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Ginástica Geral – Prof.ª Dra. Eliana de Toledo Ishibashi e Prof.ª Ms. Andrea Desiderio da
Silva
GINÁSTICA GERAL
Caderno de Referência de Conteúdo
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2012 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
796 T58g
Toledo, Eliana de
Ginástica geral / Eliana de Toledo, Andrea Desiderio – Batatais, SP :
Claretiano, 2013.
176 p.
ISBN: 978-85-67425-34-4
CDD 796
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Aspectos históricos da ginástica geral e sua contextualização no universo da
ginástica, seu papel na Educação Física e sua relação com a escola. Aborda-
gem de seu panorama na atualidade, seus conceitos, características e formas
de desenvolvimento na Educação Física escolar (aulas, eventos etc.). Reflexões
e exemplos de sua prática na escola como instrumento de intervenção social.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Desde a década de 1980, a Educação Física escolar tem pas-
sado por transformações significativas. Uma delas refere-se à re-
flexão sobre a abordagem tecnicista nas aulas, muito utilizada na
década de 1970, com subsequentes propostas de novas aborda-
gens, entre elas a humanista.
Essa visão possibilitou um trato mais pedagógico à Educação
Física escolar, deslocando seu objetivo da performance esportiva
e detecção de talentos, para uma democratização das práticas cor-
porais, que deveriam ser vivenciadas por todos, de maneira praze-
10 © Ginástica Geral
Por tudo isso, a GG, cujo principal alvo de atenção é o ser humano que a pratica,
pode estimular a socialização, promovendo a integração entre as pessoas e grupos,
bem como o respeito pela cultura de cada povo, e desenvolver a criatividade e o sen-
tido de prazer, enfatizando o caráter lúdico da Ginástica. A ludicidade, a criatividade e
a liberdade de expressão são aspectos marcantes e determinantes na GG.
Estas características básicas da GG, organizadas aqui a partir de fontes diver-
sificadas, indicam o início de um longo caminho a ser percorrido para que esse
fenômeno sócio-cultural possa ser compreendido em profundidade naquilo que o
distingue e singulariza-o dentro do mundo vasto e complexo da Ginástica.
Considerar a Ginástica Geral como um fenômeno sócio-cultural significa estudá-
-la concretamente, enquanto processo e produto, no seu inter-relacionamento
com a sociedade e com a cultura – entendida no seu sentido mais amplo "(...)
como o conjunto de expressões humanas nascidas do processo de construção
coletiva criativa da existência social, que é fruto do diálogo humano com seu uni-
verso existencial, universo esse que se manifesta concretamente na sociedade
a partir das relações de poder travadas no confronto entre os diversos grupos da
sociedade." (AYOUB, 1993, p.31)
Foi no início da década de 1980 que a Ginástica Geral passou a ser alvo de maior
atenção no Brasil, especialmente devido ao empenho dos professores Carlos
Alcântara de Rezende (Minas Gerais) e Fernando Brochado (São Paulo). Desde
então, teve início o seu processo de expansão em nosso país, o qual vem se
acentuando nessa década.
Podemos assinalar como fatores significativos para a sua expansão:
- os Festivais Nacionais de Ginástica (FEGIN), realizados sob inspiração na
"World Gymnaestrada", de 1982 a 1992, na cidade de Ouro Preto – MG, sob a
coordenação do Prof. Carlos de Rezende;
- a criação de um Departamento de Ginástica Geral pela Confederação Brasileira
de Ginástica (CBG), com diretoria própria, em 1984, e a oficialização do FEGIN
pela CBG, como Festival Nacional de Ginástica Geral, em 1986;
- os Cursos de Ginástica Geral e os Festivais de Ginástica e Dança promovidos
pela Faculdade de Educação Física da UNESP, em Rio Claro, sob a coordena-
ção do Prof. Fernando Brochado, a partir de 1988;
- a realização da VII Gimnasiada Americada, em Mogi das Cruzes-SP, em 1990;
- o esforço da CBG em ampliar a divulgação e participação de grupos brasileiros
nas Ginastradas Mundiais.
As Ginastradas Mundiais ("World Gymnaestrada") são festivais Mundiais de Ginás-
tica Geral organizados pela FIG com o objetivo fundamental de promover um inter-
câmbio de idéias a respeito da variedade de enfoques dentro dos quais a Ginástica
é desenvolvida nos diferentes países. De acordo com o pensamento original do
seu idealizador, o holandês Jo Sommer, o elemento competitivo não está presente
nestes festivais, o que possibilita a participação de crianças a idosos, indepen-
dentemente do nível técnico, numa atmosfera de multiplicidade de formas e de
congraçamento entre os diferentes povos e culturas. É um evento em que se pode
apresentar livremente todas as formas, concepções e métodos de movimento, com
ou sem equipamentos extra, possibilitando suas idéias peculiares. Caracteriza-se
como um valioso espaço gímnico criado para as demonstrações (performances)
e não para a competição, em que se pode rever e examinar tudo o que existe no
mundo amplo e variado da Ginástica. Lugar irrestrito de encontro, de troca e de
festa, em que o potencial de cada país em relação aos diversos pontos de vista
sobre a ginástica são expostos e respeitados, o seu lema é o seguinte: "Os ganha-
dores da Gymnaestrada são os seus participantes". (KRAMER, 1991, p.7) Por tudo
isso, a "World Gymnaestrada" é, por excelência, o acontecimento internacional da
Ginástica Geral ou, em outras palavras, "La manifestation mondiale afficielle de la
Gymnastique Générale est la Gymnaestrada Mondiale". (FIG, 1993, p.3)
Em termos comparativos, especialmente com o continente europeu, a Ginástica
Geral é um elemento da cultura corporal muito pouco difundido aqui no Brasil.
Entretanto, o aumento significativo da participação brasileira nas Ginastradas
Mundiais (no ano de 1991, na "IX World Gymnaestrada", realizada em Amster-
dam-Holanda, 165 participantes, e no ano de 1995, na "X World Gymnaestrada",
realizada em Berlim-Alemanha, 662 participantes, sendo que pela primeira vez o
Brasil teve a oportunidade de realizar uma noite nacional independente, a "Noite
Brasileira" – em 1991, o Brasil participou conjuntamente com Portugal da "Noi-
te Luso-Brasileira") somado ao aumento da quantidade de festivais de GG em
âmbito loca, regional e nacional, demonstram que o movimento da GG no Brasil
vem ganhando maior número de adeptos, de modo geral em todo o país e mais
especificamente em algumas regiões como os estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais.
