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PRODUTIVIDADE
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
MÉTODOS DE QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE
Batatais
Claretiano
2014
© Ação Educacional Claretiana, 2008 – Batatais (SP)
Versão: dez./2014
658.562 C176m
Camargo, Cyrênio de Souza
Métodos de qualidade e produtividade / Cyrênio de Souza Camargo, Joaquim José
Correia Assunção Junior – Batatais, SP : Claretiano, 2014.
180 p.
ISBN: 978‐85‐8377‐271‐2
1. Organizações. 2. Métodos. 3. Gestão. 4. Processos. 5. Estratégias. 6. Qualidade.
7. Produtividade. 8. Planejamento. 9. Controle. I. Assunção Junior, Joaquim José
Correia. II. Métodos de qualidade e produtividade.
CDD 658.562
Preparação Revisão
Aline de Fátima Guedes Cecília Beatriz Alves Teixeira
Camila Maria Nardi Matos Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Carolina de Andrade Baviera Filipi Andrade de Deus Silveira
Cátia Aparecida Ribeiro Juliana Biggi
Dandara Louise Vieira Matavelli Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Elaine Aparecida de Lima Moraes Rafael Antonio Morotti
Josiane Marchiori Martins Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Lidiane Maria Magalini Talita Cristina Bartolomeu
Luciana A. Mani Adami Vanessa Vergani Machado
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera Projeto gráfico, diagramação e capa
Raquel Baptista Meneses Frata Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Simone Rodrigues de Oliveira Luis Antônio Guimarães Toloi
Raphael Fantacini de Oliveira
Bibliotecária Tamires Botta Murakami de Souza
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Wagner Segato dos Santos
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Histórico e conceitos básicos. Dimensões e definições da Gestão da Qualidade.
Estratégia da Empresa e Qualidade Total. Expoentes da Qualidade. Sistemas de
Gestão: ISO 9000, ISO 14000, QS 9000. Auditorias internas. Processo de certifi-
cação. Programa 5S. Gerenciamento da Rotina. Gerenciamento por Processos.
Qualidade de serviços. Metodologias para melhoria da Produtividade.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo de Métodos de Qualidade e Pro-
dutividade. Há muitos anos, as empresas reconheceram a impor-
tância da Gestão da Qualidade Total, de forma que, atualmente,
a qualidade é vista como fator primordial para a satisfação dos
consumidores, permitindo maior participação de mercado (mar-
ket-share) e, consequentemente, maior lucratividade dos gestores
e empresários.
A preocupação com a qualidade, particularmente no merca-
do americano, desenvolveu-se graças à invasão dos produtos japo-
10 © Métodos de Qualidade e Produtividade
Glossário de Conceitos
O Glossário permite a você uma consulta rápida e precisa
das definições conceituais, possibilitando um bom domínio dos
termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos
Princípios da
Qualidade
Definições Os grandes
básicas da mestres da
Qualidade Qualidade
Planejamento da
Qualidade
Ferramentas da
Evolução da Qualidade
Qualidade nas
últimas décadas
Gestão da
Qualidade Total
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados. Responder, discu-
tir, comentar e relacionar essas questões com a prática do ensino
Métodos de Qualidade e Produtividade pode ser uma forma de
você medir o seu conhecimento, ter contato com questões per-
tinentes ao assunto tratado e de lhe ajudar na preparação para a
prova final, que será dissertativa. Mais ainda: é uma maneira pri-
vilegiada de você adquirir uma formação sólida para a sua prática
profissional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
Esse estudo convida você a um olhar mais apurado da Educa-
ção como processo de emancipação do ser humano. Procure ficar
atento às explicações teóricas, práticas (do senso comum) e cien-
tíficas presentes nos meios de comunicação, e compartilhe com
seus colegas seus comentários. Ao compartilhar o que observamos
com outras pessoas, temos a oportunidade de perceber o que elas
e nós ainda não sabemos, aprendendo a ver e a notar o que não
tínhamos percebido antes, desenvolvendo discriminações. Obser-
var é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos cursos de Graduação na modalidade
EaD e futuro profissional, necessita de uma formação conceitual
sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a
distância, do tutor presencial e, principalmente, da interação com
seus colegas. Sugerimos que organize bem o seu tempo e realize
as atividades nas datas estipuladas.
É importante que você anote suas reflexões em seu caderno
ou no Bloco de Anotações, pois no futuro poderá utilizá-las na ela-
boração de sua monografia ou de produções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada para que você amplie
seus horizontes teóricos. Coteje com o material didático, discuta
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas.
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os
conteúdos desenvolvidos e se estes foram significativos para a sua
formação.
2. CONTEÚDOS
• Importância da Gestão da Qualidade e Produtividade
para as empresas.
• Evolução dos conceitos de Gestão da Qualidade e Produ-
tividade no mundo.
• Evolução dos conceitos de Qualidade no Brasil.
• Benchmarking e a Qualidade.
20 © Métodos de Qualidade e Produtividade
ção de gráficos de controle e diagramas de corrida (run chart) que ele apresentou
aos seus superiores em 16 de maio de 1924.
Um problema que o procedimento de Shewhart não considerou é que ele não
determina a magnitude da alteração no processo, sendo incapaz de rapidamente
encontrar grandes mudanças dentro de pequenas amostras. Sabendo a magni-
tude da alteração é possível ajustar o procedimento pela magnitude encontrada.
Estes problemas foram trabalhados por estatísticos tais como Dudding, Jennett
e Grant em 1940 e 1950.
Shewhart realizou contribuições para os métodos estatísticos também. Ele falava
sobre a necessidade de definições operacionais e especificações nos relatórios
de pesquisa. Características dos dados (comum, azul, homem, mulher, etc.) não
podem comunicar de forma apropriada a menos que estejam em termos estatís-
ticos. As características não possuem um valor verdadeiro por si só. Shewhart
também acreditava que na apresentação de resultados de pesquisas os dados
apresentados deveriam apresentar toda a evidência. Parâmetros estatísticos tais
como média e variância deveriam somente ser utilizadas se eles conduzissem de
volta aos mesmos resultados. Conhecendo bem, também, física, ele reforçava a
ideia que as leis físicas somente poderiam ter um sentido perfeito em contextos
estatísticos. Ele argumentava que uma quantidade demasiadamente grande de
constantes eram utilizadas e que na vida real poucas se mantinham. Somente
através da estatística alguém pode obter resultados acurados das muitas leis
físicas. As contribuições de Shewhart tanto para a indústria quanto a Estatística
foram significativas e sua influência sobre estatísticos como W. E. Deming resul-
taram na melhoria dos processos e na alta qualidade na indústria que ocasiona-
ram o grande desenvolvimento Japonês do século vinte. Em síntese:
• Criou o CEP
• Criou a carta de controle para a média (famosa Xbar)
• «Os dados não tem significado se apresentados à parte de seu contexto»
• «Conjuntos de dados possuem sinais e ruídos. Para ser capaz de extrair infor-
mação, deve-se separar o sinal dos ruídos dentro dos dados».
