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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA ELÉTRICA

SÉRGIO EITI PEREIRA SUZUKI

TERAPIA TRANSCRANIAL DE LASER DE NÍVEL BAIXO PARA


NEUROREABILITAÇÃO

CURITIBA
2018
1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SÉRGIO EITI PEREIRA SUZUKI

TERAPIA TRANSCRANIAL DE LASER DE NÍVEL BAIXO PARA


NEUROREABILITAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica da


Universidade Federal do Paraná como requisito para obtenção do título de
Engenheiro Eletricista
Orientador: Prof. Dr. Edson José Pacheco
GRR20118520

CURITIBA
2018
2

SUMÁRIO

1. Resumo______________________________________________________4
2. Introdução_____________________________________________________6
3. RevisãoBibliográfica_____________________________________________9
3.1. LED e Laser______________________________________________9
3.2. Aplicações Médicas Utilizando LED e Laser____________________10
3.3. O Cérebro e a Camada Hematoencefálica_____________________10
3.4. Doenças NeuroDegenerativas_______________________________11
3.4.1. Doença de Parkinson___________________________________11
3.4.2. Síndrome de Prader-Willi _______________________________11
3.4.3. Doença de Alzheimer __________________________________12
3.5. Aplicação de LLLT________________________________________13
4. Desenvolvimento______________________________________________16
5. Conclusão____________________________________________________25
6. Referências Bibliográficas _______________________________________26
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LISTA DE IMAGENS

Figura 1 – Gráfico de tensão de saída x Irradiação _________________________17


Figura 2 – Primeiro circuito de teste de aquisição __________________________17
Figura 3 – Circuito Medidor de Potência__________________________________18
Figura 4 – Esquema do OPT101________________________________________19
Figura 5 – Modelo 3D do capacete (vista superior) _________________________19
Figura 6 – Modelo 3D do capacete (vista frontal)___________________________20
Figura 7 – Protótipo do capacete furado__________________________________21
Figura 8 - Gráfico diâmetro do feixe x distância feixe-superfície _______________24
Figura9 – Suporte do Laser____________________________________________24
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1. RESUMO
No Brasil, vem crescendo cada vez mais o número de pessoas idosas, se
tornando muito semelhante aos países desenvolvidos decorrente do aumento da
expectativa de vida da população. Já é fato que, a medida que a idade avança,
maior é a probabilidade de doenças neurodegenerativas, sendo as mais
prevalentes Alzheimer e Parkinson, estas caracterizadas pela perda progressiva de
neurônios com alterações secundárias associadas nos tratos de substância branca,
causando deterioração irreversível no tecido nervoso. O presente trabalho surgiu
através de estudos bibliográficos e tem como objetivo juntar os conhecimentos de
Engenharia Elétrica com o conhecimento da saúde e oferecer um tratamento
acessível, não invasivo e eficiente a aplicação do laser de baixa potência no auxilio
ao paciente portador. Incluindo um protótipo de capacete para a aplicação do laser,
realizados no laboratório da UFPR.
Palavras chave: Doenças neurodegenerativas, Laser, Alzheimer, Idoso.
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Abstract
In Brazil, the number of people at an advanced age has been increasing, becoming
very similar to developed countries due to the population's increasing lifespan. It's a
fact that, as the lifespan increases, so does the probability of the appearance of
neurodegenerative diseases, the two most common ones being Parkinson's and
Alzheimer's, which are characterized by the progressive loss of neurons with
secondary alterations associated with the )treatment) of white substance, causing
irreversible deterioration on the nervous system. The current work surfaced through
bibliografic studies of the disease and has as an objective to gather the knowledge of
Electrical Engineering together with the knowledge of health and offer an accessible,
non-invasive and efficient treatment.to the application of low level laser in assisting
the afflicted pacient. Including a helmet prototype for the application of laser,
performed in the UFPR laboratories.
Keywords: Neurodegenerative diseases, Alzheimer’s, Laser, Elderly.
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2. INTRODUÇÃO

