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EDUCAÇÃO ESPECIAL
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)
Tópicos Específicos em Educação Especial – Prof.ª Dra. Maria Helena Bimbatti Moreira e
Prof. Ms. Sérvio Antônio Bucioli
TÓPICOS ESPECÍFICOS EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Batatais
Claretiano
2015
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Versão: ago./2015
371.9 M838t
ISBN: 978-85-8377-403-7
CDD 371.9
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera
Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Juliana Biggi
Dandara Louise Vieira Matavelli Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Elaine Aparecida de Lima Moraes Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Josiane Marchiori Martins Sônia Galindo Melo
Lidiane Maria Magalini Talita Cristina Bartolomeu
Luciana A. Mani Adami Vanessa Vergani Machado
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera Projeto gráfico, diagramação e capa
Raquel Baptista Meneses Frata Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2 GLOSSÁRIO DE CONCEITOS.............................................................................. 10
3 ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................. 11
Conteúdo
Aspectos preventivos das deficiências. Atitudes familiares
com o nascimento de uma criança com deficiência. Atitudes
educacionais relativas ao papel da escola na perspectiva da
educação inclusiva e atitudes sociais no tocante à sexualidade,
profissionalização e envelhecimento da pessoa com deficiência.
Bibliografia Básica
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de
1988. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1988.
______. Estatuto da Criança e do Adolescente. Secretaria Especial dos Direitos Humanos;
Ministério da Educação, Assessoria de Comunicação Social. Brasília: MECACS, 2005.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nova LDB (Lei nº 9.394/96). Rio
de Janeiro: Qualitymark, 1997.
Bibliografia Complementar
BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da pessoa portadora de deficiência.
Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre necessidades educativas especiais.
Brasília: MAS/CORD, 1994.
______. Inclusão: Revista da Educação Especial. Secretaria da Educação Especial, v. 1, n.
1, out. 2005. Brasília, Secretaria da Educação Especial, 2005.
______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Brasília: MEC/SEESP, 2007.
______. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
ROTH, B. W. (Org.). Experiências educacionais inclusivas. Programa Educação Inclusiva:
direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial,
2006, 191 p.
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deve-
rá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes neces-
sárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais
conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o
fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um
campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque
é imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Jun-
tos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e
a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a
densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, é um conteúdo de
estudo obrigatório, para efeito de avaliação.
© Conteúdo Introdutório 9
1. INTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo! Iniciaremos o estudo de Tó-
picos Específicos em Educação Especial, material que compõe os
cursos de Pós-Graduação do Claretiano – Centro Universitário, que
é um referencial teórico para sua contextualização profissional.
Com o estudo desta obra, você poderá compreender, enten-
der e refletir, de forma específica, sobre os principais conceitos re-
lacionados ao público-alvo da Educação Especial, mediante os tó-
picos específicos elencados ao longo do estudo, rumo à efetivação
da práxis pedagógica por meio da aplicação desses conhecimentos
em seu cotidiano profissional.
Para uma melhor compreensão, esta obra foi dividida em
quatro unidades.
Na Unidade 1, relativa à prevenção, tomaremos conheci-
mento das principais estratégias políticas, sociais e atitudinais,
nas quais o educador tem papel essencial quanto à propagação
de informações, sendo um agente conscientizador, por estar em
contato direto com as pessoas e ter a ferramenta "educação" para
atuar como multiplicador. Dessa forma, disponibilizará os conheci-
mentos acumulados pela comunidade científica, em conexão com
a realidade brasileira, esclarecendo aos familiares aspectos rela-
cionados à prevenção das deficiências e atitudes sequenciais que
diminuirão a incidência dos fatores causadores das mesmas.
Na Unidade 2, falaremos sobre a organização familiar da
pessoa com deficiência nos momentos que envolvem: diagnósti-
co, nascimento e ações afirmativas sequenciais, conhecendo os
principais movimentos necessários para a superação do "difícil"
diagnóstico, por meio da reorganização familiar após a chegada
do bebê com deficiência. Entenderemos que a presença de uma
criança especial na família faz com que todos os membros viven-
ciem, inicialmente, um sentimento de ansiedade por imaginar
quais serão as implicações futuras do dia a dia com uma criança
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e pre-
cisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento
dos temas tratados.
