de recuperação de aprendizagem e monitoria, cursos
e oficinas de leitura e redação acadêmica, bem como de normatizações da ABNT, dentre outros.

Ressaltamos, por fim, a importância ímpar que o Curso direciona ao fomento de projetos de
ensino, especialmente por meio da coordenação central do curso, principalmente no período pós-
pandemia de COVID-19, cuja aprendizagem de diversos componentes curriculares foi diretamente
afetada pela oferta do ensino remoto, devido às restrições sanitárias necessárias. Tais projetos,
portanto, serão articulados entre as Coordenações Setoriais, à Coordenação Central e o Núcleo
Docente Estruturante, de modo a se avaliar as demandas e necessidades, bem como as estratégias de
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recuperação de aprendizagem.

17. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E/OU NÃO


OBRIGATÓRIO

A concepção de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório (ECSO) que segue


apresentada resulta das decisões colegiadas e deliberadas pelos representantes docentes dos cursos de
História da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Este documento se referencia e está em acordo
com as determinações legais e com as determinações institucionais, em vigor na data de sua redação.
As construções aqui figuradas tomaram como ponto de partida as concepções e práticas de estágio
manifestadas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de licenciatura em história, da
Universidade Estadual de Goiás (UEG), aprovadas a partir de 2015.

Orientados pela qualidade da formação profissional da docência em história, oferecida pela


UEG à sociedade, o Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório (ECSO) do curso de licenciatura
em história foi estruturado a partir dos seguintes condições, valores e pressupostos: 1) concepção
crítica-reflexiva de estágio na formação de docentes de história, 2) a estrita relação do estágio com a
disciplina de “Introdução ao estudo e ensino de história” e das disciplinas de “Didática e metodologia
do ensino de história 1, 2, 3 e 4”, mas também a relação com todas as demais disciplinas do curso; 3)
o perfil do docente que assumirá a orientação de estágio; 4) a carga horária individual de orientação
e quantidade de estagiários por orientador e orientadora, tendo em vista a qualidade da formação
profissional oferecida à sociedade; 5) a estruturação, a organização e a avaliação do estágio, com a
devida caracterização de todos os seus momentos; 6) o alinhamento gradual, consecutivo e orgânico
entre os quatro diferentes momentos da realização do estágio e demais questões internas e
consequentes à sua organização, em relação com a semestralidade do curso de história; 7) a realização
da orientação do estágio em ciclos bianuais ou anuais, a depender da escolha dos orientadores, em
relação com os níveis e modalidades da Educação Básica; 8) a orientação do estágio; 9) a realização
do estágio fora da cidade sede em que se localiza o curso de história; 10) a relação do estágio com o
campo de estágio; e 11) a elaboração do plano de trabalho de estágio. Na sequência, caracterizamos
cada um desses pontos.

Por fim, as demais diretrizes e normatizações referentes ao assunto, poderão ser consultadas
em regulamento específico presente no Apêndice III do presente projeto de curso.

46
18. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um componente curricular que procura


familiarizar o discente com a pesquisa cientificamente orientada em suas diversas possibilidades.
Além de colaborar com a qualificação do sujeito em formação, a experiência de pesquisa
oportunizada pelo Trabalho de Conclusão de Curso oferecida pela UEG significou para os discentes
das licenciaturas, ao longo da história da instituição, o primeiro estímulo para a dedicação à formação
continuada em Programas de Pós-Graduação de todo o Brasil.

Nesta etapa formativa, espera-se o manejo dos conhecimentos que foram assimilados pelo
discente ao longo de sua trajetória, em especial aqueles que ofertaram as orientações teóricas e
metodológicas necessárias para o empreendimento científico. No Curso de História da UEG, seu
escopo é a produção de saberes que permitam o aperfeiçoamento da consciência histórica do discente
a fim da futura atuação profissional e da formação continuada. Em convergência com os outros
componentes, espera-se que a experiência vivenciada durante a realização do Trabalho de Conclusão
de Curso possa estimular o cultivo da identidade profissional do licenciado que seja pautada na
compreensão da indissociabilidade entre a pesquisa e o ensino, ciência e educação.

O Trabalho de Conclusão de Curso presume a relação ética e intelectual entre o docente


orientador e o discente orientando, sendo cada um deles possuidores de papéis acadêmicos específicos
no interior dessa relação. Formalmente, a relação de orientação terá início no sétimo período do curso.
Ela se estabelecerá a partir da disponibilidade do orientador para supervisionar a pesquisa proposta
pelo discente. Por parte do discente, a escolha do orientador acontecerá a partir das especificidades
profissionais nos campi em que o Curso de História oferta formação, sendo vetada a orientação de
docentes não vinculados à UEG. Espera-se idealmente que a relação aconteça a partir da especialidade
do corpo docente e de possíveis linhas de pesquisa, caso existam, que estruturam o trabalho colegiado.

Estabelecida formalmente a relação, cabe ao orientador compartilhar sua experiência como


pesquisador a fim de oferecer aos orientandos os possíveis itinerários capazes de subsidiar o
desenvolvimento da pesquisa. Por sua vez, cabe ao discente, cujo TCC deve ser desenvolvido
individualmente, o cultivo da autonomia intelectual e do interesse no cumprimento do cronograma
de atividades e leituras acordado entre as partes no momento da constituição da relação de orientação.
Recomenda-se que as orientações aconteçam semanalmente e que as mesmas sejam registradas em
sistema próprio da UEG. Recomenda-se que a questão do plágio seja debatida com o orientando e
que ele seja esclarecido a respeito da dimensão ética da prática. Caso seja necessário, eventuais
dificuldades na relação de orientação poderão ser dirimidas com a ajuda da coordenação setorial ou
dos membros do corpo docente local, sendo garantidos os direitos do indivíduo na condição de

47
discente da UEG, bem como a autonomia de orientação do docente. Assim, havendo divergências
sobre a continuidade da orientação, ou o encaminhamento para defesa, a decisão será tomada em
convergência entre o professor orientador e a coordenação setorial do curso.

O trabalho de conclusão de curso é um produto oriundo especialmente da pesquisa. Sua


materialidade diz respeito ao texto monográfico em sentido estrito ou ao artigo científico, sendo a
escolha de uma das modalidades o resultado de acordo firmado entre as partes que constituem a
relação de orientação. É possível, contudo, que outros tipos de atividades possam ser realizados como
trabalho de conclusão de curso, desde que elas possuam estreita relação com a formação e estejam de
acordo com o horizonte do colegiado docente local. Entre elas, destacam-se a organização de arquivos
históricos em museus, documentários e outras iniciativas que favoreçam diretamente políticas de
patrimonialização e promoção do conhecimento histórico. Essas atividades serão realizadas sob a
orientação de docente do Curso de História e deverão dar origem a um artigo em que conste as etapas,
os expedientes empregados e as referências mobilizadas para a sua realização.

