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ginástica
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Editoração
Márcia Regina Pires
Revisão textual
Érika Fabiana Mendes Salvador
Diagramação
Andrezza de Cássia Santos
Ilustrações
Rodrigo de Melo Rodovalho
Getty Images. Acervo Uniube.
Depositphotos. Acervo Uniube.
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Esperamos que, ao término deste livro, você esteja apto(a) para aplicar
os fundamentos da ginástica com maestria e tranquilidade, sabedores
de suas ações e conscientes da responsabilidade frente a todos aqueles
que o(a) procurarem para atuar junto a eles como professor de ginástica.
Bons estudos!
Capítulo
Do sedentarismo
ao movimento
1
Introdução
Acreditamos que o movimento está presente em tudo o que existe
em nosso universo. Tudo que há, desde o micro até o macro, é
passível de alguma forma de movimento. Interessante notarmos
que uma árvore que não é flexível pode se quebrar com uma
tempestade; um corpo, quando morto, torna-se rígido, assim como
uma folha, que, quando cai no chão, fica seca e torna-se dura.
Porém, vale observar que a folha quando permanece na árvore
possui maior flexibilidade. Está no início de sua jornada. Flexível,
prepara-se para viver de acordo com seu tempo da melhor
maneira possível.
Objetivos
Ao término do estudo deste capítulo, esperamos que você seja
capaz de:
Esquema
1.1 O que é movimento humano?
1.2 Importância do movimento humano
1.3 Sedentarismo
1.3.1 Causas e consequências do sedentarismo
1.4 A diferença entre atividade física e exercício físico
1.5 A ginástica enquanto conteúdo da Educação Física
1.6 Considerações finais
RELEMBRANDO
EXPLICANDO MELHOR
DICAS
Qualquer parte do corpo que não seja usada em bases frequentes perderá
parte de sua função. Se houver uma falta de movimento, uma pessoa
tipicamente experimentará movimentos que se tornam mais deliberados,
difíceis, mais rígidos, mais pesados, mais fracos, ou movimento que é
acompanhado pela dor e desconforto. Você precisa se mover continuamente
para manter a capacidade de se mover!!!
1.3 Sedentarismo
Para Tahara, Schwartz e Silva (2003), cada vez mais pessoas no mundo
todo estão tendo uma vida sedentária; sendo esse grupo o que mais
ganha com a prática de exercícios físicos de maneira regular, seja como
forma de prevenção de doenças, promoção de saúde e sensação de
bem-estar geral.
Coronariopatia
Doença das
artérias coronárias
caracterizada
pelo depósito de
gorduras nas artérias
coronárias e que
restringe o fluxo
sanguíneo.
Hipercolesterolemia
Aumento da
concentração de
colesterol no sangue.
Figura 8: Atenção ao cuidado do coração.
Fonte: Depositphotos – Acervo Uniube.
14 UNIUBE
SAIBA MAIS
Para saber mais acerca dessa temática, leia o texto a seguir, extraído da
dissertação Chekout na Academia: razões e possibilidades, de Moreira (2014).
Um estilo de vida sedentário pode ser danoso para
o indivíduo e potencialmente dispendioso para a
sociedade (INTERNATIONAL, 1990).
Nos últimos 50 anos, foi realizada uma revisão de
literatura a qual conclui que o sedentarismo pode
resultar em inúmeros problemas que posteriormente
podem evoluir para uma morte prematura. Essa
condição pode levar a um estado chamado de
Síndrome da Morte Sedentária (SMSE). Tais estudos
revelaram que a Síndrome da Morte Sedentária
será responsável pela morte de 2,5 milhões de
norte-americanos na próxima década e ainda
custará 2,3 trilhões de dólares para eles na próxima
década.
Nos Estados Unidos, a inatividade física gerou
um aumento das doenças crônicas. Os casos de
diabetes tipo dois aumentam nove vezes desde
1958 e o de obesidade dobrou desde 1980, enquanto
as cardiopatias continuam sendo a primeira causa
de morte. (McARDLHE, 2003, p. 900).
São 23 (vinte e três) as condições que estão
relacionadas à SMSE, sendo que, destas,destacamos
as seguintes: níveis séricos altos de triglicerídeos,
colesterol e glicose, diabetes tipo dois, hipertensão,
isquemia miocárdica, arritmias, insuficiência cardíaca
UNIUBE 15
PONTO-CHAVE
Observe a Figura 9:
PARADA OBRIGATÓRIA
Para darmos início a esse item, é importante que tenhamos bem definida
em nossas mentes a diferença que existe entre exercício físico e atividade
física uma vez que estes dois termos podem parecer a mesma coisa
quando, na verdade, não o são.
Para beneficiar a saúde, o exercício físico deve ser realizado com uma
intensidade que vai de moderada a vigorosa. Ao realizar exercícios
vigorosos, podemos obter melhores resultados na metade do tempo
que levaria para fazê-los com um desempenho moderado.
Vale salientar ainda que, além do que já fora citado, o exercício físico
colabora para a boa qualidade do sono, fazendo com que as pessoas
tenham uma boa qualidade de vida, diminuindo as chances de acidentes
vasculares cerebrais e aumentando os níveis de produtividade no
trabalho, entre outras consequências (BUCKWORTH, 2002).
EXPLICANDO MELHOR
PARADA OBRIGATÓRIA
Ginásticas de Ginásticas de
Ginásticas de
condicionamento conscientização
competição
físico corporal
Ginásticas Ginásticas de
fisioterápicas demonstração
Resumo
Neste capítulo vimos que o movimento é o ingrediente básico de todo o
ser vivo, ou seja , um dos primeiros sinais de vida que é detectado logo
no estágio embrionário do desenvolvimento no útero materno.