© Conteúdo Introdutório 11
Objetivos
• Compreender a importância da prevenção das deficiências.
• Analisar quais são os principais procedimentos para a prevenção das defici-
ências.
• Identificar estratégias de prevenção das deficiências e correlacioná-las com
a prática profissional.
Conteúdos
• Conceito de prevenção das deficiências.
• Entendimento sobre as diferentes formas de prevenção das deficiências.
1. INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você tomará conhecimento sobre a preven-
ção das deficiências e se deparará com um alarmante dado: até
70% das deficiências poderiam ser evitadas.
Dessa forma, na condição de educador, qual seria seu papel
e sua contribuição para que esse quadro se revertesse ou fosse
amenizado?
A seguir, você entenderá, conceitualmente, um pouco do
que é prevenção e quais são, na prática, as ações atitudinais que
podem ser tomadas para que muitas deficiências sejam evitadas
ou amenizadas.
Fatores de risco
Os fatores de risco podem ser mais ou menos eminentes
nas diferentes fases de uma gestação e, após o nascimento, eles
continuam a existir, sofrendo influência do ambiente da mesma
maneira que estão em jogo os mecanismos de proteção ao de-
senvolvimento da criança. Esses mecanismos de proteção podem
ser recursos do próprio indivíduo ou de mecanismos protetores do
ambiente que podem ser ativados a fim de neutralizar as adver-
sidades, vulnerabilidades e riscos ao desenvolvimento adaptativo
da criança (YUNES; SZYMANSKI, 2001, apud FORMIGA; PEDRAZZA-
NI, 2004).
Sobre os aspectos regionais, renda familiar, características
do trabalho e, consequentemente, faixa salarial, temos o seguinte:
As diferentes realidades regionais brasileiras, que compreendem,
entre outros, aspectos específicos de ambientes e processos de
produção, de emprego e de renda, além de questões culturais que
determinam a prevalência de doenças potencialmente incapaci-
tantes deverão ser reconhecidas e consideradas nas estratégias de
prevenção (BRASIL, 2006, p. 35).
Prevenção primária
Podemos entender por prevenção primária as medidas e
estratégias variadas e efetivas para o sadio e normal desenvolvi-
mento da criança e a melhoria e estabilidade do ambiente familiar.
Considerando que as causas das deficiências podem ser
determinadas por condições pré, peri ou pós-natais, a Organização
Mundial de Saúde (BRASIL, 1998 apud PEDROSO; CAMPOS;
ROCHA, 2011) esquematiza a prevenção primária conforme consta
no Quadro 1:
6) diagnóstico pré-natal.
Prevenção secundária
Para iniciarmos nosso entendimento sobre a prevenção se-
cundária, devemos, de acordo com Formiga e Pedrazzi (2004), nos
pautar na constatação de que a condição excepcional já se mani-
festou e o objetivo é reduzir sua duração e/ou sua gravidade.
No momento em que a constatação da deficiência já foi ma-
nifestada, a intervenção deve ser dada pela prevenção secundária.
A prevenção secundária é caracterizada pela identificação
antecipada de fatores de risco que incidirão no desenvolvimento
infantil – provocando vulnerabilidades orgânicas e psicológicas ao
bebê –, com o objetivo de reduzir a severidade ou duração da de-
ficiência.
Se analisarmos pela perspectiva da saúde pública, o foco da
ação secundária é reduzir a prevalência de determinada condição
de excepcionalidade na população. Como exemplo de ações pre-
ventivas, podemos citar os centros de diagnóstico, o tratamento e
Prevenção terciária
Prevenção terciária se refere à prevenção da incapacidade
total, depois que as alterações anatômicas e fisiológicas estão mais
© U1 - Prevenção das Deficiências 27
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em res-
ponder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos es-
tudados para sanar as suas dúvidas.
