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Aula 9 | Trabalhando o módulo I do edital: Conhecimentos

Básicos em Língua Portuguesa

Luciene Cavalcante

● Pedagoga formada pela USP.


● Cursou o mestrado em Educação na Unicamp.
● Concursada da rede municipal de São Paulo desde 2002.
● Foi professora e diretora de escola, hoje é supervisora escolar.
● Foi professora da rede estadual de SP.
● Advogada e pesquisadora em direito educacional.

Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 - FGV


Conhecimentos Pedagógicos

“O conhecimento do tema Atmosfera, por exemplo, na aula de determinado ano ou série,


lecionado por meio de um método, registrado em um texto, desenvolvido rapidamente e
avaliado com uma prova objetiva, por exemplo, não é um conhecimento que os
estudantes têm sobre a Terra”.
(Sacristan, 2013, p. 20)
A esse respeito assinale a opção que apresenta um argumento do autor para a
afirmativa em destaque.
(A) A aquisição desse conhecimento revela a totalidade do currículo escolar.
(B) A natureza desse conhecimento deve estar modelada pelos códigos que estruturam
o currículo.
(C) A descoberta desse conhecimento amplo e irrestrito foi construída no ambiente
escolar.
(D) A aprendizagem sobre esse tema, dentro ou fora da escola, acontece da mesma
forma.
(E) O conhecimento de um novo tema deve ser valorizado pela escola.
Analise a tira a seguir

Paulo Freire, ao apresentar os “saberes necessários à prática educativa” considera que


ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica.
Com base na tira acima, assinale a afirmativa que expressa a atuação defendida por
Freire.
(A) Os discursos ideológicos veiculados em nossa sociedade devem ser reforçados na
escola.
(B) Os discursos ideológicos veiculados em nossa sociedade merecem uma reação
crítica.
(C) Os discursos neutros veiculados em nossa sociedade devem ser reforçados na
escola.
(D) Os discursos neutros veiculados em nossa sociedade devem sofrer uma reação
crítica.
(E) Os discursos ideológicos veiculados na sociedade em nada se relacionam com a
prática docente.

Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV


Disciplina: Artes

"A criança humana não vive dentro do corpo como uma lesma em sua concha. O ser
humano vive no mundo com seu corpo".
Langeveld, apud MARQUES, Isabel, "Notas sobre o corpo e o ensino da dança". Caderno Pedagógico,
Lajeado, 2011, p. 31.
Isabel Marques lança um desafio para os professores de dança: educar “pessoas
lesmas, corpos conchas” que eventualmente sabem dançar? Ou "educar cidadãos" que
se apropriam da dança para fazer alguma diferença no corpo/mundo em que vivemos?
Para a autora, a segunda opção pode ser realizada ao usarmos a dança/arte para
educar corpos lúdicos, relacionais e críticos.
A respeito da proposta de uma educação lúdica, relacional e crítica, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A situação educacional lúdica está relacionada à capacidade de criar e transformar,
pois brincar abre a possibilidade de desenvolver outro mundo e outro jeito de ser e de
viver, de capacitar os corpos a criar suas danças.
( ) A dança é reflexo ou espelho da sociedade e, por isso, pode abrir espaços para que
corpos se relacionem consigo mesmos, entre si e com o mundo, reproduzindo as
relações estabelecidas em sociedade.
( ) Criticar é a possibilidade de se distanciar e, na dança, é a capacidade de criticar por
meio de nossa expressão corporal, o que nos capacita a construir e desconstruir o
mundo em que vivemos dançando. As afirmativas são, respectivamente,

(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, Fe F.
(D) V, F e V.
(E) F, F e V.

Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV


Disciplina: Português

“Em cursos pré-vestibulares, cria-se a disciplina Técnica de Redação, cujo objetivo é


preparar os alunos para as dissertações dos exames vestibulares, dissertações essas
que devem apresentar coesão e coerência, além de parágrafos definidos com
o propósito de se estabelecer introdução, desenvolvimento e conclusão”.
Nícia de Andrade Verdini Clare, Ensino de língua portuguesa: uma visão histórica.
Nesse segmento do texto de Nícia de Andrade, destaca-se
(A) a prioridade da organização formal sobre a criatividade.
(B) o magnífico progresso do ensino de Redação, que passa a ter bases linguísticas.
(C) a organização didática adquirida a partir do advento da Linguística Textual.
(D) uma visão deformada do ensino de língua, com destaque da norma culta.
(E) uma preocupação marcante com a positiva esquematização do texto.

Obs.: o fragmento a seguir refere-se às próximas duas questões

“Chega-se, portanto, a mais um momento de questionar que gramática queremos


ensinar: a gramática entendida como um sistema único ou a gramática como um
diassistema? Valoriza-se a língua escrita, a língua oral, ou ambas? Qual a função do
texto? Ensina-se redação ou trabalha-se com produção textual? Cobra-se ou
incentiva-se a leitura? Parece-nos já se ter chegado a um consenso: ensina-se a
gramática como diassistema, valorizando se todas as modalidades linguísticas,
adequadas a cada situação em particular; o texto é estudado em suas potencialidades
expressivas; trabalha-se com produção textual; incentiva-se
sempre a leitura”. (id.)

Segundo esse segmento do texto de Nícia de Andrade, diante da frase “Me empresta
algum dinheiro, amigo!”, a posição didática do professor de Língua Portuguesa deve ser
a de
(A) condenar universalmente a construção por inadequada à norma culta.
(B) mostrar a inadequação à norma culta, mas destacar sua adequação a outras
situações de comunicação.
(C) indicar a adequação da construção já que é estrutura predominante na linguagem
coloquial.
(D) criticar a construção, independentemente da situação comunicativa, em virtude de a
frase ser iniciada por pronome oblíquo átono.
(E) destacar a importância da participação linguística do povo na construção da língua
portuguesa.

No trecho destacado de Nícia de Andrade destacado aparecem várias perguntas.


Assinale a opção que apresenta uma resposta inadequada.

(A) A gramática deve ser entendida como um sistema único ou como um diassistema? /
A opção correta é a última, adequando-se a diversas situações de comunicação.
(B) Valoriza-se a língua escrita, a língua oral, ou ambas? / Valoriza-se a língua oral,
apesar de abandonada pela tradição, já que ela é a origem das modificações na língua
escrita.
(C) Qual a função do texto? / O texto deve ser analisado tendo em vista especialmente
suas potencialidades expressivas.
(D) Ensina-se redação ou trabalha-se produção textual? / Trabalha-se a produção
textual, evitando-se a priorização formal sobre a criatividade.
(E) Cobra-se ou incentiva-se a leitura? / Deve prioritariamente mostrar as qualidades
expressivas dos textos e, assim fazendo, incentivar-se a leitura.

Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV


Disciplina: Ciências

As práticas educativas baseadas no Ensino de Ciências por Investigação (ENCI) e na


Abordagem Temática Freireana (de Paulo Freire) apresentam, em comum, elementos
estruturantes que podem ser usados como orientação para as atividades
didático-pedagógicas.
A partir desse fragmento, analise as afirmativas a seguir.
I. As concepções de sujeito e de objeto do conhecimento não devem ser pensadas
separadamente. A concepção de sujeito se baseia na ideia dos “homens em relação
constante com o mundo e com os outros”.
II. Embora o problema desempenhe o papel de gênese da construção do conhecimento,
serve também como elemento de motivação da aprendizagem.
III. Na perspectiva do ENCI é preciso criar condições para que os estudantes expliquem
“como” e “porque” conseguiram resolver o problema proposto.
Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: Educação Física

Leia o fragmento a seguir.


