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Luciene Cavalcante
"A criança humana não vive dentro do corpo como uma lesma em sua concha. O ser
humano vive no mundo com seu corpo".
Langeveld, apud MARQUES, Isabel, "Notas sobre o corpo e o ensino da dança". Caderno Pedagógico,
Lajeado, 2011, p. 31.
Isabel Marques lança um desafio para os professores de dança: educar “pessoas
lesmas, corpos conchas” que eventualmente sabem dançar? Ou "educar cidadãos" que
se apropriam da dança para fazer alguma diferença no corpo/mundo em que vivemos?
Para a autora, a segunda opção pode ser realizada ao usarmos a dança/arte para
educar corpos lúdicos, relacionais e críticos.
A respeito da proposta de uma educação lúdica, relacional e crítica, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A situação educacional lúdica está relacionada à capacidade de criar e transformar,
pois brincar abre a possibilidade de desenvolver outro mundo e outro jeito de ser e de
viver, de capacitar os corpos a criar suas danças.
( ) A dança é reflexo ou espelho da sociedade e, por isso, pode abrir espaços para que
corpos se relacionem consigo mesmos, entre si e com o mundo, reproduzindo as
relações estabelecidas em sociedade.
( ) Criticar é a possibilidade de se distanciar e, na dança, é a capacidade de criticar por
meio de nossa expressão corporal, o que nos capacita a construir e desconstruir o
mundo em que vivemos dançando. As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, Fe F.
(D) V, F e V.
(E) F, F e V.
Segundo esse segmento do texto de Nícia de Andrade, diante da frase “Me empresta
algum dinheiro, amigo!”, a posição didática do professor de Língua Portuguesa deve ser
a de
(A) condenar universalmente a construção por inadequada à norma culta.
(B) mostrar a inadequação à norma culta, mas destacar sua adequação a outras
situações de comunicação.
(C) indicar a adequação da construção já que é estrutura predominante na linguagem
coloquial.
(D) criticar a construção, independentemente da situação comunicativa, em virtude de a
frase ser iniciada por pronome oblíquo átono.
(E) destacar a importância da participação linguística do povo na construção da língua
portuguesa.
(A) A gramática deve ser entendida como um sistema único ou como um diassistema? /
A opção correta é a última, adequando-se a diversas situações de comunicação.
(B) Valoriza-se a língua escrita, a língua oral, ou ambas? / Valoriza-se a língua oral,
apesar de abandonada pela tradição, já que ela é a origem das modificações na língua
escrita.
(C) Qual a função do texto? / O texto deve ser analisado tendo em vista especialmente
suas potencialidades expressivas.
(D) Ensina-se redação ou trabalha-se produção textual? / Trabalha-se a produção
textual, evitando-se a priorização formal sobre a criatividade.
(E) Cobra-se ou incentiva-se a leitura? / Deve prioritariamente mostrar as qualidades
expressivas dos textos e, assim fazendo, incentivar-se a leitura.
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: Educação Física
“Até a década de 1970, a legislação brasileira proibia que mulheres praticassem lutas de
qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, rugby e
halterofilismo. Apenas em 1979 essa legislação deixou de existir.” (Altman, 2015).
Com base neste trecho, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A existência dessa legislação indica a falta de interesse das mulheres por estas
práticas.
(B) A inserção da mulher nestes esportes se deu de forma improvisada, em equipes
masculinas.
(C) O fim da legislação possibilitou a apropriação das atividades e o empoderamento
das mulheres.
(D) A suposta incapacidade física feminina sempre foi a base para aquelas restrições
esportivas.
(E) As limitações da legislação não impediram a prática das atividades por mulheres.
“‘Raça’ pensada como construto social, princípio de classificação que ordena e regula
comportamentos e relações sociais, tem vinculação direta com a Geografia. [...] Quando
falamos em ‘negros’, nos remetemos diretamente à ideia de uma
comunalidade de origem histórico-geográfica: África. Quando falamos em ‘brancos’, uma
origem que remete à Europa.”