Desde sua descoberta, estudos vêm sendo realizados sobre a capacidade do


laser para ser utilizado em aplicações médicas. Em 1967, Endre Mester notou sua
capacidade para aumentar o crescimento do cabelo (Mester et Al, 1967) e estimular
a cicatrização de feridas em camundongos (Mester et Al, 1971), e logo depois,
começou a utiliza-lo para tratar pacientes com ulceras cutâneas não cicatrizantes
(Mester et al., 1972). Com isso, o laser de baixa potência passou a ser aplicado em
diversas situações que requerem tratamento, alivio da dor, prevenção da morte do
tecido, entre outros.
Estes métodos, porém, são controversos, devido à falta de conhecimento dos
efeitos do laser nos níveis molecular, tecidual e celular, além da grande quantidade
de parâmetros possíveis, que deixam incerta a comparação entre as diversas
soluções, o que amplia muito a área de pesquisa. Mas o que temos hoje de
evidências cientificas na literatura pesquisada apontam para uma possibilidade de
tratamento para várias áreas afins, entre elas as doenças neuro-degenerativas.
As doenças neuro-degenerativas são doenças que afetam tipicamente pessoas
em idades mais avançadas e são caracterizadas por causarem a morte das células
do sistema nervoso (destruição de neurônios), afetando a substância cinzenta do
cérebro e, secundariamente, as funções ligadas à substância branca. Alguns
exemplos incluem a Doença de Parkinson, a Síndrome de Prader-Willi e a doença
de Alzheimer (Elen Moraes Nascimento de Oliveira, 2013) (JPND. O que é uma
doença neurodegenerativa).
Um dos métodos para auxiliar no tratamento desses problemas é o uso de LLLT,
que consiste em utilizar um feixe de luz laser no intuito de influenciar os neurônios
do cérebro para melhorar sua capacidade de reter informação. Isso seria um
tratamento alternativo às doenças neuro-degenerativas.
A maneira com a qual LEDs e lasers de infravermelho interagem com o cérebro é
baseada em bioenergética, um conceito que funciona radicalmente diferente de
outros métodos de estimulação cerebral como estimulação elétrica e magnética. A
fotoneuromodulação envolve a absorção dos fótons por moléculas específicas em
neurônios que ativam as vias bioenergéticas após a exposição à luz infravermelha.
7

As medidas de comprimento entre 600 ~1500nm permitem maior penetração


do tecido por fótons porque em comprimentos menores a onda é dissipada e em
comprimentos maiores, a onda é absorvida pela água (Hamblin e Demidova, 2006).
Há mais de 25 anos, verificou-se que as moléculas que mais absorvem
comprimentos de onda LLLT são parte da enzima citocromo oxidase mitocondrial em
diferentes estados de oxidação (Karu et al, 2005), o que faz da citocromo oxidase o
aceptor fotomolecular de energia fotônica para luz infravermelha (Pastore et al,
2000).
Então, a absorção de energia fotônica pela citocromo oxidase está bem
estabelecida como o mecanismo neuroquímico primário da LLLT em neurônios
(Wong-Riley et al, 2005). Quanto maior a atividade enzimática da citocromo oxidase,
maior será a produção de energia metabólica. A LLLT oferece energia metabólica ao
cérebro através da luz. Quando é fornecida uma dose eficaz de energia luminosa
infravermelha ao cérebro, estimula-se a produção de ATP (Adenosina-Tri-Fosfato)
no mesmo (Lapchak e De Taboada, 2010) e o fluxo sanguíneo (Uozumi et al., 2010),
o que também alimenta as fontes de íons de membrana dependentes de ATP
(Konstantinovic et al., 2013).
Além disso, o tratamento com laser também produz um efeito nos
macrófagos. Como exemplo, Nadia H Souza et al. (2014) realizou um estudo no
efeito de lasers de baixa intensidade na atividade mitocondrial de macrófagos,
obtendo resultados positivos. Os Macrófagos são responsáveis pela eliminação de
células e organismos estranhos do corpo, através do processo de fagocitose (Emília
Maria dos Santos Ferreira Trindade Neves, 2015).
Os lasers também podem ser separados em alta e baixa potência. Neste
trabalho, utilizam-se os lasers de baixa potência, isto é, que têm uma faixa de
potência de 100mW ou menos, o que os torna melhores para estimular as
mitocôndrias no cérebro. Em contrapartida, lasers de alta potência utilizam potências
de mais de 1W e são utilizados, por exemplo, para coagular o sangue através do
fototérmico (Hamblin, 2008).
Jagdeo, et al (2012) mediram a penetração da luz com frequência de 830 nm e
determinaram que a penetração da luz no crânio era de 11,7% na região occipital,
de 0,9% na região temporal e de 2,1% na região frontal. Tedford et al. (2015)
determinaram que a luz de 808nm apresentava o melhor perfil de penetração no
cérebro, comparado com as luzes de 660 nm e 940 nm, chegando a atingir entre 40
8