“... visão epistemológica que concebe o conhecimento como constituído de
informações e fatos a serem simplesmente transferidos do professor para o/a aluno/a.
Nessa concepção, o conhecimento é algo que existe fora e independente das pessoas
envolvidas no ato pedagógico.” (Adaptado de Neira e Nunes, 2008)
O fragmento acima se refere à
(A) abordagem construtivista.
(B) pedagogia do oprimido.
(C) educação problematizadora.
(D) educação física desenvolvimentista.
(E) educação bancária.

“Até a década de 1970, a legislação brasileira proibia que mulheres praticassem lutas de
qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, rugby e
halterofilismo. Apenas em 1979 essa legislação deixou de existir.” (Altman, 2015).
Com base neste trecho, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A existência dessa legislação indica a falta de interesse das mulheres por estas
práticas.
(B) A inserção da mulher nestes esportes se deu de forma improvisada, em equipes
masculinas.
(C) O fim da legislação possibilitou a apropriação das atividades e o empoderamento
das mulheres.
(D) A suposta incapacidade física feminina sempre foi a base para aquelas restrições
esportivas.
(E) As limitações da legislação não impediram a prática das atividades por mulheres.

Leia o fragmento a seguir.


“O popular, pautado no debate cultural, é entendido como categoria de oposição àquilo
que é erudito, ou seja, o que pertence às elites. O que é de domínio do povo não pode
ser um conteúdo das classes dominantes. Mas a alternância entre erudito e popular
ocorre em todos os campos da sociedade humana, em períodos mais curtos ou mais
longos de tempo” (Adaptado. Hall, 2003, citado em Neira &Nunes, 2008)
Assinale a opção que melhor sintetiza o fragmento acima.
(A) O poder cultural e a fixação de um modo de ser, pensar e agir.
(B) Uma definição reduzida à ideia de alienação e manipulação da cultura.
(C) Uma possibilidade de compreensão das mudanças.
(D) Uma ideia de povo meramente consumidor e passivo.
(E) Como se dá a construção histórica de poder entre grupos sociais.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: Geografia

“‘Raça’ pensada como construto social, princípio de classificação que ordena e regula
comportamentos e relações sociais, tem vinculação direta com a Geografia. [...] Quando
falamos em ‘negros’, nos remetemos diretamente à ideia de uma
comunalidade de origem histórico-geográfica: África. Quando falamos em ‘brancos’, uma
origem que remete à Europa.”
(Adaptado de: SANTOS, Renato Emerson dos. Lei 10.639 e o Ensino de Geografia: Construindo uma
agenda de pesquisa-ação. Em http://www.revistas.usp.br/article/view/102810.)
As opções a seguir, apresentam argumentos corretos relacionados ao fragmento acima,
à exceção de uma. Assinale-a.
(A) O padrão de relações raciais brasileiro permite classificar como “negro” o conjunto da
população que habita o continente africano.
(B) Os “brancos” são relacionados à Europa, mesmo sabendo que, historicamente,
homens e mulheres com essas características viviam em outros continentes.
(C) Os referenciais África ou Europa são fruto de distorções, que servem para produzir
visões de mundo, visões do outro e regular padrões de relações.
(D) A Geografia está, de uma forma subliminar, na base da construção da ideia das
relações e dos comportamentos baseados no princípio de classificação racial.
(E) Os “negros” não estão presentes apenas na África, mas também em populações
antigas como alguns grupos aborígenes da Austrália e algumas castas da Índia.

Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV


Disciplina: Matemática

Segundo conjectura de Cristian Goldbach, matemático prussiano que viveu entre 1690 e
1764, “qualquer número par, com exceção do 2, pode ser representado como a soma de
dois números primos.” Até hoje, ninguém conseguiu provar se isso é verdade para
qualquer número, porém não foi encontrada qualquer exceção.
A seguir, alguns exemplos que comprovam essa regra:
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

(A) Conjecturas são teoremas provados.