UNIUBE 27
individuais de cada pessoa, uma vez que cada ser humano possui um
histórico de vida ímpar, o qual dever ser levado em consideração antes
de se iniciar qualquer tipo de trabalho, seja este, na escola, na academia,
nas praças, condomínios e lugares afins, e, mais importante que isto, é
necessário que o olhar do professor de Educação Física para o outro seja
sempre um olhar sensível, humano e atento aos princípios que regem o
código de ética desta nobre e encantadora profissão.
Referências
ALLSEN, P. E.; HARRISON, J. M.; VANCE, B.. Exercício e qualidade de vida: uma
abordagem personalizada. Barueri: Editora, 2001.
CARTER, H.; PRINGLE, J.S.; JONES, A.M.; DOUST, J.H. Oxygen uptake kinetics during
treadmill across exercise intensity domains. European Journal of Applied Physiology,
v. 86, p. 347-354, 2002.
DUNCAN, G. E.; PERRI, M. G.; THERIAQUE, D. W.. Exercise training, without weight
loss, increases insulin sensitivity and postheparin plasma lipase activity in previously
sedentary adults. Diabetes Care, v. 26, p. 557-562, 2003.
UNIUBE 29
HASKELL W.L.; LEE, I.M.; PATE, R.R.; POWELL, K.E.; BLAIR, S. N.; FRANKLIN, B.A;
MACERA, C. A; HEATH G.W; THOMPSON, P.D; AND BAUMAN A. Physical Activity
and Public Health: Updated Recommendation for Adults from the American College
of Sports Medicine and the American Heart Association. Med. Sci. Sports Exerc.,
Vol. 39, No. 8, pp. 1423–1434, 2007.
KATZMARZYK, P. T.; JANSSEN, I.. The economic costs associated with physical
inactivity and obesity in Canada: an update. Canadian Journal of Applied Physiology,
v. 29, n. 1, p. 90-115, 2004.
SILVEIRA NETTO, E. Atividade Física para Diabéticos. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
Regina Simões
Introdução
A área da Educação Física abrange diversas formas de manifestações
corporais criadas pelo ser humano ao longo dos anos. Essas
manifestações são definidas como esporte, dança, lutas, brincadeiras,
atividades rítmicas e expressivas, capoeira, ginástica, entre outras.
Este rol de ações corporais é identificado por diferentes autores como
cultura corporal de movimento, cultura corporal, cultura de movimento,
conhecimentos ou conteúdos históricos da área da Educação Física.
Coll et al. (2000) salientam que, quando se opta por utilizar o termo
conteúdo, é preciso compreender que esta percepção está além do
conhecer ou saber, pois está associada a explicações, raciocínios,
habilidades, linguagens, valores, crenças, sentimentos, atitudes,
modelos de conduta que, interligados, propiciam a assimilação e
a aplicação pelos alunos em sua prática de vida.
Objetivos
Esperamos que, ao término dos estudos deste capítulo, você seja
capaz de:
Esquema
2.1 Conceito da ginástica
2.2 Ginástica no contexto histórico, desde a pré-história até o
renascimento.
2.2.1 Onde tudo começou?
2.2.2 A época da escuridão do corpo
2.2.3 O renascer do movimento corporal
2.3 Considerações finais
CURIOSIDADE
formativos preventivos
estéticos e
corretivos
rítmicos
compensatórios
Por outro lado, podemos afirmar que toda a atual cultura e visão de
mundo se alicerça firmemente no passado. É por homens, mulheres,
crianças, ricos e pobres, governantes, governados, intelectuais e pessoas
comuns que a história é construída desde os tempos mais remotos até
os dias atuais.
CURIOSIDADE
Ramos (1982) afirma que ela se confunde com a história do homem, uma
vez que se origina na Pré-História, é valorizada na Antiguidade, esquecida
na Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos
primórdios da Idade Contemporânea.
Na Antiguidade (em torno de 4.000 a 3.500 a.C. até 476 d.C.), a ginástica
surge em forma de manifestação corporal ainda muito semelhante
àquelas praticadas pelo homem pré-histórico com o objetivo de se
proteger das ameaças naturais e consequentemente garantir a vida.
Por volta do terceiro milênio a.C., principalmente nas civilizações orientais
como Egito (Figura 3), Índia e China, os exercícios da ginástica surgem
nas várias formas de criação e aperfeiçoamento das lutas, do remo,
da natação, do hipismo e na arte de atirar com o arco (LANGLADE,
LANGLADE, 1970; SOUZA, 1997).
CURIOSIDADE
EXPLICANDO MELHOR
Outra questão interessante deste período, que foi extremamente rico para
a estruturação da ginástica e consequentemente da área da Educação
Física anos depois, foi a existência de diferentes formas de aplicação do
conteúdo ginástica. Para alguns, tinha por finalidade alcançar a beleza
e a força física de um atleta e, para outros, era um meio de desenvolver
a coragem de um guerreiro.
Por ser a Grécia o berço dos Jogos Olímpicos (Figura 6), disputados
por 12 séculos, foi evidente a importância da prática de exercícios
físicos nesta época para esta população. Além disso, ela deixou para
a humanidade, principalmente para o mundo ocidental, um expressivo
legado cultural com destaque para a filosofia, para a dramaturgia e para
as manifestações corporais.
44 UNIUBE
CURIOSIDADE
Platão, um dos principais filósofos gregos, defendia que a música era para
a alma e a ginástica para o corpo. Apesar de defender prioritariamente a
educação da alma para o bom desenvolvimento do educando, afirmava que
uma educação meramente musical torna o homem muito mole e delicado
e uma excessiva educação ginástica cultiva demais a dureza e a fereza.
CURIOSIDADE
CURIOSIDADE
CURIOSIDADE
Esta obra (Figura 11), do pintor italiano Leonardo da Vinci, além de marcar
o reaparecimento das artes, apresenta não só um olhar misterioso, mas,
principalmente, a figura do corpo mulher, que até então, inclusive para a
ginástica, era quase inexistente.
