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2014

Manual Prático de Circuitos


Elétricos de Corrente Alternada

José Antônio Rosa e Gledson Melotti


Apostila do Laboratório de Circuitos Elétricos II
Curso Técnico de Eletrônica

Segunda Versão

Professores:
Gledson Melotti e José Antônio Rosa

Figuras obtidas do livro: Introdução à análise de circuitos –


Robert L. Boylestad – Editora Prentice Hall
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Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Sumário
Aula 1: Segurança no laboratório .....................................................................................5
Aula 2: Osciloscópio.........................................................................................................6
Aula 3: Medida de tensão e frequência com o osciloscópio.............................................14
Aula 4: Diferenças de fases...............................................................................................23
Aula 5: Capacitor em regime AC .....................................................................................28
Aula 6: Indutores em regime AC .....................................................................................30
Aula 7: Forma polar e fasores ..........................................................................................32
Aula 8A: Circuito RC-Série – Análise Fasorial................................................................34
Aula 8B: Circuito RC-Série – Análise Vetorial................................................................35
Aula 9A: Circuito RL-Série – Análise Fasorial................................................................38
Aula 9B: Circuito RL-Série – Análise Vetorial................................................................40
Aula 10A: Circuito RLC-Série – Análise Fasorial. ..........................................................43
Aula 10B: Circuito RLC-Série – Análise Fasorial. ..........................................................47
Aula 10C: Ressonância Série............................................................................................50
Aula 11: Circuito RC-Paralelo – Análise Fasorial............................................................53
Aula 12: Circuito RL-Paralelo – Análise Fasorial............................................................57
Aula 13A: Circuito RLC-Paralelo – Análise Fasorial ......................................................40
Aula 13B: Ressonância Paralelo........................................................................................61
Aula 14: Teorema da Superposição ..................................................................................64
Aula 15: Transformadores ................................................................................................67
Aula 16: Autotransformador .............................................................................................74
Aula 17: Ligação Trifásica de Transformadores Monofásicos .........................................77
Aula 18: Medição de Potência Ativa com Wattímetro ......................................................84
Aula 19: Ligação Trifásica Estrela Equilibrada a 4 Fios ...................................................87
Aula 20: Ligação Trifásica Estrela Desequilibrada a 4 Fios ..............................................68
Aula 21: Ligação Trifásica Estrela Desequilibrada a 3 Fios ..............................................91
Aula 22: Ligação Trifásica Triângulo ou Delta Equilibrado ............................................94
Aula 23: Ligação Trifásica Triângulo ou Delata Desequilibrado ......................................96
Aula 24: Medição de Potência Ativa Trifásica pelo Método dos Dois Wattímetros -
Carga Desequilibrada e Equilibrada .....................................................................98
Aula 25: Medição de Potência Ativa Trifásica pelo Método dos Dois Wattímetros –
Carga Equilibrada e Desequilibrada ....................................................................102
Aula 26: Instalações Elétricas - Lâmpadas e Tomadas .......................................................105
Aula 27: Acionamentos e Comandos Elétricos ...............................................................116
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Objetivos:
 Analisar circuitos elétricos de corrente alternada;
 Aplicar os teoremas em circuitos CA;
 Medir potências em circuitos monofásicos e trifásicos CA;
 Analisar circuitos magnéticos;
 Analisar funcionamento e acionamento de máquinas elétricas.

Ementa:
1. Instrumentação e medição em tensão alternada;
2. Métodos e análise de circuitos em corrente alternada
3. Circuitos magnéticos;
4. Circuitos trifásicos
5. Máquinas elétricas e acionamentos elétricos.

Procedimentos para realização dos experimentos:


1. Ler e entender o roteiro do experimento;
2. Selecionar os equipamentos e componentes necessários;
3. Montar cuidadosamente a experiência com as fontes de energia desligadas;
4. Verificar a capacidade dos aparelhos e ajustá-los antes das medições;
5. Manipular os equipamentos com cuidado;
6. Conferir as montagens;
7. Chamar o professor para conferir a experiência;
8. Fazer os cálculos exigidos no roteiro.

Avaliações:
 Presença e participação nas aulas com tolerância de atraso máximo de 15
minutos;
 Elaboração dos relatórios;
 Provas

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Aula 1: Segurança no Laboratório

Segurança em eletricidade:
1. A gravidade dos acidentes elétricos depende:
 Intensidade da corrente;
 Tempo de exposição à corrente elétrica;
 Percurso da corrente pelo corpo;
 Capacidade de reação do organismo.

Maneiras através das quais o trabalhador se expõe ao risco:

1. Efetuar reparos elétricos com as vestes molhadas;


2. Efetuar manutenção em equipamentos elétricos energizados;
3. Verificar se os equipamentos elétricos estão energizados utilizando as mãos;
4. Executar operação com pressa;
5. Deixar de colocar avisos nos equipamentos elétricos que estiverem sendo
reparados;
6. Instalação em mal estado de conservação e isolamento;
7. Fios espalhados pelo solo;
8. Falta de aterramento;
9. Trabalhar com pensamento voltado para problemas pessoais;
10. Executar trabalhos embriagados.

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Aula 2: Osciloscópio
Objetivo:
Familiarização com os osciloscópios analógicos e digitais e seus controles.

Osciloscópio Analógico O osciloscópio é um instrumento cuja finalidade básica é


visualizar fenômenos elétricos que variam no tempo, possibilitando medir tensões
contínuas, alternadas, períodos, frequências e defasagens com elevado grau de precisão.
Nos osciloscópios analógicos esses fenômenos são realizados através de um tubo de
raios catódicos (TRC) composto de:
1) Filamento: é o elemento responsável pela energia térmica necessária ao
desprendimento de elétrons no cátodo. Fica alojado no interior do cátodo.
2) Cátodo: é o elemento responsável pela emissão dos elétrons (cerca de seis
bilhões de elétrons por segundo são emitidos). Consiste de um cilindro metálico
recoberto de óxidos, que emitem elétrons quando aquecidos.
3) Grade de controle: é o elemento que regula a passagem de elétrons procedente
do cátodo em direção ao ânodo. Quando se controla o potencial desta grade
verificar-se um aumento ou diminuição do brilho da imagem.
4) Ânodo de focalização: através de um potencial cria um campo elétrico que
concentra o feixe de elétrons, focalizando-o na tela.
5) Ânodo de aceleração: através do potencial positivo atrai a acelera o feixe.
6) Placas de deflexão horizontal (placas verticais): deflexionam o feixe de
elétrons na horizontal.
7) Placas de deflexão vertical (placas horizontais): deflexionam o feixe de
elétrons na vertical.
8) Tela: anteparo revestido por um material químico que ao ser atingido pelo feixe,
cria um ponto luminoso. Esse revestimento é comumente denominado de
“fósforo”.

Figura 1: Representação esquemática de um tubo de raios catódicos.

O conjunto formado pelo filamento, catodo, grade de controle e anodos de


aceleração e focalização formam o que se chamam de “canhão eletrônico”. Entretanto, o
conjunto formado pelo filamento, cátodo, grade de controle, ânodo, placa horizontal
(deflexão vertical) e placa vertical (deflexão horizontal) é conhecido como tubo de
raios catódicos (TRC).
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Base de tempo
O circuito da base de tempo tem atenuação junto às placas verticais (deflexão
horizontal), pois estas placas comandam o deslocamento do feixe na direção horizontal
(o ponto luminoso se desloca periodicamente e com velocidade constante, da esquerda
para a direita). Para efetuar este percurso, o circuito de base de tempo proporciona às
placas verticais uma tensão variável denominada de “dente de serra”.
Como a frequência da tensão dente de serra da base de tempo é relativamente
elevada, o ponto luminoso se deslocará horizontalmente pela tela com grande rapidez,
de forma que o efeito óptico será igual à presença de uma linha na tela e não um ponto.
Para se obter uma imagem estável e possível de se analisar, é preciso que a frequência
da tensão dente de serra sincronize-se com a frequência do sinal a medir.

Figura 2: Princípio de funcionamento de um osciloscópio e a tensão dente de serra.

Principais comandos do osciloscópio:


1) Liga/Intensidade: liga o osciloscópio e possibilita o ajuste de intensidade de
brilho;
2) Foco: possibilita o ajuste do foco do feixe de eletrônico;
3) Posição ↓↑: posiciona verticalmente o feixe;
4) Posição ←→: posiciona horizontalmente o feixe;
5) Chave AC/DC/Gate: na posição AC, permite a leitura de sinais alternados, na
posição DC de níveis DC ou contínuos, e na posição GND, aterra a entrada da
amplificação vertical, desligando a entrada vertical:

Figura 3: chave do tipo de entrada do sinal.

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6) Volts/Div: atenuador vertical que gradua cada divisão na tela, na direção
vertical, em valores específicos de tensão;
7) Tempo/Div: varredura ou base de tempo que gradua cada divisão na tela, na
direção horizontal, em valores específicos de tempo, além disso, possibilita
desligar o estágio, dando acesso à entrada vertical. Este controle permite ajustar
a velocidade horizontal de varrimento da base de tempo.

Figura 4: Tempo/Div.

8) Chave INT./EXT./REDE: na posição INT., permite a utilização do sincronismo


interno, na posição EXT. dá acesso à entrada de sincronismo externo e na
posição REDE, sincroniza a varredura com a rede elétrica;
9) Chave + -: permite selecionar a polaridade de sincronismo da figura na tela;
10) Nível sinc.: permite o ajuste do nível de sincronismo.
11) Ent. vertical: conector para ligação de ponta de prova para o acesso ao estágio de
vertical;
12) Ent. horizontal: conector para ligação de ponta de prova, utilizado para o acesso
ao estágio horizontal, ou de sincronismo, conforme posicionamento dos
controles de varredura (EXT.) ou sincronismo (EXT.).

13) : conector da terra do instrumento.

Figura 5: Frente de um osciloscópio.

Se o sinal de entrada é periódico, então um traço relativamente estável pode ser


obtido apenas ajustando a base de tempo de acordo com a frequência do sinal de
entrada. Por exemplo, se o sinal é uma onda senoidal com frequência igual a 50 Hz,
então seu período é de 20 ms, então a base de tempo deve ser ajustada de modo que o
tempo entre a passagens sucessivas seja de 20 ms. Este modo é chamado de continual
sweep (varredura contínua). Infelizmente, a base de tempo dos osciloscópios não é

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perfeitamente precisa, e a frequência do sinal não é perfeitamente estável, então o traço
pode se mover pela tela, dificultando as medidas.
Para prover um traço mais estável, os osciloscópios modernos tem uma função
chamada trigger (desencadear ou disparar). Quando o triggeri é utilizado, o instrumento
irá parar cada vez que a varredura chegue no extremo direito da tela e retornar de volta
ao lado esquerdo da tela. O osciloscópio então aguarda um evento específico antes de
começar a desenhar o próximo traço. O evento de trigger é comumente acionado quando
a forma de onda da entrada atinge uma tensão em uma direção específica (tensão
crescente ou decrescente) determinada pelo usuário. Os comandos em 8), 9) e 10) fazem
parte do trigger.
Este recurso ressincroniza a base de tempo ao sinal de entrada, impedindo o
deslizamento horizontal do traço. Desta forma, o trigger permite a visualização de sinais
periódicos tais como ondas quadradas e ondas seno. O circuito de Trigger também
permite a visualização de sinais não-periódicos, tais como pulsos que não se repetem em
uma taxa fixa.
O circuito de trigger com ajuste do nível de disparo e da derivada funciona bem
para formas de onda periódicas. Em formas de onda complexas, quando se pretende
visualizar um sinal de período variável (arrítmico) o circuito de trigger não é suficiente
para garantir uma representação correta da forma de onda.
O circuito de hold off permite inibir o trigger durante certo tempo após cada
disparo. O circuito de hold off cria um tempo morto durante o qual o circuito de trigger
não dispara o dente de serra. Deste modo, por exemplo, num trem de impulsos muito
próximos inserido num trem de impulsos mais espaçados não perturbam o disparo do
trigger se o tempo morto for suficiente. O valor do tempo morto é ajustável e aumenta
quando se roda o botão de hold off no sentido dos ponteiros do relógio.

Fonte de consulta osciloscópio analógico:

Livro: Laboratório de Eletricidade e Eletrônica – Teoria e Prática.


Autores: Francisco Gabriel Capuano & Maria Aparecida Mendes Marinho.
Editora: ÉRICA

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Osciloscópio Digital

O osciloscópio digital possui um conversor analógico digital, que efetua amostras do


sinal analógico aplicado à sua entrada, armazena os dados sob a forma de valores
numéricos e reconstitui o sinal utilizando esses dados.

 Ajustes

Para visualizar o sinal aplicado à entrada, três ajustes básicos são necessários: vertical,
horizontal e de disparo ou trigger.

Vertical – (volt/div), estabelece valores para as divisões principais e subdivisões no


eixo Y;

Horizontal ou base de tempos – (time/div), estabelece valores para as divisões


principais e subdivisões no eixo X;

Disparo ou trigger – estabelece uma referência para visualização do sinal iniciando


sempre no mesmo valor. A forma de onda aparece estática na tela, ou seja, ela não
se desloca na tela do osciloscópio.

Configurações do disparo – Pressiona-se o botão TRIG MENU Source (Fonte)


escolha o mesmo canal do sinal de entrada exemplo CH1. A seta na parte superior
da tela indica a posição temporal do disparo.

Botão LEVEL (NÌVEL) ajusta-se o ponto de disparo através da seta no lado direito
da tela, entre os valores máximos e mínimos do sinal de entrada . O valor no canto
inferior direito da tela indica o valor de tensão do ponto de referência.

Acoplamento da Entrada – refere-se ao método que se utiliza para acoplar o sinal


que se deseja medir ao osciloscópio.

Botão CH MENU do canal que está acoplando o sinal a ser visualizado ao


osciloscópio. Opções:

DC – visualizam-se sinais contínuos e alternados;

AC – visualizam-se somente sinais alternados;

GND – aterra-se o sinal de entrada.

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Realizam-se medidas com o osciloscópio digital de três modos diferentes:

Visuais – verificam-se as divisões verticais principais e subdivisões (1/5 das principais)


abrangidas pelo sinal e multiplica-se pelo fator de escala vertical volt/divisão.

Medidas de Tensão.

 Quanto maior a área da tela ocupada pelo sinal, mais exatas as medidas.
 Ajustar os valores máximos ou de pico com eixo Y, para melhor visualização.

Medidas de período e frequência.

 Ajustar o ciclo para iniciar na referência do eixo X.

Tecla Cursor – Pressionar tecla cursor, à direita da tela ajusta-se tipo de cursor tensão
ou tempo e deslocam-se os cursores horizontais ou verticais do através do giratório no
canto superior esquerdo do painel frontal.

Tecla Medida (MEASURE) – efetua medidas sobre o sinal de forma automática.

À direita da tela selecione:


1. Fonte (source);
2. Tipo (type) ex.: Vpp;
3. Tecla retorne (Back);
4. Tipo (type) ex.: Vp;
5. Tecla retorne (Back);
6. Tipo (type) ex.: frequência.
Os valores das três grandezas ficam registradas à direita da tela.

Obs.: Quando aparecer ponto de interrogação o sinal está fora da margem de medição.
Atua-se no ajuste vertical e/ou horizontal para reduzir a sensibilidade.

Medida de Corrente

 Mede-se a tensão sobre um resistor de resistência conhecida e aplica-se a lei de


Ohm, ou utiliza-se ponta de prova de corrente.

Modo Especial – Visualizar um sinal aplicado em CH1 em função do sinal aplicado em


CH2 para determinar defasagem entre dois sinais de forma visual, função de
transferência.
 Sinal CH1 coordenada X x sinal CH coordenada Y;
 Visualize os dois sinais e superponha os sinais. Pressione tecla TRIGG-MENU,
em seguida DISPLAY e a direita da tela em Format selecione (MODO XY).

SONDA

Ajuste de Atenuação.

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X10 os valores medidos serão divididos por dez. (modo mais utilizado)

Na sonda ajusta-se (x10) no osciloscópio pressione tecla CH do canal desejado e a


direita da tela selecione (x10). O osciloscópio ajusta automaticamente o fator de escala
vertical e as medidas serão indicadas corretamente.

X1 os valores não são reduzidos.

Na sonda ajusta-se (x1) no osciloscópio pressione tecla CH do canal desejado e a direita


da tela selecione (x1).

Fonte de consulta osciloscópio digital:

http://www.youtube.com/watch?v=A4pFqYP2CIU

http://www.youtube.com/watch?v=cV5vCOyfkJU

http://www.youtube.com/watch?v=FevnHbuhJjI

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Prática 2

Material experimental:

 Osciloscópio;
 Ponta de prova;
 Gerador de sinais ou funções (GS).