(B) Conjecturas são afirmações que ainda não provamos se são ou não verdadeiras.
(C) Os exemplos dados provam que qualquer número par pode ser escrito como soma
de dois números primos.
(D) Conjecturas são provadas fornecendo muitos exemplos.
(E) Conjecturas são axiomas que sustentam uma teoria.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: Sociologia

Em 1835, Alexis de Tocqueville regressou de uma viagem aos Estados Unidos e


publicou suas reflexões sobre a vida política na nova nação: “O gradual desenvolvimento
da igualdade é uma realidade providencial. Dessa realidade, tem ele as principais
características: é universal, é durável, foge dia a dia à interferência humana; e, para seu
progresso, contribuíram todos os acontecimentos, assim como todos os homens. Seria
prudente imaginar que um movimento social de tão remotas origens pudesse ser detido
por uma geração? Pode-se conceber que, após ter destruído o sistema feudal e vencido
os reis, ele irá recuar ante a burguesia e a classe rica? Agora que se tornou tão forte, e
tão frágeis os seus adversários, deter-se-á ainda?”
Neste trecho o autor descreve um processo igualitário por ele considerado um
movimento social cuja marcha está associada à história da humanidade.
Esse movimento social corresponde à
(A) conquista da felicidade.
(B) afirmação da democracia.
(C) defesa da equidade.
(D) sustentação da república moderada.
(E) luta pelos direitos individuais.

A figura a seguir apresenta um fenômeno estudado pela Sociologia

A imagem critica
(A) a sociedade do espetáculo.
(B) a geração de status e valor.
(C) a sociedade de consumo.
(D) a produção de cópias e simulacros.
(E) o processo de massificação.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: História

Ao abordar o problema dos currículos de História nas escolas em um contexto global e


multicultural, Marcos Silva e Selva G. Fonseca se perguntam o que ensinar no mundo
multicultural e se apropriam do pensamento do educador Peter McLaren, que, ao ir além
do termo crítico, defende o “multiculturalismo revolucionário, que não se limita a
transformar a atitude discriminatória, mas se dedica a reconstituir as estruturas
profundas da economia política, da cultura e do poder nos arranjos sociais
contemporâneos. Ele não significa reformar a democracia capitalista, mas transformá-la,
cortando as suas articulações e reconstruindo a ordem social do ponto de vista dos
oprimidos”.
MCLAREN, Peter apud SILVA, Marcos e FONSECA, Selva G. Ensinar História no
século XXI: em busca do tempo entendido. Campinas: Papirus, 2007, p. 46.
Para os autores, o multiculturalismo crítico e revolucionário é
(A) um conteúdo escolar acadêmico a ser ensinado em sala de aula.
(B) uma postura ética e política contra a desigualdade e a exclusão social.
(C) uma abordagem teórica sobre o tema da diversidade cultural.
(D) um posicionamento politicamente correto de aceitação da diferença.
(E) uma estratégia de respeito e tolerância em relação às diferenças culturais.

Concurso: PEI 2015 - VUNESP

Uma professora de Educação Infantil confeccionou uma luva em tecido brilhante com
elementos que formavam uma carinha na palma da mão. Para brincar, ela colocava a
luva na mão e acenava para o bebê, atraindo sua atenção e seu olhar. Posicionava a
mão perto do rosto do bebê, dando um tempo para que ele a percebesse; movimentava
lentamente para os lados, para baixo, para cima, afastando e aproximando. Incentivava
o bebê a ver, tocar e pegar a luva. Colocava a luva na mão do bebê e o ajudava a
descobrir suas mãos. Incentivava o bebê a pegar a luva com a outra mão, facilitando
assim a junção das mãos na linha média. Brincava de esconde-esconde, ocultando o
rosto com a luva. Ao brincar dessa forma, conforme Siaulys, a professora tinha como
principal objetivo que o bebê

(A) tivesse seu tempo ocupado com alguma atividade interessante.


