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E SOCORROS URGENTES
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Programas de Saúde e Socorros Urgentes – Prof.ª Dra. Cristiane Miryam Drumond de
Brito e Prof.ª Flávia Vernaschi Lima
Olá! Meu nome é Cristiane Miryam Drumond de Brito. Sou doutora em Comunicação
e Semiótica, docente na UFSCar e tutora na Residência Multiprofissional em Saúde da
Família e Comunidade da UFSCar.
E-mail: cdru@uol.com.br
Olá! Meu nome é Flávia Vernaschi Lima. Sou graduada em Enfermagem e especialista
em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Unifesp.
E-mail: fvlmail@uol.com.br
PROGRAMAS DE SAÚDE
E SOCORROS URGENTES
Caderno de Referência de Conteúdo
Batatais
Claretiano
2013
© Ação Educacional Claretiana, 2008 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
616.025 B875p
ISBN: 978-85-67425-37-5
CDD 616.025
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Felipe Aleixo CDD 658.151
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Dandara Louise Vieira Matavelli Rodrigo Ferreira Daverni
Elaine Aparecida de Lima Moraes Sônia Galindo Melo
Josiane Marchiori Martins
Talita Cristina Bartolomeu
Lidiane Maria Magalini
Vanessa Vergani Machado
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza Projeto gráfico, diagramação e capa
Patrícia Alves Veronez Montera Eduardo de Oliveira Azevedo
Rita Cristina Bartolomeu Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Fundamentação teórica dos conceitos de saúde e doença, necessidades huma-
nas básicas e os aspectos históricos e psicossociais da pessoa humana e suas
dificuldades relativas à qualidade de vida. Noções sobre higiene física e mental,
individual e coletiva, correlacionados à análise dos fundamentos biopsicossociais
da Educação Física e dos Desportos nas várias faixas etárias, incluindo a relação
com a saúde dos diversos aparelhos e sistemas. Noções sobre as DSTs, bem
como discussão da higiene e parâmetros de sinais vitais. Formar profissionais
para identificar as situações que representem riscos à vida e à sua qualidade,
apresentando noções sobre a promoção de ações de socorro nos acidentes e
emergências clínicas de diferentes origens. Biossegurança, traumatismos, feri-
mentos e lesões, hemorragias e emergências clínicas.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo!
Neste Caderno de Referência de Conteúdo, você encontrará
unidades que o auxiliarão na compreensão e domínio de aspectos
históricos, antropológicos, sociológicos, filosóficos e técnicos da
história da saúde brasileira, do processo saúde-doença, do concei-
8 © Programas de Saúde e Socorros Urgentes
de saúde que são pagos por mês para usufruir-se de seus serviços
e que elevam seu custo conforme o aumento da idade, além de
não aceitarem pessoas com problemas de saúde, ou, quando acei-
tam, o preço é diferenciado. Os planos de saúde são realmente
para quem tem saúde, não é mesmo? Mas quando se iniciou essa
história de planos de saúde? Eles existem com que função? Ape-
nas pessoas das classes média e alta têm acesso? Os planos atuam
em todas as áreas necessárias para a saúde? Infelizmente, o que
assistimos hoje é um abuso de planos, os quais, muitas vezes, no
momento em que mais precisamos deles, nos abandonam.
Outro aspecto que vivenciamos é a difamação, pela mídia,
da saúde pública. Os repórteres correm atrás de escândalos; en-
tão, mostram hospitais precários, filas enormes para o atendimen-
to etc. Pouco se ouve falar em experiências positivas em relação à
saúde pública; às vezes, é possível escutar, quando alguém famo-
so usufrui do sistema público e se recupera, como o vocalista da
banda Os Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, que, em 2001,
foi atendido no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, o qual está
inserido em uma rede de várias unidades hospitalares destinadas
ao atendimento e reabilitação de vítimas de politraumatismos e
problemas locomotores, rede essa que é mantida pelo Governo
Federal.
Desse modo, ficamos paralisados diante destas duas reali-
dades: o plano de saúde que nos "abandona" e a saúde pública
"abandonada". Mas será que é assim mesmo? Será que não po-
demos contar com um sistema de saúde pública que nos atenda
minimamente? E se um de nossos alunos cair e fraturar algum
membro em uma de nossas aulas? E se, por algum problema de
saúde, um aluno convulsionar em um jogo de futebol na quadra?
Será que não há nada a se fazer? A saúde pública é inexistente na
vida cotidiana dos brasileiros?
Todos nós, cotidianamente, temos experiências com a saúde
pública do país. Esperamos que as suas tenham sido experiências
positivas, as quais estão inseridas em programas governamentais,
uma vez que a missão promulgada pelo Ministério da Saúde atual é:
© Caderno de Referência de Conteúdo 11
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais aqui estudadas, possibilitan-
do-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados
na área de conhecimento dos temas tratados neste Caderno de Re-
ferência de Conteúdo. É claro que esta apresentação não dá conta
de todos os conceitos que este campo do saber abarca, mas com
certeza leva a uma aproximação da linguagem específica utilizada.
Conceitos traduzem uma visão de mundo, e vale ressaltar
que o recorte dado aqui não é o único; os conceitos que veremos
serão apresentados como uma reflexão, e não como algo pronto e
determinado. O mais complexo de todos é o próprio conceito de
saúde, e cabe a você se perguntar, como educador físico, qual a
sua ideia sobre o que é saúde.
1) Biossegurança: "[...] significa Vida + Segurança, em sen-
tido amplo é conceituada como a vida livre de perigos.
Genericamente, medidas de biossegurança são ações
que contribuem para a segurança da vida, no dia-a-dia
das pessoas (ex.: cinto de segurança, faixa de pedestres).
Assim, normas de biossegurança englobam todas as me-
didas que visam evitar riscos físicos (radiação ou tempe-
ratura), ergonômicos (posturais), químicos (substâncias
tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e psicológicos
(como o estresse). No ambiente hospitalar encontram-
-se exemplos de todos estes tipos de riscos ocupacionais
para o trabalhador de saúde (p. ex., radiações, alguns
medicamentos etc.)" (CAVALCANTE; MONTEIRO; BAR-
BIERI, 2012).
© Caderno de Referência de Conteúdo 15
• Evitar infecções.
• Deixar a vítima o mais confortável possível.
• Providenciar assistência médica e transporte" (HA-
FEN; KARREN; FRANDSEN, 2002, p. 3).
