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º
EDUCAÇÃO FÍSICA
Iniciação
Científica
José Normando Gonçalves Meira
José Normando Gonçalves Meira
iniciação Científica
2013
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
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Ministro da Educação Coordenadora Adjunta da UAB/Unimontes
Aloizio Mercadante Oliva Betânia Maria Araújo Passos
Unidade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Iniciação científica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Unidade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Conhecimento e ciência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Unidade 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Leitura e escrita de textos acadêmicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Unidade 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Trabalhos acadêmicos em geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Unidade 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
A pesquisa científica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Atividades de aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Educação Física - Iniciação Científica
Apresentação
Caro (a) acadêmico (a), as atividades propostas em um curso universitário são desafiadoras.
Inicia-se com ele uma relação muito especial com o conhecimento. O nosso objetivo para a dis-
ciplina Iniciação Científica, é oferecer ao estudante as ferramentas necessárias à aquisição dos
saberes propostos para o Ensino Superior em geral e, especificamente, do curso que escolheu fa-
zer. Esse objetivo será cumprido por meio das reflexões propostas sobre o próprio caráter da pro-
dução do conhecimento em seus diferentes níveis e dos procedimentos acadêmicos e as bases
filosóficas adequadas para que a sua execução seja eficaz. Espera-se do estudante universitário
uma atitude analítica, crítica, diante dos conteúdos que lhes são propostos e das realidades ob-
servadas, sendo capaz de apresentar considerações fundamentadas e abertas ao diálogo respei-
toso com outras percepções. Pretende-se desenvolver a autonomia intelectual necessária para
que no exercício das tarefas acadêmicas e futuramente no seu campo profissional, não seja ape-
nas um reprodutor ingênuo, acrítico, de informações recebidas. Ao contrário, que seja capaz de
analisá-las à luz do contexto e identificar os pressupostos teóricos, políticos e ideológicos ainda
que implícitos nas diversas situações. A disciplina, ao propor meios para que o estudante tenha
um bom aproveitamento durante o curso universitário, pretende oferecer contribuição relevante
para a formação desse espírito crítico, essencial à sua formação. Trabalharemos a disciplina em
cinco unidades. A primeira discutirá as especificidades da construção do conhecimento no En-
sino Superior, da autonomia esperada do estudante e os desafios dessa nova etapa. Na segunda
unidade será discutido o tema Conhecimento e Ciência, apresentando as peculiaridades do co-
nhecimento científico, seu alcance, métodos e limitações. A terceira unidade tratará das técnicas
de leitura e interpretação de textos. A quarta abordará os trabalhos acadêmicos em geral, tanto
aqueles que são pertinentes ao cotidiano dos cursos de graduação quanto àqueles que se re-
ferem à produção mais ampla nos cursos de pós-graduação e à carreira acadêmica, em geral. A
quinta unidade se ocupará da pesquisa científica e dos diversos aspectos relacionados à sua na-
tureza, relevância social, elaboração e publicação de resultados. Esperamos contribuir para que o
estudante e futuro profissional, seja dedicado à busca de novos conhecimentos, sempre de for-
ma analítica e produtiva. Bons estudos!
O autor.
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Educação Física - Iniciação Científica
Unidade 1
Iniciação científica
1.1 Introdução
Qual a diferença do conhecimento produ- tanto básica, propedêutica, instrumental. Nos
zido na educação básica daquele que é produ- períodos subsequentes, disciplinas tais como
zido no Ensino Superior? Embora a educação Métodos e Técnicas de Pesquisa, tem objeti-
escolar, em todos os seus níveis, esteja vincu- vos de preparar o aluno para à realização do
lada ao conhecimento científico, na universi- trabalho de pesquisa na sua área do conheci-
dade que o acadêmico inicia-se em uma etapa mento, apontando as possibilidades de ação
especial da produção desse conhecimento. É interdisciplinar e auxiliando, de forma especí-
na educação superior que o acadêmico apro- fica, na elaboração do Trabalho de Conclusão
funda-se na leitura e interpretação dos sím- de Curso (TCC). Nesse primeiro momento, é
bolos próprios da comunidade cientifica. A objetivo da Metodologia Científica demons-
disciplina que se propõe a iniciar e orientar o trar ao acadêmico os desafios próprios da sua
estudante nessa comunidade aparece no pro- nova etapa na produção do conhecimento e
jeto político pedagógico dos diferentes cur- como tirar o máximo proveito do curso que
sos com o nome de Metodologia Científica, escolheu fazer.
Iniciação Científica, Metodologia da Pesquisa Importantes obras adotadas como refe-
Científica, Técnica de Comunicação Científica, rência no estudo da iniciação científica, tem
dentre outros. As ementas, no entanto, nor- dedicado seus primeiros capítulos para alertar
malmente são muito semelhantes. A propos- o estudante quanto às diferenças da realidade
ta é que discussões em torno da natureza do universitária daquela que vivenciaram na edu-
conhecimento científico e os diálogos possí- cação básica. Severino (2002) e Ruiz (2002), por
veis com outros tipos de conhecimento sejam exemplo, apresentam sugestões muito práticas
conhecidos e refletidos sobre suas fronteiras e para que o estudante se adapte de forma efi-
seus limites. Propõe ainda discussões em tor- caz à nova metodologia de estudos. Nesta uni-
no da metodologia para a eficiência nos estu- dade, apresentaremos algumas peculiaridades
dos, na elaboração dos trabalhos do cotidiano dos estudos na universidade, a necessidade de
acadêmico e daqueles que visam a divulgação uma boa administração do tempo e organiza-
de resultados parciais ou finais das pesquisas, ção das atividades dos estudos, o aproveita-
preparando o estudante para outras etapas mento das aulas e a documentação dos seus
dos seus estudos, da sua produção acadêmica conteúdos e algumas sugestões práticas para
ou da sua carreira profissional. Normalmente é o aproveitamento adequado dos trabalhos ela-
oferecida no primeiro período para instrumen- borados em grupos. Ao final da leitura, avalie
talizar o bom aproveitamento nas demais dis- os seus hábitos de estudos, comparando-os
ciplinas e demais atividades do curso. É, por- com as informações contidas neste texto.