(B) despertasse a curiosidade e o prazer de ver e buscar.
(C) tivesse a coordenação olho-mão, olho-objeto e ouvido-mão favorecida.
(D) desenvolvesse a estruturação e a organização espacial.
(E) desenvolvesse a integração dos sentidos de visão, tato e audição.

Conforme Canavieira (2012), citado no documento Indicadores da Qualidade na


Educação Infantil Paulistana, cada criança, ao nascer, é inserida em contextos sociais
diferentes e passa a fazer parte da sociedade. Como ator social, sujeito histórico e
cultural, é constituído pelas experiências e, ao mesmo tempo, influencia o meio em que
vive. Bebês e crianças são agentes de sua própria socialização, apreendendo o mundo
social à sua maneira.

Portanto, é correto afirmar que bebês e crianças


(A) interpretam a vida por meio da figura maternal nos primeiros cem dias de vida.
(B) colocam objetos na boca no período sensório-motor.
(C) dependem do adulto na introdução de significados.
(D) identificam a figura do adulto como centro de suas referências.
(E) interpretam e ressignificam a realidade com seus pares.

Didonet, ao analisar a prática da avaliação na educação infantil, aborda os Referenciais


Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, citando que: “No que se refere às
crianças em idade pré-escolar, a avaliação deve permitir que se acompanhem suas
conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo de seu processo de
aprendizagem.” Ainda conforme esse documento, é correto afirmar que a prática
adequada para acesso às aprendizagens infantis é a

(A) do registro e da observação.


(B) de aplicação de questionário para triagem.
(C) de aplicação de provas, a fim de verificar se o desenvolvimento esperado para a
etapa foi atingido.
(D) de entrevistas individuais progressivas.
(E) de aplicação de provas de identificação de nível de alfabetização.

Concurso: Diretor de Escola- 2015 / VUNESP

A aula não é apenas o lugar onde os indivíduos aprendem e nascem para o novo, mas
onde se presencia, no olhar dos alunos, o próprio nascimento da sociedade. Pode-se
imaginar quantos pais, quantos pedagogos, quantos arquitetos, quantos funcionários de
limpeza, quantos produtores e autores de conteúdos estão ao fundo da preparação de
apenas uma aula de um só professor.
(Revista Magistério 1: Aonde anda a aula?, 2014)
A aula, como resultado de um esforço coletivo gigantesco, tem como elemento mais
determinante
(A) a arquitetura da sala de aula e da escola, que marca e demarca espaços e tempos.
(B) a magia do ensinar e do aprender, que se faz na sabedoria, na vontade e na
dedicação do professor, do aluno, da escola e da família.
(C) a possibilidade de interatividade, que tem seu auge nas novas tecnologias da
informação e comunicação.
(D) o equipamento utilizado pelo professor, que estimula o aprender em sua essência.
(E) a cultura interna e externa ao ambiente escolar, que depende da liderança da equipe
gestora.
“O Projeto Pedagógico envolve várias coisas. Envolve a tarefa de dizer como a escola
vai funcionar, como ela vai interagir com a sociedade. Mas também envolve a definição
daquilo que a criança vai aprender. Não podemos ter nenhuma dúvida sobre o que a
criança deve aprender. É a partir desta clareza que conseguiremos reunir os meios para
que isso aconteça”, afirma o professor José Francisco Soares (presidente do Inep/MEC).
(Revista Magistério 4: Avaliação um direito do aluno, 2015, p. 4-13)
Para ele, a avaliação educacional
(A) significa transparência dos resultados: o que os professores ensinaram e o quanto os
alunos aprenderam.
(B) representa um discurso preocupado com as grandes questões da humanidade.
(C) tem por objetivo principal controlar e fiscalizar o trabalho dos docentes e dos
gestores.
(D) é apenas uma parte do projeto pedagógico e apenas uma parte do currículo.
(E) nada mais é do que o resultado do direito à educação concretizado.

