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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE, V. 1. 2014.

PARANÁ
SUGIMURA, F, M; GUIMARÃES, G, B

OPORTUNIDADES PARA UMA ABORDAGEM MAIS DINÂMICA DAS


GEOCIÊNCIAS NO ENSINO MÉDIO A PARTIR DA
GEODIVERSIDADE: O CASO DO MUNICÍPIO DE CASTRO (PR)

Fernanda Machinski Sugimura1


Gilson Burigo Guimarães2

RESUMO
Reconhecendo as dificuldades de muitos alunos para associarem os conhecimentos
escolares ao seu cotidiano e espaços de vivência e pretendendo que os conteúdos específicos da
Geografia Física não fossem apenas memorizados, metodologias, linguagens tecnológicas e recursos
didáticos foram experimentados em um colégio público estadual em Castro, PR. No material didático
produzido, um caderno ilustrado com oito sequências didáticas, destacou-se a geodiversidade como
uma ferramenta para ensinar de forma interpretativa, interativa e contextualizada temas relativos à
Geologia, Paleontologia, Geomorfologia, meio ambiente, patrimônio geológico e geoconservação. O
caderno pedagógico elaborado subsidiou a implementação do projeto PDE – turma 2014 – em uma
turma do 1º Ano do Ensino Médio, sendo que algumas atividades foram estendidas aos 6º anos,
outras as demais turmas, e também aos professores e funcionários do Colégio Nisgoski. Durante o
período de execução das atividades programadas procurou-se explorar o lado abiótico do planeta
Terra e as relações sociedade-natureza e biodiversidade-geodiversidade, a partir de paisagens e
características geológicas e geomorfológicas peculiares do município de Castro. A ideia de explorar
aspectos locais, que não aparecem nos livros didáticos utilizados, levou em consideração a
necessidade de tornar a aprendizagem mais significativa e ter resultados mais positivos com a prática
docente. Destaca-se ainda, do planejamento à implementação do projeto, a oportunidade de
conhecer novos direcionamentos para as aulas de Geografia, os quais foram compartilhados com os
professores da área que cursaram o GTR e também ficaram encantados com as inúmeras
possibilidades da geodiversidade na educação.

Palavras-chave: educação; ensino-aprendizagem; geodiversidade; Geografia.

INTRODUÇÃO
Como profissionais da educação gostaríamos de vivenciar situações em que
os alunos participassem efetivamente das aulas e de nossas propostas
pedagógicas, fizessem questionamentos, apresentassem respostas criativas,
demonstrassem a capacidade de atribuir significados aos conhecimentos e de

1Professora de Geografia da Rede Pública Estadual do Paraná, fernanda.sugimura@gmail.com