• Implementou o CEP para a Bell Telefones em busca da redução de falhas nos
sistemas, tornando viável a alguns sistemas elétricos serem implementados
no subsolo como resultado da redução da necessidade de manutenção.
Seu trabalho está sumarizado no livro Economic Control of Quality of Manufactu-
red Product, publicado em 1931. (Texto disponível em: < http://pt.wikipedia.org/
wiki/Walter_A._Shewhart >. Acesso em: 7 nov. 2014).
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4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Seja bem-vindo!
Estudaremos a importância da implementação dos métodos
de qualidade e produtividade no ramo empresarial. Aprendere-
mos, também, o histórico da Gestão de Qualidade e Produtividade
(Q&P).
Produto:
É a denominação dada ao resultado obtido no final de qual-
quer processo, podendo ser dividido em três tipos distintos: bens
tangíveis, software e serviços.
• Bens tangíveis: lápis, aparelhos eletrodomésticos, edifí-
cios, roupas, alimentos.
• Software: procedimentos lógicos computadorizados para
executar tarefas.
• Informações convenientemente organizadas e informati-
zadas.
• Serviços: são trabalhos executados para atendimento de
terceiros (como, por exemplo, hospitais, energia elétrica,
transporte coletivo, comunicação).
© U1 - Histórico de Gestão da Qualidade e Produtividade (Q&P) 23
Características do Produto:
São todas as propriedades que o produto possui e que pro-
curam atender ou exceder às necessidades e às expectativas do
cliente. Podemos definir essas características como:
• As características de natureza técnica: consumo de ener-
gia elétrica kW hora ou o consumo de combustível por
Kilômetro rodado.
• As características de natureza pessoal: pontualidade na
entrega de um serviço, cortesia no atendimento.
• Deficiência do Produto.
Talvez seja esta a segunda maior definição de qualidade: a
ausência de falhas. Quando o cliente está insatisfeito com o pro-
duto em questão, é comum ouvirmos que este está deficiente, po-
rém não impede seu uso.
Segundo Juran (1992), as deficiências de um produto podem
apresentar-se na forma de atrasos na entrega ou em falhas na
prestação de serviços, nos erros cometidos na emissão de faturas
ou nas características físicas destes, gerando, inclusive, a neces-
sidade de retrabalho e/ou o descumprimento das especificações
contidas no projeto durante sua confecção ou realização.
Cada um desses casos poderá gerar uma insatisfação no
cliente e uma expectativa negativa, resultando, de alguma forma,
em prejuízos ao negócio, tomando proporções irreversíveis para a
imagem da empresa.
Função Qualidade
A indústria é uma organização que desenvolve o que produz
e o que distribui seus produtos ou serviços, por meio de seus de-
partamentos, que são diversos. Essa evolução é caracterizada por
uma espiral de responsabilidades.
Cada departamento é responsável pela execução de sua fun-
ção, sendo este corresponsável pela realização de certas funções
de âmbito geral da empresa como, por exemplo, recursos huma-
nos, financeiros e a qualidade propriamente dita.
Desse modo, é possível afirmarmos que a qualidade depen-
de de uma perfeita sintonia entre todos os departamentos de uma
empresa, pois todas as funções estão intimamente ligadas e rela-
cionadas entre si.
A função qualidade é considerada como o conjunto de ativi-
dades, que, por seu intermédio, conseguimos atingir a adequação
ao uso.
Focos da Qualidade
Nos ambientes de negócios, é muito comum ouvirmos que
estamos na era da qualidade. Em todos os lugares, nas empresas,
nos estabelecimentos comerciais, nos hospitais e até mesmo nas
escolas, todos se empenham e se preocupam com a qualidade.
Na verdade, pode-se afirmar que o homem desde que surgiu
sobre a Terra estava preocupado com ela, uma vez que este preci-
sava de armas eficientes e eficazes para sua defesa e para conse-
guir alimento. Hoje a palavra qualidade é usada com um aspecto e
um significado muito ampl o e genérico, o suficiente para dizer-
mos que a qualidade tem colaborado muito para a melhoria da
vida do homem no planeta. Todos nós conhecemos o desenrolar
dessa história: competição comercial acirrada, busca constante
pela perfeição e por vantagens competitivas, aceleração nos pro-
cessos científicos, avanços tecnológicos, pesquisa e desenvolvi-
mento de novos materiais, novos processos e produtos.
Nos últimos 50 anos, a humanidade conheceu e sofreu mais
transformações radicais, avanços tecnológicos e científicos do que
em toda a sua existência. Durante essas cinco décadas, todos os
envolvidos, tais como: empresas, cientistas, escolas e a popula-
ção em geral estiveram e estão mergulhados em pesquisas por
novos métodos, características e especificações de bens tangíveis
ou não. As empresas participantes dessa corrida transformaram e
ampliaram a visão da qualidade, com a pretensão de se adequar e
se adaptar às novas exigências de mercado.
Se fizermos uma retrospectiva da qualidade, podemos iden-
tificar cinco fases distintas ao longo desses anos:
Sociedade moderna
Uma característica da sociedade moderna é a exigência dos
consumidores, que buscam soluções para resolver seus problemas
quando estão descontentes com o produto adquirido ou quando
este não supriu suas expectativas. Dessa forma, ninguém compra
um bem pelo simples fato de tê-lo, mas pela necessidade humana
básica, ou seja, pela solução que ele proporcionará. Como exem-
plo, temos no cobertor a necessidade de aquecimento.
Segundo Juran (1992), a possibilidade de uma sociedade
tecnológica torna-a “refém” de uma “operação continuada” de
bens e serviços, possibilitando, assim, a vida em sociedade. Dessa
Focos da Qualidade
Quando estamos tratando da administração para a qualida-
de, podemos dizer que esta se faz aplicando-se os mesmos pro-
cessos administrativos de planejamento e de controle, bem como
o seu aperfeiçoamento. A abordagem conceitual é a mesma utili-
9. BENCHMARKING E A QUALIDADE
O Benchmarking é um processo de pesquisa que permite
aos administradores e aos planejadores comparar seus processos
e suas práticas com os trabalhos realizados por seus concorrentes.
Seu principal objetivo é identificar as deficiências existentes em
seu processo, os pontos positivos e os pontos negativos de seu
concorrente, com intuito de conseguir a excelência, alcançando ní-
veis superiores, em termos de vantagem competitiva.
Ao contrário de outras práticas dentro da administração mo-
derna, o Benchmarking encoraja as empresas ou negócios a pro-
curarem, em outras paragens, fatores decisivos que têm influência
direta nos resultados. Com essa prática, os melhores resultados
são obtidos quando a ferramenta é aplicada em todos os níveis da
empresa.
Definição
Segundo Chiavenatto (2004, p. 198), Benchmarking é um
processo contínuo de avaliação dos desempenhos, não somente
de produtos ou serviços, mas também das funções, dos métodos e
das práticas em relação aos melhores valores mundiais.
