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Escola x Comunidade
Autores: Profa. Maíra de Carvalho Miranda
Profa. Raquel Maia Bokums
Prof. Rodnei Pereira
Profa. Sirlei Pires Terra
Prof. Wanderlei Sérgio da Silva
Colaboradora: Profa. Christiane Mazur Doires:
Professores conteudistas: Maira de Carvalho Miranda / Raquel Maia Bokums /
Rodnei Pereira / Sirlei Pires Terra / Wanderlei Sergio da Silva
36 p., il.
681.3
U517.07 – 23
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Profa. Sandra Miessa
Reitora
UNIP EaD
Profa. Elisabete Brihy
Profa. M. Isabel Cristina Satie Yoshida Tonetto
Prof. M. Ivan Daliberto Frugoli
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Material Didático
Comissão editorial:
Profa. Dra. Christiane Mazur Doi
Profa. Dra. Ronilda Ribeiro
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista
Profa. M. Deise Alcantara Carreiro
Profa. Ana Paula Tôrres de Novaes Menezes
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................8
1 A INSTITUIÇÃO ESCOLAR..................................................................................................................................9
2 UMA ESCOLA PARA, POR E COM PESSOAS........................................................................................... 11
3 A ESCOLA E O CURRÍCULO........................................................................................................................... 13
4 COMUNIDADE.................................................................................................................................................... 16
4.1 A comunidade e suas famílias......................................................................................................... 16
5 POR UMA ESCOLA ABERTA E PARA TODOS........................................................................................... 19
6 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA
E A COMUNIDADE................................................................................................................................................ 19
7 CONHECENDO PARA PLANEJAR................................................................................................................. 21
8 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA REALIDADE.......................................................................... 22
APRESENTAÇÃO
Infelizmente, nem sempre a comunidade participa dos assuntos pertinentes à escola e nem
sempre a escola se preocupa em conhecer e envolver a comunidade ao seu redor. Portanto, é essencial
compreender a importância dos projetos integradores e de se conhecer a realidade da escola e da
comunidade para que seja possível identificar a melhor forma de aprimorar o contexto e de suprir suas
principais carências.
Além de estudar conceitos teóricos, você terá a oportunidade de vivenciar a realidade de uma escola
e de sua comunidade, a fim de identificar suas principais características, necessidades e expectativas.
Dessa forma, espera‑se que você seja capaz de refletir criticamente sobre a realidade encontrada e de
propor projetos inovadores, aperfeiçoando a articulação entre a escola e a comunidade.
O relacionamento entre a escola e a comunidade pode, ainda, ser intensificado a partir da integração
entre os diversos espaços educacionais que existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes
culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social
(BRASIL, 1998).
É fundamental, também, que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo e, ao
mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando aos indivíduos pertencentes aos diferentes
grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes
da cultura brasileira (nos âmbitos nacional e regional), como em relação ao que faz parte do patrimônio
universal da humanidade. Também é essencial que a escola favoreça a produção e a utilização das
múltiplas linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos,
sem esquecer a autonomia intelectual e moral do estudante, como finalidade básica da educação
(BRASIL, 1998).
O objetivo geral da disciplina é compreender como transcorre a relação entre escola e comunidade
e identificar suas principais características que são passíveis de serem trabalhadas de forma integrada,
visando uma educação cidadã.
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Os objetivos específicos são:
Para atingir tais objetivos, serão abordados conceitos relacionados à escola, à comunidade e ao papel
que o professor exerce na integração deste cenário.
Fique atento, também, às sugestões de leitura apresentadas neste livro‑texto, pois elas possibilitarão
a ampliação do seu conhecimento sobre o tema.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
A prática de ensino será desenvolvida em oito semestres, com atividades distribuídas por cada um
deles. Naturalmente, deve haver uma articulação entre elas, perpassando todo o curso.
Prática de ensino
Princípios O Uso dos
Integração Vivência no Pedagógicos
Introdução Observação Recursos Trajetória
Escola versus Ambiente Reflexões
à Docência e Projeto Comunidade Educativo em Sala Didáticos em da Práxis
de Aula Sala de Aula
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
1 A INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Na condição de uma instituição social responsável pela educação formal das novas gerações, a escola
é constantemente questionada sobre seus fins, sobre o papel que exerce diante das transformações
históricas e culturais pelas quais o mundo vem passando.
