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A Geografia atualmente “pede” que o professor proporcione situações de apren- METODOLOGIA DO ENSINO
METODOLOGIA DO ENSINO
DE GEOGRAFIA
dizagem, em sala de aula ou fora dela, que valorizem as referências dos alunos.
Essas referências trazem as experiências e textualizações do dia a dia e cabe ao DE GEOGRAFIA
professor encaminhar tudo isso e, além de avançar nas discussões e buscar uma Rosane Rudnick
postura crítica dos educandos, repensar sua prática na sala de aula.
O objetivo deste livro, portanto, é o de oferecer, aos que se dedicam à ativi-
dade de ensinar e aos que procuram se especializar na área da educação,
subsídios metodológicos para o seu trabalho em sala de aula.
Educação
Rosane Rudnick
FAEL
Carta ao aluno | 5
Gabarito |153
Referências | 169
Carta ao aluno
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1
Geografia: da ciência
para a sala de aula
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
Conclusão
Analisar a evolução da geografia como ciência e sua inserção na sala de
aula constitui um conhecimento necessário à formação de professores dessa
área. A geografia se mistura à vida das pessoas: pela curiosidade de conhecer o
mundo, pela interferência da natureza nas atividades do dia a dia, pelos desa-
fios da adaptação do ser humano ao espaço natural, pela necessidade de pla-
nejamento do uso do território ou por despertar reflexões a respeito do espaço
em que se vive, diante do processo de transformação do mundo. Assim, um
movimento constante de renovação – com novas ideias ou reformulação das
velhas – permite-nos efetivamente avançar e redefinir conceitos.
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Geografia: da ciência para a sala de aula
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Metodologia do ensino de Geografia
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Geografia: da ciência para a sala de aula
Atividades
1. Na história da civilização ocidental, qual período se destacou com
as maiores contribuições para o conhecimento geográfico? Aponte as
referências no espaço geográfico e justifique.
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Metodologia do ensino de Geografia
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2
O que se ensina e o que
deveria ser ensinado
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
Paciência 13%
Bom relacionamento com alunos 12,8%
Profissionalismo 11,4%
Habilidades de ensino 7,3%
Fonte: Pearson, 2016. Adaptado.
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
A necessidade de conexão entre o que se ensina e o que se aprende é
notória. Cabe ao professor fazer essa análise ao planejar suas aulas e repensar
suas práticas.
Nesse processo, também ocorreram ou deveriam ter ocorrido mudanças
na postura dos professores em relação às propostas de temas de estudo, conec-
tando-os à vivência do aluno e instigando esse aluno ao conhecimento, para,
desse modo, torná-lo agente da sua própria aprendizagem.
Boniteza de um sonho:
ensinar-e-aprender com sentido
(GADOTTI, 2003, p. 46-56)
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O que se ensina e o que deveria ser ensinado
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Metodologia do Ensino de Geografia
Atividades
1. É possível afirmar que o conteúdo (objetos de conhecimento) de
Geografia, entre os propostos pela Base Nacional Comum Curricular
para o 7º ano do Ensino Fundamental, disponível no link a seguir, é
aplicável no dia a dia dos alunos? Por quê?
2. Explique o que significa ler o mundo por meio das aulas de Geografia.
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3
Pensar por conceitos e
aprender pela percepção
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
[...] claro está que tais ações [desenvolvimento das habilidades] não
servem somente para se aprender geografia, mas é com elas que o
estudo da nossa disciplina deixa de ser um exercício de memorização
sem qualquer processo de análise e síntese, para se tornar um processo
individual e coletivo de pensar o mundo a partir da distribuição ter-
ritorial dos fenômenos e, portanto, das paisagens tais como elas se
apresentam aos nossos sentidos. (MELLO, 2000, p. 37)
Ao exercitar a habilidade de descrever uma paisagem ou desenvolver a
capacidade de imaginar – com base em imagens ou descrições disponíveis –,
desenvolve-se a alfabetização geográfica. Assim, é possível perceber que o con-
teúdo não é o elemento norteador do processo de ensino, pois tem o objetivo de
estabelecer-se como o meio pelo qual são desenvolvidos conceitos e habilidades
nos alunos. Os conteúdos, portanto, estão subordinados aos objetivos da aula,
mas não devem se restringir à transmissão de informações e conhecimentos.
É importante que o professor tenha clareza da Geografia como disciplina
escolar e, assim, deixe o estereótipo de disciplina voltada ao ensino de nomes
de lugares e onde se localizam. Cabe também o questionamento a respeito das
necessidades do ensino dessa disciplina. Ou seja, o que o professor deve primar
no processo de preparo de suas aulas ou na sua formação profissional?
É necessário ter um novo olhar sobre a realidade, para possibilitar uma
análise que nos leve à compreensão dos processos com os quais a disciplina
de Geografia trabalha e, sobretudo, à construção de outra relação entre o ser
humano e os meios natural e social.