1) Escolha um canal de entrada vertical do osciloscópio e conecte o cabo. Em


seguida, conecte o cabo do osciloscópio na saída do gerador de funções.

2) Ajuste o GS para o sinal senoidal, frequência 1,0 KHz [quilo hertz] e valor de
pico ou máximo 1V. Atue nos controles verticais e horizontais do osciloscópio
e visualize a forma de onda na tela do osciloscópio.

3) Meça o valor máximo ou de pico do sinal que aparece na tela do osciloscópio.

4) Meça o período e a frequência da forma de onda que aparece na tela do


osciloscópio.

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Aula 3: Medidas de tensão e frequência com o
osciloscópio
Objetivo:
1) Verificar, utilizando o osciloscópio, as formas de onda senoidal, triangular e
quadrada.
2) Medir tensões alternadas, contínuas e frequência com o osciloscópio.
Teoria:
Tensão contínua ( ) é aquela que não muda sua polaridade com o
tempo. Pode ser contínua constante como mostra a figura a) abaixo ou contínua variável
como mostra as figuras b), c) e d) abaixo.

Figura 1: Tipos de ondas.

Para uma tensão contínua variável existe a necessidade de se estabelecer um


valor que indique a componente DC da forma de onda. Esse valor é denominado valor
DC ou valor médio e representa a relação entre a área abaixo da curva e o eixo dos
tempos em um intervalo de tempo igual a um período e o próprio período. Para
exemplificar vamos calcular a frequência e o valor DC.

Figura 2: Onda quadrada.


Da curva temos:

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Para medir o valor DC (valor contínuo = valor médio) de uma onda no
osciloscópio basta determinar o deslocamento vertical que ocorre quando se troca o
acoplamento do canal utilizado do osciloscópio de AC para DC, para sinal CC
constante. Se o sinal for contínuo variável o valor médio é obtido alterando o
acoplamento do canal da posição para AC para DC. Lembrando-se que o osciloscópio
deve ter a seu traço horizontal regulado na posição central da tela (opção GND), antes
de determinar o valor DC de qualquer onda.
A expressão para calcular o valor DC é:

,
em que “div” significa divisão (quantidade de quadrados no osciloscópio).
Outro tipo de tensão é a tensão alternada ( ) é aquela que muda de polaridade
com o tempo. A tensão alternada que nos é fornecida, através da rede elétrica é, por
questões de geração e distribuição, senoidal:
,
em que:
1) é o valor instantâneo da tensão;
2) é o valor máximo que a tensão pode atingir, também denominada de
amplitude ou tensão de pico; (Vp)
3) ω é a velocidade angular (ω =2πf);
4) t é um instante qualquer;
5) é o ângulo de de fase inicial. (ângulo de fase)
A tensão é medida em volts ( ), a velocidade angular em radianos por segundo
(rad/s), o tempo em segundos (s) e o ângulo em radianos (rad).
Além do valor de pico ( ) de uma onda, tem-se o valor de pico-a-pico ( ) que
é igual à variação máxima entre o ciclo positivo e o negativo, e o valor eficaz
( ), que equivale a uma tensão contínua a qual aplicada a um elemento
resistivo, dissipa a mesma potência que a alternada em questão. Para tensão alternada
senoidal:

Caso o circuito contenha uma fonte de tensão contínua e uma fonte senoidal, o

valor eficaz será: .


Alguns dos tipos de tensões aqui descritos, podem ser geradas por um
instrumento denominado gerador de funções. Esse instrumento gera sinais normalmente
senoidais, triangulares e quadrados com possibilidades de ajuste de frequência e
amplitude, dentro de faixas pré-estabelecidas.

Figura 3: Gerador de funções.


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1) Escala de frequência: permite o ajuste do algarismo da frequência a ser
multiplicado;
2) Multiplicador: seleciona um fator multiplicativo para a escala de frequência;
3) Seleciona a função a ser gerada senoidal, triangular e quadrada;
4) Ajusta a amplitude do sinal de saída.
As funções geradas pelo gerador de funções podem ser vistas pelo osciloscópio.
Assim é possível conferir as tensões e frequências a partir do osciloscópio.

Exercícios:
1) Calcule os valores médios das seguintes ondas quadradas:

Figura 4: Ondas quadradas.

2) Determine o valor DC ou valor médio da seguinte onda:

Figura 5: Forma de onda.

3) Para as seguintes ondas determine: os períodos, as frequências e os valores


médios:

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Figura 6: Ondas senoidais.

4) A Figura 7 representa o uso do osciloscópio para medir uma tensão contínua. A


Figura 7 a) o osciloscópio está na opção canal GND, enquanto a Figura 7 b) está
na opção canal DC. Determine o valor DC.

Figura 7: Tensão contínua.

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5) A Figura 8 a) ilustra uma meia onda retificada na opção do canal AC do
osciloscópio, enquanto a Figura 8 b) ilustra a meia onda retificada na opção do
canal DC. Determine o valor DC da meia onda retificada.

Figura 8: Meia onda retificada.

6) Escreva expressões analíticas para as formas de onda das figuras abaixo, com
ângulo de fase em graus:

Figura 9: Ondas senoidais

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7) Determine os valores rms das formas de ondas periódicas das figuras abaixo:

Figura 10: Ondas quadradas


8) Determine os valores rms das formas de ondas vistas na Figura 6.

9) Esboce a forma de onda, para cada figura abaixo, que aparecerá na tela do
osciloscópio se a entrada do canal vertical mudar de AC para DC:

Figura 11: Ondas

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Prática 3
Material experimental:
 Osciloscópio digital e pontas de provas;
 Gerador de Sinais GS;
 Multímetro;
 Diodo (1N);
 Transformador;
 Resistor.

Símbolo do gerador de sinais:

1) Ajuste o GS para a função DC. Use o voltímetro para obter os valores


especificados no quadro abaixo.

Sinal DC
Valor [V] Volts/div. Número de Valor medido com
divisões o osciloscópio
2
5
8
10

2) Ajuste o gerador de sinais para as frequências especificadas nas Tabelas 1, 2 e 3


com amplitude máxima para as formas de ondas senoidal, quadrada e triangular.
Meça cada frequência com o osciloscópio, anotando respectivamente a posição
da varredura e o número de divisões ocupadas pelo período.
Tabela 1
Onda
Senoidal
Frequência Posição de Número de T F
Gerador Varredura divisões
100Hz
5kHz

Tabela 2
Onda
Quadrada
Frequência Posição de Número de T F
Gerador Varredura divisões
250Hz
1200Hz

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Tabela 3
Onda
Triangular
Freqüência Posição de Números de T F
Gerador Varredura divisões
600Hz
10kHz

3) Ajuste o gerador de sinais para frequências de 60Hz, onda senoidal. Utilizando o


multímetro, na escala V AC, ajuste a saída do gerador para os valores
especificados na Tabela 4. Para cada caso, meça com o osciloscópio e anote
respectivamente, a tensão Vp e a tensão Vpp.

Tabela 4
Vef Vp Vpp Vef [V]
Voltímetro [V] [V] Calculado
1V
3V
4V

4) Medir o valor médio de uma meia onda retificada. A meia onda senoidal
retificada é feita com um diodo em série com o resistor, a partir do gerador de
sinais. A onda pode ser vista pelo osciloscópio. Conecte a ponta de prova do
osciloscópio em paralelo com o resistor.

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5) Meça e calcule os valores de pico; médio e eficaz da forma de onda do circuito
abaixo.

Figura 12: Circuito com fonte alternada e contínua.

Tabela 5: Valores medidos e calculados da Figura 12.

Calculados pelas
Valor Calculados pelos Medidos pelo
Medidas do
de tensão dados da Figura 12. Osciloscópio
Osciloscópio
Vef
Vmédio
(sinal composto)
Vp
(componente senoidal)

Vmax (sinal composto)

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Aula 4: Diferenças de fases ou Defasagem.
Objetivo:

1) Verificar, utilizando o osciloscópio, as formas de onda senoidais no resistor,


capacitor e indutor.
2) Medir tensões alternadas com o osciloscópio no resistor, capacitor e indutor.
3) Medir a diferença de fase da tensão entre a fonte e o resistor, entre a fonte e o
indutor e entre a fonte e o capacitor.

Teoria:

Além de ser possível obter os valores de tensões e frequências de ondas no


osciloscópio é possível medir a defasagem entre ondas, desde que as ondas sejam
geradas com a mesma frequência:

,
assim:

O período T pode ser medido de qualquer onda (número de divisões por ciclo na
horizontal), uma vez que as ondas estão sendo geradas com a mesma frequência.

Cuidado com medidas de fases no osciloscópio:


Quando se realiza medidas com o osciloscópio, deve-se tomar muito cuidado
para evitar qualquer curto-circuito e danificar o osciloscópio. Na Figura 1, o canal 1 do
osciloscópio de duplo traço está conectado de modo a mostrar na tela o gráfico da
tensão aplicada . O canal 2 está conectado de modo a mostrar a tensão no indutor. É
importante notar o fato de que o GND do circuito está conectado ao GND dos dois
canais. Em outras palavras, existe apenas um GND comum para o circuito e o
osciloscópio. Desta forma é possível obter as formas de ondas da tensão de entrada e
da tensão , além de ser possível medir a diferença de fase entre as ondas.

Figura 1: Medidas de fase de e no osciloscópio.

Se for necessário obter a diferença de fase entre e , o osciloscópio não


poderá ser conectado como mostra a Figura 2. Os pontos e têm uma conexão
comum com o GND, estando portanto ao mesmo potencial. Isso é equivalente a um
curto-circuito entre e . O curto-circuito resultante “elimina” o elemento indutivo,

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sendo que a corrente aumenta devido à diminuição da impedância do circuito. Uma
situação de perigo pode acontecer caso o indutor tenha uma alta impedância (resistência
do indutor) e o resistor tenha uma resistência relativamente baixa. A corrente, limitada
apenas pela resistência R, poderá atingir valores elevados, danificando o equipamento.

Figura 2: Conexão ERRÔNEA para a medida de fase entre e .

A diferença de fase entre e pode ser determinada trocando-se as posições


do indutor e do resistor no circuito ou introduzindo-se um resistor com a função de
sensor de corrente, como mostra a Figura 3. Esse resistor tem de ter um valor muito
pequeno, comparado com as outras impedâncias do circuito, para não provocar uma
alteração significativa nos valores de tensão e corrente ou nas relações de fase. Note que
o resistor é introduzido de tal maneira que uma de suas extremidades fica conectado ao
GND no circuito. De acordo com a Figura 3, o canal 2 mostrará a tensão , que está
em fase com a corrente . Entretanto, a corrente também está em fase com a tensão
no resistor . O resultado é que as tensões e estão em fase e a relação de fase
entre e pode ser determinada observando-se as formas de onda de e .

Figura 3: Determinação da fase entre e usando um resistor sensor.

Como e estão em fase, esse procedimento também nos fornece a diferença


de fase entre a tensão aplicada e a corrente da fonte. Se o valor de for
suficientemente pequeno comparado com o de e o de , as medidas de fase
mostradas na Figura 1 poderão ser realizadas com no circuito, ou seja, as pontas de
provas do canal 2 podem ser conectadas nas extremidades superior do indutor e em
GND, podendo ser ignorado o efeito de . Com este método, não se mede o módulo da
tensão , mas simplesmente a diferença de fase entre e
No caso do circuito em paralelo visto na Figura 4, a diferença de fase entre duas
das correntes de ramo, e , pode ser obtida usando-se um resistor sensor, como

24
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vemos na figura. O canal 1 mostrará a tensão , e o canal 2, a . Como está em
fase com e está em fase com a corrente , a diferença de fase entre e a
será a mesma que entre e . Nesse caso, as intensidades das correntes podem ser
obtidas usando-se a lei de Ohm juntamente com os valores das resistências de e .

Figura 4: Determinação da diferença de fase entre e .

Se for necessário medir a diferença de fase entre e no circuito mostrado na


Figura 4, pode-se empregar um resistor sensor como mostra a Figura 5.

Figura 5: Determinação da diferença de fase entre e .

Portanto, em geral, ao utilizar um osciloscópio de dois canais para medir


diferenças de fase, seja especialmente cuidadoso com as conexões em GND e tire a
máxima vantagem possível do fato da corrente e a tensão em um resistor estarem
em fase.

25
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Exercícios:

1) Determine as diferenças de fases das seguintes ondas:

Figura 6: Diferenças de fases.

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Prática 4

Material experimental:
 Osciloscópio;
 Pontas de prova;
 Gerador de sinais - GS;
 Módulos com resistores e capacitores e módulo com indutor.

1) Monte um circuito em série com o resistor 47Ω e o indutor L= _________ mH


– r = _________Ω e meça pelo osciloscópio a diferença de fase de tensão entre a
fonte e o resistor e a diferença de fase entre a fonte e o indutor. O gerador de
sinal fornecerá uma tensão de 5,0 V de pico e frequência de 600 Hz.

2) Monte um circuito em série com o resistor 47 Ω e o capacitor módulo e calcule


pelo osciloscópio a diferença de fase de tensão entre a fonte e o resistor e a
diferença de fase de tensão entre a fonte e o capacitor. O gerador de sinal
fornecerá uma tensão de 5,0 V de pico e frequência de 60 Hz.

3) Monte um circuito em série com o resistor 47Ω, o indutor L=___________ mH


– r = ________Ω e o capacitor do módulo e calcule pelo osciloscópio a
diferença de fase de tensão entre a fonte e o resistor, a diferença de fase de
tensão entre a fonte e o indutor e a diferença de fase de tensão entre a fonte e o
capacitor. O gerador de sinal fornecerá uma tensão de 5 V e 250 Hz.

4) Monte um circuito em paralelo com o resistor 150 Ω , o indutor L=________


mH – r = _________Ω e o capacitor do módulo e calcule pelo osciloscópio a
diferença de fase entre a tensão da fonte e a correntes no resistor, a diferença de
fase entre a tensão da fonte e a corrente no indutor e a diferença de fase entre a
tensão da fonte e a corrente no capacitor. O gerador de sinal fornecerá uma
tensão de 5 V de pico e frequência de 120 Hz.

Tabela 1: Diferenças de fases entre os dispositivos.


Circuito Fonte e R Fonte e L Fonte e C
1 X
2 X
3
4

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Aula 5: Capacitor em regime AC
Objetivo:
1) Verificar experimentalmente, a variação da reatância capacitiva com a
frequência.

Teoria:
Um capacitor quando carregado por uma corrente elétrica alternada oferece uma
oposição à passagem de corrente, imposta por um campo elétrico, denominado reatância
capacitiva. Essa reatância é inversamente proporcional a frequência dada por:

Da relação 1/ωC podemos traçar o gráfico de reatância capacitiva em


função da frequência:

Como a reatância é função da frequência pode-se medi-la por um processo


experimental, ou seja, mede-se tensão e corrente. Assim, obtém-se o valor pela relação
.
Aplicando uma tensão alternada nos terminais do capacitor surgirá uma corrente
alternada, pois o capacitor irá carregar-se e descarregar-se em função da tensão.

Quando o capacitor está descarregado (VC = 0) a corrente é máxima e quando


carregado (VC = Vmáx) a corrente é nula. A corrente com relação a tensão está adiantada
de rad:

A corrente obedece a relação: e .


28
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Prática 5
Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Capacitor: 20µF ou 25 µF ou 30 µF. (conforme o módulo)
 Resistor: 47 Ω / 10 W

1) Monte o circuito da figura abaixo. Ajuste a frequência do gerador de sinais para


60 Hz.

2) Ajuste a tensão do gerador de sinais para se obter no resistor as tensões


marcadas no quadro (medidas pelo multímetro). Para cada caso meça e anote a
tensão de pico no capacitor (medidas pelo osciloscópio) e a corrente eficaz
medida pelo multímetro.

VRp (V) 1,0 2,0 3,0


VRefc (V)
Iefc (A)
VCp (V)
VCefc (V)
XC (Ω)

3) Ajuste o gerador de sinais para obter (se ter) o maior valor de tensão pico na
fonte de 2,0 V (medida feita pelo osciloscópio). Mantenha esse valor constante a
cada medição. Varie a frequência de acordo com o quadro abaixo. Meça e anote
para cada caso o valor da tensão de pico do capacitor pelo osciloscópio.

F(Hz) Vrsp (V) VCp (V) VCefc (V) Icp (A) XC (Ω)
RS resistor (Vrsp/rsmed) (Vcp / Icp)
sensor
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000

4) Com os valores construa o gráfico XC (reatância capacitiva) pela F (frequência).

29
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Aula 6: Indutores em regime AC
Objetivo:
1) Verificar experimentalmente, a variação da reatância indutiva com a frequência.