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UAB/Unimontes - 1º Período
PARA SABER MAIS qualificado, com habilidade para interpretar e dado para não se fazer uso errôneo da liber-
O termo “formação de articular os conhecimentos pertinentes à sua dade que pressupõe autonomia. Espera-se
qualidade” refere-se área de atuação é uma questão meramente in- que nesse nível, o estudante tenha maturida-
a obtenção daqueles dividual. Essa competência ou a sua ausência de para fazer suas escolhas, administrar o seu
saberes esperados por terá impacto social que deve ser considerado tempo. Não é necessário o controle na porta-
uma sociedade, em desde o início do seu preparo para o exercício ria da instituição para garantir a sua pontuali-
contexto específico,
para o exercício de uma profissional. Além desse aspecto, é preciso dade. Se houver uma necessidade de se che-
determinada profissão. considerar também que embora o ingresso na gar mais tarde, de sair mais cedo ou de até
Para aprofundar os Educação Superior no Brasil hoje esteja massi- mesmo se ausentar das aulas, espera-se que
estudos desse tema, su- ficado, uma Educação Superior de qualidade o sujeito consciente, autônomo, seja capaz de
giro a leitura de Gentili ainda é privilégio de poucos. Embora diversas avaliar suas prioridades. Aquele que faz mau
e Silva, 2001.
políticas venham sendo implementadas para uso dessa liberdade, entretanto, não demo-
popularizar o acesso ao ensino superior no rará a colher os frutos amargos da sua dis-
Brasil, questões sociais diversas que, devido plicência. Se esses frutos não forem colhidos
à sua complexidade, tem merecido amplas e durante o próprio curso, certamente o serão
aprofundas discussões, essa democratização no futuro, quando a sua formação deficiente
PARA SABER MAIS ainda pode ser considerada limitada. Assim, implicar em perda de espaço no seu campo
A “popularização” ou quem tem a oportunidade de ingressar-se na profissional.
“democratização” universidade deve investir todos os seus es- Severino (2002), por sua vez, destaca a
do acesso ao ensino forços para que o curso seja bem feito. Que os autonomia do estudante universitário na pro-
superior é tema que
também suscita intenso recursos investidos, tempo, esforço e dinheiro dução do conhecimento. Enquanto na edu-
debate. Como ampliar sejam bem aproveitados. Especialmente aque- cação básica havia uma grande dependência
o acesso sem prejudicar les que estudam em universidades públicas, do professor, o estudante agora deve ter a ca-
a qualidade? Sobre essa mantidos por recursos públicos, devem ter pacidade de fazer bom uso das informações
discussão, ver Neves,
consciência do papel social da sua formação. recebidas e ir além dos conteúdos discutidos
Raizer e Fachinetto,
2007. Ruiz (2002) ressalta que é preciso infor- em sala de aula e dos textos fornecidos pelo
mar a quem acaba de ingressar na vida uni- professor. Deve ser capaz de relacionar, arti-
versitária a utilização de métodos eficientes cular informações, ampliando-as por meio de
para o bom aproveitamento nos estudos. leituras que estejam além daquelas exigidas
Destaca a necessidade de atenção para as pelo professor. A grande preocupação do es-
diferenças da vida na universidade daquela tudante não deve ser se a atividade “vai valer
em que o estudante estava acostumado na nota”, mas se será importante para o consis-
educação básica. Segundo ele, é preciso cui- tente domínio do tema em estudo.
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Educação Física - Iniciação Científica
BOX 1
Alerta sobre a administração do tempo
No Ensino Superior a matéria é mais extensa e é necessária uma maior autonomia na for-
ma como nos organizamos, resultando frequentemente este tipo de pensamento: “.. falta mui-
to tempo para o exame e até lá ainda recupero...”. As situações de estudo sob pressão apenas
levam a um estado excessivo de fadiga, confusões, receios, dificuldades de concentração e re-
tenção (...) aconselha-se o planejamento das actividades de estudo e a elaboração de um ho-
rário. O planejamento adequado das actividades permite alcançar metas traçadas em menos
tempo do que aquele que é fixado inicialmente
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UAB/Unimontes - 1º Período
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Educação Física - Iniciação Científica
cia com ideias divergentes ou complementa- do grupo para que não haja dúvidas quanto ás ▲
res. É preciso cuidado, porém, para que tais responsabilidades assumidas. Outra reunião Figura 4: Trabalhos em
trabalhos sejam relevantes e cumpram seus já deve, em prazo estabelecido segundo a ne- grupo
objetivos, pois são várias as possibilidades de cessidade e conveniência do grupo, para que Fonte: Disponível em
<http://tiqx.blogspot.com.
prejuízo nesse tipo de atividade. São muitos haja o retorno referente as tarefas distribuídas br/2013/04/dicas-para-se-
os casos em que os acadêmicos simplesmen- nessa primeira reunião. Será o relatório inicial. -tornar-mais-produtivo-e.
te dividem o texto ou tema a ser estudado e Na segunda reunião o grupo verificará a ne- html> Acesso em jun. 2013
apresentam um trabalho fragmentado, desar- cessidades de outros encontros antes daquele
ticulado e que não representa a compreensão para aprovar o trabalho em sua forma definiti-
do grupo. Acaba se tornando um estudo indi- va, pronta para a entrega ou apresentação. O
vidual dos tópicos. Essa divisão em tópicos ou conteúdo final do trabalho é da responsabili-
capítulos para estudo individual não é errado, dade de todos que o subscreveram. É necessá-
desde que haja encontros para que todo o rio, portanto, que todos os membros do grupo
grupo tenha acesso aquele conteúdo e aprove estejam atentos a esse conteúdo, podendo
coletivamente o que foi elaborado pelo res- assim assumir tal responsabilidade. Embora
ponsável pelo tópico. A elaboração final passa essas reuniões normalmente sejam menos for-
a ser, desse modo, responsabilidade de todo o mais, é necessário que o coordenador do gru-
grupo. po atue como moderador, garantindo o direito
Para que o trabalho em grupo seja bem de participação de todos, o respeito para com
sucedido, algumas sugestões básicas. Os gru- as ideias apresentadas, bem como a objetivi-
pos não devem ser muito grandes. Não de- dade da reunião, evitando digressões intermi-
vem ter no mais de cinco membros. Deve se náveis e assuntos periféricos.