11) Promoção da saúde: "promoção da saúde é o nome
dado ao processo de capacitação da comunidade para
atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, in-
cluindo uma maior participação no controle deste pro-
cesso. Para atingir um estado de completo bem-estar fí-
sico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber
identificar aspirações, satisfazer necessidades e modifi-
car favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser
vista como um recurso para a vida, e não como objetivo
de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo,
que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como
as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não
é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para
além de um estilo de vida saudável, na direção de um
bem-estar global" (BAHIA, 2012).
12) Saúde: "o conceito de saúde reflete a conjuntura social,
econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não repre-
senta a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá
da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valo-
res individuais, dependerá de concepções científicas, re-
ligiosas, filosóficas" (SCLIAR, 2012). Houve o tempo em
que saúde e doença estiveram relacionadas a concep-
ções religiosas associadas ao pecado e ao castigo. Com a
descoberta de Descartes no campo da Mecânica, vê-se o
corpo como uma máquina, e, portanto, "saúde" significa
o "silêncio dos órgãos". Com a revolução pasteuriana, o
microscópio foi descoberto, revelando a associação en-
tre micro-organismos causadores de doenças. O nasci-
mento da Epidemiologia trouxe a ideia de se contabilizar
as doenças, e diversos foram os estudos realizados no
mundo que chamaram a atenção para as desigualdades
no processo saúde-doença, estabelecendo-se diferenças
conforme o distrito, as condições de vida sobre a morta-
lidade e os tipos de enfermidades, isto é, considerando
Relações –
Históricas Qualidade de Emergência e
Políticas Públicas Vida Urgência
de saúde Brasil
Prevenção/
Promoção de
SUS Biossegurança Tratamento
Saúde
Reabilitação
Ações de
Educação em
Saúde
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com o caderno Programas de Saúde e Socorros Ur-
gentes, pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento.
Assim, mediante a resolução de questões pertinentes ao assunto
tratado, você estará se preparando para a avaliação final, que será
dissertativa. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você
testar seus conhecimentos e adquirir uma formação sólida para a
sua prática profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo deste caderno convida você a olhar, de forma mais
apurada, a educação como processo de emancipação do ser hu-
mano. É importante que você se atente às explicações teóricas,
práticas e científicas que estão presentes nos meios de comunica-
ção, bem como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois,
ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa,
permite-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo
a ver e a notar o que não havia sido percebido antes. Observar é,
portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades
nas datas estipuladas.
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
© Caderno de Referência de Conteúdo 29
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Caderno de educação popular e saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2007. (Série B. Textos Básicos de Saúde).
HAFEN, B. Q.; KARREN, K. J.; FRANDSEN, K. J. Primeiros socorros para estudantes. 7. ed.
Barueri: Manole, 2002.
MENDES, M. M. R. O ensino de Graduação em Enfermagem no Brasil, entre 1972 e 1994:
mudança de paradigma curricular?. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo/Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto, 1996. (Tese de Doutorado).
4. E-REFERÊNCIAS
BAHIA (Estado). Ministério Público do Estado da Bahia. Carta de Ottawa. Disponível em:
<http://www.mp.ba.gov.br/atuacao/cidadania/gesau/legislacao/internacionais/carta_
ottawa.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2012.
CAVALCANTE, N. J. F.; MONTEIRO, A. L. C.; BARBIERI, D. D. Biossegurança. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/08Bioseguranca.pdf>. Acesso em: 15 mar.
2012.
MACHADO, M. F. A. S. et al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as
propostas do SUS – uma revisão conceitual. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
1
1. OBJETIVOS
• Contextualizar o processo saúde-doença na história da
saúde do Brasil.
• Identificar a visão de mundo do homem inserido nos pro-
cessos históricos apresentados.
• Reconhecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua orga-
nização.
• Relacionar os conceitos de Educação em Saúde na prática
da saúde e da educação.
2. CONTEÚDOS
• Histórico da saúde no Brasil.
• SUS: seus princípios e sua implantação.
• Princípios e práticas de Educação em Saúde.
32 © Programas de Saúde e Socorros Urgentes
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Para iniciar o estudo de Programas de Saúde e Socorros Ur-
gentes, é indispensável um breve histórico sobre como a saúde foi
se estruturando em nosso país. É importante compreendermos os
interesses e saberes que perpassam a história e, assim, nos posicio-
narmos diante de processos de saúde-doença e da busca da cida-
dania e autonomia com o próprio corpo e com a saúde de cada um.
Gestão do SUS
Nos municípios, os gestores do SUS são as secretarias muni-
cipais de saúde ou as prefeituras, sendo responsáveis os respec-
tivos secretários municipais e prefeitos. Nos estados, os gestores
são os secretários estaduais de saúde e, no âmbito federal, o Mi-
nistério da Saúde. A responsabilidade sobre as ações e serviços de
saúde em cada esfera de governo, portanto, é do titular da secre-
taria respectiva, e do Ministério da Saúde no âmbito federal.
Os gestores têm responsabilidades no âmbito municipal, ca-
bendo a eles programar, executar e avaliar as ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde. Isso significa que o município
deve ser o primeiro e o maior responsável pelas ações de saúde
para a sua população. Os serviços devem ser oferecidos em quan-
tidade e qualidade adequadas às necessidades de saúde da po-
pulação, e ninguém melhor do que os gestores municipais para
avaliar e programar as ações de saúde em função da problemática
da população do seu município.
Em nível estadual, o secretário estadual de saúde, como ges-
tor estadual, é o responsável pela coordenação das ações de saúde
do seu estado. Seu plano diretor será a consolidação das necessi-
dades propostas de cada município, por meio de planos munici-
pais ajustados entre si. O estado deverá corrigir distorções existen-
tes e induzir os municípios ao desenvolvimento das ações. Assim,
cabe também aos estados planejar e controlar o SUS em seu nível
6. PROGRAMAS DE SAÚDE
Existem grupos populacionais que estão mais expostos a ris-
cos na sua saúde, e isso é evidenciado pelos registros disponíveis
de morbimortalidade, como, por exemplo, menores de um ano,
gestantes, idosos, trabalhadores urbanos e rurais sob certas con-
dições de trabalho etc.
A intensidade e a peculiaridade dessa exposição variam bas-
tante com os níveis sociais e características epidemiológicas de
cada região e, muitas vezes, da microrregião. A exposição a riscos
também pode ser vista e entendida em função de cada doença,
como no caso da tuberculose, do câncer, da hanseníase, de doen-
ças cardiovasculares, da AIDS e outras patologias.