Teoria:
Um indutor quando carregado por uma corrente elétrica alternada oferece uma
oposição à passagem de corrente, imposta por um campo magnético, denominado
reatância indutiva. Essa reatância é diretamente proporcional à frequência, dada por:

Da relação podemos traçar o gráfico de reatância indutiva em função


da frequência:

Como a reatância é função da frequência pode-se medi-la por um processo


experimental, ou seja, mede-se tensão e corrente. Assim, obtém-se o valor pela relação
.
Aplicando uma tensão alternada nos terminais do indutor surgirá uma corrente
alternada, pois o indutor irá carregar-se e descarregar-se em função da tensão.

Quando o indutor está energizado (VL = 0) a corrente é máxima e negativa, e


quando está desenergizado (VL = Vmáx), a corrente é nula. A corrente com relação a
tensão está atrasada de rad:

A corrente obedece a relação: e .

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Prática 6

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Indutor: ____________ mH - r = _________ Ω
 Resistor: 47 Ω / 10 W
1) Monte o circuito da figura abaixo. Ajuste a frequência do gerador de sinais para
60 Hz.

2) Ajuste a tensão do gerador de sinais para se obter no resistor as tensões


marcadas no quadro (medidas pelo multímetro). Para cada caso meça e anote a
tensão de pico no indutor (medidas pelo osciloscópio) e a corrente eficaz medida
com o multímetro.

VRp (V) 1 2 3
VRefc (V)
Iefc (A)
VLp (V)
VLefc (V)
XL (Ω)

3) Ajuste o gerador de sinais para se ter o maior valor de tensão de pico de 2V


(medida feita pelo osciloscópio). Varie a frequência de acordo com a tabela
abaixo. Meça e anote para cada caso o valor da tensão de pico do indutor pelo
osciloscópio.

F(Hz) Vrsp (V) VLp (V) VLefc (V) ILp (A) XL (Ω)
(Vrsp/rsmed (VLp / ILp)
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000

4) Com os valores do quadro construa o gráfico XL (reatância indutiva) pela F


(frequência).
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Aula 7: Forma polar e fasores
Forma Polar
A forma polar de um número complexo é uma representação da forma retangular
de números complexos:

é módulo e o ângulo do número complexo.

em que , e .
A forma polar é uma das melhores formas para multiplicação e divisão, mas não
são usadas para adição e subtração, a não ser graficamente.

 Multiplicação:
 Divisão:

Fasores:
Por definição um fasor é um número complexo associado com uma onda seno de
fase deslocada, tal que, se o fasor está na forma polar, seu módulo é o valor eficaz (rms)
da tensão ou corrente, e seu ângulo é o ângulo de fase da onda seno de fase deslocada:
,
em que o ponto sobre V é a representação em fasor e o gráfico é mostrado abaixo:

Se um sinal for cossenoidal, deve-se convertê-lo em um sinal senoidal pela


identidade trigonométrica:

Uma aplicação de fasores é a soma de senóides de mesma freqüência: encontre a


forma polar de cada seno, depois encontre a forma retangular de cada um e por último
soma-se as formas retangulares. Após a soma volte para a forma de fasor e depois para a
forma de senóide.

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Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 8A: Circuito RC- Série - Análise Fasorial
Objetivos:
1) Medir as grandezas: correntes e tensões;
2) Traçar o diagrama fasorial da corrente e da tensão.

Teoria:
Todo circuito em regime AC oferece uma oposição à passagem de corrente
elétrica denominada impedância (Z) e cuja unidade é Ohms (Ω).
Quando no circuito houver elementos reativos, a corrente estará defasada em
relação à tensão, sendo que nestes casos, para a devida análise do circuito, deve-se
construir o diagrama vetorial e obter as relações.
Sabe-se que no capacitor puro, a corrente fica adiantada de 90° em relação à
tensão e que a reatância capacitiva :

Aplicando a lei de Ohm e a álgebra fasorial:

de maneira que, no domínio do tempo:

A forma polar da reatância capacitiva é dada pela expressão:


,
em que é a impedância do capacitor.
Para um circuito RC-série, a impedância total em fasor é dada pela expressão:

e , assim:

A corrente eficaz em fasor é .


O diagrama fasorial das tensões e corrente é mostrado na figura abaixo:

33
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 8A

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Capacitor;
 Resistor.
1) Monte o circuito abaixo:

 .
 ;
 ou , ;
 .

2) Calcule a reatância capacitiva.


3) Calcule a impedância do circuito .
4) Calcule o fasor tensão do circuito.
5) Calcule o fasor tensão no resistor e meça os valores de seu módulo e
ângulo.
6) Calcule o fasor corrente e meça os valores de seu módulo e ângulo.
7) Calcule o fasor tensão no capacitor e meça os valores de seu módulo e
ângulo.

8) Preencha a tabela abaixo:


Valores θR θc φ

Calculados

Medidos

9) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada


elemento do circuito.
=
=
=
=

10) Trace o diagrama fasorial das tensões e corrente:


11) Meça a defasagem θT entre (atrasado ou adiantado).

34
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 8B: Circuito RC- Série – Análise Vetorial
Objetivos:

3) Medir as grandezas: correntes e tensões;


4) Traçar o diagrama fasorial da corrente e da tensão.

Teoria:
Todo circuito em regime AC oferece uma oposição à passagem de corrente
elétrica denominada impedância (Z) e cuja unidade é Ohms (Ω).
Quando no circuito houver elementos reativos, a corrente estará defasada em
relação à tensão, sendo que nestes casos, para a devida análise do circuito, deve-se
construir o diagrama vetorial e obter as relações.
Sabe-se que no capacitor puro, a corrente fica adiantada de 90° em relação à
tensão e que a reatância capacitiva :
Abaixo temos o circuito composto por um resistor em série com um capacitor,
denominado RC – série.

A tensão da fonte é:

e f a frequência em hertz [Hz].

Na construção do diagrama vetorial considera-se a tensão da fonte na referência


Lembrando que no resistor a tensão e a corrente estão em fase e no capacitor a corrente
está adiantada de 90° ou π/2 radianos. O diagrama vetorial das tensões e corrente é
mostrado na figura abaixo:

Do diagrama vetorial temos que a soma vetorial das tensões do resistor e do capacitor é
igual à da tensão da fonte. Logo.

V²ef = VR²ef + Vc²ef

35
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
dividindo todos os termos por I²ef, temos:

( Vef/Ief )² = ( VRef/Ief)² + ( Vcef/Ief )²

onde : Vef/Ief = Z, VRef/Ief = R e Vcef/Ief = Xc

Portanto, pode-se escrever: Z ² = R ² + Xc ² ou Z

A impedância é obtida pela soma vetorial:

O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e corrente no circuito e pode ser determinado


por:

Considerando a defasagem, podemos escrever as equações senoidais da corrente e da


tensão em cada elemento do circuito.

v(t) = Vmax . sen ωt

i(t) = Imax . sen (ωt + θ)

vR(t) = VRmax . sen (ωt + θ)

vc(t) = Vcmax . sen (ωt + θ - π/2)

36
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 8B

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Capacitor;
 Resistor.

1) Monte o circuito abaixo:

 .
 ;
 ou , ;
 .

2) Calcule e meça a tensão eficaz Vef ou Vrms do circuito.


3) Calcule e meça a corrente eficaz Ief ou Irms.
4) Calcule ç a tensão eficaz no resistor no resistor :
5) Calcule e meça a tensão eficaz no capacitor
6) Calcule a reatância capacitiva Xc, use os valores medidos de Vcef e Ief.
7) Calcule a impedância do circuito Z, use os valores medidos de Vef e Ief.
8) Preencha a tabela abaixo:

Valores Vrms(V) θcap θ

Calculados

Medidos

9) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada


elemento do circuito.

=
=
=
=

10) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente.


11) Meça a defasagem θ entre Vef e Ief (atrasado ou adiantado).

37
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 9A: Circuito RL-Série – Análise Fasorial
Objetivos:
1) Medir as grandezas: correntes e tensões;
2) Traçar o diagrama fasorial da corrente e da tensão.
Teoria:
Todo circuito em regime AC oferece uma oposição à passagem de corrente
elétrica denominada impedância (Z) e cuja unidade é Ohms (Ω).
Quando no circuito houver elementos reativos, a corrente estará defasada em
relação à tensão, sendo que nestes casos, para a devida análise do circuito, deve-se
construir o diagrama vetorial e obter as relações.
Sabe-se que no indutor puro, a corrente fica atrasada de 90° em relação à tensão
e que a reatância indutiva :

Aplicando a lei de Ohm e a álgebra fasorial:

de maneira que, no domínio do tempo:

A forma polar da reatância indutiva é dada pela expressão:


,
em que é a impedância do indutor.
Para um circuito RL-série, a impedância total em fasor é dada pela expressão:

e , assim:

A corrente eficaz em fasor é .


O diagrama fasorial das tensões e corrente é mostrado na figura abaixo:

38
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 9A

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Indutor e resistor.
1) Monte o circuito abaixo:

 e ;
 e resistência interna de ;
 .

2) Calcule a impedância do circuito .


3) Calcule o fasor tensão do circuito:
4) Calcule o fasor corrente e meça seu módulo:
5) Calcule o fasor tensão no resistor e meça seu módulo:
6) Calcule a tensão na resistência interna do indutor :
7) Calcule a tensão no indutor :
8) Preencha a tabela abaixo:

Valores θR θL φ

Calculados

Medidos

9) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada


elemento do circuito.

10) Meça a defasagem φ entre (atrasado ou adiantado).


11) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente:

39
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 9B: Circuito RL – Série - Análise Vetorial
Objetivos:
1) Medir as grandezas: correntes e tensões;
2) Traçar o diagrama fasorial da corrente e da tensão.

Teoria:

Todo circuito em regime AC oferece uma oposição à passagem de corrente


elétrica denominada impedância (Z) e cuja unidade é Ohms (Ω).
Sendo o indutor o elemento reativo, a corrente estará defasada em relação à
tensão, e a análise do circuito será feita à partir do diagrama vetorial ou vetorial.
Sabe-se que no indutor puro, a corrente fica atrasada de 90° em relação à tensão
e que a reatância indutiva :
Abaixo temos o circuito composto por um resistor em série com um indutor,
denominado RL – série.

A tensão da fonte é:

e f a frequência em hertz [Hz].

Na construção do diagrama vetorial considera-se a tensão da fonte na referência


Lembrando que no resistor a tensão e a corrente estão em fase e no indutor a tensão está
adiantada de 90° ou π/2 radianos. O diagrama vetorial das tensões e corrente é mostrado
na figura abaixo:

Do diagrama vetorial temos que a soma vetorial das tensões do resistor e do indutor é
igual à da tensão da fonte. Logo.

V²ef = VR²ef + VL²ef

40
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
dividindo todos os termos por I²ef, temos:

( Vef/Ief )² = ( VRef/Ief)² + ( VLef/Ief )²

onde : Vef/Ief = Z, VRef/Ief = R e VLef/Ief = XL

Portanto, pode-se escrever: Z ² = R ² + XL ² ou Z

A impedância é obtida pela soma vetorial:

O ângulo θ é a defasagem entre a tensão e corrente no circuito e pode ser determinado


por:

Considerando a defasagem, podemos escrever as equações senoidais da corrente e da


tensão em cada elemento do circuito.

v(t) = Vmax . sen ωt

i(t) = Imax . sen (ωt - θ)

vR(t) = VRmax . sen (ωt - θ)

vL(t) = VLmax . sen (ωt – θ + π/2)

41
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 9B

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Indutor e resistor.
1) Monte o circuito abaixo:

 e ;
 e resistência interna de ;
 .

2) Calcule e meça a tensão eficaz Vef ou Vrms do circuito.


3) Calcule e meça a corrente eficaz Ief ou Irms.
4) Calcule ç a tensão eficaz no resistor no resistor :
5) Calcule e meça a tensão eficaz no capacitor .
6) Calcule a reatância indutiva XL, use os valores medidos de VLef e Ief.
7) Calcule a impedância do circuito Z, use os valores medidos de Vef e Ief.
8) Preencha a tabela abaixo:
9) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada
elemento do circuito.
Valores θR θL φ

Calculados

Medidos

=
=
=
=

10) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente:

11) Meça a defasagem θ entre (atrasado ou adiantado).

42
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 10A: Circuito RLC-Série – Análise Fasorial
Objetivos:
1) Medir as grandezas: correntes e tensões;
2) Traçar os diagramas fasoriais da corrente e da tensão.

Teoria:

O circuito RLC - série é composto por um resistor, um capacitor e um indutor,


associados em série:

Na construção do diagrama vetorial, considera-se o vetor Vrms ou Vef na referência.

O fasor corrente no circuito RLC está adiantado de 90° em relação ao fasor


tensão no capacitor e atrasada de 90° em relação ao fasor tensão no indutor. A tensão
é o fasor resultante da soma fasorial das tensões no indutor ,capacitor e resistor. Os
fasores das tensões no indutor e no capacitor têm a mesma direção e sentidos
opostos. No indutor adiantado de rad. e no capacitor atrasado de rad em
relação ao fasor corrente . Portanto o fasor resultante, . Se
o circuito tem características indutivas (predominantemente indutivo) e a
corrente está atrasada em relação a de um ângulo φ. Ver diagrama fasorial
abaixo.

43
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Se o circuito é dito ser predominante capacitivo, com a corrente está
adiantada em relação a . de um ângulo φ . Ver diagrama fasorial abaixo.

Com a tensão senoidal de entrada do circuito, podem-se obter os fasores de


tensões, corrente: , .
Dada a tensão de entrada:
.
A impedância total é:

OBS: as equações do módulo e do ângulo não incluíram a resistência interna do indutor.

Aplicando a lei de Ohm e a álgebra complexa:

A corrente em função do tempo é:

, em que .
A tensão no capacitor é dada por:

A tensão no indutor é dada por: .

A tensão no resistor é dada por: .

A tensão total é dada por: ou .

44
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
A figura abaixo mostra um exemplo de formas de onda das tensões no resistor,
capacitor e indutor:

OBS: Se for incluída a resistência interna do indutor, então a tensão deve ser somada
com a tensão da resistência interna do indutor.

45
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 10A
Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas.
 Gerador de sinais.
 Multímetro, indutor e capacitor e resistor.

1) Monte o circuito abaixo:

, , do módulo,
./10W, (96, 88, 104, 102, 84) e resistência interna do
indutor .

2) Meça Vp e Vef do circuito.


3) Meça no resistor Vp, e .
4) Meça indiretamente a corrente Ip, Ief e o ângulo
5) Calcule as tensões da resistência interna do indutor Vrp e .
6) Meça no indutor .
7) Meça a tensão no capacitor e seu ângulo .
8) Preencha a tabela abaixo:
Ip VRp (VLp+Vrp) Vcp φT
(mA) (V) (V) (V)
Valores
V
Medidos

9) Considerando as defasagens, escreva as equações da corrente e da tensão em


cada elemento do circuito.
=

10) Meça a defasagem θ entre . (atrasado ou adiantado).


11) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente.

46
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Aula 10B: Circuito RLC – Série – Análise Vetorial
Objetivos:
3) Medir as grandezas: correntes e tensões;
4) Traçar o diagrama vetorial da corrente e da tensão.

Teoria:
O circuito RLC - série é composto por um resistor, um capacitor e um indutor,
associados em série:

Na construção do diagrama vetorial, considera-se o vetor Vrms ou Vef na referência.

A corrente no circuito RLC está adiantada de 90° em relação à tensão no


capacitor e atrasada de 90° em relação à tensão no indutor. A tensão Vef e o vetor
resultante da soma vetorial das tensões no indutor ,capacitor e resistor. Os vetores das
tensões eficazes no indutor VLef e no capacitor Vcef têm a mesma direção e sentidos
opostos.e no indutor adiantado de rad. e no capacitor atrasado de rad em
relação à corrente. Portanto o vetor resultante, Vef = VRef + (VLef – Vcef ). Se VLef é
maior do que Vcef o circuito tem características indutivas (predominantemente indutivo)
e a corrente está atrasada em Vef. de um ângulo θ. Ver diagrama vetorial abaixo.

Se a tensão no capacitor é maior que a tensão do indutor, então o circuito é dito


ser predominante capacitivo, com a corrente adiantada em relação à tensão Vef de uma
ângulo θ. Ver diagrama vetorial abaixo.

47
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Do diagrama vetorial podemos escrever:

Dividindo todos os termos por , temos:

(Vef/Ief)² = (VRef/ Ief)² + (VLef/Ief – Vcef/Ief)²

onde: (Vef/Ief) = Z, (VRef/ Ief) = R, (VLef/Ief) = XL e (Vcef/Ief) = Xc

Portanto, podemos escrever:

OBS: as equações do módulo e do ângulo não incluíram a resistência interna do indutor.

