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Joel Carlos do Rosário

Breve Historial do Surgimento e Desenvolvimento da Electrónica Básica desde o


surgimento da Válvula até os Microprocessadores

(Licenciatura em Ensino de Física com Habilidades e Energias Renováveis, 3º Ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Joel Carlos do Rosário

Breve Historial do Surgimento e Desenvolvimento da Electrónica Básica desde o


surgimento da Válvula até os Microprocessadores

(Licenciatura em Ensino de Física com Habilidades e Energias Renováveis, 3º Ano)

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na faculdade de ciências
naturais, Matemática e Estatística, no curso
de Licenciatura em Física, na Cadeira Física
dos Semicondutores, Leccionado pelo
docente: Momade Jaime Chau

Universidade Rovuma

Nampula

2021
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3

1. Breve historial do Surgimento e desenvolvimento da electrónica básica ................. 4

2. Surgimento e desenvolvimento da válvula até os microprocessadores ..................... 4

3. Válvula Díodo ........................................................................................................... 4

4. Válvula amplificadora (tríodo) .................................................................................. 5

5. Transístor................................................................................................................... 7

6. Galena........................................................................................................................ 8

7. Circuito Integrado ..................................................................................................... 8

8. Complexidade dos Sistemas Electrónicos ................................................................. 9

9. Microprocessadores ................................................................................................... 9

10. Conclusão ............................................................................................................ 12

11. Referencias Bibliografias .................................................................................... 13


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Introdução

Este trabalho de carácter avaliativo tem como objectivo desenvolver uma


pesquisa sobre o Breve Historial do Surgimento e Desenvolvimento da Electrónica
Básica desde o surgimento da Válvula até os Microprocessadores.

Tudo começou quando Thomas Edison, inventor da lâmpada eléctrica, percebeu que ao
ligar a lâmpada ao pólo positivo de uma bateria e uma placa metálica ao pólo negativo,
era possível medir uma certa corrente fluindo do filamento da lâmpada à chapa
metálica, mesmo que os dois estivessem isolados. Havia sido descoberto o efeito
termoiônico, o princípio de funcionamento das válvulas.

Podemos dizer que as primeiras experiências electrónicas ocorreram com Thomas


Edson quando este inventou a lâmpada incandescente. A lâmpada inventada por ele
pode ser considerada um dos primeiros circuitos eléctricos. Neste circuito, uma corrente
de electrões circula por um fio condutor e depois passa pelo filamento da lâmpada,
causando o aquecimento deste e produzindo luz.

A 15 de Novembro de 1971 Intel lança primeiro microprocessador: o Intel 4004

A Intel 4004 (i4004) uma CPU de 4 bits, que foi o primeiro microprocessador num
único chip, bem como a primeiro disponível comercialmente. Com o Intel 4004 foi
conseguido colocando placas de 0,25 centímetros quadrados circuito integrado que
contém 2.300 transístores.
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1. Breve historial do Surgimento e desenvolvimento da electrónica básica

A electrónica evoluiu de forma significante com o uso da válvula e um segundo


salto quando os dispositivos semicondutores foram estudados com maior profundidade,
entre eles o diodo, transístor e amplificadores operacionais.

1750 – Benjamim Franklin – definiu o conceito de corrente eléctrica.


1897 – Josep Thonson – descobriu os electrões.
1880 – Thomas Édison – descobriu o princípio da lâmpada eléctrica.
1902 – J. A. Fleming – criou a válvula eléctrica.
1946 - Universidade da Pensilvânia – EUA – criado primeiro
computador a válvula (ENIAC).
1947 – William Sockley – inventa o transístor.
1958 – Criado o circuito integrado.

2. Surgimento e desenvolvimento da válvula até os microprocessadores

Thomas Edison, entre outros, na origem de toda a electrónica moderna. Durante


a sua pesquisa para construir uma lâmpada fez uma experiência, à qual não deu
importância e que mais tarde veio a originar o díodo.

Observou que se colocasse um fio metálico no topo da lâmpada, ligado a um potencial


positivo, detectava-se fluxo de electrões (corrente), cujo fluxo dependia de quão quente
estava o filamento incandescente. Com potencial negativo o fluxo cessava.

3. Válvula Díodo

Fleming teve oportunidade de observar o efeito de díodo aquando de uma visita


ao laboratório de Edison.

Em 1904 Sir John Ambrose Fleming descobriu que colocando um cilindro metálico
(prato) ao redor do filamento e conectando-se o filamento a um terceiro terminal, a
corrente podia ser portanto rectificada e então detectada por um receptor telefónico, este
dispositivo ficou conhecido como Diodo.

Mais tarde, e como consultor da British Marconi, descobriu que as lâmpadas


funcionavam muito bem como rectificadores RF. Era um componente interessante pois
não precisava de ajustes mecânicos e era de resposta contínua.