Observação
Entre os agentes sociais, tais acontecimentos afetam a escola, diretamente. Um dos efeitos, por
exemplo, é a própria concepção que se passa a ter de trabalho e de trabalhador. O sistema produtivo exige
trabalhadores “flexíveis, decididos, versáteis”, capazes de construir, ampliar e aperfeiçoar suas próprias
competências pessoais, coletivas e profissionais bem como acompanhar e operar os novos instrumentos
tecnológicos que se renovam continuamente, em estrondosa velocidade. Com isso, passa‑se a exigir da
escola, com maior rigor, uma formação compatível com os interesses do mercado e do consumo.
De acordo com Melo et al. (2014), o empresariado brasileiro considera a necessidade de uma educação
básica que forme trabalhadores flexíveis em suas competências e habilidades, e que se submetam a um
processo formador contínuo.
Em uma das vertentes desse debate no Brasil, há uma discussão sobre os vínculos existentes nas
propostas do empresariado brasileiro, representado pela Confederação Nacional da Indústria, e o Estado,
no que tange à reforma trabalhista dentro da perspectiva de uma educação básica precária como face
do mundo do trabalho precarizado que ora se vive (DORE, 2014).
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Em função das novas exigências sobre a escola, seus objetivos e prioridades vêm se transformando,
de maneira que ela se vê constantemente desafiada a alterar suas práticas, seus valores. O mercado
conclama, ainda, novos modelos de professor, novas formas de organização dos conteúdos, dos tempos
e dos espaços escolares.
A escola formal contemporânea vive, portanto, uma crise, um conjunto de tensões que faz com
que ela seja constantemente desafiada e que conviva com outros espaços de uma educação que se
dá em ambientes não escolares. Nesse sentido, cabe perguntar: a escola formal estaria com seus dias
contados? Seria ela incapaz de “concorrer” com novas formas, tempos e espaços de aprendizagem que
se constroem fora da escola e sem a intervenção do professor?
Veementemente, não. A filósofa Hannah Arendt, nascida na Alemanha no século XX, afirmava que
educar implica questionar se amamos o mundo o suficiente a ponto de assumirmos a responsabilidade
por ele. Assim, se buscarmos uma definição essencial para a escola, podemos afirmar que ela é a
instituição social responsável pela transmissão às novas gerações dos conhecimentos que o homem
acumulou ao longo dos tempos.
Esperar que a escola forme trabalhadores para concorrer no mundo do trabalho e contribuir com a
cadeia produtiva e com a manutenção do modo de produção é reduzir, sumária e ingenuamente, sua
importância e relevância histórica. Seu potencial de renovação e aprimoramento da sociedade é bem
mais abrangente.
Poderíamos dizer que à escola caberia a formação de sujeitos com condições de refletir e de
pensar criticamente sobre si mesmos, sobre o mundo, sobre o contexto social e histórico do qual
fazem parte, bem como, por meio dos conhecimentos construídos, compreenderem o avanço das
tecnologias, das cadeias produtivas, das relações e das condições de trabalho e emprego e participar
do seu aprimoramento.
À instituição escolar caberia, ainda, a função de construir as bases para que as pessoas sejam capazes
de desenvolver atitudes que as permitam conviver umas com as outras, pacificamente, pensando,
repensando e transformando as relações sociais e de convivência mútua, de construção da crítica e da
autonomia que permita o exercício pleno da cidadania. Tudo isso pautado pela ética e pela solidariedade.
A grande questão que surge é: seria a escola a grande transformadora das realidades sociais?
É preciso que se compreenda que, sozinha, a escola pode muito pouco. Aqui se encontra o cerne
da questão tratada nesta disciplina. Por outro lado, se for compreendida como uma instituição que
soma forças com outras instituições sociais, como as organizações familiares, religiosas, movimentos
sociais, culturais, associações de bairro e organizações da sociedade civil, por exemplo, há espaço de
criação para um trabalho fecundo e potente. Vamos refletir a respeito de como isso pode ocorrer nas
páginas subsequentes.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Lembrete
É preciso que pensemos criticamente sobre isso. A forma escolar, sua arquitetura, suas paredes, seus
materiais, são vestígios da importância histórica que ela teve e tem para que todo o conhecimento
que a humanidade acumulou ao longo dos tempos não se perdesse. Ela é, portanto, um espaço
importante e privilegiado da memória da humanidade e assim deve ser vista e tratada, com o respeito
e compromisso que merece
Além de se fazer com pessoas, o que convoca a escola a se repensar constantemente, cabe a ela,
também, perceber que tudo o que acontece (ou não acontece) em seus espaços e tempos tem uma
relação direta com o espaço social, com a comunidade da qual ela é parte. E isso precisa ser amplamente
tomado como objeto de reflexão. Uma escola que não se abre para sua comunidade, que não leva suas
características em consideração, corre grande risco de não ter sucesso em seu trabalho.