e 50 mm. Lapchack et al (2015) determinaram que a absorção da luz em frequências


de 810 nm no crânio humano como sendo de 4,2%.
9

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. LED e Laser

O raio laser é uma radiação eletromagnética que é visível ao olho humano. A


palavra Laser vem das palavras do inglês Light Amplification by Stimulated Emission
of Radiation (Amplificação de luz através de emissão estimulada por radiação).
Lasers são classificados pelo Consórcio Internacional de Engenharia em quatro
classes, que indicam o perigo potencial da radiação no olho:
Classe 1/1M - CD Player
Classe 2/2M - laser pointer
Classe 3R/3B – LLLT e leitores de DVD e CD
Classe 4 - Laser cirúrgico.
O Laser possui algumas características especiais, por exemplo, o feixe de luz
produzido por ele é colimado, ou seja, concentrado, e coerente, ou seja, formado por
ondas de mesma direção e frequência que mantem a mesma fase entre si, além de
monocromático, ou seja, constituído por radiações de uma mesma frequência. Por
conta disso, a luz do Laser tende a ser muito potente, devido à concentração de
energia em pequenas áreas, sendo capaz de superar a força da luz de lâmpadas.
(Marco Aurelio da Silva Santos, 2018).
O LED é uma palavra que vem do inglês Light Emitting Diode (Diodo Emissor
de Luz) e se refere a um componente elétrico semicondutor que é capaz de
transformar a energia elétrica em luz e vice-versa. Diferentemente das lâmpadas
convencionais, que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e descarga de
gases, nos LEDs a transformação de energia é feita na matéria, sendo, por isso,
chamada de estado sólido (Solid State).
O LED é um componente bipolar, ou seja, possui dois polos chamados de
Anodo e Catodo. Dependendo de sua polarização, o LED é capaz de permitir ou
bloquear a passagem de corrente elétrica, e, como consequência, na produção ou
não de luz (UNICAMP, Laboratório de Iluminação).
As luzes emitidas por um LED são não-coerentes e possuem uma faixa
estreita de cor, que costuma incluir espectros de outras cores, ou seja, é
policromático (Rosane Lizarelli, 2017).
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3.2. Aplicações médicas utilizando LED e Laser

Atualmente vem crescendo o uso do LED e laser nas aplicações médicas em


várias áreas da medicina, como nas aplicações dentro da oftalmologia nas cirurgias
de glaucoma e catarata, na otorrinolaringologia em cirurgias endonasais, entre
outras áreas, bem como, em uso para fins estéticos, pois o aumento da expectativa
de vida tem levado também a preocupação não só com a saúde, mas com a
conservação da beleza, portanto o emprego do laser e do LED tem sido aplicado em
tratamento de clareamento de manchas de pele, revitalização facial, tratamento de
estrias, aplicação capilar.
Logo após descobrir os efeitos benéficos do laser por Mester que, começou a
utilizá-lo para tratar de pacientes com úlceras cutâneas (Mester et al, 1972).
Inspirados por todas as publicações de Mester em seu sucesso no uso de LLLT,
muitos clínicos começaram a aplicar o LLLT. Com isso, muitas descobertas foram
feitas quanto as possibilidades de seu uso em aplicações médicas e hoje com o
auxílio da tecnologia vários estudos estão sendo aplicados. Por exemplo, tem sido
realizados estudos sobre seu efeito nos processos de reparo dos tecidos dos
tendões, do tecido nervoso e ósseo.
O LLLT também pode ser utilizado no tratamento de dores musculoesqueléticas
(Hamblin et al, 2015). Rojas e Gonzales-Lima também fizeram um estudo das
aplicações neurológicas e psicológicas dos lasers e LEDs (Rojas, Gonzales-Lima,
2013).
O laser de baixa potência também tem sido aplicado no tratamento de artrite
reumatoide, que é uma desordem comum da articulação com o avanço da idade,
ocorrendo um quadro inflamatório. De acordo com Araujo os efeitos do laser de
baixa potência o tratamento com o laser visa promover a regeneração dos tecidos,
reduzir a inflamação e aliviar a dor. A potência usada nesses casos é de até
500mW, com o comprimento de onda de espectro infravermelho próximo de 900 a
1000nm. O raio de laser de baixa potência apresentou efeitos favoráveis sobre os
sintomas clínicos, melhorando a qualidade de vida desses pacientes (Araujo et al,
2018).
11