(Adaptado de: SANTOS, Renato Emerson dos. Lei 10.639 e o Ensino de Geografia: Construindo uma
agenda de pesquisa-ação. Em http://www.revistas.usp.br/article/view/102810.)
As opções a seguir, apresentam argumentos corretos relacionados ao fragmento acima,
à exceção de uma. Assinale-a.
(A) O padrão de relações raciais brasileiro permite classificar como “negro” o conjunto da
população que habita o continente africano.
(B) Os “brancos” são relacionados à Europa, mesmo sabendo que, historicamente,
homens e mulheres com essas características viviam em outros continentes.
(C) Os referenciais África ou Europa são fruto de distorções, que servem para produzir
visões de mundo, visões do outro e regular padrões de relações.
(D) A Geografia está, de uma forma subliminar, na base da construção da ideia das
relações e dos comportamentos baseados no princípio de classificação racial.
(E) Os “negros” não estão presentes apenas na África, mas também em populações
antigas como alguns grupos aborígenes da Austrália e algumas castas da Índia.
Segundo conjectura de Cristian Goldbach, matemático prussiano que viveu entre 1690 e
1764, “qualquer número par, com exceção do 2, pode ser representado como a soma de
dois números primos.” Até hoje, ninguém conseguiu provar se isso é verdade para
qualquer número, porém não foi encontrada qualquer exceção.
A seguir, alguns exemplos que comprovam essa regra:
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A imagem critica
(A) a sociedade do espetáculo.
(B) a geração de status e valor.
(C) a sociedade de consumo.
(D) a produção de cópias e simulacros.
(E) o processo de massificação.
Concurso: Prof Ens Fund II e Médio- 2016 / FGV
Disciplina: História
Uma professora de Educação Infantil confeccionou uma luva em tecido brilhante com
elementos que formavam uma carinha na palma da mão. Para brincar, ela colocava a
luva na mão e acenava para o bebê, atraindo sua atenção e seu olhar. Posicionava a
mão perto do rosto do bebê, dando um tempo para que ele a percebesse; movimentava
lentamente para os lados, para baixo, para cima, afastando e aproximando. Incentivava
o bebê a ver, tocar e pegar a luva. Colocava a luva na mão do bebê e o ajudava a
descobrir suas mãos. Incentivava o bebê a pegar a luva com a outra mão, facilitando
assim a junção das mãos na linha média. Brincava de esconde-esconde, ocultando o
rosto com a luva. Ao brincar dessa forma, conforme Siaulys, a professora tinha como
principal objetivo que o bebê
A aula não é apenas o lugar onde os indivíduos aprendem e nascem para o novo, mas
onde se presencia, no olhar dos alunos, o próprio nascimento da sociedade. Pode-se
imaginar quantos pais, quantos pedagogos, quantos arquitetos, quantos funcionários de
limpeza, quantos produtores e autores de conteúdos estão ao fundo da preparação de
apenas uma aula de um só professor.
(Revista Magistério 1: Aonde anda a aula?, 2014)
A aula, como resultado de um esforço coletivo gigantesco, tem como elemento mais
determinante
(A) a arquitetura da sala de aula e da escola, que marca e demarca espaços e tempos.
(B) a magia do ensinar e do aprender, que se faz na sabedoria, na vontade e na
dedicação do professor, do aluno, da escola e da família.
(C) a possibilidade de interatividade, que tem seu auge nas novas tecnologias da
informação e comunicação.
(D) o equipamento utilizado pelo professor, que estimula o aprender em sua essência.
(E) a cultura interna e externa ao ambiente escolar, que depende da liderança da equipe
gestora.
“O Projeto Pedagógico envolve várias coisas. Envolve a tarefa de dizer como a escola
vai funcionar, como ela vai interagir com a sociedade. Mas também envolve a definição
daquilo que a criança vai aprender. Não podemos ter nenhuma dúvida sobre o que a
criança deve aprender. É a partir desta clareza que conseguiremos reunir os meios para
que isso aconteça”, afirma o professor José Francisco Soares (presidente do Inep/MEC).
