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J. R. GUZZO
TEMAS
IDEIAS – Pg. 08
COVID – Pg. 45
ELEIÇÕES – Pg. 98
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
A
o final de 2020 a Revista Oeste
completa nove meses de existência.
No tempo de uma gestação, a vida
pulsou frenética nas análises, denúncias
e provocações trazidas por um time de
primeira linha do jornalismo brasileiro. A
ousadia de nascer em meio à pandemia da
covid-19 foi capitaneada editorialmente
por J. R. Guzzo, um dos raros jornalistas
da história da imprensa nacional capaz de
estabelecer um pacto honesto de valores
morais com o leitor.
Para além da transparência no posiciona-
mento da publicação, Guzzo se destaca por
abordar de frente temas incômodos, que
minam sorrateiramente a vida de milhões
de cidadãos. Foi assim que tratou o auto-
ritarismo do STF em vários episódios des-
te ano, a epidemia de disfunção cerebral
provocada pelo novo coronavírus em go-
vernadores e prefeitos, a perseguição cega
Apresentação 04
e diária da imprensa a qualquer coisa que
diga respeito ao presidente Bolsonaro.
Guzzo traduz com clareza singular os ab-
surdos da agenda progressista. Usa de ironia
fina ao dizer que “a branquitude em si é um
delito” ou que a humanidade estaria pres-
tes a criar leis que tornem ilegal a existên-
cia da família, uma vez que “ela seria a base
dos preconceitos, da discriminação, das di-
ferenças de classe, do sexismo, do autorita-
rismo e do capitalismo selvagem”.
Como diz o Diretor de Redação de Oes-
te, Kaíke Nanne, Guzzo não faz concessões
nem busca aplausos. Ele entende o jornalis-
mo como um serviço à sociedade e se põe
integralmente à disposição de um único Se-
nhor: o leitor. Em nome dos interesses des-
te leitor, Guzzo professa a intervenção mí-
nima de um Estado que inferniza pagadores
de impostos, expõe as feridas de uma de-
mocracia natimorta e alerta para as falhas
Apresentação 05
de um sistema eleitoral tão viciado quanto
conveniente aos altos servidores do Estado,
a sindicalistas e políticos. Estes, aliás, se re-
vezam entre si como em um jogo de cartas
marcadas de quem escreve as leis que nós, ci-
dadãos, apenas cumprimos — e pelas quais,
obviamente, pagamos.
Engana-se, porém, quem pensa que J. R.
Guzzo pertence ao grupo daqueles que se
limitam a apontar problemas. Cidadão, an-
tes e acima de toda a sua excepcionalidade
editorial, Guzzo também mostra caminhos,
soluções. Da defesa do voto distrital — que
“implodiria a farra das despesas bilionárias
das campanhas eleitorais” — à exploração
do legado de figuras-chave do liberalismo
mundial, Guzzo sabe para onde a humani-
dade deve caminhar. E compartilha conos-
co esses caminhos.
São essas e outras reflexões marcantes de
autoria de J. R. Guzzo que o leitor encontrará
Apresentação 06
neste e-book. Todos os artigos a seguir foram
publicados originalmente na Revista Oeste,
ao longo de 2020. Como excertos de uma
publicação jornalística vinculada à atualida-
de dos fatos, os textos foram mantidos com
a redação da data de publicação, que consta
junto aos títulos. É importante que o leitor
considere, portanto, o momento em que ca-
da material foi escrito.
A graça de ler artigos de Guzzo também
está na atemporalidade de seus argumentos,
mesmo diante de episódios tão factuais, co-
mo a Lei das Fake News, as eleições norte-
-americanas e os números da covid-19.
Este é um presente da Revista Oeste para
você. Fique à vontade para compartilhá-lo
com seus amigos também. Esperamos que
sua leitura seja proveitosa. Esperamos você
na Oeste.
Os editores
Apresentação 07
IDEIAS
IDEIAS
OS PROGRESSISTAS E A
MARCHA DA INSENSATEZ
O Novo Testamento da Virtude Política é
um assombro. Mas o bom senso recomenda
que se considere a realidade antes de
chamar o padre para dar a extrema-unção
ao mundo como ele é hoje.