2Professor de Geologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Departamento de Geociências,
Ponta Grossa, Paraná, gilsonburigo@gmail.com
transpô-los para a vida prática. Entretanto, despertar a atenção, a vontade de
participação e o interesse em aprender mais, têm-nos sido um desafio e as
justificativas são várias. Entre estas estão as características de cada turma,
questões pessoais dos alunos vividas fora do espaço escolar, carência de material,
recursos didáticos e tecnológicos adequados, metodologias inapropriadas para um
público específico, falta de entusiasmo e motivação para os estudos.
Procurando soluções para os vários problemas que interferem negativamente
no trabalho do professor de Geografia, encontrou-se na geodiversidade local uma
possibilidade para levar à escola abordagens mais dinâmicas de conteúdos
específicos das Geociências.
É sabido que, levando em consideração conhecimentos prévios, a estrutura
cognitiva se organiza com maior facilidade. Assim, aproveitar as paisagens
geológicas e geomorfológicas do próprio município pode aumentar as chances para
a aprendizagem significativa de conteúdos listados no programa curricular e, embora
despercebidos, presentes no cotidiano dos alunos.
No caso do Ensino Médio, especificamente na disciplina de Geografia, estes
conteúdos são muitos, exigem formação e preparo dos professores para que
trabalhem minimamente temas que por vezes parecem abstratos, desinteressantes
e que ocorreram em uma escala de tempo difícil de entender. Não são temas
explicados pelo senso comum e fáceis de discutir, nem aparecem com frequência na
TV, sendo eventos que ocorreram há milhões e bilhões de anos e nem sempre nos
deparamos com suas evidências ou conseguimos estabelecer relações entre eles e
a paisagem que nos cerca.
Diante disso, explorar aspectos da geodiversidade do espaço geográfico mais
próximo aos alunos é uma opção para instrumentalizar o professor para planejar
aulas mais compreensíveis, com encaminhamentos didáticos e formas de avaliação
que superem a aprendizagem mecânica ou automática ainda muito presente no
espaço escolar.
Em consequência das atividades diferenciadas, que desenvolvem e
aprimoram habilidades variadas e por isso atingem um maior número de alunos,
ficaremos mais satisfeitos com o próprio trabalho, atingiremos os objetivos pensados
para cada aula e daremos oportunidades para a aprendizagem verdadeira. As aulas
poderão ser mais barulhentas, a sala aparentemente desorganizada, as formas de
anotação pouco habituais, a avaliação alternativa às tradicionais provas e trabalhos
de pesquisa escritos, pois sem medo de críticas e comentários apresentaremos
alternativas para um processo de ensino-aprendizagem mais edificante e menos
preocupado com alunos silenciosos e disciplinados que passivamente recebem,
copiam, memorizam e transcrevem informações.
Com essa perspectiva, este trabalho, estruturado como um relato pedagógico,
compartilha algumas estratégias para apresentar à comunidade escolar conteúdos
geocientíficos que colaboram para despertar a percepção e a consciência sobre o
meio abiótico.
Todas as atividades e recursos didáticos sugeridos foram delineados em 2014
no período de formação no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) para
serem aplicados em uma turma do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual
Professora Maria Aparecida Nisgoski, em Castro.
Durante a implementação, no ano letivo de 2015, algumas foram estendidas
a três turmas de 6º anos, com pequenas adaptações. Estas foram: a confecção de
réplicas de fósseis e representações dos processos de fossilização; as práticas
utilizando amostras de rochas e minerais de kits didáticos disponíveis no laboratório
de Ciências; o uso do Atlas de Castro para desenvolver as habilidades de leitura e
intepretação de fotografias aéreas e conhecer aspectos das paisagens natural e
cultural do município; os debates a partir do vídeo-documentário “Tapete verde
sobre uma mesa de pedra” que apresenta aspectos da geodiversidade dos Campos
Gerais do PR.
Em algumas ocasiões foi utilizado o caderno pedagógico para explorar as
imagens e trabalhar conteúdos da série, como os agentes internos e externos que
modelam o relevo terrestre, as formações rochosas e feições geológicas, o uso das
rochas e dos minerais e o processo de formação dos solos.
Houve ainda momentos em que alunos das demais turmas, professores e
funcionários da instituição foram convidados para participar das atividades
programadas, como por exemplo, do concurso de fotografias, saídas de campo e da
mostra de Geologia na escola.
A iniciativa que visava primeiramente melhorar a qualidade das aulas e a
formação dos alunos trouxe vários pontos positivos, os quais serão cuidadosamente
elencados neste relato, justificando as pesquisas e esforços para concretizá-la e a
necessidade de divulgá-la para colegas de profissão, não exclusivamente da
Geografia.