UNIUBE 51
CURIOSIDADE
PARADA OBRIGATÓRIA
Podemos dizer que foi a partir deste período que ficou mais enfatizado que
a área da Educação Física tem a responsabilidade de promover a saúde da
população, porém esta responsabilidade não pode ser exclusiva desta área,
pois só é possível garantir saúde a partir de uma proposta interdisciplinar,
considerando aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais.
Você concorda com esta afirmação? Faça uma reflexão sobre isso.
Mas quando foi então que a ginástica passou a ter as características que
a tornaram tal qual a conhecemos hoje? Para entender esse processo,
remetemos-nos ao século XIX, o qual será abordado no próximo capítulo.
UNIUBE 55
Resumo
Neste capítulo fizemos uma retrospectiva de como o exercício físico
se originou, analisando desde a pré-história, em que os movimentos
de correr, saltar, agachar, levantar, arremessar, pendurar, rolar, entre
outros, eram realizados para sobreviver, chegando até os dias atuais e
percebendo que, desde os primórdios da humanidade, a atividade física
acompanha o viver do ser humano. Perpassamos pelo período do domínio
romano em que as atividades corporais foram suprimidas em função do
aparecimento do cristianismo até chegar ao renascimento em que há a
cisão entre ginástica e Educação Física em função do aparecimento das
escolas ginásticas e, consequentemente, a sistematização deste conteúdo.
Referências
CARREIRO, E.; VENÂNCIO, L. Ginástica. In: DARIDO, S.C.; RANGEL, I.C.A. (Org).
Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004, p. 227-243.
JAERGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes. 1995.
Regina Simões
Introdução
No capítulo anterior, você conheceu um pouco sobre o início da
ginástica e como ela se desenvolveu em diferentes períodos
históricos da humanidade. Neste capítulo, abordaremos a
ginástica a partir da Idade Moderna, especialmente no final
do século XVIII e início do século XIX, fase em que ocorre um
indiscutível e instigante impulso para se alcançar a sistematização
e a institucionalização do ensino da ginástica e também ajudar a
entender como ela se estrutura até os dias atuais.
Objetivos
Esperamos que, ao término dos estudos deste capítulo, você seja
capaz de:
Esquema
3.1 Método alemão
3.2 Método sueco
3.3 Método francês
3.4 Calistenia
3.5 Ginástica feminina moderna
3.6 Considerações finais
Ele foi influenciado pelas ideias dos pedagogos Jean Jacques Rousseau
(1712-1778) e, posteriormente, Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827),
os quais contribuíram para que o aspecto humanista e mais pedagógico
fosse implantado ao primeiro programa moderno de Educação Física.
Apesar disso, a predominância neste método eram as questões
UNIUBE 63
SINTETIZANDO...
IMPORTANTE!
Era considerado sistemático, uma vez que foi o primeiro a propor uma
abordagem metódica para planejar a Educação Física e entendia que
os exercícios, a ginástica, os jogos e as competições serviriam para
desenvolver o vigor da alma e a força. Adepto de todas as variações
de exercícios corporais estabeleceu uma rotina que deveria ser ministrada
UNIUBE 65
Por outro lado, sua teoria apesar de ser conhecida pelo viés pedagógico
primava pelo individualismo e pela competitividade, da mesma forma
que tinha obsessão por exceder ou criar marcas e não se isentou da
influência nacionalista e política vigente, considerando que a ginástica
era muito significativa para os aspectos sociais e patrióticos e um meio
fundamental para a educação da nação (MARINHO, 1980).
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=MWT3vzAabOU
Vale a pena!
Atuante na política e com alta popularidade, Jahn foi visto pela elite
dominante como ameaça, sendo perseguido e preso. Consequentemente,
o movimento do Turnen, considerado revolucionário e demagógico, passa
a ser proibido na Alemanha, surgindo o que se convencionou chamar de
“Bloqueio Ginástico” (1820 a 1842).
Além disso, houve a difusão pelos alemães desta proposta para outros
países do mundo, inclusive para o Brasil.
Membros superiores
Exercícios livres
Membros inferiores
Barras
Exercícios de suspensão Paralelas
Cordas
Marchas
Ginástica coletiva
Exercícios de ordem unida
Obs.: a divisão dos jogos exposta representa duas classes de exercícios apresentadas
por Guts Muths em seu manual de jogos. Dentro das duas classes, há ainda outras
subdivisões.
Observe a Figura 4:
Figura 4: Aparelhos de
ginástica apresentados
em Ginástica para
a Juventude, no
livro de Muths.
Fonte: Acervo Uniube.
UNIUBE 71
Figura 5: Aparelhos e
plano de praça ginástica
apresentados em Ginástica
Alemã (livro de Jahn).
Fonte: Acervo Uniube.
72 UNIUBE
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para ele, a saúde poderia ser assegurada pelo seu método em função
das propostas respiratórias aliadas a exercícios corretivos e ortopédicos.
Todos deveriam participar, independentemente de sexo, idade, condições
materiais e sociais (FIORIN, 2002). Para tal, ele propunha 4 versões para
a ginástica com objetivos distintos: pedagógica, militar, médica e estética,
tornando evidente o caráter médico-higiênico e anatomofisiológico.
pedagógica militar
médica estética
UNIUBE 75
Para Ling, a ginástica era uma espécie de magia para atingir diferentes
propósitos. Nas escolas, era preciso ter um local específico para a prática
da ginástica e um professor para orientar o que seria específico de seu
conhecimento, ou seja, um mestre em um determinado assunto que não
deveria ensinar mais do que isso.
1. Exercícios de ordem
13. Saltos
14. Movimentos de pernas
15. Movimentos respiratórios.
IMPORTANTE!