Os avanços tecnológicos permitirão que nossas noções de espaço e de
tempo se alterem e se modifiquem, assim como as paisagens, que atualmente
se constroem ou se transformam em um ritmo mais intenso do que há algu-
mas décadas. Por isso, é preciso entender melhor a complexidade das relações
que ocorrem no espaço e no tempo.
Em decorrência do fenômeno da globalização, os limites físicos entre
países e as distâncias geográficas foram perdendo a importância, e a vida
das pessoas passou a ser afetada por decisões e fatos ocorridos no mundo
todo. Por isso, cresce a complexidade das relações, seja entre o ser humano,
seja entre a natureza ou entre os Estados-nação.
A Geografia é uma disciplina escolar que analisa essa complexidade de rela-
ções. Por isso, destaca-se na construção, pelo aluno, do espaço historicamente
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
1 O conceito de transposição didática começou a ser discutido por meio de estudos do soció-
logo Michel Verret, em 1975, mas foi aplicado por Yves Chevallard, em 1980, para o ensino
da Matemática.
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Metodologia do Ensino de Geografia
pedagógica e a compreensão por parte dos alunos, porém sempre com o esta-
belecimento das devidas relações entre os fragmentos. A transposição tam-
bém ocorre quando um conteúdo é distribuído de forma a organizar uma
sequência linear ou não linear de conceitos (mas que seja lógica) e que podem
ser apresentados por meio de textos, gráficos e mapas, por exemplo.
Para a efetiva transposição didática, é necessário que o professor:
22 selecione aspectos importantes de cada conteúdo;
22 chame a atenção do aluno para a aplicação dos conteúdos pertinen-
tes e significativos no mundo atual;
22 compreenda como se dá o processo cognitivo de construção do
conhecimento pelo aluno;
22 domine estratégias de ensino eficientes para organizar um processo
de ensino e aprendizagem efetivo;
22 estabeleça a interdisciplinaridade dos conceitos de Geografia com
os de outras disciplinas por meio da contextualização.
Entre as necessidades do professor para a efetivação da transposição
didática, destaca-se o estabelecimento da interdisciplinaridade.
A interdisciplinaridade compreende um diálogo entre os conteúdos de
várias disciplinas. Mas ela não se caracteriza por apenas integrar conhecimen-
tos. A interdisciplinaridade deve ser expressa pelo professor no desenvolvi-
mento dos conteúdos de Geografia, por exemplo, e percebida pelo aluno ao
longo das aulas de várias disciplinas que estão em seu currículo.
Assim, a interdisciplinaridade deve ser entendida como resultado do
processo de ensino-aprendizagem e assumida pelo professor como uma
estratégia de ensino que desenvolve nos alunos a habilidade de transferir
os conhecimentos do que dispõem, com a finalidade de resolver problemas
propostos em sala de aula, em seu dia a dia ou em seu futuro profissio-
nal. Vale lembrar que a interdisciplinaridade também é desenvolvida pelos
indivíduos ao longo de suas vivências dentro e fora da escola, mesmo que
tenham passado por bancos escolares e aulas que primaram apenas pelo
desenvolvimento cognitivo ou intelectual. Porém, será facilitada se o indi-
víduo passar por aulas com apresentação de conteúdos planejados com o
objetivo de estabelecer inter-relações.
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
Desse modo, vale destacar seis aspectos básicos, segundo Apple (1973),
que o saber escolar deve integrar ao currículo da escola e que podem ser con-
siderados na busca pela prática da interdisciplinaridade:
1. O conjunto arquitetônico das escolas, que regula um sistema de vida,
de relações com o meio exterior. A organização espacial de uma escola e
mesmo de uma sala de aula, via de regra, revela a forma de entender o
poder, a relação humana e os comportamentos dos sujeitos.
2. Os aspectos materiais e tecnológicos. O acesso a aparelhos audiovi-
suais e a computadores abre possibilidades estimuladoras de aprendi-
zagem, e seu significado educativo deriva da natureza da atividade, ao
serem utilizados de forma criativa por mestres e alunos.
3. Os sistemas simbólicos e de informação, o currículo explícito ou
escrito da escola.
4. As habilidades do professor, considerando-o sujeito próprio do cur-
rículo, fonte de estimulação particular. Daí resulta o entendimento
de que sua formação cultural e pedagógica seja o primeiro elemento
determinante da qualidade de ensino. O professor é tanto executor de
diretrizes definidas desde fora quanto o criador das condições imedia-
tas da expectativa educativa.
5. Os estudantes. A influência entre iguais foi considerada um dos âmbi-
tos educativos mais importantes da educação escolarizada e extraescolar,
pois se trata de algo básico no desenvolvimento social, moral e intelec-
tual, como fonte de estímulo e de todos os tipos de atitudes.
