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Delegação de Gaza
Electroforese
2˚ Ano- laboral
1.1 OBJECTIVOS:..................................................................................................................4
1.1.1 Geral:.........................................................................................................................4
1.1.2 Específicos:................................................................................................................4
1.2 Metodologia......................................................................................................................4
2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................................5
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................................14
4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO
A electroforese é uma técnica laboratorial simples que utiliza a corrente eléctrica para promover
a separação de moléculas carregadas, como proteínas e ácidos nucleicos. A migração das
partículas ocorre por diferença de carga eléctrica e por peso molecular, de forma que moléculas
menores migram mais rapidamente que as maiores. A electroforese, que inicialmente era quase
que exclusiva do meio científico, tem sido cada vez mais utilizada na rotina laboratorial por
fornecer informações úteis sobre o estado geral do paciente, além de contribuir com diagnóstico
e prognóstico de várias enfermidades, bem como, com o estadiamento das mesmas
(MCPHERSON, 2011).
1.1 OBJECTIVOS:
1.1.1 Geral:
Falar da Electroforese.
1.1.2 Específicos:
Apresentar um breve historial e principio de funcionamento da electroforese;
Descrever os tipos de electroforese e seus princípios de funcionamento;
Compreender as técnicas de separação baseada na migração de moléculas.
1.2 Metodologia
Para a realização deste trabalho académico baseou-se na Revisão bibliográfica como
procedimento metodológico, permitindo a obtenção dos artigos que versam sobre a temática do
trabalho, que facilitaram a elaboração do mesmo.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O objectivo principal desta técnica é separar moléculas orgânicas, como DNA, RNA e proteínas,
de acordo com sua carga eléctrica e volume molecular. A técnica pode ser conduzida em
diferentes meios-suporte tais como papel de filtro, gel de sílica, membranas de acetato de
celulose, géis de agarose e acrilamida. Actualmente existem dois modelos mais utilizados de
electroforese: um baseado em gel de agarose e outro em gel de poliacrilamida. Estes polímeros
formam poros com tamanhos variáveis. Dois componentes básicos são necessários para se
realizar uma electroforese: um campo eléctrico (obtido através de uma fonte de corrente
contínua) e a própria molécula carregada. Para visualização das moléculas separadas (na forma
de bandas eletroforéticas) são utilizados corantes específicos para proteínas, como Coomassie
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Blue, e soluções específicas contendo os componentes necessários (substratos, coenzimas,
solução-tampão e sais) para revelação das bandas de actividade enzimática. No caso de
moléculas de DNA e RNA, diversos sistemas de revelação de bandas são empregados. Já no caso
do corante brometo de etídio, a detecção da amostra é feita através da fluorescência emitida por
esse corante em presença da luz ultravioleta. As bandas podem ser detectadas também por
radioactividade, nitrato de prata ou quimioluminescência. Na técnica, utiliza-se uma cuba com
dois compartimentos separados. Os eléctrodos determinam os pólos positivo e negativo em cada
compartimento, onde é adicionada uma solução-tampão com sal, que conduz electricidade. O gel
é montado entre os dois compartimentos de tal forma que a única conexão eléctrica entre os
compartimentos seja através do gel.
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4. Aplicadores – A amostra a ser separada eletroforeticamente deve ser aplicada no suporte
com o auxílio de aplicadores. Os aplicadores podem ser seringas, micropipetas, capilares
de vidro ou aplicadores específicos para electroforese. Vale ressaltar que para fazer a
separação de uma mistura deve ser aplicado um volume determinado da amostra.
5. Solução tampão – a cuba eletroforética é preenchida com solução tampão com igual
volume de cada lado. A solução tampão é uma solução composta por um ácido fraco e o
sal deste ácido ou uma base fraca e o sal desta base. O tampão é uma solução que tem a
capacidade de resistir a variações de pH, mesmo após a adição de pequenas quantidades
de ácidos ou bases. Além de manter o pH constante, a solução tampão é uma solução
condutora de corrente eléctrica. O tampão também ajuda a manter o ambiente com uma
atmosfera húmida, isto evita o ressecamento do suporte decorrente do calor gerado pela
passagem de corrente eléctrica pelo suporte. Para evitar o aquecimento, recomenda-se
usar tampão gelado ou câmara dotada de sistema de resfriamento. Além disso, é
recomendado trabalhar com voltagens baixas para que ocorra uma pequena passagem de
corrente eléctrica através do suporte e, consequentemente, produção de pouco calor.
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2.3.2 Electroforese com suporte
Os componentes básicos para a realização desta técnica são: o campo eléctrico, o suporte e a
molécula carregada. O suporte geralmente consiste em um gel onde as moléculas se deslocarão;
a densidade do gel e o volume molecular influenciarão na velocidade de movimentação das
moléculas. Desta forma, a electroforese pode ser classificada de acordo com o suporte do gel,
uma vez que cada tipo de suporte será mais indicado para um determinado tipo de molécula, pois
estas moléculas, como DNA e proteínas, diferem no que diz respeito ao seu volume molecular.