1. GEODIVERSIDADE: CONCEITUAÇÕES E RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO


A geodiversidade refere-se à variedade de ambientes geológicos, fenômenos
e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e
outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra (BRILHA, et al.,
2008).
Para Koslowski (apud MEDEIROS et al., 2013), a geodiversidade é a
variedade natural da superfície da Terra, em seus aspectos geológicos,
geomorfológicos, de solos e águas superficiais, bem como outros sistemas
resultantes de processos naturais ou atividades humanas. Cañadas e Flaño (apud
BORBA, 2011), relacionam à geodiversidade de elementos tectônicos, litológicos,
geomorfológicos, pedológicos, hidrológicos e topográficos, além de processos físicos
na superfície da Terra, nos mares e nos oceanos.
Araújo (2005) conceitua a geodiversidade como a variação natural dos
aspectos geológicos (rochas, fósseis, minerais), geomorfológicos (formas e evolução
de relevo) e pedológico (solo) e Azevedo (2007) entende-a como a variação
litológica das rochas, os processos geológicos, a diversidade dos solos e como os
afloramentos estão dispostos na superfície da Terra.
Estes conceitos são muito semelhantes e demonstram a importância de
abordar na geografia escolar como a geologia e a geomorfologia influenciam, e por
vezes determinam, como o ser humano organiza seu espaço geográfico. Nesse
sentido, a geodiversidade extrapola o meio acadêmico, pois se relaciona
diretamente com a vida das pessoas, manifestando a constante relação entre o meio
físico, a cultura e o desenvolvimento social e econômico.
Como exemplos simples que comprovam isso está a necessidade do ser
humano reconhecer as melhores áreas para explorar recursos paisagísticos,
hídricos e minerais, desenvolver a agricultura, construir obras de engenharia,
prevenir desastres naturais e para despender maiores cuidados para utilização
racional da natureza. Essa ideia vem ao encontro das considerações de Russ e
Nolasco (2012), autoras que compreendem a geodiversidade como um elemento
gerador de temas relacionados à educação ambiental e por isso capaz de ampliar a
perspectiva dos alunos quanto à conservação da natureza.
Como já sabemos, tratar de questões ambientais sem superficialidades exige
conhecimentos sobre o meio abiótico, fundamental para o equilíbrio dos
ecossistemas e para o desenvolvimento, a segurança e o bem-estar das
populações. Para os licenciados em Geografia, durante a formação acadêmica, nas
disciplinas de Geologia, Petrografia, Geomorfologia e Paleontologia não é comum a
pretensão de um aprofundamento científico, mas sim, proporcionar subsídios para
melhor compreensão das categorias de análise espacial com as quais interpretamos
o meio físico e as relações que nele ocorrem.
Carneiro, Toledo e Almeida (2004) frisam que a Geologia constitui um sistema
de conhecimento abrangente e integrado da natureza e não é Geografia Física.
Assim, a prática pedagógica deve trabalhar temas específicos com exatidão e dentro
da visão moderna das Ciências da Terra. Nesse sentido, cabe ao professor de
Geografia permitir a compreensão geológica da natureza a partir da observação,
análise e interpretação das paisagens e do espaço geográfico, procurando
problematizar e trazer os conceitos e conhecimentos para a realidade do aluno, o
que não implica em deixá-los no senso comum.
Tomita (2009), esclarece que olhar, pensar, pesquisar, interpretar, discutir e
utilizar a paisagem é um foco significativo no processo de ensino-apendizagem,
especialmente quando partindo do conhecimento de espacialidades mais próximas
dos alunos, sobre as quais eles já possuem alguma informação, experiência ou
vivência. Para a autora, estreitar a realidade do dia-dia como eixo norteador das
aulas é um caminho para provocar mudança de atitude, desencadeamento de novos
comportamentos e novas aprendizagens e para o aluno encontrar a motivação para
melhor entender o seu espaço e a sua inserção na sociedade.
Nesse sentido, buscando ir além da mera contemplação da paisagem, a
geodiversidade com seus vários temas associados instrumentaliza o trabalho
docente no sentido de oferecer aos alunos oportunidades que tornam a
aprendizagem mais dinâmica, interativa, e, em consequência, efetiva.
Uma metodologia que apresenta benefícios por permitir relacionar o conteúdo
dos livros e do material didático usado em sala com as observações diretas no
espaço externo são as saídas de campo, um recurso educacional muito usado na
Geografia. Entretanto, exige um planejamento antecipado e recursos financeiros
para sua execução, bem como negociações com colegas de trabalho para cederem
suas aulas e a necessidade de retomar, na escola, as observações que os alunos
fizeram durante a prática de campo.
Segundo Scortegagna (2001, p. 17) as saídas de campo são “fundamentais
para colocar o estudante em contato com o meio e possibilitar sua percepção da
interrelação entre os aspectos físicos e humanos”. Nestas oportunidades pode-se
visualizar a complexidade e o tempo para formação das paisagens naturais e as
intervenções humanas positivas e negativas, bem como, entender como a
geodiversidade registra e fornece dados sobre a história evolutiva da Terra e dispõe
de recursos naturais fundamentais para a nossa existência.
Para aproveitar “o saber e a realidade do aluno como referências para o
estudo do espaço geográfico” (Cavalcanti, 2001, p.20), aspectos da geodiversidade
local facilitam o entendimento de conceitos elementares da Geologia que geralmente
são apresentados com uma linguagem técnica de difícil compreensão, isto quando
não são erroneamente conceituados e explicados nos livros didáticos usados na
Educação Básica.
Este tópico encerra-se com as considerações de Guimarães e Liccardo
(2014), pesquisadores e profissionais da educação no ensino superior que frisam a
importância da geodiversidade como repositório da história geológica do planeta,
tendo os seus exemplares valor científico e educativo. Para os autores, os
elementos da geodiversidade têm potencial didático para divulgar e fixar conceitos
ligados ao funcionamento da Terra, sua influência na existência, variedade e
distribuição das formas de vida e de como os seres humanos se inserem neste
contexto.
Assim, fica evidente que a geodiversidade proporciona múltiplas abordagens
para o ensino da Geografia e de disciplinas afins, direciona o planejamento das
aulas e abre um leque de recursos e metodologias passíveis de serem utilizados no
processo de ensino-aprendizagem.
2. A GEODIVERSIDADE E O ENSINO DA GEOGRAFIA: POSSIBILIDADES DE
ABORDAGENS E METODOLOGIAS

De acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino da Geografia esta


disciplina se constitui a partir de grande diversidade temática interna, tendo como
eixo o espaço geográfico, o qual tem muitas possibilidades interpretativas ao se
relacionar fenômenos físicos e humanos, sociedade e natureza (PARANÁ, 2008).
No Ensino Médio, logo no primeiro ano, retomamos conteúdos já vistos em
séries do Ensino Fundamental 2, mas com uma nova linguagem, mais científica e
formal, com explicações mais complexas, que vão além de exemplos do cotidiano e
interpretações de mapas e imagens dos livros didáticos. Entretanto, a maturidade, o
grau de informação e conhecimento dos alunos, são muito desiguais, o que não quer
dizer que, necessariamente, todos estejam preparados para compreender tudo em
aulas expositivas.
Independente da idade, todas as pessoas têm maior ou menor facilidade em
algumas áreas do saber, sentem-se atraídas por linguagens variadas para
desenvolver suas habilidades e no contexto escolar precisamos buscar alternativas
para que todos tenham um aproveitamento mínimo. Pensando mais em
‘conhecimento para a vida toda’ de que em notas para aprovação, é compromisso
do profissional da educação, em destaque aquele que está à frente de uma classe,
organizar práticas educativas mais dinâmicas, capazes de disseminar e incutir
valores sociais, culturais e ambientais.
É preciso destacar, pela experiência em sala de aula, que as ideias e
informações prévias e a predisposição para aprender são variáveis cruciais para que
a aprendizagem ocorra, já que o material educativo e a forma de conduzir o trabalho
com os alunos por si só não são capazes de despertar o interesse da maioria.
Mesmo que sejam utilizados variados recursos e metodologias, não teremos a
certeza de que a superficialidade do processo ensino-aprendizagem na disciplina de
Geografia será superado, e precisamos conviver com isso sem desanimar, sabendo
que sempre haverá um grupo de alunos que acreditam na educação como único
meio para transformar suas vidas.
Com o objetivo de buscar modelos alternativos para ensinar Geociências na
escola pública, a geodiversidade local pode colaborar significativamente para a
execução do Plano de Trabalho Docente (PDT) e permitir o uso de recursos muito
interessantes para a compreensão e a construção do conhecimento geográfico
escolar.
Dentre estes estão: as aulas no laboratório; a manipulação de imagens de
satélite, bússola, mapas e aplicativo Google Earth; as saídas de campo; os registros
fotográficos; a coleta de amostras de rochas; as atividades em equipes para
desafiar os alunos a construírem hipóteses; as entrevistas, visitas técnicas e
redação de relatórios; a montagem de vídeos breves; a confecção de maquetes,
réplicas e painéis ilustrados; o estudo dirigido de textos disponibilizados na Internet;
o preparo e apresentação de seminários; a organização de eventos como o
concurso de fotografia e a mostra de Geologia na escola.
No que se refere às contribuições de abordagens da geodiversidade no
ensino de Geografia, neste estudo e projeto de intervenção pedagógica foram
explorados, sobre o município de Castro: as áreas povoadas em função da
disponibilidade de água e de solos férteis; os locais atrativos pelas feições
geomorfológicas; as áreas com representativo valor econômico pela abundância de
recursos minerais; as áreas com riscos de erosão, deslizamento e enchentes, bem
como a caracterização destes fenômenos.
A estes temas acrescentam-se: os focos de degradação ambiental
decorrentes da rápida expansão urbana, da expansão de áreas de florestamento de
eucalipto e pinus, das atividades mineral e agrícola; o rio Iapó; a idade geológica das
rochas do Grupo Castro; as unidades de conservação; as justificativas para a
ausência de um rico acervo fossilífero no município.
Ao trabalhar estes temas selecionados, levando em conta o Programa
Curricular e o Plano de Trabalho Docente, estavam implícitos conteúdos básicos
como: tempo geológico; teorias da Deriva Continental e da Tectônica de Placas;
processos geológicos que modelaram o planeta Terra; agentes exógenos que
continuam esculpindo o relevo terrestre; estrutura geológica da Terra; recursos
renováveis e não-renováveis. E também noções de Paleontologia e Arqueologia;
classificação das rochas; usos industriais dos recursos naturais de origem geológica;
solos; espacialização das jazidas minerais brasileiras; diversidade gemológica no
Brasil e relação com a ocupação do território em séculos passados.
3. GEODIVERSIDADE DE CASTRO: PROPOSTA DETALHADA DA
IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA DO PROJETO PDE

No decorrer do ano letivo de 2015 as ações implementadas na turma do 1º


Ano do Ensino Médio, curso técnico de Administração, período noturno, com trinta e
sete alunos cursando a série foram:
 Abordagem da parte teórica sobre rochas, minerais, solos, fósseis, agentes
endógenos e exógenos que formam e modelam o relevo terrestre, formações
rochosas, patrimônio geológico, geoconservação e geoparques;
 Produção em equipes de painéis ilustrados para compartilhar os temas
trabalhados (fotos 1 e 2);

Fotos 1 e 2: Elaboração dos cartazes para compartilhar os conceitos de Patrimônio Geológico,


Geodiversidade e Geoconservação

 Práticas de laboratório para explorar as características físicas das rochas (fotos


3, 4 e 5);
Como estratégia adotada para dar conta do cronograma, as práticas de
laboratório foram realizadas nas segundas e terças-feiras à tarde, com os alunos
organizados em dois grupos.

