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Fundamentos e
Metodologia da
Matemática II
2011
Proibida a reprodução total ou parcial.
Os infratores serão processados na forma da lei.
EDITORA UNIMONTES
Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro
s/n - Vila Mauricéia - Montes Claros (MG)
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Ministro da Educação Chefe do Departamento de Ciências Biológicas
Fernando Haddad Guilherme Victor Nippes Pereira
Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes Coordenadora do Curso a Distância de Artes Visuais
João dos Reis Canela Maria Elvira Curty Romero Christoff
Diretora do Centro de Ciências Biológicas da Saúde - CCBS Coordenadora do Curso a Distância de Letras/Português
Maria das Mercês Borem Correa Machado Ana Cristina Santos Peixoto
Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA Coordenadora do Curso a Distância de Pedagogia
Paulo Cesar Mendes Barbosa Maria Narduce da Silva
UNIDADE 1
Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
UNIDADE 2
Sistema de numeração decimal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
UNIDADE 3
Conjunto dos números racionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
UNIDADE 4
Grandezas e Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
UNIDADE 5
Estatística e tratamento da informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.3 Codificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Apresentação
É preciso, ainda, não esquecer que a Matemática, além do objetivo de resolver
problemas, calcular áreas e medir volumes, tem finalidades muito mais eleva-
das. Por ter alto valor no desenvolvimento da inteligência e do raciocínio, é a
Matemática um dos caminhos mais seguros por onde podemos levar o homem
a sentir o poder do pensamento, a mágica do espírito. A Matemática é, enfim,
uma das verdades eternas e, como tal, produz a elevação do espírito. (TAHAN,
2008, p.107)
A organização desse caderno didático tem o propósito de construirmos juntos uma trajetó-
ria em relação ao processo ensino/aprendizagem do conhecimento matemático.
Essa produção traz para a discussão questões que são necessárias a esse processo, não só
no que diz respeito à preparação para o aprendizado dos conteúdos matemáticos, mas também
a possibilidade de desenvolvimento do trabalho docente realizado em sala de aula.
Esse processo não pode ser desconectado do significado e do sentido que a Matemática
tem em nossa vida cotidiana e do lugar que ela ocupa no edifício científico.
O trabalho com a Matemática desde a Educação Infantil até as séries mais avançadas mere-
ce um cuidado muito grande para não causar nos alunos um sentimento que não representa o
que a Matemática é de fato: uma ciência que foi construída ao longo da história da humanidade
pelos e para os homens com a intenção de resolver problemas da própria sociedade.
As reflexões apresentadas nesse caderno didático são resultado do empenho em oferecer
um material propício a docentes em formação, além de sabermos o quanto essas discussões são
relevantes e pertinentes para a Educação Matemática, principalmente por sabermos que, infeliz-
mente, em alguns casos, a Matemática é vista como uma disciplina difícil de ser ensinada e de ser
aprendida. Isso não representa o verdadeiro sentido dela, pois podemos dizer que ela apresenta
características próprias, assim como as outras disciplinas.
Nesse percurso, esperamos estimular o debate e despertar inquietações a partir das contri-
buições do material impresso, das dicas, das curiosidades, sugestões de atividades e dos mate-
riais em meio-eletrônico, bem como da lista de referências básicas e complementares que você
poderá consultar para ampliar esse conhecimento.
Desse modo, esperamos que este material propicie leituras e análises críticas e que sirva de
referência em outros contextos do seu curso.
Procuramos escrever um caderno que contribua com o seu trabalho ao longo do curso, mas
ele não dispensa a pesquisa em outros livros e materiais diversos.
Um bom trabalho!
Os autores.
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
UNIDADE 1
Geometria
Quase ao mesmo tempo, viveu Euclides de Alexandria, o mais célebre dos geômetras de to-
dos os tempos. Ele sintetizou toda a geometria conhecida na sua época no seu tratado “Elemen-
tos”, composto por 13 livros, que há poucos anos era o principal instrumento de trabalho dos
estudantes de geometria, o qual define termos como: pontos, linhas, planos, etc., mas não define
outros como: comprimento, distância ou declive que hoje tanto se usa atualmente nas salas de
aulas.
A influência dessa obra foi tão grande que, durante quase 1500 anos, poucos progressos se
fizeram na geometria, a não ser a aplicação dos conhecimentos existentes ao traçado de mapas
e Astronomia.
Só por volta de 1600, o matemático francês René Descartes introduziu uma verdadeira ino-
vação na geometria: descobriu que havia uma relação estreita entre as figuras geométricas e cer-
tos cálculos numéricos – geometria cartesiana – que é algébrica, embora se conheça por geo-
metria analítica. Assim, foi possível resolver facilmente, através do cálculo, problemas que eram
muito difíceis à luz da geometria. O método inventado por Descartes permite, por exemplo, que
um computador represente imagens e lhes dê movimento.
Assim como René Descartes, outros estudiosos desenvolveram pesquisas a partir da geo-
metria euclidiana, definindo novos parâmetros de estudos desse ramo da matemática.
Vejamos alguns nomes que se destacaram na história da Geometria:
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UAB/Unimontes - 6º Período
Gérard Desargues, francês, nascido em Lyon em 1591, foi matemático, arquiteto e enge-
nheiro militar desenvolveu os estudos da Geometria Projetiva (perspectiva) (Geometria
projetiva ou projectiva, é o estudo das propriedades descritivas das figuras geométri-
cas).Desargues faleceu na sua cidade natal em outubro de 1661.( disponível em http://
www.dec.ufcg.edu.br/biografias/GerardDs.html)
O estudo da geometria na escola pode acolher a fala do autor e protagonizar os conceitos da ge-
ometria sob um olhar do próprio aluno no espaço. Esse estudo pode contemplar a necessidade de co-
nhecimento do espaço, conceituando localização de um ponto no espaço e suas representações.
Nesse viés, a conceituação de ponto deriva de uma junção de informações. Para conceituar pon-
to, necessitamos de adotar um referencial e sua posição em determinado espaço. Justifica-se, então, a
ligação do ponto e o sistema de referências.