6. Componentes organizativos e de poder. Na escola como institui-
ção, pautas de organização do tempo, do espaço, do pessoal, as rotinas
e as formas de ordenar as relações entre os diferentes atores sociais
numa estrutura hierarquizada constituem fontes de aprendizado
muito importantes. (APPLE, 1973, p. 115-116)
Com base nesses seis aspectos listados, podemos perceber que no rol de
conteúdos de um currículo não podem ser considerados apenas os geográfi-
cos. Apple (1973) aponta também que o professor, além de determinar ou
dar conta dos conteúdos de sua disciplina, precisa conhecer seus alunos e o
ambiente escolar.
Efetivar a interdisciplinaridade na sala de aula, considerando os aspectos
descritos anteriormente, não se constitui em tarefa fácil, visto que o professor
de Geografia deverá passar de um trabalho restrito à sua disciplina – individual
– para um trabalho coletivo, que, em geral, suscita diferenças e contradições
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
O professor de qualquer componente curricular não é apenas transmis-
sor de conteúdos. O professor de Geografia é também um alfabetizador de
alunos na leitura do espaço geográfico, seja o representado (em mapas), seja
o vivenciado pelo aluno.
A clareza em relação à geografia que se estuda na escola, em relação às
necessidades do ensino desse componente ao longo do tempo e à atualização
conceitual necessária permeiam o papel do professor na sala de aula. É a consta-
tação de que um novo olhar sobre a realidade que se tem atualmente nos levará
à compreensão de que o processo de formação profissional também precisa
passar por transformações, assim como a organização curricular da Geografia.
[...]
Existe um paradoxo no mínimo curioso na história da
Geografia. Embora como “ciência” não seja uma das mais
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
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Metodologia do Ensino de Geografia
Atividades
1. A alfabetização geográfica prevê o exercício da percepção na análise
do espaço em que vivemos e permite que elementos do espaço geo-
gráfico sejam listados, descritos e mapeados. Com base nas habilida-
des citadas, leia o texto a seguir e responda às questões:
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Pensar por conceitos e aprender pela percepção
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Metodologia do Ensino de Geografia
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4
Atividades de ensino de
Geografia: planejamento
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
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Metodologia do Ensino de Geografia
4.1.1 Situação-problema
As capitais Vitória, no Espírito Santo, e Campo Grande, em Mato
Grosso do Sul, são cidades localizadas na mesma zona térmica do planeta.
Porém, na distribuição de umidade ao longo do ano, essas duas cidades são
bem diferentes. A que fatores se deve essa semelhança e diferença climática
entre as duas capitais brasileiras? Inicie sua fundamentação com base nos cli-
mogramas a seguir.
Figura 1 – Climograma de Vitória (ES).
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
4.1.1.2 Metodologia
Consiste em planejar como o processo de ensino e aprendizagem será
construído, ou seja, como se constroem as habilidades relacionadas ao con-
teúdo proposto e as desenvolvidas por meio da resolução da situação-pro-
blema. Como referência, o professor poderá:
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
1 Pesquisa: busca de informações para comprovar ou reafirmar dados/fatos. Pode ser feita por
meio de revisões bibliográficas, descrições, experiências de laboratório, métodos empíricos (tes-
tes que envolvem tentativas e erros), observação de um fenômeno em campo, de pesquisadores
acadêmicos etc.
2 Investigação: caracteriza a produção do conhecimento por meio de observação, levantamento
de hipóteses, metodologias de pesquisa e conclusão a respeito de um determinado fenômeno.
Em geral, é utilizada para contrapor ou melhorar uma teoria já existente.
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Metodologia do Ensino de Geografia
4.1.1.3 Avaliação
Sempre que se pensa na avaliação, é importante pensar também na con-
sonância entre a avaliação e a metodologia aplicada nas habilidades desenvol-
vidas durante as aulas. É necessária a harmonia entre esses procedimentos do
ensino e aprendizagem, pois é no momento da avaliação que se pode conhe-
cer os avanços e limitações dos alunos em relação ao conteúdo proposto. É
o momento de pensar em como proceder para verificar se os alunos sabem
identificar, analisar, comparar, aplicar o conhecimento novo.
É importante também não confundir avaliação com instrumento de ava-
liação. Os instrumentos de avaliação podem se efetivar por meio de avalia-
ções: processuais (com base em fichas de acompanhamento da aprendizagem;
roteiros de observação de atividades, seminários, portfólios) ou pontuais, com
aplicação de provas ou testes escritos.
Do mesmo modo, é importante propor regras claras na avaliação, man-
tendo a coerência com os conteúdos e as habilidades previstos no planeja-
mento curricular e aplicados em aula.
Kapelusz apud Sant’Anna (1993, p. 72) considera como características
essenciais de um bom planejamento:
� Coerência – as atividades devem manter perfeita coesão entre si, de
modo que não se dispersem em distintas direções; de sua unidade e
correlação dependerá o alcance dos objetivos propostos.
� Sequência – deve existir uma linha ininterrupta que integre, gra-
dualmente, as distintas atividades, desde a primeira até a última, de
modo que nada fique jogado ao acaso.