Portanto, no planejamento da produção das ações de educação em
saúde e de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, controle
de vetores e atendimento ambulatorial e hospitalar, devem ser nor-
© U1 - História da Saúde no Brasil 57
Implantação do SUS
Segundo Peres (s. n. t.), uma das etapas para a implantação
do SUS no Brasil é a municipalização da saúde, ou seja, que o mu-
nicípio se responsabilize em administrar o dinheiro arrecadado e
promova ações em saúde. Entretanto:
[...] existe especialmente três grandes obstáculos para que este
processo não ocorra: o primeiro é a questão financeira, pois os gas-
tos com saúde no Brasil são incompatíveis com a real necessidade,
além de variar muito a destinação das verbas em períodos de crise.
O segundo relaciona-se com a capitalização da saúde, onde há
grande expansão dos seguros saúde privados, podendo "desfigurar
os serviços públicos e expandir a mercantilização da saúde".
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Procure responder, discutir e comentar as questões a seguir,
que tratam da temática desenvolvida nesta unidade. A autoavalia-
ção pode ser uma ferramenta importante para você testar seu de-
sempenho. Lembre-se de que, na Educação a Distância, a constru-
ção do conhecimento ocorre de forma cooperativa; compartilhe,
portanto, as suas descobertas com seus colegas.
Confira a seguir as questões propostas para verificar seu de-
sempenho no estudo desta unidade:
1) Considerando a história da saúde descrita nesta unidade desde a coloniza-
ção do Brasil até a criação do SUS como você é capaz de refletir o processo
de saúde doença ao longo do tempo?
8. CONSIDERAÇÕES
O objetivo desta unidade foi introduzir você no campo histó-
rico da saúde pública brasileira. Para isso, associaram-se os diver-
sos contextos brasileiros, desde o Brasil Colônia, incluindo a dita-
dura de Getulio Vargas, o governo de Juscelino, a ditadura militar
dos anos 1960 aos 1980, até a criação do SUS. Em todas as descri-
ções históricas feitas, é possível a reflexão de qualquer assunto, e
o aqui proposto foi o da saúde pública.
Com o estudo desta primeira unidade, foi possível verificar
como os processos de cidadania e saúde estão intimamente rela-
cionados e fazem parte de opressões e conquistas em cada mo-
mento. As políticas públicas não estão dadas, e essa é uma luta
que pertence a quaisquer cidadãos. Por isso, foi importante com-
preender, de forma panorâmica, a evolução das ações na área de
saúde, bem como ver que a efetivação do direito à saúde depende
do provimento de políticas que assegurem esse direito, cabendo,
especificamente, ao SUS, a promoção, proteção e recuperação da
saúde dos indivíduos e das coletividades, de forma equitativa.
9. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
FIGUEIREDO NETO, M. V. et al. O processo histórico de construção do Sistema Único de
Saúde brasileiro e as novas perspectivas. Âmbito Jurídico, Rio Grande, 76, 1 maio 2010.
Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_
artigos_leitura&artigo_id=7781>. Acesso em: 3 jan. 2012.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Disponível em: <http://www.
fop.unicamp.br/saudecoletiva/files/ABCdoSUS.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2012.
PERES, L. A. Breve história das políticas de saúde deste século no Brasil. Disponível em:
<http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/polsaude.html> Acesso em: 10 abr.
2012.
SILVA, K. P. A cidade, uma região, o sistema de saúde: para uma história da saúde e
da urbanização em Campinas-SP. Campinas: Área de Publicações CMU/UNICAMP, 1996.
(Coleção Campiniana). Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/48021/1/
© U1 - História da Saúde no Brasil 61
As-politicas-de-seguridade-social-no-brasil-no-campo-da-saude/pagina1.
html#ixzz1ayz0kg00>. Acesso em: 13 jan. 2012.
SOARES, N. R. F.; MOTTA, M. F. V. da. As políticas de saúde, os movimentos sociais e
a construção do Sistema Único de Saúde. Disponível em: <http:\\www.ufmt.br/revista/
arquivo/rev10/as_politicas_de_s.html>. Acesso em: 5 jul. 2012.
2. CONTEÚDOS
• Combate à dengue: tratamentos e prevenções.
• Saúde da família: conceito de saúde, promoção de saúde
e Educação em Saúde no território/importância da inter-
setorialidade e da qualidade de vida.
• Farmácia Popular.
• UPA 24h.
• SAMU-192.
64 © Programas de Saúde e Socorros Urgentes
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
O SUS traz uma concepção ampliada do processo saúde-do-
ença quando propõe que:
Saúde é a resultante das condições de habitação, alimentação, edu-
cação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, la-
zer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde
(BRASIL, 1986, p. 4, grifos nossos).
5. COMBATE À DENGUE
Os países tropicais estão mais vulneráveis à dengue; portan-
to, o Ministério da Saúde propõe o controle da doença, incluindo
profissionais, cidadãos em geral e educadores para auxiliar nesse
trabalho. Assim, atualmente, informações e materiais (vídeo, car-
tazes, folhetos etc.) são de fácil acesso às pessoas.
O combate a uma doença tem relação com a educação. Des-
se modo, o Ministério da Saúde diz que é essencial o aprendiza-
do disso na formação de professores, e você está sendo formado,
também, para lidar com diversas situações no interior da escola,
como, por exemplo, de pessoas com dengue. Nesse caso, o que
Tratamentos
Ao ser observado o primeiro sintoma da dengue, deve-se buscar
orientação médica no serviço de saúde mais próximo. Só depois
de consultar um médico, alguns cuidados devem ser tomados,
como: Manter-se em repouso e beber muito líquido (inclusive soro
caseiro). A reidratação oral é uma medida importante e deve ser
realizada durante todo o período de duração da doença e, princi-
palmente, da febre. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja,
alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção
da atividade sanguínea.
Para combater a dengue é necessário que toda a comunidade par-
ticipe. É importante que o tema seja abordado em sala de aula,
para que os alunos divulguem as informações em casa e no bairro
(SESAB, 2012).
Prevenção
A melhor maneira de lidar com a dengue é prevenindo. O
ambiente escolar é propício para incentivar ações de prevenção,
pois as pessoas estão nesse ambiente de ensino-aprendizagem, e
o diálogo compartilhado poderá ser uma realidade ali.