Para isso, sempre que formos localizar um ponto, necessitamos identificá-lo no sistema de refe-
rências que o compõe.
Esse conceito ajuda a definir a ideia de repouso e movimento na física, pois só definimos se um
corpo está em repouso ou em movimento considerando um sistema de referências.
Para auxiliar na compreensão desses conceitos de movimento e repouso, vejamos algumas si-
tuações:
Primeira situação:
Um grupo de cinco pessoas passeia de carro numa via central de uma cidade. Outro grupo de
cinco pessoas está parado em um ponto dessa via. Esses dois grupos de pessoas marcaram de se
encontrar numa praça na mesma via. Num determinado momento, o grupo de pessoas que pas-
seia de carro passa pelo outro grupo de pessoas que está parado na calçada. Eles se cumprimen-
tam e se dirigem para a praça.
Analisando a situação narrada de diferentes referenciais, chegaremos às seguintes conclusões:
Segunda situação:
Considerando o grupo de pessoas que passeia de carro e ainda o carro como referencial, concluí-
mos que as pessoas que se entreolham no interior do carro se veem em repouso;
Terceira situação:
Considerando o grupo de pessoas que está na calçada e vê o outro grupo de pessoas(citado ante-
riormente) passando por eles de carro, ou seja, o referencial está na calçada, então vê as cinco pessoas
no interior do carro em movimento.
Da mesma forma, para compreender e construir conceito de ponto num espaço, tem de conside-
rar um referencial. Agora, considerando um referencial, usaremos alguns exemplos de ponto.
Exemplo 1: Considerando o espaço sideral como referencial, pode-se considerar a terra como re-
presentação de um ponto;
Exemplo 2: Considerando um quadro negro da sala de aula como referencial, podemos identifi-
car o pingo da letra “i” escrita no quadro como representação de um ponto;
Assim, analisando os exemplos acima vemos que cada ser humano pode ser a representação de
um ponto, se considerarmos a terra como referencial de observação. A importância dos conceitos de
movimento e repouso auxilia na construção dos conceitos de localização e orientação, assim como no
aprofundamentos dos estudos da geometria euclidiana e analítica.
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UAB/Unimontes - 6º Período
O nosso corpo ainda permite organizar as relações com o espaço e com as outras pessoas e
objetos, podendo, ainda, conceituar as ideias de comprimento nas distâncias, áreas dos corpos e
de objetos, etc.. Os conceitos de massa na estrutura do corpo, a forma dos objetos, seu peso são
derivadas do estudo da capacidade de objeto.
A escola deve oferecer à criança situações em que ela entre em contato (mes-
mo que inicialmente de modo apenas sensorial) com todo tipo de objeto,
seja tridimensional, seja bidimensional, seja linear, seja unidimensional (TOLE-
DOS,1997, p.230)
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Objetivando conhecer mais sobre a forma e o tamanho dos objetos, compararemos as figu-
ras planas e não planas.
Figura Plana
é aquela em que todos os pontos se apóiam sobre a ◄ Figura 02: Figura plana
superfície em que repousa. Por exemplo, uma folha de Fonte: Toledos (1997, p.
sulfite sobre o tampo da mesa. 235)
Figuras planas
Assim sendo, Coll confirma que no meio ambiente podemos observar imagens que repre-
sentam polígonos. Para Coll (2002): “Polígono é definido como uma figura plana com três ou
mais lados (ou segmentos)”. Vejamos o exemplo do qual Coll fala:
LARGURA
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UAB/Unimontes - 6º Período
A classificação dos polígonos pode surgir depois de um belo trabalho com linhas. Com o
manuseio de cordas, mangueiras e barbantes, o professor pode iniciar o trabalho de conceitua-
ção de linhas abertas, fechadas, bem como dos tipos côncavos e convexos.
As linhas retas são linhas poligonais. As linhas poligonais quando têm as suas extremidades
livres são consideradas linhas poligonais abertas, e as linhas poligonais quando têm suas extre-
midades unidas num ponto comum é considerada linha fechada (Figura 05).
As linhas fechadas limitam uma área interna, por isso é denominada polígono (Figura 06).
▲ Para Toledos a definição de polígono é construída sobre fatores abstratos dos elementos básicos
Figura 05 e 06 de um polígono. É basicamente a união de linhas que limitam um espaço.
Fonte:
http://mundodos- O polígono é uma construção abstrata (tal como o poliedro), definida como
queak.blogspot. “uma curva plana, fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e
com/2008_09_01_archive. não colineares”; portanto trata-se apenas da fronteira, não se incluindo seu in-
html terior (TOLEDOS,1997, p. 244)
QUADRO 01
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Quadriláteros
▲
Figura 07: Paralelogramo
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UAB/Unimontes - 6º Período
Triângulos
O trabalho com os triângulos não é muito diferente do trabalho com os quadriláteros. Assim, po-
demos adotar critérios para a construção dos conceitos sobre as figuras planas triangulares.
Propomos construir triângulos com canudinhos ou palitos de picolé observando algumas
características:
• Triângulos que apresentam lados congruentes, ou seja, que tenham a medida dos lados
iguais;
• Triângulos com apenas dois lados iguais;
• Triângulos com os três lados com medidas diferentes.
Adotando essas três características dos triângulos, podemos classificar os triângulos quanto
à medida dos lados em:
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Podemos ainda classificar os triângulos pela medida dos ângulos internos em:
Triângulo Retângulo:
possui um dos ângulos interno medin- ◄ Figura 16: Triângulo
do 90º. Os outros dois ângulos internos são Retângulo
agudos. Fonte: Figura gerada no
Office Microsoft word
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UAB/Unimontes - 6º Período
Uma maneira de construir polígonos é colocar elásticos passando pelos pregos de um geo-
plano. Quando unimos os segmentos, formamos polígonos.