O componente curricular de Trabalho de Conclusão de Curso é dividido em TC 1 (7º período)


e TC 2 (8º período). A avaliação final do TC 1 será realizada por meio da apresentação da pesquisa
em andamento em um seminário de qualificação que pode acontecer internamente no curso local, ou
envolvendo todos os cursos em um evento organizado pela Coordenação Central do Curso, sendo a
nota definida, ao final, pela avaliação própria do docente orientador.

A avaliação final dos trabalhos de conclusão de curso, TC 2, acontecerá a partir da defesa


pública realizada pelo discente diante de banca avaliadora formada por no mínimo dois, e no máximo
três docentes, sendo um deles o orientador da pesquisa. Um suplente deverá ser listado. A banca
deverá ser composta por membros especialistas no tema apresentado, não sendo vetada a participação
de docentes ou pesquisadores externos. Os membros da banca poderão estar presentes no recinto onde
acontece a defesa ou, conforme a necessidade, poderão participar remotamente a partir das
tecnologias disponíveis. As defesas serão públicas e a data de sua realização previamente divulgada.

O discente deverá apresentar o resultado de sua pesquisa em período acertado entre os


membros da banca. Em seguida, ele será arguido pelos docentes convidados. Posteriormente, o
discente terá a oportunidade para responder eventuais perguntas feitas pela banca. A nota do trabalho
de conclusão de curso será constituída pelos membros convidados em momento de ausência
temporária do discente e outros possíveis participantes da sessão pública. A ata da defesa será lida na
presença do discente e demais participantes da sessão. A nota mínima, considerada satisfatória, é 6,0
pontos, não sendo obrigatória a divulgação da mesma no ato da leitura da ata.

Poderão ser dispensados da banca de defesa os discentes que a partir do sétimo período do

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curso publicarem artigo em revista científica de história ou de outros campos afins listados na pelo
Qualis Periódico na Plataforma Sucupira. Em todo caso, competirá à uma comissão formada por dois
docentes locais avaliarem a natureza da publicação a fim de atribuírem a nota. Não seria aproveitável
a publicação em periódicos que não estejam listados no Qualis Periódicos ou em eventos que não têm
afinidade com a ciência histórica.

Por fim, as demais diretrizes e normatizações referentes ao assunto, poderão ser consultadas
em regulamento específico presente no Apêndice III do presente projeto de curso.

19. EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES (ENADE)

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), parte integrante do Sistema


Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem como objetivo geral avaliar o desempenho
dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às
habilidades e competências para atuação profissional e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira
e mundial, bem como, sobre outras áreas do conhecimento; sozinho corresponde a cerca de 55% do
conceito preliminar de curso (CPC) uma das modalidades de avaliação do Sinaes. A avaliação do
Enade é constituída pelo componente de formação geral, comum a todas as áreas, e pelo componente
específico de cada área em que as diretrizes para o componente de formação geral e específico toma
como referência do perfil do egresso as características das áreas dos cursos avaliados e são publicadas
em portaria específica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP).

De acordo com a Portaria Normativa do MEC nº 40, de 12 de dezembro de 2007, artigo 33-
D, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que integra o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES), tem como objetivo aferir o desempenho dos estudantes
em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes do respectivo curso de graduação e
as habilidades e competências em sua formação. Em cumprimento a essa determinação, as avaliações
do curso de História pelo ENADE aconteceram nos anos de 2008, 2011, 2014, 2016, 2018 e 2021.

Paralelo ao Exame Nacional, o curso de História instituiu a Avaliação Periódica Interna (API)
no âmbito das diversas representações, presenciais e não-presenciais, do curso na Universidade
Estadual de Goiás.

– São objetivos da API:

a) Permitir à gestão do Curso de História, setorial e central, avaliar a capacidade dos discentes
de assimilação, em curto e médio prazo, dos conteúdos ministrados nas disciplinas do Curso;

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b) Capacitar o corpo discente do Curso a realizar provas objetivas/dissertativas segundo o
modelo de concursos públicos para a carreira do magistério;

c) Garantir que as deficiências de aprendizagem de turmas específicas em determinadas áreas


sejam sanadas ao longo do curso com atividades extracurriculares;

d) Permitir ao corpo discente a realização de avaliações periódicas sobre o curso e


universidade: gestão, estrutura, organização, etc.

e) Permitir ao corpo discente a realização de avaliações periódicas sobre seus professores dos
referidos semestres avaliados (planejamento, didática, profissionalismo, etc.)

A API ocorrerá ao final de cada ano letivo, a partir da data de publicação da presente
resolução, sendo aplicadas nos 2º, 4º, 6º e 8º períodos do curso. A API será estruturada em:

a) avaliação de conteúdos;

b) avaliação do curso (gestão, estrutura e organização);

c) campus e universidade (gestão, estrutura e organização)

Os dois sistemas de avaliação, API e ENADE, constituirão em duas formas de avaliação e


acompanhamento do curso de História.

20. ATIVIDADES PRÁTICAS COMO COMPONENTE CURRICULAR

As Atividades Práticas como Componente Curricular (APCC) referem-se ao conjunto de atividades


formadoras a serem desenvolvidas nas licenciaturas, com o objetivo de articular ação-reflexão-ação
e teoria-prática, tendo como foco o exercício da docência, independentemente do núcleo em que a
disciplina esteja elencada.

A APCC é uma dimensão do conhecimento efetivada desde o início do curso, em todas as


disciplinas da matriz curricular, como elemento fundamental no processo de formação de professores;
deve ser uma vivência reflexiva, o que significa dizer que deve ser articulada com o estágio e com as
demais atividades acadêmicas do curso.

De acordo com as DCN, a carga horária total de APCC deve ser de 400 (quatrocentas) horas,
conforme exigido pela legislação vigente e tem a pesquisa como seu componente constitutivo, que
melhor viabiliza a aproximação do discente com a realidade em que vai atuar.

Ressalta-se que, em acordo com a Resolução CsA-UEG n. 848/2015, “a prática como componente
curricular, pressupõe a articulação de conhecimentos pedagógicos e específicos da área de formação.”
(4ª diretriz), e ainda, segundo Parecer CNE/CP n. 9/2001), “não é possível deixar ao futuro professor
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a tarefa de integrar e transpor o conhecimento sobre ensino e aprendizagem para o conhecimento na
situação de ensino e aprendizagem, sem ter a oportunidade de participar de uma reflexão coletiva e
sistemática sobre esse processo”.

Isto dito, a APCC no curso de Licenciatura em História da UEG ocorrerá em todas as disciplinas
oferecidas pelo curso, à exceção das disciplinas de Núcleo Comum e Núcleo Livre, que podem ser
cursadas fora do curso, de modo a que o discente tenha contato com a reflexão e prática pedagógica
do conhecimento debatido em cada componente curricular.