� Flexibilidade – deve permitir a inserção sobre a marcha, de temas
ocasionais, subtemas não previstos e questões que enriqueçam os con-
teúdos por desenvolver, bem como permitir alteração – restrição ou
supressão – dos elementos previstos, de acordo com as necessidades e/
ou interesses dos alunos.
� Precisão e objetividade – os enunciados devem ser claros, precisos,
objetivos e sintaticamente impecáveis. As indicações não podem ser
objetos de dupla interpretação; as sugestões devem ser inequívocas.
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
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Metodologia do Ensino de Geografia
Objetivo geral:
(Corresponde ao “para quê” ensinar Geografia, ou seja, para que os temas pro-
postos pela Geografia contribuem no processo de ensino e aprendizagem e
na formação do aluno. Deve ser claro, preciso e viável de ser atingido.)
Exemplo: analisar os processos de ocupação, apropriação e transformação do espaço
pelo ser humano, suas causas e implicações para a natureza e para a sociedade.
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
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Metodologia do Ensino de Geografia
Plano de aula
Instituição escolar:
Contextualização/problematização:
(Consiste em um pequeno texto com a finalidade de explicar como o conteúdo da aula
se relaciona ao dia a dia do aluno ou das pessoas em geral, mostrando a importância
desse estudo. Lembre-se: uma boa aula inicia com uma boa pergunta, ou seja, uma boa
problematização. Deixe claro para os alunos o problema que deverão resolver. Para
a problematização, elabore as perguntas com base nos conteúdos propostos para esse
planejamento. Elabore questionamentos que desafiem os alunos a querer aprender.)
Objetivo(s):
(O(s) objetivo(s) do plano de ensino podem ser numerados e os que serão
trabalhados nessa aula ou conjunto de aulas podem ser indicados pela
numeração, desde que o plano de ensino seja um documento que acom-
panhe o material de planejamento do professor, pois de nada vale um
número indicado se ele não pode ser traduzido em objetivo.)
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
Plano de aula
Encaminhamento da aula:
(Consiste no desenvolvimento do procedimento metodológico durante a aula.
É a descrição do processo de desenrolar os momentos/aulas, deixa claro o
“como” a aula irá acontecer.
Quando o plano envolve mais de um momento ou aula, é importante infor-
mar, no encaminhamento, como cada aula irá se desenvolver.)
Exemplo:
22 Apresentar o tema de estudo por meio de imagens, justificando sua importância
de estudo.
22 Convidar os alunos a observar as imagens e listar palavras sugeridas por eles
no quadro.
22 Discutir a respeito das imagens e palavras sugeridas pela turma.
22 Registrar no caderno as palavras listadas no quadro e um desenho que corres-
ponda à discussão.
22 Explicar e listar os conceitos com base nos conteúdos propostos.
22 Registrar um esquema para nortear os estudos do aluno no anexo 1 (colocar o
esquema anexo ao plano de aula).
22 Colocar modelo do exercício de fixação anexo ao plano de aula.
22 Finalizar a aula por meio da participação de um aluno, que poderá ler o seu regis-
tro a respeito do tema estudado.
Recursos ou material a ser utilizado:
(Listar os materiais necessários para o desenvolvimento do encaminhamento metodológico.
Quando o plano de aula envolve mais de um momento (ou mais de uma aula), os recursos
podem ser listados de acordo com cada uma delas.)
Avaliação:
(A avaliação nem sempre consiste em uma prova ou teste formal, ela poderá ocor-
rer, por exemplo, por meio: das atividades propostas e da participação do aluno; do
acompanhamento das atividades realizadas para compor a avaliação processual; de
atividades de fixação; da participação dos alunos e registros efetuados no caderno ou
no livro didático; trabalhos em grupo; e apresentação oral e escrita dos resultados.)
Referências:
Observações e anexos (se houver):
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
algum conteúdo não for significativo do ponto de vista do aluno, ele deve
tornar-se parte da realidade deste, a fim de que o estudante possa se apropriar
de seu significado.
De acordo com Turra et al. (1995, p. 137-138), a técnica de solução de
problemas estimula o pensamento reflexivo do aluno. De acordo com a visão
desses autores, alguns passos são fundamentais para trabalhar o “problema”
nas aulas de Geografia:
1. Início da problematização:
a) Elaborar o problema.
b) Identificar o problema – buscar uma ideia exata sobre ele
(obter uma visão prévia dos dados relacionados, conside-
rar experiências vividas e experiências passadas, questio-
nar a situação).
2. Trabalho com a problematização (meio):
a) Associar os conhecimentos prévios ao problema. Lembrar fatos
conhecidos, princípios ou relações apropriados ao problema.
b) Levantar hipóteses para caminhar em direção à resolução do
problema e escolher os procedimentos que levarão a isso.
c) Coletar informações/dados por meio de análise bibliográfica
– leituras, observação de imagens, gráficos, fotografias, mapas.
d) Analisar criticamente as informações obtidas, compilar dados
e verificar se são adequados à resolução do problema.
e) Elaborar conclusões.