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
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Fonte: Toledos (1997, p. 238)
UAB/Unimontes - 6º Período
Referências
Fonte: Coll (2002, p. 228)
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Matemática: Conteúdos essenciais para o Ensino
Fundamental de 1ª a 4ª série.
PONTE, J. P., BROCADO. J., OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Hori-
zonte: Autêntica, 2003.
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. A Didática da Matemática: com dois e dois. São Paulo: FTD,
1997.
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
UNIDADE 2
Sistema de numeração decimal
Num número, os algarismos agrupam-se em classes. Cada classe tem três ordens: unidades,
dezenas, centenas
Os números escrevem-se e leem-se da esquerda para a direita.
A leitura habitual e corrente de um número faz-se por classes.
Exemplo: 2 345 134 lê-se: dois milhões, trezentos e quarenta e cinco milhares e cento e trin-
ta e quatro unidades.
Os Números consecutivos são números em que um deles é sucessor do outro.
Exemplo: 3 e 4 ; 99 e 100
Num número decimal, há uma parte inteira e uma parte decimal que são separadas por
uma vírgula.
Para se ler um número decimal, lê-se primeiro a parte inteira e depois a parte decimal. Na
parte decimal há décimas, centésimas, milésimas, décimas milésimas, etc.
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UAB/Unimontes - 6º Período
Nesse contexto, adição é a operação mais práticas dinâmicas como jogos e brincadeiras.
natural na vida da criança, porque está presen- O trabalho com a ideia de troca e agrupa-
te nas experiências infantis desde muito cedo. mento pode ser através de algumas práticas
Envolve apenas um tipo de situação, a de “jun- como as que veremos a seguir:
tar”, que é efetivamente prazerosa. Essa opera-
ção é uma das mais fáceis e pode ser realizada
numa faixa etária entre 5 e 6 anos. Nessa fase,
a criança convive naturalmente com uma ideia
egoísta da vida. Justifica o prazer em “juntar”,
“ganhar” e acrescentar.
O trabalho com adição depende um pré-
-requisito básico de troca e agrupamento. Su- ▲
gere-se um trabalho com material concreto e Figura 30: Troca e agrupamento
Fonte: (TOLEDOS, 1997, p. 66)
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
A escrita aditiva deve ser muito bem plane- Podem-se utilizar as barrinhas de cuisenaire na
jada envolvendo números fáceis. Segundo Kamii construção de “murinhos”. Depois é feito o registro.
e DeClark, 1986 apud Toledos (1997), a sequência O Algoritmo da Adição deve ser trabalho
de trabalho com a adição mais adequada é: depois que os alunos já tiverem domínio na
• Parcela até 4; ideia de trocas e agrupamentos e a sua repre-
• Parcela até 6; sentação simbólica no sistema de numeração
• Parcelas iguais; decimal. O ábaco pode ser um dos recursos di-
• Somas já conhecidas e o total auxiliar 10; dáticos usados na apresentação e construção
• Uso intuitivo da propriedade associativa da do algoritmo da adição.
adição, isto é, para encontrar o resultado de A figura que se segue mostra a utiliza-
Figura 33: Material
7 + 6, por exemplo, os alunos fazem primei- ção do ábaco de papel e o material dourado. Dourado
ro 7 + 3 = 10 e depois 10 + 3 = 13, pois sa- A operação apresentada no ábaco é simples Fonte: Toledos (1997,
bem que 6 = 3 + 3; logo, 7 + 6 = 7 + (3 + 3). e pode ser uma situação problema a partir da p.107)
A escrita aditiva deve ser feita com várias realidade dos alunos. ▼
práticas, com objetivo de dar significado à re-
presentação formal. Esse trabalho deve ser ini-
ciado com material concreto.
2.2.2 Subtração
A subtração é uma operação mais complexa que adição. Segundo Piaget, existe vários mo-
tivos que dificultam a aprendizagem sobre a subtração. Para Toledos:
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Para calcular 57 – 34 =?
▲
Figura 35: Operação de subtração ◄ Figura 38: Subtração no
Fonte: TOLEDOS (1997, p. 112) Ábaco
Fonte: Toledos (1997, p.
116)
Assim como a utilização do material de
cuisenaire:
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UAB/Unimontes - 6º Período
Exemplo:
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
2.2.3 Multiplicação
Na matemática, a multiplicação é considerada uma operação binária. Na sua forma mais simples,
a multiplicação é uma forma de se adicionar uma quantidade finita de números iguais. O resultado da
multiplicação de dois números é chamado produto. Os números sendo multiplicados são chamados de
coeficientes ou operandos e, individualmente, de multiplicando e multiplicador. Essa operação é uma
ferramente que auxilia a criança na comprensão de proporcionalidade.
A multiplicação como adição de parcelas iguais é a mais utilizada nas escolas de ensino
fundamental para resolver problemas de contagem.
A utilização da tabuada é necessária na construção dos conceitos multiplicativos, po-
rém, é bom ressaltar que a tabuada é apenas uma ferramenta prática que auxilia o trabalho
durante a resolução das atividades que envolvem essa operação, no momento de fixação e
verificação de resultados.
O trabalho inicial com a multiplicação deve ser baseado em atividades práticas, dinâ-
micas e contextualizadas.
Além da multiplicação com a ideia de soma de parcelas iguais devemos trabalhar com a
ideia de proporcionalidade, pois, a partir dela, a criança forma os conceitos de razão e proporção,
ajuda na compreensão de medidas, regra de três, porcentagem, probabilidades, semelhança de
figuras, escalas, número racional, entre outros conceitos. Assim, afirma Toledos:
▲
Figura 42: Comparação
Fonte: TOLEDOS (1997, p.137)
▲
• Comparando as dimensões dos objetos Figura 45: Comparação
em distâncias diferentes Fonte: TOLEDOS (1997, p.138)
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UAB/Unimontes - 6º Período
Figura 46: ►
Representação com
figuras
Fonte: Toledos (1997, p.122)
▲
Figura 48: Barras de Cuisenaire
FONTE: Toledos (1997 p.124)
Figura 47: ►
Representação com
figuras
Fonte: Toledos (1997, p.123)
▲
Figura 49: Ladrilhagem
FONTE: (TOLEDOS,1997 p.125)
TABELA
Quantidade
Quantidade Total de
de tampinhas
de caixas tampinhas
por caixa
5 8 40
7 3 -
6 - 24
- 5 15
Fonte: Toledos (1997 p.124)
▲
O professor pode ainda usar as barras de cui- Figura 50: Representação com Material
senaire para explorar a propriedade distributiva: Dourado
2.2.4 Divisão
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UAB/Unimontes - 6º Período
Para compreender melhor as ideias da divisão, devemos ressaltar a importância das relações
entre as naturezas dos elementos envolvidos na operação.