“Apontado como panaceia para todos os males da educação, o uso das tecnologias da
informação na sala de aula passou a ser o marcador do que é avançado ou não,
moderno ou ultrapassado. A despeito de não haver nenhum estudo conclusivo ou
consenso a respeito, seu uso chega a ser apontado como sinônimo de bom ou mal
ensino. Evidentemente as novas tecnologias descortinam horizontes inimagináveis para
a sala de aula, desde que não esqueçamos de que elas não foram concebidas
exclusivamente como tecnologias para a educação e exigem projetos pedagógicos
claros.”
(Revista Magistério 2: A aula expandida, 2014, p. 6-11)
De acordo com essa referência, a assimilação das novas tecnologias em sala de aula
resultam cada vez mais
(A) do layout físico da sala de aula e da escola.
(B) da pressão social, da indústria de equipamentos e dispositivos eletrônicos portáteis
(gadgets) e dos próprios sistemas de ensino.
(C) da pressão dos professores e gestores para que aumente a proximidade entre a
cultura do aluno e a cultura do professor.
(D) do caráter lúdico que o ensinar e aprender exigem na sociedade midiática, repleta de
diversões e entretenimentos.
(E) de um sonho dos educadores e alunos: que a aula volte a ser um paraíso feliz e sem
violência.
Concurso: Coordenador Pedagógico 2019 - VUNESP

Leia o texto para responder às próximas duas questões.

Na obra sobre organização e gestão da escola, Libâneo (2015) examina procedimentos


e técnicas que podem ajudar na viabilização do trabalho escolar, referentes
especialmente à coordenação pedagógica. Entre esses procedimentos e técnicas,
encontram-se “o Planejamento e a elaboração do projeto” e “a Observação de aulas”.

De acordo com Libâneo (2015), o item da “elaboração dos projetos” constitui um dos
elementos do tema Planejamento. Segundo o autor, o projeto consiste na “descrição
escrita e detalhada de objetivos e meios de execução de uma ação ou
empreendimento”. A elaboração pode resultar num documento mais extenso, como o
projeto pedagógico-curricular, ou em documentos mais curtos, como o projeto de visita a
um museu. Esses documentos surgem de diagnósticos e discussões feitas em reuniões
ou conversas entre membros da equipe escolar e, como regra geral, devem
(A) resolver por si só os problemas de gestão da escola ou de uma sala de aula.
(B) minimizar a importância dos aspectos concretos de realização na etapa de
proposição e elaboração.
(C) resultar de uma necessidade sentida por um grupo.
(D) ser executados preferencialmente por pequeno número de pessoas.
(E) cuidar das questões de avaliação somente após a etapa de execução.

Segundo Libâneo (2015), a observação é uma das características da atividade científica


e, enquanto tal, uma metodologia de obtenção de informações válidas e, portanto,
confiáveis sobre algum fenômeno da realidade. Quando utilizada nas escolas e na sala
de aula, visa ao desenvolvimento profissional dos professores e a melhoria das
condições de ensino e dos resultados da aprendizagem dos alunos. Entre suas
finalidades bem específicas, está a de ajudar o professor a melhorar seu desempenho
profissional, criar situações para ajudá-lo a avaliar seu próprio desempenho e fazer
auto-observação. Analisando-se as recomendações para o observador – no caso da
escola, o coordenador pedagógico – considera-se que ele
(A) precisa ter objetivos muito claros para si e para os professores.
(B) deve elaborar as categorias sobre os fatos observados sempre após a coleta de
dados.
(C) precisa impedir que os alunos conheçam as razões de sua presença em classe para
realizar observações.
(D) precisa discutir com o professor os dados coletados, no máximo, até duas semanas
após a coleta realizada.
(E) deve fazer o registro imediato de suas observações de aulas, sempre que elas
tenham uma função diagnóstica.
Leia o texto para responder às próximas duas questões.