reunir sistematicamente para acompanhar e Após a leitura desta unidade foi possível
articular os resultados das ações propostas. perceber que se o acadêmico for criterioso na
Imediatamente após receber a tarefa (tema administração das atividades acadêmicas, no
ou texto para estudo), deve-se reunir, nomear aproveitamento do seu tempo para estudos
um coordenador e um secretário. Devem ser e dos recursos disponíveis, terá dado grande
anotados telefones e endereços eletrônicos passo para uma formação de qualidade. Sen-
dos participantes para que a comunicação seja do assim, é possível concluir que o sucesso
dinâmica. Nessa primeira reunião deve-se to- nos estudos e, posteriormente, na inserção no
mar conhecimento do trabalho a ser realizado campo profissional está mais relacionado ao
e estabelecidas as ações preliminares neces- esforço, á dedicação e seriedade do que pro-
sárias, tarefas distribuídas: divisão de tópicos priamente no talento ou mesmo em formação
do texto, levantamento bibliográficos, dentre privilegiada na educação básica. É importante
outros. O secretário anotará todas as decisões que compreendam que as dificuldades nor-
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UAB/Unimontes - 1º Período
malmente são superadas quando há interesse veis para a superação. Desta forma vale pon-
e responsabilidade. Para discutir a iniciação do derar que a disciplina Metodologia Científica
DICA estudante na comunidade acadêmica, é ne- tem como objetivo geral habilitá-lo para que
Assista ao filme “Um cessário que ele seja informado dos desafios a sua participação na aquisição e produção de
Sonho Possível” – Dra- que terá que enfrentar e dos caminhos possí- novos conhecimentos seja efetiva e eficaz.
ma norte-americano
baseado no livro “The
Blind Side”: Evolution
Referências
of a Game de Michael
Lewis. A obra trata so-
bre as possibilidades de
superação das condi-
ções adversas em busca
dos seus ideais. GENTILI, Pablo A. A.; SILVA, Tomaz Tadeu da (Orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educa-
ção: versões críticas. 10. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2001.
NEVES, Clarissa Eckert Baeta; RAIZER, Leandro e FACHINETTO, Rochele Fellini. “Acesso, expan-
são e equidade na educação superior: novos desafios para a política educacional brasileira”.
Sociologias. 2007, n.17, pp. 124-157.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
Unidade 2
Conhecimento e ciência
2.1 Introdução
Na continuidade das discussões propos- unidade discutiremos de forma introdutória o
tas iniciamos um diálogo a respeito de ques- conceito de ciência no seu sentido amplo e no
tões referentes aos conceitos de conhecimen- seu sentido estrito. Verificaremos ainda a re-
to e ciência. Desta forma indaga-se O que é lação entre o conhecimento científico, no seu
ciência afinal? Todo conhecimento é ciência? sentido específico, e as diferentes formas de
Em que sentido, podemos afirmar isso? Nesta conhecer.
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UAB/Unimontes - 1º Período
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Educação Física - Iniciação Científica
◄ Figura 5: Diferentes
formas de conhecer
Fonte: Disponível em <
http://ipesca.tripod.com/
pesca.htm> Acesso em
jun. 2013
são explicadas, apenas os resultados consta- pode ser considerado irracional. As suas bus-
tados. Em muitos aspectos da vida, seguem- cas e construções se sustentam sobre bases
-se os princípios do senso comum mesmo em racionais, até o fato de concluir que determi-
um ambiente moderno, marcado pela pre- nados aspectos das suas elaborações estão
sença do conhecimento científico. É necessá- além do alcance da razão são percebidos e
rio lembrar que todo conhecimento humano explicados racionalmente. Não há, portanto,
apresenta suas limitações. Podemos conside- conflito (necessariamente) entre teologia e
rar também que a limitação do senso comum ciência. Na verdade são conhecimentos dife-
reside no fato de não ter acesso às causas. É rentes, com métodos diferentes. Aqueles te-
possível que um resultado aparentemente po- mas da teologia que extrapolam a esfera da
sitivo em determinada situação, em outra pro- investigação científica não são negados pela
voque efeito colateral nocivo, por não ter sido ciência. Essa negação se chocaria com a pró-
considerada a particularidade do caso onde pria natureza da ciência que só faz afirmações
foi empregado. Não se pode, porém, tratar o verificáveis por meio de métodos próprios. A
senso comum como se fosse um conhecimen- autenticidade de textos bíblicos, por exem- GLOSSÁRIO
to inferior, irracional. Alves (2002) afirma ser o plo, tem sido afirmada do ponto de vista da Exegese: Palavra
conhecimento científico um desenvolvimen- arqueologia e da História. Quanto, porém, à originada do grego “ex”
que significa “fora” ou
to, uma hipertrofia do senso comum. Sem divina inspiração desses textos, porém, a ciên-
“para fora” e “agein”, que
o senso comum não haveria ciência pois é a cia simplesmente se cala, pois a sua metodo- significa “liderar” ou
partir dele, por ser racional, inteligente, é que logia não dá conta de pronunciar-se, entrar no “guiar”. É utilizada com
a ciência se desenvolve. Argumenta que da mérito desse tema. Afirmações relacionadas à o sentido de extrair
mesma forma que o telescópio é uma exten- teologia que extrapolam os limites do méto- o significado de um
determinado texto,
são para a visão e que só é útil para quem vê, do científico quando são feitas por cientistas,
levando-se em consi-
a ciência é uma extensão do senso comum, devem ser creditadas às convicções individu- derações os aspectos
e não poderia ser praticada por alguém que ais (questão de fé) e não à ciência. Deve-se, gramaticais, históricos.
não tenha capacidade de utilizar-se da razão. portanto, desfazer-se o mito de que a ciência
Podemos apontar outro tipo de conheci- nega a existência de Deus ou a fé. O máximo
mento normalmente discutido em contrapon- que a ciência pode fazer é calar-se a respeito
to com o conhecimento científico é o conhe- por não dispor de métodos que acompanhem
cimento teológico. Desta forma, ponderamos a fé em toda a sua extensão.
