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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

PRÁTICA PROFISSIONAL

GUARULHOS
ELABORAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

MAURO GREGORIO JUNIOR

PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFISSIONAL

Trabalho apresentado a disciplina Prática


Profissional, do Centro Universitário FAVENI, no
Curso de (NOME DO CURSO), como pré-requisito
para aprovação.

BAURU
2024
ORIENTAÇÕES DE PROJETO DE INTERVENÇÃO
(Deverá seguir a ordem e instruções abaixo)

1. TÍTULO
Representação da Terra; elementos de um planisfério; leitura e
interpretação de planisfério político; descrição de um planisfério: roteiro de
viagem de volta ao mundo.
2. APRESENTAÇÃO
Um dos problemas que fazem a disciplina de Geografia ser vista na escola
como desinteressante é o despreparo de alguns professores das séries iniciais
com relação aos assuntos que envolvem esta disciplina. Outro fator ponto que
afeta o aprendizado da disciplina de Geografia nas séries iniciais é a falta de
conexão entre o assunto que é estudado e a realidade vivenciada pelo aluno. A
questão motivadora original para este trabalho foi uma discussão sobre como
ensinar geografia, especialmente cartografia, para aproximar o ensino da
realidade dos alunos, com ênfase no uso de representações visuais. O foco no
ensino da cartografia ocorreu primeiramente nos primeiros anos do ensino
fundamental I, no 6º ano do ensino fundamental II, tendo em vista que muitos
professores de ciências apontaram a dificuldade de acreditar que é comum em
todas as regiões do país. Em primeiro lugar, é importante que você saiba que
em muitas situações de ensino nas aulas de geografia, os professores parecem
ter dificuldade em falar sobre temas como a forma da Terra, suas dimensões e
sua posição no espaço. Mesmo abordando questões econômicas, políticas e
geopolíticas globais. O mundo é melhor assimilado na presença de um globo
ou mapa-múndi. É por esse motivo que falaremos um pouco sobre essa
ferramenta de ensino de geografia. Os globos são, sem dúvida, figuras
historicamente conhecidas relacionadas à geografia. Podemos até dizer que a
forma que mais se assemelha à Terra é a representação da Terra. Por isso,
está mais próximo da realidade e mais adequado à visão geral do mundo em
que vivemos. Diante dessas afirmações, é difícil aceitar que a Terra ainda não
seja efetivamente utilizada como ferramenta de ensino na maioria de nossas
escolas. No entanto, diante das mudanças no processo de aprendizagem
causadas pelos dispositivos tecnológicos que passam a mediar as atividades
cotidianas realizadas pelos alunos, é necessário refletir sobre o
desenvolvimento do raciocínio geográfico nesse contexto específico, criando
mecanismos para torná-lo o mais eficaz possível.
Para tanto, consideramos fundamental a apropriação dos princípios lógicos da
Geografia, em especial dos princípios da localização, distribuição e extensão,
sistematizados por Moreira (2015). Embora espaço, território e paisagem
formem as categorias de base de toda construção e leitura das sociedades,
são os princípios lógicos que criam o espaço. Tudo na geografia começa então
com os princípios lógicos. Primeiro é preciso localizar o fenômeno na
paisagem. O conjunto das localizações dá o quadro da distribuição. E com a
rede e conexão das distâncias vem a extensão, que já é o princípio da unidade
do espaço (MOREIRA, 2015, p.117, grifo nosso). Portanto, esses princípios
devem nortear as ações dos professores, que por sua vez devem facilitar as
situações de aprendizagem, estimular os alunos a questionar por que as coisas
estão onde estão e observar as intenções na organização espacial. A posição
também é enfatizada pela pesquisa de Gersmehl (2008), que argumenta que o
pensamento espacial se desenvolve a partir de estímulos que desencadeiam
funções cerebrais específicas. Assim, o pensamento espacial é uma
ferramenta que permite ler mapas, diagramas e resolver problemas envolvendo
informações geográficas. Ou seja, entendemos que o estudo da geografia deve
permitir que os alunos estabeleçam a relação entre uma representação planar
da superfície terrestre (esfera planar/mapa-múndi) e um globo, considerando a
adoção de conceitos cartográficos e princípios geográficos, que são
importantes para desenvolver o raciocínio geográfico e o pensamento espacial.
Justamente porque sabemos que eles adoram aprender, defendemos a
realização do que chamamos de estratégias de ensino para atividades em sala
de aula, como a que mostramos aqui, que envolve o uso de uma bola para
transformá-la em uma representação tridimensional do globo. Segundo
Schäffer et al.(2005), a terra tem sido um recurso didático desviado, esquecido
e mal compreendido pelos professores, muitas vezes apenas como elemento
decorativo, principalmente nas salas de aula ambientais. Este recurso é
extremamente importante em tópicos como posicionamento, leitura de mapas,
origens das condições meteorológicas, mudanças temporais na superfície da
Terra, fluxos espaciais (comércio, transporte e informação) e análise de
questões geopolíticas. A principal vantagem de apresentar esse recurso em
sala de aula é que ele pode se aproximar mais da verdadeira forma da Terra;
permite exibir totalmente elementos geográficos físicos; eles revelam
totalmente as divisões políticas dos países; trazem uma rede não distorcida de
coordenadas geográficas; podem simular o movimento da Terra (dia e noite,
estações, fusos horários e eclipses) ; além de fazer perguntas e motivar a
curiosidade Humana (SCHÄFFER et al., 2005). Uma das principais dificuldades
na utilização desse recurso é que os alunos não conseguem acessá-lo,
visualizá-lo e processá-lo, pois esse material geralmente não é abundante nas
escolas.
3. OBJETIVOS