CURIOSIDADE
Pelo seu método ginástico, era possível valorizar, além dos aspectos
físicos, por meio do desenvolvimento das qualidades físicas básicas,
o caráter e a moral dos indivíduos, ou seja, para além de fortes, os
cidadãos também seriam corajosos, audazes e com valores do bem e
do dever enaltecidos.
É com Amoros, a partir da segunda metade do século XIX, que institui-se uma
nova forma de movimento corporal, que, por um lado, tem a preocupação
com a saúde, com ênfase na ginástica com viés terapêutico, e, por outro
lado, o propósito de atender à eficácia funcional, para superar o esforço, a
fadiga e a repetição dos gestos dos trabalhadores e, consequentemente,
fazendo com que estes sejam mais úteis à sociedade (SOARES, 1998).
IMPORTANTE!
cênica ou
civil e industrial militar médica
funambulesca
82 UNIUBE
IMPORTANTE!
Parte preparatória
Parte
propriamente dita
Parte final ou
volta à calma
Quadro 3: Características do método francês em relação ao tempo das aulas e faixa etária
dos alunos
3.4 Calistenia
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Observe a Figura 9:
Nos séculos XVII e XVIII, para a mulher não era permitido estar inserida em
atividades consideradas rudes, sendo direcionadas à prática da dança, do
canto e aprendizado de instrumentos musicais (VIGARELLO, 2008)
SAIBA MAIS
1. Propiciar a
2. Favorecer meios
aquisição, o
para a expressividade
desenvolvimento ou 3. Ajudar na formação
corporal (desinibição),
a melhoria do sentido da personalidade.
criatividade e
rítmico, espacial
socialização.
e de equilíbrio.
UNIUBE 95
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=ob_5VYB5FH4
Resumo
Referências
AYOUB, E. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: Unicamp, 2003.
BEGOSSI, T.D.; MAZO, J.Z. Ginástica alemã e ginástica feminina moderna: práticas
destinadas às mulheres. Cinergis, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 306-311, 2015.
DODÔ, A.M.; REIS, L.N. Século XIX e o movimento ginástico europeu: o processo
de sistematização da ginástica. EFDeporte.com, Revista Digial. Buenos Aires,
v. 18, n. 190, p. 1-10, 2014.
MARINHO, I. P. História geral da Educação Física. São Paulo: Cia Brasil, 1980.
VAN DALEN, D.B.; BENNETT, B.L. A world history of physical education: cultural,
philosophical, comparative. Nova Jersey: Prentice Hall, 1971.
Regina Simões
Introdução
Com a estruturação da área de conhecimento Educação Física
em meados do século XIX, a disseminação das escolas ginásticas
pelo mundo e o renascimento dos Jogos Olímpicos, em 1896,
intensifica-se a especialização, o treinamento atlético rigoroso e
a elaboração de leis e políticas esportivas e, consequentemente,
a ginástica acompanha este movimento e estruturando-se para
além da escola.
Objetivos
Esperamos que, ao término dos estudos deste capítulo, você seja
capaz de:
• explicar como a ginástica estruturou-se no final do século IXI
e início do XX;
• demonstrar o universo da ginástica e seus diferentes campos
de atuação na atualidade;
• descrever as características dos diferentes tipos de ginástica
Esquema
4.1 A ginástica a partir do século XX
4.2 Os campos de atuação da ginástica e suas características
4.2.1 Ginástica de competição
4.2.2 Ginástica de condicionamento físico
4.2.3 Ginástica de demonstração
4.2.4 Ginástica de conscientização corporal
4.2.5 Ginástica fisioterápica
4.3 Elementos constitutivos da ginástica
4.4 Considerações finais
SINTETIZANDO...
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
PESQUISANDO NA WEB
https://www.custojusto.pt/lisboa/livros/livro-em-forma-com-jane-
fonda--21892994
SAIBA MAIS
Mais tarde, em 1986, surge nos Estados Unidos o step, com a profa. Gim
Muller, que começou a utilizar o aparelho com o intuito de recuperar uma
lesão no joelho. Como percebeu a eficácia do trabalho e o pouco impacto
em relação às articulações, ela o incluiu nas academias (MALTA, 1998).
Neste mesmo período, Bob Anderson lança o livro “Alongue-se”, que foi
um marco para a implantação dos exercícios de alongamento na maioria
das aulas de ginástica ou da área da Educação Física.
PESQUISANDO NA WEB
https://www.saraiva.com.br/alongue-se-24-ed-2013-4866464.html
Fato é que o termo ginástica foi utilizado como referência a todo tipo
de exercício físico e seus objetivos variaram desde o utilitarismo, a
sobrevivência, as lutas armadas, a saúde e o desenvolvimento da moral,
da estética e da educação. Neste sentido, no transcorrer histórico das
sociedades, a sua prática deixou de ser restrita a pequenos e específicos
grupos e ampliou-se para a toda população.
110 UNIUBE
PESQUISANDO NA WEB
www.ginasticas.com
www.cbginastica.com.br
www.fig-gymnastics.com
GINÁSTICA
Condicionamento Consciência
Competição Demonstração Fisioterápica
físico corporal
Trampolim Zumba
Ginástica Aeróbica
Ginástica Geral
Parkour
SAIBA MAIS
http://travinha.com.br/2010/02/12/ginastica-artistica-a-origem/
3. Barra fixa: composta por uma barra de aço polido de 28mm de diâmetro
para empunhadura, distante 2,55m dos colchões de aterrissagem, com dois
postes de sustentação que ficam 2,40m de distância um do outro. Observe
as Figuras 4 e 5:
4. Cavalo com alças – aparelho coberto com couro e com duas alças
de madeira de 12 cm de altura e 34 cm de diâmetro, colocadas na
parte superior do cavalo a uma distância de 40 a 45 cm uma da outra
(Figura 6). A altura é de 1,05m do colchão de aterrissagem e as duas
outras extremidades do cavalo são chamadas pescoço e garupa e a sua
extensão é de 1,60m.