que enquanto a ciência lida com fenômenos O conhecimento filosófico, por sua vez,
observáveis, a teologia estuda os conhecimen- procura explicar o mundo, o homem e suas
tos apresentados de uma denominada revela- relações, tendo como instrumento único o
ção divina. A revelação divina como aqui men- raciocínio. Ultrapassa os limites do conheci-
cionada, pode ser entendida como elemento mento científico por ser especulativo e não
que parte do pressuposto que Deus se revela ter o propósito de verificar e demonstrar de
nas Escrituras e o seu desafio é apreender o forma concreta a realidade pensada. A demar-
conteúdo do texto sagrado. O conhecimento cação entre ciência e filosofia é relativamente
teológico comunica-se com a ciência, utilizan- recente. A autonomia da ciência em relação
do-se ,por exemplo, da arqueologia, da exe- á filosofia é um processo que se inicia com a
gese da hermenêutica para produzir os seus modernidade. Mais recente ainda é a consti-
conhecimentos. tuição das Ciências Humanas e sociais como
O conhecimento teológico também não área específica da produção científica, com
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UAB/Unimontes - 1º Período
métodos próprios. Embora sejam tipos dife- cartes, com os seus pressupostos cristãos. Se-
rentes de conhecer, é inegável a contribuição gundo esse estudo, longe de representar uma
fundamental da filosofia para o surgimento ruptura do conhecimento científico com a fé,
da Ciência Moderna. esses fundadores da ciência moderna, esta-
vam convictos de que o mundo era regido por
Deus, seu criador e mantenedor. Buscavam co-
nhecer as leis por ele estabelecidas para este
fim. Esses autores, fundamentam-se nas afir-
Figura 6: Revista Palavra ► mações dos próprios cientistas supra citados
Viva em vasta documentação por eles analisadas.
Fonte: Disponível em
http://www.editoracultu-
Questionam assim, a generalização de que o
racrista.com.br> Acesso cristianismo seria obscurantista e oposto ao
em jun. 2013 avanço da ciência. Hoykaas (1988), na mesma
direção, destaca principalmente as convicções
teológicas cristãs, protestantes, especialmente
as calvinistas, como motivadoras dos avanços
científicos. O princípio reformado, calvinista,
para isso é a convicção de que Deus é onis-
ciente, detentor de todo o saber, criou o ho-
mem á sua imagem e semelhança. A “vocação
para o saber”, nessa perspectiva, é um das ma-
nifestações da imagem e semelhança de Deus
no homem. O desenvolvimento desse poten-
cial, a compreensão do mundo de Deus e das
leis que o regem é, na verdade um dever do
homem, considerado como vice- regente do
mundo. Deus é o dono, o homem o adminis-
trador competente que, em tempo oportuno,
Após refletir em torno dos elementos re- prestará contas da sua administração. Na teo-
ferentes a ciência, vamos pensar um pouco logia cristã, especificamente de origem calvi-
a respeito da contribuição da filosofia grega nista, é enfatizado o “mandado cultural”, isto
para a construção das teorias científicas mo- é, a ordem divina para o homem “dominar,
dernas que tem sido consenso entre os auto- cultivar e guardar” o mundo que pertence a
res que discutem a História da Ciência. Sendo Deus (Baseando-se em Gênesis 1.26,27 e 2.15).
assim, podemos ressaltar que alguns autores Especificamente nesse tópico, Hoykass (1988)
tem levantado a seguinte questão: se a ciência tem como referência o conceito weberiano
moderna surgiu no ocidente, num ambien- de “ascetismo intramundano”. Weber (1996)
te que, além das marcas oriundas da filoso- afirma que o cristianismo em geral é asceta,
fia grega, era fortemente marcado por uma ou seja, nega o mundo. Uma peculiaridade do
cosmovisão cristã, nesta direção podemos protestantismo, especialmente o calvinista, é
indagar: qual a contribuição do pensamento entender essa negação do mundo enfrentan-
cristão no surgimento da ciência moderna? A do-o procurando a glória de Deus. Os referi-
respeito da presente indagação encontramos dos autores, entendem que, considerando as
o pensamento de Pearcey e Thaxton (2005), origens da ciência moderna, quanto ao tempo
que por exemplo, demonstram que é surpre- e quanto ao espaço, não se pode ignorar esses
endente relação entre as teorias de Galileu, aspectos fundadores, além da inquestionável
Copérnico, Kepler, Isac Newton e René Des- influência da filosofia grega.
2.4 Peculiaridades do
conhecimento científico
Nas reflexões que realizamos observa- ciais e para resolver os seus problemas. Para
mos que são diversas as formas utilizadas continuarmos é preciso que consideremos
pelo homem para buscar explicações para o a delimitação dos nossos objetivos em tor-
mundo em que vive, para as suas relações so- no do conhecimento científico, sendo assim
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Educação Física - Iniciação Científica
Fica claro, portanto, que embora os prin- cimento científico e que é preciso observar
cípios gerais sejam os mesmos, as ciências so- essas fronteiras, é necessário também identifi-
ciais têm suas peculiaridades que devem ser car as possibilidades de articulação entre elas,
consideradas. No próximo tópico desta unida- evitando assim uma especialização reducio-
de, verificaremos que embora haja especifici- nista, limitadora do alcance dos aspectos mais
dades nas diversas áreas do saber, do conhe- amplos da realidade.
2.5 Delimitações e
interdisciplinaridade
Conforme proposta, salientamos que o dução humana e, portanto limitada, tornou-
objetivo da ciência é a explicação da realidade. -se necessária a fragmentação da realidade
Sendo assim, podemos considerar que essa na tentativa de compreendê-la melhor. Com
realidade é ampla e são diversos os aspectos o desenvolvimento da ciência, o surgimento
que precisam ser explicados. Por ser uma pro- de diversos problemas a serem abordados,
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UAB/Unimontes - 1º Período
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Educação Física - Iniciação Científica
Referências
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: Introdução ao Jogo e suas Regras.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
PEARCEY, Nancy R. ; THAXTON, Charles B. A alma da ciência: Fé Cristã e Filosofia Natural. São
Paulo: Cultura Cristã, 2005.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas 2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
Unidade 3
Leitura e escrita de textos
acadêmicos
3.1 Introdução
Vejamos nesta unidade algumas dicas tância de se ler bem. Ler, compreender e ter
práticas para a leitura proveitosa. É impossí- a autonomia para relacionar o pensamento
vel exagerar a importância da leitura para o dos diversos autores sobre os temas estuda-
crescimento intelectual do acadêmico. Como dos. Como adquirir essa capacidade? Vejamos
veremos neste texto, os autores que discu- algumas informações que poderão ser úteis
tem esse tema ressaltam a importância de para que os acadêmicos desenvolvam essa
se ler muito. Ressaltam ainda mais a impor- habilidade indispensável.