Deixamos aqui os pontos para a prevenção discriminados
pelo Ministério da Saúde (2012):
Não deixe água acumulada sobre a laje. Manter o saco de lixo bem
fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo ser-
viço de limpeza urbana. Manter a caixa d'água completamente fe-
chada para impedir que vire criadouro do mosquito. Manter bem
tampados tonéis e barris d'água. Encher de areia até a borda os
pratinhos dos vasos de plantas.
Lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques
utilizados para armazenar água.
Se você não colocou areia e acumulou água no pratinho de planta,
lavá-lo com escova, água e sabão. Fazer isso uma vez por semana.
Remover folhas e galhos e tudo que possa impedir a água de correr
pelas calhas. Jogar no lixo todo objeto que possa acumular água,
como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias e etc.
6. SAÚDE DA FAMÍLIA
Este tópico está baseado em informações encontradas no
site do Ministério da Saúde, em informes técnicos institucionais
editados na Revista de Saúde Pública, em 2000, e em artigos diver-
sos sobre o Programa de Saúde da Família e a Estratégia de Saúde
da Família.
O Programa de Saúde da Família foi criado em 1993 e hoje é
uma das metas importantes do Governo Federal para as pessoas
que lutam por uma saúde pública digna, universal, integral, equâ-
nime e de qualidade.
SAÚDE DA FAMÍLIA––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O objetivo do Programa Saúde da Família (PSF) é atuar na manutenção da saúde
e na prevenção de doenças, alterando, assim, o modelo de saúde centrado
em hospitais. Criado em 1993, o programa já atende 103 milhões de pessoas
(PORTAL DA SAÚDE, 2012).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Conforme o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF):
A Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada priori-
tária de um sistema hierarquizado, regionalizado de saúde e vem
provocando um importante movimento de reorientação do mode-
lo de atenção à saúde no SUS (SAÚDE MAIS PERTO DE VOCÊ, 2012).
7. FARMÁCIA POPULAR
O Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil
para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais co-
muns entre os cidadãos.
O Programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e a
parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de
Sistema de Copagamento ou "Aqui tem Farmácia Popular".
O Programa Farmácia Popular do Brasil, tem o objetivo de levar me-
dicamentos essenciais a um baixo custo para mais perto da popu-
lação, melhorando o acesso e beneficiando uma maior quantidade
de pessoas. O Programa atua sobre dois eixos de ação: as UNIDA-
DES PRÓPRIAS, em funcionamento desde junho de 2004, que são
desenvolvidas em parceria com Municípios e Estados e o SISTEMA
DE COPAGAMENTO, lançado em março de 2006, desenvolvido em
parceria com farmácias e drogarias privadas.
As unidades próprias são operacionalizadas pela Fundação Oswal-
do Cruz (Fiocruz), que coordena a estruturação das unidades e exe-
cuta a compra dos medicamentos, o abastecimento das unidades e
a capacitação dos profissionais.
Contam, atualmente, com um elenco de 108 medicamentos mais o
preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor de
custo representando uma redução de até 90% do valor comparan-
do-se com farmácias e drogarias privadas. A única condição para a
aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, neste caso,
é a apresentação de receita médica ou odontológica.
Já no SISTEMA DE COPAGAMENTO, o Governo Federal paga uma
parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante. O
© U2 - Organização da Saúde, Programas Governamentais, DST, Saúde Mental, Corpo e Intersetorialidade 77
8. UPA 24H
As Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24h são estruturas de
complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e
as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas
compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. São inte-
grantes do componente pré-hospitalar fixo e devem ser implanta-
das em locais/unidades estratégicos para a configuração das redes
de atenção à urgência, com acolhimento e classificação de risco em
todas as unidades, em conformidade com a Política Nacional de
Atenção às Urgências.
A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao tra-
balho do Serviço Móvel de Urgência – SAMU que organiza o fluxo
de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde ade-
quado à situação.
Podemos classificar as UPAs em três (3) diferentes portes, de acor-
do com a população da região a ser coberta, a capacidade instala-
da (área física, número de leitos disponíveis, recursos humanos e
capacidade diária de atendimentos médicos) e para cada porte foi
instituído incentivo financeiro de investimento para implantação
das mesmas além de despesas de custeio mensal (quadros abaixo)
(PORTAL DA SAÚDE, 2012).
9. SAMU-192
O SAMU 192 faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergên-
cias, de 2003, e ajuda a organizar o atendimento na rede pública
prestando socorro à população em casos de emergência. Com o
SAMU 192, o governo federal está reduzindo o número de óbitos,
o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da
falta de socorro precoce. O serviço funciona 24 horas por dia com
equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, au-
xiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de
natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica
e de saúde mental da população.
SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qual-
quer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, contando
com as Centrais de Regulação, profissionais e veículos de salvamen-
to.
As Centrais de Regulação tem um papel indispensável para o resul-
tado positivo do atendimento; sendo o socorro feito, após chamada
gratuita, para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos que
identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefone-
ma para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da
situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o
paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
Esse mesmo médico regulador avalia qual o melhor procedimento
para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde;
designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar
de enfermagem e socorrista para o atendimento no local; ou, de
acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico
e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regu-
lador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e,
dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência
tenha continuidade (PORTAL DA SAÚDE, 2012).
9) Em casos de afogamentos.
10) Em casos de choque elétrico.
11) Em acidentes com produtos perigosos.
12) Na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Sobre a AIDS
Apenas o fundamental para a compreensão do tema AIDS
será apresentado aqui, pois nossa intenção é oferecer somente
noções básicas para se trabalhar como educador na prevenção
dessa doença. O campo de estudo aprofundado do assunto, na
área biológica, é a disciplina Imunologia, que, entre outros aspec-
tos, trata da compreensão do que é a AIDS. No entanto, neste es-
tudo, objetivamos que você obtenha uma ideia geral dessa DST,
para transmiti-la de forma simples aos seus educandos. A intenção
é que este texto sirva de apoio para o trabalho nas escolas, junta-
mente com formas criativas de prevenção da AIDS.
"AIDS" é uma sigla em inglês que significa, em português,
"Síndrome da Imunodeficiência Adquirida". Ela atua no sistema
imunológico do indivíduo portador dessa doença.
O sistema imunológico é o principal sistema do organismo
vivo para combater micro-organismos invasores, impedindo que
vírus, bactérias e parasitas ajam no corpo de forma a prejudicá-lo.