(Revista Magistério 4: Avaliação um direito do aluno, 2015, p. 4-13)
Para ele, a avaliação educacional
(A) significa transparência dos resultados: o que os professores ensinaram e o quanto os
alunos aprenderam.
(B) representa um discurso preocupado com as grandes questões da humanidade.
(C) tem por objetivo principal controlar e fiscalizar o trabalho dos docentes e dos
gestores.
(D) é apenas uma parte do projeto pedagógico e apenas uma parte do currículo.
(E) nada mais é do que o resultado do direito à educação concretizado.
“Apontado como panaceia para todos os males da educação, o uso das tecnologias da
informação na sala de aula passou a ser o marcador do que é avançado ou não,
moderno ou ultrapassado. A despeito de não haver nenhum estudo conclusivo ou
consenso a respeito, seu uso chega a ser apontado como sinônimo de bom ou mal
ensino. Evidentemente as novas tecnologias descortinam horizontes inimagináveis para
a sala de aula, desde que não esqueçamos de que elas não foram concebidas
exclusivamente como tecnologias para a educação e exigem projetos pedagógicos
claros.”
(Revista Magistério 2: A aula expandida, 2014, p. 6-11)
De acordo com essa referência, a assimilação das novas tecnologias em sala de aula
resultam cada vez mais
(A) do layout físico da sala de aula e da escola.
(B) da pressão social, da indústria de equipamentos e dispositivos eletrônicos portáteis
(gadgets) e dos próprios sistemas de ensino.
(C) da pressão dos professores e gestores para que aumente a proximidade entre a
cultura do aluno e a cultura do professor.
(D) do caráter lúdico que o ensinar e aprender exigem na sociedade midiática, repleta de
diversões e entretenimentos.
(E) de um sonho dos educadores e alunos: que a aula volte a ser um paraíso feliz e sem
violência.
Concurso: Coordenador Pedagógico 2019 - VUNESP
De acordo com Libâneo (2015), o item da “elaboração dos projetos” constitui um dos
elementos do tema Planejamento. Segundo o autor, o projeto consiste na “descrição
escrita e detalhada de objetivos e meios de execução de uma ação ou
empreendimento”. A elaboração pode resultar num documento mais extenso, como o
projeto pedagógico-curricular, ou em documentos mais curtos, como o projeto de visita a
um museu. Esses documentos surgem de diagnósticos e discussões feitas em reuniões
ou conversas entre membros da equipe escolar e, como regra geral, devem
(A) resolver por si só os problemas de gestão da escola ou de uma sala de aula.
(B) minimizar a importância dos aspectos concretos de realização na etapa de
proposição e elaboração.
(C) resultar de uma necessidade sentida por um grupo.
(D) ser executados preferencialmente por pequeno número de pessoas.
(E) cuidar das questões de avaliação somente após a etapa de execução.
O segundo grupo ao qual Sacristán (2000) se refere está relacionado ao projeto cultural,
que “(...) se realiza dentro de condições políticas, administrativas e institucionais, porque
a escola é um campo institucional organizado que proporciona uma série de regras que
ordenam a experiência que os alunos e os professores podem obter participando nesse
projeto. As condições o modelam e são fonte por si mesmas de um currículo
(A) ideal ou abstrato”.
(B) oficial ou explícito”.
(C) paralelo ou oculto”.
(D) ideológico ou direcionado”.
(E) tradicional ou concreto”.
De acordo com a Orientação Normativa no 01: “As concepções sobre criança e infância
são construções sociais, históricas e culturais que se consolidam nos diferentes
contextos nos quais são produzidas e a partir de múltiplas variáveis como etnia, classe
social, gênero e condições socioeconômicas das quais as crianças fazem parte”.
Considerando essa premissa, defina de que modo configura-se o conceito de
criança/infância nos dias atuais.
RESPOSTA ESPERADA E FUNDAMENTAÇÃO
A criança deve ser considerada em sua integralidade, como pessoa capaz, que tem
direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito
potente”, socialmente competente, com direito a voz e a participação nas escolhas;
como pessoa que consegue criar e recriar, como pessoa que vê o mundo com seus
próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis
por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes
modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo
com olhos de criança.