É bom lembrar que:
Sempre que queremos medir uma grandeza, escolhemos como uma unida-
de de medida uma grandeza da mesma espécie daquela que se quer medir e
a tomamos como padrão. Por exemplo, para medir a largura de uma quadra
esportiva, podemos usar como unidade padrão o nosso passo, um pedaço de
barbante, uma vareta, o nosso palmo, etc. (TOLEDOS,1997,p.147).
Sugestão de Atividades
Jogo do Resto
Conteúdo: Divisão
Objetivo: Desenvolver rapidez no cálculo da divisão com resto.
1. Tabuleiro para o jogo do resto
2. Peças e materiais usados no jogo.
3. Análise do tabuleiro (tabela com os restos da divisão das casas do tabuleiro pelos núme-
ros do dado).
4. Registro dos alunos das atividades realizadas em sala de aula.
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
ENTRADA 13 15 33 10 45 12
29
11 48 55 63 72 90 6
17 JOGO
92 22 65 83 18 80 23
DO 31
41 68 75 93 24 70 37
43 RESTO
47 28 85 57 36 60 53
59
67 16 95 27 44 50 61
71
58 49 3 2 1 0 SAÍDA
Referências
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Matemática: Conteúdos essenciais para o Ensino
Fundamental de 1ª a 4ª série, 2002.
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. A Didática da Matemática: com dois e dois. São Paulo: FTD,
1997.
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Unidade 3
Conjunto dos números racionais
O conjunto dos números racionais é conhecido como o conjunto das frações, porém esse
conjunto de números é composto de diferentes fatores, além das frações e suas operações. Po-
demos assim dizer que o conjunto dos números racionais é definido pela razão, divisão ou a
fração formada por dois números inteiros. Os números racionais têm características diversas e
podem ser apresentados em forma de fração (própria, imprópria ou aparente). Essas mesmas
frações quando identificadas por um denominador decimal (potência de 10) é denominada por
fração decimal e pode ser representada por um número decimal. O número decimal é composto
por parte inteira e parte decimal que são separadas por uma vírgula.
Assim, nesta unidade, vamos conhecer as frações, os números decimais e suas propriedades
nas operações fundamentais de adição, subtração, multiplicação e divisão.
37
UAB/Unimontes - 6º Período
Torna-se pertinente ressaltar que sinais de adição e subtração não eram empregados em
tais operações matemáticas, dado a sua inexistência.
É válido apontar a existência de grande variação na representação do sistema fracionário
segundo a sociedade e a época histórica. Assim, enquanto os egípcios utilizavam de frações uni-
tárias na maioria das vezes, os babilônicos faziam uso de frações cujo denominador era 60 (ses-
senta). A maneira de representação das frações utilizada atualmente remonta ao século XVI.
Grande parte do conhecimento matemático vigente na Antiguidade foi resgatado pelo
achado de inúmeros registros feitos em papiros, transformando-os em valiosas fontes históricas.
Dois desses importantes documentos encontrados são o Papyrus Rhind e o Papyrus de Moscou, os
quais, auxiliou na resolução de diversos problemas matemáticos de caráter cotidiano. Como
exemplo, a armazenagem do trigo, o preço do pão e na alimentação do gado).
A introdução dos estudos dos números racionais depende exclusivamente das frações. O es-
tudo das frações é necessário, porém ainda é feito de forma rígida nas escolas. Por influência da
matemática moderna, as frações eram trabalhadas geralmente como grandeza contínua, dificul-
tando a sua compreensão.
Normalmente a fração era definida apenas como uma razão de m/n, em que m e n são nú-
meros naturais e n ≠ 0.
A rigidez da definição de fração não contribui na construção da ideia de divisão entre dois
números.
Para Toledos (1997, p.167), o processo de ensino de fração está fundamentado num processo
prático de repetição, deixando de lado a construção dos conceitos fundamentais e necessários
de fração. Segundo Toledos,
O estudo de fração deve ser de forma prática, porém fundamentado em situações proble-
mas do cotidiano da criança. Para Piaget, o conceito de fração deve ser construído a partir do
período operatório-concreto. O professor deve também observar a capacidade da criança de
conservar quantidades, além de compreender as grandezas discretas e contínuas. A manipula-
ção de material concreto nas práticas de sala de aula com experiências pode auxiliar a criança na
compreensão de:
• Repartir grandezas contínuas e discretas em porções iguais;
• Verificar semelhança ou não por comparação de grandezas discretas e por superposição de
grandezas contínuas;
• Compor e recompor a partição.
Podemos iniciar o estudo das frações com algumas práticas dinâmicas. Vejamos:
Sugestão de atividades
38
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
▲
Figura 56: Tiras
fracionários
3.2.1 Adição e subtração de fração com denominadores iguais
39
UAB/Unimontes - 6º Período
▲
Figura 57: Adição e Subtração de Fração
Fonte: Toledos (1997, p.182)
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Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
No exemplo que se segue podemos ve- ção e subtração de frações com denominado-
rificar essa afirmação. res diferentes.
Para iniciar, buscamos situações proble-
mas com denominadores diferentes, porém
com equivalência visível.
Vamos a um exemplo simples de subtra-
ção de um número natural por uma fração.
1- 1 = 5 -1= 4
5 5 5 5
• Usamos a condição de equivalência de
que 1 inteiro corresponde a 5.