Se for incluída a resistência interna do indutor, então a tensão deve ser somada com a
tensão da resistência interna do indutor.

48
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 10B
Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas.
 Gerador de sinais.
 Multímetro, indutor e capacitor e resistor.

1) Monte o circuito abaixo:

, , do módulo,
./10W, (96, 88, 104, 102, 84) e resistência interna do
indutor .

2) Meça Vef do circuito.


3) Meça a tensão no resistor e .
4) Meça indiretamente a corrente Ief e o ângulo
5) Calcule a tensão da resistência interna do indutor .
6) Meça a tensão no indutor .
7) Meça a tensão no capacitor e seu ângulo .
8) Preencha a tabela abaixo:
Valores Vef θ
Graus graus graus graus graus
Medidos

9) Considerando as defasagens, escreva as equações da corrente e da tensão em


cada elemento do circuito.

10) Meça a defasagem θ entre (atrasado ou adiantado).


11) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente.
49
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Aula 10C: Circuito Ressonante Série

Um circuito ressonante é aquele em que | X L | = | XC |, a reatância indutiva é anulada


pela reatância capacitiva, pois estão defasadas de 180°. O circuito torna-se resistivo
puro, portanto, apresenta a menor oposição a passagem da corrente elétrica alternada.

A frequência de ressonância fo do circuito é determinada por:

XL = XC = Xo

Gráficos z = f(ω) e i= f(ω)

Comportamento do circuito ressonante série

 Na frequência de ressonância , o circuito é puramente resistivo, a oposição à


corrente é mínima logo a corrente do circuito é máxima Irms max = Vrms/R.

 Abaixo de  XC > XL  circuito capacitivo, sendo a corrente adiantada em


relação a tensão.

 Acima de  XL > XC  circuito indutivo sendo a corrente atrasada em relação a


tensão.

50
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Largura de Faixa (LF) ou Banda de Frequência

LF = fcs – fci

fci = frequência de corte inferior.


fcs = frequência de corte inferior.

Na frequência de corte I = 70,7% da corrente de ressonância I M,


I = 70,76%  I

Gráfico Largura de Faixa do Circuito Ressonante

Fator de Qualidade da Bobina “QL”

=2π. fo L reatância da bobina na frequência de ressonância.


 resistência ôhmica da bobina

Fator de Qualidade “Q” do circuito.

Resistência ôhmica total do circuito.

Relação entre o LF e o fator de qualidade do circuito.

Quanto maior for a qualidade da bobina, menor LF e melhor o circuito


ressonante, pois ele se torna mais seletivo.

51
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Prática 10 C – Circuito Ressonante Série

1) Monte o circuito abaixo:

, , do módulo,
./10W, (96, 88, 104, 102, 84) e resistência interna do
indutor .

Meça:

2) a frequência de ressonância fo do circuito;

3) a corrente eficaz fornecida “IM “pelo gerador na frequência de ressonância fo;.

4) medir as frequências de corte inferior fci e superior fcs e determinar a Largura de


Faixa “ LF” do circuito.

5) ajuste a frequência do circuito para f = 0,50.fo e meça a defasagem entre v(t) e i(t)
e determine a característica do circuito para esta frequência e justifique.

6) ajuste a frequência do circuito para f = 1,50.fo e meça a defasagem entre v(t) e i(t),
determine a característica do circuito para esta frequência e justifique.

7) determine o fator de qualidade “QL” da bobina, a partir dos valores medidos;

8) determine o fator de qualidade Q do circuito, a partir dos valores medidos;

f0 IMrms LF θ ou φ p/ Tipo de
Valores
f = 0,5.fo circuito

Medidos

θ ou φ p/ Tipo de “QL” da Q do Relação


Valores
f = 1,5.fo circuito bobina circuito f0/Q

Medidos

52
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Aula 11: Circuito RC-Paralelo – Análise Fasorial
O circuito RC - Paralelo é mostrado na figura abaixo:

A figura abaixo mostra o diagrama fasorial das correntes.

Do diagrama tem-se que a soma vetorial das correntes eficazes do resistor e do


capacitor é igual a corrente total eficaz do circuito:

A impedância total do circuito:

ou o módulo da impedância pode ser obtido da seguinte expressão:

em que e .
O ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente é:
.
No domínio do tempo:

OBS: a tensão no circuito em paralelo é a mesma em todos os componentes, além de


estar atrasada de 90° em relação à corrente no capacitor e em fase com a corrente no
resistor

53
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Prática 11

Material experimental:  Capacitor;


 Osciloscópio e pontas de provas;  Resistor.
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
1) Monte o circuito abaixo:

 e , , 25 ou (depende da bancada);
 .
2) Calcule a reatância capacitiva:
3) Calcule a admitância e a impedância do circuito :
4) Calcule o fasor tensão do circuito:
5) Calcule a corrente total do circuito:
6) Calcule e meça o fasor corrente no resistor :
7) Calcule e meça o fasor corrente no capacitor:
8) Mostre matematicamente que
9) Preencha a tabela abaixo:

Valores R c φ
Calculados
Medidos

10) Ligue um resistor sensor r1 em série com C. Visualize a forma de onda vr1(t) e meça o ângulo
c. Calcule o valor de a partir de vr1(t) e valor de r1 medido.

11) Transfira o mesmo resistor para uma posição que possibilite medir o ângulo total e calcule
a partir da tensão medida em r.

12) Traçar o diagrama fasorial das correntes e tensão.

13) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada elemento do


circuito.

54
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Aula 12: Circuito RL-Paralelo – Análise Fasorial
O circuito RL - Paralelo é mostrado na figura abaixo:

A figura abaixo mostra o diagrama fasorial das correntes.

Do diagrama tem-se que a soma vetorial das correntes eficazes do resistor e do indutor é igual
a corrente total eficaz do circuito:

A impedância total do circuito:

ou o módulo da impedância pode ser obtido da seguinte expressão:

em que e .
O ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente é:

No domínio do tempo:

OBS: a tensão no circuito em paralelo é a mesma em todos os componentes, além de estar adiantada
de 90° em relação à corrente no indutor e em série com a corrente no resistor.

55
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 12

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas, gerador de sinais, multímetro, indutor e resistor.
1) Monte o circuito abaixo:

 e , (faixa amarela 129, 118,


139, 136, 112) e resistência interna .e .

2) Calcule a reatância indutiva:


3) Calcule a impedância do circuito :
4) Calcule a tensão do circuito:
5) Calcule e meça a corrente total do circuito:
6) Calcule e meça a corrente no resistor:
7) Calcule a corrente na resistência r do indutor:
8) Calcule a corrente no indutor (considere sua resistência r):
9) Mostre matematicamente que
10) Preencha a tabela abaixo:
Valores R L φ
Calculados

Medidos

11) Ligue um resistor sensor r1 em série com L. Visualize a forma de onda vr1(t) e meça o
.
ângulo L. Calcule o valor de IL a partir de vr1(t) e valor de r1 medido.
.
12) Transfira o mesmo resistor para uma posição que possibilite medir o ângulo total e calcule I a
partir da tensão medida em r1.
13) Traçar o diagrama fasorial das correntes e tensão:
14) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada elemento do
circuito.

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Aula 13A: Circuito RLC - Paralelo
Objetivos:
1) Medir as grandezas: correntes e tensões;
2) Traçar o diagrama fasorial das correntes e da tensão.

Teoria:
O circuito RLC - paralelo é composto por um resistor, um capacitor e um indutor, associados
em paralelo:

Para o diagrama fasorial, utiliza-se o fasor resultante entre as correntes do capacitor e


indutor, pois os fasores da corrente no capacitor e da corrente no indutor têm a mesma direção e
sentidos opostos, condizentes com os efeitos capacitivos e indutivos.
Se a corrente do indutor é maior que a corrente do capacitor, então o circuito é dito ser
indutivo, com corrente total atrasada em relação à tensão. Porém, se a corrente no capacitor for maior
que a corrente do indutor, então o circuito é dito ser capacitivo, com a corrente total adiantada em
relação à tensão.

Com a tensão de entrada do circuito, pode-se obter os fasores de tensões, corrente: , .

Dada a tensão de entrada:

57
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A corrente total é dada por:

Logo a impedância total será:

ou

em que o módulo é dado por:

e o ângulo é:

OBS: as equações do módulo e do ângulo não incluíram a resistência interna do indutor.

Aplicando a lei de Ohm e a álgebra fasorial:

A corrente no capacitor é dada por: .

A corrente no indutor é dada por: .

A corrente no resistor é dada por: .

A corrente total é dada por: ou .

58
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A figura abaixo mostra um exemplo de formas de onda das correntes no resistor, capacitor e
indutor:

OBS: Se for incluída a resistência interna do indutor, então a impedância no indutor será
e a corrente no indutor será .

59
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Prática 13A

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas, gerador de sinais, multímetro, indutor, capacitor e resistor.
1) Monte o circuito abaixo:

 ; ; (faixa amarela 390, 361, 425, 419, 342)


e resistência interna ;
 ou (depende da bancada)
 .

2) Calcule a reatância indutiva e capacitiva:


3) Calcule a impedância total do circuito :
4) Calcule e meça a tensão do circuito:
5) Calcule e meça diretamente com o amperímetro o módulo da corrente total e com através de
um resistor r1= 1,0  em série com o gerador o ângulo de fase θT ou φ.
6) Calcule e meça com o amperímetro o módulo da corrente no resistor.
7) Calcule e meça diretamente o módulo da corrente no indutor . Meça através de um resistor r
= 1,0  em série com L o ângulo de fase L.
8) Calcule e meça diretamente o módulo da corrente no indutor . Meça através de um resistor r
= 1,0  em série com C o ângulo de fase c.
9) Preencha a tabela abaixo:

Valores

Calculados

Medidos

10) Considerando a defasagem, escreva as equações da corrente e da tensão em cada elemento do


circuito.
=
=
=
=
=
11) Traçar o diagrama fasorial das tensões e corrente:

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Aula 13B: Ressonância Paralelo

A corrente total é dada por:

Logo a impedância total será:

Conclusões:

A condição corresponde a ressonância do cicuito paralelo RLC.

A frequência de ressonância fo do circuito é determinada por:

XL = XC = Xo

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Gráficos z = f(ω) e i= f(ω)

Comportamento do circuito ressonante paralelo

 Na frequência de ressonância , o circuito é puramente resisivo, a oposição à corrente é máxima


e logo a corrente do circuito é mínima Irms mín. = Vrms/R.

 Abaixo de XC > XL  circuito indutivo, sendo a corrente atrasada em relação a tensão.

 Acima de  XL > XC  circuito capacitivo sendo a corrente adiantada em relação a tensão.

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Prática 13 B – Circuito Ressonante Paralelo

1) Monte o circuito abaixo:

 e, (faixa amarela 390, 361, 425, 419, 342)

 medido; (do módulo medido) e

 / 10 W – R=______________ (medido)
Calcule e meça:

2) a frequência de ressonância fo do circuito;

3) a corrente eficaz fornecida “IM “pelo gerador na frequência de ressonância fo.

4) Ajuste a frequência do circuito para f = 0,5.fo, meça a corrente eficaz e a defasagem entre
v(t) e i(t). Determine a característica do circuito (indutivo ou capacitivo) para esta frequência.
Justifique.

5) Ajuste a frequência do circuito para f = 1,5.fo, meça corrente eficaz a defasagem entre v(t) e
i(t). Determine a característica do circuito (indutivo ou capacitivo) para esta frequência.
Justifique.

f0 IMrms θ ou φ p/ IMrms Tipo de circuito


Valores
f = 0,5.fo

Calculados

Medidos

θ ou φ p/ IMrms Tipo de circuito


Valores
f = 1,5.fo

Calculados

Medidos

6) Trace os gráficos gráficos z = f(ω) e i= f(ω)

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Aula 14: Teorema da Superposição
Objetivos:
1) Medir as correntes e tensões fornecidas pelas fontes individualmente;
2) Medir as correntes e tensões totais fornecidas pelas fontes.

Teoria:
O teorema da superposição consiste em analisar a contribuição de cada fonte individualmente
e então as várias contribuições são adicionadas fasorialmente para se obter a tensão ou corrente
desejada.
Dado o seguinte circuito:

Primeiro analisa a contribuição de uma fonte e substitua as outras fontes de tensão por curto-
circuito, como na figura a seguir:

Calcula-se a corrente total do circuito que passa por e depois se calcula a corrente em
e depois a corrente em por divisão de corrente.
Em seguida retorne com a primeira fonte e substitua a segunda fonte para um circuito, como
mostra a figura abaixo:

64
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Calcula-se a corrente total do circuito que passa por e depois se calcula a corrente
em e depois a corrente em por divisão de corrente.
As correntes totais em cada ramo são:
 Ramo : .
 Ramo : .
 Ramo : .
As tensões totais em cada ramo são:
 Ramo : .
 Ramo : .
 Ramo : .
Ou podem-se obter as tensões em cada ramo com as correntes totais em cada ramo:
 Ramo : .
 Ramo : .
 Ramo : .

Observação: os sinais de mais ou menos nas expressões acima foram colocados conforme as
figuras dos circuitos anteriores.

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Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Prática 14

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Gerador de sinais;
 Multímetro;
 Capacitores dos módulos;
 Resistores dos módulos.
1) Monte o circuito abaixo:

 , e ;
 ;
 sendo XC1 constituída pelo capacitor do módulo
 , iguais.
2) Calcule as reatâncias capacitivas:

3) Calcule a impedância total e as correntes e tensões em cada ramo do circuito com


Meça as correntes e tensões com o multímetro.

4) Calcule a impedância total e as correntes e tensões em cada ramo do circuito com


substituída por um curot – circuito. Meça as correntes e tensões com o multímetro.

5) Calcule as correntes totais em cada ramo pela soma das contribuições de correntes de cada
fonte. Meça as correntes totais e tensões com o multímetro.

6) Calcule as tensões totais em cada ramo pela soma das tensões da superposição. Meça as
correntes e tensões com o multímetro.

7) Calcule as tensões totais de cada ramo usando as correntes totais:

8) Preencha as tabela abaixo:


Valores
Calculados
Medidos
Valores
Calculados
Medidos

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Aula 15: Transformadores
Objetivo
1) Medir as resistências das espiras do primário e do secundário.
2) Encontrar as polaridades dos lados primário e secundário.

Teoria
O transformador, representado esquematicamente na Figura 1, é um aparelho que transporta
energia elétrica, por indução eletromagnética, do primário (entrada) para o secundário (saída). Os
valores da tensão e da corrente são alterados, porém, a potência, no caso do transformador ideal
(considera-se transformador ideal aquele em que S1 = S2 , onde S1 representa à potência aparente do
primário e S2 a potência aparente do secundário), e a frequência se mantêm inalterados.

Figura 1: Transformador.

As principais variáveis que definem o dimensionamento de um transformador são a bitola


(diâmetro) dos condutores (limite de corrente) e o material isolante utilizado (limite de tensão).
Os enrolamentos de alta tensão (AT) são constituídos por várias espiras de fio fino, sendo que
os enrolamentos de baixa tensão (BT) possuem um menor número de espiras com bitola maior.
A razão entre as tensões do primário e do secundário, bem como entre os respectivos números
de espiras dos seus enrolamentos, definem a relação de transformação (a) de um transformador.
Considerando a variação de fluxo a mesma nos dois lados do transformador:
e

assim:

então:

se , o transformador é abaixador, se , o transformador é elevador.

67
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Considerando que as potências aparentes na entrada e na saída são iguais (S 1 = S2), as
correntes obedecem à seguinte relação:

Portanto,

Assim, fica definida a equação fundamental da transformação:

Tensão de curto-circuito:
É o valor da tensão que se deve aplicar nos enrolamentos de AT para se obter nos
enrolamentos de BT curto circuitados, a corrente nominal (In) de funcionamento ou corrente de
plena carga do transformador. O método prático utilizado pelos fabricantes para a obtenção deste
valor é mostrado na Figura 2.

Figura 2: Método prático para obtenção da tensão de curto-circuito.

A razão porcentual entre a tensão de curto-circuito e a tensão nominal de operação na AT,


denomina-se “impedância equivalente (Ze)” deste transformador. Assim,

onde VCC é a tensão de curto-circuito e V1 é a tensão nominal de operação em AT.


O módulo desta impedância tem uma importância significativa na participação de cada
transformador num paralelismo (banco de transformadores).

Polaridade:
De acordo com o sentido do enrolamento, o transformador pode defasar a tensão de saída em
relação à tensão de entrada, isto é, a defasagem existente entre as tensões induzidas no primário e no
secundário de um transformador monofásico. Se os sentidos destas tensões forem iguais, diz-se que
transformador possui polaridade subtrativa (polaridade do enrolamento primário coincide com o
polaridade do enrolamento secundário), como mostrado na Figura 3.a; caso sejam contrárias
(enrolamento do primário não coincide com o enrolamento do secundário), a polaridade é aditiva,
como mostrado na Figura 3.b.