A competitividade mundial provocou nas empresas e nos
processos produtivos um contínuo aprimoramento da qualidade,
na intenção de reduzir custos e tornar os primeiros cada vez mais
competitivos.
A técnica de Benchmarking visa ao desenvolvimento con-
tínuo dos processos, buscando, em estudos comparativos com a
concorrência de soluções práticas, atingir a liderança de merca-
do. Essa técnica também poderá ser empregada dentro do próprio
negócio, quando os departamentos buscam, em outras áreas da
empresa, soluções práticas e econômicas.
Quando uma empresa pretende assumir uma liderança de
mercado utilizando-se da ferramenta Benchmarking, ela precisa
© U1 - Histórico de Gestão da Qualidade e Produtividade (Q&P) 51
Tipos de Benchmarking
Veja, a seguir, a descrição dos tipos de Benchmarking:
1) Interno:
Quando a busca por melhores práticas organizacionais e
operacionais está focada em unidades do próprio negó-
cio ou em departamentos da unidade, por meio de par-
cerias e troca de informações, mesmo que sejam confi-
denciais.
2) Competitivo:
Quando está focado na concorrência; em organizações
com desempenho superior ao seu, sendo sua estratégia
fundamentada em observar o que a concorrência está
praticando.
Para este caso, é muito difícil conseguir-se parcerias,
pois jamais, na cultura ocidental, os concorrentes tro-
cariam informações confidenciais, que permitiriam o
crescimento de oponentes. Já na cultura oriental, essa
prática é comum, uma vez que ambos visam à produção
do mesmo bem, com as mesmas características, a pre-
ços baixos para o mercado interno e também procuram
ganhar o mercado mundial.
3) Genérico:
Quando aborda tarefas, funções ou processos mais com-
plexos e semelhantes a qualquer negócio, que atravesse
e envolva vários setores e atividades do mesmo, como,
por exemplo, o processamento de um pedido desde sua
Vantagens do Processo
O processo de Benchmarking possui quatro vantagens que
serão descritas a seguir:
1) Permite melhor compreensão das necessidades do clien-
te. Ajuda a formar sensibilidade para as necessidades do
mesmo, em constante processo de mutação.
2) É o reconhecimento e o incômodo de uma organização
ou uma unidade ter conseguido melhor resultado, maior
e melhor desempenho do que a outra para uma mesma
atividade.
3) Mudança de comportamento em relação às necessida-
des de mudança por parte de todos os envolvidos no
processo.
4) Certa concorrência sadia, mesmo que dentro do próprio
negócio, quando os colaboradores percebem oportuni-
dades de maiores ganhos e, assim, sentem-se motivados
a empenhar-se por excelência e inovação para a melho-
ria do processo.
11. CONSIDERAÇÕES
Como você pôde perceber, a preocupação com Qualidade &
Produtividade é antiga, e, devido às mudanças que ocorreram no
mundo ultimamente, a aplicação dos Métodos de Qualidade e Pro-
dutividade não é mais fator de diferenciação entre as empresas,
mas de sobrevivência.
Dessa forma, as empresas que não souberem agradar seus
clientes, transformando a “experiência” destes na melhor possí-
vel, não conseguirão sobreviver no atual mercado de trabalho, tão
competitivo e globalizado.
Pudemos compreender, portanto, que a evolução dos Mé-
todos de Qualidade e Produtividade foi gradual, embora tenha
acompanhado a própria evolução da sociedade como um todo,
inclusive na sua velocidade evolutiva.
1. OBJETIVOS
• Definir o conceito de Gestão da Qualidade Total (TQM).
• Descrever a importância da qualidade como um processo
holístico dentro das empresas.
• Compreender o papel das certificações ISO e suas diver-
sas versões.
2. CONTEÚDOS
• Conceito de TQM (Total Quality Management).
• Círculos de Controle da Qualidade (CCQ).
58 © Métodos de Qualidade e Produtividade
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Vimos na unidade anterior, o histórico desenvolvimento da
qualidade, o PNQ (Prêmio Nacional da Qualidade), os Critérios de
Excelência da Gestão da Fundação Nacional da Qualidade, estu-
damos e entendemos seus princípios e sua implantação nas em-
presas, compreendemos, ainda, o papel dos gerentes e líderes no
processo de melhoria contínua e da aplicação do Benchmarking.
Nesta unidade, conheceremos a origem da Gestão da Qua-
lidade e entenderemos quais são os seus princípios de qualidade,
o TQM (Total Quality Management ou Gestão da Qualidade To-
© U2 - Alinhando Processos de Q&P com a Estratégia das Empresas 59
• Pessoas:
1) Liderança.
2) Responsabilidade da gestão.
3) Empowerment.
4) Reconhecimento.
5) Aprendizagem organizacional.
6) Treinamento & Educação.
Definições do CCQ
O CCQ é constituído por um grupo de pessoas formado alea-
toriamente, com base na livre escolha de participação e de caráter
voluntário. Basicamente, os Círculos de Controle de Qualidade são
formados por colaboradores do nível operacional que controlam e
propõem modificações, usando o método de soluções de problemas.
Estrutura
A formação básica do CCQ é voluntária, os membros são
constituídos por colaboradores direto da produção, os quais parti-
cipam, de forma voluntária e em horário diferenciado, de sua jor-
nada de trabalho. Qualquer tentativa de forçar ou pressionar os
colaboradores a participarem da atividade será um passo decisivo
em relação ao fracasso do empreendimento.
Logo após a formação das equipes, antes de começar os tra-
balhos, é fundamental que se prepare um treinamento com todos,
apresentando as ferramentas da qualidade e os métodos de solu-
ção de problemas, como, por exemplo: Gráfico de Pareto, Diagra-
ma de Ishikawa e Relatório 5W2H.
Não existe um número limite de participantes, nesse proces-
so, porém, é importante que tenhamos equipes com, no mínimo,
três participantes, considerando que não é aconselhável que o
grupo seja maior do que sete colaboradores.
Não é aconselhável que os colaboradores que participam
dos grupos de CCQ tenham alguma remuneração extra pela sua
participação. O que normalmente acontece é uma ajuda de cus-
to para eventuais gastos de locomoção, e, no final, a premiação e
o reconhecimento público, geralmente, acontecem em forma de
medalhas, diplomas ou até mesmo viagens para a apresentação
dos trabalhos premiados em outras unidades da empresa.
7. OS “GURUS DA QUALIDADE”
Philip Crosby, W. Edwards Deming e Joseph M. Juran tinham
algumas definições um pouco diferentes de como alcançar a quali-
dade. Entretanto, Chase et al. (2006, p. 273) chegaram à conclusão
de que:
Para alcançar a qualidade extraordinária é necessário liderança de
gerência sênior, um foco no cliente, envolvimento total da mão-
de-obra e melhorias contínuas baseadas em análises rigorosas dos
processos.
Um grau previsível
de uniformidade e Adequado para uso
Definição de Conforme os requi-
confiança a um preço (satisfaz às necessi-
qualidade sitos.
baixo e adequado ao dades dos clientes).
mercado.