A escola é um espaço muito importante porque é uma das instituições sociais mais democráticas,
que atinge as localidades mais remotas, geograficamente falando. Se tomarmos as regiões periféricas
dos territórios geográficos, sejam eles urbanos ou rurais, sempre haverá, mais distante ou mais perto,
uma escola. Ela é, portanto, a instituição (pública, sobretudo) que chega antes de qualquer outro serviço
de atenção primária aos cidadãos.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Isso não apenas revela sua importância como nos auxilia a pensar nela como um espaço de inclusão
social, onde o direito de todos, sem qualquer distinção, pode se concretizar. Como afirma Santos:
O trabalho escolar exige dos seus gestores, dos professores, dos trabalhadores do apoio escolar,
atenção sobre si mesmos, sobre os outros e sobre a realidade da comunidade escolar.
É necessário, ainda, olhar para a comunidade, especialmente para suas diferenças. Olhar para as
diferenças é fundamental para romper com modelos educativos que encontram na exclusão e no
preconceito perversos mecanismos de negação do direito à educação.
Foi com a presença de estudantes que estavam excluídos (pobres, negros, indígenas, crianças,
jovens e adultos com deficiência, em situação de risco, jovens e adultos que não puderam escolarizar‑se)
e chegaram recentemente às escolas que isso começou a ser percebido por todos, para modificar as
relações de todos.
Em acordo com Mantoan (2006), a inclusão é, ao mesmo tempo, fim, meio e produto de uma
educação de qualidade que leva em conta as diferenças. Para ela, a escola das diferenças rompe com
o estabelecido na instituição escolar e caminha pelas trilhas das identidades móveis, pelos estudos
culturais, adotando propostas sugeridas por um ensino não disciplinar, transversal, e que configura
uma rede complexa de relações entre os conhecimentos e os sentidos atribuídos pelo sujeito a um
dado objeto.
Portanto, a escola contemporânea, que se propõe a construir uma educação para todos, tem que
encontrar na inclusão os princípios e fundamentos do seu trabalho.
A inclusão mostra‑se como um processo de diálogo e aprendizagem para todos, porque faz parte de
um movimento que tem suas bases no conceito de relacionamento, ampliando a relação de participação
e incorporação das diferenças sociais, culturais, afetivas, étnicas, de gênero e físicas de todos. A inclusão
é um movimento que exige a reconstituição do olhar para os diversos possíveis (e impossíveis no
momento), além da interpretação de novas experiências.
Por isso algumas questões se colocam quando pensamos nas relações que a escola pode, quer e deve
estabelecer com a comunidade:
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Tal compreensão articula‑se com uma concepção de inclusão educacional em que se exige que a
escola tenha seu papel qualitativamente ampliado para tornar‑se um espaço de troca e interpretação de
vivências e experiências. Nela podem se concretizar os caminhos necessários para que essa interpretação
seja possível e significativa. São eles:
• as análises das situações com base no saber acumulado pela humanidade através de diversos
modos de aprendizagem;
3 A ESCOLA E O CURRÍCULO
O que as crianças, os adolescentes, os jovens e adultos devem aprender na escola? Que conhecimentos
são importantes para formar os seres humanos que desejamos ter nas sociedades atuais? Que cidadã
e que cidadão queremos formar? Qual o currículo necessário para alcançar os objetivos educacionais
com os quais sonhamos? Como nos implicamos em seu processo formativo? Os alunos são postos
para preencher páginas e páginas de apostilas e livros didáticos, eletronicamente ou não? Ou realizam
atividades e projetos propostos pela escola, a partir de temas ou parâmetros curriculares gerais,
contextualizados com a realidade do entorno escolar? Essas questões, demasiadamente complexas, nos
obrigam a refletir sobre como a escola se prepara para receber os alunos e suas famílias.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Observação
Outro ponto para se refletir diz respeito às avaliações de aprendizagem, como elas são realizadas.