68
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Figura 3: Polaridade de transformadores monofásicos.

Para facilitar a identificação, na simbologia do transformador, costuma-se colocar um ponto


definindo o sentido de enrolamento, como mostrado na Figura 4.

Figura 4: Pontos de polaridade de um transformador com enrolamento primário simples e com


enrolamento secundário duplo.

Existem algumas formas de se determinar a polaridade de cada enrolamento do


transformador: método do golpe indutivo (corrente contínua), método da corrente alternada e
método do transformador padrão.
1) Método do golpe indutivo:
O método do golpe indutivo é determinado conforme a montagem abaixo:

Figura 5: Montagem prática para determinação da polaridade do transformador pelo método do golpe
indutivo.

Liga-se a chave e observa-se a deflexão de V1. Se V1 defletir positivamente deve-se observar


a deflexão de V2:
 se defletir positivamente, a polaridade é subtrativa;
 se defletir negativamente, a polaridade é aditiva.

69
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2) Método da corrente alternada:
O método da corrente alternada é determinado conforme a montagem abaixo:

Figura 6: Montagem prática para determinação da polaridade do transformador pelo método da


corrente alternada.

Se V3 = V1+V2 ou V3 > V1, b’ tem a mesma polaridade de A, então a polaridade é aditiva.


Isto significa que os enrolamentos têm sentidos contrários.
Se V3 = V1 -V2 ou V3 < V1, b’ tem a mesma polaridade de B, então a polaridade é subtrativa.
Isto significa que os enrolamentos têm o mesmo sentido.

OBS: não será testado nesta aula prática método do transformador padrão.

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Ligação de transformadores com três fios no primário (entrada):
Geralmente estes transformadores têm no primário (entrada) um fio comum às duas tensões.
O fio de cor preta em uma extremidade do enrolamento. O fio marrom do meio uma fase e o outro
fio de cor vermelha que corresponde outra fase na outra extremidade do enrolamento primário. O fio
do meio marron com o fio preto é ligado à rede para uma tensão de 127V (fase + neutro) e o fio dos
extremos (preto - vermelho) ligados à rede para uma tensão de 220V( fase +fase). A Figura 7 mostra
a ligação do trafo primário à rede elétrica. Nos esquemas elétricos são omitidas as letras e as cores
dos fios, mas o princípio de ligação de qualquer transformador de 3 fios continua sendo o mesmo.

Figura 7: Ligação de um transformador monofásico com três fios no primário.


Ligação de transformadores com quatro fios no primário (entrada):
Segue-se a seguinte etapa:
1) Forneça nomes para cada fio do primário (entrada): por letras A, B, C e D olhando o
transformador de frente como o da figura do canto direito e testando a continuidade dos condutores.
Condutor A tem continuidade com o condutor B e condutor C tem continuidade com o condutor D.
2) Para ligar o transformador à rede de 110V ou 127V faça uma ligação em paralelo das duas
partes dos enrolamentos. Ligue os fios A-C-rede, B-D-rede.
3) Para ligar o transformador à rede de 220 V faça uma ligação em série das duas partes dos
enrolamentos. Ligue os fios (B-C e isole), (A-rede), (D – rede)

Figura 8: Ligação de um transformador monofásico com quatro fios no primário.

OBS: Nos esquemas elétricos são omitidos as letras e as cores dos fios, mas o princípio de ligação
de qualquer transformador de 4 fios continua sendo o mesmo.

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Prática 15

Material experimental:
 Osciloscópio e pontas de provas;
 Transformadores;
 Varivolt;
 Multímetro;

1) Medir as resistências dos transformadores e identifique os enrolamentos primários (entrada -


AT) e secundários (saída-BT). Justifique.

RH1-H0 RAC RBC RAB


1° transformador
2° transformador
3° transformador

2) Ligue cada transformador do módulo à rede elétrica, conforme mostra a figura abaixo. Meça
com o voltímetro na escala AC e anote as tensões do secundário, BT ou saída, conforme a
tabela abaixo:

VAC VBC VAB


1° transformador
2° transformador
3° transformador

3) Visualize com osciloscópio as formas de onda nos mesmos pontos do item 2). Anote-as no
quadro abaixo :

Formas de ondas VACmax VAC rms VBC max VBC rms VAB max VAB rms
1° transformador
2° transformador
3° transformador

72
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
4) Determine as polaridades dos transformadores de cada módulo pelo método do golpe
indutivo.

5) Determine as polaridades dos transformadores de cada módulo pelo método da corrente


alternada.

6) Determinação da relação entre tensões de um transformador monofásico.

Varivolt
V1 V2 V1/V2 V3 V4
V
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
13,0
14,0
15,0
127
220
Total
MV1 X MV3 MV4
MV2 X
Médias MV1/MV2 M(V1/V2) MV1/MV3 MV1/MV4
X

Em que M é a média e Total é a soma das tensões medidas.

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Aula 16: Autotransformador
Objetivo
1) Montar um autotransformador a partir de um transformador monofásico.
2) Medir as tensões de saída de um autotransformador elevador e abaixador.
3) Medir a potência aparente de saída do autotransformador.

Teoria
Um autotransformador é um transformador cujos enrolamentos primário e secundário
coincidem parcialmente. Conforme se ilustra na Figura 1. Os acessos ao primário e ao secundário são
coincidentes com as extremidades ou com pontos intermédios do enrolamento, sendo um dos
terminais do primário sempre coincidente com um do secundário. Em contraste com relação ao
transformador monofásico de dois enrolamentos, o primário e o secundário do autotransformador são
conectados fisicamente.
O autotransformador é do tipo elevador quando o número de espiras do secundário é superior
ao do primário (Figura 1.a), e do tipo abaixador no caso contrário (Figura 1.b).

Figura 1: Montagem do autotransformador a partir do transformador monofásico: a)


autotransformador elevador e b) autotransformador abaixador.

Para o caso da Figura 1.a (elevador) tem-se e para o caso da Figura 1.b
(abaixador) tem-se .
Uma característica importante dele é o menor tamanho para certa potência, que em
transformador monofásico de dois enrolamentos. Isso não se deve apenas ao uso de uma bobina, mas
ao fato de a corrente de saída ser parte fornecida pelo lado alimentado, parte induzida pelo campo, o
que reduz este, permitindo um núcleo menor, mas leve e mais barato. Uma desvantagem do
autotransformador é não ter isolação entre entrada e saída.
Uma vez que todas as voltas de espiras unem o mesmo fluxo no núcleo do transformador:

Exemplo: o professor deve realizar este exemplo numérico antes da prática.

Um transformador 1Ø, 100 kVA, 2000/200 V de dois enrolamentos é conectado como um


autotransformador, figura abaixo. Tal conexão faz com que o secundário tenha mais de 2000 V. A
parte ab é o enrolamento de 200 V e a parte bc é o enrolamento de 2000 V. Determine a taxa kVA
(potência aparente) entre o autotransformador e o transformador de dois enrolamentos.

74
Apostila Laboratório de Circuitos Elétricos II Professores Jose Antonio Rosa e Gledson Melloti M
Figura 2: Montagem do autotransformador elevador a partir do transformador monofásico.

Solução:
e .

Portanto, para a operação, as correntes nos terminais são:


e .

As tensões são:
e .

Assim as potências de entrada e saída são:


e .

A potência do autotransformador elevador é superior a do transformador em:


vezes.

OBS: só é possível entregar 1100 kVA na saída do autotransformador se o enrolamento de 200 V


tem suficiente isolamento para resistir uma tensão de 2200 V.

75
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Prática 16 - Autotransformador

Material experimental:
 Transformador monofásico: 18VA, 500 mA, 220/36 V
 Multímetro.

1) Determinar as polaridades dos transformadores, caso não tenha feito isso na aula passada.

2) Calcule os novos valores de potência aparente e correntes no primário e no secundário.

3) Calcule o ganho do autotransformador em relação ao transformador comum.

4) Monte o autotransformador elevador, conforme a Figura 2.

5) Verifique o valor de tensão de saída do autotransformador.

Valores Calculados
I1 I2 IL IH V1 V2 VL VH SL SH Sauto/
(mA) (mA) (mA) (mA) (V) (V) (V) (V) (VA) (VA) Strafo

Valores Medidos
V1 (V) VL (V) V2 (V) VH (V)

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Aula 17: Ligação Trifásica de Transformadores Monofásicos
Objetivo
1) Conectar transformadores monofásicos de modo a obter um banco trifásico
2) Analisar as relações entre tensões de fase e de linha.

Teoria
Os três transformadores monofásicos conectados para formar um banco trifásico devem ter a
mesma potência aparente nominal em KVA, a mesma tensão nominal do enrolamento de TS (tensão
superior) e a mesma tensão nominal do enrolamento de TI (tensão inferior).
Para colocação em paralelo de transformadores monofásicos é necessário que tenha a mesma
polaridade, aditiva ou subtrativa.

Ligações:

A Figura 1 mostra a ligação em estrela (Y) e em triângulo ou delta (∆), que pode ser feita no
lado primário ou secundário do transformador. Os pontos pretos indicam as polaridades dos
transformadores.

Figura 1: Ligações em estrela (Y) e em triângulo ou delta (∆) dos enrolamentos dos transformadores
monofásicos.

Para se analisar os transformadores trifásicos é preciso destacar que nos circuitos trifásicos
usa-se as designações:

1. Tensões de fase ( ) que são as tensões sobre os enrolamentos e correntes de fase ( ) que
são as correntes que circulam sobre os enrolamentos ou sobre as cargas.
2. Tensões de linha ou fase – fase ( ) são as tensões sobre os terminais extremos das bobinas e
correntes de linha ( ) que são as correntes que saem das bobinas.

As ligações dos enrolamentos do primário e do secundário de um transformador trifásico ou


banco trifásico, podem ser em estrela (Y) ou triângulo (∆-delta). Assim na prática, podemos ter
quatro tipos de ligações:
 Triângulo/Estrela: para tensões primárias senoidais balanceadas e defasadas entre si de 120°,
as tensões no secundário são também senoidais e estão defasadas com relação às tensões no
primário (defasamento de 30°/adiantado).
 Estrela/Triângulo: Para tensões primárias senoidais balanceadas e defasadas entre si de 120°,
as tensões no secundário são também senoidais e estão defasadas das tensões no primário
(defasamento de 30°/atrasado).
 Triângulo/Triângulo: para tensões primárias senoidais balanceadas e defasadas entre si de
120°, as tensões no secundário são também senoidais e estão em fase com as tensões no

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primário (defasamento de 0°). A ligação em delta elimina a componente de sequência zero
das correntes (componentes CC) e harmônicas múltiplas de 3.
 Estrela/Estrela: para tensões primárias senoidais balanceadas e defasadas entre si de 120°, as
tensões no secundário são também senoidais e estão em fase com as tensões no primário
(defasamento de 0°).

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Ligação e a polaridade
A Figura 2 representa três transformadores monofásicos que serão ligados em Y e em ∆.

times
Figura 2: Três transformadores monofásicos com as suas respectivas polaridades.

Ao fazer a ligação em Y deve-se tomar cuidado para assegurar que os terminais H1, de
polaridade positiva, sejam ligados à rede, enquanto os terminais H 2 de cada transformador são
ligados num ponto comum (N), como mostra a Figura 3.

Figura 3: Ligação de três transformadores monofásicos em Y.


Outra maneira de se conectar os enrolamentos primários e secundários dos transformadores é
a ligação triângulo, apresentada na Figura 4. Da teoria dos circuitos trifásicos, verifica-se que as
tensões de linha e de fase serão idênticas e estarão deslocadas em fase, como indicado na figura. O
voltímetro que está na figura tem a finalidade de garantir que as ligações estão corretas e não há
inversão de polaridades.

Figura 4: a) ligação de três transformadores monofásicos em ∆ e b) o diagrama fasorial.

Somente quando a leitura do voltímetro for zero é que ele será retirado do circuito e realizado
a conexão que fechará o triângulo.

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Prática 17- Ligação Trifásica de Transformadores Monofásicos

Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
1) Faça a relação entre espiras para um determinado transformador (relação de transformação).
A relação entre espiras deverá ser a mesma para cada transformador:

.
2) Ligações trifásicas:
 é a tensão medida de polaridade a polaridade no primário do transformador
(tensão de linha do primário).
 é a tensão medida na bobina do transformador do primário (tensão de fase do
primário).
 é a tensão medida na bobina do transformador do secundário. (tensão de fase do
secundário)
 é a tensão medida de polaridade a polaridade no secundário do transformador
(tensão de linha do secundário).

2.1) Ligação trifásica Y-Y:

Figura 2: Ligação trifásica Y-Y.


a)
YY
Medidos
Calculados
b) Verifique as relações entre a tensão de linha do primário e tensão de fase do primário.
c) Verifique a relação entre a tensão de linha do secundário e tensão de fase do secundário.

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2.2) Ligação ∆-∆:

Figura 3: Ligação trifásica ∆-∆.


a)
∆-∆
Medidos
Calculados

b) Verifique as relações entre a tensão de linha do primário e tensão de fase do primário.

c) Verifique a relação entre a tensão de linha do secundário e tensão de fase do secundário.

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2.3) Ligação ∆-Y:

Figura 4: Ligação trifásica ∆-Y.

∆-Y
Medidos
Calculados

b) Verifique as relações entre a tensão de linha do primário e tensão de fase do primário.

c) Verifique a relação entre a tensão de linha do secundário e tensão de fase do secundário.

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2.4) Ligação Y-∆:

Figura 5: Ligação trifásica Y-∆.

a)
Y-∆
Medidos
Calculados

b) Verifique as relações entre a tensão de linha do primário e tensão de fase do primário.

c) Verifique a relação entre a tensão de linha do secundário e tensão de fase do secundário.

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Aula 18: Medição de Potência Ativa com Wattímetro
Objetivo
1) Medir a potência ativa de um circuito.

Teoria
Existem instrumentos capazes de medir a potência fornecida por uma fonte a um elemento
dissipativo. O instrumento pode ser visto na Figura 1.

Figura 1: Wattímetro.

Como a potência é uma função dos valores de tensão e corrente, quatro terminais devem ser
conectados, conforme mostra a Figura 2, para medir a potência no resistor.

Figura 2: Conexão de um wattímetro.

Os terminais de corrente estão em série com o ramo do circuito a ser medido e os terminais de
tensão em paralelo com o ramo a ser medido, conforme as Figuras 2 a) e b). Se as conexões das
bobinas de corrente (BC) e as das bobinas de tensão (BT) do wattímetro forem conforme as Figuras
2 a) e b), observamos uma deflexão do ponteiro no sentido crescente da escala. Se uma das bobinas
estiver com ligação contrária, ocorrerá deflexão do ponteiro do sentido contrário.

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Observe que o wattímetro possui duas escalas de leituras, cada uma corresponde a um
determinado valor de escala da corrente. Os valores da escala de corrente são: 0,5, 1,0, 2,5, 5,0
ampères. Além disso, possui três tabelas de leituras para as combinações de escalas de correntes e de
tensões.
Quando se usa a escala de corrente com 0,5 ou 2,5 ampère, a leitura deve ser feita com a
escala inferior. Caso a escala de corrente seja 1,0 ou 5,0 ampères, a leitura deve ser feita com a
escala superior. Observa-se o valor de escala da tensão utilizada, combinada com o valor de escala de
corrente, para que se possa obter o valor correto de potência por meio da tabela apresentada pelo
wattímetro, conforme a Tabela 1.

Tabela 1
(inferior) 0,5 - 1,0 A (superior) Tensão (V) (inferior) 2,5 - 5,0 A (superior)
X 0,1 12 X 0,5
X 0,2 24 X 1,0
X 0,4 48 X 2,0
X 1,0 120 X 5,0
X 2,0 240 X 10,0
X 4,0 480 X 20,0

O valor de potência é dado da seguinte forma:


1) Utilizou a escala de corrente de 1,0 A, por isso a leitura do wattímetro deve ser feita na
escala superior.
2) Se a escala de tensão ajustada foi a de 220 V, multiplica-se a leitura do wattímetro por 2,
conforme a Tabela 1.

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Prática 18

Material experimental:
 Varivolt
 Wattímetro;
 1 resistores: 47 Ω/10 W
 1 capacitor: 20 µF, 25 µF ou 30 µF conforme o módulo.

1) Monte o circuito monofásico e aplique a tensão de 12 VCA.:

Tensão/Corrente 0,5 A 1,0 A 2,5 A 5,0 A


24 V
48 V
120 V
220 V
480 V

2) Monte o circuito RC em série com o resistor de 47 Ω e o capacitor do módulo µF, conforme


figura abaixo. A fonte de tensão aplicada será a tensão entre duas saídas na baixa tensão do
transformador trifásico, ou seja, a tensão de linha do transformador trifásico.