Menos de 20% dos
Grau de res- Responsável por problemas da qua-
Responsável pela
ponsabilidade 94% dos problemas lidade existem por
qualidade.
da alta direção da qualidade. causa dos trabalha-
dores.
A qualidade tem mui-
Padrão de tas “escalas”; use es- Evite campanhas
desempenho/ Zero defeito. tatísticas para medir para fazer o trabalho
motivação o desempenho em perfeito.
todas as áreas.
Reduza a variabi- Abordagem da ad-
lidade por meio da ministração geral à
Abordagem Prevenção, não ins-
melhoria contínua; qualidade, especial-
geral peção.
cesse a inspeção em mente aos elementos
massa. humanos.
14 passos para a me- 14 pontos para a ad- 10 passos para a me-
Estrutura
lhoria da qualidade. ministração. lhoria da qualidade.
8. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir, que tratam da temática desenvolvida nesta
unidade.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estu-
dados para sanar suas dúvidas. Este é o momento ideal para que
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma
© U2 - Alinhando Processos de Q&P com a Estratégia das Empresas 73
9. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade esperamos que você tenha apreendido a Ges-
tão da Qualidade Total como uma visão da qualidade em termos
“holísticos”, ou seja, tenha compreendido que a empresa toda
deve se comprometer com os objetivos de qualidade, voltados a
um processo de melhoria contínua.
Os conceitos aqui apresentados são de fácil entendimento e
assimilação, porém sua prática e aplicação são muito diferentes.
Vale lembrar que, em muitas organizações, encontramos
pessoas que se enfrentam, gerando discórdia e desavenças, por
motivos banais ou até mesmo em função de disputa de poder. Esse
tipo de comportamento somente irá atrasar o desenvolvimento
do negócio, além disso, prejudicará o convívio das pessoas e trará
péssimos resultados para a qualidade do produto ou de vida para
os colaboradores.
Desse modo, é preciso desenvolver o respeito, a ética e a
dignidade, bem como incentivar o trabalho de equipe para, assim,
colhermos bons resultados.
3
1. OBJETIVO
• Compreender os requisitos necessários para a elaboração
de um eficaz planejamento e controle da qualidade.
2. CONTEÚDOS
• Conceitos básicos de planejamento e controle da quali-
dade.
• Garantia da Qualidade.
• Trilogia Juran®.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na primeira unidade, estudamos os conceitos relacionados
à gestão da qualidade e produtividade no Brasil e no mundo, com-
preendendo, assim, a sua importância.
O conceito de qualidade, conforme visto na Unidade 1, ini-
cialmente foi desenvolvido nos Estados Unidos por Shewhart, na
década de 1930, com a Teoria do Controle Estatístico da Qualida-
de, e aperfeiçoado por Deming e Juran. Posteriormente, foi popu-
larizado no Japão como política gerencial e de país, com o objetivo
de aumentar a competitividade das empresas japonesas no con-
texto de um país totalmente destruído pelo pós-guerra.
Desde o início, qualidade e produtividade estiveram ligadas
à competitividade das empresas, dos produtos e dos serviços, de
forma que, cada vez mais, seus requisitos definem a preferência
do consumidor por um produto ou outro.
O conceito de qualidade, dentre os muitos existentes, está
ligado, normalmente, à ideia de "adequação ao uso e ausências
de defeitos" (MIRANDA, 1995, p. 5.) ou, ainda, ao "grau sob o qual
um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos" (ISO
9000, 2005 apud SABARÁ et al., 2006, p. s/p).
Implantar esse conceito de qualidade não é tão simples como
parece, pois é necessário que as empresas mudem a maneira de
enxergarem a qualidade para que isso seja uma cultura permeada
em toda a organização, já que o sucesso da cultura de qualidade
está diretamente relacionado com a necessidade de que a empresa
absorva seus princípios.
Para que as empresas consigam desenvolver uma cultura
de qualidade, Juran (1992, p. 2) afirma que é necessário que as
© U3 - Planejamento e Controle da Qualidade 77
Administração da qualidade
Partindo da ideia de que a razão da existência de um negó-
cio é atender bem seus clientes, toda a sua administração deverá
estar focada nos princípios da qualidade para atender à satisfação
das necessidades dos clientes.
Nos últimos tempos, tem ficado claro que a empresa é um
meio para se atingir a satisfação das necessidades de todas as
pessoas: acionistas, clientes, consumidores e colaboradores, bem
como toda a comunidade do entorno.
As constantes mudanças no perfil dos consumidores têm re-
querido de todos uma atenção maior em relação às necessidades
dos clientes. Ninguém pode parar e esperar. Diante desse quadro,
para que a empresa possa sobreviver, é necessário desenvolver
novos produtos e serviços, sendo esses melhores, mais baratos,
mais seguros, de entrega mais rápida e de manutenção mais fácil
do que os oferecidos pelos concorrentes.
Para produzir esses novos produtos ou serviços, são neces-
sários, também, novos processos – melhores, mais fáceis, de me-
nor custo, menor dispersão, mais eficientes e mais eficazes do que
seus principais concorrentes. Esse processo de inovação contínua
tem como sua referência principal o seu cliente, e dele depende a
sobrevivência do negócio.
Então, para se garantir a sobrevivência e a lucratividade do
negócio, é necessário conduzirmos os processos administrativos
sempre comprometidos com os conceitos da Qualidade Total,
como mostra a Figura 1.
© U3 - Planejamento e Controle da Qualidade 79
Estabelecer metas e
o
Planejando a qualidade
Uma das metodologias utilizadas para o planejamento da
qualidade é a Trilogia Juran®. Essa trilogia é composta de três
principais processos, chamados “Planejamento da qualidade,
Controle da qualidade e Melhoramento da qualidade” (JURAN,
1992, p. 15).
Segundo Juran (1992), o planejamento da qualidade é a
atividade voltada para o desenvolvimento dos produtos, bem
como os processos necessários para a satisfação dos clientes. Esse
processo é o primeiro da Trilogia Juran®, sendo composto dos
seguintes passos:
1) Estabelecer metas e objetivos de qualidade.
2) Identificar os clientes e as suas necessidades.
© U3 - Planejamento e Controle da Qualidade 83
Deficiência de produto
Outro conceito que também é importante conhecermos é o
de deficiência de produto, que pode ser definido como uma falha do
produto em atender aos requisitos (às necessidades) dos clientes.
O problema da deficiência do produto está relacionado aos
custos adicionais gerados pela falta de qualidade. Por exemplo,
quando um produto não atende às necessidades ou aos requisitos
dos clientes, a empresa normalmente incorre em custos, podendo
ter o prejuízo de gastos com transportes.
Há, também, outros exemplos que acarretam custos indese-
jáveis, como refazer todo o processo de vendas e atender às recla-
mações dos clientes, entre outras despesas intangíveis que afetam
a competitividade da empresa, diminuindo o nível de satisfação dos
clientes e ocasionando a perda de participação no mercado (mar-
ket-share). Dessa maneira, há casos em que o cliente até devolve o
produto, situação essa que é denominada logística reversa.