3.3. O cérebro e a camada hematoencefálica

O cérebro de um humano pode ser separado em quatro partes principais. Elas


são chamadas de lobo frontal, lobo occipital, lobo temporal e lobo parietal.
O lobo frontal se localiza na parte da frente do crânio e aparenta ser
responsável pelos movimentos voluntários e ser o mais significante no estudo da
personalidade e inteligência.
O lobo parietal está na parte posterior do lobo frontal. Através de uma área
chamada de somatossensorial, ele é responsável pela percepção de estímulos
sensoriais.
O lobo temporal é detentor de uma área chamada córtex auditivo, que é
responsável pela audição.
O lobo occipital se localiza na região da nuca, e contem o córtex visual, o que o
torna responsável pela visão (Elaine Barbosa de Souza, 2006).

A camada hematoencefálica, também chamada de barreira hematoencefálica,


funciona como uma barreira que serve como proteção para o cérebro. Ela não
permite que algumas substâncias alcancem o cérebro. Esta propriedade é baseada
na existência de uma permeabilidade muito restrita do endotélio, além da presença
de enzimas degradantes presentes em grande número no interior das células
endoteliais, de modo que apenas a água, gases como oxigênio e o dióxido de
carbono e determinadas moléculas lipossolúveis muito pequenas podem passar de
forma íntegra. (Hugo Rojas, 2011).

3.4. Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas afetam os neurônios, que formam a unidade-


base do sistema nervoso central. Como eles não se reproduzem nem são
substituídos, sua morte ou degradação torna-se um problema incurável e debilitante,
eventualmente resultando na degeneração progressiva ou morte dos neurônios,
causando demência ou problemas no movimento. Alguns exemplos de doenças
neurodegenerativas são a Doença de Parkinson, a Síndrome de Prader Willi e a
Doença de Alzheimer.
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3.4.1. Doença de Parkinson é uma doença crônica e degenerativa e atinge o


sistema nervoso central e compromete seus movimentos. Ela costuma aparecer a
partir dos 55 anos e afeta os movimentos da pessoa, causando tremores, lentidão
de movimentos, rigidez dos músculos, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita
(Maria Helena Varella Bruna, 2011). Ocasionalmente surgem casos familiares de
início precoce, antes dos 40 anos, o que caracteriza um fator hereditário, porém,
pode haver envolvimento de fatores ambientais, como exposição a agrotóxicos e
outros resíduos químicos. A causa é desconhecida, mas dentro do processo do
envelhecimento, ocorre uma acelerada degeneração das células nervosas, com
diminuição da produção de um neurotransmissor chamado Dopamina, responsável
por conduzir impulsos elétricos entre os neurônios. É mais evidente nos Gânglios
Basais, que são conjuntos de neurônios localizados profundamente no cérebro. A
falta de Dopamina acarreta a sintonia fina e automatizada dos movimentos
musculares. O tratamento consiste no uso de medicamentos que aumentem a oferta
da Dopamina, porém, apresentam efeitos colaterais adversos, e apenas retardam a
evolução processo degenerativo.