7 AGO 2020
J. R. GUZZO
B
oa parte daquilo que lhe dizem hoje
em dia nos meios de comunicação,
ou nas conversas do seu círculo
social, indica que o mundo está ficando cada
vez mais sem noção. A sua lógica recebe
tiros por todos os lados. Pela mais recente
tábua de mandamentos do feminismo
realmente avançado, por exemplo, não
se pode mais mencionar a existência de
mulheres que menstruam; agora é preciso
dizer “pessoas que menstruam”, sob pena de
machismo, fascismo e discriminação “contra
os transgêneros”. Mas biologicamente só
mulheres podem menstruar; não há nenhuma
outra possibilidade, desde que o ser humano
surgiu, há cerca de 2 milhões de anos. O
que poderia haver de errado em dizer isso?
Não interessa. É preconceito, pois nega a
um homem que se sente “no corpo errado”,
e gostaria de ser mulher, o direito de ficar
menstruado. Em suma: a menstruação deve
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“JULGAR AS PESSOAS É
VISTO COMO UMA CONDUTA
DISCRIMINATÓRIA”
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A VERTIGEM DA ELITE
INTELECTUAL
A moral do bioma que vive na
universidade, na “burguesia liberal”
e na imprensa é fruto de preguiça,
oportunismo e incapacidade de aceitar a
decisão da maioria.
10 JUL 2020
J. R. GUZZO
A
elite intelectual brasileira, ou a
nebulosa de indivíduos que imaginam
representar o papel de intelectuais
brasileiros na cena pública, criou ao longo
dos dois últimos anos uma nova moral. Ela
não enxerga mais a existência humana como
algo que deve ser comandado pelas escolhas
entre o bem e o mal, tais como um e o outro
são definidos por princípios que toda pessoa
decente sabe muito bem quais são. Não são
ensinados em aulas de ciência política nem
em editoriais da imprensa; fazem parte,
simplesmente, do “universo moral” a que se
refere Martin Luther King, em que vigoram
leis de conduta que funcionam com a mesma
exatidão das leis físicas. Essa nova moral
esqueceu as opções universais que separam o
certo do errado: a medida de todas as coisas
passou a ser uma pessoa determinada, com
CPF, identidade e ocupação conhecidos. Seu
nome é Jair Bolsonaro.
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DE CHURCHILL AO
MADUREIRA
3 ABR 2020
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O
jornalista Marcus Gee teve há pouco
uma excelente ideia, e a partir dela
escreveu uma matéria notável para
o jornal canadense The Globe and Mail, de
Toronto. Em tempos de crise mundial como
os que vivemos agora, assustadores, incertos
e com um milhão de autoridades, grandes,
mínimas e ineptas, tomando decisões que
vão afetar diretamente as nossas vidas,
talvez nada esteja fazendo tanta falta para
a humanidade quanto uma liderança maior,
muito maior, que os problemas. Gee teve
a ideia do artigo ao receber de um amigo,
nestes dias de coronavírus e de pânico, uma
foto de Winston Churchill, com a seguinte
legenda: “O que Winston diria?”
É uma excelente pergunta, observa Gee.
“As pessoas, por toda a parte, estão procu-
rando uma liderança forte” , escreve ele.
“A maioria não está encontrando.” Que li-
derança poderia ser esta, idealmente? “A
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GLOBALISMO, UMA
IDEIA CRETINA
20 MAR 2020
J. R. GUZZO
E
ste ano de 2020 está sendo realmente
uma desgraça para o globalismo –
a tentativa de construir um mundo
sem fronteiras, sem governos e mais ou
menos sem países, livre do capitalismo e
dirigido sabiamente por um condomínio
de burocratas bem pagos de organizações
internacionais (com estabilidade plena
no emprego e aposentadoria integral),
celebridades de esquerda como a ex-presidente
chilena Michelle Bachelet e financistas
bilionários. Primeiro foi a saída da Inglaterra
da União Europeia, já em fevereiro – somos
britânicos, decidiu a maioria do eleitorado,
e não europeus, nem “cidadãos do mundo”.
Agora vem esse coronavírus.
Na Itália, as autoridades locais da Tosca-
na e do Lazio, num acesso de globalismo em
modo extremo, lançaram o lema: “Abrace
um chinês”. Hoje, com 3.000 mortos desde
o início da epidemia, não se ouve mais um
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COVID
COVID
J. R. GUZZO
A NEUROSE DO VÍRUS —
OU O VÍRUS DA NEUROSE
A doença real não vai ser encontrada
na infecção dos pulmões, e sim no
equipamento cerebral de cada um.