Para desenvolver a APCC, no interior das áreas ou disciplinas, o docente pode se utilizar das
ferramentas e das tecnologias da informação e comunicação, especialmente as audiovisuais, com o
objetivo de levar o discente à reflexão à luz da teoria, à resolução de situações-problema, por meio
de estudos de caso, situações simuladoras, análise e produção de material didático, narrativas orais e
escritas de docentes, produções dos discentes, seminários e oficinas, aula simulada, dentre outras
metodologias.

Por fim, ainda em cumprimento às orientações da Resolução CsA-UEG n. 848/2015 que recomenda
“que o desenvolvimento das diferentes práticas seja articulado entre as disciplinas, numa perspectiva
interdisciplinar”, e que “o Núcleo Docente Estruturante deverá realizar reuniões com todos os
professores a fim de elaborar um plano interdisciplinar de trabalho para sua concretização”, o Curso
de História da UEG recomenda que cada representação setorial apresente ao NDE uma proposta de
realização disciplinar, e/ou interdisciplinar de APCC no planejamento inicial de cada semestre.

Por fim, as demais diretrizes e normatizações referentes ao assunto, poderão ser consultadas
em regulamento específico presente no Apêndice III do presente projeto de curso.

21. ESTRUTURA CURRICULAR

A estrutura curricular (Resolução CsU 682/2014 e Resolução CsA 830/2014 e 844/2014) do


curso de Licenciatura em História da UEG é definida como a disposição ordenada de componentes
curriculares conforme matriz curricular (conforme item 8.1).

São componentes curriculares dessa estrutura curricular:

I – Componente Curriculares de Formação Específica (Disciplinas);

II - Estágio Curricular Obrigatório (ECO);

III - Atividades complementares (AC);

IV - Trabalho de Curso (TC);

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V – Componente Curricular de Extensão (CCE)

VI – Prática como Componente Curricular (PCC)

V - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).

A organização dessa estrutura curricular pauta-se pelos princípios da produção do


conhecimento, dos valores, da cultura e das relações sociais no contexto da sociedade contemporânea,
tanto no âmbito local, quanto no cenário nacional e internacional, fundamentando-se em uma
formação científica, profissional e cidadã, comprometida com um processo de emancipação humana,
com ampliação da qualidade de vida, por meio da prática dos direitos e deveres sociais e por meio da
disposição ordenada de componentes curriculares representada em uma matriz curricular pautada
pelos princípios da flexibilização curricular, com vistas a garantir autonomia na formação discente.

21.1. Núcleos comum, modalidade, livre e específico

Para tanto nosso Currículo é composto por Núcleos de Ensino, os quais contemplam os
seguintes componentes curriculares:

I - Núcleo Comum (Resolução CsA 841/2014), composto por disciplinas comuns e


obrigatórias a todos os cursos de graduação da UEG e tem como finalidade atender à diversidade
acadêmica, com conhecimentos comuns na construção de novos saberes, a fim de tornar o discente
sujeito ativo de sua formação intelectual, profissional e cidadã. As disciplinas do Núcleo Comum são
apresentadas na Matriz Curricular.

II - Núcleo Modalidade (Resolução CsA 842/2014 e 845/2014), composto por um conjunto


de disciplinas de dimensões específicas e/ou pedagógicas, respeitando as modalidades do curso
(bacharelado, licenciatura e superior de tecnologia). As disciplinas do Núcleo de Modalidade são
apresentadas na Matriz Curricular.

III - Núcleo Livre (Resolução CsA 840/2014 e 1025/2017), formado por um conjunto de
disciplinas e atividades complementares que devem ser cursadas e/ou realizadas pelos discentes,
mediante sua escolha e interesse. O Núcleo Livre tem como objetivo garantir liberdade e diversidade
ao discente na sua formação; aprofundar, acrescentar e/ou atualizar estudos em áreas de interesse do
discente; promover a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade; possibilitar novos conhecimentos
relativos à área de formação e promover o intercâmbio entre discentes de diferentes cursos da UEG
e/ou de outras IES.

IV - Núcleo Específico (Resolução CsA 830/2014 e 844/2014), tem como finalidade capacitar
e ampliar os conhecimentos significativos e peculiares dos diversos cursos de graduação da UEG,
52
conforme as DCNs do Curso.

21.2. Ementas e Bibliografias

21.2. Ementas e Bibliografias

1º PERIODO:

EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Ementa:
Raça e racismo científico no Brasil dos séculos XIX-XX. Histórico dos movimentos negros e as
políticas de ações afirmativas no Brasil. Influência da cultura africana no Brasil: português e as
línguas africanas; artes afro-brasileiras; práticas religiosas afro-brasileiras. Atividades de prática
curricular.

Bibliografia básica
ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de. FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil.
Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.
MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino (Orgs.). O Negro no Brasil de Hoje. São Paulo:
Global, 2006.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. [et al]. De olho na cultura: pontos de vista afro-brasileiros. Salvador:
CEAO; Brasília: Fundação cultural Palmares, 2005

INTRODUÇÃO AO ESTUDO E ENSINO DE HISTÓRIA

Ementa:
História da História: gênero literário, escolarização da história, cientificização/disciplinarização da
história. História do Ensino de História em Goiás. Categorias e conceitos estruturantes da produção
e do ensino da História: história, processo histórico, temporalidades, memória, sujeitos históricos,
trabalho, poder, cultura. Lei 14038/2020. Prática como componente curricular.

Bibliografia básica
BEZERRA, Holien Goçalves. Estudo de história: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL,
Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 6. ed. São Paulo: Editora
Contexto, 2010. p. 37-48.
RIBEIRO, Miriam Bianca do Amaral. Cultura histórica e história ensinada. Goiânia: Editora UFG,
2014.
MALERBA, Jurandir (org.). Lições de história: o caminho da ciência no longo século XIX. Rio de
Janeiro: Editora FGV; Porto Alegre: Edipucrs, 2010.

HISTÓRIA ANTIGA I

Ementa:
Estudo do orientalismo como produção cultural. Problematização da História da História Antiga
como disciplina. Discussão sobre a produção histórica que engloba as sociedades orientais e africanas
na antiguidade, articulando os aspectos políticos, econômicos, socioculturais e religiosos.
Identificação das fontes e possibilidades de pesquisa. Produção de formas de conhecimento histórico-
53
escolar dos conteúdos. Desenvolvimento de atividades de prática curricular que enfatizem o ensino
de História Antiga Oriental e Africana

Bibliografia básica
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Macoantonio.
Porto Alegre: L&PM, 2015
LIVERANI, Mario. Antigo Oriente. História, Sociedade e Economia. São Paulo: Edusp, 2016
MOKHTAR, G (org.) História Geral da África II: A África Antiga. São Paulo/ Paris: Ática/
UNESCO, 1983.