Os alunos são ouvidos a respeito? Dialoga‑se com a comunidade sobre os resultados das avaliações? Que
usos a escola faz desses resultados? Que espaços são criados para debater sobre seus resultados? Como
a comunidade participa desses debates? Essas são questões de grande importância para que a escola
repense as relações que estabelece com a comunidade.
Outras perguntas válidas são: o que acontece em nossa comunidade quando não tem aula? Outro
exemplo: houve um incêndio na comunidade de onde provém a maior parte dos alunos; como isso nos
afeta e afeta aos alunos? Quais são as implicações disso para o trabalho pedagógico? Que espaços são
constituídos para refletir sobre isso?
Ampliar temas tradicionais, ir além da simples transmissão e reprodução de informações, de uma lógica
de cumprimento acrítico sobre documentos oficiais, é fundamental para a transformação das relações
estabelecidas entre a escola e a comunidade. Essas práticas contribuem não apenas para transformar o
currículo, mas também para que se compreenda a realidade comunitária da qual a escola faz parte.
Vale ressaltar que, para entender a realidade na qual se vive, não é suficiente o convívio com outras
pessoas, mas conviver de modo organizado, sistematizado, trocando pontos de vista e articulando‑os
com a realidade e as ações que ela demanda. Nessa perspectiva, trabalhar a capacidade de comunicação
é um elemento fundamental no processo de uma educação que se pretenda inclusiva, para todos.
Esses contextos contribuem de forma singular para o desenvolvimento do raciocínio e a elaboração de
estratégias de enfrentamento da realidade.
É na relação com o outro que o sujeito desenvolve sua capacidade argumentativa, bem como novas
e mais eficientes formas de comunicação e interação que, na medida em que vão sendo sistematizadas,
levam‑no a aprofundar o significado das situações e de suas ações. O princípio básico é comparar e
perceber semelhanças e diferenças. A observação das diferenças configuradas nos colegas e da sua
inserção no grupo é o primeiro passo para a compreensão da realidade.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Percebemos hoje que o conhecimento da realidade e a troca de ideias sobre a forma de transformá‑la
vêm se tornando um imperativo para a superação do individualismo e para a construção de uma nova
cultura, de uma sociedade mais humana.
Faz parte desse caminho repensar a dimensão do currículo, definindo‑o como o conjunto de
vivências a serem interpretadas e o saber acumulado pela humanidade, como um instrumento para
essa interpretação. Está aí um processo que se inicia – junto com os alunos – com a seleção das
experiências grupais e/ou individuais, prossegue com sua problematização pelo grupo e sua análise
com a coordenação do professor. É nesse momento que se lança mão da experiência culturalmente
acumulada. Sistematizando e relacionando a problematização, as informações estudadas e as questões
iniciais, teremos a compreensão de determinados aspectos da realidade e algumas possibilidades de
articulação de ações concretas para transformá‑los.
Além de pressupor uma reelaboração da visão de mundo, do homem, da sociedade e da escola, essa
concepção de currículo nos faz ultrapassar os programas mínimos em educação para colocar‑nos em
uma perspectiva de trabalho que integra os diversos campos do conhecimento de forma interdisciplinar,
trazendo desenvolvimento para os alunos, suas famílias e professores.
Para tornar isso possível, é necessário assumir o cotidiano da escola como um canal para o
desenvolvimento dos seres humanos. É preciso quebrar a rigidez “conteudista” – informação pela
informação – e a seletividade que impedem o aprender a ser e a vontade de aprender. Nessa linha
de ação, cabe à escola organizar espaços de trabalho dos profissionais de educação – professores,
funcionários e gestores – para articular uma formação contínua que possa alterar as práticas pedagógicas.
Para isso, é preciso que a escola tenha coragem de mobilizar os profissionais de educação, as famílias e
os alunos para a transformação da prática escolar por meio de debates, análises, reflexões, avaliações,
estudos, conversas.