Paralelamente a esta expansão, podemos verificar alguns equívocos que têm
acompanhado esse processo, os quais revelam a necessidade de uma compre-
ensão mais clara da Ginástica Geral por parte dos profissionais que vêm atuando
nessa área.
Em primeiro lugar, a GG tem sido tratada como sinônimo de apresentação ou
demonstração de ginástica ou dança. A grande maioria dos grupos que têm
participado dos eventos de GG são equipes de competição de modalidades espor-
tivas de Ginástica, ou grupos de dança de academias, que transformam e adaptam
os seus trabalhos em "espetáculos coreográficos de GG" para serem demons-
trados. A Ginástica geral aparece, então como conseqüência de outros trabalhos
específicos e não como fruto de um trabalho próprio de GG. Nesse sentido, ela é
vista apenas enquanto um produto, desconectada de um processo.
Outro ponto a ser considerado é que, em ambos os casos acima mencionados,
a participação nos eventos de GG parece funcionar como um meio para
compensar possíveis lacunas. De um lado, a restrita participação dos atletas
em competições, devido ao processo seletivo próprio do esporte competitivo e,
de outro, a falta de oportunidade de muitas academias de dança em participar de
eventos próprios de sua área, sob a alegação do baixo nível dos seus trabalhos,
encontram nos festivais de GG uma brecha para a participação. Nessa perspec-
tiva, os eventos de GG assumem uma responsabilidade "compensatória",
funcionando como uma espécie de "depósito" de trabalhos.
A amplitude de possibilidades e a abrangência da Ginástica Geral têm sido
um outro motivo de preocupação quando observamos alguns trabalhos apresen-
tados em eventos de GG, no que diz respeito à qualidade. A partir da crença de
que na GG tudo cabe, tudo é possível, abre-se um espaço para o "vale tudo",
onde a técnica correta para a execução de movimentos é, muitas vezes, deixada
de lado, colocando em risco a condição física dos participantes. É o "vale tudo"
em detrimento da qualidade.
E, finalmente, as Ginastradas Regionais, promovidas pela Delegacia de Esporte,
com objetivo competitivo, têm se constituído num grave equívoco, uma vez que
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Abordagem Geral
Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais
deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de
aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. Desse
modo, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento
básico necessário a partir do qual você possa construir um refe-
rencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no
futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência
cognitiva, ética e responsabilidade social.
Métodos Ginásticos
Calistenia
A calistenia representa uma série de exercícios localizados,
com fins corretivos, fisiológicos e pedagógicos. Dada a sua mobili-
dade e simplicidade, adapta-se a qualquer tipo humano, podendo
ser considerada como uma ginástica eclética.
Modernamente, calistenia é uma série de exercícios físicos
executados sem aparelhos, com a finalidade de produzir saúde,
força, elegância e bem estar geral
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Escola Sueca
• Perh Henrik Ling (Pedro Enrique Ling), poeta e educador,
representa no campo das atividades físicas um nome in-
confundível. Sua obra "A Ginástica Sueca ou de Ling", evo-
luiu extraordinariamente, constituindo hoje em dia, um
verdadeiro monumento educacional.
Contrariando as ideias dominantes da época, estabeleceu
novos rumos à prática dos exercícios físicos, com o objetivo de re-
generar o povo sueco, minado pela tuberculose, o raquitismo e o
alcoolismo.
• Em 1808, a Suécia deu os primeiros passos da ginástica
escolar com um regulamento que determinou que em
todos os centros de educação fossem criadas condições
favoráveis para a prática de exercícios de escalada, saltos,
acrobacias, natação, etc., sob a direção de um monitor.
• Em 1826, um novo regulamento estabeleceu: "nenhum
jovem deve ser dispensado da ginástica, salvo se provar
que ela lhe é nociva".
Modalidades Demonstrativas
Ginástica Geral
A ginástica para todos traz a essência da prática para den-
tro da Federação Internacional, ou seja, é o conceito da própria
ginástica, inserida na federação. Historicamente, a origem desta
modalidade não competitiva, está atrelada à trajetória da própria
FIG e tem por significado a junção de todas as modalidades, que
resultam em um conjunto de exercícios que visam os benefícios da
prática constante. O importante é realizar os movimentos gímni-
cos com prazer e originalidade. Esta modalidade não é competitiva
e pode ser praticada por todos independente de idade, porte ou
aptidão física.
A Ginástica Geral compreende um vasto leque de atividades
físicas orientadas para o lazer, fundamentadas nas atividades gí-
mnicas, assim como em manifestações corporais com particular
interesse no contexto cultural nacional.
A presença da Ginástica Geral como um comitê específico
dentro da estrutura da FIG a partir de 1984, vem demonstrar a
importância deste fenômeno de massa que envolve um incontável
número de praticantes em todo o mundo, ultrapassando em larga
escala o total de atletas das modalidades competitivas dirigidas
pela mesma federação.
Gymnaestrada
Por mostrar-se mais interessado pelos festivais de ginástica e
pelos benefícios da modalidade do que pelas competições, o até en-
tão presidente Nicolas Cupérus, idealizou uma Gymnaestrada com a
idéia de realizar um evento sem a preocupação com o aspecto com-
petitivo, isto é, um evento em que os participantes comparecessem
pelo prazer de sua performance e sem limitações de qualquer tipo.
Ginástica Corretiva
A ginástica corretiva, por sua vez, é uma modalidade de
prática individual, de uso da medicina, que visa a correção da col-
una vertebral, bem como o tratamento de anomalias musculares
e deformações congênitas. Entre alguns desvios posturais que a
corretiva é capaz de amenizar estão a escoliose e a hiperlordose.
As de compensação e de conservação possuem o mesmo caráter
individual da corretiva, e visam a melhora postural do indivíduo
antes da fase de correção.
Ginástica de Conscientização Corporal
Baseadas em propostas inovadoras na abordagem corporal,
incluem-se neste ítem o Pilates, a Yoga, o Método Cidadão-Corpo,
de Ivaldo Bertazzo, o método GDS da Godelieve e outros mais.
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Ginástica Formativa
A Ginástica Formativa ou Educativa é elaborada a partir de
exercícios artificiais, formais ou construídos, os quais tem a finali-
dade de educar ou "formar" o corpo humano, de forma segmen-
tada, sem considerá-lo como um todo. A Ginástica sueca e seus
movimentos estão aqui colocados pelas suas características real-
mente educativas, que buscam "formar" a criança e o adolescente,
e por isso recebem este nome quando aplicadas nesta faixa etária:
crianças e adolescentes.