3. Encerramento da problematização:
a) Comprovar ou verificar os resultados.
b) Aplicar conclusão e resumo das principais ideias do problema.
Com base na análise dos passos propostos anteriormente, é notório que
a abordagem dos temas de estudo ou conteúdos não pode se resumir à mera
descrição em uma aula expositiva, com os alunos aceitando as informações
passivamente, como se fossem verdades absolutas.
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
A garantia da efetividade de ações, seja em sala de aula, seja em nosso
dia a dia, resulta de um investimento de tempo para planejar essas ações. Por
meio do planejamento, a produtividade melhora, bem como a eficiência e a
eficácia do executor e da execução podem ser melhor analisados.
Há vários tipos de planejamento e diversas possibilidades de se pla-
nejar uma aula, porém, é importante destacar que, quanto mais estudadas
sejam as ações que farão parte do desenvolvimento dessa aula, maiores
serão as chances de se obter resultados que mostrarão a diferença que um
profissional munido de um bom planejamento faz no processo de ensino
e aprendizagem.
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
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Metodologia do Ensino de Geografia
Atividades
1. Qual é o desafio da escola e do professor atualmente, para que exista
um trabalho prazeroso na sala de aula? Quais são as vantagens de se
propor uma aula problematizada?
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Atividades de ensino de Geografia: planejamento
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5
Geografia e a
cartografia escolar:
aprendizagem significativa
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
apreendidas, até para alunos mais maduros, como os dos anos finais do Ensino
Fundamental, quando se propõe um estudo geográfico descontextualizado.
Assim, para que ao estudar o espaço do continente europeu, por
exemplo, não tenhamos uma aula expositiva, descritiva e cansativa, é
importante que o aluno estabeleça relações desse espaço – o europeu – com
outro já conhecido e significativo para ele. Esse trabalho pode ser iniciado
com a localização da Europa em relação à localização do Brasil no mundo,
mostrando a relação das partes com o todo.
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
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Metodologia do Ensino de Geografia
Para que consiga entender a função dos mapas, é necessário que a criança
saiba interpretá-los e produzi-los. A habilidade de mapear se constrói gradati-
vamente, por isso é necessário disponibilizar momentos para essa aprendiza-
gem desde cedo, para que se conclua ao fim do Ensino Fundamental.
Para mapear o espaço em que vivemos, é necessário mapear o próprio
corpo. Para começar, pode-se realizar a observação das próprias mãos. Uma
conversa com os alunos a respeito delas pode ser direcionada. Depois, a mão
pode ser mapeada, como na proposta de atividade a seguir.
Mapa da mão (sugestão de atividade
utilizando as relações projetivas)
As mãos são parte importante do nosso corpo. Com elas, podemos
escrever, manusear objetos, brincar e muito mais. Elas facilitam a realiza-
ção das mais variadas atividades.
1. Observe suas mãos, contorne uma delas sobre uma folha de
papel, escolhendo a posição que você considerar melhor.
2. Depois do contorno feito, compare com o feito por seus
colegas e conversem a respeito das semelhanças e diferenças.
Depois, registre:
a) Se todos escolheram a mesma mão para contornar, por que
será que isso aconteceu?
b) A posição utilizada para mapear a mão foi a mesma em
todos os contornos? Explique.
c) Entre os contornos feitos pelos seus colegas, qual deles
mais chamou sua atenção? Por quê?
d) Que outras diferenças você percebeu entre os contornos
apresentados pelos seus colegas?
3. Depois dessa discussão e do registro das informações, você poderá
complementar o contorno de sua mão com os detalhes que quiser.
4. Aplique agora o significado ao símbolo utilizado no mapa da sua
mão. Cada detalhe representado deve configurar a legenda para que
seu mapa possa ser compreendido pelo maior número de leitores.
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
Mapa do corpo
Você já pensou a respeito do nome que recebeu? Qual é o significado
dele? E a respeito do seu corpo, analisou as partes que ele apresenta e as
funções que são essenciais para a vida?
Essa discussão deve levar a propostas de reflexão a respeito das pessoas e o
uso que fazem do espaço em que vivem e deve ser finalizada com um desenho de
si mesmo. Com o desenho em mãos, pode-se compará-lo a fotografias e discutir
a respeito das diferentes formas de que dispomos para representar o nosso corpo.
1. Analise-se no espelho, de frente, de costas, de lado ou até mesmo
por meio de uma fotografia em que você apareça de corpo inteiro.
Perceba as características que o seu corpo apresenta. Depois, faça
o que é solicitado a seguir.
2. Atenção para os materiais necessários:
22 papel kraft ou de outro tipo, da sua altura;
22 caneta hidrográfica;
22 giz de cera ou lápis de cor;
22 tesoura sem ponta.
3. Convide um colega para formar dupla com você.
a) Deite-se sobre seu pedaço de papel para que o colega faça o
contorno de seu corpo.