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Ementa:
Sociologia e Educação. Escola como instituição social. Percursos teóricos da sociologia da educação.
Educação como processo social. Cultura e educação. O papel da educação na
reprodução/transformação da sociedade. Estudos sociológicos da escola no Brasil.

Bibliografia Básica:
CARVALHO, Alonso Bezerra; SILVA, Wilson Calos Lima da. (Orgs.) Sociologia e educação:
interpretações e leituras. São Paulo: Avercamp, 2006.
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. 6. ed. São Paulo: DP&A, 2007.
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia clássica: Marx, Durkheim e Weber. 4. ed. Petrópolis-RJ: Vozes,
2010.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Ementa:
História da Educação: clássica, medieval e moderna como fenômeno social, cultural e político. A
Educação no Brasil. A Educação em Goiás. O público, o privado e a formação docente na educação
brasileira.

Bibliografia Básica
BARRA, Valdeniza Maria Lopes da. Estudos de história da educação de Goiás (1830-1930).
Goiânia: Editora da PUC, 2011.
MANACORDA, M. A. História da Educação: da antiguidade aos nossos dias. 8. ed. São Paulo:
Cortez, 2010.
SAVIANI, Demerval. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. 3. ed. Campinas, SP, Autores
Associados, 2011.

2º PERIODO:

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA

Ementa:
Ensino de História, Culturas Indígenas e a Lei 11.645/2008; Historiografia indígena e Histórias
Indígenas; Saberes, Artes e Literatura Indígenas; Colonialidade, interculturalidade crítica e
territorialidades; Movimentos Indígenas, Políticas Indigenistas e Políticas Indígenas;
Desapropriações e racismos contra os povos indígenas e suas resistências; Povos e Culturas Indígenas
no Cerrado Brasileiro

54
Bibliografia básica
CUNHA, Manuela Carneira da (Org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das
letras: Secretaria Municipal de cultura , FAPESP, 1992.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami. Tradução
Beatriz Perrone-Moisés; Prefácio de Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Companhia das letras,
2015.
WITTMANN, Luisa Tombini (Orgs.). Ensino (D)e história indígena: Belo Horizonte. Autêntica,
2015.

HISTÓRIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Ementa
O patrimônio cultural material, imaterial e natural aplicados ao ensino de História. Legislação e
políticas públicas de proteção aos bens culturais. Estudo sobre a concepção de Educação patrimonial
e o seu histórico no Brasil. Os pressupostos metodológicos abrangendo a educação para o patrimônio
a partir das suas relações com a cultura, a memória, a identidade e a cidadania. Pratica curricular que
enfatize ações de educação patrimonial nas comunidades locais.

Bibliografia básica
CARVALHO, Aline; MENEGUELLO, Cristina (Orgs). Dicionário Temático de Patrimônio.
Debates contemporâneos. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2020.
FLORÊNCIO, Sônia Rampim et al. Educação Patrimonial: inventários participativos. Brasília:
Iphan, 2016.
FLORÊNCIO, S. R.; CLEROT, P.; BEZERRA, J.; RAMASSOTE, R. Educação patrimonial:
histórico, conceitos e processos. Brasília: Iphan, 2014.

HISTÓRIA ANTIGA II

Ementa:
Problematização da apropriação moderna e contemporânea da História do Mediterrâneo. Estudo das
produções históricas que envolvem as sociedades Mediterrânicas nos seus aspectos políticos,
econômicos, socioculturais e religiosos. Questionar as divisões cronológicas tradicionais.
Identificação das fontes e possibilidades de pesquisa. Produção de formas de conhecimento histórico-
escolar dos conteúdos. Desenvolvimento de atividades de prática curricular que enfatizem o ensino
de História do Mediterrâneo.

Bibliografia básica
ABULAFIA, David. O grande mar: uma história humana do Mediterrâneo. Tradução: Cásio de
Arantes Leite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013
MARTY, Martin. O Mundo Cristão: uma história global. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

HISTÓRIA MEDIEVAL I

Ementa:
Conceito de Idade Média e aspectos de sua mobilização no mundo contemporâneo. Antiguidade
Tardia e formação dos reinos romano-germânicos. Equilíbrios senhoriais e as experiências do
conflito/acordo no senhorio. Relações entre clérigos e laicos. Desenvolvimento das ideias de bem
comum e de governo na Idade Média. Tipologia e análise de fontes medievais. Prática de pesquisa e
ensino de História Medieval.

55
Bibliografia básica
BASCHET, Jérôme. A Civilização Feudal: do ano 1000 à colonização da América. São Paulo: Globo,
2006.
LE GOFF, Jacques e SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidente Medieval.
Bauru/São Paulo: Edusc, 2002.
FRIGUETTO, Renan. Antiguidade Tardia: Roma e as Monarquias Romano-Bárbaras. Curitiba,
Juruá: 2012

DIDÁTICA

Ementa:
Objeto da didática: o processo de ensino-aprendizagem. Teorias e tendências pedagógicas. Conceitos
básicos de: conteúdo, professor, aluno, contexto histórico-cultural e institucional, condições de ensino
e aprendizagem. Processo didático: seleção, análise e organização do conteúdo; contextos sociais e
vivências no processo ensino-aprendizagem. A elaboração de planos de aula: conteúdos, objetivos,
desenvolvimento metodológico, avaliação da aprendizagem.

Bibliografia Básica:
CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber às práticas educativas. São Paulo: Cortez, 2013.
(Coleção Docência em Formação - Saberes Pedagógicos).
LIBÂNEO, José Carlos.; ALVES, Nilda. (Orgs). Temas de pedagogia: diálogos entre didática e
currículo. São Paulo: Cortez, 2012.
MARIN, Alda Junqueira. Didática: teoria e pesquisa. Araraquara: Junqueira e Marin/UECE, 2015.

3º PERIODO:

HISTÓRIA DO BRASIL I

Ementa:
O Império colonial português e os mecanismos de controle metropolitanos: aspectos econômicos e
políticos. Trabalho indígena e a escravidão negra. Vida privada, Igreja, formação territorial e cultural
na América portuguesa. Revoltas e movimentos sociais. Crise e crítica do sistema colonial.
Atividades de prática curricular que enfatizem o ensino e a pesquisa em História do Brasil.

Bibliografia básica
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes. Formação do Brasil no Atlântico Sul. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000.
NOVAIS, Fernando, SOUZA, Laura de Mello e (Orgs.). História da vida privada no Brasil.
Cotidiano e vida privada na América portuguesa. Volume 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
FRAGOSO, João, GOUVÊA, Maria de Fátima (Orgs.). Na trama das redes: política e negócio no
império português, séculos XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

HISTÓRIA MEDIEVAL II
Ementa:
O Mundo Mediterrânico Oriental entre Bizâncio e o Islã. Fundamentos e expansão do mundo
muçulmano. Cruzadas. A Península Ibérica na interseção do cristianismo, do judaísmo e do
islamismo. Transformações políticas, urbanas e intelectuais na sociedade baixo-medieval. Tipologia
e análise de fontes medievais. Prática de pesquisa e ensino de História Medieval.