Na execução da série (Figura 7), todo o aparelho deve ser percorrido com
as mãos em várias posições, podendo explorar as invertidas, seja em
contato com as alças ou não. São essenciais os movimentos pendulares,
conhecidos como tesoura e circulares ou volteios com pernas unidas ou
alternadas de forma dinâmica e sem interrupção.
118 UNIUBE
PESQUISANDO NA WEB
Para saber mais acerca desses aparelhos, sugerimos que acesse o artigo
“Aparelhos e provas masculinas”, disponível no site Birafitness. Para isso,
acesse:
http://www.birafitness.com/ginastica_olimpica/aparelhos_masc.htm
120 UNIUBE
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=yYLqFPgWEeo
EXPERIMENTANDO
PESQUISANDO NA WEB
http://www.yashi.com.br/documentos/2017/codigo_traduzido_2017-2020-
atualizado-27.04.17.pdf
A ginástica rítmica utiliza aparelhos portáteis como arco, bola, corda, fita
e maças (Figura 12), apresentados em séries individuais e/ou de conjunto
composto por cinco ginastas. Entretanto, há competições masculinas,
mas estas ainda não são oficializadas pela FIG.
EXPERIMENTANDO
SAIBA MAIS
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=_UFzFWNQYgo
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=TRm6oAlJzhI
PESQUISANDO NA WEB
Acesse o link a seguir, para ver o ginasta Dong Dong, que ganhou ouro no
trampolim nas Olimpíadas de Londres 2012.
https://www.youtube.com/watch?v=doDA3zT_V-o
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=rgfTrutUROc
https://www.youtube.com/watch?v=30IplC72T24
https://www.youtube.com/watch?v=IyaHaAcOlgo
4.2.1.7 Parkour
PARADA OBRIGATÓRIA
O auge desta ginástica (Figura 18) ocorreu nos anos 90 do século XX.
A origem vem do método calistênico e da, até então, chamada ginástica
estética, cujo propósito estava associado à busca de um corpo belo e magro.
4.2.2.3 Musculação
4.2.2.4 Step
Olson et al. (1996) dizem que a aula de step tomou-se uma modalidade
de exercício aeróbico amplamente praticado pelas mulheres.
136 UNIUBE
4.2.2.5 Jump
4.2.2.6 Laboral
Tem como representante a ginástica para todos (GPT), antiga ginástica geral
(GG). A GPT engloba todas as modalidades gímnicas com e sem aparelhos
e elementos corporais, desde que tenha somente caráter demonstrativo.
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=16h0C-OhARY&t=11sAlA
https://www.youtube.com/watch?v=QvnQOpm_EzU
https://www.youtube.com/watch?v=6cXXulNKh9E
140 UNIUBE
No Brasil, este tipo de ginástica foi inserida na década de 70, com base
em práticas milenares como yoga e tai chi chuan (BARBOSA-RINALDI,
2010). Fazem parte dela a eutonia, o método feldenkrais, a bioenergética
e a antiginástica, entre outras.
4.2.4.1 Yoga
4.2.4.2 Pilates
A modalidade pilates (Figura 26) é uma das mais procuradas nas academias
atualmente. Possui como principais objetivos a melhora da consistência
corporal por meio de um sistema completo de exercícios sistematizados que
promovem o aumento da flexibilidade e o fortalecimento muscular, a partir
do centro de força, ou seja, a região abdominal (TRENTINE, 2010).
4.2.4.3 Eutonia
4.2.4.4 Antiginástica
A antiginástica, difundida por Thérèse Bertherat, tem como meta ser uma
prática corporal que busca autoconhecimento do corpo e o entendimento
de que várias partes diferentes se conectam.
Para ela, muitos males que nos assolam vêm do excesso de tensão, de
encurtamentos e de contrações das cadeias musculares, em especial da
região posterior do corpo.
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=bYFOSCyKl-4
Um fato interessante é que a ginástica por ter uma ampla gama de opções
pode ser praticada por muitas pessoas, atletas ou não, estimulando
alegria, prazer e bem-estar para quem vivencia seus movimentos. Agora
fica a seguinte pergunta.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA
GINÁSTICA
PASSOS
CORRIDAS ROTAÇÕES:
SALTOS no solo,
SALTITOS no ar,
PARA MELHORAR A:
GIROS em aparelhos
força, resistência,
EQUILÍBRIO APOIO:
flexibilidade, etc.
POSES no solo
EXERCÍCIOS
ONDAS em aparelhos
LOCALIZADOS
MARCAÇÕES RESERSÕES:
BALANCEAMENTOS no solo,
EXERCÍCIOS DE em aparelhos
CIRCUNDUÇÕES
COM APARELHOS
SEM APARELHOS
EM APARELHOS
Resumo
Neste capítulo, vimos que a sistematização da ginástica contemporânea
se solidifica a partir da criação da Federação Internacional de Ginástica
– FIG e pela consolidação dos movimento ginástico europeu.
Foi possível identificar que, para além da escola, são vários os campos
de atuação, como Souza (1997) expõe. Vimos que a ginástica de
competição, como a ginástica artística, rítmica, acrobática, de trampolim,
para todos e aeróbica, caracterizam-se, da mesma forma que as de
condicionamento físico (localizada, aeróbica, step, laboral, entre outras).
Também foram compreendidas as especificações das chamadas ginástica
de conscientização corporal como o caso da eutonia e antiginástica e a
ginástica fisioterápica.
Referências
ALLEGRO, A. Yoga: uma antiga técnica atual. Disponível em: <http://www.yogasite.
com.br/yogasite/yoga>. Acesso em: 20 nov. 2018.
GAIO, R. O rico universo da ginástica: as ginásticas. In: GAIO, R., BATISTA, J.C.
A ginástica em questão: corpo e movimento. Tecmedd: Ribeirão Preto/SP, 2006.
