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Universidade Aberta UnISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura Em Geografia

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia.

Nome de Estudante: Almira Alfredo Agida


Código de Estudante: 96231277

Lichinga aos 18 de Maio de 2023


Universidade Aberta UnISCED
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura Em Geografia

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Licenciatura em Ensino de Geografia
da Universidade Aberta UnISCED.

Tutor: Carlos João de Morais

Nome de Estudante: Almira Alfredo Agida


Código de Estudante: 96231277

Lichinga aos 18 de Maio de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos.....................................................................................................................3

1.1.1. Geral.........................................................................................................................3

1.2. Específicos...................................................................................................................3

2. Metodologia.....................................................................................................................3

3. O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia...................4

3.1. O uso das maquetes como recurso didáctico nas aulas de geografia...........................5

3.2. O ensino da geografia na perspectiva dos recursos didácticos........................................7

3.3. Recursos didácticos e o processo de ensino-aprendizagem.............................................8

4. Conclusão..........................................................................................................................10

5. Bibliografia........................................................................................................................11
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1. Introdução
A contemporaneidade dentro das escolas apresenta um dinamismo complexo, em muitos
casos o ensino da geografia ainda é atrelado a metodologias tradicionais, mecânicas e
inflexíveis. Com isso, os alunos tendem a compreender a geografia como uma disciplina
caracterizada pela memorização de conceitos, mapas e fenómenos, entregando-lhes o rótulo
de ciência desinteressante e cansativa.

É importante que o educador possa recorrer a novos recursos didácticos que criem
possibilidades para os alunos terem uma melhor compreensão dos conteúdos abordados, além
de que, com isso, desenvolvam aulas mais dinâmicas a fim de despertar a criatividade,
participação, e a curiosidade por novos conhecimentos geográficos.

Em virtude deste cenário, o trabalho surge na perspectiva de compreender de que maneira as


maquetes podem ser usadas enquanto recurso didáctico nas aulas de geografia, analisar o seu
potencial pedagógico, bem como verificar os benefícios de sua utilização como ferramenta
educativa para a linguagem geográfica. Sendo assim, os procedimentos metodológicos que
embasaram este estudo dizem respeito a uma importante investigação da literatura sobre a
temática, esta etapa foi necessária para a ampliação do conhecimento e discussão dos
conceitos.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Avaliar Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia.

1.2. Específicos

 Caracterizar Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de


Geografia;
 Descrever a importância do Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas
Aulas de Geografia.

2. Metodologia

A metodologia é o caminho usado para alcançar um determinado objectivo. Para


materialização do presente trabalho foi necessário o uso de bibliografias recomendadas pelo
docente e também teve a componente da busca pela internet para subsidiar as ideias.
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3. O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia.

De acordo com Cavalcanti (2011) um dos grandes desafios enfrentado pelos professores de
Geografia é em instigar os alunos em relação aos conteúdos geográficos que possuem um
determinado grau de dificuldade. Neste contexto, as maquetes podem ser utilizadas como
recursos didácticos para otimizar o aprendizado da linguagem cartográfica.

Em muitos casos os professores fazem apenas o uso do livro didáctico para abordar
determinado conteúdo, limitando-se ao quadro e pincel. Em concordância com Carvalho
(2015) é preciso que os professores desenvolvam maneiras mais criativas para ensinar, através
da utilização novos recursos didácticos.

Portanto, conforme Santos (2009) através da construção de uma maquete é possível ter o
domínio visual de todo o conjunto da temática abordada, por ter um modelo tridimensional,
possibilita observar toda dinâmica estudada. Ou seja, utilizar maquetes nas aulas de Geografia
permite ao professor trabalhar a visão, os pontos de vista, e a projecção da realidade e/ou
fenômeno estudado.

De acordo com os aspectos observados, o uso das maquetes como recurso didáctico nas aulas
de Geografia é importância na medida em que instiga o aluno a fazer reflexões sobre o saber
geográfico, pois no processo de construção das maquetes os alunos passam a entender as
causas e efeitos de determinado conteúdo abordado. Além disso, as maquetes desenvolvem a
criatividade e a oralidade dos educandos durante a fase de apresentação dos resultados
obtidos.