1) O Ministério da Saúde (BRASIL, 2010) descreve uma macrodivisão das cau-
sas das deficiências basicamente em duas esferas. Assinale a alternativa que
corresponde a essa macrodivisão:
a) A primeira voltada a causas decorrentes da falta de assistência ou da
assistência inadequada às mulheres durante a gestação e o parto, e a
segunda voltada a fatores genéticos do feto.
b) A primeira voltada ao saneamento básico, incluindo coleta de lixo e a
segunda voltada a causas decorrentes da falta de assistência ou da assis-
tência inadequada às mulheres durante a gestação e o parto.
c) A primeira voltada ao saneamento básico, incluindo coleta de lixo, e a
segunda voltada a fatores genéticos do feto.
d) A primeira voltada ao saneamento básico, incluindo coleta de lixo, e a e
a segunda voltada a fatores genéticos do feto.
e) A primeira voltada a políticas públicas de saúde, incluindo campanhas
de vacinação, e a segunda voltada a causas decorrentes da falta de as-
© U1 - Prevenção das Deficiências 33
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) c.
3) a.
4) a.
5) b.
5. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, você pôde compreender a importância das
atitudes preventivas sociais, educacionais e governamentais rela-
cionadas à prevenção das deficiências.
Com esse estudo, você será capaz de identificar os diferentes
tipos de prevenção, bem como analisar, de forma crítica, os progra-
mas governamentais com total capacidade para compreendê-los,
questioná-los e até aperfeiçoá-los, oferecendo sua contribuição
social e posicionando-se como um profissional ativo e compromis-
sado com essa causa.
Na próxima unidade, entenderemos como se dá a organiza-
ção familiar nos momentos que irão envolver o diagnóstico e o
nascimento de uma criança com deficiência (público-alvo da edu-
cação especial) e as ações subsequentes que envolverão o contex-
to familiar atitudinalmente e procedimentalmente.
6. E-REFERÊNCIAS
BATISTA, C. G.; ENUMO, S. R. F. Prevenção em Saúde – Prevenção de deficiências.
Disponível em: <http://www.infocien.org/Interface/Colets/v01n14a02.pdf>. Acesso em:
23 jul. 2014.
© U1 - Prevenção das Deficiências 35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Ação Social/ Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência. Política nacional de prevenção das deficiências. Brasília: MAS/
CORDE, 1992.
PEDROSO, C. C. A; CAMPOS, J. A. P. P.; ROCHA, J. C. M. Fundamentos da Educação
Inclusiva. Batatais: Claretiano, 2011.
A Organização Familiar da Pessoa
2
Público-Alvo da Educação Especial
nos Momentos que Envolvem:
Diagnóstico, Nascimento e Ações
Subsequentes
Objetivo
• Conhecer e refletir aspectos referentes à família da pessoa público-alvo da
Educação Especial, especialmente nos momentos que envolvem: diagnósti-
co, nascimento e ações afirmativas subsequentes.
Conteúdos
• Aspectos referentes ao diagnóstico e nascimento de um bebê público-alvo
da Educação Especial.
• A reorganização familiar após a chegada de um bebê público-alvo da Educa-
ção Especial.
• A importância da compreensão das especificidades das questões referentes
ao indivíduo público-alvo da Educação Especial, especialmente pelos fami-
liares, associada à necessidade de ações afirmativas subsequentes o mais
precocemente possível.
1. INTRODUÇÃO
Especialmente desde o final do século 20 até o presente
século 21, a educação brasileira tem passado por inúmeras mu-
danças, decorrentes de uma compreensão mais evoluída sobre as
pessoas público-alvo da Educação Especial, ou seja, pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habili-
dades e superdotação. Essas alterações geram cada vez mais estu-
dos voltados para a área da educação especial numa perspectiva
inclusiva e proporcionam uma melhor compreensão sobre as pes-
soas público-alvo da educação especial em todas as etapas de seu
desenvolvimento, a começar pelo seu nascimento, passando pelo
seu processo educacional, adolescência, e chegando à maturida-
de, com perspectiva para o mercado de trabalho.
Ao compreender a totalidade da pessoa público-alvo da edu-
cação especial em todas as fases de sua existência, vamos contem-
plar aspectos que retratam as diferentes etapas que compõem a
vida, do nascimento à maturidade. Especificamente nesta unida-
de, vamos estudar os aspectos referentes à reorganização familiar
da pessoa público-alvo da Educação Especial a partir do diagnósti-
co e de sua chegada ao núcleo familiar.