É importante mencionar que, segundo Juran (1992), satisfa-
ção e insatisfação com o produto não são conceitos opostos:
• a satisfação origina-se nas características do produto, que
é o principal motivo pelo qual os clientes o compram;
• a insatisfação surge das características negativas do pro-
duto para o cliente, como, por exemplo, a falta de quali-
dade.
Para ilustrar esse conceito, basta entendermos que
há produtos que não apresentam nenhuma reclamação ou
insatisfação dos clientes, porém não maximizam nem um pouco a
satisfação deles (JURAN, 1992). Vejamos um exemplo:
Durante muitos anos, as cópias dos documentos eram tiradas pelo
uso de papel carbono, de duplicadores a tina, de mimeógrafos,
e assim por diante. A copiadora xerográfica tornou todos
estes métodos obsoletos, devido à sua característica de copiar
documentos, diretamente do original (JURAN, 1992, p. 8).
A Gestão da Qualidade––––––––––––––––––––––––––––––––––
A Gestão da Qualidade inclui todas as “atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma organização no tocante à qualidade” (ISO 9000, 2005 apud
SABARÁ et al., 2006, p. 25).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Kaizen–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Kaizen é o conceito de melhoria contínua. Desse modo, “todo dia devo procurar
fazer melhor o que já havia feito antes”.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Visão:
Nós nos dedicamos à busca da humanidade por uma vida mais
longa, mais saudável e mais feliz por meio de inovação de produtos
farmacêuticos, em produtos para o consumidor e em produtos
para a saúde animal (PFIZER®, 2010).
Missão:
Nós nos tornaremos a companhia mais valorizada do mundo para
pacientes, clientes, colegas, investidores, parceiros comerciais e as
comunidades onde trabalhamos e vivemos (PFIZER®, loc. cit.).
Nossos valores:
Para alcançarmos a nossa Visão e Missão, nós afirmamos os nossos
valores, que são uma declaração de nossas crenças fundamentais
e são as características de uma cultura que gera realizações.
Identificamos nove valores que personificam quem somos – quem
sempre fomos – e no que acreditamos. Eles refletem o caráter
duradouro da Pfizer e de seus funcionários. Para realizar nossa
missão, afirmamos nossos valores de:
– Liderança, Trabalho em equipe, Respeito ao empregado,
Compromisso ao cliente, Inovação, Apoio à comunidade,
Integridade, Desempenho e Qualidade (PFIZER®, 2008).
7. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida nesta
unidade.
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se você encontrar dificuldades em
responder a essas questões, procure revisar os conteúdos estuda-
dos para sanar as suas dúvidas. Esse é o momento ideal para que
você faça uma revisão desta unidade. Lembre-se de que, na Edu-
cação a Distância, a construção do conhecimento ocorre de forma
cooperativa e colaborativa; compartilhe, portanto, as suas desco-
bertas com os seus colegas.
8. CONSIDERAÇÕES
O planejamento e o controle da qualidade são essenciais para
a emulação das empresas no novo cenário competitivo. Entender
isso e saber planejar e controlar a qualidade é fundamental para
que os gestores consigam garantir que as empresas identifiquem os
seus clientes-alvo, suas necessidades básicas e o desenvolvimento
de processos e produtos que serão entregues com qualidades
superiores.
Finalizando esta unidade, temos em Alvarez (2001) a
afirmação de que o Kaizen não deve ser confundido com a
reengenharia; pelo contrário, ele é um complemento de sua
aplicação. É uma ferramenta necessária para que a reengenharia
seja efetivamente implantada ou para que se averiguem as reais
necessidades de passar por uma delas. Se a reengenharia promove
a melhoria pela inovação, isto é, substituindo os processos
utilizados por completo e inserindo novas formas de pensar e
agir, o Kaizen promove e incentiva a melhoria pela eliminação de
problemas identificados nos processos, sendo sua aceitação mais
tranquila pelos colaboradores em geral.
O quadro a seguir mostra as principais diferenças entre a
técnica do Kaizen e da reengenharia.
© U3 - Planejamento e Controle da Qualidade 101
9. E-REFERÊNCIA
PFIZER. Sobre a PFIZER . Disponível em: <www.pfizer.com.br>. Acesso em: 3 set. 2010.
2. CONTEÚDOS
• Conceito de padronização.
• Método PDCA – plan, do, check e act (planejar, executar,
conferir e agir).
• Ferramentas da qualidade.
• Procedimentos para padronização.
104 © Métodos de Qualidade e Produtividade
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Vimos na unidade anterior os conceitos básicos de planeja-
mento e controle da qualidade e compreendemos o planejamento
da qualidade segundo a Trilogia Juran.
Agora, nesta unidade, iremos apresentar a evolução do con-
ceito de padronização, conhecer o método PDCA (planejar, definir,
controlar e analisar) e os procedimentos para padronização das
empresas.
Bons estudos!
6. PADRONIZAÇÃO DE EMPRESAS
Campos (1995) acreditava, ainda, que os esforços de padro-
nização podem ser vistos como eventos que trarão melhorias para
a qualidade e a produtividade, seja nas empresas ou no dia a dia
das pessoas.
© U4 - Padronização de produtos e serviços nas empresas 109
CONTROLE DA QUALIDADE
Para eliminar as causas fundamentais
dos problemas
Máquina
Matéria-prima Método
(Equipamento)
Produto
• Padrões de inspeção do
produto;
• Especificação do produto;
Mão-de-obra
Ambiente Medidas
(Homem)
• Detalhamento dos
• Especificação das equipamentos;
• Manuais de treinamento condições ambientais • Manuais de utilização;
necessárias ao processo • Manuais de aferição;
Matéria-prima
É muito importante que a matéria-prima adquirida seja
de excelente qualidade, para que não ocorram reclamações de
clientes, desperdícios gerados por defeitos em produtos acabados
e demais problemas decorrentes da má qualidade da matéria-
prima.
© U4 - Padronização de produtos e serviços nas empresas 113
Mão de obra
Esse é um dos mais complicados itens da gestão e padroni-
zação nas empresas, pois, ao contrário de itens de matéria-prima,
que tendem a uma padronização, cada ser humano é diferente do
outro, com expectativas, problemas, demandas e tantos outros fa-
tores que impactam a motivação e o comportamento das pessoas.
As empresas podem enfrentar problemas sérios, quando a
mão de obra não é bem treinada e/ou qualificada para as funções,
principalmente naquelas que envolvem questões de segurança
(manuseio de equipamentos perigosos, líquidos inflamáveis etc.).
A falta de treinamento da mão de obra pode causar aciden-
tes, levando, inclusive, à perda de vidas humanas (prejuízo moral
e financeiro para a empresa) e paralisação das atividades (prejuízo
financeiro e de imagem juntamente à sociedade e clientes).
Máquinas (equipamentos)
Conforme já foi dito, graças à utilização de máquinas foi
possível a produtividade nos níveis atuais; porém, há necessidade
de maiores cautelas no manuseio das máquinas e equipamentos,
pois o que está em risco é a segurança dos usuários.