5
Um outro exemplo mostra também a uti-
lização da equivalência de fração na subtração
de 5 – 1 = ?
8- 4
▲
Então, temos:
Figura 61: Fração
Fonte: Toledos (1997, p.177)
3x1=1+1+1=3
7 7 7 7 7
A multiplicação entre duas frações é muito fácil, pois seu processo de resolução depende
apenas de multiplicar numerador por numerador e denominador por denominador.
2x3= 6
3 5 15
41
UAB/Unimontes - 6º Período
42
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
A representação do algoritmo da adição e da subtração de números decimais é feita com o Figura 68: Adição
uso de material dourado, ábaco de papel e o sistema monetário. e Subtração com
Vejamos alguns exemplos: números decimais
Fonte: Toledos (1997,
p.204)
a) Calcule 2,51 + 3,2 b) Calcule 5,4 – 2,36.
No ábaco: ▼
43
UAB/Unimontes - 6º Período
A divisão com números decimais exige Se multiplicarmos o divisor por certo núme-
uma compreensão de algumas regras práti- ro, o quociente fica dividido por esse número.
cas, tais como o produto e divisão de números
decimais por 10 e suas potências.
O trabalho com a divisão deve ser inicia-
do através de operações simples entre núme-
◄ Figura 67: Divisão
ros naturais. A continuação da divisão pode
Fonte: Toledos (1997,
levar a criança a entender e visualizar a parte p.210)
inteira e a parte decimal do número.
Os principais critérios que o professor
deve adotar para construir o conceito de divi-
são com números decimais são:
Na divisão, se multiplicarmos o dividen- Se multiplicarmos o dividendo e o divisor
do por um número qualquer, o quociente será pelo mesmo número, o quociente ñ se modifica.
multiplicado por esse mesmo número.
Referências
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. A Didática da Matemática: com dois e dois. São Paulo: FTD, 1997.
44
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Unidade 4
Grandezas e Medidas
Todas as grandezas físicas e escalares são mensuráveis. Essas grandezas estão inseridas na-
turalmente no nosso cotidiano, seja na forma de medidas de grandezas de comprimento, de
massa, capacidade.
Essa unidade dará destaque às medidas de comprimento, de massa e de capacidade, bem
como às suas propriedades na forma padronizada e não padronizada e sempre contextualizada.
45
UAB/Unimontes - 6º Período
Dentro do Sistema Métrico Decimal, a unidade de medir a grandeza comprimento foi de-
nominada metro e definida como “a décima milionésima parte da quarta parte do meridiano
terrestre” (dividiu-se o comprimento do meridiano por 40.000.000). Para materializar o metro,
construiu-se uma barra de platina de secção retangular, com 25,3mm de espessura e com 1m de
comprimento de lado a lado.
Essa medida materializada, datada de 1799, conhecida como o”metro do arquivo”, não é
mais utilizada como padrão internacional desde a nova definição do metro feita em 1983 pela
17ª Conferência Geral de Pesos e Medidas.
O litro
A unidade de medir a grandeza volume, no Sistema Métrico Decimal, foi chamada de litro
e definida como “o volume de um decímetro cúbico”. O litro permanece como uma das unida-
des em uso com o SI, entretanto, recomenda-se a utilização da nova unidade de volume definida
como o metro cúbico.
O quilograma
Definido para medir a grandeza massa, o quilograma passou a ser a “massa de um decíme-
tro cúbico de água na temperatura de maior massa específica, ou seja, a 4,44ºC”. Para materiali-
zá-lo, foi construído um cilindro de platina iridiada, com diâmetro e altura iguais a 39 milímetros.
Muitos países adotaram o sistema métrico, inclusive o Brasil, aderindo à Convenção do Me-
tro. Entretanto, apesar das qualidades inegáveis do Sistema Métrico Decimal - simplicidade, coe-
rência e harmonia - não foi possível torná-lo universal. Além disso, o desenvolvimento científico
e tecnológico passou a exigir medições cada vez mais precisas e diversificadas. Em 1960, o Siste-
ma Métrico Decimal foi substituído pelo Sistema Internacional de Unidades, doravante SI, mais
complexo e sofisticado que o anterior.
Sugestão de atividades
Lembrando o nosso sistema de numeração de base 10, vamos descobrir os múltiplos e sub-
múltiplos das unidades padrões que se seguem:
46
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
PESO E MASSA
Quando tratamos com medidas de massa, acabamos falando também em peso, como se
as duas grandezas fossem sinônimos. Na verdade, isso acontece porque a maioria das pessoas
utiliza indiscriminadamente os dois termos e, com alunos de curso básico, não há condições
de aprofundar o assunto.
Massa é quantidade de matéria que um corpo possui, e mantém-se sempre a mesma,
qualquer que seja o local onde o corpo se encontre.
Já o peso representa a força com que a terra atrai um corpo, e está relacionada à força da
gravidade:
LEMBRE-SE
47
UAB/Unimontes - 6º Período
QUADRO 01
Dinhei-
Comprimento Capacidade Massa Superfície Tempo(*)
ro(**)
Folha de
Não Palmo, Livro, Contar até Selos, figu-
Copo, colher livro,
convencionais passo sabonete 10 rinhas
borracha
Convencionais Galão, Arroba, Fânega,
Vara, polegada
antigas quarto libras celamim Ano, dia,
Real, escu-
Quilo- hora,
Sistema métri- Litro, deca- Metro qua- do, dólar
Metro grama, segundo
co decimal litro drado
grama
(*) O tempo é uma grandeza que não tem unidades no sistema métrico decimal.
(**) O dinheiro é uma grandeza especial: cada país tem suas próprias unidades
Fonte: Coll (2002, p.148)
Área do quadrado: é definida pelo produto Area do retângulo: é definida pelo pro-
das medidas dos lados da figura. duto entre a medida da base e a medida da
altura.
Aq= l x l
Ar = b x h
48
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
At = b x h Atr = ( B + b). h
2 2
Atividades
Observe a sua sala de
aula e defina o períme-
Essas são algumas áreas de figuras planas, além de outras como o losango, o paralelogramo, etc. tro dela.