56
Bibliografia básica
ANGOLD, Michael. Bizâncio: a ponte da Antiguidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago,
2002.
SILVA, Paulo Duarte: NASCIMENTO, Renata Cristina de S. (Org). Ensaios de História Medieval:
Temas que se renovam. Curitiba: CRV, 2019
SMITH- RILEY. Jonathan. As Cruzadas. Uma História. Campinas: Ecclesiae, 2019.

LINGUAGENS, TECNOLOGIAS E PRODUÇÃO TEXTUAL

Ementa:
Linguagem, processos comunicativos, formas e tecnologias. Práticas de leitura e de interpretação de
textos. Tipos e gêneros textuais. Produções de textos: planejamentos, estrutura (micro-estrutura –
Coesão e Macro-estrutura - Coerência) e construção (clareza, concisão, progressão). Aspectos
gramaticais da produção de textos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA.
PLATÃO, F.; FIORIN, J.L. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2008.
MARCUSHI, L. A. Produção textual, analise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 26.ed.
Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2006.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Ementa:
Concepções e processos de Desenvolvimento e Aprendizagem no contexto da prática pedagógica.
Teorias da aprendizagem. Processos Cognitivos nos Estágios do Desenvolvimento.

Bibliografia Básica:
PIAGET, Jean; INHELDER, Barbel. Psicologia da criança. Rio de Janeiro: Difel, 2011.
CUNHA, M.V. Psicologia da Educação. 4 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
VYGOTSKY, Lev S. Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos
superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007

METODOLOGIA CIENTÍFICA

Ementa: Formas de conhecimento: filosófico, científico, popular, mitológico. Epistemologia da


Ciência. Métodos e tipos de pesquisa. Produção e normatização de trabalhos acadêmicos.

Bibliografia básica
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica.
7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MORAIS, Itelvides José. As várias faces da ciência: sobre o sujeito, linguagem, e a teoria como
pontos de encontro dos diferentes ramos das ciências. Anápolis: Universidade Estadual de Goiás,
2010.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo:
Cortez, 2007.

57
4º PERIODO:

HISTÓRIA MODERNA I

Ementa:
Transição do medievo para a modernidade; As origens do capitalismo; Expansão Marítima;
Renascimento; Reformas Religiosas; Formação das monarquias nacionais; Sociedade de corte,
Cultura popular; Prática curricular e Ensino de História Moderna.

Bibliografia básica
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. ED. UNESP, 2016
DAVIES, Natalie Zemon. Culturas do povo sociedade e cultura no início da França moderna: oito
ensaios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Volume 1 e 2. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.

LIBRAS
Ementa:
Nível básico de conversação da língua brasileira de sinais. Parâmetros lingüísticos da língua
portuguesa e da língua brasileira de sinais. Alfabeto manual, saudações, pronomes pessoais,
possessivos. Advérbio de lugar, pronomes demonstrativos, numerais, quantidade, valores monetários.
Espacialização. Pronomes indefinidos, advérbios de tempo e de freqüência. Cores. Negação em
LIBRAS. Formação de palavras. Diferentes usos do vocábulo “mais”. Vocábulos relacionados a
locais de comércio, a alimentos.

Bibliografia Básica
ANDERSON, Y. A língua de sinais e cultura dos surdos. Rio de Janeiro : AROUX, 1998.
ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi de. Leitura e surdez: um estudo com adultos não oralizados.
Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
BERNARDINO, Elidéia Lúcia. Absurdo ou Lógica?: a produção lingüística do surdo: Belo
Horizonte: Profetizando, 2000.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Ementa:
Concepções e processos de construção das políticas educacionais. A relação Estado e sociedade na
construção de políticas educacionais. Legislação e documentos do currículo na educação brasileira.
Políticas de avaliação da educação brasileira. Gestão e financiamento da educação.

Bibliografia Básica
BARBOSA, Andréa; SOUZA, Ângelo Ricardo de; TAVARES, Tais Moura (Orgs.). Políticas
Educacionais: conceitos e debates. Curitiba: Appris, 2013.
CARDOSO de Araujo, Gilda. Políticas educacionais e Estado Federativo. Curitiba: Appris, 2013.
SAVIANI, Demerval. A nova Lei da Educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas – SP:
Autores Associados, 2008.

58
HISTÓRIA DO BRASIL II

Ementa:
A crise do colonialismo e os movimentos liberais. O processo de emancipação política do Brasil.
Revoltas e movimentos sociais. A construção do Estado Nacional: aspectos políticos e econômicos.
Escravidão e cidadania. Pensamento social e produção cultural no Brasil oitocentista. A monarquia e
os seus vizinhos. A crise do Estado imperial. Atividades de prática curricular: ensino e pesquisa em
História do Brasil II.

Bibliografia básica
ALENCASTRO, Luiz Felipe de (Org.) História da Vida Privada no Brasil. Império: a corte e a
modernidade nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
CARVALHO, José Murilo (Coord.). A construção nacional (1830-1889). Volume 2. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2012.
MATTOS, Ilmar Rohloff de. O Tempo Saquarema: a formação do Estado imperial. São Paulo:
Hucitec /Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1987.

TEORIA DA HISTÓRIA I

Reflexão sobre o conhecimento histórico pré-moderno: passagem do mito para a História, a


historiografia grego-romana; historiografia medieval e renascentista; Iluminismo e filosofias da
história; historicismo e a profissionalização da História no século 19. Prática curricular.

Bibliografia Básica:
MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru, SP: Edusc, 2004.
MALERBA, Jurandir (org.). Lições de História: o caminho da ciência no longo século XIX. Rio de
Janeiro: FGV, 2010.
PARADA, Maurício (Org.). Os Historiadores: Clássicos da história. Vol.1: de Heródoto a Humboldt.
Petrópolis (RJ): Vozes, 2013

5º PERIODO:

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA I

Ementa
Especificidade da Didática da História na meta-reflexão alemã. Significado da teoria da História para
o estudo, a pesquisa histórica, a historiografia e a formação histórica. Aprendizagem histórica. Formas
e funções do saber histórico. Competências históricas: experiência, interpretação e orientação
temporal. Prática como componente curricular.

Bibliografia básica
RÜSEN, Jörn. História Viva (Vol.3) Teoria da História: formas e funções do conhecimento histórico.
Brasília: Ed. UnB, 2010.
SADDI, Rafael. O parafuso da didática da história: o objeto de pesquisa e o campo de investigação
de uma didática da história ampliada. Acta Scientiarum Education, vol. 34, núm. 2, julio-diciembre,
2012

59
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende (Org.). Jörn Rüsen
e o ensino de história. Curitiba: Ed. UFPR, 2010.