 Leitura e interpretação de fotografias aéreas do município disponíveis no Atlas


de Castro (SARACENI; FURLAN, 2011);
 Inscrições e organização da exposição das fotos para o concurso “Atrativos
cênico-turísticos do município de Castro”, uma atividade aberta a todos os alunos,
dos três turnos, professores e funcionários do Colégio Nisgoski (fotos 6 e 7);
 Concurso de fotografias e a premiação dos quatro melhores trabalhos;
Fotos 3, 4 e 5: Kits didáticos com amostras de rochas e minerais usados nas práticas de
laboratório

Fotos 6 e 7: Preparativos para o concurso de fotografias e exposição no Colégio Nisgoski

A medida encontrada para aprofundamento teórico foi propor os trabalhos de


pesquisa, organizados em forma de textos, painéis, desenhos, produções
audiovisuais, e realizados extraclasse. Foram combinadas com bastante
antecedência as datas para entrega das produções individuais e em equipes de
forma a não sobrecarregar a classe e para que os alunos tivessem tempo suficiente
para leitura, interpretação e reflexão do conteúdo do material disponibilizado, e aos
interessados, das fontes complementares pesquisadas.

 Temas para as pesquisas individuais:


 Processos de fossilização: incrustação, mineralização, recristalização,
carbonização, mumificação, moldagem, marca ou impressão;
 Cavernas cársticas, nomes específicos das cavernas de acordo com sua
topografia, comprimento e morfologia, espeleotemas, fauna cavernícola,
recomendações para visitação segura das cavernas, impactos da exploração
inadequada e em massa de cavernas;
 Contribuições da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em aliar a
tecnologia da informação para desenvolver e disseminar conhecimentos sobre os
solos brasileiros;
 Plantio direto, a rotação de culturas, a adubação verde, as curvas de nível e o
afolhamento, formas de cultivo agrícola que atendem aos interesses dos
agricultores, os quais podem ser a produtividade e/ou a conservação dos solos;
destacar o plantio direto em propriedade rurais de Castro, indicando as vantagens e
desvantagens dessa técnica;
 Fatores que incentivam os grandes produtores rurais de Castro a cultivarem
alimentos transgênicos e possíveis riscos ambientais de OGM’s (Organismos
Geneticamente Modificados).

 Realização em duplas ou em pequenos grupos das atividades do Caderno


Pedagógico3 enfocando:
 Uso da ferramenta Google Maps, que combina fotografias, imagens de satélite e
visualização detalhada em 3D de praticamente toda a superfície terrestre. Esta
prática objetivava que os alunos visualizassem de forma interativa e em diversos
ângulos, aspectos das paisagens naturais e construídas do município de Castro que
muitas vezes não são percebidos no dia-a-dia;
 Leitura e interpretação de imagens do município para entendimento dos
conceitos de tempo histórico, cíclico e cronológico;
 Análise da Linha do Tempo Geológico para reconhecer as incoerências do
desenho The Flintstones quanto aos seus personagens – ancestrais humanos,
mamutes, dinossauros e um híbrido de canguru e dinossauro – terem vivido em uma
mesma Era e Período da evolução do planeta;
 Interpretação de desenhos e diagrama para indicar a ordem cronológica de
deposição das camadas rochosas (idades relativas) representadas, fixando os
princípios da Estratigrafia;
 Pesquisa e trabalho organizado em duplas com texto, imagens e/ou fotografias
para expor e explicar fenômenos geológicos que existem hoje em Castro e
municípios vizinhos dos Campos Gerais (PR) e ajudam aos pesquisadores a