Todo ser humano nasce com uma imunidade inata, mas ainda ima-
tura. Ao nascermos e entrarmos em contato com o mundo exter-
© U2 - Organização da Saúde, Programas Governamentais, DST, Saúde Mental, Corpo e Intersetorialidade 81
Formas de contágio
O HIV pode estar presente no esperma masculino, nas secre-
ções vaginais femininas, no leite materno e no sangue. As princi-
pais formas de contágio descritas atualmente são: via relações se-
xuais com pessoas infectadas pelo vírus; transfusão de sangue que
contenha o vírus HIV; troca de seringas com pessoas infectadas;
contato com material cortante infectado; e via mãe para filho, por
meio da gestação ou da amamentação, sendo esta denominada
"transmissão vertical".
O vírus da AIDS é transmitido somente pelo contato direto e/
ou troca de sangue e/ou fluidos corporais de uma pessoa infecta-
da. O carinho, o abraço, o contato via ar, o aperto de mãos, o beijo
na boca, a masturbação a dois, suor, lágrimas, saliva, espirro, va-
sos sanitários, piscinas, picadas de insetos, copos, pratos, talheres,
roupas de cama, toalhas usadas por pessoas que têm o vírus da
AIDS e a comida não transmitem o vírus.
Sintomas
Os sintomas são próprios de doenças oportunistas e podem
ser confundidos. Em geral, há febre, dores musculares e articula-
res, crescimento dos gânglios, dores de garganta, vermelhidão no
corpo, emagrecimento. Os sintomas às vezes vêm e desaparecem.
É geralmente observado emagrecimento rápido, sem que a
pessoa esteja fazendo dieta, além de diarreias prolongadas, febres
persistentes, tosse seca, suores noturnos e cansaço, erupções na
pele e manchas vermelhas.
© U2 - Organização da Saúde, Programas Governamentais, DST, Saúde Mental, Corpo e Intersetorialidade 83
Mães soropositivas
As mães soropositivas têm 99% de chance de ter filhos sem
o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal,
parto e pós-parto. Por isso, é importante uma mulher grávida que
tenha passado por uma situação de risco, como ter feito sexo des-
protegido ou compartilhado seringas, fazer o exame.
Encaminhamentos
Caso seja confirmado o diagnóstico de HIV positivo, o porta-
dor do vírus deve ser encaminhado a serviços de saúde. A consulta
com o profissional de saúde é o momento certo para esclarecer
todas as dúvidas e acontecer os encaminhamentos necessários à
melhora da qualidade de vida e ao tratamento. A equipe envolvi-
da no atendimento de soropositivos tem todas as condições de
responder sobre qualquer assunto relacionado ao tratamento e à
prevenção da doença.
Gravidez na adolescência–––––––––––––––––––––––––––––––
Na sala de professores, entra Amélia, professora de Português, e desabafa com
seu amigo, professor de Educação Física, Matheus:
— (Amélia) Estou ficando preocupada, já é a terceira aluna neste mês que está
grávida em uma única sala de aula.
— (Matheus) Pois é, e elas sempre vêm falar comigo porque sentem um tanto de
mudanças no corpo e, como eu trabalho com o corpo, têm em mim esse apoio.
Sempre estou conversando com elas, busco sempre os conhecimentos técnicos,
fisiológicos e anatômicos para explicar, mas sinto que não é isso exatamente que
elas estão buscando quando conversam comigo.
— (Amélia) O pior é que eu nem sei muito bem o que dizer; fico pensando na
minha filha, que tem a idade delas, e logo já penso em agir como mãe e "pagar
uma moral".
— (Matheus) Esses dias, estive pensando que apenas nós, da Educação,
não conseguimos resolver essas problemáticas, porque ela exige outros
conhecimentos, não acha?
— (Amélia) Eu acho que isso tem relação principalmente com a saúde delas.
Como vão cuidar delas mesmas e de um bebê, sendo tão novas?
— (Matheus) Aqui no bairro sempre vejo um pessoal andando de branco por aí,
parecem ser do postinho. Acha que podemos conversar com eles e propor uma
parceria?
— (Amélia) Boa ideia! Vamos fazer isso!
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2) Quando e como você, como professor, aciona o SAMU?
12. CONSIDERAÇÕES
Finalizamos esta unidade não com a intenção de esgotar o
assunto, mas, sim, de introduzir você nos conhecimentos sobre
os programas, projetos e ações do governo no campo da saúde.
Nesses projetos da saúde, preconiza-se a intersetorialidade, o que
cabe muito bem na atuação da escola e do professor de Educação
Física, nos campos da educação, saúde e cidadania.
O aspecto fundamental desta unidade é incentivar a cons-
trução de projetos que associem saúde e educação. Na prática
conjunta com a aquisição de saberes da Unidade 1 e da Unidade
2, saiba fazer escolhas profissionais para trabalhar com a preven-
ção; escolher o melhor método, sabendo que este está sempre
associado a uma linha de pensamento; trabalhar com educação e
saúde na intersetorialidade, na construção da autonomia de seus
© U2 - Organização da Saúde, Programas Governamentais, DST, Saúde Mental, Corpo e Intersetorialidade 93
13. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Home page. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/>.
Acesso em: 16 set. 2011.
______. Portal da saúde. Disponível em: <www.saude.gov.br/programas/promocao/
escolas.htm>. Acesso em: 18 jan. 2012.
BETTI, M. Corpo, cultura, mídias e Educação Física: novas relações no mundo
contemporâneo. Revista Digital, Buenos Aires, ano 10, n. 79, dez. 2004. Disponível em:
<http://www.efdeportes.com/>. Acesso em: 18 jan. 2012.
CARMO JUNIOR, W. Educação Física e a cultura da Prática. Motriz: Revista de
Educação Física. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-
65742011000200015&script=sci_arttext>. Acesso em: 5 jul. 2012.
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Secretaria de Políticas de Saúde. Programa Sáude
da Família. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 3, jun. 2000. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000300018>. Acesso
em: 27 abr. 2012.
OPAS – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Carta de Ottawa. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Ottawa.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2012.
PORTAL DA SAÚDE. Saúde da família. Disponível em: <portal.saude.gov.br/portal/saude/
area.cfm?id_area=360>. Acesso em: 17 jan. 2012.
SAÚDE MAIS PERTO DE VOCÊ. Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF. Disponível em:
<dab.saude.gov.br/nasf.php>. Acesso em: 17 jan. 2012.