GOMES, D.A. A ginástica pelo rádio no Brasil. 1989. 101f. Dissertação (Mestrado).
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1989.
KRAEMER, W. J.; FLECK, S. J.; EVANS, W. J. Strength and power training: physiological
mechanisms of adaptation. Exercise and Sports Science Reviews, v. 24,
p. 363-97, 1996.
MALTA, P. Step aeróbico e localizado. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1998.
SIMÕES, R.; CARBINATTO, M.V. Ginástica para todos: inclusive para o idoso.
In: MIRANDA, R.C.F; EHRENBERG, M.C.; BRATIFISCHE, S.A. (org)
Temas emergentes em ginástica para todos. Jundiaí: Fontoura, 2016, p. 167-183.
Regina Simões
Sandra Nascimento
Introdução
A obtenção e a manutenção de uma boa condição física, psicológica
e social requer do ser humano, como uma das opções possíveis,
estar inserido em práticas de exercícios físicos.
Objetivos
Esperamos que, ao término dos estudos deste capítulo, você seja
capaz de:
Esquema
5.1 Os planos e eixos do corpo humano
5.2 Movimentos do corpo humano
5.3 Descrição de exercícios
5.1.1 Planos
5.1.2 Eixos
PESQUISANDO NA WEB
No site de José Vilaça Alves, você pode saber um pouco mais sobre essa
temática. Acesse:
https://strengthconditioningscience.blog/2017/02/27/entender-o-movimento-
humano-parte-i-articulacoes-planos-e-eixos-de-movimento-graus-de-
liberdade-e-movimentos/
Com uma linguagem didática e imagens claras, ele traz um resumo dessa
abordagem.
A flexão (Figura 1) faz com que haja diminuição do ângulo relativo dos
segmentos, ou seja, ocorre aproximação dos segmentos.
UNIUBE 155
5.2.4 Circundução
RELEMBRANDO
Veja a comparação:
Proximal Distal
• afastado da raiz do
• próximo da raiz do
membro, longe do
membro, isto é, do
tronco ou do ponto de
tronco.
inserção.
Posição inicial,
execução e
figuração.
5.3.1.1 Posição em pé
Exemplos
A – alongada
B – carpada
C – invertida
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=5EGKQlMktJE
UNIUBE 169
PESQUISANDO NA WEB
https://www.youtube.com/watch?v=9jZ8r8-PPto
A – à vertical
B – à lateral
C – à frente
D – atrás
E – ao longo do corpo
F – em elevação oblíqua superior ou na diagonal alta
G – no prolongamento do corpo (quando em decúbito)
170 UNIUBE
Para além dos braços, é possível alterar a posição das mãos, a saber:
A – na nuca
B – nos ombros
C – nos quadris
D – entrelaçados
E – dadas
F – segurando nos punhos
5.3.2 Execução
objetivo do movimento;
a técnica do movimento;
a amplitude do movimento;
a duração (repetições).
178 UNIUBE
É preciso, além disso, que a execução tenha uma boa amplitude articular
e que se defina o número de vezes que o exercício será repetido.
5.3.3 Figuração
Exemplos:
Resumo
Referências
Introdução
Para trabalharmos qualquer conteúdo da Ginástica, é necessário
entender todas as habilidades e capacidades físicas envolvidas e
assim definir o melhor método para desenvolvê-las.
Objetivos
Após os estudos deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
6.1 Capacidades condicionais
6.1.1 Força
6.1.2 Resistência
6.1.3 Velocidade
6.1.4 Flexibilidade
6.1.5 Agilidade
6.2 Capacidades coordenativas
6.2.1 Coordenação motora
6.2.2 Equilíbrio
6.3 Conclusão
UNIUBE 183
6.1.1 Força
SAIBA MAIS
Para saber mais acerca dessa temática, leia o artigo “Ginástica artística
aplicada como treinamento de força funcional para crianças: um estudo de
revisão”, de Alan de Oliveira Rodrigues. Para isso, acesse o link:
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/39163
Explosiva
De resistência
Limite
UNIUBE 185
SAIBA MAIS
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=000969804
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=
S1517-86921997000400007
UNIUBE 187
CURIOSIDADE
Leia a matéria “Policial recebe prêmio nacional por ter salvo colegas de carro
em chamas”, do site G1, de Bauru e Marília, no link:
https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/policial-recebe-premio-nacional-
por-ter-salvo-colegas-de-carro-em-chamas.ghtml
6.1.2 Resistência
EXEMPLIFICANDO!
6.1.3 Velocidade
SAIBA MAIS
https://www.researchgate.net/publication/242240301_MANEJO_
DA_BOLA_DA_GINASTICA_RITMICA_COMO_ESTIMULO_AO_
DESENVOLVIMENTO_DA_DESTREZA_DE_MAOS_E_DEDOS_E_
VELOCIDADE_DE_MAOS_E_BRACOS_EM_ADULTOS_E_IDOSOS
6.1.4 Flexibilidade
EXEMPLIFICANDO!
6.1.5 Agilidade
6.2.2 Equilíbrio
Exemplo: saltar.
SAIBA MAIS
https://www.ingentaconnect.com/content/doaj/15178692/2013/00000019/0
0000002/art00016
6.3 Conclusão
Resumo
Referências
DOMINGUES, Flávia Maria; SANTOS, Flávia Costa Pinto. Manejo da bola da ginástica
rítmica como estímulo ao desenvolvimento da destreza de mãos e dedos e velocidade
de mãos e braços em adultos e idosos. Movimentum-Revista Digital de
Educação Física, Ipatinga, v. 1, p. 1-11, 2006.