3 Aos interessados em conhecer este material, enviar e-mail para fernanda.sugimura@gmail.com


solicitando-o.
compreenderem o que aconteceu no passado. Aqui incluía-se um resumo sobre o
Princípio do Atualismo Geológico;
 Trabalhos socializados com a classe, organizados como cartazes ilustrados ou
material audiovisual, abordando: - as evidências que podem explicar como um animal
foi morto pelo ataque de um predador e quais observações podem ser feitas a partir
deste animal fossilizado – os fatores que aumentam as possibilidades de preservação
do registro fóssil completo de espécies de vertebrados e invertebrados de um
ecossistema aquático; - as evidências que podem ser utilizadas para indicar que um
organismo (inteiro ou suas partes) não morreu no local onde foi encontrado, mas foi
transportado após a sua morte; a importância do soterramento para a preservação
dos restos orgânicos e sua fossilização;
 Análise de dados dispostos em tabelas apresentando os valores declarados da
produção de areia, brita, cimento, cal e corretivo agrícola no município de Castro,
avaliando as atividades mais lucrativas e questionando a fidelidade das declarações
tendo em vista a redução nas despesas com o devido recolhimento dos impostos,
neste caso, a CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais);
 Pesquisa sobre quais são as empresas locais que operam na extração, beneficia-
mento e comercialização destes recursos minerais, bem como o destino da produção;
os métodos básicos – garimpo ou garimpagem, desmonte a seco e/ou dragagem –
empregados na operação das lavras de areia no município; as técnicas e tecnologias
empregadas na extração e beneficiamento das rochas carbonáticas em Castro e os
impactos ambientais decorrentes da mineração;
 Pesquisa sobre uma empresa local produtora de corretivo de solo ou de cal para
construção civil apresentando seu histórico, localização, área explorada em hectares,
infraestrutura, número de funcionários diretos, formas de exploração das lavras,
produção anual em toneladas e destino da produção;
 Leitura dos Cadernos Pedagógicos 1, 3 e 4 da Série Geologia na Escola,
disponíveis na Internet – página da Mineropar (www.mineropar.pr.gov.br) – e em PDF
no Compartilhamento Público (computadores da Biblioteca) para conhecer as
substâncias minerais usadas na construção civil, meios de transporte, remédios,
cosméticos, louças, eletrônicos, tecidos, móveis, peças decorativas, na agricultura,
alimentos para seres humanos e animais, dentre outros exemplos que comprovam a
importância da geodiversidade para a sociedade;
 Coleta de amostras de rochas, preferencialmente do município, com seus
respectivos nomes e locais de onde são provenientes;
 Acesso à página da Internet http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads/as-
formacoes-rochosas-mais-belas-do-mundo.206908/ para conhecer algumas formações
rochosas que atraem turistas e pesquisadores que contemplam e investigam
espetáculos da natureza;
 Relatório da aula “Agentes endógenos e exógenos que modelam o relevo
terrestre”;
 Organização de slides salvos em pendrive e apresentados à classe com
descrição e imagens de cinco feições geológicas: falhas; fraturas ou diaclases;
dobras; barrancos; cavidades; dolinas; morros-testemunhos; vales; sumidouros;
canyons; cachoeiras; corredeiras e quedas d’água. E ainda, voçorocas; varadouros;
várzeas; lagos; lagoas; sinuosidades dos rios; ilhas fluviais; balneários; áreas
alagadiças; depósitos aluvionares; lapas; lajeados; marmitas ou panelas; corredores
nas rochas; canaletas ou caneluras; alvéolos; pináculos;
 Anotações de debate a partir do vídeo “Tapete verde sobre uma mesa de pedra”,
um documentário geocientífico sobre os Campos Gerais no Paraná, com 19 min 51 s.
O material, aos alunos interessados em consultá-lo em outra ocasião, está disponível
em https://www.youtube.com/watch?v=OtJLMJaUVW0;
 No mapa impresso disponibilizado às equipes, localizar a partir das coordenadas
geográficas as nove cavernas de Castro que constam no Cadastro Nacional de
Cavernas. Para um trabalho mais preciso, os alunos puderam acessar
http://www.apolo11.com/mapas.php?mapa=pr (mapa do Paraná) e a ferramenta Google
Maps;
 Relatório da visita à Fundação ABC com apontamentos sobre a apresentação da
instituição e as impressões pessoais dos alunos sobre a geodiversidade do município,
seus benefícios socioeconômicos e as iniciativas para sua conservação no setor
agrícola;
 Registro da aula “Solos Sadios e Solos em Agonia”;
 Pesquisa sobre uma unidade de conservação do município organizada em forma
de um painel autoexplicativo.
 Realização de trabalhos em equipes para a “Mostra de Geologia na Escola”,
sendo produzidos:
 Painel ilustrado explicitando o uso das rochas e minerais na construção civil;
 Maquete representando a mineração a céu aberto e seus impactos;
 Registros fotográficos com formações rochosas do município de Castro;
 Desenhos em tamanho real representando dinossauros descobertos no Brasil
para decorar o Laboratório de Ciências na ocasião da Mostra;
 Réplicas de fósseis;
 Réplicas de artefatos arqueológicos, em destaque cerâmica com pinturas
geométricas, pontas de projéteis e estatueta em cerâmica;
 Cartazes com textos e imagens sobre: incoerências do desenho animado The
Flintstones quanto aos seus personagens terem vivido em uma mesma Era e
Período da evolução da Terra (foto 8), feições geológicas da caverna Olhos D’Água
no distrito de Abapã (foto 9), do Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa
(foto 10), do Canyon Guartelá e do Grande Canyon no Arizona – EUA (foto 11),
fósseis (foto 12) e pinturas rupestres.
Também foram feitos cartazes sobre gemas, recursos energéticos, Geologia
Médica e Geomedicina, importância da Geologia para nossa saúde, aterro sanitário
de Castro e transformações da paisagem, elementos e substâncias minerais
utilizados na construção civil e em variados ramos industriais que comprovam como
a mineração e a Geologia estão muito presentes em nossas vidas.