3) Preencha a tabela abaixo com as seguintes medidas de potência para cada escala de tensão e
corrente.
Tabela com os valores de potências ativas para várias escalas.
Tensão/Corrente 0,5 A 1,0 A 2,5 A 5,0 A
24 V
48 V
120 V
220 V
480 V

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Aula 19: Ligação Trifásica Estrela Equilibrada a 4 Fios
Objetivos
1) Montar e analisar um circuito trifásico e suas condições de equilíbrio.
2) Determinar e medir as correntes de linha e de fase e tensões de linha e de fase.
3) Determinar e medir a potência total trifásica a partir do método dos dois wattímetros.

Teoria
Para alimentar a carga trifásica em estrela equilibrada é necessário montar um banco trifásico
a partir de transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores monofásicos devem ser
Y-Y. (pois as tensões de saídas serão menores. A ligação Y-∆ é necessária porque os módulos de
resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5 W e 10 W respectivamente.)

Procedimentos:
A carga conectada em estrela a 4 fios, mostrado na Figura 1, irá receber a tensão de saída do
banco trifásico conectado em Y-Y. A impedância Z = 47 – jXc Ω. O valor jXc corresponde aos
capacitores de 20µF ou 25µF ou 30µF.

Figura 1: Carga em Y equilibrada.

Em que EL é a tensão de linha da saída do banco trifásico (medida de polaridade a


polaridade), VØ é a tensão de fase e IØL é a corrente de fase para uma dada corrente de linha (I L). A
corrente do neutro está representada por IN.

Pede-se:
a) A impedância total Z de cada fase.

b) As correntes de fase , , e .

c) As correntes de linha , e .

d) As potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S), por fase e total.

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Prática 19
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve ser a
mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro;
 Wattímetro;
 3 resistores: 47 Ω/10 W;
 3 capacitores: 20 µF ou 25 µF ou 30 µF. (conforme o módulo).
1) Monte o banco trifásico Y-Y a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga equilibrada em Y:

3) Mantenha um canal do osciloscópio mostrando a forma de onda VaN (referência) e com o


outro canal visualize as formas de onda das tensões sobre os resistores e meça os ângulos de
fase das correntes, , , .

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4) Resultados:
Valores I AN IBN ICN
Calculados

Medidos

Valores PFA PFB PFC PT PT


(2 wattímetros)
Calculados

Medidos

5) Meça com o wattímetro as potências ativas por fase P FA, PFB, PFC.

6) Calcule a potência ativa total utilizando as potências medidas por fase.

7) Meça a potência ativa total, utilizando o método dos dois wattímetros.

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Aula 20: Ligação Trifásica Estrela Desequilibrada a 4 Fios
Objetivo
1) Montar e analisar um circuito trifásico e suas condições de equilíbrio.
2) Determinar e medir as correntes de linha e de fase.

Teoria
Para alimentar a carga trifásica em estrela desequilibrada a 4 fios é necessário montar um
banco trifásico a partir de transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores
monofásicos devem ser Y-∆, pois as tensões de saídas serão menores. A ligação Y-∆ é necessária
porque os módulos de resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5 W e 10 W
respectivamente. Para cargas desequilibradas deve-se conectar um neutro em um lado da bobina sem
polaridade do Y do banco trifásico de transformadores monofásicos.

Procedimentos:
Seja uma carga conectada em estrela a 4 fios, mostrada na Figura 1, irá receber a tensão de
saída do banco trifásico conectado em Y-∆. A impedância Z1 = 150 + 47 - 132,63j Ω, Z2 = 47 -
132,63j Ω e Z3 = 47 + 150 +150 - 132,63j Ω. O valor 132,63j corresponde ao capacitor de 20µF e os
valores de 47 e 150 são os resistores.

Figura 1: Carga em Y desequilibrada.

Em que EL é a tensão de linha da saída do banco trifásico (medida de polaridade a


polaridade), VØ1, VØ2 e VØ3 são as tensões de fases e IØL1, IØL1 e IØL3 são as correntes de fases para as
correspondentes correntes de linhas (IL1, IL2 e IL3). A corrente do neutro está representada por I N.

Pede-se:
a) A impedância total Z de cada fase.
b) As correntes de fase , , e .
c) As correntes de linha , e .
d) As potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S), por fase e total.

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Prática 20
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 47 Ω/10 W e 150Ω/5 W;
 Capacitores: 20 µF.
1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga desequilibrada em Y:

3) Mantenha um canal do osciloscópio mostrando a forma de onda VaN (referência) e com o


outro canal visualize a formas de onda das tensões sobre os resistores e meça os ângulos de
fase das correntes, , , .
4) Resultados:
Valores I AN IBN ICN
Calculados
Medidos
Valores PFA PFB PFC PT
Calculados
Medidos
5) Meça com o wattímetro as potências ativas por fase P FA, PFB, PFC.

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Aula 21: Ligação Trifásica Estrela Desequilibrada a 3 Fios
Objetivo
1) Calcular e medir a tensão de deslocamento de neutro ( ).
2) Determinar e medir as correntes de linha e de fase.

Teoria
Para alimentar a carga trifásica em estrela desequilibrada a 3 fios é necessário montar um
banco trifásico a partir de transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores
monofásicos devem ser Y-∆, pois as tensões de saídas serão menores. A ligação Y-∆ é necessária
porque os módulos de resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5 W e 10 W
respectivamente. Para cargas desequilibradas deve-se conectar um neutro em um lado da bobina sem
polaridade do Y do banco trifásico de transformadores monofásicos.
Procedimentos:
Seja uma carga conectada em estrela a 3 fios, mostrada na Figura 1, irá receber a tensão de
saída do banco trifásico conectado em Y-∆. A impedância Z1 = 150 + 47 - 132,63j Ω, Z2 = 47 -
132,63j Ω e Z3 = 47 + 150 +150 - 132,63j Ω. O valor 132,63j corresponde ao capacitor de 20µF e os
valores de 47 e 150 são os resistores.

Figura 1: Carga em Y desequilibrada.

Em que EL é a tensão de linha da saída do banco trifásico (medida de polaridade a


polaridade), VØ1, VØ2 e VØ3 são as tensões de fases e IØL1, IØL2 e IØL3 são as correntes de fases para as
correspondentes correntes de linhas (IL1, IL2 e IL1).
As correntes de fase para uma carga desequilibrada em Y a 3 fios são dadas por:

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Pede-se:
a) A impedância total Z de cada fase.

b) As correntes de fase , , e .

c) As correntes de linha , e .

d) As potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S), por fase e total.

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Prática 21
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 47 Ω/10 W e 150 Ω/5 W;
 Capacitores: 20 µF.

1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga desequilibrada em Y:

3) Resultados:
Valores
Calculados
Medidos

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Aula 22: Ligação Trifásica Triângulo Equilibrado
Objetivo
1) Montar e analisar uma ligação triângulo e suas condições de equilíbrio.
2) Determinar e medir as correntes de linha; de fase e tensões de linha e fase.
3) Determinar e medir a potência total trifásica.

Teoria
Para alimentar a carga trifásica em triângulo (delta) e equilibrado é necessário montar um
banco trifásico a partir de transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores
monofásicos devem ser Y-∆. pois as tensões de saídas serão menores. A ligação Y-∆ é necessária
porque os módulos de resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5 W e 10 W
respectivamente.

Procedimentos:

Seja uma carga conectada em delta, mostrada na Figura 1, irá receber a tensão de saída do
banco trifásico conectado em Y-∆. A impedância Z1, Z2, Z3 = 47 - Xcj Ω. Os valores Xcj
correspondem aos capacitores de 20µF ou 25 µF ou 30 µF de cada módulo.

Figura 1: Carga conectada em ∆ equilibrada.

VL é o módulo da tensão de linha (medida de polaridade a polaridade da saída do banco trifásico),


Vca, Vab e Vbc são as tensões de fase. Ica, Iab e Ibc são as correntes de fases. IAa, IBb e ICc são as
correntes de linhas.

Pede-se:
a) A impedância total Z de cada fase.

b) As correntes de fase , , .

c) As correntes de linha , e .

d) As potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S), por fase e total.

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Prática 22
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 47 Ω/10 W;
 3 capacitores: 20 µF, ou 25µF ou 30 µF. (conforme o módulo)
1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga equilibrada em ∆:

3) Resultados: preencha a tabela abaixo:


Valores
Calculados
Medidos
Valores PFA PFB PFC PT
Calculados
Medidos
4) Meça com o wattímetro as potências ativas por fase P FA, PFB, PFC.
Meça a potência ativa total PT [W] pelo método dos 02 wattímetros da aula 24.

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Aula 23: Ligação Trifásica Triângulo Desequilibrado
Objetivo
1) Identificar uma ligação triângulo.
2) Determinar e medir as correntes de linha e de fase.

Teoria
Para alimentar a carga trifásica em triângulo (delta) desequilibrado é necessário montar um
banco trifásico a partir de transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores
monofásicos devem ser Y-∆, pois as tensões de saídas serão menores. A ligação Y-∆ é necessária
porque os módulos de resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5 W e 10 W
respectivamente. Para cargas desequilibradas deve-se conectar um neutro em um lado da bobina sem
polaridade do Y do banco trifásico de transformadores monofásicos.

Procedimentos:
Seja uma carga conectada em delta, mostrada na Figura 1, irá receber a tensão de saída do
banco trifásico conectado em Y-∆. A impe ância Z1 = 150 - Xcj Ω, Z2 = 47 - Xcj Ω e Z3 = 47
- Xcj Ω. Os valores Xcj correspondem aos capacitores de 20µF ou 25 µF ou 30 µF de cada módulo.

Figura 1: Carga conectada em ∆ desequilibrada.

Em que VL é o módulo da tensão de linha (medida de polaridade a polaridade da saída do


banco trifásico), Vca, Vab e Vbc são as tensões de fases. Ica, Iab e Ibc são as correntes de fases. IAa, IBb e
ICc são as correntes de linhas

Pede-se:
a) A impedância total Z de cada fase.
b) As correntes de fase , ,
c) As correntes de linha , e .
d) As potências ativa (P), reativa (Q) e aparente (S), por fase e total.

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Prática 23
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 3 resistores 47 Ω/10 W e 1 resistor 150 Ω/5 W;
 Capacitores: 20 µF; 25 µF e 30 µF.

1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga desequilibrada em ∆:

3) Resultados: preencha a tabela abaixo:


Valores
Calculados
Medidos
Valores PFA PFB PFC PT
Calculados
Medidos
4) Meça com o wattímetro as potências ativas por fase P FA, PFB, PFC.
5) Meça a potência ativa total PT [W] pelo método dos 02 wattímetros da aula 24.

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Aula 24: Medição de Potência Ativa Total Trifásica pelo
Método dos Dois Wattímetros: Carga Desequilibrada ou
Equilibrada
Objetivo
1) Determinar a potência total do circuito trifásico com carga em ∆ e Y.

Teoria
Este método é aplicado para ligações trifásicas a três fios, com cargas Y ou ∆ equilibradas ou
não. As conexões para o uso do método dos dois wattímetros podem ser de duas formas, conforme
são mostradas nas Figuras 1 a) e b).

Figura 1: Método dos dois wattímetros conectados com uma carga em Y ou ∆.

Um dos terminais de cada bobina de tensão dos wattímetros é conectado na mesma linha. As
bobinas de corrente são conectadas nas outras duas linhas. A potência total fornecida à carga é a
soma algébrica das leituras dos dois wattímetros.
Para alimentar a carga trifásica em triângulo é necessário montar um banco trifásico a partir de
transformadores monofásicos. As conexões dos transformadores monofásicos devem ser Y-∆ ou Y-
Y, pois as tensões de saídas ∆ para alimentar a carga trifásica serão menores. A ligação Y-∆ é
necessária porque os módulos de resistores de 150 Ω e 47 Ω não suportam uma potência superior a 5
W e 10 W respectivamente. Para cargas desequilibradas deve-se conectar um neutro em um lado da
bobina sem polaridade do Y do banco trifásico de transformadores monofásicos.

Procedimentos:
O método para determinar se a potência total é a soma ou a diferença das leituras dos dois
wattímetros envolve um teste muito simples. Para aplicá-lo, é preciso que os dois wattímetros
estejam indicando leituras positivas. Se a indicação de um wattímetro (ou de ambos) for negativa,
basta inverter as conexões da bobina de corrente. Para realizar o teste proceda da seguinte maneira:
1. Verifique qual das três linhas não tem uma bobina de corrente ligada em série.
2. Desligue o fio da bobina de tensão do wattímetro de menor leitura que está ligado à linha que
não possui uma bobina de corrente conectada.
3. Encoste o fio desligado no item (2) na linha à qual está ligada a bobina de corrente do
wattímetro de maior leitura.
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4. Se a leitura for negativa (menor que zero watt), a potência total é a diferença entre as leituras dos
dois wattímetros; se a leitura for positiva, a potência total é a soma das duas leituras.
A Figura 2 mostra o método dos dois wattímetros conectado a uma carga ∆ desequilibrada.
Em que VL é a saída de tensão do banco trifásico Y- ∆, medida de polaridade a polaridade. A
tensão VL alimentará a carga em ∆ desequilibrada.

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Prática 24
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 47 Ω/10 W e 150Ω/5 W.
1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga equilibrada em Y.


Em que VL é a saída de tensão do banco trifásico Y- ∆, medida de polaridade a
polaridade. A tensão VF alimentará a carga em Y equilibrada.

Z1 = Z2 = Z3 = (47 + 150) 
Tensões de fase: Ean = EF0°;
Ebn =EF-120°; Ecn= EF+120.°

3) Resultados: preencha a tabela abaixo:


Valores . . . . . .
PFa PFb PFc PT
Ian Ibn Icn V an V bn V cn
Calculados
Medidos
Valores
Calculados Não tem Não tem calculado
calculado
Medidos

101
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4) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga desequilibrada em
Y. Em que VL é a saída de tensão do banco trifásico Y- ∆, medida de polaridade a
polaridade. A tensão VF alimentará a carga em Y desequilibrada.

Z1 = 150 
Z2 = Z3 = (47 + 150) 
Tensões de fase: Ean = EF0°;
Ebn =EF-120°; Ecn= EF+120.°

5) Resultados: preencha a tabela abaixo:

Valores . . . . . .
PFa PFb PFc PT
Ian Ibn Icn V an V bn V cn
Calculados
Medidos
Valores
Calculados Não tem calculado Não tem calculado
Medidos

102
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Aula 25: Medição de Potência Ativa Total Trifásica pelo
Método dos Três Wattímetros: Carga Equilibrada e
Desequilibrada
Objetivo
1) Determinar a potência total do circuito trifásico com carga em ∆ e Y.

Procedimento:
A potência fornecida a uma carga em Y, equilibrada ou não, através de um sistema de quatro
fios pode ser medida pelo método dos três wattímetros, isto é, usando três wattímetros conectados
cada um em uma carga, conforme a Figura 1. Cada wattímetro mede a potência fornecida a uma das
fases da carga. As bobinas de tensão do wattímetros são conectadas em paralelo com a carga,
enquanto as bobinas de corrente são conectadas em série. A potência média total do sistema pode ser
determinada somando as leituras dos três wattímetros:
.

Figura 1: Método dos três wattímetros. Carga em Y equilibrada ou desequilibrada.

No caso de uma carga em ∆ (equilibrada ou não), os wattímetros são conectados conforme


mostra a Figura 2. A potência total é novamente a soma das leituras dos três wattímetros:
.

Figura 2: Método dos três wattímetros. Carga em ∆ equilibrada ou desequilibrada.

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Prática 25
Material experimental:
 3 transformadores monofásicos idênticos (tensão nominal e potência aparente nominal deve
ser a mesma entre todos os transformadores);
 Multímetro.
 Wattímetro.
 Resistores: 47 Ω/10 W e 150Ω/5 W;

1) Monte o banco trifásico Y-∆ a partir de transformadores monofásicos:

2) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga equilibrada em Y,


mostrada na Figura 1. Em que VL é a saída de tensão do banco trifásico Y- ∆, medida de
polaridade a polaridade (tensão de linha). A tensão VF alimentará a carga em Y equilibrada.
Os valores devem ser anotados na Tabela 1.
Z1 = Z2 = Z3 = (47 + 150) 

Tensões de fase: Ean = EF0°;

Ebn =EF-120°; Ecn= EF+120.°

Figura 1: Carga equilibrada em Y.