Como é possível que esses diálogos ocorram? Será que as pessoas estão dispostas a participar? Como
lidar com as queixas e as demandas das famílias e da comunidade? A escola está disposta a caracterizar
as necessidades da comunidade e da escola? É possível articular as diretrizes das políticas educacionais
e as necessidades da comunidade escolar? Diante de frases como: “a comunidade é ausente”,
“a comunidade é violenta”, “a comunidade nunca comparece às reuniões”: o que fazer?
Em primeiro lugar, é preciso que os profissionais da escola promovam uma boa discussão sobre a
prática pedagógica, os processos de avaliação e os planejamentos escolares. Além disso, é necessário
caracterizar os diversos segmentos que compõem a escola, bem como propor objetivos e metas claras
para direcionar o trabalho de todos, dependendo do seu processo de construção e utilização.
Nesse contexto, ao pensar a construção do currículo como um projeto de educação que abarca
o conhecimento visando uma ampla formação capaz de incluir discussões sobre o processo de
aprendizagem, pode‑se depreender que sua relevância está na seleção, organização e transformação
do conhecimento capaz de estabelecer uma mediação entre estruturas sociais e estruturas educativas,
como acontece nas escolas (PACHECO, 2016).
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
4 COMUNIDADE
O conceito de comunidade adotado nesta disciplina corresponde à “população que vive num dado
lugar ou região, ligada por interesses comuns” (HOUAISS, 2009, p. 509). Por comunidade pode‑se
entender, portanto, “a população que reside no entorno escolar, no bairro onde se localiza a escola
e em localidades circunvizinhas que a escola procura servir” (SUNG, 2003, p. 5). Assim, são fatores de
vital importância as populações usuárias da escola (efetivas e potenciais), bem como o espaço físico
que ela ocupa.
Portanto, a comunidade em torno da escola não se limita às pessoas que lá estudam e a seus
familiares, mas se estende a todos aqueles que moram nos bairros próximos à escola (SILVA;
MENIN, 2012). Assim, essa comunidade não deve ser confundida com a comunidade escolar, cujo
conceito engloba o conjunto de docentes e especialistas, o pessoal técnico‑administrativo e de serviços,
lotados e em exercício na instituição escolar, bem como os pais ou responsáveis pelos educandos e os
próprios alunos matriculados na instituição e com frequência regular na instituição (BRASIL, 1998).
Conforme Freire (1996), a formação dos professores devia insistir na constituição deste saber
necessário que é o contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. Além disso, o saber teórico
dessa influência teria que ser associado ao saber teórico‑prático da realidade concreta em que os
professores trabalham.
Freire (1996) ainda aponta a importância de o professor estar atento e abrir‑se à realidade dos seus
alunos, com quem partilha a atividade pedagógica, ou seja, entender as condições materiais nas quais
vivem seus educandos. Precisa, portanto, tornar‑se, se não absolutamente íntimo de sua forma de ser,
no mínimo, menos estranho e alheio a ela, a fim de diminuir a sua distância da realidade (às vezes hostil)
em que vivem seus alunos. Melo (2012) também afirma que o papel do educador é conhecer o aluno,
sua vida, sua prática social, as contradições da vida que levam em comunidade, suas necessidades etc.
A relação da escola com a comunidade é atravessada pelas representações que a escola tem da
comunidade e das famílias. Entende‑se por representações, aqui, o conjunto de ideias, crenças e
explicações consensuais, fortemente reificadas no imaginário. Atualmente, é muito comum observar
um conflito na relação que a escola estabelece com as famílias. Essa discussão, presente nos meios
de comunicação de massa e no cotidiano escolar, contribui para que essas duas instituições se
afastem ainda mais.
é um conceito amplo que nos leva a questionar: a família ensina o quê? E a escola? Educa como? Para
quê? De que família estamos falando?
Além disso, é necessário pensar que existem arranjos familiares contemporâneos que se constituem
de múltiplas e variadas formas. Assim, existem resistências que as novas organizações familiares podem
trazer, gerando contextos de intolerância ou de modelos pré‑concebidos.
Szymanski (2001) afirma que existem duas representações de família que permeiam o imaginário das
pessoas: a família pensada e a vivida. A primeira representação está baseada na tradição, correspondendo
a uma noção que é trazida pelo grupo social, pelas instituições ou pela mídia. Já a família vivida refere‑se
aos modos habituais de agir dos membros que aparecem no cotidiano.