Fotos 8, 9, 10, 11 e 12: Cartazes confeccionados para exposição na Mostra de Geologia


Os compromissos que precederam à Mostra de Geologia na Escola foram:

 Seleção das amostras de rochas e minerais das coleções didáticas da UEPG e


da Mineropar, como também dos discentes que fizeram seus kits com rochas
coletadas em Castro.
Para enriquecer a exposição tínhamos amostras de rochas do litoral de
Salvador, Bahia e do Grand Canyon do Arizona e do litoral de Miami, Estados
Unidos; dois exemplares de estalactites lançadas no chão em caverna do município
e encontradas por uma aluna (foto 13); réplicas de um aracnídeo e um artrópode
fossilizados em âmbar, lembranças do Parque dos Dinossauros, Orlando, EUA (foto
14); um fóssil de peixe preservado em concreção calcária; braquiópodes em folhelho
marinho do Devoniano da Formação Ponta Grossa (foto 15); bijuterias finas
confeccionadas com pedras brasileiras; uma pequena amostra de madeira
fossilizada; e uma coleção com amostras de rochas com beleza singular.

Fotos 13, 14 e 15: Estalactites, réplicas de animais fossilizados em âmbar e folhelho marinho
com braquiópodes

 Etiquetas para as amostras de rochas, identificando-as quanto ao nome e


classificação;
 Etiquetas com breves explicações para todo o material a ser exposto, de forma
que a visita à Mostra fosse autoguiada.

Para a confecção do material para a mostra de geologia as equipes foram


atendidas com horários previamente agendados, também no contraturno, e parte
deste foi organizado extraclasse pelos próprios alunos.

 Saída de Campo para o Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi (fotos 16, 17,
18 e 19).

Fotos 16 e 17: Parque Estadual do Guartelá

Inicialmente a saída foi planejada para conhecer o Canyon do Rio Iapó nos
limites do município de Castro. Entretanto, por questão financeira, o valor pago por
pessoa para percorrer as trilhas dentro de uma área de Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN), mudou-se para uma área de conservação sob tutela do
Estado do Paraná com entrada gratuita.
A mudança de roteiro não prejudicou o alcance dos objetivos pretendidos e foi
aprovada pelos alunos que participaram, como também pela avaliação dos
professores de Geografia que cursaram o GTR.

Fotos 18 e 19: Parque Estadual do Guartelá


 Mostra de Geologia na Escola organizada com a colaboração de alunos da turma
em que o projeto foi implementado, aberta aos alunos dos três turnos, professores,
funcionários e visitantes (fotos 20, 21, 22 e 23).

Fotos 20, 21, 22 e 23: Mostra de Geologia na Escola

Esta atividade ocorreu em dois dias, sendo os alunos recebidos por turmas e
acompanhados pelas professoras para uma visita em 45 minutos. No primeiro
momento apresentavam-se os objetivos da mostra e as explicações a partir de todo
o material disponível; no segundo momento havia um tempo livre para ver os
painéis ricamente ilustrados, manusear os objetos das bancadas, fotografar quando
houvesse interesse, fazer um desenho simbolizando pinturas rupestres e participar
de uma dinâmica conduzida por quatro alunos.
As atividades lúdicas chamaram a atenção de todos os públicos, a maioria
dos visitantes demonstrou vontade de manusear as amostras de rochas e minerais
usando as lentes de aumento para observar detalhes (fotos 24 e 25) e de deixar
suas marcas no espaço destinado às pinturas rupestres (fotos 26 e 27).
Fotos 24 e 25: Análise de diferentes amostras de rochas e minerais

Fotos 26 e 27: Símbolos comuns em pinturas rupestres representados pelos alunos e visitantes