Seu filho nasce com uma deficiência. Recebem apenas umas pou-
cas informações médicas e ainda menos consolo e esperança. A
criança recebe alta, e quando pedem "ajuda", até mesmo os médi-
cos, enfermeiros e assistentes sociais parecem não ter o que dizer,
desajeitados, mal preparados para lidar com tal 'infortúnio' (BUS-
CAGLIA, 2006, p. 13-14).
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em res-
ponder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos es-
tudados para sanar as suas dúvidas.
2) Sabe-se que família deve ser bem assessorada, desde a fase inicial, no en-
frentamento do diagnóstico da deficiência, uma vez que a chegada do bebê
altera a rotina dos pais e familiares. Qual sua percepção sobre essa situação?
3) Como você organizaria uma conversa em que fosse transmitir aos pais um
diagnóstico, fundamentado em uma observação pedagógica realizada de
forma assistemática em sua sala de aula, sobre uma criança que possivel-
mente é público-alvo da Educação Especial, mas os pais, por serem de uma
família de nível socioeconômico desfavorecido, não possuem orientações
específicas sobre essa criança? Quais aspectos observados você contempla-
ria? Qual ou quais caminhos você indicaria aos pais?
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da segunda unidade! Com ela, pudemos
perceber que o nascimento de uma criança, para a maior parte
das famílias, é um momento de alegria, de orgulho, de reuniões
de pessoas queridas e de celebração da renovação da vida. Para
outras, o nascimento de uma criança especial pode gerar, inicial-
mente, desespero, confusão e medo, associados a uma mudança
brusca no estilo de vida de todos os envolvidos, por conta de al-
guns cuidados peculiares que as crianças especiais exigem.
Nesse sentido, a reorganização familiar é fundamental àque-
les que receberam um bebê público-alvo da Educação Especial.
Essa reestruturação se intensifica com o passar do tempo devido
ao aumento da intimidade entre o bebê e a família; essa ligação fa-
vorece a recomposição estrutural. É importante que os pais e fami-
liares busquem agir com naturalidade frente à criança e desenvol-
vam atitudes pacientes, permeadas pela dedicação e orientação
de especialistas, com o intuito de oferecer suporte perante as ne-
cessidades elementares/singulares do bebê. Também é importan-
te que a família receba ajuda/orientação emocional para manter
o equilíbrio e receber motivação para continuar os movimentos
necessários com o bebê público-alvo da Educação Especial.
© U2 - A Organização Familiar da Pessoa Público-Alvo da Educação Especial nos Momentos que
Envolvem: Diagnóstico, Nascimento e Ações Subsequentes 67
6. E-REFERÊNCIAS
ALMEIDA, I. C. Intervenção precoce: focada na criança ou centrada na família e na
comunidade? Análise Psicológica, v. 1, n. 22, pp. 65-72, 2004. Disponível em: <http://
www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v22n1/v22n1a07.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2014.
ANACHE, A. A.; OLIVEIRA, T. M. A família da criança com deficiência e suas implicações
na inclusão educacional: análise da produção científica brasileira. In: ENCONTRO
NACIONAL DA ABRAPSO, 14, Rio de Janeiro, 2007. Anais... Abrapso, 2007. Disponível
em: <http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/anexos/AnaisXIVENA/conteudo/pdf/
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BAZON, F. V. M.; CAMPANELLI, E. A.; BLASCOVI-ASSIS, S. M. A importância da humanização
profissional no diagnóstico das deficiências. Psicologia: Teoria e Prática, v. 6, n. 2, p. 89-
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viewFile/1167/868>. Acesso em: 24 jul. 2014.
CASTRO, E. K.; PICCININI, C. A. Implicações da doença orgânica crônica na infância para
as relações familiares: algumas questões teóricas. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15, n.
3, pp. 625-635, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n3/a16v15n3.
pdf>. Acesso em: 24 jul. 2014.
DEL PRETTE, Z. A. P.; PAIVA, M. L. M. F.; DEL PRETTE, A. Contribuições do referencial
das habilidades sociais para uma abordagem sistêmica na compreensão do processo de
ensino-aprendizagem. Interações, v. 10, n. 20, pp. 57-72, jul./dez. 2005. Disponível em:
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GOITIEN, P. C.; CIA, F. Interações familiares de crianças com necessidades educacionais
especiais: revisão da literatura nacional. Revista Semestral da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 43-51, jan./jun. 2011. Disponível
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LEMES, L. C.; BARBOSA, M. A. M. Comunicando à mãe o nascimento do filho com
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MATSUKURA, T. S. et al. Estresse e suporte social em mães de crianças com necessidades
especiais. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 13, n. 3, pp. 415-428, set./
dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbee/v13n3/a08v13n3.pdf>.