HISTÓRIA MODERNA II

Ementa
Revolução Científica; Pensamento Iluminista; Crise do Antigo Regime nos séculos XVII e XVIII;
Revolução Inglesa; Revolução Francesa; Sociedade e cotidiano no século XVIII. Prática curricular e
Ensino de História Moderna.

Bibliografia básica
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. 2ª edição. Vol. 1. Rio de Janeiro:
Zahar, 2011.
DARNTON, Robert. O Iluminismo como negócio: história da publicação da Enciclopédia (1775-
1800). São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
HUNT, Lynn. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras,
2007.

TEORIA DA HISTÓRIA 2

Ementa: A concepção materialista de História; crítica e crise do historicismo; Estudo das principais
correntes teóricas do século XX e XXI: marxismo ocidental; o movimento dos Annales; a história
cultural; a microhistória; tempo e memória; hermenêutica, discurso e narrativismo. Prática curricular.

Bibliografia Básica:
MANIERI, Dagmar. Teoria da História: a gênese dos conceitos. Petrópolis (RJ): Vozes, 2013.
MALERBA, Jurandir (Org.). História e Narrativa: a ciência e a arte da escrita histórica. Petrópolis
(RJ), Vozes: 2016.
PARADA, Maurício (Org.). Os Historiadores: Clássicos da história. Vol. 3: De Ricoeur a Chartier.
Petrópolis (RJ): Vozes, 2014.

HISTÓRIA DA ÁFRICA

Ementa
Historiografia africana. Temas da pré-história e da antiguidade africana. Período pré-colonial:
escravidão, expansão islâmica e organizações políticas. A África dos séculos XV ao XIX:
imperialismo e colonização. Resistência, movimentos de independência e formação das nações.
Atividade prática dos componentes curriculares.

Bibliografia básica
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo:
Selo Negro, 2005.
MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2015.
UNESCO. História Geral da África. São Paulo: Ática / Unesco, 1982-91. (8 volumes).

60
HISTÓRIA DAS AMÉRICAS I

Ementa
Sociedades indo-americanas; Diversidades e resistências dos povos indígenas e Conquistas Europeias
das Américas; Sistemas coloniais e estruturas de poder; Sociedade e cotidiano; Diversidade da
experiência colonial; Crise dos sistemas coloniais; Prática curricular e Ensino de História das
Américas.

Bibliografia básica
BERTAZONI, Cristina; SANTOS, Eduardo Natalino; FRANÇA, Leila Maria (Orgs.). História e
arqueologia da América indígena: Tempos pré-colombianos e coloniais. Santa Catarina-SC: EDUSC,
2017.
GRUZINSKI, Serge. A Colonização do Imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização do
México Espanhol, séculos XVI-XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América: a questão do outro. São Paulo, Martins Fontes, 1996.

6º PERIODO:

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA II

Ementa
Educação Histórica. Letramento histórico e empatia histórica. Aula Oficina. Fontes e linguagens na
aprendizagem de História. Aprendizagem histórica não-escolar. Ensino remoto e Tecnologias
Digitais de Informação, Comunicação e Expressão (TICE) nos diferentes níveis de Ensino. Prática
como componente curricular.

Bibliografia básica
PINSKY, Carla Bassanezi. & DE LUCA, Tânia Regina (orgs.). O Historiador e suas fontes. São
Paulo: Contexto, 2009.
SCHMIDT, Maria A.; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione, 2010.
BARCA, Isabel (Org.). Educação Histórica na Era da Globalização. Braga: CIEd, Universidade do
Minho, 2011.

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Ementa
Revisão historiográfica temática. Capitalismo e repercussões das revoluções burguesas (industrial e
francesa) ao longo do século XIX: trabalho, vida urbana, multidões; movimentos sociais, política
imperialista e neocolonialista. Nacionalismos e unificações nacionais; liberalismo, democracia e
socialismo. Atividades de Prática Curricular para o ensino e pesquisa de História Contemporânea I.

Bibliografia básica
GAY, Peter. O século de Schnitzler: a formação da cultura da classe-média – 1815-1914. São Paulo:
Companhia das Letras Editora, 2002.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2012.
HOCHSCHILD, Adam. O Fantasma do Rei Leopoldo: uma história de cobiça, terror e heroísmo na
África Colonial. São Paulo, Cia das Letras, 1999

61
HISTÓRIA DE GOIÁS I
Ementa
Análise da produção historiográfica regional referente às seguintes temáticas dos séculos XVIII e
XIX: o povoamento do Planalto Central, sociedade e cultura indígena, estruturas político-
administrativas da Coroa Portuguesa e do Império Brasileiro, escravidão e cultura afro-brasileira,
religiosidade e mentalidade, movimentos sociais e cultura popular e erudita. Ações de prática
curricular que enfatizem o ensino e a pesquisa em História de Goiás.

Bibliografia básica
ARRAIS, Cristiano Alencar; OLIVEIRA, Eliézer Cardoso de; LEMES, Fernando Lobo. O Século
XVIII em Goiás: a construção da Colônia. Goiânia: Cânone, 2019.
SANTA CRUZ, Fábio. Província Imensa e Distante: Goiás de 1821 a 1889. Jundiaí (SP): Paco
Editorial, 2019.
MOURA, Marlene Castro Ossami de (coord). Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural.
Goiânia, Ed. Da UCG. Ed. Vieira/Ed. Kelps, 2006.

METODOLOGIA DA PESQUISA EM HISTÓRIA

Ementa
Os campos da história. Objetividade e subjetividade no método histórico. Conceitos, imaginação
histórica e atribuição causal. Heurística, crítica e interpretação. Tipologia e crítica de fontes em
História. Projeto de Pesquisa em História. Prática Curricular.

Bibliografia básica
BARROS, José D’Assunção. O Campo da História: especialidades e abordagens. 9ª Edição.
Petrópolis (RJ): Vozes, 2013.
BARROS, José D’Assunção. O projeto de pesquisa em História. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007
PROST, Antoine. Doze lições sobre a História. Coleção História e Historiografia. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012.

7º PERIODO:

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA III

Ementa
Teorias de currículo, propostas e diretrizes curriculares da Educação Básica. Livros e materiais
didáticos: concepções e usos. Organização e planejamento da aula. Avaliação em História. Ensino e
formação da identidade docente. Prática como componente curricular.

Bibliografia básica
LOPES, Alice Casimiro. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2013.
FONSECA, Selva Guimarães. Ser Professor no Brasil: História Oral de Vida. Campinas: Editora
Papirus, 1997

62
OLIVEIRA, Margarida Dias de Oliveira; STAMATTO, Maria Inês Sucupira (Org.). O Livro Didático
de história: políticas, pesquisas e ensino. Natal: EDUFRN, 2007.