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UAB/Unimontes - 1º Período
GLOSSÁRIO mário, do prefácio, da apresentação. A leitura dificuldades para que sejam seguidos esses
Hermenêutica: Ciência do texto, destacando termos desconhecidos e procedimentos em todas as leituras exigidas
da interpretação. tópicos que sejam fundamentais para os obje- pelo curso, considerando o número de discipli-
Palavra que vem do tivos imediatos da leitura proposta. Os termos nas e de trabalhos a serem realizados, além das
grego hermenêuo, desconhecidos devem ser consultados antes atividades além da vida acadêmica. Essas difi-
que significa, “eu da próxima leitura. A segunda leitura, que pode culdades não devem servir de justificativas para
interpreto”. Aplica-se
a diversas áreas do ser chamada de leitura seletiva, o leitor deverá que as leituras sejam superficiais. O grande de-
conhecimento: filosofia destacar as ideias principais do texto, as pala- safio será a superação, motivado pelo objetivo
(refletindo sobre a te- vras chave. A terceira fase da leitura, a analítica, da produção do conhecimento. Ler, compre-
oria da interpretação), crítica, interpretativa, é quando o leitor avalia as ender o conteúdo dos textos lidos e ser capaz
Teologia (Hermenêutica principais afirmações do autor e a base sobre de aplicá-lo ás diferentes situações, é o que fará
sagrada, que ocupa-se
da interpretação dos a qual ele se apoia. Na terceira fase o estudan- toda a diferença na ação do profissional bem
textos bíblicos), Direito te perceberá o progresso da sua compreensão. formado e em constante formação. Rui Barbosa
(Hermenêutica jurídi- Terá se familiarizado com a abordagem do au- ressaltando a importância da compreensão dos
ca), História (referindo- tor, conceitos, teses. É compreensível que haja conteúdos lidos, afirma:
-se à interpretação das
fontes) dentre outras Mas, senhores, os que madrugam no ler, convém madrugar-se também no
pensar. Vulgar é o ler, raro o refletir. O saber não está na ciência alheia, que se
absorve, mas, principalmente, nas ideias próprias, que se geram dos conheci-
mentos absorvidos, mediante a transmutação, por que passam, no espírito que
os assimila. Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transfor-
mador reflexivo de aquisições digeridas. (BARBOSA , 2008, s/p)
DICA
Para ampliar o conceito O leitor que deseja uma compreensão pregada na sua produção? Quais as principais
de leitura, que deve ir adequada do texto lido deve praticar alguns afirmações do autor e em quais fontes e argu-
além da decodificação exercícios elementares de hermenêutica. Esse mentos ele se fundamenta? Como esse texto
de símbolos, sugere-se exercício consiste em fazer algumas perguntas pode se relacionar com outras abordagens?
a leitura de FREIRE, Pau-
lo. A Importância do básicas ao texto lido, verificando se ao término Ruiz (2002, p. 52-53) sugere que o estudan-
Ato de Ler. 23. ed. São da leitura tais questões ficaram esclarecidas. te seja criterioso também quanto ao ambiente
Paulo: Autores Associa- Quem escreveu esse texto? Um conhecimento de leitura. Deve procurar um lugar adequado,
dos/ Cortez, 1989 da trajetória do autor, das suas credenciais, do arejado, iluminado e silencioso. Deve ser cuida-
seu trânsito, suas produções na área que o tex- doso também quanto ao “silêncio interior” para
to se insere ou em áreas afins. Esses dados se- que dedique a sua atenção ao texto lido. Deve
rão importantes na compreensão do conteúdo ter em mãos lápis, bloco de notas e dicionário.
lido. Quando o texto foi escrito? A publicação Após a leitura cuidadosa e a busca dos da-
se deu no mesmo período em que foi produzi- dos sugeridos, a escrita de um resumo será um
do? Se há uma distância temporal entre a pro- importante teste de compreensão. Além de tes-
Figura 8: Leitura e dução do texto e a sua publicação, o que diz tar o seu próprio entendimento do texto, será
escrita o prefácio que justifica a sua publicação ou o também um treinamento na escrita. Essa capa-
Fonte: Disponível em < que dizem os prefácios das diferentes edições? cidade de síntese das leituras realizadas será útil
http://noticias.universia. Quais os objetivos do autor na produção desse na escrita de textos acadêmicos, como veremos
com.br> Acesso em jun.
2013
texto? Qual a sua fundamentação teórica? Qual mais adiante, no estabelecimento de diálogo
a natureza do texto e qual a metodologia em- com os diversos autores.
▼
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UAB/Unimontes - 1º Período
Referências
BARBOSA, Rui. Oração aos moços. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 23. ed. São Paulo: Autores Associados/ Cortez, 1989.
OLIVEIRA, Sérgio Wagner. Dicas para Escrever textos Acadêmicos. In: Folhetim de aprendiza-
gem. N. 22. Lavras MG: UFLA, 2001.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas 2002.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
Unidade 4
Trabalhos acadêmicos em geral
4.1 Introdução
Na sequência de nossas reflexões, vamos científica e, então, abordaremos a respeito dos
tratar nesta unidade os trabalhos didáticos trabalhos mais elaborados que objetivam-se
que são considerados comuns no cotidiano ao exercício da iniciação científica como ,por
dos cursos universitários, normalmente soli- exemplo, as monografias, dissertações, e de-
citados pelos professores das diversas disci- mais trabalhos de divulgação de resultados
plinas com o objetivo de favorecer e avaliar a parciais e finais das pesquisas. Iniciemos, por-
compreensão dos conteúdos estudados. Na tanto, com os trabalhos mais comuns no curso
unidade seguinte, discutiremos a pesquisa de graduação.