Tabela 1: carga equilibrada Y
Valores . . . . . . PFa PFb PFc PT
Ian Ibn Icn V an V bn V cn
Calculados
Medidos
Valores
Calculados Não tem calculado Não tem calculado

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3) Com as saídas do banco trifásico de transformadores alimente a carga desequilibrada em ∆.
Em que VL é a saída de tensão do banco trifásico Y- ∆, medida de polaridade a polaridade
(tensão de linha). A tensão VL alimentará a carga em ∆ desequilibrada. Os valores devem ser
anotados na Tabela 2.

Z1 = 150 

Z2 = Z3 = (47 + 150) 

Tensões de fase: Eab = EL0°;

Ebc = EL-120°; Eca = EL+120.°

Figura 2: Carga desequilibrada em ∆.

Tabela 2: carga desequilibrada ∆.


Valores PFab PFbc PFca PT
Calculados
Medidos
Valores
Calculados
Medidos

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Aula 26: Instalações Elétricas Prediais
Lâmpadas e Tomadas
Objetivo
1) Entender os princípios gerais da geração, transmissão e distribuição da energia elétrica
2) Conhecer os princípios técnicos de elaboração de instalações elétricas prediais de pequeno e
médio portes.
3) Elaborar ligações elétricas de lâmpadas fluorescentes, lâmpadas incandescentes e tomadas,
observando os critérios técnicos e de segurança.

Teoria

Na instalações elétricas prediais as cargas elétricas são ligadas em paralelo.


Para a alimentação dessas cargas elétricas devem ser observados os quatros tipos de
condutores que constituem as instalações elétricas: proteção (terra), neutro, fases e retorno.
O condutor de proteção (PE – Protection to earth), também denominado terra, tem a função
da proteção humana e de animais contra choques elétricos devido ao acúmulo de cargas estáticas
e/ou falha de isolação em equipamentos. A proteção é realmente efetiva desde que seja garantido que
a hastes de terra sejam instaladas corretamente (referencial de potencial nulo).
Cabe destacar que embora o condutor neutro seja aterrado junto ao padrão de entrada, deve-se
evitar o seu uso como proteção contra choques elétricos, pois nele pode circular corrente elétrica.
Lembrar que o condutor neutro nunca pode ser aterrado depois do dispositivo Diferencial Residual
(DR), que fica localizado no quadro de distribuição.
O condutor fase conduz a corrente elétrica até às cargas elétricas.que podem ser:
 Monofásicas alimentadas por um condutor fase e um condutor neutro.
 Bifásicas alimentadas por dois condutores fase.
 Trifásicas alimentadas por três condutores fase.

Ligação de lâmpadas

A instalação de várias lâmpadas monofásicas com um interruptor pode ser vista pela Figura 1.
Observe que o condutor neutro é ligado diretamente nas lâmpada e a fase é interrompida pelo
interruptor, isto é, o condutor que permanece depois do interruptor até à lâmpada é chamado de
retorno.

Figura 1: Lâmpadas conectadas com um interruptor.

106
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Identificação dos condutores.

Todo condutor deve ser identificado de acordo com a sua função. No caso de identificação
por cor, o condutor de proteção necessariamente deve ser verde-amarelo ou verde e o condutor
neutro deve ser azul claro. O condutor retorno deve ser usado como cor preta (como sugestão). Para
o condutor fase pode-se usar qualquer cor, menos a amarela, para evitar uma possível confusão com
o fio terra (verde-amarelo).

A Figura 2 mostra a identificação dos condutores em um projeto de instalações elétricas, bem


como as cores de cada condutor.

Figura 2: Identificação dos condutores. Representação por símbolos (topo) e por cores.

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Ligação de tomadas

Além das lâmpadas, outro dispositivo essencial nas instalações elétricas são as tomadas. As
tomadas podem ser: tomadas simples abolidas pela ABNT (fase + neutro) ou ( fase + fase), tomada
tipo 2P +T universal (fase + neutro + terra) e tomadas 2P+T padrão ABNT (fase + fase + terra) ou
(fase + neutro + terra) , como mostra a Figura 3, além de outras.

Figura 3: Tipos de tomadas.

A Figura 4 mostra vários interruptores e tomadas individuais ou em conjuntos.

Figura 4: Interruptores e tomadas.

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Lâmpadas incandescentes:

As lâmpadas incandescentes têm uma estrutura muito simples. Na base, existem dois contatos
de metal, que são ligados a dois fios rígidos, que são conectados ao filamento de metal fino. O
filamento fica no meio da lâmpada, protegido por uma cápsula de vidro. Os fios e o filamento estão
dentro da lâmpada de vidro, que é cheia de gás inerte (impede a combustão interna da lâmpada),
como o argônio ou vácuo.

Quando a lâmpada é ligada a um sistema de energia, uma corrente elétrica flui de um contato
para o outro, passando pelos fios e pelo filamento. Como os elétrons movem-se rapidamente através
do filamento, eles estão constantemente batendo nos átomos que compõem o filamento. A energia de
cada impacto faz um átomo vibrar, ou seja, a corrente aquece o átomo. Assim, o aquecimento
provoca a emissão de luz pela lâmpada.

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Prática 26

Material experimental:
 Módulos de lâmpadas incandescentes, tomadas e módulos de lâmpadas fluorescentes;
 Multímetro.
26) A - Ligação de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes compactas (um tipo de
lâmpada fluorescente) com interruptores simples.

São usados quando desejamos comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de apenas um
local. Possuem dois terminais nos quais serão ligados a fase e retorno para as lâmpadas.

 Ligação de uma lâmpada comandada por um interruptor simples:

 Ligação de mais de uma lâmpada comandada por um interruptor simples:

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26) B - Ligação de Lâmpada Incandescente ou fluorescentes compactas com Interruptores
Simples + Tomada

Esquema Funcional

Fase - F
Rede 127 V
Neutro - N

Proteção PE

Retorno
Lâmpada Incandescente
(vista de frente) (vista de trás)
Interruptor + tomada (2P + PE)

26) C - Interruptores Paralelos ou Three-Way

São usados quando desejamos comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de dois locais
diferentes. Possuem três terminais, sendo que um deles é denominado comum, no qual será ligada a
fase, ou retorno para as lâmpadas

Esquema Funcional

Fase-F
Rede 127 V
Neutro-N

Proteção - PE Retornos paralelos

Retorno

Incandescente

Interruptores paralelos
(vista de trás)

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26) D - Interruptores Intermediário ou Four – Way

Ligação de lâmpada comandada por três ou mais pontos de interruptores (interruptores paralelos
+ interruptor intermediário):

Fase-F
Rede 127 V
Neutro-N
PE
Retornos paralelos

Retorno

Incandescente

Interruptores paralelos
(vista de trás)

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Lâmpadas Fluorescentes

É uma lâmpada de descarga,


Lâmpadas de descarga são aquelas nas quais a luz é produzida pela passagem da corrente elétrica em
um gás ou vapor metálico ionizado criando um arco elétrico. O fluxo de elétrons no arco ao chocar-
se com a pintura fluorescente ou cristais de fósforos (phósphor) no interior do tubo, emite luz visível.
São mais eficientes do que as lâmpadas incandescentes, portanto, o seu uso permite reduzir o
consumo de energia e ainda ter mais luz.

Tipos:

Fluorescentes compactas

Lâmpadas fluorescentes tubulares: partida rápida ou partida convencional com starter ´


(antigas - não compactas).

As lâmpadas fluorescentes são compostas de bulbo (tubo), bases (bipino ou DCE – Duplo
Contato Embutido), cátodos (filamentos ou eletrodos de tungstênio), estemes (extremidades das
lâmpadas que suportam os cátodos), vapor de mercúrio, gás de enchimento (alta pureza, em geral
orgânico), camada de pó fluorescente (chamado de luminóforo, conhecido como fósforo).
A estrutura interna de uma lâmpada fluorescente pode ser vista na Figura 5, bem como os
componentes que ligam as lâmpadas.

Figura 5: Estrutura de ligação de uma lâmpada fluorescente.

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A Figura 6 mostra dois tipos de circuitos de lâmpadas fluorescentes com partidas convencionais.

Figura 6

Outro tipo de circuito de lâmpada fluorescente é mostrado na Figura 7. Esse circuito é


conhecido como circuito de partida rápida, que é caracterizado pela ausência do starter.

Figura 7: Circuito de lâmpada fluorescente de partida rápida.

INSTALAÇÃO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES

Notas:

1. A lâmpada fluorescente é a mesma, tanto para 127V ou 220V. O reator que é fabricado para
127V ou 220V, conforme a necessidade.
2. No reator, vem gravadas todas as informações necessárias para a instalação, tais como: tensão,
corrente, nº de lâmpadas, potência e esquema de ligações.
3. Para o bom funcionamento das lâmpadas, é necessário que se aterre a carcaça do reator
juntamente com luminária.

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26) E - Interruptores Simples + Tomada

Esquema Funcional

Fase -F
Rede 127V
Neutro -N
Proteção PE

REATOR
40W 127V
convencional

Lâmpada Fluorescente
Interruptor + tomada
(vista de frente) (vista de trás) S

Starter

26) F - Interruptores Paralelos ou Three-Way (Três Caminhos ou três vias)

São usados quando desejamos comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas de dois lugares
diferentes. Possuem três terminais, sendo que um deles é denominado comum, no qual será ligada a
fase, ou retorno para as lâmpadas.

Fase-F
Rede 127V
Neutro-N

Proteção - PE
REATOR
1x 40W /127V
Partida rápida

Fluorescente

Interruptores paralelos
(vista de trás)

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26) G - Interruptores Intermediário ou Four - Way ( Quatro Caminhos ou quatro vias)

É utilizado, quando desejamos comandar uma lâmpada, ou grupo de lâmpadas de três ou mais
lugares diferentes. Pode-se usar qualquer número de interrutores intermediários, mas eles devem
estar sempre entre dois interruptores paralelos, daí serem denominados intermediários. Possuem
quatro contatos.

Fase-F
Rede 127 V
Neutro-N
PE

Interruptor intermediário REATOR


1 x 40W 127V
Partida rápida

Fluorescente

Interruptores paralelos (vista de trás)

Bibliografia

CAVALIN Geraldo & CERVELIN Severino. Instalações Elétricas Prediais –


3ª edição - Érica - 2002

116
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Aula 27: Acionamentos e Comandos Elétricos
Objetivos
1) Familiarização com dispositivos e chaves de comando à distância, com possibilidade de
efetuar acionamentos sequenciais pré-determinados ou deslocados em relação ao tempo.
2) Montar diagramas de comando e força.

Teoria:
Os sistemas automatizados são em geral constituídos de dispositivos elétricos que recebem os
sinais de comando de circuitos elétricos e/ou eletrônicos, acionando as máquinas elétricas e outros
equipamentos elétricos. Os acionamentos são constituídos por dispositivos de manobra, comando,
sinalização e proteção.
Por definição os comandos elétricos têm por finalidade a manobra de motores elétricos que
são os elementos finais de potência em um circuito automatizado.
Em comandos elétricos trabalha-se bastante com um elemento simples que é o contato. A
partir do mesmo, forma-se toda a lógica de um circuito, sendo, também ele que permite ou não a
circulação de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos:
1) Contato normalmente aberto (NA): na posição de repouso esta aberto, portanto não há
passagem de corrente elétrica e nesta condição a carga não será acionada.

Figura 1: Contato normalmente aberto.

2) Contato normalmente fechado (NF): posição de repouso esta fechado, portanto há passagem de
corrente elétrica, e nesta condição a carga será acionada.

Figura 2: Contato normalmente fechado.

Os contatos NA e NF mudam de estado, fecham e abrem respectivamente, quando o


mecanismo do elemento que contém os contatos for ativado, ou seja, enquanto circular corrente pela
bobina de um relé ou contator, ou quanto a pressão nos pressostatos, temperatura (nos termostatos),
vazão (nos fluxostatos), atingirem um valor pré-ajustado. Os contatos permanecerão nessas posições
enquanto houver excitação.

117
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Tipos de circuitos dos acionamentos elétricos:

1) Circuito de força, de potência ou principal, geralmente trifásico, alimenta a carga principal, a


qual requer corrente elevada, exigindo, portanto condutores com grandes bitolas e chave
liga/desliga capaz de interromper essa alta corrente;
2) Circuito de comando, que apresenta baixo nível de corrente, portanto requerendo condutores
finos e chave liga/desliga para interrupção de pequenas correntes. A carga do circuito de
comando é a bobina que aciona o mecanismo que permite que chaves liguem ou desliguem,
isto é, mudem de estado.
3) Circuito de sinalização que fornece indicações e informações (usualmente luminosas ou
sonoras) sobre o estado do circuito principal, por exemplo, se está operando ou não, se há
defeito (ex. sobrecarga ou não), etc. As cargas dos circuitos de sinalização são, usualmente,
lâmpadas ou alarmes sonoros, requerendo condutores finos e chave liga/desliga para
interrupção de baixas correntes
Esses três tipos de circuitos são completamente independentes do ponto de vista de
constituição física, podendo inclusive utilizar fontes independentes. Porém, há uma relação funcional
entre eles, que é a seguinte: o circuito de comando se destina para acionar o circuito de potência e o
circuito de sinalização presta informações sobre a operação do circuito de potência.

Principais elementos utilizados em acionamentos elétricos:

 Dispositivos de manobra de comando à distância.

1) Relés: são os elementos fundamentais de manobra de cargas elétricas, pois permitem a


combinação de lógicas no comando, bem como a separação dos circuitos de potência e comando.
Os terminais (1) e (2) correspondem a bobina de excitação sendo ligado neles o circuito de
comando do relé.. O terminal (3) é o de entrada, e os terminais (4) e (5) correspondem aos contatos
normalmente fechado (NF) e normalmente aberto (NA), respectivamente, sendo ligado neles o
circuito principal ou de potência que alimenta à carga. Ver figura 3.

Figura 3: Diagrama esquemático de um relé.

118
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2) Contator: é um dispositivo eletromecânico de comando à distância, com uma única posição
de repouso e sem travamento. Para fins didáticos podem-se considerar os contatores como relés
expandidos, pois o principio de funcionamento é similar, Figura 4. Os terminais (A1) e (A2)
correspondem a bobina de excitação (circuito de comando). Os terminais (1), (3) e (5) são as
entradas dos circuito principal e devem ser ligados na rede (fonte), e os terminais (2), (4) e (6) são
as saídas do circuito principal e devem ser ligados na carga.

Figura 4 – Diagrama esquemático de um contator com três contatos principais.

Os Contatores podem ser subdivididos em dois grupos: contator principal e contator auxiliar.
São representados pela letra “K”.

a) Contatores principais - São mais robustos e suportam maiores correntes que dependem da
potência elétrica da carga que será acionada. Quanto maior a potência da carga acionada,
maior será a corrente nos contatos. .
Além dos contatos principais pode ter, também, contatos auxiliares capazes de conduzir
correntes mais baixas que, normalmente, são utilizados nos circuitos de comando e
sinalização. A Figura 5 é a representação através do símbolo de um contator principal com
três contatos principais NA (1-2, 3-4, 5-6) e dois contatos auxiliares NA(13-14) e NF(21-22).

Figura 5: Representação de contator principal pelo seu símbolo.

119
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b) Contatores auxiliares - São utilizados para sinalizações e comandos de vários motores.
Possuem contatos auxiliares NF (normalmente fechados) e NA (normalmente abertos),
como mostra a Figura 6.

Figura 6: Representação de contator auxiliar.

OBS: Podem existir vários contatores no circuito de comando e de várias configurações.


Os contatores e alguns outros dispositivos têm numerações dupla para representar os contatos
NAs e NFs, como mostra a Figura 7.

Figura 7: Identificação dos números que representam os contatos NAs e NFs.


 Dispositivos de comando.

São dispositivos utilizados nos circuitos de comando e nunca são aplicados no acionamento direto
de motores.
1) Botoeira e botão de comando - são dispositivos manuais liga e desliga, porém há o retorno
para a posição de repouso através de uma mola, ver Figura 8.

Figura 8: Esquema de um botão.

120
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2) Interruptores de 2 ou 3 posicões: são dispositivos manuais liga - desliga de posições
definidas. Quando acionados permanecem na posição liga ou desliga e necessita de novo
acionamento para desliga ou liga.

3) Termostatos: são dispositivos automáticos liga desliga cujos contatos NA e NF são


acionados em uma temperatura pré ajustada.

4) Pressostatos - São dispositivos automáticos liga desliga cujos contatos NA e NF são


acionados em uma pressão pré ajustada.

5) Chaves fim de curso - Utilizadas para controlar o deslocamento de equipamentos móveis


através de contatos NA ou NF.

6) Chaves boia - São dispositivos automáticos liga desliga cujos contatos NA e NF são
acionados em um nível de reservatório pré ajustado.