Ginástica Escolar
A Ginástica Escolar apresenta uma perspectiva ampliada em
todos os níveis de ensino, considerando as diferentes fases do de-
senvolvimento motor e características do processo pedagógico e
da cultura corporal dos alunos, e será discutida em detalhes na
última Unidade deste caderno.
O que é importante para uma aula de ginástica?
a) Faixa Etária: ë determinante para a montagem do grupo.
Deve ser considerada juntamente com o estágio de desen-
volvimento motor em que a criança se encontra. Temos um
padrão para este desenvolvimento motor, que normalmen-
te se apresenta de acordo com as diversas idades. Ao iden-
tificar a etapa de desenvolvimento motor em que o grupo
se encontra, não corremos o risco de pular etapas e pode-
mos atuar sobre bases científicas mais concretas.
b) Sexo: embora nas primeiras etapas não exista muita mo-
dificação comportamental entre um sexo e outro, com
as mudanças hormonais a atividade física passa a ter se-
xualidade. Se pudermos durante esta fase de descober-
ta sexual trabalhar as diferenças e maiores capacidades
físicas com os sexos separadamente, até por causa do
constrangimento entre eles, os resultados serão mais
eficientes. Nos dias atuais as classes de educação física
são mistas, nos mais diferentes grupos. Tal atitude do
homem nos tem permitido visualizar melhor quais são
as diferenças sexuais de genótipo, no que se refere à ati-
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Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom do-
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha ou abertas com respostas objetivas ou dis-
sertativas. Vale ressaltar que se entendem as respostas objetivas
como as que se referem aos conteúdos matemáticos ou àqueles
que exigem uma resposta determinada, inalterada.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com o ensino da Ginástica Geral pode ser uma forma
de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a resolução
de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se prepa-
rando para a avaliação final, que será dissertativa. Além disso, essa
é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e
adquirir uma formação sólida para a sua prática profissional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões
autoavaliativas (as de múltipla escolha e as abertas objetivas).
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada,
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto,
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Curso de Graduação na modalidade
EaD e futuro profissional da educação, necessita de uma forma-
ção conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com
a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da
© Caderno de Referência de Conteúdo 35
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AYOUB, Eliana. Interesses físicos no lazer como Área de Intervenção profissional de
Educação Física. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1993. (Dissertação de
Mestrado).
BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental, v.1, 1997 p. 45. COLETIVO DE AUTORES.
Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992GALLARDO, J. S. P.;
AZEVEDO, L. H. R. Fundamentos básicos da ginástica acrobática competitiva. Campinas:
Autores Associados, 2007.
2. CONTEÚDOS
• Conceitos de ginástica.
• Áreas de prática da ginástica, segundo seus objetivos
prioritários.
38 © Ginástica Geral
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Vários estudos já publicados, como o de Polito (1998) e nos-
sa intervenção como docente, em cursos de graduação, especial-
ização e extensão, na organização de eventos nacionais e interna-
5. CONCEITOS DE GINÁSTICA
Muitos são os conceitos de ginástica que foram desenvolvi-
dos ao longo de seu percurso histórico, alguns existentes (de for-
ma ressignificada) até a atualidade.
Alguns autores consideram que o simples fato de o homem
primitivo exercitar-se era uma evidência da ginástica, ou seja, o
simples fato de o homem movimentar-se para sobreviver (lutar,
caçar etc.) caracterizava-se como uma prática gímnica. Outros ain-
da consideram que as práticas mais sistematizadas da Antiguidade,
como os movimentos respiratórios, o kung fu, a ioga, entre outras,
podem ser consideradas ginástica.
No entanto, ao estudarmos a história da ginástica e sua ori-
gem etimológica, foi na Grécia antiga que surgiu o primeiro con-
ceito do termo: "gymnastiké-salicet téchue; a arte de exercitar-se
com o corpo nu" (SÉRGIO e PEREIRA, s.d., p. 391).
Saltos
São definidos como "movimentos que se caracterizam por
uma acentuada permanência do corpo no ar", podendo variar de
acordo com as fases de impulso, voo e/ou aterrissagem.
Figura 5 Saltos.
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comen-
tar as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida
nesta unidade, ou seja, dos conceitos, áreas, tipos e elementos
constitutivos do universo da ginástica. Você pode, também, esta-
belecer relações entre eles e suas possibilidades de intervenção
na escola.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estuda-
dos para sanar as suas dúvidas. Esse é o momento ideal para que
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas desco-
bertas com os seus colegas.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Descreva exemplos do cotidiano que apontem qual (ou quais) conceito(s) de
ginástica está(ão) mais presente(s) no dia a dia do brasileiro, e portanto, de
pais, alunos e professores no ambiente escolar. Tente fazer isso estabelecen-
do paralelos com os conceitos apresentados na unidade.
b) O que você mudaria numa dessas propostas, com relação à lógica de sua
subdivisão? Argumente.
c) Aponte indícios ou ideias básicas de como você explicaria esses campos de atu-
ação da ginástica numa aula de Educação Física escolar (escolha o ano letivo).
5) Como você argumentaria para uma pessoa leiga na área da ginástica que a
dança ou o nado sincronizado não são práticas gímnicas?
8. CONSIDERAÇÕES
Conhecer com profundidade esse vasto universo da ginás-
tica não é tarefa fácil e demandaria muitas leituras, pesquisas,
observações, entre outras estratégias. No entanto, parece-nos
possível conhecer os conceitos, as áreas, os tipos e os elementos
da ginástica de maneira básica, não considerando-os como partes
dissociadas de um mesmo contexto.
Assim, uma das sugestões que propomos é que você possa,
ao invés de "decorar" esses saberes, entendê-los e estabelecer di-
álogos entre eles e o que está ao seu redor. Essa troca de ideias
pode acontecer na sua experiência de vida, no seu bairro, na vi-
vência dos seus alunos, na mídia (escrita e televisiva), nas redes
sociais, nos sites de imagens etc.
A apropriação desses saberes também é gradual. Ela pode ser
potencializada da mesma forma, por meio de sua aplicabilidade no
seu dia a dia, em aulas, encontros com amigos, consultas virtuais
etc. No ambiente escolar, ela pode ser construída conjuntamente
com o aluno, com outras disciplinas e com os projetos da escola.
No entanto, ressaltamos o quanto é importante você inte-
ressar-se por esses saberes e tentar fortalecê-los por meio da exe-
cução, com boa qualidade, das estratégias propostas para o estu-
do das unidades que virão.
Esperamos que tenha gostado desse primeiro encontro aca-
dêmico com a ginástica e que esteja empolgado para a próxima
unidade, que focará a relação entre a ginástica e a escola.