3.4.2 Síndrome de Prader-Willi é uma doença genética rara, uma anomalia


cromossômica que compromete as funções do hipotálamo e, como consequência,
causa problemas de metabolismo, alterações do comportamento, flacidez muscular
e atraso no desenvolvimento. Também causa fome em excesso após os dois anos
de idade, podendo resultar em diabetes e obesidade.
Suas principais características dependem da idade da pessoa enferma. Crianças
e bebês com até dois anos de idade apresentam dificuldade para mamar devido à
fraqueza muscular, apatia e genitais pouco desenvolvidos. Crianças e adultos
enfermos demonstram fome em excesso (ao ponto de olharem na lixeira por
comida), atraso no crescimento e desenvolvimento (em termos de tamanho e massa
muscular), problemas na fala (tendendo a persistir até na idade adulta) e
malformações no corpo. Além disso, também costumam aparecer sintomas como
raiva frequente, fazer rotinas muito repetitivas e atuar com raiva quando algo lhe é
negado (Arthur Frazão, 2018).
13

3.4.3. Doença de Alzheimer é um tipo de síndrome demencial cuja causa exata


parece incerta, mas acredita-se que seja causado por uma combinação de diversos
fatores como a genética, o envelhecimento, sedentarismo e tabagismo. Ela resulta
em degeneração dos neurônios do cérebro e afetam as funções cognitivas como a
memória, a atenção, o pensamento e o raciocínio (Elaine Aires, 2018) (Marilia de
Arruda Cardoso Smith, 1999).
Há uma forma precoce, antes dos 65 anos de idade, com risco de 50% de
transmissão aos filhos, que apresentam uma anormalidade da Apolipoproteina E,
tipo Epsilon-4.
No cérebro foram encontrados acúmulo de proteína Beta-amilóide, aumento
da proteína Tau, tranças neurofibrilares de proteínas insolúveis, e placas neuríticas
de aglomerados de neurônios mortos, resultantes da degeneração relacionado ao
envelhecimento, porém, mais acentuado na doença de Alzheimer.
Tal processo degenerativo acentuado leva a uma diminuição da produção do
neurotransmissor Acetilcolina, que está relacionado aos processos cognitivos,
memória, concentração e aprendizado.
Diante disso, o tratamento tem se baseado na medicação com droga inibidora da
enzima Colinesterase, propiciando aumento da oferta de Acetilcolina aos neurônios.
Porém, a melhora é pequena e apenas retarda a evolução do processo
degenerativo.

Assim, diante de tratamentos pouco eficazes e de alto custo para as doenças


neurodegenerativas, há necessidade de novas opções de terapia.

3.5. APLICAÇÃO DA LLLT

A terapia de laser de baixo nível tem sido bastante estudada desde a descoberta
dos primeiros lasers, por Mester. Logo, ele descobriu sobre suas capacidades na
área médica, como no crescimento de cabelo (Mester et al. 1967) e no tratamento
de pacientes com úlceras cutâneas (Mester et al. 1972).
Desde então, o laser de baixo nível passou a ser amplamente utilizado e
estudado para possíveis soluções em outros problemas das áreas médicas.
14

Atualmente tem sido amplamente utilizado em variadas especialidades. Na


Dermatologia, no tratamento de Lesões Vasculares, Pigmentadas e Tatuagens
cutâneas. Na Oncologia, para diminuição de tumores avançados e coadjuvante na
quimioterapia fotodinâmica. Na Oftalmologia, no tratamento de Miopia, Glaucoma,
Catarata e Retinopatia Diabética. Na Urologia, no tratamento de Neoplasias de Vias
Urinárias, Litíases Renais, Hipertrofia de Próstata, e Estenoses Uretrais e Ureterais.
Na Cirurgia, em diversos procedimentos cirúrgicos cardíacos, torácicos e de cabeça
e pescoço, e como método de coagulação.
A alta biodisponibilidade do LLLT para o cérebro in vivo foi demonstrada
Induzindo a atividade do citocromo oxidase no cérebro, transcranialmente,
conduzindo a uma maior retenção da memória, em modelos de camundongos . A
LLT age baseado na absorção de energia dos fótons pelo sistema citocromo-
oxidase, que é uma metaloproteina presente em quantidades abundantes nas
mitocôndrias do tecido nervoso, e é transportadora de elétrons, transferindo prótons
às moléculas de oxigênio e produzindo água, e nesse processo ajudando na
produção de ATP. Sabe-se que as células do sistema nervoso dependem quase que
exclusivamente da energia derivada do transporte de elétrons. Portanto, o
citocromo-oxidase é um alvo ideal quando se pretende melhorar as funções
cerebrais (Rojas et al., 2012).
Wong-Riley et al, 2005, em seu estudo demonstrou que o teor de ATP aumenta
ou diminui de acordo com a atividade do citocromo-oxidase, e que o mecanismo da
fotobiomodulação envolvendo a regulação de citocromo c oxidase, leva ao aumento
do metabolismo energético em neurônios funcionalmente inativados por toxinas.