Sendo assim, a grande vantagem da construção de maquetes é de possibilitar ao educando


uma visualização, em um modelo reduzido, dos principais elementos estudados sobre um
determinado tema.

Em Pontuschka et al (2009) é necessário que os professores tenham cuidado para tornar as


aulas de Geografia mais interessantes e que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de
maneira que desperte ainda mais a curiosidade dos alunos, para isso no momento de
construção das maquetes faz-se preciso tomar alguns cuidados.
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A criação das maquetes permite que os alunos materializem o espaço visualizado e percebido
em um tamanho reduzido, e também aplicar seus conhecimentos prévios sobre os conceitos
geográficos. Desta forma, os alunos se tornam sujeitos activos durante as aulas de Geografia e
o construtor do seu próprio conhecimento.

3.1. O uso das maquetes como recurso didáctico nas aulas de geografia

Diante das dificuldades e desafios encontrados no ensino da Geografia em sala de aula, vista
por muitos como uma disciplina enfadonha e decorativa, o professor enfrenta uma grande
problemática. É preciso que o discente utilize-se de ferramentas que otimizem suas aulas, e
que proporcione um ambiente dinâmico e participativo. Em virtude destes aspectos, as
construções de maquetes se apresentam como importante recurso didáctico.

A confecção de maquetes no contexto escolar contribui, e são imprescindíveis, para a


visualização e explicação dos fenómenos geográficos estudados, pois elas permitem que os
alunos possam observar o objecto estudado em tamanho reduzido. Sendo assim, a proposta
deste trabalho foi utilizar a maquete como recurso didáctico nas aulas de geografia sobre uma
abordagem temática da hidrografia.

Nesta perspectiva, para que se obtenha resultados satisfatório durante o processo de confecção
das maquetes é preciso que o conteúdo a ser representado tenha sido abordado de forma clara
e interactiva sem dissociar a realidade dos alunos com o assunto a ser estudado. Sendo assim,
realizamos duas reuniões com o professor de geografia para ampliar a discussão sobre a
temática escolhida e reflectir sobre as melhores possibilidades de construir as maquetes.

Os materiais utilizados nas maquetes, quando associados a discussão e construção de


conceitos trabalhados durante o processo de ensino-aprendizagem da Geografia ampliam as
oportunidades do aluno compreender o espaço e o fenómeno estudado, além de correlacionar
com aspectos de seu cotidiano.
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Figura 1: Processo de construção da maquete sobre o ciclo da água pelos alunos

Fonte 1: Oliveira, 2018.

As maquetes são projecções em escalas reduzidas ou representações em tamanhos reais de um


dado espaço que se deseja reproduzir, elas são fundamentadas em informações e dados que
variam de acordo com a proporcionalidade que se pretende atingir como resultado final.

Sua principal vantagem na produção do conhecimento geográfico é a de permitir a


visualização da realidade estudada, com detalhes que facilitam a compreensão das partes
analisadas. Após a produção da maquete sobre o tema “O Ciclo da Água” houve a
socialização dos resultados obtidos.

Esta fase é importante para que os alunos e o professor pudessem reflectir sobre o que se foi
construído e verificar a aprendizagem dos discentes neste ínterim. Sendo assim, os dois
grupos apresentaram para toda a turma a conclusão que se obtiveram a partir de suas
confecções, explicaram cada elemento representado na maquete e compartilharam o
conhecimento resultante das actividades anteriormente executadas.
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3.2. O ensino da geografia na perspectiva dos recursos didácticos

No contexto em que as diferentes linguagens no ensino se apresentam das mais variadas


formas, cabe ao professor a função de utilizar estas ferramentas como recurso complementar
ao livro didáctico, ou até mesmo substituí-lo, contribuindo para aprendizagem do ensino da
Geografia, com o fim de despertar no aluno uma percepção crítica da realidade.