Para evitar problemas relacionados ao mau uso, o que pode
acarretar desde simples quebras da máquina até acidentes e
problemas maiores como incêndios e outras questões mais graves,
é necessário padronizar o uso de todos os equipamentos por
meio de confecção dos manuais, correta divulgação das melhores
práticas de uso e manutenção das máquinas por toda a empresa,
garantindo, assim, que não ocorram problemas graves.
Ambiente
É necessário, também, para a fabricação de alguns produtos
específicos (como celulose e papel; produtos farmacêuticos e quí-
micos), que o ambiente seja ajustado a certas peculiaridades, para
que o produto seja produzido de modo e na quantidade correta.
Um exemplo disso é a conservação de carnes. Nesse caso, é
necessário que as câmaras frias de armazenagem estejam em cer-
ta temperatura. Essa temperatura deverá obedecer a um padrão
preestabelecido (não devem ocorrer variações bruscas), caso con-
trário, a qualidade dos produtos ficará comprometida.
Em casos como o mencionado anteriormente, se as espe-
cificações forem mal elaboradas ou não existirem, ou ainda, não
forem divulgadas de maneira correta para todos os envolvidos
diretamente na operação, podem incorrer em riscos, em prejuízo
© U4 - Padronização de produtos e serviços nas empresas 115
Método
O método é fundamental, para que as empresas consigam
fabricar seus produtos. O método define a maneira pela qual uma
atividade e/ou processo será executado. Pensemos que se o pro-
cesso fosse um "bolo”, certamente, o método seria a "receita",
que indicaria de que maneira esse bolo seria feito.
7. FOLHA DE VERIFICAÇÃO
A folha de verificação, também conhecida como lista de ve-
rificação, é uma ferramenta de fácil compreensão. Ela pode ser
utilizada na sua forma simples, para verificar se os passos ou itens
preestabelecidos estão sendo cumpridos, ou para avaliar em que
estágio eles estão. Também pode ser utilizada para se determinar
com que frequência ocorre um evento ao longo de um período de
tempo determinado.
A folha de verificação serve como um resumo de todos os
pontos que devem ser avaliados em uma determinada operação.
O objetivo não é detalhar cada processo, e sim servir como guia
para o profissional.
Por mais experiente que seja um profissional, ele nunca deve
depender de sua memória para acompanhar uma sequência de
passos. Também não é prático carregar um manual completo de
procedimentos. A folha de verificação é o equilíbrio entre esses
dois pontos e garante que não estão sendo usados “atalhos” no
processo, e que a empresa possui seus procedimentos sob con-
trole.
A folha de verificação inicia o processo transformando opi-
niões em fatos. A sua construção envolve as seguintes etapas:
Pergunta A X
Pergunta B X
Pergunta C X
8. DIAGRAMA DE PARETO
De acordo com Silva (2008, p. 29-30):
O Diagrama de Pareto é uma forma especial do gráfico de barras
verticais que nos permite determinar quais problemas resolver e
qual a prioridade. O mesmo é elaborado com base em uma Folha
de Verificação ou em outra fonte de coleta de dados, nos ajuda
a dirigir nossa atenção e esforços para problemas verdadeiramen-
te importantes. Em geral, teremos então melhores resultados se
atuarmos na barra mais alta do gráfico do que nos embaraçando
nas barras menores.
FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA
DEFEITO
DEFEITOS ACUMULADA
A 28 28
B 21 49
C 18 67
D 15 82
E 7 89
F 2 91
91
Figura 5 Tabela de defeitos encontrados no produto.
EFEITO
Exemplo de diagrama
A seguir, o exemplo de um diagrama de causa efeito:
© U4 - Padronização de produtos e serviços nas empresas 125
MÉTODO MÁQUINA
Pressão dos
pneus
Uso incorreto
das marchas Mistura rica
Dirigir muito
rápido Falta de
Calibração
Falha da Velas
audição
Sempre Falta Calibração
atrasado Volume especi cação incorreta
do rádio
Impaciência
Não escuto Manutenção ALTO
motor motor CONSUMO DE
COMBUSTÍVEL
Óleo errado
MÃO DE OBRA MATERIAL
O 5W1H
A seguir, a definição do tipo de folha de verificação 5W1H de
acordo com Gomes, 2010.
O 3Q1POC ou 5W1H é um tipo de Folha de Verificação utilizada
para informar e assegurar o cumprimento de um conjunto de pla-
nos de ação, diagnosticar um problema e planejar soluções.
Esta técnica consiste em equacionar o problema, descrevendo-o
por escrito, da forma como é sentido naquele momento particular:
como afeta o processo, as pessoas, que situação desagradável o
problema causa. Com a mudança do final da pergunta podemos
utilizá-los também como um plano de ação para implementação
das soluções escolhidas.
O quadro abaixo resume estas perguntas e suas variações para apli-
cá-las no levantamento dos problemas ou em sua solução.
Observação: Ultimamente alguns autores tem incluído o "Quanto
Custa" (How Much) nas questões. Talvez sendo mais adequado de-
nominarmos a técnica de 5W2H.
10. HISTOGRAMA
Visualizar a frequência com que certos eventos ocorrem
na forma de gráfico de barras é de grande auxílio. Enquanto um
diagrama de Pareto nos mostra a incidência de um problema por
meio de tipos de defeito, um histograma nos auxilia a visualizar da-
dos numéricos, como temperatura, tempo dimensional etc. Dessa
maneira, podemos estudar a saída de um processo em função de
uma variável, e entender de que forma o processo se comporta.
A variação do processo pode ser vista por meio de um histogra-
ma, bem como a sua média, e se o processo atende ou não a sua
especificação, revelando quanto de variação existe em qualquer
processo.
O histograma é utilizado para analisar as tendências, as se-
quências e as comparações entre duas variáveis, além de tornar
mais evidente e compreensível a apresentação de dados.
Um histograma tem como base a medição de dados. Como exem-
plo podemos destacar: dimensões de peças, variações de tempera-
12. FLUXOGRAMA
O fluxograma, também conhecido com os nomes de Flow-
chart, carta de fluxo do processo, gráfico de sequência, gráfico de
processamento etc., é uma representação gráfica de um proces-
so ou fluxo de trabalho, elaborado, geralmente, utilizando figuras
geométricas e setas unindo essas figuras.
Por meio dessa representação gráfica é possível compreen-
der de forma rápida e fácil a transição de informações ou docu-
mentos entre os elementos que participam no processo. O fluxo-
grama pode ser definido também como o gráfico que demonstra
o percurso ou caminho percorrido pelo processo. Por exemplo, o
caminho percorrido por um documento pelos vários setores da
empresa.
Elaborar fluxogramas para cada um dos processos é funda-
mental para a simplificação e racionalização do trabalho, permitin-
do a compreensão dos processos desenvolvidos em cada setor ou
área da organização.