HISTÓRIA DO BRASIL III

Ementa
A Proclamação da República e a estruturação do Novo Regime. Economia agroexportadora e
modernização. Urbanização, Revoltas e Movimentos político-sociais. A crise dos anos vinte,
efervescência cultural e intérpretes do Brasil. Era Vargas. Brasil na segunda Guerra mundial e o
Estado Novo. Desenvolvimento de atividades de prática curricular que enfatizem o ensino e a
pesquisa em História do Brasil.

Bibliografia básica
DELGADO, L. A. N.; FERREIRA, J. (orgs). O Brasil Republicano Vol. 1; Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
MELLO, Maria Tereza Chaves de. A república consentida: cultura democrática e científica do final
do Império. Rio de Janeiro: Editora FGV, Editora da UFRRJ, 2007.
NAPOLITANO, M. História do Brasil República. Da que da monarquia ao fim do Estado Novo. São
Paulo: Contexto, 2018.

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II

Ementa
Revisão historiográfica temática. Guerra Civil Espanhola, Guerras Mundiais, revolução russa e
fascismos. Guerra Fria. História da China no século XX. Revoluções e descolonização da África e
Ásia. A formação Oriente Médio contemporâneo. Atividades de Prática Curricular de ensino e
pesquisa de História Contemporânea II.

Bibliografia básica
PIPES, Richard. História Concisa da Revolução Russa. Rio de Janeiro: Record, 1997.
LENHARO, Alcir. Nazismo – “O Triunfo da vontade”. São Paulo: Ática, 1986. (26/08).
GELLATELY, Robert. Apoiando Hitler – consentimento e coerção na Alemanha nazista. São Paulo:
Editora Record, 2011.

HISTÓRIA DE GOIÁS II

Ementa
Análise sobre a produção historiográfica regional referente às seguintes temáticas dos séculos XX e
XXI: a modernização socioeconômica, as estruturas político-administrativas republicanas, o
coronelismo e movimentos sociais no campo, urbanização e cultura urbana, religiosidade e
mentalidades, cultura popular e cultura erudita. Tópicos de história local. Ações de prática curricular
que enfatizem o ensino e a pesquisa em História de Goiás.

Bibliografia básica
CHAUL, Nasr Fayad. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade.
63
Goiânia: UFG, 1997.
OLIVEIRA, Eliézer Cardoso de; COSTA, Thalles Murilo Vaz. Goiás +300: reflexão e
ressignificação. Volume 1: História. Goiânia: Edições Goiás +300, 2022.
MAGALHÃES, Sônia Maria; SERPA, Élio Cantalício (Orgs.). Histórias de Goiás: memória e poder.
Goiânia: Editora da UCG, 2008.

HISTÓRIA DAS AMÉRICAS II

Ementa
Movimentos de Independência, nacionalidades e resistências nas Américas; Especificidades do
Capitalismo nas Américas; Imperialismo e Revoluções; Caudilhismo e Populismo; Revoluções
Socialistas; Golpes e Ditaduras militares, Culturas, Movimentos sociais e identidades nas Américas;
Decolonialidade e Interculturalidade crítica; Prática curricular e Ensino de História das Américas.

Bibliografia básica
TOSI, Giuseppe e FERREIRA, Lúcia de Fátima Guerra (Orgs). Ditaduras Militares, Estado de
Exceção e Resistência Democrática na América Latina. João Pessoa: CCTA. 2016.
PRADRO, Maria Ligia; Pellegrino, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Editora
Contexto, 2014.
PAMPLONA, Marco; MÄDER, Maria Elisa (ORG.). Revoluções de independências e nacionalismos
nas Américas. Volume 1. São Paulo: Paz e Terra, 2008/2010.

8º PERIODO:

DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA IV

Ementa
Narrativas históricas, consciência histórica e cultura histórica. Usos públicos da História. Reflexões
decoloniais e da interculturalidade crítica. Marcadores sociais das diferenças e Ensino de História nas
modalidades da Educação Básica. Ensino de História e emancipação social. Prática como
componente curricular.

Bibliografia básica
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a Educação como prática de liberdade. Tradução de
Marcelo Brandão Cipolla- São Paulo. 2013. Editora Martins Fontes, 2013.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende (Org.). Jörn Rüsen
e o ensino de história. Curitiba: Ed. UFPR, 2010.
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-
viver. In: CANDAU, V. M. (Org.) Educação Intercultural na América Latina: entre concepções,
tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA III

Ementa
A queda da URSS e a reconfiguração do Leste Europeu. Globalização e decolonialidade. Formação
dos Estados Nacionais africanos. Tensionamentos entre Oriente e Ocidente. Presentismo e uso social
do passado. História pública na era digital. Atividades de Prática Curricular da História
Contemporânea III.

64
Bibliografia básica
JUDT, Tony. Pós-Guerra: uma história da Europa desde 1945. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo.
Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
TRAVERSO, Enzo. O passado, modos de usar: história, memória e política. Lisboa:
Edições Unipop, 2012.

HISTÓRIA DO BRASIL IV

Ementa
Democracia, Populismo e nacionalismo (1945-1964). Golpe de Estado e Anticomunismo. Ditadura
de Segurança Nacional: desenvolvimento capitalista; repressão e resistência; movimentos sociais e
questão agrária; cultura e contracultura. Crise socioeconômica e Redemocratização.
Desenvolvimento de atividades de prática curricular que enfatizem o ensino e a pesquisa em História
do Brasil.

Bibliografia básica
DREYFUSS, René Armand. 1964: a conquista do Estado. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981
MACIEL, David. De Sarney a Collor: Reformas políticas, democratização e crise (1985-1990). São
Paulo: Alameda/Goiânia, 2012.
SÁ MOTTA, Rodrigo Patto. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917-
1964). São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2002.

DIVERSIDADE, CIDADANIA E DIREITOS


Ementa:
Diversidade: cultura, gênero, etnia, raça e desigualdades sociais. Noções sobre formação da cultura
brasileira. Relações étnico-raciais. Respeito e valorização das diferentes culturas, sociais e
individuais. Cidadania: concepções, garantias e práticas. Estado democrático de direito, democracia,
movimentos sociais e cidadania. Constitucionalismo e direitos: concepções, violações, promoção,
defesa e garantias. Evolução do conceito: dos direitos de liberdade ao direito planetário e a
sustentabilidade sócio-ambiental.

Bibliografia básica:
MANTOAN, M.T.E. Inclusão escola: o que é? Por que? Como fazer? São Paulo: Sammus, 2015.
SILVA, T.T. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Vozes, 2000.
TONET. I. Educação, cidadania e emancipação humana, Ijuí: UNIJUI, 2005.