A intenção é proporcionar uma maneira mais didáctica de aprender Geografia, levando em


consideração o conteúdo a ser ministrado, os objectivos a serem atingidos e o público alvo. A
finalidade não é somente quebrar os paradigmas do ensino tradicional no que se refere ao
conteudismo, à memorização do conteúdo e ao distanciamento da realidade dos alunos ou
mesmo, simplesmente substituir o professor, a lousa e o livro didáctico pelo moderno. A
questão é bem maior e perpassa a postura teórico-metodológica adotada pelo professor que
deve ser, acima de tudo, um educador formador de cidadãos capazes de problematizar,
dialogar, desconstruir e reconstruir o conhecimento e dar a este um direccionamento seja no
espaço próximo ou distante a partir da educação geográfica.

O recurso didáctico, por sua vez, não tem a capacidade de garantir inteiramente a
aprendizagem do aluno, mas desperta nesse um interesse maior na aula, pois oferece ao
educando a oportunidade de trabalhar com elementos que o permitam ser protagonista na
construção do conhecimento.

É de extrema importância trabalhar os meios didácticos na perspectiva de estabelecer um


diálogo na relação educador/educando, dando novos rumos ao ensino aprendizagem da
Geografia, porém é necessário compreender que o objectivo ao se utilizar um recurso
didáctico não é somente o novo, mas buscar metodologias que permitam uma abordagem
mais lúdica referente ao conteúdo da disciplina.

Nessa perspectiva, o educador, enquanto incentivador desse processo de formação do aluno


pode adotar medidas que o estimule a ler, a tomar decisões e a defender suas opiniões. Assim,
o professor pode trabalhar com fórum dissimulado que é uma dinâmica onde os alunos se
deparam com direccionamentos distintos acerca de um assunto, tendo, portanto, oportunidade
de expressar seu ponto de vista e buscar argumentos concretos que sirvam como base para
defendê-lo.
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No processo de ensino-aprendizagem da Geografia é preciso levar em consideração o que


desperta prazer e curiosidade no educando, por isso, a necessidade de utilizar diferentes meios
que possibilitem a construção e a busca de novos conhecimentos.

3.3. Recursos didácticos e o processo de ensino-aprendizagem

Os recursos didácticos ou de ensino se estabelecem como dispositivos que exercem um papel


fundamental na aprendizagem significativa da criança, pois são incentivadores e incitadores
adicionais da mesma. Segundo Araújo (1991, p. 13).

Dessa forma, percebemos que é fundamentalmente importante que o professor saiba ao certo
a filosofia da escola e tenha em mente que “tipo” de cidadão se pretende formar para que suas
práticas pedagógicas vá de encontro a isso.

Segundo Araújo (1991) essas denominações são conceitos que devem ser trabalhados de
acordo com as concepções de educação e deve haver uma atenção com a comunidade
atendida e com os indivíduos que participam desse meio.

Esses instrumentos facilitam a mediação da aula, para o educando e para o aprendente,


possibilitando o processo de associação, desenvolvimento mental e intelecto e criatividade
fazendo-os adequar-se ao meio e à sua própria realidade. O educador tem em suas mãos o
poder de fazer dos recursos didácticos ferramentas para o ensino dos conteúdos de forma
crítica e autônoma respeitando os valores e postura pedagógica que tal profissão exige em seu
campo de actuação, tornando-os pontes para desvendar a realidade em seus planos mais
enraizados. Portanto, devem ser bem seleccionados e devidamente aplicados.

3.4. Recursos didácticos e sua importância para as aulas de Geografia.

Para melhor abordagem científica no ensino de Geografia a adoção de recursos didácticos é


um dos meios em que o educador pode recorrer para trabalhar de forma mais adequada em
sala de aula. O uso dos recursos didácticos pode despertar o interesse do educando pela
ciência Geográfica. “Os materiais didácticos são muitos importantes e servem como meios
para auxiliar a docência, buscando mais significância e positividade”. (BASTOS, 2011 p. 45).
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O ensino de Geografia proporciona ao educando o processo de descoberta do espaço ao qual


está inserido e produz a reflexão e construção de conhecimento geográfico. Ao desenvolver as
actividades com o emprego de recursos no ensino de Geografia, é possível tornar as aulas
mais dinâmicas e prazerosas, oferecendo aos alunos diversas fontes para o entendimento do
assunto trabalhado.