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
Além de utilizar a visão vertical para mapear a sala de aula, será que os
alunos conhecem bem esse espaço? Afinal, saber como ela é, quais são e como
os objetos que estão distribuídos nela não são aspectos suficientes para elabo-
rar um mapa. É importante, primeiramente, saber o tamanho dessa sala de
aula. Veja alguns detalhes na proposta de atividade a seguir.
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
2 Planta baixa é um desenho técnico e esquemático de um espaço geográfico, que pode ser
de uma área em construção, de uma área já construída, de uma praça, de um bairro, de
uma cidade etc.
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
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Metodologia do Ensino de Geografia
dos governos, pois, com base nas informações que apresentam, as ações sobre
o espaço podem ser melhor planejadas.
Para ler, analisar e interpretar um mapa, é preciso entender os elemen-
tos que ele apresenta. Como atualmente o mapa é entendido como um ele-
mento para viabilizar a comunicação, é considerado uma forma de lingua-
gem. Para cumprir essa função de comunicação, o mapa deve conter alguns
elementos, entre eles: o título, os símbolos ou convenções cartográficas, a
escala, o indicador de direção e as referências da posição das linhas imaginá-
rias (paralelos e meridianos) que dão as coordenadas geográficas, conforme
a explicação a seguir.
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
Sensoriamento remoto
A invenção da câmera fotográfica e a do sensoriamento remoto têm
estreitas relações, pois até hoje as câmeras são utilizadas para fazer fotogra-
fias aéreas. Atualmente, há câmeras, como as russas e estadunidenses, ins-
taladas em satélites artificiais, que podem fazer fotografias com resolução
espacial de dois a três metros.
Em geral, como aplicação militar, o sensoriamento remoto já foi
realizado por câmeras fotográficas leves, com disparador automático, em
peitos de pombos-correio, que eram soltos próximos ao território ocu-
pado pelo inimigo. Ao sobrevoá-lo, tiravam fotografias que eram então
utilizadas para reconhecimento da posição e da infraestrutura de forças
militares inimigas.
Posteriormente, os pombos foram substituídos por balões não tripu-
lados que, suspensos por cabos, atingiam altura suficiente para fotogra-
far posições inimigas. Depois, aviões foram utilizados para transportar as
câmeras e, atualmente, também são utilizados por civis. Porém, a revolu-
ção no sensoriamento remoto ocorreu na década de 1970, com o lança-
mento de satélites.
As imagens produzidas pelos satélites, como as geradas pelo satélite
Landsat 7, passam por um Sistema de Informação Geográfica (SIG), que
trata os dados espaciais e, desse modo, essas imagens podem captar infor-
mações em pouco tempo e com baixo custo.
Por meio do geoprocessamento, é possível escolher as informações
que interessam em uma determinada imagem captada pelo satélite. Assim,
vários elementos do espaço geográfico, como ferrovias, rodovias e arrua-
mento de bairros, podem ser tratados, conjuntamente a dados de outras
fontes e podem atender a objetivos específicos variados.
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
A construção da noção de espaço geográfico no desenvolvimento cog-
nitivo da criança é bastante complexo e pode ser desenvolvido com base no
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
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Metodologia do Ensino de Geografia
Atividades
1. Desde que nascemos, construímos efetivamente nossa relação com
o espaço. Nesse contexto, de acordo a teoria de Piaget, cite quais são
essas relações e explique como elas se concretizam ao longo do tempo
e do desenvolvimento da criança.
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Geografia e a cartografia escolar: aprendizagem significativa
3. A utilização dos mapas no dia a dia das pessoas, sobretudo nas aulas
de Geografia, requer o conhecimento de alguns procedimentos bási-
cos. Quais são esses procedimentos? Escolha um deles e explique-o.
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6
Subsídios e sugestões
para reencantar as
aulas de Geografia
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
dos conhecimentos prévios que o aluno traz e que os relacione aos novos em
um processo organizado de aprendizagem. Levando sempre em consideração
que, para que esse processo dê resultado, o aluno deve estar curioso e apto a
aprender, ou seja, o interesse deve partir do aluno.
Com base nessas considerações, é importante destacar que é por meio de
uma boa formação dos professores que serão percebidas mudanças metodo-
lógicas no processo de ensino e aprendizagem nas salas de aula. A formação
do professor deve ser sólida nas áreas das práticas de ensino e da psicolo-
gia da educação, além da formação na disciplina que ensina, para que os
resultados – mudanças – se efetivem no plano da sala de aula. É importante
que o professor saiba reconhecer em seus alunos as características cognitivas
necessárias para elaborar aulas apropriadas a cada um dos níveis que ensina.
É preciso elaborar planos de aula que se diferenciem em encaminhamentos
didáticos e metodológicos e também que respeitem o nível de desenvolvi-
mento cognitivo dos alunos.