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UAB/Unimontes - 1º Período
4.4 Fichamentos e
documentação de estudos
O fichamento ou documentação de es- registros dos diversos textos, aulas, palestras,
tudos também são pedidos como exercícios possam ser organizados sistematicamente.
relacionados à leitura de textos. Essa prática, Quando se está realizando leituras com obje-
porém, também chamada de “documentação tivos específicos de escrever uma revisão de
pessoal”, deveria fazer parte do cotidiano do literatura, uma pesquisa, a documentação do
estudante com o objetivo de registrar, arqui- conteúdo das leituras em fichas adequadas
var, guardar, de forma seletiva, informações torna-se muito importante. Depois de realiza-
obtidas durante o curso. Os cadernos de ano- das as leituras, uma análise é feita, facilitando
tações, os textos simplesmente sublinhados a organização do conteúdo do texto que se
nem sempre são lembrados ou encontrados pretende escrever.
em um momento de necessidade e as infor- Além dos objetivos supramencionados,
mações guardadas na memória, nem sempre durante os cursos de graduação, os professo-
resistem ao tempo. O estudante organizado res normalmente pedem fichamentos de tex-
que registra e arquiva criteriosamente às in- tos com a finalidade de exercitar o estudante
formações desejadas sempre os conteúdos na leitura e no registro dos conteúdos lidos.
estudados terá acesso fácil à informações de- A classificação dos tipos de fichas pode
sejadas quando estiver produzindo um traba- variar. Apresentaremos aqui as formas mais
lho (RUIZ, 2002). Portanto, independentemen- comuns. A documentação temática e a bi-
te da solicitação dos professores, o estudante bliográfica. A temática reúne dados gerais,
deveria manter arquivos temáticos onde os inclusive fichas de leituras. A documentação
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Educação Física - Iniciação Científica
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UAB/Unimontes - 1º Período
Referências
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica.
6. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas 2002.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
Unidade 5
A pesquisa científica
5.1 Introdução
O que é uma pesquisa científica? Qual a ás diversas áreas do conhecimento? Quais os
sua relevância social? O pesquisador é neu- procedimentos necessários para a sua reali-
tro, imparcial quando realiza uma pesquisa zação? Qual a postura ética esperada de um
ou é influenciado por seus pressupostos te- pesquisador para que a credibilidade de sua
óricos, filosóficos e até pessoais? Se tal influ- pesquisa seja reconhecida?
ência existe, até que ponto isso não influen- Essas questões, complexas, que deman-
ciará na credibilidade da sua pesquisa? Se a dam profunda reflexão, serão discutidas de
pesquisa científica é relevante para a socie- forma introdutória nos tópicos seguintes. Es-
dade em geral, como os seus resultados são peramos que essa abordagem seja suficiente
divulgados na comunidade científica? E como para cumprir o objetivo de motivar o acadêmi-
tais resultados chegam à sociedade em ge- co ao aprofundamento dessas considerações
ral? Quais os tipos de pesquisa pertinentes por meio de outras leituras.
Partindo desse breve conceito de ciên- tantos investimentos nessa área em uma so-
cia, portanto, busquemos, a seguir, respon- ciedade carente de tantos serviços básicos?
der questões tais como: qual a relevância A pesquisa, nesses contextos, pode ser uma
social da pesquisa científica? São pertinentes prioridade?
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UAB/Unimontes - 1º Período
tidade para a qualidade. O motor dessas não é, depende da matéria” (DUARTE e FUR-
mudanças são as contradições internas dos TADO, 2002, p. 24). O próprio pensamento
próprios fenômenos em geral. O materialis- não se constitui independente da matéria,
mo histórico dialético é o enfoque dessa cor- mas é sua representação. Sobre a aplicação
rente na pesquisa nas ciências sociais. Parte desses princípios da dialética á pesquisa cien-
do pressuposto que “a existência se justifica tífica, Triviños afirma:
enquanto matéria e que tudo o que existe, se
Como já foi dito na unidade 2, alguns decaiu ao mesmo tempo do estado de ino-
autores tem afirmado a necessidade de se cência e do domínio sobre a natureza. Ambas
considerar influência da cosmovisão cristã na essas perdas, entretanto, podem ser mesmo
pesquisa científica moderna. Além de Pearcey nesta vida reparadas em parte; a primeira pela
e Thaxton (2005) e Hoykaas (1988), Shaeffer religião e pela fé, a segunda pelas artes e pelas
(1962) aponta para essa necessidade, conside- ciências.
rando, em primeiro lugar, “os primórdios da Além das origens da ciência moderna
ciência moderna” e o seu ambiente fortemen- em ambiente cristão, deve ser considerado o
te influenciado pela concepção cristã. Para de- fato de que instituições confessionais cristãs
monstrar a influência dessa visão de mundo e pesquisadores cristãos continuam contri-
cristã, cita Francis Bacon, na obra Novum Or- buindo para a produção científica e o fazem,
ganun Scientiarum (o Novo Órgão da Ciência): naturalmente, a partir de um determinado
Quando ele afirma que o homem pela queda ponto de vista.
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Educação Física - Iniciação Científica
▲
dos, é básica, imprescindível a todos os tipos de forma a torná-lo mais explícito ou a cons-
Figura 13: Tipos de
de pesquisa acadêmica. A análise de aborda- truir hipóteses”. Esse tipo de pesquisa envol- Pesquisa
gens, em livros, artigos científicos, que ofere- ve, além da pesquisa bibliográfica, entrevistas Fonte: Disponível em
cem fundamentação teórica para a análise dos com pessoas envolvidas com o objeto de es- <http://www.qualifique-
dados a pesquisa original que se pretende fa- tudo, análise de informações e exemplos que pesquisa.com.br/servico.
html> Acesso em jun.2013.
zer. Dependendo dos objetivos, se for apenas favoreçam a compreensão do objeto propos-
uma revisão de literatura, por exemplo, a pes- to. A pesquisa descritiva realiza o levantamen-
quisa pode ser ater á essa análise bibliográfica. to de dados, apresentando as características
Para facilitar o entendimento, os tipos de específicas do objeto investigado. Utilizam-se
pesquisa tem sido normalmente considerados normalmente para realizá-la, questionários,
quanto aos objetivos, quanto ao delineamen- observações sistemáticas que, á luz da biblio-
to e quanto às formas de abordagens. Quanto grafia, poderão ser objeto da apresentação
aos objetivos a pesquisa pode ser exploratória, proposta. A pesquisa explicativa, cumprindo
descritiva ou explicativa. É possível, e há que o papel fundamental do conhecimento cientí-
afirme que seja mesmo necessário, que a pes- fico, encarrega-se de aprofundar-se no objeto
quisa acadêmica/científica sempre se utilize que além de conhecido e descrito, será anali-
desses três tipos ao mesmo tempo. Partindo sado de forma reflexiva e crítica. Devido a es-
da exploratória, não se limitando á descrição, ses objetivos é que alguns autores preferem
apresentando uma análise dos fenômenos tratar esses tipos de pesquisa “quanto aos ob-
estudados. De qualquer forma é pertinente jetivos” de estágios da pesquisa, em vez de ti-
considerar os três tipos separadamente. Para pos de pesquisa. Consideram que, na verdade,
Duarte e Furtado (2002, p.27), a pesquisa ex- é a pesquisa explicativa que cumpre o objeti-
ploratória “enfatiza a descoberta das ideias; vo final do trabalho científico.