Gonzalez-Lima e Barret (2014) também identificaram parâmetros efetivos,


concluindo que a LLLT melhora as funções cognitivas relacionadas ao córtex pré-
frontal, como atenção sustentada, memória de extinção, memória de trabalho e
estado afetivo e que estimulação infravermelha transcraniana pode ser usada de
forma eficaz para apoiar a respiração mitocondrial neuronal como uma nova
intervenção não-invasiva, melhorando a cognição em animais e humanos. Sustenta
que esta nova abordagem também deve ser capaz de influenciar outras funções
cerebrais, dependendo do local neuroanatômico estimulado e dos parâmetros de
estimulação usados.
15

Jagdeo, et al. (2012) utilizaram cabeças de cadáver humano (crânio com tecido
mole intacto) para medir a penetração de luz com frequência 830 nm de luz. Como
resultado, eles conseguiram determinar que a penetração dependia da região
anatômica do crânio (0,9% na região temporal, 2,1% na região frontal e 11,7% na
região occipital).
Tedofrd et al. (2015) também utilizaram cabeças de cadáveres humanos para
comparar a penetração de 660 nm, 808 nm e 940 nm de luz. Eles descobriram que
808 nm luz apresenta o melhor perfil de penetração no cérebro, atingindo entre 40 e
50 mm.
Lapchak et al (2015) compararam a absorção de luz em frequências de 810 nm
através dos crânios de quatro espécies diferentes, observando que em ratos a
absorção é de 40%, em coelhos é de 11,3% e em crânios humanos de apenas
4,2%.
Pitzschke e colegas compararam penetração de 670 nm e 810 nm luz no cérebro
quando da aplicação transcranial ou em uma abordagem transesfenoidal,
determinando que a melhor combinação foi quando do uso de 810 nm na forma
transesfenoidal (Pitzschke et al., 2015).
A fotoneuromodulação envolve a absorção de fótons por moléculas específicas
nos neurônios que ativam as vias de sinalização bioenergética após a exposição de
luz do vermelho para o infravermelho. O comprimento de onda é na faixa de 600 –
1150 nm, porque este oferece melhor penetração dos tecidos. Comprimentos acima
desta faixa tendem a ser absorvidos pela água e comprimentos abaixo desta faixa
tendem a ser dispersados (Hamblin e Demidova, 2006).

A LLLT pode oferecer algumas vantagens em relação a outros tipos de


estimulação, uma vez que ela atinge não invasivamente a citocromo oxidase, com
expressão induzida ligada à procura de energia. Assim, enquanto que a estimulação
magnética transcraniana pode ser não específica, a estimulação elétrica prolongada
pode produzir espasmos musculares e as estimulações profundas do cérebro ou do
nervo vago são invasivas, a LLLT é mecanisticamente específica e não invasiva.
16

4. DESENVOLVIMENTO

Diagrama de blocos com o processo de desenvolvimento:

Aquisição de
materiais e
ferramentas
Sistema de
para a
Revisão medição de Protótipo de
pesquisa
Bibliográfica potência da capacete
(Laser,
luz
fotodiodo,
impressora
3D, ...)