Acesso em: 24 jul. 2014.
MOURA, L.; VALÉRIO, N. A família da criança deficiente. Cadernos de Pós-Graduação
em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 47-51, 2003. Disponível
em: <http://www.mackenzie.br/fileadmin/Pos_Graduacao/Mestrado/Disturbios_do_
Desenvolvimento/Publicacoes/volume_III/006.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2014.
PETEAN, E. B. L.; SUGUIHURA, A. L. M. Ter um irmão especial: convivendo com a Síndrome
de Down. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 11, n. 3, pp. 445-460, set-dez
2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbee/v11n3/v11n3a09.pdf>. Acesso
em: 24 jul. 2014.
SÁ, S. M. P.; RABINOVICH, E. P. Compreendendo a família da criança com deficiência
física. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, São Paulo, v.
© U2 - A Organização Familiar da Pessoa Público-Alvo da Educação Especial nos Momentos que
Envolvem: Diagnóstico, Nascimento e Ações Subsequentes 69
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, L. A. Pensar a diferença/deficiência. Brasília: CORDE, 1994.
ASSUMPÇÃO JUNIOR, F. B. Deficiência mental, família, sexualidade. São Paulo: Memnon,
1993.
BASTOS, A. C. S. O trabalho como estratégia de socialização na infância. Veritati, v. 2, n.
2, pp. 19-38, 2002.
BATISTA, S. M.; FRANÇA, R. M. Família de pessoas com deficiência. Desafios e superação.
Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, v. 3, n. 10, pp. 117-121, jan./jun. 2007.
BERTHOUD, C. M. E. Formando e rompendo vínculos: a grande aventura da vida. Ensaios
sobre a formação e rompimento de vínculos afetivos. In: BROWBERG, G. H.; BORREGO,
O. (Org.). Ensaio sobre formação e rompimento de vínculos afetivos. Taubaté: Cabral,
1997, p. 12-42.
BUSCAGLIA, L. F. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento. Trad. Raquel
Mendes. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
BLASCOVI-ASSIS, S. M. Lazer e deficiência mental. Campinas: Papirus, 1997.
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de Humanização. Humaniza SUS: política nacional de humanização (versão preliminar).
Brasília, 2001.
______. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional
de Humanização. Humaniza SUS: política nacional de humanização. Documento para
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CAVALCANTI, F. Pessoas muito especiais: a construção social do portador de deficiência e
a reinvenção da família. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
CROCHIK, J. L. Preconceito, indivíduo e cultura. 3. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
______. Aspectos que permitem a segregação na escola pública. In: MACHADO, A. M. et
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DESSEN, M. A.; SILVA, N. L. P. A família e os programas de intervenção: tendências atuais.
In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; WILLIAMS, L. C. A. (Orgs.). Avanços recentes em
Educação Especial. São Carlos: EDUFSCar, 2004, pp.179-187.
FINNIE, N. A. O manuseio em casa da criança com paralisia cerebral. São Paulo: Manole,
1980.
Objetivos
• Compreender a pessoa público-alvo da educação especial como portadora
do direito à educação, tanto no acesso como na permanência no ensino
comum.
• Entrar em contato com a produção epistemológica e legal, entendendo-as
como base para a articulação teórico-prática no ensino comum dentro do
conceito da educação inclusiva.
• Refletir sobre as questões sensíveis referentes à educação e à educação
especial, na perspectiva da educaçao inclusiva.
• Promover ações pró-inclusivas nas escolas como forma de multiplicar os
conhecimentos adquiridos.
Conteúdos
• Como receber o aluno público-alvo da educação especial na escola.
• Papel do gestor na perspectiva da educação inclusiva.
• Papel do professor na perspectiva da educação inclusiva.
• Como mobilizar estratégias pedagógicas capazes de alicercar uma prática
inclusiva.
• Como organizar um currículo inclusivo.