Quando a escola fica presa ao modelo de família com figuras parentais com papéis predefinidos, ela,
imediatamente, não reconhece a multiplicidade de arranjos familiares possíveis. Vejamos alguns exemplos:
• Famílias monoparentais: as que são formadas em torno de um cuidador principal, seja esse
quem for – mãe, pai, avô, avó, um irmão mais velho, um parente próximo ou distante, um amigo.
Essas são algumas das múltiplas e variadas formas que uma família pode ter. A família tradicional
corresponde a apenas um entre tantos outros modelos possíveis, e todos esses modelos integram a
comunidade com a qual a escola terá que se articular.
Observação
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Saiba mais
Essas considerações sobre família são essenciais para que se possa pensar em formas de caracterização
e intervenção na comunidade e de promoção de diálogo e parceria com ela. Sem repensar, aceitar,
respeitar e acolher os diferentes arranjos familiares, a escola não conseguirá cumprir com seu papel
educador na comunidade onde se insere.
Quanto à queixa recorrente, por parte da escola, de que os pais participam pouco das atividades
previstas na instituição escolar, há muitos fatores que precisam ser levados em consideração. O primeiro
deles é que a escola, muitas vezes, “se fecha” em si mesma (às vezes, a própria arquitetura contribui
para isso), de modo que a comunidade pode não a reconhecer como parte integrante do seu contexto.
E as relações de pertença, tanto por parte da comunidade como da escola, são fundamentais para que
as parcerias entre uma e outra possam se estabelecer. Portanto, a escola precisa se questionar quanto à
maneira como convida a comunidade para participar de suas atividades.
Cabe perguntar, principalmente em contextos nos quais as famílias dos alunos são da classe
trabalhadora (assim como os educadores também o são): com relação aos horários em que as reuniões
de pais e mestres são agendadas, levam‑se em consideração as reais possibilidades de participação
das famílias? Como elas são convidadas para participar de atividades, festividades, reuniões,
conselhos escolares?
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Para isso, basta pensar na forma como a escola faz esses convites à participação. Ninguém vai a
qualquer lugar ou evento sem que perceba que se faça questão de sua presença e que haja uma real
importância para os outros. Isso implica, ainda, pensar na forma como a escola recebe a comunidade
em seus espaços, tempos, eventos, festividades. Nesse sentido, ao abrir‑se à comunidade, a escola terá
a possibilidade de desempenhar sua função social com sucesso. Isso requer que as representações de
família e de comunidade sejam revistas, bem como as maneiras pelas quais são realizados os convites
para sua participação.
Muitas vezes a escola é um dos únicos e poucos espaços públicos existentes em determinadas
localidades. E mesmo que não seja o único espaço, há muito que a escola pode fazer pela comunidade.
No entanto, para isso, é preciso que a escola se sinta participante da comunidade, reconhecendo‑se
como um dos espaços educadores do seu entorno, podendo estabelecer parcerias com lideranças
comunitárias, contribuindo, assim, para que ela seja vista como um espaço de todos para todos, pelo
qual todos se responsabilizam e do qual todos cuidam.
Desde o início dos anos 2000, no Brasil, há programas, políticas e projetos de incentivo à abertura da
escola como uma alternativa para aproximar a escola da comunidade e para a diminuição da violência
em contextos de vulnerabilidade social (ROSA; AVILA; PROFICE, 2021). Há muitas atividades que podem
ser desenvolvidas pela escola, como:
• abrir a escola aos fins de semana, oferecendo minicursos, cedendo as quadras de esporte para uso
da comunidade, exposições, palestras, eventos (superando, assim, as festividades que se apoiam
somente em datas comemorativas e em reuniões de “prestação de contas” e “cobranças” pelo
desempenho escolar dos estudantes);
Essas são algumas questões que precisam ser levadas em conta no processo de caracterização
das escolas e na elaboração de projetos que tenham como objetivo favorecer a integração
escola‑comunidade. É preciso ter em mente, também, a caracterização da comunidade a fim de que o
projeto seja viável.