Como objetivo geral do projeto temos o desenvolvimento de um equipamento


que melhor propicie o tratamento de doenças neurodegenerativas. Para alcançar
esse objetivo, levantamos como objetivos específicos o levantamento bibliográfico
dos materiais necessários para a pesquisa, a montagem de um circuito medidor de
potência para descobrir a potência de um laser, fazer o levantamento dos lasers a
serem utilizados e montar o equipamento para utilização dos lasers.
Para o desenvolvimento do projeto, escolhemos utilizar um laser de espectro
infravermelho. Pesquisas feitas por Tedford et al (2015) demonstram que faixa de
comprimento de ondas infravermelhas (aproximadamente 808 nm) apresentaram a
melhor taxa de penetração pelo crânio e pela camada hematoencefálica.
Foi escolhido usar um capacete para ajustar a posição do laser. O capacete
tem a melhor forma para se conformar com a forma da cabeça de uma pessoa, o
que facilitará na questão de posicionar o laser nos pontos em que queremos que o
laser atinja.
Para a medição de potência, foi escolhido usar fotodiodos e foto transístores
devido a suas características de absorver a radiação da luz e convertê-la em tensão.
Depois, utilizaríamos o valor da tensão obtida para comparar com os valores
17

presentes em um gráfico da tensão de saída para a potência da luz disponível no


datasheet do OPT101 e assim, obter o valor da potência da luz do laser.

Figura 1 – Gráfico de tensão de saída x Irradiância

Primeiro, montamos um circuito simples utilizando um fotodiodo, seguindo a


seguinte implementação:

Figura 2 – Primeiro circuito de teste de aquisição

Após verificar o funcionamento deste circuito, foi montado um novo circuito


que utiliza um fotodiodo OPT101.
18

Figura 3 - Circuito Medidor de Potencia

O OPT101 é um fotodiodo monolítico com um amplificador de


transimpedância embutido no chip. A combinação integrada do fotodiodo e o
amplificador de transimpedância em um único chip elimina os problemas
normalmente encontrados em designs mais discretos como erros de corrente de
fuga, ruído e gain peaking como resultado de capacitância dispersa. A voltagem de
saída aumenta linearmente com a intensidade da luz. O amplificador é desenhado
para operação com fonte de energia simples ou dupla.
O fotodiodo de 2,29mm x 2,29mm opera em modo fotocondutivo para
excelente linearidade e corrente de escuro baixa.
O OPT101 opera com suprimentos de tensão de 2,7 V até 36 V e a corrente
quiescente é de apenas 120 uA. Este dispositivo está disponível em PDIP, oito pinos
e plástico transparente, e J-lead SOP para montagens na superfície. A temperatura
tem um alcance de 0 a 70 graus.
19

O esquema abaixo representa o circuito do OPT101

Figura 4 - esquema do OPT101

Para fazer com que o laser incida diretamente em determinados pontos do


cérebro do paciente, e assim obter melhor eficiência durante o processo,
construímos um capacete para fixar a posição do laser. A principio, tentamos moldar
um capacete utilizando o software de modulagem 3D Solidworks (versão 2017) para
definir suas proporções e localização do laser, conforme mostra a figura.

Figura 5 – Modelo 3D do capacete (vista superior)


Fonte: autoria própria
20

Figura 6 – Modelo 3D do capacete (vista frontal)


Fonte: autoria própria

Porém, devido a limitações do equipamento necessário para a impressão do


produto, essa opção não pode ser utilizada por ultrapassar as dimensões
disponíveis.
A solução encontrada foi utilizar um modelo de capacete já pronto e realizar
no mesmo as medidas necessárias para a realização do projeto. Utilizando um
paquímetro, foi determinado o diâmetro do laser utilizado. O valor encontrado foi de
2,25cm. Portanto foi feito no capacete um furo de aproximadamente 2,45cm para
poder conformar o capacete ao suporte do laser criado com o programa de
modelagem 3D Tinkercad.
Para fazer o furo no capacete, foi utilizado uma broca diamantada de 2mm. O
furo foi realizado através de vários furos menores com a broca nos limites de uma
rasura de um circulo de 2,45cm na superfície do capacete.
21

Figura 7 – Prototipo do capacete furado


Fonte: Autoria própria

O suporte do laser foi projetado para auxiliar a manter o laser fixo quando ele
for acoplado ao capacete. Para projetá-lo foram utilizadas as medidas do laser e
medidas calculadas com base na irradiação do laser que queremos que atinja o
cérebro do paciente e a lente utilizada para dispersar o raio do laser.
Para calcular os parâmetros do suporte, foram feitas medições do diâmetro da
luz do laser dispersa e da distância entre o laser e o anteparo. Os valores
encontrados foram utilizados para formar a tabela mostrada na figura a seguir.
22