23 OUT 2020
J. R. GUZZO
O
ito meses seguidos de covid estão
deixando claro, cada vez mais, que
um dos piores efeitos colaterais da
epidemia foi um assalto maciço à saúde mental
de pessoas que nunca tiveram um único
sintoma real da infecção, nem precisaram
de qualquer tipo de cuidado médico por
causa dela. Essa patologia, mal percebida
no começo da onda, e progressivamente
instalada no comportamento cotidiano
das vítimas, se manifesta através de uma
anomalia básica: a aceitação passiva, e
em seguida muito ativa, de convicções
irracionais no seu sistema cerebral, emotivo
e psicológico. É como se tivessem desligado,
em algum lugar, a chave-geral que assegura o
funcionamento normal — ou aquilo que era
considerado normal até algum tempo atrás
— dos circuitos nos quais se movimenta o
pensamento humano.
Faz algum sentido o cidadão entrar num
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25 SET 2020
J. R. GUZZO
T
alvez nunca tenha havido na história
da humanidade um momento de tanta
intolerância com os números quanto
nesta época de epidemia em que vivemos
hoje. Números não sentem, não pensam e
não têm opiniões — apenas não mentem,
nunca, desde que exista alguma disposição
de examinar com honestidade o que eles
estão tentando dizer. Até o momento, pelo
que informam as estatísticas oficiais, cerca
de 30 milhões de pessoas em todo o mundo
foram contaminadas pelo coronavírus desde
março, quando começaram as tentativas
regulares de fazer essas contas. É menos de
0,4% da população mundial, hoje estimada em
quase 8 bilhões de pessoas. Foram atribuídas
à epidemia, desde então, cerca de 950 mil
mortes — cujas causas reais, por sinal,
ninguém jamais saberá ao certo quais terão
realmente sido. (No Brasil, por exemplo,
a causa mortis pode ser determinada por
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STF, DEMOCRACIA E
POLÍTICA NO BRASIL
STF, DEMOCRACIA E
POLÍTICA NO BRASIL
J. R. GUZZO
10 ABR 2020
J. R. GUZZO
A
democracia morreu no Brasil – se é
que chegou a viver algum dia, pois
qualquer exame clínico um pouco mais
atento mostra que ela já nasceu morta em 22
de setembro de 1988, dia em que começou
a valer a Constituição Federal que está em
vigor e que é, em geral, considerado como
seu marco zero. Nasceu morta porque quem a
escreveu pensou numa coisa só, com obsessão
exemplar, desde a redação de sua primeira
sílaba: como montar no Brasil um sistema
de governo em que um grupo limitado de
pessoas fica com 100% do direito legal de
tomar decisões — sem ter de pagar jamais
pelas consequências do que decide, é claro
— e o resto da população fica sem influência
prática nenhuma. É exatamente o que vem
acontecendo há quase 32 anos.
No papel, e nos tratados de ciência polí-
tica, é o governo comandado pela vontade
da maioria — e os votos da maioria podem
STF, UM PARTIDO
POLÍTICO
Na vida real, o Supremo atua como
agremiação partidária. Persegue os amigos
do governo e protege os seus inimigos.
21 AGO 2020
J. R. GUZZO
O
Supremo Tribunal Federal do Brasil é
hoje um partido político. Abandonou,
já há um bom tempo, as aparências de
uma corte de Justiça, e no momento funciona
praticamente em tempo integral como um
escritório de despachantes que se dedica
a servir os interesses ideológicos, pessoais
e partidários dos seus onze ministros. O
ministro Edson Fachin acha que as eleições de
2018 para presidente não foram “legítimas”,
e que as de 2022 também não vão ser, porque
o seu candidato não ganhou a primeira e, a
menos que seja dado um golpe jurídico, não
vai ganhar a segunda. O ministro Gilmar
Mendes sustenta que é preciso reduzir
os poderes que a lei dá ao presidente da
República, como se o país estivesse num regime
parlamentarista — e que é possível fazer isso
sem um plebiscito ou qualquer outro tipo de
aprovação popular. O ministro Luís Roberto
Barroso quer escolher o sistema econômico
A LEI DA MORDAÇA
Os senadores aprovaram a mais agressiva
legislação de censura que o Brasil já viu.
Nem o AI-5 permitia a prática da censura
em qualquer um de seus 12 artigos.
3 JUL 2020
J. R. GUZZO
É
uma realidade baseada na lógica,
comprovada pela prática de séculos e
que há muito tempo dispensa qualquer
comprovação através da experiência; não está
mais em discussão, ou talvez nunca tenha
realmente estado. Ela ensina uma verdade
simples e potente. Todas as vezes em que
algum governo, em qualquer época, regime
político ou lugar deste mundo, quis regular
a liberdade de expressão, o resultado foi o
mesmo, sem nenhuma exceção: essa liberdade
foi reduzida, falsificada ou simplesmente
extinta. Não é uma questão de ponto de vista.