O Objetivo geral
 Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico,
reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das
formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao
longo da história.
Os objetivos específicos
 Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação
sociedade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de
resolução de problemas.  Compreender o processo de formulação dos
principais produtos cartográficos como: mapas, imagens de satélite e outros.
 Analisar como os diferentes produtos cartográficos são utilizados no
cotidiano.  Reconhecer a importância da Cartografia como uma forma de
linguagem para representar fenômenos nas escalas local, regional e global;
4. METODOLOGIA
Faz se necessário refletir sobre ação leva-nos a ir transformando a ação em pensamento,
ao mesmo tempo, podemos traduzir ideias em ações. Propõe-se que o educador reflita sua
prática. Entretanto, quando confronta suas ideias, teorias com a crença imediata precisam-
se, atuar com sensibilidade, e estar flexível e aberto para o novo, a esse processo
chamamos reflexão na ação. Para o professor ensinar Geografia é um desafio. Isso se deve
ao fato de que a sociedade e o meio ambiente estão em constante mudança, de modo que
os professores tendem a utilizar todos os métodos possíveis, exceto a pesquisa
aprofundada, que torna as aulas expositivas um diálogo entre professores e alunos,
discussões em grupo e atividades em sala de aula, exceto giz e lousas, os professores
também usam vídeos, mapas, globos, projetores. Outra abordagem são as aulas práticas,
como saídas de campo, construção de mapas e maquetes, que tornam a aula mais
prazerosa e divertida, o que levará a um melhor aprendizado. A proposta busca propor
atividades que contribuam para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à educação
cartográfica que ajudem a compreender interações, dinâmicas, relações e fenômenos
geográficos em diferentes escalas, e fomentem a cidadania, a crítica e a autonomia. ) Nessa
perspectiva, as atividades visam contribuir com o reconhecimento da importância da
Cartografia, como uma forma de linguagem; ampliação do repertório dos(as) estudantes
referente às formas de orientação absoluta e relativa, a partir dos referenciais e lugar de
vivência, e obtenção de informações acerca da superfície terrestre e diferentes técnicas de
representação dos fenômenos por meio dos mapas qualitativos e quantitativos. Os(as)
estudantes têm a oportunidade de expressar os seus conhecimentos prévios sobre a
linguagem cartográfica, trocar informações, exercitar a escuta ativa, adquirir novos
conhecimentos e desenvolver o pensamento espacial e o raciocínio geográfico por meio dos
princípios da localização e distribuição. Trabalhar com Mapas e imagens de satélite;
representação das cidades e do espaço urbano; fenômenos naturais e sociais
representados de diferentes maneiras relacionando com a produção imagens de satélite e
mapas, propiciar diálogo com os(as) estudantes a partir das questões propostas, no sentido
de incentivar a reflexão .