proporciona a familiaridade com o problema Quanto ao delineamento, são vários os
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UAB/Unimontes - 1º Período
tipos de pesquisa que podem ser menciona- dados coletados. Utiliza-se de técnicas esta-
dos, sem a pretensão de esgotá-los. Apresen- tísticas. A pesquisa qualitativa privilegia a in-
taremos os que tem se destacado no meio terpretação dos dados. Analisa os processos e
acadêmico. seus significados.
As técnicas de coletas de dados estão di-
retamente vinculados aos tipos de pesquisa. A
pesquisa documental, por exemplo, exige o le-
vantamento de documentos diversos, relacio-
nados ao problema da pesquisa, em arquivos
públicos e particulares. A interpretação desses
documentos da abordagem. A pesquisa de
campo apresenta uma variedade de possibili-
dades quanto ás técnicas de coletas de dados:
questionários, entrevistas, observação. Triviños
(1987) apresenta orientação detalhada quanto
ás vantagens e limitações dessas técnicas, apli-
cáveis, especialmente nas ciências sociais.
Ao propor a realização de uma pesqui-
sa, portanto, é necessário que se observe com
clareza, qual será o tipo de pesquisa mais ade-
quado para a busca de respostas ao problema
levantado. Escolhido o tipo de pesquisa, as
técnicas de coletas de dados consideradas per-
tinentes também serão escolhidas. É preciso
afirmar as razões de tais escolhas, bem como
as limitações dos tipos de pesquisa e das técni-
▲ cas de coletas de dados escolhidas. Essa é uma
Figura 14: Coleta de A pesquisa documental que consiste na discussão que deverá ser empreendida no pla-
dados utilização de documentos “de primeira mão” nejamento de pesquisa. Esse é o tema da nossa
Fonte: Disponível (Cf. DUARTE e FURTADO, 2002, p. 30) que ain- próxima abordagem.
em <http://observa-
cao5.pbworks.com/w/ da não foram objeto de análise ou publicação.
page/6860824/FrontPa- Esse tipo de pesquisa é fundamental para a
ge> Acesso em jun. 2013. produção do conhecimento histórico. A pes-
quisa histórica é documental, fundamenta-se
na análise de fontes primárias. A pesquisa ex-
perimental consiste na seleção do objeto de
estudo e das variáveis que poderiam influen-
ciá-lo, as condições de análise e as formas de
sua observação. A pesquisa de campo consiste
na busca de informações diretamente com os
grupos ou pessoas que fazem parte do objeto
da pesquisa, no local onde ocorremos fenôme-
nos que serão analisados. Dois outros tipos de
pesquisa podem ser associados à pesquisa de
campo: a pesquisa participante que caracteri-
za-se pela interação entre os pesquisadores e
as populações ou grupos investigados. A pes-
quisa-ação, além de reunir as características da
pesquisa participante, caracteriza-se pela inter-
venção do pesquisador ou pesquisadores nas
realidades pesquisadas. A partir dos dados co-
letados e analisados, é buscada a solução para
os problemas coletivos constatados.
Quanto à abordagem do problema a ▲
pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa. Figura 15: Técnicas de coleta de dados.
A pesquisa quantitativa privilegia a quantifi- Fonte: Disponível em <:http://monografias.brasilescola.
com/regras-abnt/entrevista.htm> Acesso em jun. 2013
cação dos dados, traduzindo em números os
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Educação Física - Iniciação Científica
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UAB/Unimontes - 1º Período
de pesquisa
Vamos prosseguir nas nossas reflexões Aperfeiçoamento de pessoal de Ensino Supe-
sobre a pesquisa científica, destacando a ne- rior, realiza rigorosa avaliação dos programas
cessidade da divulgação dos seus resultados. de pós- graduação stricto sensu e um dos cri-
Por ser relevante, a pesquisa científica deve térios mais importantes é a realização de pes-
ter os seus resultados amplamente divulga- quisa e divulgação dos seus resultados por
dos. Normalmente há exigência, inclusive, de meio da participação em eventos e publica-
que as pesquisas realizadas com o auxílio de ção em periódicos qualificados. Pesquisado-
bolsas, financiadas com dinheiro público, se- res e instituições são avaliados por produção
jam disponibilizadas ao público logo depois científica.
da sua conclusão. Os relatórios de publicações Por essa razão, o estudante que almeja
e participações em eventos também são exi- preparar-se para seguir carreira acadêmica
gidos periodicamente. A publicação de livros, deve, desde o início do seu curso, desenvolver
capítulos de livros, artigos em periódicos es- a habilidade de pesquisador e na escrita dos
pecializados, em anais de eventos são meios seus resultados. Deve interessar-se na busca
de divulgação dos resultados parciais, das de orientação para desenvolver pesquisas,
pesquisas em andamento ou finais, das pes- apresentação de trabalhos em eventos e pu-
quisas concluídas. A CAPES – Coordenação de blicação de artigos.