RAIOL, Rodolfo de Azevedo. RAIOL, Paloma Aguiar Ferreira da Silva; ARAÚJO, Maikon
Azevedo Tavares. As aulas de Educação Física na infância: capacidades motoras,
crescimento e princípios do treinamento. Revista Digital. Buenos Aires, ano 15, N. 149,
Outubro de 2010. Disponível em: < https://www.efdeportes.com/efd149/capacidades
-motoras-e-principios-do-treinamento.htm>. Acesso em: 03 jul. 2019.
Introdução
A ginástica possui características universais e democráticas
e é integrada à realidade cultural de quase todos os países,
abrangendo pessoas de todas as faixas etárias. Pode ser praticada
de várias formas e com diversos objetivos.
Objetivos
A partir da leitura deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
7.1 Prática da ginástica na infância
7.1.1 Contextualização da ginástica na infância
7.1.2 Objetivos e conteúdos
7.1.3 Procedimentos metodológicos e avaliação
7.2 Prática da ginástica na adolescência
7.2.1 Contextualização da ginástica na adolescência
7.2.2 Objetivos e conteúdos
7.2.3 Procedimentos metodológicos e avaliação
7.3 Considerações finais
Figura 1: Infância.
Fonte: Depositphotos – Acervo Uniube.
Adultização
da infância Infantilização
da vida adulta
IMPORTANTE!
Segundo Piaget (1983, p. 72), “as raízes do raciocínio lógico terão que
se basear na coordenação das ações a partir do nível sensório-motor,
cujos esquemas têm importância fundamentalmente desde o início”.
Assim, uma base motora bem trabalhada, em que a coordenação dos
movimentos das grandes partes do corpo e a percepção sensorial são
estimuladas, pode preparar um “alicerce” motriz e mental da criança.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
http://files.grupo-educacional-vanguard8.webnode.com/200000024-
07a9b08a40/Livro%20PHILIPPE-ARIES-Historia-social-da-crianca-e-da-
familia.pdf
PONTO-CHAVE
Não se trata de ensinar a técnica tida como correta, mas de propiciar aos
alunos o desenvolvimento de uma série de relações com o espaço, com os
objetos, com o colega, com o grupo, com o professor, com o ritmo, sendo
essas relações justificadas na descoberta do movimento.
METODOLOGIAS
DE ENSINO DA OBRAS AUTOR (ES) GINÁSTICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
É citada nas
últimas séries
do Ensino
Fundamental
Educação Edison de e também
física escolar: Jesus Manoel, no Médio
fundamentos de Eduardo e Superior,
Desenvolvimentista
uma abordagem Kokubun, Go integrando
desenvolvimentista Tani, José Elias o nível
(1988). de Proença. “comunicação
não verbal”
da taxionomia
proposta por
Anta Harrow.
Destaca a
importância de
desenvolver
a inteligência
corporal, citando
Educação de os saltos e giros
João Batista
Construtivista corpo inteiro como recursos
Freire.
(1989). (presentes
em atividades
gímnicas), além
do manuseio de
cordas, arcos,
bolas e bastões.
220 UNIUBE
GTP, Celi
Taffarel, Eliane
Moraes,
Mércia Destaca a
Andrade, ginástica como
Visão didática da Michelil importante
educação física: Escobar, Vera conhecimento da
Ensino Aberto análises críticas e Costa, Amauri educação física
exemplos práticos Oliveira, escolar, trazendo
de aulas (1991). Carlos exemplos de
Cardoso, como tratá-la
Reiner na escola.
Hildebrandt
e Wenceslau
Filho.
Apresenta uma
sistematização
do campo de
conhecimento da
ginástica para a
escola a partir
Coletivo
de ciclos de
de autores
escolarização,
Carmem Lúcia
envolvendo
Soares, Celi
Metodologia formas de
Taffarel, Valter
do ensino de saltar, equilibrar,
Crítico-superadora Bracht, Lino
Educação balançar e girar;
Castellani
Física (1992). formas técnicas
Filho,
das ginásticas
Elizabeth
sistematizadas;
Varjal e Micheli
conhecimento
Escobar.
técnico/artístico
das ginásticas
institucionalizadas
e da ginástica
em geral,
entre outras.
UNIUBE 221
Ressalta a
importância
de trabalhar
Transformação elementos que
Crítico- didático- estão presentes
Elenor Kunz
emancipatória pedagógica do na prática de
esporte (2003). atividades
ginásticas, como
formas de andar,
saltar e correr.
A ginástica
aparece somente
na abordagem
Educação física histórica da
e sociedade: a Educação Física
educação física (movimentos
Sistêmica Mauro Betti
nas escolas ginásticos
brasileiras de 1° e europeus,
2° graus (1991). ginástica,
integrando a
cultura física
e outros).
Considera que
o trabalho com
a ginástica
não deve ser
Da cultura do direcionado
Plural Jocimar Daolio
corpo (1994). para os padrões
rígidos dos
movimentos
técnicos dessa
manifestação.
EXEMPLIFICANDO!
O vídeo a seguir foi resultado de uma pesquisa que teve o objetivo de demonstrar
que a ginástica artística pode ser desenvolvida sem, necessariamente, ter uma
infraestrutura específica para tal. Muitos movimentos podem ser ensinados, com
segurança, para crianças em idade escolar, mesmo que o ambiente não tenha os
equipamentos oficiais desta modalidade.
https://www.youtube.com/watch?v=fQzl6IBmla0
http://www.ginasticas.com/conteudo/gimnica/gin_ginastica/ginasticas_com_
gimnica_o_conteudo_ginastica_em_aulas_de_ef_escolar.pdf
Os jovens do século XIX, para Perrot (1991), não são mais considerados
como grupo, e, sim, como indivíduos que só têm a obedecer e a calar.
Sendo considerada zona de turbulência e de contestação, a adolescência
constitui uma linha de fraturas e erupções vulcânicas no seio das famílias.
Quanto a estas questões, Molina, Silva e Silveira (2004, 127) apontam que:
O hábito de definir o adolescente como alguém que
não é mais criança, ao mesmo tempo em que também
não é adulto, expressa a indefinição social desse lugar.