SESAB – SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA. Combate à dengue. Disponível
em: <http://www.saude.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1
27&catid=7&Itemid=48>. Acesso em: 10 abr. 2012.
3
1. OBJETIVOS
• Conhecer e identificar as principais ações a serem feitas
nas situações de acidente.
• Identificar a sequência de ações para exame e atendi-
mento da vítima.
2. CONTEÚDOS
• Avaliação da cena.
• Sequência ABCDE para o exame da vítima e procedimen-
tos.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Não há dúvida de que existem situações que estão no ima-
ginário de todos como amedrontadoras: são os acidentes e situa-
ções de emergência em saúde. Na maioria das vezes, não sabemos
em que pensar nem em que fazer primeiro.
Prestar os primeiros socorros a alguém que tenha sofrido um
acidente ou que esteja sofrendo um agravo à saúde requer alguns
conhecimentos básicos, possíveis a todo e qualquer cidadão, o
que, na maioria das vezes, tem a ver com providenciar ajuda pro-
fissional e saber, principalmente, o que não se deve fazer.
Além desses conhecimentos básicos, abordaremos, nesta
terceira unidade, alguns outros saberes mais elaborados, para que
o profissional de Educação Física, como docente e profissional da
saúde, possa ter uma postura mais técnica e trabalhada para sua
atuação.
Durante muitos anos, prestar primeiros socorros era sim-
plesmente transportar a vítima, o mais rapidamente possível, no
primeiro veículo disponível, sem maiores cuidados . Com a evolu-
ção da ciência ao longo dos anos, além da observação da prática
e dos estudos realizados, muita coisa mudou, e cada vez mais são
definidos o que chamamos de protocolos de atendimento. Esses
protocolos são guias que orientam as ações que devemos realizar
nessas situações. O transporte "mais rápido possível" se tornou
coisa do passado, sendo, hoje em dia, o chamado por socorro (li-
gar 192, ou 193) uma das ações essenciais no momento da emer-
gência, seja em caso de acidente ou não.
© U3 - Atendimento aos Acidentes 97
5. SEGURANÇA DA CENA
O conceito de segurança da cena é talvez o mais importan-
te em primeiros socorros. É pensando na segurança da cena que
evitamos ações intempestivas que poderiam inclusive colocar em
risco a vida e a integridade do socorrista (pessoa que presta os
socorros), da vítima e dos circundantes (transeuntes, passantes,
observadores).
Quando estamos diante de uma cena de emergência, de-
vemos nos fazer algumas perguntas, que visam abordar todos os
aspectos da cena, identificando os riscos, necessidade de socorro
especializado e limitações que os recursos imediatos podem ter.
6. AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
A avaliação da vítima e os procedimentos relacionados aos
achados clínicos têm sofrido várias modificações ao longo do tem-
po. O que era verdade há dois ou cinco anos hoje pode ser con-
© U3 - Atendimento aos Acidentes 101
Converse com seus parentes e amigos e faça-os pensar em casos que já ouviram
falar ou presenciaram. Faça o exercício de avaliar a situação e tente imaginar as
causas.
É de espantar como, a partir desses conceitos, pouca coisa pode ser determinada
ao "acaso" ou à sorte. No fundo, alguém "pisou na bola".
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
As vítimas que não sofreram trauma serão chamadas de ví-
timas clínicas.
B (Breathing) – respiração
O socorrista postado ao lado da vítima deve aproximar seu
rosto em direção ao nariz e boca da vítima, direcionando seu olhar
para o tórax. É o que chamamos de "ver, ouvir e sentir" a respi-
ração. Devemos ver o movimento do tórax, ouvir a respiração e
sentir o ar que sai da boca e nariz da vítima na nossa face.
Esse segundo socorrista deve observar se a respiração está
rápida ou lenta, se o tórax se move simetricamente ou se algum
dos lados do tórax está se movendo diferentemente do seu opos-
to, se a respiração é profunda ou superficial. Essa avaliação deve
ser rápida, durando entre 5 e 10 segundos. Na Unidade 4, estuda-
remos o tema Parada Cardiorrespiratória para situações em que a
vítima não está respirando.
C (Circulation) – circulação
Como já abordamos anteriormente, para que a circulação
aconteça, são necessários três componentes: o coração, o sangue
e os vasos sanguíneos (artérias e veias). Portanto, na letra C, obser-
vamos todos esses componentes, iniciando pelo pulso carotídeo.
O segundo socorrista deve colocar os dedos indicadores e
médio no meio do pescoço da vítima, localizando a artéria carótida
entre a traqueia e o músculo esternocleidomastoideo. A palpação
do pulso deve demorar, também, em torno de dez segundos. Se
não houver pulso, isso é uma parada cardiorrespiratória (que estu-
E (Exposure) – exposição
A vítima deve ser avaliada por inteiro, procurando-se por le-
sões óbvias; deve ter suas roupas abertas, dentro do possível, para
observar lesões localizadas, e, ao final, deve ser protegida contra
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
hipotermia (mesmo que o tempo esteja quente). A vítima de trau-
COORDENADOR: PROF. MS. ENGELS CÂMARA
ma perde calor com grande rapidez, e, sendo a manutenção da
DISCIPLINA: PROGRAMAS DE SAÚDE E SOCORROS URGENTES
temperatura umaAUTORAS: PROF CRISTIANE E FLÁVIA
das funções essenciais para a vida, devemos evi-
FORMATAÇÃO: SIMONE RODRIGUES
tar essa situação, cobrindo-a o mais rápido possível.
REVISÃO: VANESSA VERGANI MACHADO
Algoritmo de Atendimento da Vítima de Trauma
Segurança de cena:
Qual é o trauma? Quais os riscos?
Isole o local
Chame ajuda
Vítima
Consciente Inconsciente
Segure a cabeça Segure a cabeça e faça abertura da via aérea
Procure sangramento externo Realize avaliação primária – abcde
Realize avaliação secundária Realize avaliação secundária
Observações .................................................................................
Se a vítima estiver de bruços, somente a desvire (veja a técnica mais adiante),
Observações–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
caso seja impossível determinar se há ou não respiração. Caso contrário,
mantenha-a na mesma posição, sem mexer a cabeça, e aguarde socorro
Se a vítima estiver de bruços, somente a desvire (veja a técnica mais adiante),
especializado.
caso seja impossível
Se houver determinar
risco ambiental, se há ou
como incêndio, não respiração.
explosões, contaminação Caso física oucontrário,
mantenha-a
química, nanãomesma
entre naposição,
cena, ou, se sem mexer
possível, a acabeça,
retire vítima o maise aguarde
rápido e socorro
especializado.
cuidadosamente possível.