Numa primeira aproximação e concretização do significado amplo que nos sugere


Sacristán (2000), propomos definir o currículo como “o projeto seletivo de cultura,
cultural, social, política e administrativamente condicionado, que preenche a
atividade escolar e que se torna realidade dentro das condições da escola tal como se
acha configurada”. Este conceito de currículo, referencial para a ordenação teórica da
problemática correspondente, sugere-nos que existem três grandes grupos de
problemas ou elementos em interação recíproca, que são os que definitivamente
concretizam a realidade curricular como cultura escolar.

O primeiro grupo ao qual Sacristán (2000) se refere está relacionado à aprendizagem


dos alunos nas instituições escolares, “organizada em função de um projeto cultural para
a escola, para um nível escolar ou modalidade”. Isso significa que “o currículo é, antes
de tudo, uma seleção de
(A) ideologias”.
(B) conteúdos”.
(C) práxis”.
(D) habilidades”.
(E) competências”.

O segundo grupo ao qual Sacristán (2000) se refere está relacionado ao projeto cultural,
que “(...) se realiza dentro de condições políticas, administrativas e institucionais, porque
a escola é um campo institucional organizado que proporciona uma série de regras que
ordenam a experiência que os alunos e os professores podem obter participando nesse
projeto. As condições o modelam e são fonte por si mesmas de um currículo
(A) ideal ou abstrato”.
(B) oficial ou explícito”.
(C) paralelo ou oculto”.
(D) ideológico ou direcionado”.
(E) tradicional ou concreto”.

Questão dissertativa para o concurso: teoria e prática

Concurso: PEI 2015 (VUNESP)

De acordo com a Orientação Normativa no 01: “As concepções sobre criança e infância
são construções sociais, históricas e culturais que se consolidam nos diferentes
contextos nos quais são produzidas e a partir de múltiplas variáveis como etnia, classe
social, gênero e condições socioeconômicas das quais as crianças fazem parte”.
Considerando essa premissa, defina de que modo configura-se o conceito de
criança/infância nos dias atuais.
RESPOSTA ESPERADA E FUNDAMENTAÇÃO

A criança deve ser considerada em sua integralidade, como pessoa capaz, que tem
direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito
potente”, socialmente competente, com direito a voz e a participação nas escolhas;
como pessoa que consegue criar e recriar, como pessoa que vê o mundo com seus
próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis
por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes
modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo
com olhos de criança.

Concepção de Criança / Infância

As concepções sobre criança e infância são construções sociais, históricas e culturais


que se consolidam nos diferentes contextos nos quais são produzidas e a partir de
múltiplas variáveis como etnia, classe social, gênero e condições socioeconômicas das
quais as crianças fazem parte. Considerando tais elementos e a sua relação com a
imagem de criança construída no tempo e na história, pode-se afirmar a existência de
múltiplas infâncias e de várias formas de ser criança.

Visando à construção de uma Pedagogia para/com a Infância, que, segundo o Estatuto


da Criança e do Adolescente – ECA, se estende até aos doze anos, permeando tanto a
Educação Infantil quanto o Ensino Fundamental, defende-se uma concepção de criança
contextualizada em sua concretude de existência social, cultural e histórica, participante
da sociedade e da cultura de seu tempo e espaço, modificando e sendo modificada por
elas.

Dessa forma, considera-se que essas concepções se revelam, sobretudo, na forma


como as Unidades de Educação Infantil organizam espaços, tempos, materiais, relações
e currículo para a construção de um trabalho pedagógico que considere a criança em
sua integralidade, ou seja, que considere a criança como pessoa capaz, que tem direito
de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto ‘sujeito potente’,
socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa
que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e
ressignificar a história individual e social; como pessoa que vê o mundo com seus
próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por
meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos
de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com
“olhos” de criança”.

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