Essas características da adolescência, normalmente,
são associadas à ameaça à segurança social, e muitas
das justificativas para a implementação de políticas
de esporte para os jovens vêm sendo justificadas por
esse argumento que, a nosso juízo, é unicamente
moral e, portanto, desprovido de preocupações, de
conhecimento e de fundamento pedagógico. Aliás, o
corpo e a sexualidade dos adolescentes normalmente
chamam a atenção em termos de crises morais.
Figura 4: Adolescência.
Fonte: Depositphotos – Acervo Uniube.
Entende o
Identifica-se
exercício físico Preocupa-se com a
com a prática
como lazer e imagem corporal.
esportiva formal.
bem-estar.
Conforme uma pesquisa empírica realizada por Kunz (1983, p.12), para
sua dissertação de mestrado na UFSM:
Este tipo de treinamento esportivo infantil acontece
com maior frequência e intensidade nos países com
hegemonia mundial, especialmente em esportes
como a ginástica artística e rítmica ou natação e
atletismo. Mas, no atletismo brasileiro, especialmente, o
problema também começa a ficar sério, não somente
para o atleta, como para a própria modalidade, pois
coíbe grandes talentos de alcançar o máximo de seu
rendimento quando adultos.
SAIBA MAIS
Indicação de leitura
http://www.periodicos.usp.br/rbefe/article/view/16613
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
http://www.periodicos.usp.br/rbefe/article/view/16654
EXEMPLIFICANDO!
Exemplo:
1) O que é rolamento?
2) Quais os tipos de rolamento que podem ser feitos?
3) Existem outras formas de rolar?
4) Em que outras situações do cotidiano utilizamos o rolamento?
242 UNIUBE
PONTO-CHAVE
EXEMPLIFICANDO!
https://www.youtube.com/watch?v=QwSG4FVdPRE
https://www.youtube.com/watch?v=D_UJQKz_HbM
Resumo
Referências
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1981.
ZONTA, A. F. Z.; BETTI, M.; LIZ, L.C. Dispensa das aulas de Educação Física:
os motivos de alunas do ensino médio. In: VIII Congresso de Educação Física
e Ciências do Desporto dos países de língua portuguesa. Universidade Técnica
de Lisboa. Anais. Lisboa, 2000.
Capítulo A ginástica para
8 adultos e idosos
Introdução
A ginástica está cada vez mais presente na vida de adultos e dos
idosos, porém é praticada de várias formas e com diversos objetivos.
Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que seja capaz de:
Esquema
8.1 Prática da ginástica na vida adulta
8.1.1 Contextualização da ginástica na vida adulta
8.1.2 Objetivos e conteúdos
8.1.3 Procedimentos metodológicos e avaliação
8.2 Prática da ginástica na terceira idade
8.2.1 Contextualização da ginástica na terceira idade
8.2.2 Objetivos e conteúdos
8.2.3 Procedimentos metodológicos e avaliação
8.3 Conclusão
• o rendimento esportivo,
• a competição,
• a comparação de rendimentos e recordes,
• a regulamentação rígida;
• a racionalização de técnicas e táticas das modalidades.
Acredita-se que muitos adultos que praticam a ginástica têm por objetivo
minimizar os efeitos do estresse, recuperando-se física e mentalmente.
Para aqueles que querem apenas relaxar, o professor deve utilizar
uma metodologia diferente daquela utilizada para aqueles que querem
competir ou emagrecer, por exemplo.
Por isso, o profissional que trabalha com este público deve estar atento
aos conteúdos trabalhados e, principalmente, a como serão ensinados
ou treinados, para que os alunos alcancem o seu objetivo almejado com
a prática ginástica e, desta forma, não a abandonem antes de atingirem
sua meta.
UNIUBE 259
IMPORTANTE!
Estrutura temporal
CAPACIDADE
Precisão Frequência
TÉCNICA
Oferecimento
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
O que você acha que motiva os adultos dentro de uma academia de ginástica?
Segue um artigo sobre o tema.
http://www.periodicos.usp.br/rbefe/article/view/16683
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
https://www.researchgate.net/publication/242144638_Agilidade_geral_e_
agilidade_de_membros_superiores_em_mulheres_de_terceira_idade_
treinadas_e_nao_treinadas
Além disso, caso algum aluno não consiga realizar algum movimento,
deve-se propor para ele um exercício paralelo ou alguma adaptação
para que não se sinta deslocado. É necessário desenvolver no aluno um
autoconhecimento de suas capacidades e limitações, sem que isso lhe
cause algum constrangimento.
Com base no que foi estudado e nos vídeos a seguir, elabore uma sequência
de dez exercícios de ginástica para idosos, escreva o objetivo principal e o
material utilizado.
https://www.youtube.com/watch?v=iBrGdoUX5Nc
https://www.youtube.com/watch?v=6m0KjKeF_hY
8.3 Conclusão
A ginástica para adultos e idosos deve, antes de mais nada, atender aos
objetivos desses públicos, criando hábitos saudáveis e melhorando a
qualidade de vida.
Sucesso!
Resumo
Neste capítulo, vimos que, para que a ginástica seja ensinada e praticada
de forma adequada, é necessário que o profissional se qualifique para
atuar nas suas mais diversas vertentes, atentando para as expectativas
e necessidades de seus praticantes em suas múltiplas possibilidades,
conhecendo, assim, a sua fase de vida.
Referências
ACHOUR JÚNIOR, A. J. ABDALLAH. Bases para os exercícios de alongamento.
Guarulhos: Phorte Editora, 1999.
RAMOS, M. P. Apoio social e saúde entre idosos. Sociologias, v.7. Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, p.156-175, 2002.
RAMOS, Marília P. Apoio social e saúde entre idosos. Sociologias, Porto Alegre,
v. 4, n. 7, 2002.