Esta forma de electroforese em gel de poliacrilamida é o método mais utilizado para análise de
misturas de proteínas de forma qualitativa. Este método é baseado na separação de proteínas de
acordo com a carga e o volume molecular; em uma de suas variantes (SDSPAGE) pode ser
utilizado na determinação da massa molecular relativa de proteínas. Eventualmente, podemos
utilizar géis contendo um gradiente de poliacrilamida, onde a concentração do polímero
(acrilamida) e o tamanho dos poros varia uniformemente ao longo do gel (ex: 5 % acrilamida no
topo do gel aumentando até 25% ao final do gel). A vantagem da utilização destes géis consiste
no seu poder de separação de proteínas com volumes moleculares muito similares. Este tipo de
gel pode ser utilizado tanto na electroforese nativa quanto na electroforese em condições
desnaturantes (SDS-PAGE).
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2.3.5 Electroforese nativa
Actualmente, este tipo de electroforese é mais utilizado com o objectivo de medir a actividade
enzimática e, em alguns casos, para determinar a formação de complexos entre duas proteínas.
Neste tipo de electroforese, as proteínas presentes na amostra são separadas de acordo com sua
carga líquida nativa e seu volume molecular. Por exemplo, uma enzima de interesse pode ser
identificada incubando o gel em uma solução com substrato adequado, produzindo um produto
corado devido à reacção com o sítio da enzima. Este tipo de electroforese deve ser empregado
quando a estrutura nativa da proteína é importante para as análises.
O tampão de lise celular é tradicionalmente composto por um detergente, como o SDS ou Triton
X-100, associado a um coquetel de inibidores de protéases. Então, a solução é centrifugada e ao
sobrenadante (material solúvel) é adicionado um tampão de amostra que, geralmente, contém um
corante, um composto redutor (betamercaptoetanol) e detergente (SDS). Este tampão
possibilitará o desenvolvimento das proteínas, pois a estrutura terciária será desfeita devido à
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desestruturação de interacções hidrofóbicas (detergente) e rompimento de ligações dissulfeto
(composto redutor).
Além disso, a amostra ainda é fervida, o que favorece a desnaturação protéica. Anteriormente à
adição do tampão de amostra, a concentração de proteínas é determinada para a padronização do
volume da amostra que deverá ser aplicado na electroforese unidimensional. No caso de cultura
de células, o número de células também pode ser utilizado como indicador da concentração de
proteínas da amostra.
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Figura 2: Esquema das etapas de funcionamento da Electroforese Capilar em Sequenciador
Automático.
Na electroforese capilar, uma solução tampão é adicionada ao capilar e suas extremidades são
imersas em recipientes contendo a solução-tampão, que permite a aplicação de um campo
eléctrico, gerando uma corrente no interior do capilar através de eléctrodos mergulhados na
solução. Uma pequena quantidade da amostra é introduzida em uma das extremidades do capilar
e a aplicação do campo eléctrico promove o movimento das moléculas em direcção aos
eléctrodos. Um fenómeno eletroforético que gera o fluxo da solução dentro do capilar faz com
que os solutos se movimentem em direcção ao detector. Esse tipo de electroforese é actualmente
utilizado em sequenciadores de DNA.
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globulina (γ). O soro humano é o sobrenadante (fase líquida) obtido após a centrifugação do
sangue colectado sem o uso de anticoagulante.
A electroforese de proteína também pode ser feita usando o plasma humano. O plasma é o
sobrenadante (fase líquida) obtido após a centrifugação do sangue colectado com anticoagulante.
A electroforese de plasma revela a presença de 6 fracções, incluindo agora o fibrinogénio. As
proteínas presentes no plasma são: Albumina, Alfa 1-globulina, Alfa 2-globulina, Beta-globulina,
Fibrinogénio e Gama-globulina.
As proteínas séricas apresentam uma faixa de pI entre 4,7 e 8,3. Desta forma, é utilizado na
corrida eletroforética um tampão de pH acima de 8,3 para que todas as proteínas fiquem
carregadas negativamente. A aplicação é, então, no polo negativo. A albumina apresenta o pI
menor igual a 4,7. Então, a albumina irá migrar mais rápido em campo eléctrico. A gama-
globulina apresenta o pI mais alto igual a 8,3 e irá migrar menos.
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3 CONCLUSÃO
A electroforese foi inventada por Arne Tiselius, em 1937 com o objectivo de separar partículas
orgânicas. A electroforese consiste em um método laboratorial com o objectivo de separar
fracções de proteínas, enzimas, lipídios, hemoglobina, DNA e RNA. A técnica é fundamentada
na separação de partículas que apresentam cargas eléctricas em um determinado pH. Para isso, é
usada uma cuba eletroforética com duas câmaras preenchidas com solução tampão e onde estão o
eléctrodo positivo e o negativo. Entre as câmaras ajusta-se o suporte sólido ou semi-sólido. As
amostras a serem analisadas são aplicadas no suporte escolhido. Terminada a corrida
eletroforética, o suporte deve ser corado com corantes específicos de acordo com a amostra. Por
último elas são quantificadas usando a técnica manual de eluição ou por método automatizado
usando a densitometria. A electroforese constitui hoje uma técnica de uso na rotina laboratorial
de fundamental importância no diagnóstico de algumas doenças, tais como hemoglobinopatias,
talassemias, mieloma múltiplo, além de aplicação em lipidogramas, biologia molecular e
enzimopatias.
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4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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