Tanto a escola quanto os alunos precisam de professores de Geografia
desvinculados da geografia tradicional, pautada na memorização de con-
teúdos. Mas tanto a escola quanto os alunos também precisam de profes-
sores de Geografia que façam uso de diferentes linguagens no processo
de construção do conhecimento, que tornem essa disciplina instigante,
atrativa e dinâmica, elevando, assim, a qualidade de ensino, baseada na
aprendizagem significativa.
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
Como ciência, a geografia apresenta importante papel na formação do
indivíduo, pois proporciona o estudo de conceitos e sua aplicação relacio-
nada à interação entre a sociedade e a natureza. A atualidade, por meio de
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Subsídios e sugestões para reencantar as aulas de Geografia
[...]
Não devemos, no entanto, pensar que a principal contribui-
ção dos quadrinhos para o ensino de Geografia seja a mera
descrição das paisagens. O potencial dessa linguagem ultra-
passa esse aspecto, podendo atender às mais recentes abor-
dagens teóricas e pedagógicas da área.
Com a renovação do ensino de Geografia a HQ é mais
uma ferramenta na construção do saber geográfico voltado
para a reflexão e análise do espaço, a partir da imagem e do
texto, utilizando-se de uma linguagem acessível e divertidas as
HQs, fascinam os leitores de todas as idades. Interessa para a
Geografia desde as revistas comerciais de super-heróis até os
álbuns autorais que tratam de temas diretamente relacionados
à matéria. [...]
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Metodologia do Ensino de Geografia
Atividades
1. A denominação teoria da aprendizagem significativa identifica a pro-
posta sobre a aprendizagem escolar formulada pelo psicólogo norte-
-americano David Ausubel. Segundo os preceitos dessa teoria, responda:
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7
O livro didático de
Geografia e o papel
do professor
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
pode enriquecer seu repertório cultural e sua visão de mundo, mesmo que
o livro não tenha uma linguagem tão atraente quanto a das mídias as quais
tem acesso.
Atualmente, a elaboração de um livro didático deve prever a inclusão
de linguagens que possam se apropriar das da mídia. Deve ser elaborado de
forma que atraia o aluno para a leitura e para a pesquisa e, por si só, configu-
re-se como instrumento auxiliar da reflexão geográfica do professor com seus
alunos. Castrogiovanni e Goulart (1998) destacam as características de um
bom livro didático:
22 a fidedignidade das afirmações;
22 o estímulo à criatividade;
22 uma correta representação cartográfica;
22 uma abordagem que valorize a realidade; e
22 um enfoque do espaço como uma totalidade.
Assim, para esses autores, “o livro didático deverá ser o reflexo do traba-
lho elaborado na Universidade, tanto do ponto de vista de sua escolha quanto
da sua confecção” (CASTROVANNI, 1998, p. 127).
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
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O livro didático de Geografia e o papel do professor
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Metodologia do Ensino de Geografia
Conclusão
Por muito tempo, no desenvolvimento das aulas de Geografia, o livro
didático foi o único recurso tido como orientador e condutor das aulas, por
vezes, restringindo a aula e o conhecimento ao que ele propõe.
Apesar das inovações da área da tecnologia às quais já se têm acesso na
educação, o livro didático ainda mantém sua importância como subsídio para
as aulas. Ao longo da própria história, desenvolveu-se e adquiriu funções que
ultrapassam o papel de ser apenas um recurso didático nas mãos de muitos
professores do nosso país.
Atividades
1. Cite pelo menos duas das características do livro didático ao longo da
sua história no Brasil e explique-as.
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8
A avaliação da
aprendizagem no
ensino de Geografia
Enquanto isso, para o professor, que em sala de aula precisa colocar essa
tarefa em prática como parte de suas ações do cotidiano escolar, ficam alguns
questionamentos ou dúvidas latentes, por exemplo: qual é a melhor maneira
de avaliar? Há realmente diferentes maneiras de avaliar? Como se avalia? Quais
instrumentos de avaliação são os mais adequados? Quais objetos de conheci-
mento devem constar na avaliação? O que justifica a escolha dos instrumentos
de avaliação e os objetos do conhecimento que irão compor uma avaliação?
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
Instrumento
Características
de avaliação
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
Instrumento
Características
de avaliação
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Metodologia do Ensino de Geografia
Instrumento
Características
de avaliação
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
Cada caso, portanto, deve ser analisado com base na fonte do problema
e na forma como será resolvido, se existir alguma solução.
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
Resposta: Planície.
Observação: o formato desse tipo de questão consiste em apresentar uma
parte problema ao aluno e, em outra, a pergunta direta, que exige uma
resposta curta. O aluno poderá respondê-la com uma palavra, uma frase,
número ou sentença. Esse tipo de questão é de fácil elaboração e reduzem
a probabilidade de palpite, contudo, tendem a avaliar principalmente
conceitos e não a aplicação deles.
Nesse tipo de questão, é igualmente importante que o aluno saiba quanto
será acrescentado ou descontado em caso de acerto ou de erro. Não há
valor parcial.
Exemplo 5: questão de resposta longa (dissertativa).