Segundo Cavalcanti (2010, p. 47), “O modo de trabalhar os conteúdos geográficos no ensino


supera seu histórico papel de dar conta da apresentação de dados e da descrição de países,
regiões e lugares mencionados.” O conteúdo de ensino em sala requer do educador uma opção
metodológica que favoreça a aprendizagem do aluno.

Para o educador o livro didáctico é uma das ferramentas importante para o processo de
ensino-aprendizagem, pois é um instrumento acessível ao aluno. No ensino de Geografia, ao
trabalhar com o livro didáctico o professor deve traçar caminhos que leve a leitura do espaço
geográfico, através dos conteúdos e as imagem do livro com as diferentes linguagens
disponíveis e com o cotidiano de seus alunos que permitam a reflexão geográfica. “A
relatividade do conhecimento precisa estar presente na análise de qualquer produção
didáctica, a fim de que se trabalhe com o aluno o dinamismo na construção do saber”.
(PONTTUSCHKA; PAGANELLI; HANGLEI, 2009, p. 343).

No ensino de Geografia as representações gráficas e cartográficas são importantes na


ampliação de conhecimentos espaciais do cotidiano dos alunos. “Os desenhos, cartas mentais,
croquis, maquetes, plantas e mapas podem se englobados em textos gráficos plásticos e
cartográficos trabalhados no ensino e nas pesquisas de Geografia”. (Ibidem, p. 292)
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4. Conclusão

Para otimizar a prática docente e potencializar o processo de ensino-aprendizagem nas aulas


de geografia os professores precisam se equipar de ferramentas didácticas, metodologias que
aproximem o aluno do conhecimento científico sem dissociar de sua realidade. Ademais,
ensinar é uma prática complexa, que precisa ser planejada e bem executada para atingir os
objectivos que se pretende alcançar.

Portanto, o recurso didáctico analisado neste trabalho foram as maquetes, compreender seu
potencial didáctico enquanto material a ser produzido e/ou utilizado em sala de aula.
Observou-se que as actividades desenvolvidas obtiveram êxitos, através da produção das
maquetes os alunos assimilaram os conteúdos abordados mais facilmente, participaram do
processo de ensino-aprendizagem activamente, e teve como resultado uma aula dinâmica em
que os educandos puderam não somente visualizar, mas também analisar os fenómenos
estudados na hora de produzir o trabalho.

Além de ampliar as discussões sobre os recursos didácticos que podem ser utilizados nas
aulas de geografia, através deste estudo tornou-se evidente que as maquetes são instrumentos
que potencializam o processo de ensino-aprendizagem, pois atraem a atenção do aluno, e
desenvolve a participação colectiva durante a produção do trabalho.
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5. Bibliografia

1. CALVACANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa,


2002.
2. CALLAI, H. C. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? São
Paulo: Terra Livre, ed.16, p. 133-152, 2001.
3. LOPES, C. S. O professor de Geografia e os saberes profissionais: O processo
formativo e o desenvolvimento da profissionalidade. 2010. 258 f. Tese (Doutorado em
Geografia) -Universidade de São Paulo. 2010.
4. MOREIRA, R. O que é Geografia. Editora Brasiliense. 14ª edição. São Paulo, p. 133,
1994.
5. PONTUSCHKA, Nídia Nacib; TOMOKO, Iyda Paganelli, CACETE, Núria Hanglei.
6. Representações cartográficas: plantas, mapas e maquete. In: __. Para ensinar e
aprender a Geografia. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
7. SANTOS, M. S. A. Reflexões e prática de uma professora bem-sucedida. 2010.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de São João del-Rei,
Minas Gerais, 2010.
8. SODRÉ, N. W. Introdução à Geografia: Geografia e ideologia. 7ed. Petrópolis:
Vozes, 1989.

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