Os principais objetivos do fluxograma são:
INÍCIO
FASE DO
PROCESSO
DECISÃO
FIM
Observação ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Normalmente, apenas uma única seta sai do retângulo “processo”. Caso contrário, pode
ser necessária a utilização do losango “decisão”.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Exemplos das figuras geométricas utilizadas no fluxograma e suas utilizações:
Cinco Sensos – 5S
Atualmente, os Cinco Sensos, ou simplesmente 5S, são uma
ferramenta de apoio à melhoria dos processos e métodos de tra-
balho. O principal apelo dos 5S – e isso explica o seu sucesso den-
tro do ambiente empresarial – é promover, de forma autônoma,
um espírito de rigor e de disciplina no posto de trabalho.
O método dos 5S surgiu no Japão, nas décadas de 1950 e
1960, e serviu como base para a implantação da filosofia de qua-
lidade das empresas japonesas. Nessa época, o Japão, destruído
pela Guerra, tinha como principal objetivo o aumento da competi-
tividade, porém suas fábricas eram muito desorganizadas e sujas,
o que ocasionava uma diminuição de competitividade, pelos aci-
dentes que aconteciam e atrasos de produção.
Os Cinco Sensos são assim chamados, pois o processo é divi-
dido em cinco etapas, também chamadas de sensos, que são:
1) Seiri (senso de utilização).
2) Seiton (senso de ordenaçã).
3) Seiso (senso de limpeza).
4) Seiketsu (senso de saúde).
5) Shitsuke (senso de autodisciplina).
Observação––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Alguns autores já estão trabalhando com a possibilidade de inclusão de um 6º S.
Para eles, de nada adiantará a implantação dos cinco primeiros sensos se todos
indistintamente não tiverem disciplina em seu posto de trabalho.
Quando todos estiverem praticando espontaneamente, “Não Esqueça; Tirou,
Guardou; Abriu, Fechou; Emprestou, Devolveu; Danificou, Concerte/ Substitua;
Deixou sair, Traga de volta” então poderemos dizer que está implantado o 6º S,
ou seja, shikari-yaro (disciplina no posto de trabalho).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Avaliação
Deverá ser registrada em formulários específicos e
adequados, os quais deverão conter:
Aplicação do JIT
Para que essa filosofia de trabalho tenha sua aplicação
adequada e produza os resultados esperados, maximizando
os lucros das empresas, cinco itens são muito importantes na
sua implantação: os recursos humanos, a qualidade total, os
fornecedores parceiros, o processo produtivo e o planejamento da
produção. A seguir, comentaremos cada um deles.
1) Recursos humanos: muitos dos aspectos do JIT reque-
rem a participação efetiva do colaborador alocado nos
processos, além de ser pré-requisito saber trabalhar,
muito bem, na equipe. Esse processo de aprimoramen-
to constante só é conseguido, quando a mão de obra é
atuante, no sentido de identificar os problemas e torná
-los visíveis e não medir esforços para eliminá-lo.
2) Qualidade total: o controle da qualidade total acaba
sendo o conjunto de regras que traduzem a visão do
JIT sobre a gestão da qualidade, e seu principal concei-
to é a atribuição da responsabilidade pela qualidade à
própria linha de produção e para os colaboradores que
nela atuam. De forma geral, isso quer dizer controle da
qualidade na origem, ou seja, não apenas inspecionar o
produto no final do processo, quando já estiver pronto,
mas garantir que ele seja produzido com qualidade total.
3) Fornecedores: o bom e estreito relacionamento com os
fornecedores parceiros é fundamental. Eles são os ele-
mentos mais importantes do fornecimento de materiais
e a extensão lógica do princípio da produção JIT.
4) Processo produtivo: o ponto mais importante é o au-
mento da flexibilidade de resposta; portanto, não deve-
mos subestimar a importância da meta de reduzir a zero
o defeito e o lead-time de produção.
5) Planejamento da produção: o JIT acaba tendo como ob-
jetivo transformar a maneira como se produz dentro das
Claretiano - Centro Universitário
150 © Métodos de Qualidade e Produtividade
18. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, vimos que a padronização de empresas é
muito importante, pois define os padrões de qualidade que a em-
presa deve seguir. Esses padrões, por sua vez, garantirão a compe-
titividade necessária, para que a empresa consiga atingir níveis de
melhoria contínua superiores aos seus concorrentes, contribuin-
do, assim, para aumentar a satisfação dos seus consumidores.
Até a próxima!
Lista de figura
Figura 15. Figuras ilustrativas do Fluxograma. Disponível em: <http://operandobien.
blogspot.com>. Acesso em: 2 set. 2010
1. OBJETIVOS
• Identificar como os métodos de Q & P integram-se dentro
do contexto das empresas.
• Compreender como alinhar a estratégia de negócios à es-
tratégia de operações.
• Identificar como mensurar a Qualidade em Serviços: SER-
VQUAL.
2. CONTEÚDOS
• Estratégia de operações.
• Balanced Scorecard.
• SERVQUAL.
154 © Métodos de Qualidade e Produtividade
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, estudamos o conceito de padronização,
o método PDCA e os procedimentos para a padronização.
Vimos que um dos fatores críticos de sucesso para a implan-
tação com êxito dos Métodos de Qualidade & Produtividade é que
todos os departamentos e processos suportem efetivamente a
gestão e a orientação da empresa rumo à melhoria contínua. Em
outras palavras, para que haja sucesso na Qualidade & Produtivi-
dade, esta deve fazer parte da Estratégia da empresa, garantindo,
assim, satisfação ao cliente e manutenção de sua competitividade.
Somente com o comprometimento de todos da empresa para
que os objetivos traçados na Estratégia ou Planejamento Estratégico
sejam atingidos é que ela conseguirá efetivamente criar valor, de
maneira sustentável e cada vez maior, para os seus clientes.
Nesta unidade, estudaremos as estratégias de operações,
sua integração com as estratégias de negócios e aprenderemos a
mensurar a qualidade dos serviços: SERVQUAL.
E, então, está preparado?
Bons estudos!
© U5 - Q & P na prática nas organizações 155
5. ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES
Para as empresas, operações é uma das funções fundamen-
tais para a geração e a entrega de valor aos clientes. Elas são res-
ponsáveis por criar e entregar os serviços e os produtos primários
da empresa. Portanto, pode-se entender que uma das etapas para a
geração de valor é a criação e a entrega dos serviços e dos produtos.
Nesse contexto, a função de Administração das operações
aparece como essencial para a geração e a criação de valor para
os clientes. Chase et al. (2006, p. 9) definem a Administração de
operações como "projeto, operação e melhoria dos sistemas que
criam e entregam os produtos e serviços primários da empresa".