5. CRONOGRAMA
O que fazer? Quando Fazer? Responsáveis:

Datas:
Apresentação da 15/02/2024 Professora regente
proposta aos alunos do
6º ano
Planejamento das 16/02/2024 Professora e
ações coordenadora
Elaboração das 19/02/2024 Professora e
atividades coordenadora
Apresentação do tema 20/02/2024 Professora
para a turma através
de slides
Trabalho em grupo na 21/02/2024 Professora
sala de aula
conhecendo o globo
terrestre o mapa etc.
6. RESULTADOS ESPERADOS
Diante desse problema, o desafio é trabalhar com crianças ou proporcionar
a eles a oportunidade de construir os conceitos necessários para a
experiência, incluindo conceitos relacionados à ciência geográfica, como
espaço, território, localização, paisagem, área, natureza, sociedade; por
causa do pensamento sobre o ensino de geografia por muitos anos de sua
função de alfabetização é salvar os próprios objetos, espaços, insira sua
própria perspectiva. Os desafios são grandes, mas cabe lembrar que a
educação tem caráter diferenciado, requer um novo olhar. Analisando as
teorias pedagógicas é notório que o trabalho tem se voltado os anseios da
sociedade, tenho buscado mobilizá-los para cidadania, integrando
conhecimentos para intervir na realidade, o que se enfatiza é a figura do ser
humano em suas inter-relações com outros homens e a natureza e a ação
do homem sobre a natureza. Afinal, ensinar “exige compreender que a
educação é uma forma de intervenção no mundo” Freire (2002). E, que os
nossos alunos de hoje serão sempre os novos interventores do espaço
geográfico a ser construído, vivido e projetado.
7. REFERÊNCIAS
VESENTINI, J. W. - Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo, Contexto,
1997. CASTELLAR, Sônia. (org.). A psicologia genética e a aprendizagem
no ensino de Geografia. In:______. Educação Geográfica, teorias e práticas
docentes. 3ª ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012. FREIRE,
Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERSMEHL, Phil. Teaching Geography. 2 ed. New York: Guilford Press,
2008. LACOSTE, Yves. A Geografia - isso serve, em primeiro lugar para
fazer a guerra. Campinas, São Paulo: Papirus, 2011. MOREIRA, Ruy.
Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do
espaço geográfico. São Paulo: Editora Contexto, 2015. OLIVEIRA, Lívia.
Estudo metodológico e cognitivo do mapa. In: ALMEIDA, Rosangela Doin.
Cartografia Escolar. 2ª ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010.

RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE INTERVENÇÃO


A prática foi realizada no 6º ano do ensino fundamental, na DURVAL
GUEDES DE AZEVEDO PROF EE, percebe-se que o ensino da geografia
nas series iniciais, na maioria dos casos, há uma incompatibilidade entre a
geografia ensinada nas classes de series iniciais, assim sendo, este trabalho
parte da hipótese de que a geografia nas serieis iniciais desempenha um
papel importante no estabelecimento de uma referência espacial que pode
ampliar a relação entre natureza e sociedade a partir da alfabetização
cartográfica. A geografia existe em nosso dia a dia, pois essa ciência nos
permite ampliar o conhecimento das crianças, por meio de seus próprios
conceitos relacionados a categorias e conceitos geográficos, como:
localização, paisagem, território, espaço e tempo. Percebe-se que ensinar
desde o espaço onde a criança está inserida é fundamental para o seu
desenvolvimento cognitivo e social e cultural em todas as fases da sua vida,
pois para desenvolver um trabalho docente de qualidade, os educadores
precisam compreender os conhecimentos relacionados ao processo de
ensino. Envolver a geografia na aprendizagem das crianças é crucial porque,
por meio dessa ciência, as crianças podem aprender os conceitos de espaço
e tempo e, por meio deles, aprender onde vivem e onde estamos no espaço.
Nas séries iniciais do Ensino fundamental as atividades de ensino de
geografia são muito importantes para que as crianças entendam e insiram o
conceito de representação e direção espaço-temporal. A intenção é
caracterizar a prática pedagógica reflexiva foi elaborada em função de eixos
considerados essenciais a formação do educador, o contexto escolar é visto
pelo professor com base na sua formação; e finalmente o
redimensionamento da formação devendo-se dizer que para esta análise foi
iniciada durante o curso e o meu trabalho na sala de aula sendo
desvendados e incorporados pontos cruciais na minha atuação, revela o
contexto mais amplo da escola investigada. E era de nota o interesse e
atenção prestados em relação às aulas por parte de alguns, o que facilitou o
nosso objetivo em observar e aprender. Portanto, ficamos felizes em concluir
mais uma etapa do nosso curso com êxito e cheios de bagagens, que nos
serão muito úteis em nossa jornada. Todavia, ressalto que o ensino de
Geografia consiste na resposta planejada, ou analisada às exigências
naturais do processo de ensino e aprendizagem, tendo-se em vista o
educando e a própria educação como fonte de pesquisa e na vivência entre
educador e educando. Essa é uma prática desenvolvida para trabalhar
noções necessárias para o entendimento de cartografia, latitude e longitude
e coordenadas geográficas. Consiste em, a partir da percepção do próprio
corpo, realizar a transposição para compreensão das dimensões do Planeta
Terra numa representação cartográfica. Dessa forma, os alunos, ao
perceberem que seus corpos possuem distribuições e medidas que
respeitam uma proporcionalidade, passam a entender e compreender
melhor as dimensões trabalhadas seja em um mapa planisfério ou no globo
terrestre”. Durante as apresentações, boa parte dos estudantes demonstrou
timidez por não ter habilidade com a comunicação oral. Essa característica
já havia sido observada anteriormente pela professora, e a decisão em
incentivar os alunos a exercitarem a oralidade configurou-se como estratégia
importante para que se sentissem seguros e em condições de melhorar seu
desempenho de forma gradual. A professora gerenciou essa situação
pedindo que um estudante que demonstrasse autoconfiança desse início à
apresentação, deixando os demais integrantes do grupo tranquilos, sendo
aos poucos incluídos na apresentação, respondendo às indagações.
Observamos que, para os alunos, ter a bola em mãos, como produto de um
trabalho realizado pelo grupo, serviu de apoio para explanarem a trajetória
de desenvolvimento do trabalho, bem como para lembrar dos contratempos
e das superações durante o percurso. Os estudantes demonstraram estarem
orgulhosos por terem conseguido cumprir todas as etapas. As falas
realizadas durante as apresentações também proporcionaram momentos de
aprendizagem na medida em que as experiências foram compartilhadas. O
uso de estratégias didáticas lúdicas, a exemplo do trabalho realizado com a
bola, configura-se como uma possibilidade de identificar dificuldades dos
estudantes sobre noções espaciais e conceitos geográficos, favorecer as
aprendizagens a partir do uso da cartografia como linguagem fundamental
para o desenvolvimento do pensamento espacial e raciocínio geográfico e,
ainda, servir como motivação para que os alunos se interessem pelas aulas
de Geografia, já que se sentem estimulados a desenvolver atividades
práticas que se diferenciem de aulas expositivas, nas quais se sentem
entediados.

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