Se a sua mesa tiver um
formato de uma figura
O perímetro é a soma das medidas dos lados de um polígono. plana regular, defina
Para exemplificar, vamos utilizar a figura que representa um terreno. o perímetro e área da
superfície dela.
Considerando as dimensões do terreno, seu perímetro será a soma das medidas dos lados da
figura.
Seja o perímetro:
P = 20 + 12 + 12 + 20 + 30 = 84 m
Referências
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Matemática: Conteúdos essenciais para o Ensino
Fundamental de 1ª a 4ª série, 2002.
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. A Didática da Matemática: com dois e dois. São Paulo: FTD,
1997.
49
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Unidade 5
Estatística e tratamento da
informação
A palavra estatística tem origem na palavra em latim status, traduzida como o estudo
do Estado e significava, originalmente, uma coleção de informação de interesse para o es-
tado sobre população e economia. Essas informações eram coletadas objetivando o resu-
mo de informações indispensáveis para os governantes conhecerem suas nações e para a
construção de programas de governo. No fim do século XVIII estatística foi definida como
sendo “o estudo quantitativo de certos fenômenos sociais, destinados à informação dos ho-
mens de Estado”. Desde então, esta definição tem agregado uma série de outras funções,
além, é claro, a de fornecer informações a nossos governantes. Para Farias, Soares e César:
A Estatística é uma ciência que se dedica ao desenvolvimento e ao uso de
métodos para a coleta, resumo, organização, apresentação e análise de da-
dos (FARIAS, SOARES & CÉSAR, 2003).
51
UAB/Unimontes - 6º Período
As listas organizam os dados de forma consecutiva (um após o outro). Dispondo os dados
dessa forma, podemos ainda organizá-los sob diferentes ordens, seja em ordem alfabética, nu-
mérica crescente, decrescente, etc.
Tabelas
As tabelas são formas de organização dos dados e podem ter vários tipos como tabelas de
frequência, tabelas com intervalos e tabelas com dupla entrada.
O intervalo é um conjunto de valores compreendidos entre dois números.
131,135,136,137,138,140,141,141,141,142,143,144,145,145,145,146,146,148,148,148,149,150,151,152,
153,154,160.
QUADRO 02
ALTURA DAS CRIANÇAS NÚMERO DE ALUNOS
De 131 a 135 2
De 136 a 140 5
De 141 a 145 10
De 146 a 150 7
De 151 a 155 5
De 150 a 160 1
52
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
QUADRO 03
A tabela de dupla entrada tem uma leitura mais complexa pelo número de informações que
a compõe.
Vejamos um exemplo:
Pesquisamos um grupo de 100 meninos e 100 meninas sobre a sua preferência entre ler,
praticar esportes e ir ao cinema.
QUADRO 04
QUADRO 05
Pesos(kg)
Altura (cm)
De 25 a 35 De 36 a 45 De 46 a 55 De 56 a 65
53
UAB/Unimontes - 6º Período
5.3 Codificação
Esse código é denominado código de
barras e nele pode-se encontrar informações
do tipo:
• País de procedência
• Fabricante
• Produto
• Dígito verificador.
A descrição de um código de barra no
Brasil é:
▲
Fonte: Disponível em http://cleanlourenco.blogspot.
Fonte: Disponível ► com/2010/02/numeros-e operacoes-compreendendo-o-
em http://rainydays. -cep.html Acesso em: em:10/09/2010 ás 22:38
rockerspace.net/como-
-identificar-pais-pelo-
-codigo-de-barras/Acesso O correio eletrônico também é um ou-
em:10/09/2010 ás 22:33
tro tipo de código. No correio eletrônico to-
dos os dados usados é para identificar a pes-
soa ou empresa que está codificado
PARA REFLETIR O código de barras é composto de 13 Exemplo: Klebercons-prof@hotmail.com
Possíveis excessos no
dígitos: os três primeiros identificam o país Para entender o endereço de email como
uso de códigos de procedência (Brasil: 789) os quatro se- um código, vejamos as partes:
Construir uma socie- guintes identificam o fabricante outros 5 • Klebercons-prof é identificação do usuá-
dade livre é um dos dígitos identificam o produto e a décima rio que pode ser um nome de pessoa físi-
objetivos fundamen- terceira posição é ocupada pelo dígito veri- ca ou jurídica;
tais da constituição
brasileira, na qual se
ficador. O dígito verificador é o número de • @ é o símbolo de correio eletrônico;
faz uma defesa clra dos segurança. • Hotmail é provedor ou empresa que faci-
direitos civis, como a li- Ainda temos o código postal que é lita o acesso à rede;
berdade de expressão, composto de várias informações. Nosso có- • Com identifica o tipo da empresa, quan-
de pensamento ou de digo postal é conhecido como CEP (Código do comercial, gov quando for governa-
associação, bem como
o direito de proteger a
de endereçamento postal). mental e org quando for organização não
privacidade. governamental.
A informática, ao pos-
sibilitar um armazena-
mento muito grande
de informações, facilita
a vida das pessoas.
5.4 Os tipos de gráficos
Porém, se não houver
um controle rigoro- Existem algumas formas de representação gráfica da informação. Vejamos:
so do acesso a essas
informações, isso pode
prejudicar os cidadãos. 1 Gráfico Pictórico:
Por exemplo, informa- Utilizam-se desenhos que fazem referência à variável estudada. Exemplos de gráfico pictóricos
ções que referem à vida
privada das pessoas, Gráfico 01: gráfico pictórico
como propriedades,
salário, preferências,
etc., muitas vezes são
utilizadas por empresas
para fins comerciais,
ferindo o direito do in-
divíduo à privacidade.
É importante saber que
há leis que impedem
o uso dos nossos
dados pessoais sem o
nosso consentimento
expresso.
Fonte: Coll (2002, p.217)
2 Gráfico de barras:
Também chamado de diagrama de barras. O tamanho da barras é proporcional à freqüência do
dado apresentado.