9. E-REFERÊNCIA
Figura
Figura 1 Friedrich Ludwig Jahn. Disponível em: <http://www.germany.info/Vertretung/
usa/en/08__Culture__Sports__Events/06/05/Feature__5__Gymnastics.html>. Acesso
em: 23 fev. 2012.
2
1. OBJETIVOS
• Apresentar a relação histórica existente entre a ginástica
e a escola no Brasil.
• Apresentar a importância das leis e das políticas públicas
para a inserção e a prática da ginástica na escola.
• Compreender os objetivos que foram dados à ginástica
para a formação da criança dentro do ambiente escolar.
• Causar reflexões acerca do papel da ginástica na escola na
atualidade.
2. CONTEÚDOS
• Aspectos históricos da ginástica no Brasil.
• Aspectos históricos da escola no Brasil.
• Relações entre o papel da escola e da ginástica na forma-
ção da criança.
58 © Ginástica Geral
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, conhecemos o vasto universo da
ginástica, seus conceitos, áreas, tipos, especificidades e elementos
comuns. Como mencionamos, esse parece ser um primeiro passo
fundamental para que você tenha um arcabouço de conhecimen-
tos básicos que possibilite seu trânsito pelas próximas unidades.
Nesta unidade, o objetivo é que você conheça um pouco
sobre a relação histórica entre a ginástica e a escola, compreen-
dendo-a ao longo do tempo e identificando suas permanências e
rupturas.
Muitos alunos possuem certa "aversão" ao estudo de
História, o que é compreensível, pois, geralmente, o ensino dessa
matéria durante o período escolar foi norteado por aulas monóto-
nas e por uma série de informações, que tinham de ser decoradas
para a prova. Raros foram os casos em que os alunos foram es-
timulados a estabelecer relações entre o passado e o presente, em
pensar a História como algo atrativo, vivo e em movimento.
Em nossa concepção, não é possível compreender e fazer in-
tervenções no presente, desconhecendo o passado, pois o conhe-
cimento do passado é capaz de fornecer uma série de informações
e reflexões que nos ajudam nesse processo. Afirmamos isso não
só com base numa vasta literatura na área da História Social, mas
também com base em nossa experiência como docentes.
Assim, a partir do conhecimento dos processos históricos,
podemos nos "munir" de ferramentas que ajudam a rever e a con-
struir propostas para a atualidade. Algumas perguntas comuns de
alunos e professores, com relação à escola, podem ser mais facil-
mente respondidas, como, por exemplo:
1) Qual o objetivo que devo ter com o ensino da ginástica
na escola?
2) O que ela pode colaborar na formação de um indivíduo
crítico e autônomo?
© U2 - A Ginástica e a Escola: aspectos históricos 61
6. TEXTOS COMPLEMENTARES
É interessante pesquisar e descobrir, por meio de diferentes
fontes, quais foram os métodos ou práticas gímnicas que influen-
ciaram cada região brasileira e, se aprofundando um pouco mais,
cada instituição escolar.
O estudo de Tesche (2002) aponta a influência do método
alemão de ginástica (advindo da imigração alemã) nas escolas do
Rio Grande do Sul; já Vago (2001) aponta a influência da ginástica
sueca nas escolas de formação de professores no estado de Minas
Gerais (o que ecoou diretamente na atuação deles na escola).
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Escolha um período histórico mencionado nos textos de Tesche (2002) e
Vago (2001) e disserte sobre sua relação com aspectos da atualidade, no
que concerne ao ensino da ginástica na escola.
2) Em sua opinião, qual(is) foi(ram) o(s) papel(éis) das políticas públicas para a
inserção da ginástica na escola, em diferentes períodos?
8. CONSIDERAÇÕES
Esperamos que você tenha desfrutado desta unidade, compre-
endendo o dinamismo e as relações de força (poder) que se estabe-
leceram (entre políticas públicas, influências internacionais, cursos de
formação etc) para que a ginástica fosse, desde o final do século 19, es-
tabelecida como conteúdo da Educação Física escolar, sendo, inclusive,
considerada sinônimo deste estudo em alguns momentos históricos.
Esperamos também que você tenha estabelecido outra
relação com a História, apropriando-se de seu potencial para
uma formação docente mais aprofundada, crítica e reflexiva. E
que, a partir disso, tenha conseguido estabelecer paralelos com a
realidade que viveu (sua trajetória histórica) e que pretende viver
como educador físico em escolas.
9. E-REFERÊNCIA
Site pesquisado
SOCIEDADE DE GINÁSTICA DE PORTO ALEGRE (SOGIPA). Home page. Disponível: <http://
www.sogipa.com>. Acesso em: 23 mar. 2012.
© U2 - A Ginástica e a Escola: aspectos históricos 77
1. OBJETIVOS
• Identificar o atual panorama da ginástica geral no Brasil e
em alguns locais do mundo.
• Conhecer diferentes contextos que se preocupam com a
ginástica geral no Brasil e no mundo.
• Estabelecer paralelos entre as abordagens de ginástica
geral em diferentes realidades/culturas.
2. CONTEÚDOS
• Fatos e atualidades da ginástica geral.
• Panorama nacional e internacional da ginástica geral.
• Federação Internacional de Ginástica e outras instituições.
80 © Ginástica Geral
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, estudamos sobre aspectos do ensino
da ginástica na escola, abordando questões diretamente relacio-
nadas à história dessa prática.
Nesta unidade, conversaremos sobre o panorama da ginásti-
ca geral em nosso país e em outras localidades do mundo.
Podemos encontrá-la em contextos bem variados: na esco-
la, tanto nas aulas curriculares quanto nas extracurriculares, em
clubes públicos e privados, em instituições de ensino superior nos
seus três focos de atuação – ensino, pesquisa e extensão –, em or-
ganizações não governamentais, em instituições como, por exem-
© U3 - Panorama da Ginástica Geral na Atualidade 81
Sujeito
Contexto
Objetivo Cenário
Contexto acadêmico
Para compor o contexto acadêmico teremos o cenário uni-
versitário (instituições de ensino superior em geral) e alunos de
graduação e pós-graduação. Identificamos alguns objetivos nesse
Contexto escolar
Esse contexto é formado por uma escola, seus diversos alu-
nos, da educação infantil ao Ensino Médio, e seu objetivo vai variar
de acordo com as especificidades do ensino curricular e extracur-
ricular.
A presença ou não de ginástica na escola nos diz muito. Sa-
be-se que no século passado essa prática esteve bastante inserida
nas aulas de educação física.