121
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7) Relés de tempo ou temporizadores - Dispositivos eletromagnéticos ou eletrônicos usados para
temporizar automaticamente a atuação de contatos elétricos NA ou NF inseridos em circuitos de
comando para acionamento temporizado de máquinas processos ou sinalização. Possuem um
contador de tempo regulável. Quando energizado o temporizador inverte o estado de seus contatos,
decorrido o intervalo de tempo pré estabelecido.

Figura 9: Representação do temporizador

 Dispositivos de Sinalização

São componentes utilizados para indicar o estado de funcionamento de uma máquina ou processo
automatizado. As informações mais comuns fornecidas através destes dispositivos são: ligado
(serviço); desligado; falha; defeito; valores de grandezas monitoradas em processos ( temperatura
desejada, de referência ou set - point, pressão máxima, nível mínimo, vazão etc.). Tais dispositivos
podem ser luminosos (indicador visual) ou sonoros (indicador auditivo, acústicos). Figuras 10 a) e 10
b).

Figura 10: Símbolos: a) indicador visual e b) indicador acústico.


Os indicadores visuais são os mais utilizados devido à simplicidade, eficiência (na indicação) e baixo
custo. São fornecidos com lâmpadas ou LEDs. As cores indicadas na Tabela 1, são recomendadas.
Tabela 1: Estado do indicador visual.
Estado Cor
Ligado Vermelho
Desligado Verde
Falha Amarelo

122
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 Dispositivos de Proteção.

Fusíveis - São elementos que se destinam à proteção contra correntes de sobrecarga e/ou curto
circuito. Entende-se por esta última, aquela provocada pela falha de montagem do sistema, o que
leva a impedância em determinado ponto a um valor quase nulo, causando assim um acréscimo
significativo no valor da corrente. Sua atuação deve-se a fusão de um elemento pelo efeito Joule,
provocado pela súbita elevação de corrente em determinado circuito.

1) Fusível “Dz” (diazed): são usados em acionamentos elétricos de baixa potência.


Nos circuitos de alimentação de motores deve-se utilizar os fusíveis de ação retardada e e nos
circuitos em geral de ação rápida.

Figura 11: a) Fusível Dz – b) Acessórios de Fixação.


A Figura 11 a) mostra o fusível sem a parte de encaixe no acionamento, enquanto a Figura 11 b)
mostra o fusível e os acessórios para fixação (base fusível, anel de proteção, parafuso de ajuste).

2) Fusível NEOZED - São fusíveis de dimensões menores e com características de retardo na


atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e circuitos de comando.

Figura 12: a) Fusível Neozed – b) Acessórios de Fixação.

123
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3) Fusível SILIZED e SITOR - São ultra rápidos e portanto ideais para proteção de aparelhos
eletrônicos (tiristores e diodos) em retificadores e diodos.

a) b)

Figura 13: a) Fusível SILIZED e acessórios de fixação b) Fusível SITOR

4) Fusível NH - Os fusíveis NH são aplicados na proteção de sobrecorrentes de curto circuito em


instalações elétricas industriais de alta potência. Podem ser rápidos ou retardados.

Figura 14: Fusível NH

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5) Relé de sobrecarga ou térmico:

Um relé de proteção muito usado em acionamentos elétricos é o relé de sobrecarga ou térmico ou bimetálico.
Este relé baseia-se na dilatação linear de duas lâminas metálicas com coeficientes de dilatação térmicas
diferentes, acopladas rigidamente (bimetal). Quando ocorre uma sobrecarga do equipamento acionado, haverá
uma elevação da corrente que circula pelas lâminas acima do valor ajustado no relé térmico, provocando um
sobre aquecimento delas e, consequentemente, um acréscimo na dilatação linear do bimetal.. Essa
deformação acionará a abertura do contato auxiliar do relé, que interrompe a passagem da corrente para a
bobina do contator, desligando a carga acionada por ele. Para ligar novamente a carga deve-se acionar
manualmente o botão de rearme do relé térmico. Uma falta de fase da rede de alimentação do motor,
também, acarretará num aumento de corrente e atuação do relé.

O relé térmico possui as seguintes partes principais:

 Contatos auxiliares NF ligados em série com a bobina do contator e NA usado na sinalização de


falha;
 Botão de regulagem da corrente de desarme;
 Botão de rearme de ação manual;
 Três bimetais inseridos no circuito principal ou de potência.

a) b)

Figura 15 – a) Relé de sobrecarga bimetálico b) Relé de sobrecarga eletrônico

 Dispositivos de Proteção e Manobra.

6) Disjuntores Termomagnéticos - São dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra


(abrir ou fechar os circuitos) e as proteções contra corrente de sobrecarga (dispositivo térmico) e
contra sobrecorrentes de curto circuito.

Funcionamento:

O disjuntor mais utilizado para a proteção e manobra de circuitos de iluminação e tomadas é o tipo,
no qual um disparador térmico funciona de acordo com o princípio do bimetal. Nesse princípio duas
lâminas de metais diferentes, portanto com coeficientes de dilatação distintos, desligam o circuito na
eventualidade de uma sobrecarga. No caso de ocorrer um curto circuito, a proteção ocorrerá por meio
de um disparador magnético bobinado. A elevação da corrente na bobina do disparador, devido ao
curto circuito, aumentará sua força magnética sobre uma trava do mecanismo de atuação, abrindo os
contatos do disjuntor.

125
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A alavanca de manobra permanece na posição intermediária, na ocorrência das atuações automáticas
provocadas pelas sobrecorrentes de sobrecarga ou curto circuito.
Para fechar novamente o disjuntor, deve-se rearmar o mecanismo, girando a alavanca de manobra até
a posição de abertura. Reengatada a alavanca, pode-se de novo proceder ao fechamento.

Características:
 Permite o religamento sem necessidade de substituição de componentes.
 Caso o defeito na rede persistir no momento do religamento, o disjuntor desligará novamente,
não devendo ser manobrado até que se elimene o problema do circuito.
 Alguns modelos permitem o ajuste de atuação das correntes de sobrecarga e curto circuito.
 Disjuntores mais sofisticados possuem disparadores de subtensão. (bobina de mínimo).

Tipos:

a) Disjuntores em caixa moldada -São usados em circuitos de baixa tensão (até 1000V) e baixa
potência, tais como circuitos de iluminação e tomadas. Podem ser monopolares ou unipolares,
bipolares e tripolares.

a) b)
Figura 16: a) disjuntores tripolares; b) símbolo

b) Disjuntores de média e alta tensão - São usados em circuitos industriais de potências elevadas.

c) Disjuntores para motores - São próprios para acionamento local de motores elétricos e manobras
de circuitos de iluminação e comando.

Figura 17: disjuntores para motores

126
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d) Chaves seccionadoras sob carga: permitem o comando em carga e o seccionamento de
circuitos em baixa tensão.

a) b)
Figura 18 – a) chave seccionadora sob carga tripolar; b) simbologia
Simbologia gráfica:

127
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Intertravamentos:

Intertravamentos são ligações entre contatos auxiliares de contatores ou contatos de reles em que o estado de
um equipamento (ligado ou desligado) dependerá do estado de outro(s) equipamento(s), além é claro, dos
sinais de comando (ordem para ligar, ordem para desligar).

Inclui-se nessa definição, por exemplo:

 Impedimento de que um equipamento ligue se outro já estiver ligado;

 Impedimento de que um equipamento ligue se outro não estiver ligado;

Para alguns autores, o AUTOTRAVAMENTO de um equipamento também pode ser considerado como um
intertravamento. Um exemplo é a operação de selo (retenção) de contatores.

Características de alguns tipos de Intertravamentos de Contatores.

1) Selo ou retenção.

É a retenção de um contator em funcionamento através de um contato auxiliar NA de um contator, ligado em


paralelo com o contato NA de um botão liga.

Figura 1 – Selamento ou retenção

2) Impedimento de que um equipamento ligue se outro já estiver ligado

Alguns comandos de motores necessitam de mais de um contator, portanto deve-se tomar cuidado
para não criar o curto circuito devido o funcionamento dos contatores. Assim é indesejável o
funcionamento simultâneo de dois contatores. Para evitar o curto circuito por meio do funcionamento
simultâneo dos contatores, deve-se alimentar a bobina de um contator com o contato NF do outro
contator e vice-versa. Observe que as entradas das bobinas devem receber os contatos NFs. Figura 2

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Figura 2: Intertravamento impede o funcionamento simultâneo dos contatores.

3) Impedimento de que um equipamento ligue se outro não estiver ligado.

Para evitar o funcionamento de um contator sem que outro esteja ligado, deve-se alimentar a bobina
de um contator com o contato NA do outro contator. Observe que a entrada da bobina deve receber
os contato NA.

Figura 3 - Intertravamento impede o funcionamento de K2 sem que K1 esteja em


funcionamento.

129
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AULA PRÁTICA - 27.1: SINALIZAÇÃO DE SERVIÇO E DEFEITO

Curso/Turma:_________________Data:_________

Prof.:__________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Montagem
Materiais: 02- Sinalizadores luminosos c/ lâmpadas 220 VCA. ( verde e vermelho)
01- Contator auxiliar com contatos NA e NF – Tensão de comando: 220Vca
01- Botão de comando NA
01- Botão de comando NF

1. Numere os terminais dos componentes dos circuitos a seguir de acordo com a numeração dos
terminais dos componentes a serem utilizados na montagem.
2. Descreva os funcionamentos dos circuitos de comando e sinalização.
3. Monte os circuitos.
4. Teste os circuitos e verifique se funcionam conforme o descrito.
5. Identifique os sinalizadores : Contator K1 desligado e Contator K1 ligado.
6. Desligue no circuito de comando o terminal NA de K1 em paralelo com S1 e teste novamente o
circuito.
7. Explique o novo comportamento do circuito.

Circuito de comando Circuito de Sinalização

220 Vca – 2F -60 Hz 220Vca - 2F - 60 Hz


L1 L1

S0

K1 K1
S1 K1

K1 H1 Vd H2 Vm

L2 L2

130
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AULA PRÁTICA - 27.2: COMANDO TEMPORIZADO

Curso/Turma:_________________Data:_________

Prof.:_________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Montagem
Materiais: 02- Sinalizadores luminosos c/ lâmpadas 220 VCA. ( verde e vermelho)
01- Relé temporizado com contato inversor NA e NF – Tensão de comando:
220Vca
Botão de comando da bancada

1. Numere os terminais dos componentes dos circuitos a seguir de acordo com a numeração dos
terminais dos componentes a serem utilizados na montagem.
2. Descreva os funcionamentos dos circuitos de comando e sinalização.
3. Monte os circuitos.
4. Teste os circuitos e verifique se funcionam conforme o descrito.
5. Identifique os sinalizadores : Relé K6 desligado e Relé K6 ligado.

Circuito de comando Circuito de Sinalização

220 Vca – 2F - 60 Hz 220Vca - 2F - 60 Hz


L1 L1

S1 K6

H1 Vm H2 Vd
K6

L2 L2

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AULA PRÁTICA - 27.3: LIGAÇÃO DIRETA DE MOTOR

Curso/Turma:_________________Data:_________

Prof.:__________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Montagem
Materiais: 01- Sinalizador luminoso c/ lâmpada 220 VCA verde.
01- Contator principal com contato auxiliar NA –Tensão de comando: 220Vca.
01- Botão de comando NA
01- Botão de comando NF
02- Fusíveis circuito de comando.
03- Fusíveis circuito principal, de potência ou de força.
01 Relé de sobrecarga ou bimetálico.
1. Descreva o funcionamento dos circuitos à seguir.
Circuito Principal Circuito de Comando
220VCA – 3F – 60 Hz
R S T S F21 220V – 2F – 60Hz

F1 F7

S0

K1
S1

K1

F7

M1
3~
K1 H1

T
F22
2. Numere os terminais dos circuitos principal e de comando de acordo com os componentes a
serem utilizados
3. Ligue os terminais do motor trifásico para funcionamento em 220V / 60 Hz.
4. Monte os circuitos principal e de comando.
5. Observe se o funcionamento ocorre conforme descrito.
6. Simule a atuação do relé sobrecarga ou bimetálico.
7. Acrescente uma lâmpada H2 (verde) ao circuito de comando para sinalizar motor desligado.

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AULA PRÁTICA - 27.4: LIGAÇÃO DIRETA COM REVERSÃO

Curso/Turma:_________________ Data:_________

Prof.:______________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:___________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:___________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:___________

Materiais: 02 Contatores principais com contato auxiliar NA + NF – Tensão de


comando 220Vca
01- Botão de comando NF (S0)
02- Botão de comando NA (S1)
01- Botão de comando NA (S2)
01 - Motor trifásico 220V – 60Hz
01 Relé de sobrecarga ou bimetálico (F4)
02 - Fusíveis de comando (F21 e F22)
03 - Fusíveis principais (F1)
Montagem
1) Monte o diagrama principal e o diagrama de comando nº.________, representados a seguir.

Diagrama principal Diagrama de comando


L1 L2 L3 – 220V-3F- Reversão rápida Reversão Lenta
60 Hz
L1 220V -2F -60Hz L1 220V - 2F -60Hz

F4 F4

S0 S0
K1 K2
S1 S1
K1 K1

S2 K2
S2 K2

F4
K2 K1 K2 K1
M
3~ K1 K2 K1 K2
L2 L2
1 2

2) Descreva o funcionamento dos circuitos montados


3) Inclua no circuito de comando dois sinalizadores luminosos H1 (verde) e H2 (vermelho) para
sinalizar o funcionamento respectivamente dos contatores K1 e K2 e consequentemente os
sentidos de rotação.
4) Explique a função dos contatos K1(NF) em série com a bobina de K2 e K2(NF) em série
com a bobina de K1.
133
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AULA PRÁTICA - 27.5: LIGAÇÃO DIRETA TEMPORIZADA DE MOTOR DE INDUÇÃO

Curso/Turma:_________________Data:_________

Prof.:__________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Montagem
Materiais: 01- Contator principal com contatos auxiliares 1NA+1NF-Tensão de comando:
220Vca.
01- Contator auxiliar com contato 1NA – Tensão de comando: 220Vca.
01- Botão de comando NA
01- Botão de comando NF
02- Fusíveis circuito de comando.
03- Fusíveis circuito principal, de potência ou de força.
01- Relé de sobrecarga ou bimetálico.
01- Relé temporizado com contato inversor NA e NF – Tensão de
comando: 220Vca
1) Descreva o funcionamento dos circuitos à seguir.

L1 L2 L3 L1 F21

S0

K1
S1

K2

F7 K1 K6 K1

F7
M1
3~

K2 K6 K1

L2
F22

2) Ligue os terminais do motor trifásico para funcionamento em 220V / 60 Hz.


3) Funcione o motor elétrico para os relé ajustado em 0 s e 3s.
4) Simule a atuação do relé sobrecarga ou bimetálico.
5) Altere as ligações do motor para 380V e inverta seu sentido de rotação.

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AULA PRÁTICA - 27.6:

PARTIDA COM CHAVE Y -  AUTOMÁTICA

Curso/Turma:_________________Data:_________

Prof.:_________________________________________________________________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Aluno(a):____________________________________________________ Nº:________

Objetivo: Mostrar uma das importantes estratégias para evitar altos picos de corrente
durante a partida de um motor de indução trifásico.

Materiais:
01- Sinalizador luminoso verde c/ lâmpada 220 VCA. (H1 )
01- Contator principal com um contato auxiliar NA – Tensão de comando 220V. (K1)
01- Contator principal com um contato auxiliar NF – Tensão de comando 220V. (K2)
01- Contator principal com contatos auxiliares 2NA+2NF – Tensão de comando 220V. (K3)
01- Relé temporizado na energização com um contato inversor -Tensão de comando 220V. (K6)
01 Botão de comando NF. (S0)
01- Botão de comando NA. (S1)
01 - Motor trifásico 220V(Δ) / 380V() – 60Hz
01 Relé de sobrecarga ou bimetálico (F7).
02 - Fusíveis de comando (F21 e F22).
03 - Fusíveis principais (F1).

1. Escreva o principal objetivo da Chave Y - .

2. Cite os casos nos quais ela não pode ser usada e a chave compensadora que deve
substituí-la.

135
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3. Identifique os contatores que devem funcionar simultaneamente na partida e no funcionamento.

4. Explique a função da lâmpada H1.

Montagem
5. Numere os contatos.
6. Monte os circuitos principal e comando da Chave Y -  mostrados à seguir.

R S T – 220V – 3F – 60Hz

F1

K1 K3 K2

F7

U (1) Z (6)

V(2) M X (4)
3

W (3) Y (5)

F21
R 220V – 2F – 60 Hz

F7
S0

S1 K1
K3 K3
K6
K3

K3 K2

K1 K6 K2 K3 H1
S

F22 1 2 3 4 5 6

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