.......................................................................................................
Se houver risco ambiental, como incêndio, explosões, contaminação física ou
química, nãoA entre na cena,
avaliação ou, se possível,
primária, ou ABCDE retire a vítimacomo
primário, o maisjá rápido e
cuidadosamente possível.
dissemos anteriormente, é um processo que deve ser executado
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A avaliação primária, ou ABCDE primário, como já dissemos
anteriormente, é um processo que deve ser executado rapidamen-
© U3 - Atendimento aos Acidentes 111
S (Symptoms) – sintomas
Pergunte se a vítima está sentindo dor e em que região. Per-
gunte, também, sobre tontura, náusea (ânsia de vômito); se houve
perda da consciência (se ficou desmaiada); se há perda de memó-
ria. Pergunte, por exemplo, se a vítima se lembra de tudo o que
aconteceu. Pergunte se ela consegue sentir seu toque nas mãos e
nos pés.
A (Alergies) – alergias
Pergunte se a vítima tem alergia a algum medicamento ou
substância. Essa informação é muito importante para os profis-
sionais do SAMU e do hospital que receberá a vítima, a fim de
que sejam evitados acidentes de administração de medicação, por
exemplo.
azeitona quando pensam que ela está com a pressão baixa, pro-
vavelmente relacionando o sal com a retenção de líquido e con-
sequente aumento da pressão, porém, esse procedimento é ine-
ficaz e incapaz de aumentar a pressão em tempo tão curto (veja o
Tópico Desmaio, na Unidade 4). Para saber os valores da pressão
arterial, é necessária a utilização de um aparelho para medição,
pois não é muito fácil obtermos esse dado. Podemos, no entanto,
inferir que, se a vítima apresenta pulso na artéria radial (no pu-
nho), significa que o coração está com pressão sistólica suficiente
para que o sangue chegue até lá, e isso é um bom sinal.
Relate aos profissionais que vieram atender ao seu chamado
(192 ou 193) todas as informações que coletar.
Vamos então agora discutir alguns dos problemas da avalia-
ção primária e secundária.
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
© U3 - Atendimento aos Acidentes 137
2) Procure identificar na sua cidade de origem e/ou na cidade onde você traba-
lha quais dos dois serviços existentes, se os dois existem e como funcionam.
8. CONSIDERAÇÕES
Obviamente, existem inúmeras variações dos ferimentos
que aqui vimos, bem como muitos outros tipos de ferimentos,
porém, não foi o objetivo desta unidade percorrer todos eles ou
transformá-lo em um profissional da emergência. O importante é
saber comportar-se na maioria das situações e, principalmente,
como chamar ajuda!
Na próxima unidade, abordaremos as ocorrências e situa-
ções em que não está envolvido trauma.
Bons estudos!
9. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 3 Manobra de propulsão da mandíbula. Disponível em: <www.marimar.com.br>.
Acesso em: 17 dez. 2012.
Figura 4 Verifique o pulso carotídeo. Disponível em: <http://www.endocardio.med.br/
abc-da-ressuscitacao/>. Acesso em: 10 maio 2012.
2. CONTEÚDOS
• Vítima com suspeita de parada cardiorrespiratória.
• Outras emergências clínicas.
140 © Programas de Saúde e Socorros Urgentes
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
A parada cardiorrespiratória (PCR) é um dos eventos dra-
máticos que podem ocorrer dentro do espectro das emergências,
principalmente porque a grande maioria das pessoas não sabe o
que fazer nessa situação.
Em vários países mundo afora, existem programas de treina-
mento da comunidade para reconhecimento da PCR e realização
da massagem cardíaca, sendo as escolas, os professores, as crian-
ças e seus parentes o grande público para o ensinamento dessas
ações (Figura 1).
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 141
Figura 1 Cartaz de informação utilizado pela American Heart Association – AHA 2010.
Acesso rápido
O tempo é um dos fatores que mais influenciam resultados
bons ou ruins. Portanto, reconhecer rapidamente a necessidade
de socorro e ajuda é uma das ações mais importantes para o so-
corrista.
A qualquer instante, podemos nos deparar com uma pessoa
inconsciente – no trabalho, na rua ou em casa. Procure determinar
rapidamente se essa pessoa está reagindo ou não.
Aproxime-se e chame em voz alta a pessoa, ao mesmo tem-
po em que a toca nos ombros, dizendo: "você está bem?".
Caso não haja resposta, não haja movimentos respiratórios
ou a vítima esteja em respiração agônica (movimento torácico
ineficaz), dizemos que a vítima está inconsciente, e, nesse caso,
você deve chamar ajuda imediatamente (192 ou 193), pedindo,
também, que venha um DEA, ou peça para que alguém que esteja
próximo o faça.
Desfibrilação precoce
Caso exista a possibilidade de se obter um desfibrilador an-
tes mesmo da chegada do SAMU (isso pode ocorrer em clubes,
casas noturnas, escolas, aviões etc.), interrompa imediatamente
as compressões e utilize o aparelho.
Se a pessoa que está trazendo o aparelho souber como utili-
zá-lo, esta deve iniciar os procedimentos, enquanto você continua
com as massagens até que o aparelho ordene sua interrupção.
O DEA é um aparelho de fácil operação, pois, após ser ligado,
dá início a uma série de comandos de voz que orientam todos os
passos a serem realizados.
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 151
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
................................................................................................................................
COORDENADOR: PROF. MS. ENGELS CÂMARA
DISCIPLINA:
PROGRAMAS DE SAÚDE E SOCORROS URGENTES
AUTORAS: PROF CRISTIANE E FLÁVIA
FORMATAÇÃO E FEEDBACK: SIMONE RODRIGUES
PREPARAÇÃO: JOSIANE MARCHIORI
REVISÃO: VANESSA VERGANI MACHADO
................................................................................................................................
Para fazer RCP de boa qualidade:
Mínimo de 100 comp/min.
Chegada do desfibrilador Compressões com, no mínimo, 5cm
de profundidade.
Permita
total reenchimento do
tórax.
Minimize o tempo sem
compressões.
Evite ventilação excessiva.
O ritmo é chocável?
................................................................................................................................