Foi uma surpresa agradável acompanhar as turmas dos sextos anos pela
curiosidade, iniciativa para tirar fotos e fazer suas anotações pessoais, bem como
pela qualidade dos relatórios que fizeram como avaliação parcial na disciplina de
Geografia. Os registros demonstram compreensão sobre os temas apresentados,
muitos fizeram pesquisas complementares, ilustraram seus trabalhos e
aproveitaram as aulas da semana para esclarecerem suas dúvidas.
Em outras propostas feitas a estas turmas os resultados também foram muito
positivos e demonstraram que o projeto poderia ser facilmente implementado nas
séries iniciais do Ensino Fundamental 2. Para isso, são necessários ajustes em
algumas unidades do Caderno Pedagógico, com atividades mais lúdicas e
linguagem acessível para a série e faixa etária de maneira a otimizar a
transposição didática.
4. ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES: AVALIANDO O PROJETO PDE
IMPLEMENTADO
A geodiversidade foi interpretada como uma ferramenta para trabalhar a
diversidade abiótica de Castro, de municípios vizinhos, como de outros estados do
Brasil e de outros países, e mostrou-se eficaz para desenvolver um estudo original,
com resultados práticos no que se refere a encaminhamentos didático-
metodológicos capazes de despertar o interesse dos alunos e a efetiva
aprendizagem de conteúdos curriculares da disciplina de Geografia.
Quando em andamento, o projeto foi apresentado em dois eventos de
pesquisa, a XXI Semana de Geografia da Universidade Estadual de Ponta Grossa e
o IX Simpósio Sul-Brasileiro de Geologia, em Florianópolis (SC), por Machinski e
Guimarães, respectivamente, com intenção de compartilhar a experiência de que
geodiversidade pode colaborar para novas abordagens geográficas na Educação
Básica.
Muitos podem ser os trabalhos aplicados em escolas públicas estaduais,
tendo em vista a economia mineira e a variedade de paisagens, feições geológicas,
rochas, minerais, fósseis, solos e áreas de conservação do Paraná. Assim, sugere-
se que a geodiversidade seja incluída no documento elaborado pela Coordenação
do PDE e pelos Departamentos e Coordenações da SEED, uma vez que não
aparece no detalhamento da linha de estudo “Possibilidades de encaminhamentos
didáticos e metodológicos das temáticas da diversidade na disciplina de Geografia”.
A partir do projeto implementado, acredita-se que incluí-la como uma questão
norteadora para os professores que se identificarem com a temática pode trazer
muitos benefícios didáticos e metodológicos para o ensino-aprendizagem
preocupado em problematizar a realidade e contextualizar os conteúdos.
A implementação demonstrou a importância da atualização profissional junto
a uma instituição de ensino e pesquisa para conhecer novas formas interpretativas
para o espaço geográfico, o qual é preciso conhecer para melhor interagir, utilizar e
conservar. Dessa forma, o Programa de Desenvolvimento Educacional é uma
oportunidade para os professores do Paraná colaborarem efetivamente para a
concretização das políticas públicas voltadas para a qualidade do ensino.
Fazendo uma avaliação da etapa de implementação pedagógica, o tempo foi
o principal obstáculo, pois com duas aulas semanais precisou-se cumprir com o
cronograma do projeto e dar conta do programa curricular de cada bimestre. Em
virtude de mais de 90% dos alunos se disponibilizarem a participar dos encontros no
período vespertino e da data de encerramento da implementação ter sido estendida
pela SEED, a produtividade não foi prejudicada e não foi necessário excluir
atividades ou realizá-las às pressas, apenas para cumprir com o cronograma.
A não realização de uma atividade programada – a saída de campo para a
Caverna Olhos D' Água – deveu-se às condições climáticas desfavoráveis (chuvas
prolongadas) e o cuidado com a segurança dos alunos dentro da trilha subterrânea
nestas circunstâncias. A prática agendada para o primeiro sábado do mês de
novembro seria acompanhada por geógrafos do Grupo Universitário de Pesquisas
Espeleológicas (GUPE) e estavam inscritos alunos dos 1º e 2º anos do Ensino
Médio Integrado, alguns professores de diferentes áreas e três visitantes que
conheceram o projeto e gostariam de colaborar com conhecimentos aprendidos
quando policiais da Força Verde do Paraná.
Finalizando a avaliação do trabalho realizado, os valores pedagógico e
didático da geodiversidade ficaram evidenciados pela receptividade do projeto pela
maioria dos alunos. Houve interesse em realizar as atividades propostas, em levar
material para as aulas, mostrar fotos de locais do município visitados, em
compartilhar dúvidas e curiosidades sobre temas da Geografia que fazem parte de
suas vidas e não são somente um conteúdo para ser memorizado.

REFERÊNCIAS

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