Todos os dias os oceanos recebem milhões de toneladas de substâncias
que os poluem, e a maior parte dela, trazida pela água dos rios. (proble-
ma da questão) Explique como os rios se tornam os principais canais da
poluição que chega aos oceanos. (comando reflexivo) (valor: 0,8)
Resposta pessoal. Sugestão: os rios são receptores da água da chuva. Essa,
até chegar ao vale do rio, carrega todo o lixo que encontra pelo caminho.
Como a maior parte dos rios não tem a vegetação que protege as margens
(mata ciliar), o lixo chega ao vale do rio e dele vai para o oceano.
Observação: o formato desse tipo de questão oportuniza ao aluno construir
a resposta de forma mais reflexiva. São muito utilizadas para avaliar níveis
mais complexos de raciocínio. São também o principal meio que o professor
utiliza para avaliar as habilidades de o aluno organizar, expressar e defen-
der sua ideia ou opinião. Contudo, são questões que exigem mais tempo
para elaboração, de resposta do aluno e são mais demoradas para a correção.
Em geral, premiam alunos que tem habilidades na escrita de textos.
Nesse tipo de questão, é igualmente importante que o aluno saiba quanto
será acrescentado em caso de acerto. Como é uma questão reflexiva, pode-
rá haver valor parcial e cabe ao professor anotar o valor aplicado.
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
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Metodologia do Ensino de Geografia
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
podem ser parte do processo avaliativo, ou seja, consistem em uma das estra-
tégias que o professor pode utilizar para efetivar a avaliação.
Conclusão
A avaliação consiste em uma ferramenta que auxilia o professor a anali-
sar o desenvolvimento do aluno no processo de ensino e aprendizagem, por
isso, ela é necessária nas ações de educadores.
É cada vez mais importante participar das discussões a respeito dessa
etapa do ensino, para que possamos contribuir para a realização de um pro-
cesso avaliativo que colabore com a construção do conhecimento. Para isso,
a função fundamental da avaliação deve colocada em prática: a de auxiliar o
desenvolvimento da aprendizagem.
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Metodologia do Ensino de Geografia
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A avaliação da aprendizagem no ensino de Geografia
Atividades
1. Por que a formação de uma bagagem teórica a respeito da avaliação e
de instrumentos de avaliação é importante para a formação do pro-
fissional da educação?
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Gabarito
Metodologia do Ensino de Geografia
2. Resposta:
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
esquerda
direita
esquerda
direita
direita
esquerda
direita
direita
esquerda
direita
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
4. Atividades de Ensino de
Geografia: planejamento
1. De acordo com o que é proposto na primeira parte deste capítulo, po-
de-se chegar a várias conclusões, como a de o desafio estar relacionado à
rotina de sala de aula, ou melhor, de que as aulas não sejam uma rotina
desinteressante. A preparação de aulas que, por meio do planejamento,
prevêm situações nas quais sejam estabelecidas relações do conteúdo
novo com o já estudado e com o cotidiano do aluno inclui tanto a
previsão das atividades didáticas quanto sua revisão e adequação. A pre-
paração da aula (ou planejamento de aula) constitui uma das etapas
do processo de ensino e aprendizagem e caracteriza-se pelas diferentes
formas de problematizar os temas de estudo, visando despertar o inte-
resse do aluno. Algumas ações do professor são recomendáveis nesses
momentos, como propiciar a atividade mental e física dos alunos e con-
siderar suas vivências como dimensão do conhecimento.
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Gabarito
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Metodologia do Ensino de Geografia
8. A avaliação da aprendizagem
no ensino de Geografia
1. A formação de uma bagagem teórica a respeito dos instrumentos de
avaliação e da avaliação é de extrema importância na formação do
professor. Por meio dela, é possível refletir a respeito do ensino de
Geografia e como deve ocorrer o processo de avaliação desse compo-
nente curricular. Além disso, tal bagagem ajudará a tornar os profes-
sores mais coerentes com o que foi trabalhado em sala de aula, tanto
no planejamento do conteúdo, na metodologia utilizada, quanto no
instrumento de avaliação.
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Gabarito
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Referências
Referências
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Referências
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Referências
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Referências
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Referências
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Metodologia do Ensino de Geografia
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Rosane Rudnick
A Geografia atualmente “pede” que o professor proporcione situações de apren- METODOLOGIA DO ENSINO
METODOLOGIA DO ENSINO
DE GEOGRAFIA
dizagem, em sala de aula ou fora dela, que valorizem as referências dos alunos.
Essas referências trazem as experiências e textualizações do dia a dia e cabe ao DE GEOGRAFIA
professor encaminhar tudo isso e, além de avançar nas discussões e buscar uma Rosane Rudnick
postura crítica dos educandos, repensar sua prática na sala de aula.
O objetivo deste livro, portanto, é o de oferecer, aos que se dedicam à ativi-
dade de ensinar e aos que procuram se especializar na área da educação,
subsídios metodológicos para o seu trabalho em sala de aula.
Educação