Desmaio
O desmaio é definido como a perda súbita e temporária da
consciência, ou seja, a situação acontece de repente e logo passa!
Normalmente, as situações causadoras do desmaio são au-
tolimitadas. Isso significa que sem interferência externa o próprio
corpo consegue reverter o problema, pelo menos temporariamen-
te.
O mecanismo fisiopatológico do desmaio dá-se por falta de
oxigênio no cérebro (hipóxia), falta de glicose (hipoglicemia) ou
falta de ambos, por um fluxo diminuído de sangue para irrigação
cerebral.
Como causas do desmaio, estão:
1) Calor excessivo (vasodilatação periférica, dificultando o
fluxo de sangue para a cabeça).
2) Posição imóvel ereta prolongada (pouco retorno venoso
– posição do soldado em guarda).
3) Lipotimia (queda brusca da pressão quando uma pessoa
agachada se levanta rapidamente).
4) Jejum prolongado ou baixa ingestão de calorias.
5) Estresse agudo e intenso, medo e pavor.
A pessoa pode apresentar palidez, sudorese (suor excessivo)
e pele fria. Pode também referir tontura, escurecimento da visão
e mal-estar.
Para ajudar uma pessoa que sofreu um desmaio, primeira-
mente, tente se acalmar e, principalmente, não tente levantar ou
colocar a pessoa em pé! A pessoa está desmaiada, sem controle
muscular, e não há ninguém que consiga colocar alguém nessa si-
tuação em pé ou mesmo sentada em uma cadeira!
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 155
Convulsão
A convulsão é uma situação em que há uma descarga elétrica
que acontece em um grupo de neurônios e que pode se espalhar
para parte do cérebro ou na sua totalidade. Pode ocorrer por cau-
sas simples, por situações de agressões externas ou por doenças.
A causa mais comum é a doença chamada "epilepsia", que
se caracteriza por uma alteração temporária e reversível do fun-
cionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre,
drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou mi-
nutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem
ficar restritos a esse local ou espalhar-se. As medicações atuam de
forma a minimizar a possibilidade de convulsões.
Qualquer pessoa está sujeita a ter uma convulsão; é só ver as
causas que podem desencadeá-la:
1) Traumatismo craniano (em outras palavras, pancada na
cabeça).
2) Intoxicação por drogas (lícitas ou ilícitas).
3) Hipoglicemia (falta de açúcar no sangue).
4) Meningite (infecção das meninges que envolvem o cére-
bro e a medula).
5) Tumores cranianos.
6) Hipóxia (falta de oxigênio).
7) Febre alta em crianças menores de 6 anos.
Existem vários tipos de convulsão, mas o mais comum é a
convulsão generalizada. Nela, inicialmente, a vítima perde a cons-
ciência (por isso, pode sofrer uma queda), os músculos fazem mo-
vimentos tônicos e clônicos, há liberação de esfíncteres (a vítima
pode urinar e evacuar) e produção intensa de saliva (por isso apa-
rece a espuma).
Porém, tudo isso não é nada comparado ao grande mito que
envolve a convulsão: a língua. O que acontece de verdade com a
língua?
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 157
Engasgo
O engasgo com o qual nos preocupamos é o que acontece
por obstrução da via aérea por objetos ou alimentos sólidos, im-
pedindo a passagem do ar para os pulmões.
Espinhas de peixe machucam a garganta, mas não obstruem
a via aérea! Cuidado com os truques para fazer "descer" a espinha,
para não empurrá-la e provocar ferimentos ainda maiores. Espi-
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 159
7. QUESTÃO AUTOAVALIATIVA
Confira, a seguir, a questão proposta para verificar o seu de-
sempenho no estudo desta unidade:
1) Considerando as situações que foram descritas nesta unidade, liste mate-
riais ou equipamentos que você colocaria em sua "caixinha de primeiros so-
corros" do seu trabalho.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao término da última unidade de Programas de
Saúde e Socorros Urgentes.
O foco desta unidade foi introduzir você no campo das emer-
gências clínicas, com o objetivo de tornar o menos angustiante
possível momentos como esses.
Você deve compreender que as informações aqui apresen-
tadas são referenciais para a construção de novos conhecimentos,
e suas compreensões devem ser ampliadas na direção dos objeti-
vos. Existem inúmeros outros elementos que não constam nesta
unidade e podem ser utilizados. Cabe agora a você aprofundar-se
o mais que puder e construir seu próprio conhecimento.
© U4 - Parada Cardiorrespiratória e Outras Emergências Clínicas 165
9. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Cartaz de informação utilizado pela American Heart Association – AHA 2010.
Disponível em: <http://afludiary.blogspot.com.br/2010/10/aha-unveils-2010-cpr-
guidelines.html>. Acesso em: 10 maio 2012.
Figura 2 Cadeia da sobrevida – American Heart Association – 2010. Disponível em:
<http://cientifico.cardiol.br/cardiosource2/cardiologia/int_artigo29.asp?cod=157>.
Acesso em: 10 maio 2012.
Figura 3 Posicionamento das mãos sobre o tórax. Disponível em: <http://sstrabalho.
wordpress.com/category/artigos/page/2/>. Acesso em: 10 maio 2012.
Figura 4 Ilustração da posição do corpo para realização da RCP. Disponível em: <http://
pergunteparaaenfermeira.blogspot.com.br/2007_01_01_archive.html>. Acesso em: 10
maio 2012.
Figura 5 Posição do corpo para massagem cardíaca. Disponível em: <www.marimar.com.
br>. Acesso em: 24 jan. 2012.
Figura 6 Fazendo a ventilação boca a boca (use sempre máscara de barreira). Disponível
em: <http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.htm>. Acesso em: 10 maio 2012.
Figura 7 Posição universal do engasgo. Disponível em: <www.marimar.com.br>. Acesso
em: 24 jan. 2012.
Figura 8 Manobra de Heimilich, ou manobra de desengasgo. Disponível em: <http://
spacemaia.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 maio 2012.
Sites pesquisados
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Learn and live. Disponível em: <http://www.heart.org/
HEARTORG/>. Acesso em: 10 maio 2012.
INTERNATIONAL LIAISON COMMITEE ON RESUSCITATION. Disponível em: <http://www.
ilcor.org>. Acesso em: 10 maio 2012.
WANNMACHER, L. Medicina paliativa: cuidados e medicamentos. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/medicamentos>. Acesso em: 10 maio 2012.