72 © Tópicos Específicos em Educação Especial
1. INTRODUÇÃO
Conceber a pessoa público-alvo da educação especial como
portadora de direitos (assegurados em três esferas – pessoal,
social, educacional – e formalizados em dispositivos legais) foi
uma luta dividida em várias batalhas ao longo de um percurso que
abarcou vários séculos. Esse movimento reflete a evolução do ser
humano, especialmente em aspectos como igualdade e justiça,
mesmo dentro de um cenário capitalista, que não facilita ações
e procedimentos que minimizem situações de desigualdade pela
própria gênese do capital, excludente por natureza.
Ainda assim, acredita-se que investir no ser humano e no
seu desenvolvimento histórico-cultural-social e educacional
seja possível dentro de um cenário democrático. Por isso, há o
incentivo à escolarização, ao ensino e à aprendizagem, que são
capazes de favorecer o desenvolvimento integral de todos os
indivíduos dentro de uma sociedade plural, rejeitando qualquer
tipo de exclusão e supravalorizando o acesso e a permanência de
todos dentro do entendimento da escola inclusiva, oferecendo
condições à apropriação do conhecimento desenvolvido ao longo
da história da humanidade, assim como de qualquer tipo de
benefício oriundo dessa conquista, sem qualquer tipo de violação
preconceituosa que venha a ferir os princípios conquistados.
Nasce, assim, na sociedade do século 21, um novo conceito
de ser humano, de sociedade e de escola, fruto de um processo
democrático que vislumbra a transformação de ações políticas que
assegurem o desenvolvimento de uma sociedade que quiçá um dia
considerará o estado social como mais importante que o econômico.
unesp.br/Home/Departamentos/CienciasdaEducacao/
RevistaEletronica/edi6_artigothaistezani.pdf>. Acesso
em: 4 fev. 2015.
• MATTOS, Graciele Fernandes Ferreira. Gestão Democrática
e inclusão escolar: um possível diálogo. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/6-
Texto-Revista-Educa%C3%A7%C3%A3o-em-Foco-
Gracielle-resumo-abstrat.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2015.
• DALBERIO, Maria Célia Borges. Gestão democrática e
políticas de inclusão social e educacional. Disponível em:
<http://www.simposioestadopoliticas.ufu.br/imagens/
anais/pdf/DC26.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Mantoan (2003) robustece o entendimento de três componentes básicos do
ensino inclusivo, sendo eles:
a) A importância de uma rede de apoio de componente organizacional;
a vertente cooperativa e o trabalho em equipe; e o entendimento
da importância da aprendizagem cooperativa.
b) Somente a organização de uma rede de apoio seria suficiente.
c) A importância de uma rede de apoio de componente organizacional,
associada à vertente cooperativa e ao trabalho em equipe, dispensa
o entendimento da importância da aprendizagem cooperativa.
d) Exclusivamente o trabalho em equipe, excluindo qualquer outro
componente.
2) De acordo com Karagiannis, Stainback e Stainback (1999), os professores
precisam aprender a planejar e conduzir a educação em equipe. Para isso,
precisam:
a) Desenvolver a interação cooperativa entre os profissionais.
b) Trabalhar isoladamente.
c) Preocupar-se apenas com as questões educativas de sua sala de
aula.
d) Descartar qualquer possibilidade de interação.
3) É preciso compreender o impacto que a inclusão causa no ambiente escolar,
pois colocá-la em prática vai:
a) Exigir muito investimento financeiro em materiais altamente
tecnológicos.
b) Exigir reformas caríssimas no ambiente escolar.
c) Exigir a ressignificação de valores, normas e atitudes perante
as necessidades da criança público-alvo da educação especial,
não somente pela família, mas também, e principalmente, pela
comunidade escolar e pela sociedade.
d) Exigir que a criança se adapte a escola e não o contrário.
4) As práticas inclusivas devem envolver:
a) apenas o professor.
b) o professor, a coordenação pedagógica, a gestão, a família, a
comunidade e os órgãos governamentais.
c) apenas a coordenação pedagógica.
d) apenas a gestão escolar.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) a.
2) a.
3) c.
4) b.
5) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Conforme pudemos perceber ao longo desta unidade, ainda há muita
resistência à efetivaçao da educação inclusiva nas estruturas escolares. Por
essa razão, é de suma importância a reestruturação do ambiente
escolar rumo à efetivação do processo inclusivo.
Portanto, deve-se compreender, à luz dos estudos realizados,
que o processo de efetivação da educação inclusiva exige
novas configurações na escola e em seus atores (funcionários,
professores, coordenadores, gestores), sejam elas de ordem
filosófica, sociológica, psicológica ou educacional, de modo a
envolver toda a equipe escolar, as famílias e a comunidade em
prol de ações afirmativas que viabilizem esse processo, rumo a
superação de possíveis obstáculos.
© U3 - Atitudes Educacionais Relativas ao Papel da Escola na Perspectiva da Educação Inclusiva 95
6. E-REFERÊNCIAS
CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: do que estamos falando? Revista do Centro de
Educação, 2005, n. 26. Disponível em: <http://cascavel.cpd.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/
index.php/educacaoespecial/article/viewFile/4395/2569>. Acesso em: 4 fev. 2015.
GIL, M. Educação Inclusiva: o que o professor tem a ver com isso? 2005. Disponível em:
<http://saci.org.br/pub/livro_educ_incl/redesaci_educ_incl.html>. Acesso em: 4 fev.
2015.
VIOTO, J. R. B.; VITALIANO, C. R. V. O papel da gestão pedagógica frente ao processo de
inclusão dos alunos com necessidades educacionais especais. IX ANPED SUL. Seminário de
Pesquisa em Educação Região Sul. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/
index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/660/668>. Acesso em: 5 fev. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTH, R. Prefácio. In: STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores.
Porto Alegre: Artmed, 1999.
BEYER, H. O. Da integração escolar à educação inclusiva: implicações pedagógicas. In:
BAPTISTA, C. R. (Org.). Inclusão e Escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre:
Mediação, 2006. p. 73 -81.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Experiências
Educacionais Inclusivas. Programa Educação Inclusiva: direito a diversidade. ROTH, B. W.
(Org.). Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2006.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação (PNE
2011/2020): projeto em tramitação no Congresso Nacional. PL n. 8.035/2010. ABREU,
M.; CORDIOLLI, M. (Orgs.). Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011. (Série
Ação Parlamentar; n. 436).
CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos "is". Porto Alegre: Mediação,
2004.
FONTES, R. de S. Ensino Colaborativo: uma proposta para a educação inclusiva.
Araraquara: Junqueira & Marin, 2009.
GLAT, R. (Org.). Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7Letras,
2007.
Objetivos
• Compreender como a sexualidade é desenvolvida no público-alvo da Educa-
ção Especial e entender como ocorre o processo de envelhecimento dessa
população.
• Analisar o mercado de trabalho, as legislações trabalhistas e as oportunida-
des disponíveis às pessoas público-alvo da Educação Especial.
• Identificar quais são as intervenções profissionais frente à sexualidade, ao
envelhecimento e ao mercado de trabalho.
Conteúdos
• Sexualidade nas deficiências: características e comportamentos.
• Mercado de trabalho voltado aos deficientes.
• Envelhecimento e deficiências.
1. INTRODUÇÃO
Nesta última unidade, estudaremos como a sexualidade se
manifesta nas deficiências e como o envelhecimento acomete este
público. Veremos que há um confrontamento sobre o aumento da
expectativa de vida e a qualidade com que o público-alvo da Edu-
cação Especial está envelhecendo.
Veremos, também, as oportunidades que são oferecidas
tanto na profissionalização quanto no preenchimento das cotas de
trabalho destinadas aos deficientes.
Em seu artigo 93, está descrito que toda empresa com 100
ou mais funcionários está obrigada a preencher seus cargos com
beneficiários reabilitados ou pessoas com alguma deficiência, na
seguinte proporção:
2.3. ENVELHECIMENTO
Família e envelhecimento
É muito importante e necessário entendermos a função da
família no amparo ao deficiente que envelhece e, também, enten-
der, na falta desta, quem será responsável por seus cuidados. Afi-
nal, os integrantes da família também envelhecem e os recursos
governamentais, apesar de sumamente importantes, nem sempre
são suficientes e destinam o amparo ao idoso para a família.