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Educação Física - Iniciação Científica
Devido ao avanço da ciência, da pesquisa desenvolvidos (cf. ARAÙJO, 2003, p. 59). Por
científica e dos mecanismos de divulgação de volta de 1960 intensificam-se os debates em
trabalho, tem crescido também a busca de so- torno da necessidade de revisão das pesquisas
lução para questões importantes relacionadas à que envolvem seres humanos, passando a exi-
ética na pesquisa em todas as áreas do conheci- gir tais revisões das pesquisas ainda na fase de
mento. Inicialmente a preocupação com o tema projetos. Começam a surgir os comitês de ética
parecia ater-se à área da pesquisa em saúde, nas instituições de produção do conhecimento
por lidar diretamente com seres humanos em científico. No Brasil, a resolução 196 de 10 de
situação de risco e com questões da bioética. outubro de 1996 estabelece diversos cuidados
Atualmente tem sido reconhecida a necessida- quanto aos procedimentos na realização das
de de cuidados para com as pesquisas em geral pesquisas. O consentimento e livre esclarecido,
que direta ou indiretamente lidam com seres que é a anuência dos sujeitos que participarão
humanos. O primeiro código para disciplinar do processo resguardam esses participantes de
abusos cometidos em nome do progresso da abusos por parte dos pesquisadores. Além des-
ciência e do estado foi elaborado em 1947, o ses aspectos disciplinados em lei, há outros que
código de Nuremberg. A partir de então, meca- devem ser considerados no âmbito do bom
nismos de controle dessas atividades para evi- senso que se referem ao caráter do pesquisa-
tar a “cobaização” de seres humanos têm sido dor. Tagata comenta:
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UAB/Unimontes - 1º Período
Referências
ARAÚJO, Laís Záu Serpa de. Aspectos éticos da pesquisa científica. IN: Pes qui Odon tol Bras
2003; 17 (Supl 1): 57-63.
DUARTE, Simone Viana; FURTADO, Maria Sueli Viana. Manual para elaboração de monografias
e projetos de pesquisas. 3. ed. Montes Claros-MG, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas 2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
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Educação Física - Iniciação Científica
Resumo
Unidade 1
Discute-se nesta unidade os desafios de inserir-se numa nova realidade quanto aos estudos.
Ressaltando as diferenças entre a produção/ reprodução do conhecimento na educação básica e
na universidade, respeitando-se os objetivos propostos para cada nível de ensino. A autonomia
exigida do acadêmico e das formas de realização do seu trabalho. A necessidade de uma boa
administração do tempo, de maturidade no estabelecimento das suas prioridades para que haja
um aproveitamento adequado e uma valorização coerente da oportunidade de se obter um títu-
lo acadêmico que corresponda à esperada qualificação.
Unidade 2
Esta unidade aborda a maravilhosa capacidade de conhecer por parte do ser humano e a
produção cultural decorrente dessa capacidade. As diferentes formas de conhecer e como os ti-
pos de conhecimento se articulam e dialogam, demonstrando a racionalidade humana na busca
de soluções para os problemas enfrentados. Devido aos objetivos do textos, é privilegiado aqui
o conhecimento científico com suas especificidades. Pensa-se a ciência e o seu caráter histórico,
dinâmico. Sua relevância para a humanidade, bem como as suas limitações por tratar-se de uma
produção humana, sujeita a pressupostos, visões de mundo e aos contextos nos quais é produzi-
da. Dentre as limitações discutidas, refere-se á necessidade de delimitações, de estabelecimentos
de áreas e subáreas do conhecimento científico. Apresenta ainda a necessidade de uma tentativa
de se superar a fragmentação do conhecimento por meio de ações interdisciplinares.
Unidade 3
Esta unidade procura oferecer orientações para a leitura e escrita de textos acadêmicos.
Práticas consideradas essenciais ao bom aproveitamento dos estudos na universidade, serão
também de grande relevância para o exercício profissional e demais atividades relacionadas à
produção do conhecimento científico empreendidas pelo acadêmico, principalmente os que se
inserirem na carreira docente ou outras que exigem a realização de pesquisas e divulgação dos
seus resultados.
Unidade 4
Unidade 5
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Educação Física - Iniciação Científica
Referências
Básicas
BARROS, Aidil de Jesus Paes e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: Pro-
postas Metodológicas. 8.ed.Petrópolis: Vozes,1999.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O Desafio do Conhecimento. São Paulo: Hucitec, 1993.
Complementares
ARAÚJO, Laís Záu Serpa de. Aspectos éticos da pesquisa científica. IN: Pesqui Odon tol Bras
2003; 17 (Supl 1): 57-63.
BARBOSA, Rui. Oração aos Moços. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1988.
DUARTE, Simone Viana; FURTADO, Maria Sueli Viana. Manual para elaboração de monografias
e projetos de pesquisas. 3. ed. Montes Claros-MG, 2002.
NEVES, Clarissa Eckert Baeta; RAIZER, Leandro e FACHINETTO, Rochele Fellini. “Acesso, expansão
e equidade na educação superior: novos desafios para a política educacional brasileira”. Sociolo-
gias. 2007, n.17, pp. 124-157.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 23.ed. São Paulo: Autores Associados/ Cortez, 1989
GENTILI, Pablo A. A.; SILVA, Tomaz Tadeu da (Orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educa-
ção: versões críticas. 10. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2001.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
OLIVEIRA, Sérgio Wagner. Dicas para Escrever textos Acadêmicos. In: Folhetim de aprendiza-
gem. N. 22. Lavras MG: UFLA, 2001.
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UAB/Unimontes - 1º Período
PEARCEY, Nancy R.; THAXTON, Charles B. A alma da ciência: Fé Cristã e Filosofia Natural. São
Paulo: Cultura Cristã, 2005.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: Guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
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Educação Física - Iniciação Científica
Atividades de
aprendizagem - AA
1) Produza um pequeno texto dissertativo, discutindo a importância dos trabalhos em grupos e
os procedimentos que favorecem o cumprimento dos seus objetivos.
2) No ensino há maior liberdade para fazer escolhas , estabelecer critérios de ação. Quais devem
ser os cuidados para que o estudante não se perca nesse discurso de autonomia?
3) Quais os procedimentos indicados para que haja maior aproveitamento das aulas?
5) Quais os procedimentos indicados para que se tenha uma compreensão adequada dos textos
lidos?
8) Comente os tipos de pesquisa quanto á abordagem, quanto aos objetivos e quanto ao de-
lineamento e relacione as técnicas de coleta de dados mais adequadas aos diferentes tipos de
pesquisa.
9) Qual a relação entre filosofia e pesquisa? Discuta os pressupostos filosóficos que norteiam o
trabalho do pesquisador
10) Elabore um texto dissertativo, discutindo a importância das questões éticas para as ativida-
des acadêmica e científica.
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