Algumas pesquisas, como de Nista-Piccolo (1988), Barbosa
(1999), Ayoub (2003) e Schiavon (2003), apresentaram seu desa-
parecimento, a ausência das práticas gímnicas, incluindo a ginásti-
ca geral, nas escolas pesquisadas.
Certamente há localidades que ainda não possuem ginástica
geral na escola. Porém, focaremos esta etapa em apresentar al-
gumas atividades existentes na escola, mostrando que a ginástica
geral é, sem dúvida nenhuma, uma das práticas gímnicas que deve
constar no programa das aulas de Educação Física em todas as ins-
tituições de ensino.
A ginástica, assim como outras práticas corporais, devem fa-
zer parte dos conhecimentos ensinados/aprendidos nas aulas de
educação física de qualquer escola. Respaldada pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais, a ginástica pode e deve estar presente nas
aulas de educação física. (BRASIL, 1997/1998).
Além desse documento, de abrangência nacional, sabemos
que o governo do estado de São Paulo e o do estado do Paraná
também incluíram esta prática corporal nas suas diretrizes para o
ensino escolar (SÃO PAULO, 2010, p. 42).
É nesse sentido que, nesta Proposta Curricular, afirma-se que a
Educação Física trata da cultura relacionada aos aspectos corpo-
rais que se expressa de diversas formas, dentre as quais os jogos,
a ginástica, as danças e atividades rítmicas, as lutas e os esportes.
Para Ayoub (1999, p. 40), "a ginástica geral está sendo visua-
lizada como prática corporal que promove uma síntese entre o que
foi e o que é a ginástica". E, ainda:
Aprender GG na escola significa, portanto, estudar, vivenciar, co-
nhecer, compreender, perceber, confrontar, interpretar, problema-
tizar, compartilhar, apreender as inúmeras interpretações da ginás-
tica para, com base nesse aprendizado, buscar novos sentidos e
significados e criar novas possibilidades de expressão gímnica. Sob
essa ótica, podemos considerar que a GG como conhecimento a ser
estudado na educação física escolar representa a ginástica. Levan-
do em consideração as características fundamentais da GG, pode-
mos afirmar que a GG traz consigo a possibilidade de realizarmos o
resgate da ginástica na educação física escolar numa perspectiva de
confronto e síntese e, também, numa perspectiva lúdica, criativa
e participativa. Nesse sentido, penso que a GG pode ser reconhe-
cida como o caminho mais apropriado e talvez mais ousado, para
resgatarmos, para re-criarmos, para re-significarmos a ginástica no
âmbito escolar.
Fundamental 1 e 2
A seguir, trechos do relato da professora/autora Pinto (2007,
p. 266) sobre suas aulas de ginástica geral na escola:
Partindo do princípio de que as primeiras formas de manifestação
da ginástica se localiza no campo dos divertimentos, da arte, do riso
e que muitas delas eram manifestas no circo antes do Movimen-
to Ginástico Europeu, nas primeiras aulas do ensino da ginástica,
procurei abordar algumas das formas de manifestação do circo e
alguns significados intrínsecos a ele. Com isso, além de tratar de
um relevante conhecimento da Cultura Corporal na escola, procu-
rei por meio deste, explicitar um dos contextos pelo qual algumas
manifestações gímnicas foram originadas.[...] Até o momento, por
meio do confronto proposto acima, os alunos puderam diagnosti-
car e julgar a ginástica. Faltaria então, o momento que os mostra
que existe a possibilidade de transformá-la, ressignificá-la. Acre-
ditei que este era o melhor momento para apresentar aos alunos
a Ginástica Geral, [...]. Inspirada na metodologia para a prática da
Ginástica Geral do Grupo Ginástico Unicamp elaborada por Perez
© U3 - Panorama da Ginástica Geral na Atualidade 93
Ensino Médio
Para exemplificar a presença da ginástica geral nas aulas do En-
sino Médio citamos também o professor/autor Taveira (2010, p. 274):
A GG foi inserida no planejamento das aulas de Educação Física
com o intuito de torná-las mais criativas, dinâmicas e interessantes
aos alunos.
O resultado positivo provém da diversidade de movimentos, do rit-
mo, do trabalho em grupo, da inclusão de todos os alunos, da va-
lorização de cada integrante e do prazer em conhecer o corpo por
meio dos movimentos gímnicos, gerando apresentações por meio
de mostras culturais que integram o calendário escolar das escolas.
[...] O trabalho desenvolvido em ambas as escolas pesquisadas tem
como principal objetivo criar um programa de aulas em que sejam
empregadas as várias maneiras de se estimular um jovem aluno e
que, no futuro, possa vir a tornar-se um cidadão atuante, feliz, com
aptidão física, boa coordenação motora e, principalmente, saudá-
vel. [...] Compreendemos que a inclusão da GG e de outras práticas
corporais nas aulas de Educação Física, como novas propostas de
Extracurricular
Glomb e Fuggi (2001, p. 108), desde 1999 desenvolvem pro-
jeto de ginástica geral para crianças fora da grade curricular, mas no
ambiente escolar. Utilizam-se do contraturno dos alunos para isso.
[...] a temática selecionada foi "A Ginástica e Artes : uma união para
o desenvolvimento global da criança do Ensino fundamental" onde
os alunos participavam de atividades como: montagem de seqüên-
cias gímnicas através de colagens, desenhos, mímicas; acuidade au-
ditiva e rítmica; construção de bonecos articulados e produção de
pequenas peças teatrais. A seguir os alunos participavam das ativi-
dades de ginástica utilizando as produções anteriores, trocas (entre
os grupos) de seqüências previamente produzidas, assim como a
releitura das mesmas; manipulação de materiais utilizando as ativi-
dades rítmicas; manipulação dos bonecos simulando movimentos
selecionados pelo grupo. Como resultado as crianças puderam se
descobrir, reelaborando uma concepção de corpo por meio de re-
flexões, partindo de outras concepções já conhecidas através das
Artes Plásticas. Puderam também fazer análises de seus movimen-
tos, explorando-os e desenvolvendo-os como forma de expressão.
Contexto esportivo/federativo
O termo ginástica geral tem muita história. E, sem dúvida nenhu-
ma, sua disseminação pelo mundo passa pela Federação Internacional
de Ginástica (FIG), instituição mais importante e conhecida da área.
Foi essa organização que propôs o termo ginástica geral "no
final da década de 1970 e início da década de 1980", com o obje-
tivo de "se referir às atividades ginásticas fora da competição, ou
seja, para distinguir os esportes ginásticos do universo não compe-
titivo da ginástica." (Ayoub, 2003, p. 40-41).