A inserção da comunidade na escola exige do professor práticas que venham a romper com o
isolamento da escola em seus modelos pedagógicos (HORA, 1994). Essa mudança na educação, entre
outros fatores, depende de uma ação educativa sólida do professor, caminhando para uma educação
de qualidade.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Nesse contexto, na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou LDB n. 9394/1996,
em seu artigo 13, inciso VI, define o papel do professor nessa integração declarando que os “docentes
incumbir‑se‑ão de colaborar com as atividades de articulação da escola com a família e a comunidade”
(BRASIL, 1996). A integração com a comunidade fortalece a escola, rompe com o isolamento dos
professores em sua luta pela melhoria da aprendizagem, aperfeiçoa a qualidade do ensino e dá aos
alunos um exemplo de prática de cidadania.
Diante de tanto apelo e necessidade de uma real integração entre escola e comunidade, o professor
precisa refletir constantemente sobre sua prática a fim de favorecer o envolvimento da comunidade
nas decisões e nas necessidades da escola, além da elaboração de projetos de integração visando ao
desenvolvimento de ambas (ALMEIDA, 2005).
Conforme Freire (1996), ensinar exige reflexão crítica sobre a prática e compreender que a educação
é uma forma de intervenção no mundo. Assim, o professor deve vincular a sua relação com o aluno
à prática social, ou seja, ter como parâmetros a própria prática cotidiana, possibilitando aos alunos o
contato com a sua realidade social por meio da participação e do convívio com a comunidade ao redor
da escola (MELO, 2012).
Além do seu papel específico de docência na disciplina, o professor também tem algumas
responsabilidades, entre as quais participar das atividades que envolvem a comunidade, sejam elas
cívicas, culturais ou recreativas (LIBÂNEO, 2004).
Almeida (2005), citando um discurso de um professor por ele entrevistado, coloca que:
Libâneo (2009) também recomenda aos professores e a toda equipe de dirigentes que tenham
conhecimento e sensibilidade em relação às necessidades sociais e às demandas da comunidade local e
do próprio funcionamento da escola, de modo a se ter clareza sobre as mudanças a serem esperadas nos
alunos em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.
Por isso, o desafio do professor é que o seu saber não se resuma apenas ao conhecimento
técnico‑científico e à transmissão desse conteúdo, mas ao conhecimento dos educandos com os quais
divide sua prática pedagógica e das necessidades da comunidade ao seu redor, a fim de se aperfeiçoar
e se familiarizar, cada vez mais, com a escola e sua comunidade, sabendo promover uma integração
coerente e significativa entre elas.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Saiba mais
Agora que você já verificou as principais questões relacionadas à escola e à comunidade, vamos
entender como identificar os aspectos que podem ser abordados mais a fundo no desenvolvimento
de projetos integradores. Vale ressaltar que pretendemos focar seu olhar nos projetos que permitem a
promoção da integração entre a escola e a comunidade; para isso, é importante conhecer a realidade.
Quando estamos com algum problema de saúde, procuramos um profissional da saúde. O médico,
tendo em vista identificar o problema, conversa com o paciente, faz diversos questionamentos e registra
as informações em um relatório. Com as informações reunidas, o médico pode pedir exames para depois
poder realizar o diagnóstico e propor o devido tratamento para o problema de saúde encontrado. De
forma semelhante ao trabalho médico, a nossa prática pedagógica também exige a conversa com o
aluno, o registro das informações, o diagnóstico, a tomada de decisões, a resolução de problemas etc.
Nesse sentido, com relação ao desenvolvimento de projetos que possam promover a integração
entre a escola e a comunidade, é importante realizar uma pesquisa não apenas nas dependências da
escola, mas também na comunidade que a envolve. Com base em uma pesquisa bem‑feita, é possível
conhecer a realidade e identificar as principais carências a serem contempladas. Mas de que forma é
possível conhecer a realidade da escola e da comunidade que a envolve? Como identificar as principais
expectativas e necessidades nesse contexto? Como planejar a ação educativa envolvendo, de forma
mútua, a escola e a comunidade?
Com relação a tais questionamentos, podemos afirmar que o ato de planejar deve ser precedido do
diagnóstico da realidade, pois a ação educativa produzirá resultados melhores quando for desenvolvida
com base no conhecimento da realidade.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
A palavra diagnóstico, em grego, tem o significado de “conhecer”. Dessa forma, para realizar um
diagnóstico escolar e de sua comunidade, é de fundamental importância elaborar uma análise de toda
a realidade existente na escola e em seu entorno, tanto em relação aos aspectos físicos quanto aos
aspectos humanos e sociais, a fim de detectar seus problemas e propor resoluções viáveis.