A Constituição de 1988, no Brasil, afirma que "o suporte aos
idosos deve ser dado pela família, pela sociedade e pelo Estado,
preferencialmente em seu domicílio, o que acaba colocando a fa-
mília com a maior responsabilidade" (AREOSA; AREOSA, 2008, p.
143).
3.1. SEXUALIDADE
3.3. ENVELHECIMENTO
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em res-
ponder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos es-
tudados para sanar as suas dúvidas.
1) Leia as afirmações a seguir e escolha qual é a alternativa correta:
I – A sexualidade por si já é um assunto de discussão delicada e repleta de
tabus, mesmo dentro da instituição familiar.
II – Por questões religiosas ou culturais, pouco ou nada se comenta sobre
o assunto. A sexualidade relacionada à deficiência é pouco evidencia-
da e, quando elencada, gera discussões bastante divergentes, que vão
desde uma visão de que o deficiente tem a sexualidade extremamente
aguçada até a opinião da assexualidade do público-alvo da Educação
Especial.
III – O preconceito e a desinformação, certamente, trazem barreiras que
aumentam ainda mais a dificuldade de entendimento ou de esclare-
cimento sobre as limitações que a deficiência pode gerar quando rela-
cionadas à sexualidade, sendo que, na verdade, a dificuldade seria de
praticar um ato sexual.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I e III estão corretas.
c) Somente as alternativas II e III estão corretas.
d) Somente a alternativa III está correta.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2) Leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa que corresponde ao que
foi estudado:
I – O papel da família sempre é muito importante, pois os diferentes com-
portamentos sexuais do público-alvo da Educação Especial refletem em
suas vidas. Assim, as intervenções familiares e da sociedade podem es-
timular o estabelecimento das relações sexuais afetivas.
II – O papel da família é irrelevante, pois os diferentes comportamentos
sexuais do público-alvo da Educação Especial não reflete em suas vidas.
III – O papel da família sempre é muito importante, pois os diferentes
comportamentos sexuais do público-alvo da Educação Especial reflete
em suas vidas. Assim, as intervenções familiares e da sociedade podem
restringir o estabelecimento das relações sexuais afetivas.
a) Somente as alternativas I e II estão corretas.
b) Somente as alternativas I e III estão corretas.
c) Somente as alternativas II e III estão corretas.
d) Somente a alternativa III está correta.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) e.
2) d.
3) e.
4) c.
© U4 - Sexualidade, Profissionalização e Envelhecimento 117
5. CONSIDERAÇÕES
Com o estudo desta unidade, você pôde entrar em contato
com aspectos relevantes sobre a sexualidade relacionada às pes-
soas com deficiência e, também, conhecer as oportunidades do
mercado de trabalho que são garantidas legalmente a esse públi-
co, o que lhe confere a representatividade produtiva e a autono-
mia econômica.
Você pôde adquirir, também, uma visão sobre o envelheci-
mento relacionado às pessoas com deficiência, confrontando os
progressos tecnológicos, os avanços na ciência e na medicina e a
qualidade e quantidade de vida desse público.
Mediante o conteúdo exposto, percebemos que o univer-
so que engloba as relações entre as deficiências e a sexualidade
merece cuidados tanto no âmbito pessoal quanto profissional. O
assunto ainda necessita de aprofundamento para que favoreça a
compreensão e o relacionamento com a família, garanta a inclusão
educacional e social, bem como a inserção no mercado de traba-
lho, além, ainda, de assegurar a qualidade de vida, sobretudo no
envelhecimento, fase em que as dificuldades são potencializadas
pelo simples ato de envelhecer e que pode ampliar suas fragilida-
des.
Acreditamos que agora você possua um diferencial, pois tor-
nou-se, com esse estudo, conhecedor das questões que envolvem
a Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, com ca-
pacidade crítica para influenciar, criar e ser um expoente educador
no cenário educacional atual.
6. E-REFERÊNCIAS
ALMEIDA, P. A. P. F. P. C. A Sexualidade na Deficiência Mental. Saber & Educar – Caderno
Educação Especial, n. 15, 2010. Disponível em: <http://repositorio.esepf.pt/bitstream/
handle/10000/463/(A%20Sexualidade%20na%20Deficie.pdf?sequence=1>. Acesso em:
25 jul. 2014.
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.