3 Gráfico de linhas:
Essa forma de gráfico é usada quando se analisa a evolução de um fenômeno ao longo de um período.
100
90
80
70 Leste
60
50 Oeste
40
30 Norte
20
10
0
1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
Fonte: Figura gerada no Office Microsoft Word
4 Gráfico de setor:
É comumente usando no estudo de variáveis qualitativas com poucos elementos.
1° Trim
2° Trim
3° Trim
4° Trim
55
UAB/Unimontes - 6º Período
MEMÓRIA, José Maria Pompéu. Breve História da Estatística. Brasília: Embrapa Informação Tec-
nologia,2004.
56
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Resumo
Unidade 1 Além desses, outros autores nos séculos
XVIII, XIX e XX deram contribuições extrema-
Pretendendo estudar geometria dentro mente importantes na evolução da geome-
de um contexto histórico, decidimos construir tria, tais como: Gauss, Lubachevskii e Bolyai
um trabalho baseado inicialmente na geome- com a geometria hiperbólica, Riemann com
tria grega. a Geometria diferencial que é definida como
Quanto à geometria, diz-se até que Ar- o estudo da geometria usando o cálculo e A.
quimedes é o seu pai e Pitágoras, Tales e Eucli- Bernard Deacom e Paulus Gerdes com a geo-
des, seus discípulos. metria antropológica.
A geometria é a mais antiga manifestação A geometria, sendo a parte gráfica da ma-
da atividade matemática conhecida. Já cerca temática, encontra-se, na maioria das propos-
de 3000 a. C., os antigos egípcios possuíam os tas curriculares das escolas, dentro da área de
conhecimentos de geometria necessários para matemática, como um dos últimos tópicos a
reconstituir as marcações de terrenos destru- serem ensinados. A geometria, no ensino fun-
ídos pelas cheias do rio Nilo, bem como para damental, muitas vezes fica sendo mais uma
construir as célebres pirâmides. abordagem teórica, bastante algebrizada e as-
Euclides de Alexandria é o mais célebre sim prossegue pelo ensino médio.
dos geômetras de todos os tempos. Ele sinteti- Esse estudo pode contemplar a neces-
zou toda a geometria conhecida na sua época sidade de conhecimento do espaço, concei-
no seu tratado “Elementos”, composto por 13 tuando localização de um ponto no espaço e
livros, que ainda há poucos anos era o princi- suas representações.
pal instrumento de trabalho dos estudantes É importante no estudo da geometria o
de geometria. A influência desta obra foi tão uso do próprio corpo. A utilização do corpo
grande que durante quase 1500 anos poucos como recurso didático nas aulas de matemá-
progressos se fizeram na geometria, a não ser tica já é discutida por vários autores e maio-
a aplicação dos conhecimentos existentes ao ria deles destaca a importância dessa prática
traçado de mapas e Astronomia. principalmente na educação infantil.
Só por volta de 1600, o matemático fran- A utilização do corpo como recurso didático
cês René Descartes introduziu uma verdadeira pode conceituar os diferentes tipos de eixos cor-
inovação na geometria: descobriu que havia porais: eixo vertical, longitudinal e horizontal.
uma relação estreita entre as figuras geomé- Depois de um trabalho de contatos com
tricas e certos cálculos numéricos – geometria o espaço e a forma de determinados objetos,
cartesiana – que é algébrica, embora se co- pode-se partir para a exploração e classifica-
nheça por geometria analítica. ção das figuras geométricas. O estudo da clas-
Outros estudiosos desenvolveram pesqui- sificação das figuras geométricas deve partir
sas a partir da geometria euclidiana, definindo primeiro da ideia de classificação, utilizando
novos parâmetros de estudos desse ramo da atividades de familiarização com as formas e
matemática. as coleções.
Gérard Desargues, francês, nascido em Figura plana é aquela em que observa-
Lyon em 1591, foi matemático, arquiteto e en- mos que todos os seus pontos se apoiam so-
genheiro militar e desenvolveu os estudos da bre uma superfície.
geometria projetiva (perspectiva) (geometria Figura não plana é aquela em que apenas
projetiva ou projectiva). uma parte dos pontos da figura se apoia numa
Gaspard Monge, matemático francês nas- superfície.
cido em Beaune, na data de 10 de maio de O estudo da classificação de figuras planas
1746, foi criador da geometria descritiva. Mon- ou polígonos deve-se trabalhar anteriormente o
ge desenvolveu os estudos da geometria des- reconhecimento dos polígonos com a constru-
critiva no século XVII. ção e reprodução e a identificação e conceitu-
José Anastácio da Cunha, matemático ação de ângulos. A classificação dos polígonos
português, viveu na época do Marquês de pode surgir ainda depois de um trabalho com
Pombal e notabilizou-se por ter escrito um tra- linhas. As linhas retas são linhas poligonais. As li-
tado de geometria, no qual, a exemplo de Eu- nhas fechadas limitam uma área interna.
clides, sintetizou os conhecimentos da época Os polígonos podem ser nomeados con-
sobre essa ciência. forme o número de lados: triângulos de três
57
UAB/Unimontes - 6º Período
lados, quadriláteros de quatro lados e assim rada uma operação binária. Na sua forma mais
sucessivamente. A especificidade de cada po- simples, a multiplicação é uma forma de se
lígono ainda nomeia alguns polígonos como: adicionar uma quantidade finita de números
paralelogramo, trapézio, losango, etc. iguais. O resultado da multiplicação de dois
Há algumas sugestões de atividades com números é chamado produto. Os números
polígonos. sendo multiplicados são chamados de coefi-
O estudo com as figuras não planas inicia- cientes ou operandos e, individualmente, de
-se com a comparação entre figuras de duas e multiplicando e multiplicador. Essa operação é
três dimensões. Utilizam-se objetos do cotidia- uma ferramente que auxilia a criança na com-
no. A classificação dos poliedros é feito primei- prensão de proporcionalidade.
ramente pelos números de faces e sua tipolo- A multiplicação como adição de parce-
gia, ou seja, precisamos destacar as pirâmides las iguais é a mais utilizada nas escolas de
e os prismas nos poliedros. A nomenclatura dos ensino fundamental para resolver proble-
poliedros está relacionada ao número de faces. mas de contagem.