21.3. Dimensionamento da carga horária da matriz curricular

Soma da carga horária


Conteúdo de Formação (CHT
Teórica Prática teórica e Créditos
prática)
Núcleo Específico (NE) 1.740 - 1.740 116
Núcleo Modalidade (NM) 420 - 420 28
Núcleo Comum (NC) 120 - 120 8
Núcleo Livre (NL) 180 180 12
Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório (ECSO)* 400 400 -
Trabalho de conclusão de curso (TCC) ou Trabalho de curso (TC) 60 60 -

65
Atividades Curriculares de
Atividades de Extensão (AE) equivalente à 10% da CHT do curso Extensão (ACE)
347
distribuída no PPC (ACE + CCE) Componentes Curriculares de
347 -
Extensão (CCE)
Atividades Complementares (AC)* (Conforme DCN) 200 200 -
Prática como Componente Curricular (PCC) do curso de licenciatura distribuída no PPC 400 -
Carga Horária Total do Curso 2.460 1.007 3.467 164

21.4. Identificação do curso

Processo: 202200020008577
Nome do curso: Licenciatura em História
Tipo de graduação: Licenciatura
Início de vigência da Matriz Curricular: 2021/1
Carga horária do curso: 3.467 horas
Regime Acadêmico: Semestral
Modalidade de ensino: Presencial
Tempo para Integralização: mínimo: 4 anos / máximo: 6 anos
Temporalidade: anual
Turno: Noturno
Vagas oferecidas: 40 vagas
Instituto Acadêmico de vinculação: Instituto Acadêmico de Educação e
Licenciaturas

21.5. Matriz Curricular

66
Componentes CH - Semestral
Conteúdo de Componentes curriculares com carga CH CR
Períodos curriculares com pré- CH CH CH
formação horária prática ou teórica Semanal Créditos
requisitos Teórica Prática Total
Educação Étnico-Racial e Cultura Afro-
1º Núcleo Específico 4 60 60 4
Brasileira
Introdução ao Estudo e Ensino de
1º Núcleo Específico 4 60 60 4
História
1º Núcleo Modalidade Sociologia da Educação 4 60 60 4
1º Núcleo Específico História Antiga I 4 60 60 4
1º Núcleo Modalidade História da Educação 4 60 60 4
Carga Horária Total do Período 20 300 0 300 20
2º Núcleo Específico Ensino de História e Cultura Indígena 4 60 60 4
2º Núcleo Específico História Antiga II 4 60 60 4
2º Núcleo Específico História Medieval I 4 60 60 4
2º Núcleo Modalidade Didática 4 60 60 4
2º Núcleo Específico História e Educação Patrimonial 4 60 60 4
Carga Horária Total do Período 20 300 0 300 20
3º Núcleo Modalidade Psicologia da Educação 4 60 60 4
3º Núcleo Específico História Medieval II 4 60 60 4
Linguagens, Tecnologias e Produção
3º Núcleo Comum 4 60 60 4
Textual
3º Núcleo Específico História do Brasil I 4 60 60 4
3º Núcleo Modalidade Metodologia Científica 4 60 60 4
Carga Horária Total do Período 20 300 0 300 20
4º Núcleo Modalidade Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 4 60 60 4
4º Núcleo Modalidade Políticas Educacionais 4 60 60 4
4º Núcleo Específico História Moderna I 4 60 60 4
4º Núcleo Específico História do Brasil II 4 60 60 4
4º Núcleo Específico Teoria da História I 4 60 60 4
Carga Horária Total do Período 20 300 0 300 20
Didática e Metodologia do ensino de
5º Núcleo Específico 4 60 60 4
História I
5º Núcleo Específico Teoria da História II 4 60 60 4
5º Núcleo Específico História Moderna II 4 60 60 4
5º Núcleo Específico História da África 4 60 60 4
5º Núcleo Específico História das Américas I 4 60 60 4
5º Núcleo Específico Estágio I 100 -
Carga Horária Total do Período 20 300 0 400 20
Didática e Metodologia do ensino de
6º Núcleo Específico 4 60 60 4
História II
6º Núcleo Específico História Contemporânea I 4 60 60 4
6º Núcleo Específico História de Goiás I 4 60 60 4
6º Núcleo Específico Metodologia da Pesquisa em História 4 60 60 4
6º Núcleo Específico Estágio II Estágio I 100 -
Carga Horária Total do Período 16 240 0 340 16
Didática e Metodologia do ensino de
7º Núcleo Específico 4 60 60 4
História III
7º Núcleo Específico História do Brasil III 4 60 60 4
7º Núcleo Específico História Contemporânea II 4 60 60 4
7º Núcleo Específico História de Goiás II 4 60 60 4
7º Núcleo Específico História das Américas II 4 60 60 4
7º Núcleo Específico Trabalho de Conclusão de Curso I 30
7º Núcleo Específico Estágio III Estágio II 100 -
Carga Horária Total do Período 20 300 0 430 22

67
Didática e Metodologia do ensino de
8º Núcleo Específico 4 60 60 4
História IV
8º Núcleo Específico História Contemporânea III 4 60 60 4
8º Núcleo Específico História do Brasil IV 4 60 60 4
8º Núcleo Comum Diversidade, Cidadania e Direitos 4 60 60 4
8º Núcleo Específico Trabalho de Conclusão de Curso II 30 -
8º Núcleo Específico Estágio IV Estágio III 100 -
Carga Horária Total do Período 16 240 0 370 16

Carga Horária Total dos Períodos


152 2.280 - 2.740 152

22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO PPC

CARDOSO, Ciro Flamarion S. e VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história: ensaios de


teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
FERNÁDEZ, Herminia Hernández. Curso de teoria y diseño curricular em la UEG: experiências
y reflexiones. UEG. Anápolis, 2 de março de 2001. Mimeo.
FONTANA i LAZARO, Josep. História: análise do passado e projeto social. Tradução de Luiz
Roncari. – Bauru: EDUSC, 1998
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de
Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006
MARTINS, Estevão. Humanismo. Uma Utopia necessária e a sua historicidade. In: RÜSEN, Jörn.
Humanismo e Didática da História. LAPEDUH/UFPR: W.A. Editores, 2015.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Tradução de Luis Cláudio de Castro e Costa.
– São Paulo: Martins Fontes, 1998.
___. O 18 Brumário e Cartas a Kugelmann. Tradução de Leandro Konder e Renato Guimarães. –
4ª ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
___. “Prefácio à ‘Contribuição à crítica da economia política’”. In: MARX, K. e ENGELS, F. Obras
escolhidas. São Paulo: Alafa-Omega, s/d.
REIS, José Carlos. História & teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2003.
SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3ª ed. – Tradução de Ernani F.
da Fonseca Rosa. – Porto Alegre: Artmed, 2000.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Minuta documento norteador para elaboração das diretrizes
curriculares dos cursos de licenciatura: primeira versão. Mimeo, 1991.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999

68
APÊNDICE I

69
APÊNDICE II – Fundamentação Legal

70
APÊNDICE III – Regulamentos internos do Curso

71

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