© U3 - Panorama da Ginástica Geral na Atualidade 95
GINÁSTICA GINÁSTICA
GINÁSTICA GINÁSTICA GINÁSTICA GINÁSTICA DE GINÁSTICA
ARTÍSTICA ARTÍSTICA
RÍTMICA AERÓBICA ACROBÁTICA TRAMPOLIM PARA TODOS
MASCULINA FEMININA
Outros contextos
Desde o ano de 2010 o Sesc (Serviço Social do Comércio)
vem incluindo a prática da ginástica geral em suas unidades. E não
apenas como forma de espetáculo e seminários, atividades que já
fazem parte de sua programação há muito tempo, mas também
em forma de aulas para seus usuários.
A entidade alemã DTB (Deutscher Turner-Bund) realiza a
cada quatro anos, desde 1860, o Deutches Turnfest. O evento, que
desde 2005 tornou-se Festival Internacional de Ginástica Alemão,
reuniu, nesse mesmo ano em Berlim, 70 mil participantes. O fes-
tival é composto de diversas práticas gímnicas, inclusive ginástica
geral com objetivo demonstrativo ou apenas recreativo.
Outro grande festival é o Slets, realizado na República Checa
e organizado pela Sokol, que tem suas origens nas antigas Espar-
taquiadas, realizadas desde 1862 durante o regime comunista. No
© U3 - Panorama da Ginástica Geral na Atualidade 97
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Como você observa a presença da ginástica geral no Brasil? É uma prática
conhecida? Cabe a quem essa popularização?
4) Além do exposto sobre a ginástica geral no contexto escolar, o que você per-
cebe de necessário para seu real acontecimento?
9. CONSIDERAÇÕES
O objetivo principal desta unidade foi mostrar o que está
realmente acontecendo no que diz respeito à ginástica geral no
Brasil e em algumas localidades do planeta.
Buscamos abranger realidades bem distintas e, de certa for-
ma, contextos que podem fazer parte da vida profissional de um
graduado em educação física.
Conhecemos o contexto acadêmico e suas estratégias para o
desenvolvimento da ginástica geral no país. Ele está diretamente
relacionado aos demais contextos, como o escolar, por exemplo,
no qual pudemos ver propostas concretas e discussões interessan-
tíssimas e pertinentes à formação crítica.
No contexto político, entendemos as motivações que muitas
vezes levam a escolhas não tão claras ou óbvias. Também pude-
mos mapear a existência de outras instituições que já incluíram a
ginástica geral em seus programas.
Na próxima unidade, você irá conhecer os aspectos concei-
tuais e pedagógicos utilizados pela ginástica geral, além de ser
apresentado também a formas de intervenção social compatíveis
com as definições de ginástica geral.
10. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
educação física-ensino de 1ª a 4ª série. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/livro07.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2011a.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais: educação física-ensino de 5ª a 8ª série.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf>. Acesso em: 17
nov. 2011b.
______. Orientações curriculares para o Ensino Médio: volume 1 – linguagens códigos
e suas tecnologias. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_
volume_01_internet.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2011c.
© U3 - Panorama da Ginástica Geral na Atualidade 99
2. CONTEÚDOS
• Conceitos de ginástica geral.
• A pedagogia da autonomia e as propostas da ginástica geral.
• Projetos de intervenção social com ginástica geral na escola.
102 © Ginástica Geral
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Até aqui você já passou por muitos saberes acerca da ginás-
tica e da ginástica geral e, especialmente, na Unidade 3, adentrou
no panorama da atividade em diferentes contextos, no âmbito na-
cional e internacional.
Nosso objetivo é que você tenha acesso inicialmente aos
conceitos de ginástica geral, assim como teve aos da ginástica,
para que ao entender melhor essa manifestação, também possa
divulgá-la e lecioná-la na escola.
Ao Apresentar e debater esses conceitos, teremos uma abor-
dagem dos aspectos pedagógicos que podem envolver o ensino da
ginástica geral (dentro e fora da escola), na perspectiva da pedago-
gia da autonomia, proposta pelo educador Paulo Freire.
Aspectos mais específicos, necessários para o planejamento
escolar, como os objetivos, conteúdos e métodos, serão aprofun-
dados na próxima unidade . A ideia central é que se possa realizar
as escolhas em relação a esses aspectos do planejamento escolar,
tendo como princípio que todos eles podem estar imersos nessa
perspectiva pedagógica da autonomia.
E, após essa abordagem, traremos exemplos de projetos, no
contexto do ensino formal e não formal, que foram desenvolvidos
© U4 - Ginástica Geral – Conceitos, Aspectos Pedagógicos e Intervenção Social 105
embora indo de fora de si, sejam reelaborados por ela, a sua au-
tonomia. É com ela, a autonomia, penosamente construindo-se,
que a liberdade vai preenchendo o "espaço" antes "habitado" por
sua dependência. Sua autonomia que se funda na responsabilidade
que vai sendo assumida (FREIRE, 1996, p. 105).
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Com relação aos conceitos de ginástica geral, você vê alguma outra seme-
lhança ou diferença que não foi mencionada no texto? Qual(is)?
2) Com relação à diversidade de conceitos na ginástica geral, aponte um aspec-
to positivo e outro negativo que você considera intervir na divulgação e na
prática da mesma.
3) Considerando que você já estudou perspectivas pedagógicas em outras dis-
ciplinas do curso, escolha uma delas e estabeleça a relação com a ginástica
geral (para sua aplicação no contexto formal ou não formal).
4) O que mais lhe chamou a atenção em relação à proposta de Paulo Freire
adequada ao ensino da ginástica geral? Por quê?
5) Retome um dos temas da obra de Paulo Freire (Pedagogia da autonomia)
abordados por Toledo (2005) e desenvolva-o com maior propriedade, esta-
belecendo novas relações, dando exemplos que já vivenciou ou que preten-
deria aplicar como professor etc.
6) Esboce uma proposta de ginástica geral para o ensino formal, na perspectiva
da intervenção social, apontando:
a) o público-alvo;
b) as características da comunidade na qual a escola está inserida;
c) as transformações sociais que você almeja alcançar por meio do projeto
(para os alunos e para a comunidade) e como imagina que elas serão
alcançadas por meio da ginástica geral.
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, abordamos questões centrais vinculadas à
ginástica geral para que você possa se aproximar dela. Concebemos-
a como uma manifestação da cultura corporal pertencente à Educa-
ção Física, possível e enriquecedora de ser desenvolvida na escola.
O estudo, ao longo da unidade, caracteriza-se pela visão espe-
cífica da temática ginástica geral, apontando propostas para sua con-
ceituação, abordagem pedagógica e formas de intervenção social.