O trabalho inicial com a multiplicação
Unidade 2 deve ser baseado em atividades práticas, di-
nâmicas e contextualizadas.
O nosso sistema de numeração é um sis- Sugestões de atividades com o ábaco,
tema decimal, pois contamos em grupos de material dourado, barrinhas de cursinaire, pa-
10 unidades. A palavra decimal tem origem no pel quadriculado para a construção e apresen-
latin decem, que significa 10. Esse sistema de tação do algoritmo da multiplicação.
numeração foi criado pelos hindus, aperfeiço- Divisão: A divisão é uma operação que
ado e levado para a Europa pelos árabes com está relacionada à subtração. É a operação
auxílio da imprensa. Esse sistema de numera- inversa da multiplicação e, para alguns au-
ção é denominado por sistema de numeração tores, é considerada uma subtração reitera-
indu arábico, por ser criado por um árabe de da de parcelas iguais.
nome Al Kowarismi. Essa operação fundamental tem duas
Nosso sistema de numeração é um siste- diferentes ideias: a idéia de repartir igual-
ma de posição, porque o valor de um algaris- mente e a idéia de medir.
mo depende da ordem que ocupa, ou seja, da O processo de resolução formal de uma
sua posição na escrita do número. divisão pode ser de forma longa ou curta.
Os números tem diferentes funções: Apresentação de exemplos e sugestões
contar,medir, ordenar ou codificar. de atividades com a divisão.
Adição: Adição é a operação mais natural
na vida da criança, porque está presente nas Unidade 3
experiências infantis desde muito cedo. Envol-
ve apenas um tipo de situação, a de “juntar”, O sistema dos números racionais e fracio-
que é efetivamente prazerosa. Essa operação é nário surgiu no Antigo Egito, às margens do
uma das mais fáceis. rio Nilo, por volta do ano de 3.000 a.C sob o
O Algoritmo da Adição deve ser trabalho reinado do faraó Sesóstris.
depois que os alunos já tiverem domínio na O processo de mensuração das terras
ideia de trocas e agrupamentos e a sua repre- consistia em estirar cordas e verificar o núme-
sentação simbólica no sistema de numeração ro de vezes que a unidade de medida estava
decimal. O ábaco pode ser um dos recursos di- contida no terreno. Na maioria das vezes, a
dáticos usados na apresentação e construção medição dificilmente era finalizada por um
do algoritmo da adição. número inteiro de vezes em que as cordas
Subtração: A subtração é uma operação eram estiradas. A resposta encontrada para li-
mais complexa que adição. A dificuldade de dar com a dificuldade imposta por tal situação
aprendizagem pode está ligada à ideia de per- consistiu na criação dos números fracionários.
da, sendo um aspecto adverso à vivência da Esse sistema numérico era baseado no concei-
criança. Por isso, sugerimos um trabalho cau- to unitário, de modo que a maioria das frações
teloso com essa operação fundamental. apresentava o seu numerador constituído
O trabalho com a subtração deve ser re- pelo numeral 1 (um) – representado por um si-
alizado envolvendo o manuseio de material nal de forma oval e alongada.
concreto, situações problema, sempre contex- A introdução dos estudos dos números ra-
tualizado. O mais importante é a construção cionais depende exclusivamente das frações. O
de diferentes ideias na subtração: a ideia de ti- estudo das frações é necessário, porém ainda é
rar, comparar e completar. feito de forma rígida nas escolas. Por influência
Multiplicação: A multiplicação é conside- da matemática moderna, as frações eram tra-
58
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
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UAB/Unimontes - 6º Período
60
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Referências
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SMOLE, Katia Stocco. Jogos de matemática de 6º a 9º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ZASLAVSKY, Claudia. Mais jogos e atividades matemáticas do mundo inteiro: diversão multi-
cultural a partir de 9 anos. Porto Alegre: Artmed, 2009.
63
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Atividades de
Aprendizagem - AA
As questões da Avaliação da Aprendizagem (AA) têm o objetivo de suscitar, em cada um de
vocês, o desejo de estudar um pouco mais o caderno didático e entendê-lo.
Dessa forma, estamos propondo que vocês façam grupos de estudos para lerem, discutirem
e trocarem ideias acerca das questões da AA e, depois disso, resolvam-nas para que sejam entre-
gues ao tutor presencial no pólo.
1) É importante no estudo da geometria o uso do próprio corpo. A utilização do corpo como re-
curso didático nas aulas de matemática já é discutida por vários autores e maioria deles destaca a
importância dessa prática principalmente na educação infantil. Identifique e explique as lingua-
gens matemáticas da geometria que podem ser construídos com uso desses recursos.
3) Quais as idéias intrísecas da subtração? Explique e exemplifique cada ideia dessa operação
fundamental.
4) Elabore um roteiro de atividades com duas atividades práticas para trabalhar a divisão com
ideia de repartir igualmente e a ideia de medir.
Sugestão de ativi-
Operação Ideias Características
dade
adição
subtração
multiplicação
divisão
7) Preencha o quadro a seguir conforme as informações básicas das novas tendências de ensino
da Matemática.
Conteúdo Características Sugestão de atividade
Estatística
Geometria espacial
8) Elabore uma atividade prática com o geoplano que contemple a necessidade de construir os
conceitos de figuras plana.
65
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
Anexos
ANEXO I
TANGRAN
67
UAB/Unimontes - 6º Período
ANEXO 2
CONSTRUÇÃO DE POLIEDROS
68
Pedagogia - Fundamentos e Metodologia da Matemática II
69
UAB/Unimontes - 6º Período
70
ANEXO 3
LADRILHAGEM
UAB/Unimontes - 6º Período
ANEXO 4
JOGOS
72