Dentro dessa função, há a necessidade de diferenciação das
decisões administrativas (CHASE et al., 2006, p. 9):
a) Decisões estratégicas (longo prazo): No âmbito de operações, es-
tão relacionadas às decisões que estão ligadas com a estratégia
e normalmente têm um prazo de 4 a 5 anos para que se atinja
os objetivos definidos. Exemplo: construção de uma nova fábrica
para aumentar a capacidade produtiva da empresa.
b) Decisões táticas (médio prazo): Estão relacionadas às decisões que
irão entregar a estratégia, ou seja, estão diretamente relacionadas
à consecução das metas traçadas no Plano Estratégico. Exemplo:
fontes de financiamentos para a construção da nova fábrica.
c) Decisões operacionais (curto prazo): Decisões relacionadas ao
dia-a-dia das organizações que condizem ao nível das operações.
Como exemplo, temos a seguinte questão: Qual o sistema de pro-
dução que esta fábrica irá operar?
Metas holísticas
O Balanced Scorecard é uma ferramenta que auxilia na
construção de metas holísticas, pois é balanceado nas quatro
perspectivas, ou seja, como foi dito anteriormente, o gerente
de produção teria uma meta para reduzir o custo dos produtos
comprados, balanceando com uma meta de redução de
reclamações de clientes.
Se, por exemplo, esse mesmo gerente decidisse trocar de
fornecedores, em detrimento da qualidade do produto fornecido,
ele provavelmente conseguiria adequar-se à meta de redução do
custo dos produtos comprados, porém não conseguiria responder
à meta de diminuir a reclamação dos clientes, pois, com a falta de
qualidade, os clientes certamente reclamariam.
8. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao término da quinta unidade, na qual tivemos
a oportunidade de aprender que as ferramentas de Qualidade e
Produtividade devem estar alinhadas aos objetivos estratégicos da
organização. Dessa maneira, é possível a integração dos processos,
indicadores e objetivos táticos com a estratégia operacional e de
negócios.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida nesta
unidade.
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) O que se entende por Balanced Scorecard?
2) O que significa confiabilidade?
3) Quais são as dimensões da qualidade, que garantem
uma geração de valor aos clientes?
10. E-REFERÊNCIAS
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação Balanced Socorecard. Rio de
Janeiro: Campos, 1997.
EAD
Ferramentas Avançadas da
Qualidade
6
1. OBJETIVO
• Compreender o uso e aplicação das ferramentas estatísti-
cas para a qualidade.
2. CONTEÚDOS
• Controle Estatístico de Processo – CEP.
• Desdobramento da Função Qualidade – QFD.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, você aprendeu que é possível a cone-
xão dos processos, indicadores e objetivos táticos com a estratégia
operacional e de negócios, quando elas estão entrelaçadas com os
objetivos da organização.
Nesta unidade, última de nossos estudos, você compreen-
derá como o uso e a aplicação das ferramentas estatísticas são im-
prescindíveis para a qualidade.
Conceitos históricos
O Dr. Walter Shewhart, do Bell Labs, enquanto estudava os dados
de um dos processos de seu laboratório, na década de 20, foi o
primeiro a formalizar a distinção entre variação controlada e não
controlada, que corresponde ao que é chamado de causas comuns
e causas especiais. Ele desenvolveu uma ferramenta simples, mas
poderosa, para separar esses dois tipos de causas, que chamou
de carta de controle. Desde essa época, as cartas de controle têm
sido usadas com sucesso numa grande variedade de situações de
controle de processo. A experiência tem mostrado que as cartas
de controle efetivamente evidenciam causas especiais de variação
quando elas aparecem, e refletem a extensão da variação de cau-
sas comuns que devem ser reduzidas com a melhoria do processo
(VITAMINAS DR. CEP, 2006).
Atributo:
• Proporção Não-Conforme (p)
• Número de Itens Não-Conformes (Np)
• Não-Conformidades (c, u).
Construção:
• Comece planejando como e onde você adquirirá seus dados
(escreva uma Definição Operacional).
• Complete a informação de identificação da carta (o que está
sendo medido, datas, local, coletor).
• Calcule a média de processo (somente para Cartas de Controle).
• Calcule os limites de controle superior e inferior (somente para
Cartas de Controle).
• Determine a escala para a carta de controle, esboce o centro e as
linhas de controle.
• Interprete o gráfico (VITAMINAS DR. CEP, 2006).
O que é o QFD?
A Casa da Qualidade
A Casa da Qualidade é indubitavelmente a mais importante das
matrizes do QFD. Isto porque todas as versões a incluem sempre
como a primeira casa, ou seja, como o primeiro desdobramento.
Ela é a matriz que auxilia o desdobramento dos requisitos do clien-
te em especificações técnicas do produto e permite que sejam es-
tipulados os valores metas para o desempenho em termos destas
características.
A casa da qualidade é obtida pelo cruzamento da tabela dos requi-
sitos do cliente (ou da qualidade exigida) com a tabela das caracte-
rísticas de qualidade.
TABELA DOS
REQUISITOS TABELA DAS
DOS CLIENTES CARACTERÍS-
TICAS DA
QUALIDADE
C
Q
A
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Esse é o momento ideal, para que você faça uma revisão des-
ta unidade.
Confira, a seguir, as questões propostas, para verificar o seu
desempenho. Junte todos os seus materiais e apontamentos e res-
ponda:
1) Quais são as quatro fases do desenvolvimento de um produto?
3) O que é CEP?
10. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final de nossos estudos nos quais você
compreendeu como o uso e aplicação das ferramentas estatísticas
são imprescindíveis para a qualidade.
Temos certeza de que esses conhecimentos servirão de
referência para você e sua vida profissional, sendo o ponto de
partida para outras descobertas e também a contextualização de
outras áreas de saber. Crie o hábito da pesquisa permanente, uma
exigência da vida profissional de hoje, aproveitando as estratégias
de aprendizagem sugeridas durante o curso.
11. E-REFERÊNCIAS
BOUER, G.; BERSSANETI, F. T.; MURAMOTO, M. QFD desdobramento da função
qualidade. Disponível em: <http://www.prd.usp.br/disciplinas/docs/pro2713-2006-
Gregorio_Joaquim/qfdgbintro.pdf>. Acesso em: 2 set. 2010.
Instituto Federal de Santa Catarina. Ferramentas de quadalidade. Disponível em: <http://
www.joinville.ifsc.edu.br/~valterv/Gestao%20da%20Qualidade/FERRAMENTA%20QFD.
pdf>. Acesso em: 26 ago. 2010.
SCHISSATTI, M. L. Uma metodologia de implantação de cartas de Shewhart para o
controle de processos. (dissertação de mestrado). Disponível em: <http://www.eps.ufsc.
br/disserta98/marcio/cap1.html>. Acesso em: 2 set. 2010.
Lista de Figuras
Figura 1 Ciclo de Melhorias Trazidas Pela Utilização do QFD. Disponível em: <http://
www.eps.ufsc.br/disserta/fiates/cap4/cap4.htm>. Acesso em: 3 set. 2010.
Figura 2 As quatro fases do desenvolvimento do produto. Disponível em: <http://www.
datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info50/50.html>. Acesso
em: 3 set. 2010.
Figura 3 A Casa da Qualidade. Disponível em: <http://www.datalyzer.com.br/site/
suporte/administrador/info/arquivos/info50/50.html>. Acesso em: 3 set. 2010.