Figura 8 – gráfico diâmetro do feixe x distância feixe superfície

Utilizando a distância de 18cm e o diâmetro de 26cm para os cálculos,


obtemos:

a
2
tan θ=
d
−1 13
tan θ=
18
θ=35,83 º

Sendo “a” o diâmetro do feixe disperso e “d” a distância entre o feixe e o


anteparo.
Também se torna necessário determinar a área no qual o laser precisa ser
distribuído. Precisa-se que o laser tenha uma irradiação de 9mw/cm², mas o laser
possui uma potência de 100mw/cm². Para isso, foi necessário realizar uma
estimativa do raio da circunferência criada pela dispersão do laser pela lente, de
forma que a irradiação se torne de 9mW/cm². Então, foram realizadas hipóteses do
23

valor do raio da circunferência da área do laser e, para cada uma, foi calculada o
valor da potência da luz até ser encontrado um valor o mais próximo de 100mW,
seguindo a seguinte relação:

1cm²_______9mW
Πr²cm²______xmW

O valor mais próximo encontrado que não excede 100mW foi de raio r = 1,8cm e
uma potência de 81,2mW.
Com o valor do ângulo de abertura, utiliza-se a fórmula de intensidade
luminosa, dada por:

I (θ) cosθ
E=

Onde “E” é o iluminamento em lux, “I(θ)” é a intensidade luminosa em


candelas, “θ é o ângulo entre a vertical da superfície e o ponto a ser iluminado e “d”
é a distância do foco luminoso ao ponto iluminado. Embora essa não seja a fórmula
da potência da luz, a potência também é dada pela concentração dos lúmens em
uma área, portanto o princípio é o mesmo. Usando os valores desejados e
assumindo I(θ) = 100, foi possível calcular o valor da distância da lente pro anteparo,
para que a distribuição da luz tenha irradiação de 9mW/cm².

100 cos 35,8


81,2=

d=
√ 81,1
81,2
d =0,999 ⋍ 1 cm

Com estes resultados, foi realizada a impressão de uma peça de apoio para o
laser, utilizando a abertura de raio 1,8cm e distância de 1 cm entre o ponto que o
laser começa a se dispersar e o ponto em que o laser deverá atingir na cabeça de
possíveis pacientes.
24

Figura 9 – Suporte do laser


Fonte: Autoria própria
25

5. CONCLUSÃO

O objetivo desse trabalho foi a criação de um equipamento que permita a


estimulação do cérebro por lasers, o que deverá servir de alternativa no tratamento
das doenças neurodegenerativas. Tomando como base o objetivo apresentado e os
resultados preliminares realizados no laboratório, obtivemos: 1- a necessidade de
encontrar um método, ou um equipamento para que se torne possível a leitura da
potência do laser, de modo que se possa averiguar seu valor com maior precisão,
visto que o fotodiodo OPT101 se mostrou incapaz de medir potências de luz do laser
utilizado, e 2- a necessidade de adequar o protótipo do capacete para a utilização
para diferentes pacientes, visto que requer que o mesmo se adapte ao formato do
crânio de diferentes pessoas. Outro ponto importante para se considerar quanto a
pesquisa é a disponibilidade de lasers à serem usados, visto que o laser de
infravermelho que utilizamos apresentou falhas no funcionamento no decorrer dos
testes, se tornando necessário o uso de um laser vermelho, o qual não é ideal para
a utilização no produto final. Idealmente, acreditamos que o produto final deva ter
um driver separado (fora do dispositivo do laser) para controlar a corrente do laser e,
consequentemente, a intensidade luminosa.
A pesquisa deve dar continuidade levando em conta os pontos acima
relatados, e pode gerar novas pesquisas motivadas até pela pesquisa com laser que
recentemente levou o Nobel de física (Folha de São Paulo, 2018, 02/10/2018).
26

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Folha de São Paulo, 02/10/2018, Pesquisas com laser levam o Nobel de física 2018.

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