5
objetivos, conteúdos
e métodos
1. OBJETIVOS
• Conhecer objetivos possíveis para o ensino de ginástica geral.
• Conhecer os conteúdos que compõem uma aula de ginás-
tica geral.
• Conhecer métodos para o desenvolvimento da aula de gi-
nástica geral.
• Identificar relações entre os três itens anteriores.
• Aprender a planejar diferentes tipos de aula de ginástica geral.
2. CONTEÚDOS
• Objetivos para as aulas de ginástica geral.
• Conteúdos de abordagem da ginástica geral.
• Métodos de ensino da ginástica geral.
130 © Ginástica Geral
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, vimos aspectos conceituais, pedagógi-
cos e de intervenção social, assuntos de grande importância para
iniciarmos um aprendizado fundamental nesta unidade: o planeja-
mento de diferentes tipos de aula de ginástica geral.
Componentes gímnicos
Dentre os componentes gímnicos, encontramos os funda-
mentos da ginástica, os quais são a base gestual da ginástica. Tra-
balhos com diferentes tipos de deslocamentos, saltos, rotações
(giros e rolamentos), balanços, equilíbrios e ondas.
Pérez Gallardo (1999, p. 31) sugere o trabalho com as "dife-
rentes formas de ginástica: natural, construída, localizada, aeróbi-
ca, artística, acrobática, rítmica entre outras".
Componentes artísticos
Chamamos de componentes artísticos as atividades que es-
tão diretamente ligadas ao universo das artes (cênicas, plásticas,
musicais).
Esses componentes estarão presentes nas coreografias de
ginástica geral, mas não devem ser apenas pensados quando uma
nova criação começar. Eles devem ser exercitados diariamente, as-
sim como os componentes gímnicos, por exemplo.
Música
Conhecer e identificar a variação rítmica de uma música é
algo que os alunos aprendem com o tempo e não apenas na hora
da coreografia.
A escolha da música pode ocorrer em qualquer momento do
trabalho. A estimulação sonora será sempre bem-vinda e atrelada
ao trabalho; com o silêncio, atingirá a perfeição rítmica. Pode pare-
cer estranho, mas podemos ter aulas e apresentações de ginástica
geral sem a utilização de música.
Durante as aulas de ginástica geral, o professor deve conhe-
cer o universo musical de seus alunos e apresentar novas possibi-
lidades também. Não devemos deixar-nos vencer pelas escolhas
hegemônicas, pelo que "todo mundo ouve".
Devemos conhecer a dinâmica vigente e apresentar outras
possibilidades musicais. Sobre esse tema, Pérez Gallardo (1999, p.
32) afirma:
[...]- adequação da música ao trabalho apresentado: quando os mo-
vimentos estão integrados ao pulso (ritmo) da música; - alternância
rítmica, trabalho em diferentes pulsos da música: a composição deve
explorar os diferentes pulsos da música (no pulso, na metade do
© U5 - O Planejamento de Aulas em Ginástica Geral: objetivos, conteúdos e métodos 139
Materiais
A escolha dos materiais deve levar em consideração também
o grupo e a coreografia. Eles devem, inicialmente, explorar ma-
teriais bastante conhecidos na educação física como bolas, arcos,
bastões, plintos, colchões, entre outros. A utilização de materiais
de diferentes naturezas e finalidades, que não a prática corporal, é
fundamental para a inovação em cada aula e em cada coreografia.
Objetos como cadeiras, baldes, galões de água, escadas, flu-
tuadores de piscina, boias, pneus etc., tornam-se fundamentais
para aprendermos novas possibilidades de movimento com o ma-
terial.
A liberdade de escolha pelo material a ser trabalhado bus-
ca desenvolvimento da criatividade. E, por meio da resolução de
problemas, o ensino e a aprendizagem não ficam estacionados e
repetitivos.
Componentes culturais
Nesse momento, é de suma importância a busca e a pesquisa
aprofundada para conhecer e valorizar aspectos culturais de cada
sociedade. Muitas vezes, conhecemos pouco sobre nossa própria
cultura, ora pelas distâncias, ora pela apropriação de aspectos cul-
turais de outros países.
Cabe ao professor conhecer a realidade de seus alunos, suas
histórias de vida, seus gostos e desgostos, seus conhecimentos.
Com esse conteúdo, a turma já poderá fazer uma composição, va-
lorizando cada indivíduo do grupo.
Partimos, então, para conhecer a cultura ao nosso redor, do
nosso bairro/cidade, suas histórias e peculiaridades, descobrir ati-
vidades corporais que são realizadas, conhecer seus objetivos e
suas histórias. Chegaremos, assim, à pesquisa de nossa região ge-
ográfica e de nosso país. No caminho, teremos que fazer escolhas
para garantir boa qualidade no processo ensino/aprendizagem.
Para que você possa ter uma visão geral acerca da metodo-
logia dos três momentos, apresentamos uma síntese no Quadro 1,
proposto por Toledo (1999, p. 66), onde encontramos claramente
o objetivo, o papel do professor e do aluno.
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) A partir do conhecimento exposto, você consegue distinguir a diferença en-
tre objetivo, conteúdo e método? Esses conceitos são importantes para se
pensar uma proposta de ensino de ginástica geral? Por quê?
9. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, estudamos sobre os objetivos, conteúdos e
métodos para desenvolvermos aulas de ginástica geral.
Os objetivos da atividade como proposta pedagógica de so-
cialização/sociabilização foram apresentados e discutidos. Além
disso, apresentamos os conteúdos que devem compor cada aula,
assim como métodos de aula que compõem uma forma de ensino
particular a cada grupo.
Na próxima unidade, falaremos de outro assunto muito im-
portante para a ginástica geral: a organização de eventos.
Bons estudos!
6
1. OBJETIVOS
• Conhecer eventos de ginástica geral.
• Identificar especificidades de cada tipo de organização.
• Saber organizar um pequeno evento na área da ginástica
geral.
2. CONTEÚDOS
• Formas pedagógicas de trato com a organização de eventos.
• Diferentes eventos possíveis na ginástica geral.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na Unidade 5 conhecemos os conteúdos, objetivos e mé-
todos para o ensino da ginástica geral. E, conforme explicitado
em outras unidades, toda essa vivência pode culminar (ou não)
na apresentação de sequências coreográficas que foram construí-
das criativamente em aula, considerando que a demonstração e a
apreciação são processos importantes na formação do aluno.
Essas apresentações podem ocorrer dentro da própria aula
(em grupos) ou em eventos específicos para esse fim, temáticos ou
não da disciplina ou da escola (datas festivas, trabalhos interdisci-
plinares etc.).