É a consequência inevitável da pretensão
de melhorar algo que é um direito evidente,
por natureza, do ser humano. Esse direito
não pode, objetivamente, ser melhorado
por leis — da mesma forma como não é
possível melhorar, por alguma espécie de
ato administrativo, o direito do homem a
pensar ou a existir. Conclusão: em vez de
ELEIÇÕES
J. R. GUZZO
AS PIORES ELEIÇÕES
DO MUNDO
A cura para a desgraça que são as eleições
brasileiras é um conjunto de meia dúzia de
providências simples como a tabuada.
30 OUT 2020
J. R. GUZZO
N
um dos melhores momentos de sua
viagem (viagem mesmo, em todos
os sentidos) ao País das Maravilhas,
Alice pergunta à Tartaruga Falsa quantas
horas de aula por dia ela tinha tido ao longo
do seu processo educacional. Dez horas no
primeiro dia, responde a Tartaruga. Nove no
dia seguinte. Oito no outro dia — e assim por
diante, até o zero. Em suma: era um sistema
por meio do qual todos aprendiam cada vez
menos quanto mais o tempo passava. Nada
mais natural no mundo incompreensível e,
ao mesmo tempo, perfeitamente lógico no
qual Alice havia entrado — mas só lá. Ou
melhor: lá e no Brasil. Eis aí, na verdade,
o retrato pronto e acabado do eleitorado
brasileiro de hoje.
Já são 32 anos seguidos, desde que a
Constituição Cidadã de 1988 desabou so-
bre a sociedade brasileira, que a popula-
ção é obrigada de dois em dois anos, com
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A RETÓRICA INÚTIL
DA OPOSIÇÃO
Os adversários do governo parecem felizes
em fazer tudo o que não é importante num
trabalho político que pretenda dar certo.
2 OUT 2020
J. R. GUZZO
A
um mês e meio das eleições municipais
que vêm aí, o candidato do PT à
prefeitura de São Paulo tem 1% das
intenções de voto. Para sentir um pouco o
espírito da coisa: é metade do que tem, por
exemplo, um concorrente que se apresenta
como Mamãe Falei. Como é possível que
esteja acontecendo uma coisa dessas com o
partido que há 40 anos serve como a mais
sagrada estrela-guia que a esquerda brasileira
já teve em toda a sua história? Justo em São
Paulo, onde vive e vota a maior concentração
de trabalhadores do Brasil, é isso que o
Partido dos Trabalhadores tem a apresentar?
Em São Paulo, onde estão a alma, o coração
e os músculos políticos do seu marechal de
campo vitalício, o ex-presidente Lula? É isso
mesmo: 1%.
Fica difícil perceber como o PT e Lula pre-
tendem exercer um papel decisivo no futu-
ro do Brasil se em São Paulo, a maior, a mais
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7 NOV 2020
J. R. GUZZO
J
oseph Biden e todas as forças políticas,
econômicas e sociais que o apoiaram
nas eleições presidenciais norte-
americanas representam, acima de qualquer
outra coisa, o retrocesso. É curioso que
seja assim, pois em condições normais de
temperatura e pressão o candidato de oposição
ao governo é o mocinho que está lutando pela
mudança, contra o bandido que quer deixar
tudo do jeito que está. Mas nos Estados Unidos
de hoje nada apresenta condições normais
de temperatura e pressão. O resultado é que
Biden, o Partido Democrata e quase tudo o
que existe em volta deles significam o mais
decidido avanço em direção ao passado
que a sociedade norte-americana já fez nos
últimos 50 anos — ou sabe-se lá quantos.
O candidato de oposição a Donald Trump,
logo de cara, antes e acima de qualquer ou-
tra coisa, é o símbolo por excelência do sis-
tema eleitoral em que os Estados Unidos se
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LINKS
IDEIAS
Os progressistas e a marcha da insensatez
A vertigem da elite intelectual
De Churchill ao Madureira
Globalismo, uma ideia cretina
COVID
A neurose do vírus, ou o vírus da neurose
O tabu das estatísticas da covid-19
ELEIÇÕES
As piores eleições do mundo
A retórica inútil da oposição
Avanço para o passado
LE IA M A I S E M
D I R E TO AO P O N TO
R E V I S TA O E S T E . C O M