Lembrete
O diagnóstico deve buscar não só a identificação dos problemas, como também das potencialidades
da escola e da comunidade, permitindo, assim, o desenvolvimento de propostas de ação que visem à
resolução dos problemas e/ou aperfeiçoamento das potencialidades.
Para retratar a realidade, é importante realizar uma pesquisa apurada visando identificar as principais
características da escola e de sua comunidade com relação a diversos aspectos: físicos, humanos, sociais,
culturais, ambientais, econômicos etc. Nesse caso, podemos dizer que será feita uma caracterização da
escola e da comunidade.
Observação
Para realizar a caracterização, é importante identificar alguns aspectos, como os citados a seguir:
• perfil discente, como as condições socioeconômicas, faixas etárias, posição social, necessidades e
valores dos alunos;
• quais as condições de trabalho bem como das políticas de valorização dos profissionais da educação;
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
• como os órgãos colegiados são formados, tais como o conselho de escola, de série/ciclo, das
APMs/caixa escolar e do grêmio estudantil;
• do ponto de vista sociocultural, é necessário identificar suas questões mais importantes que
emergem das proximidades da escola e que tem interferência direta no fazer‑pedagógico.
Portanto, é preciso considerar a dimensão de como a prática é exercida, para que seja possível
identificar quais as necessidades dos agentes envolvidos e quais as possibilidades de oferecer diferentes
dinâmicas de trabalho e de atender às expectativas.
Saiba mais
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Resumo
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Exercícios
Figura 1
Você sabe qual a importância de uma boa relação entre escola e comunidade? Educar jovens
saudáveis, empáticos e preocupados com a sociedade é um dos focos da educação socioemocional.
O relacionamento interpessoal dos estudantes com os colegas e com outras pessoas desde a educação
infantil é um dos principais caminhos para isso.
Neste artigo, você vai descobrir como desenvolver uma convivência saudável entre escola e
comunidade. Acompanhe.
No espaço geográfico que circunda a escola, ocorrem diversas interações: entre estudantes e
moradores do local, entre famílias e responsáveis de estudantes de outras instituições próximas e até
entre o corpo docente e outras escolas da região.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Ao criar estratégias pedagógicas colaborativas com o entorno, a escola consegue ensinar aspectos
importantes da vida em comunidade aos estudantes, como a cidadania e o pensamento coletivo, além
de soft skills, como empatia, responsabilidade e relacionamento interpessoal.
Esse tipo de estratégia ajuda a criar um ambiente favorável e sadio para os moradores do local.
Consequentemente, uma boa relação entre escola e comunidade também aumenta o nível de satisfação
das famílias e dos estudantes em relação à instituição.
Quais são as melhores dicas para desenvolver uma boa relação entre escola e comunidade?
Pensar fora do ambiente escolar é importante para qualquer instituição de ensino. O gestor
precisa pensar em estratégias pontuais, com objetivos não só de curto prazo. Confira as nossas dicas
sobre o assunto:
— realize eventos;
I – O aprimoramento das relações entre escola e comunidade pode gerar resultados positivos,
como a melhora da imagem da instituição, o desenvolvimento local e a elevação do rendimento
dos estudantes.
porque
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
I – Afirmativa verdadeira.
II – Afirmativa verdadeira.
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III – planejar ações pedagógicas extraescolares, visando ao convívio com a diversidade; selecionar e
organizar os grupos, a fim de evitar conflitos;
IV – realizar práticas avaliativas que evidenciem as habilidades e competências dos alunos, instigando
esforços individuais para que cada um possa melhorar o desempenho escolar;
V – utilizar recursos didáticos diversificados, que busquem atender a necessidade de todos e de cada
um dos alunos, valorizando o respeito individual e o coletivo.
A) I e III.
B) II e V.
D) I, II e V.
E) I, III, IV e V.
I – Afirmativa incorreta.
II – Afirmativa correta.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: ter foco na melhora do desempenho individual, sem conexão com o coletivo,
e fomentar a competitividade entre os estudantes não são práticas novas: trata‑se de objetivos da
educação tradicional.
V – Afirmativa correta.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000