Assim, para encerrarmos o aprendizado sobre ginástica
geral, iremos conhecer alguns eventos e descobrir caminhos para
organizá-los.
Perfil do evento–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Nome
Objetivo(s): (competição/destaques, participação/maior volume de pessoas, so-
cialização numa comunidade, divulgação de um esporte pouco conhecido etc.).
Público-Alvo/ Participantes (faixa etária, classe social, relacionados com aquela
modalidade esportiva etc.).
Local(is) (da realização do evento, da inscrição, de cada fase do evento etc.).
Data ou duração (cronograma do evento, com detalhes).
Horário(s).
Formas de Inscrição (fax, telefone, pessoalmente, internet etc.).
Estabelecimento de Parcerias (Apoio, Patrocínio).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© U6 - A Organização de Eventos de Ginástica Geral 157
No dia do evento
É difícil estabelecer aqui as ações que serão executadas no
dia, pois elas dependem das particularidades de cada evento.
O que é possível estabelecer são ações básicas, comuns aos
eventos esportivos e de lazer:
1) Solicitar que todos da comissão organizadora (responsá-
veis pelas comissões) estejam no local com antecedên-
cia (uma ou duas horas, dependendo do evento), para
uma revisão do evento.
2) Solicitar que cada comissão faça uma nova verificação
de suas ações.
3) Pedir que cada comissão execute aquela ação que não
foi possível realizar no dia anterior, com o apoio de ou-
tras comissões, se necessário.
4) Preocupar-se constantemente com o atendimento ao
público (entrada, estadia e saída) e com os participantes,
assim como com a segurança.
5) Pensar num trabalho em equipe, em que todos SÃO a
comissão organizadora, e, portanto, todos devem se aju-
dar para que o evento tenha sucesso.
Durante o evento
1) Todos os coordenadores de comissões devem estar dis-
poníveis, supervisionando sua equipe e cobrindo even-
tuais falhas e problemas.
2) A comunicação deve ser constante entre os membros de
cada comissão e também entre os coordenadores de co-
missões (via rádio ou staffs).
3) Deve-se receber tudo e a todos com bom humor e dis-
posição, minimizando conflitos, frustrações e maiores
problemas.
4) Uma comissão deve tentar ajudar a outra no que for
possível, desde informações até trabalhos pesados.
5) Fazer o seu trabalho com maior eficiência, sem menos-
prezar os aspectos humanos.
6) Preocupar-se com a atuação do público e de tudo que
envolve o bom andamento do evento.
7) Preocupar-se em agradecer as autoridades presentes e
os patrocinadores.
8) Os coordenadores de comissões devem estar presentes
durante todo o evento.
9) Todos devem zelar pela satisfação dos envolvidos, mes-
mo que isso não seja necessariamente de competência
da comissão organizadora.
10) Aplicar ou reforçar a entrega de algum documento de
avaliação (impresso), ou fazer essa avaliação de maneira
informal, conversando com os participantes e o público
em geral.
Nesse contexto, é importante que você se lembre sempre de:
1) Qual filosofia (a ideia de homem e de mundo) o evento
deseja transmitir?
2) Qual é sua colaboração para o alcance do objetivo do
evento?
3) Qual imagem você espera que fique nos participantes?
4) Colaborei para o sucesso do evento? De que forma? O
que poderia ter feito que não fiz?
© U6 - A Organização de Eventos de Ginástica Geral 165
6. ESPETÁCULOS
Exemplos:
• O primeiro exemplo que traremos é um festival escolar que
se realizava a cada dois anos, na cidade de Campinas, pre-
cisamente no Instituto Educacional Parthenon, durante a
VI Olimpíada Cultural promovida pela instituição. O evento
era composto pelas apresentações de grupos, formados
pelos 700 alunos da escola e alguns grupos convidados.
A professora responsável Claudia Mara Bertolini (2003, p.
53) relata-nos em seu trabalho que "nesta modalidade específica,
deixamos de lado as tabelas, a premiação, os times e nos voltamos
para a música, espaço, materiais e roupas."
O espaço utilizado foi uma quadra poliesportiva com capaci-
dade máxima para 120 alunos, apresentando-se ao mesmo tempo.
Para facilitar ou ainda servir como fonte de inspiração, você pode
programar o seu evento inspirado em um tema (cores, sonho, rit-
mos,...) e/ou evento em si (olimpíada, festa da primavera, aniversá-
rio da entidade, festival de fim de ano, dia das mães, dia dos pais...)
(BERTOLINI, 2003, p. 54).
Figura 2 Abertura dos Jogos Pan Americanos, no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, em 2007.
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Baseado nos exemplos apresentados, você, estudante de graduação sente-se pre-
parado para assumir a organização de um evento desse porte ou semelhante?
2) Você já frequentou algum evento na área da ginástica? Em caso positivo, como
utilizaria o que viu em sua escola? Em caso negativo, como pretende possibilitar
a você e aos seus alunos essa frequência (em eventos na área da ginástica)?
3) Ao propor um evento de ginástica geral à direção da escola, quais argumen-
tos você utilizaria para mostrar os benefícios dessa prática corporal?
4) Apresente um tema interdisciplinar para um evento de ginástica geral (mostra
ou festival), mencionando como e quais disciplinas escolares você envolveria.
5) Você conseguiria propor um evento de ginástica geral que tivesse relação com
algum outro já realizado pela escola ou pela comunidade? Esboce como ele seria.
© U6 - A Organização de Eventos de Ginástica Geral 175
8. CONSIDERAÇÕES
Ao finalizarmos a Unidade 6 podemos lembrar que a organiza-
ção de eventos de ginástica geral é certamente uma área para con-
hecermos e melhorarmos cada vez mais. Suas especificidades, ali-
adas a um belo plano de ação, poderão propiciar um ótimo evento.
Não se esqueça que para organizar um bom evento é preciso
frequentar eventos, analisando tudo com detalhamento. Também
é importante que alie sua experiência aos dos demais colegas,
consulte livros e orientações específicas sobre o assunto (alguns
exemplos estão indicados nas referências abaixo).
Os eventos em ginástica geral propiciam conhecimentos e experi-
ências múltiplas para todos aqueles que neles estão envolvidos: comitê
organizador, professores, alunos, pais e membros da comunidade.
9. E-REFERÊNCIA
Figura 2 Abertura dos Jogos Pan Americanos, no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, em
2007. Disponível em: <http://culturabrasileiranoppe.pbworks.com/f/1253581124/800px-
Abertura_Jogos_Panamericanos_1_13072007.jpg>. Acesso em: 30 nov. 2011.