Apesar de tudo não teve muito sucesso: precisavam de muita potência, a vida do
filamento era curta, o receptor resultante possuía muito baixa sensibilidade e era caro.
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Figura 1: Válvula Díodo

4. Válvula amplificadora (tríodo)

Em 1906 o pesquisador Lee De Forest nos Estados Unidos, fez melhoria


significativa ao diodo transformando-o no Triodo introduzindo o terceiro eléctrodo (a
grade) entre o filamento e o prato, a grande vantagem desta melhoria foi permitir a
amplificação do sinal.

A invenção do tríodo, com a sua capacidade de amplificação, permitiu a construção de


detectores RF muito sensíveis.

A aplicação do Triodo permitiu a disseminação em larga-escala na década de 1920 da


radiodifusão no mundo e a consequente explosão de manufactura de rádios.

Figura 2: Válvula amplificadora (triodo)

Armstrong foi, no entanto, a primeira pessoa a compreender bem o


funcionamento do tríodo. Armstrong está na base das comunicações. Foi inventor do:
Circuito regenerativo (feedback), circuito super heteródino, circuito super regenerativo
e pelo sistema FM completo.
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Descobriu também que se o nível de feedback (positivo) fosse razoavelmente elevado


então o circuito oscilaria, permitindo assim que a válvula fosse utilizada tanto na
recepção como na transmissão.

As válvulas termoinonicas (diodo, triodo e pentodo) foram os primeiros componentes


electrónicos não-lineares disponíveis aos engenheiros electrónicos, são ainda usadas em
sistemas de microondas de alta potência e em dispositivos de exibição os famosos tubos
de raios catódicos utilizados em praticamente 99% dos televisores do mundo. Dentre as
vantagens destes componentes podemos citar a excelente resposta em frequência, dentre
as desvantagens podemos destacar as grandes dimensões, o alto consumo de energia e o
respectivo baixo rendimento.

As válvulas já atingiam frequências de alguns Megahertz, o problema é que


esquentavam demais, consumiam muita electricidade e se queimavam com facilidade.
Era fácil usar válvulas em rádios, que usavam poucas, mas construir um computador,
que usava milhares delas era extremamente complicado, e caro. Apesar de tudo isso, os
primeiros computadores baseados em válvulas começaram a surgir durante a década de
40, naturalmente com propósitos militares. Os principais usos eram a codificação e
decodificação de mensagens e cálculos de artilharia. A partir da década de 50, as
válvulas foram rapidamente substituídas pelos transístores e mais tarde pelos circuitos
integrados e microchips.

Sem dúvida, o computador mais famoso daquela época foi o ENIAC (Electronic
Numerical Integrator Analyzer and Computer), construído em 1945. O ENIAC era
composto por nada menos do que 17,468 válvulas, ocupando um galpão imenso. Porém,
apesar do tamanho, o poder de processamento do ENIAC é ridículo para os padrões
actuais, suficiente para processar apenas 5.000 adições, 357 multiplicações e 38 divisões
por segundo, bem menos até do que uma calculadora de bolso actual, das mais simples.

Figura 3,4,5: Sala de computador constituído por 17,468 válvulas.


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5. Transístor

Desde muito antes dos primeiros computadores electrónicos procurava-se um


dispositivo capaz de substituir as válvulas nos equipamentos electrónicos.

Os primeiros passos foram dados quando Willian Shockley (co-inventor do transístor,


pois a iniciativa incluiu muitos outros pesquisadores) assumiu sua posição nos
Laboratórios Bell, justamente após o término da segunda guerra mundial para investigar
dispositivos alternativos à válvula. As esperanças residiam em algum forma explorar os
conhecimentos em física do estado-sólido a partir dos conhecimentos recém descobertos
relacionados com a estrutura electrónica e atómica da matéria.

No começo de 1940 um cientista dos Laboratórios Bell, Russel S. Ohl, mostrou que
materiais semicondutores possuíam propriedades interessantes, especificamente
mostrando que um bloco de silício podia transformar energia luminosa em energia
eléctrica, fenómeno este vastamente explorado através das células solares.

A data do nascimento do transístor foi 23 de Dezembro de 1947, quando o primeiro


protótipo do transístor começou a funcionar após alguns anos de testes frustrantes. Foi
um outro pesquisador da Bell, John Pierce que baptizou o dispositivo “Amplister” e
“transístor”, o último nome foi escolhido devido ao fato do dispositivo transferir
corrente a partir de uma entrada de baixa resistência para uma saída de alta resistência
(trans-resistor ou transístor). Inicialmente as dificuldades eram grandes: era impossível
garantir a manufactura de dois transístores com as mesmas propriedades.

Figura 6: transístor antigo

Figura 7: transístor moderno


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6. Galena

O transístor não foi, no entanto, o primeiro componente activo em estado sólido.


A galena foi de facto o primeiro díodo feito à custa de ponto-contacto de um metal com
um cristal.

Figura 8: Galana

7. Circuito Integrado

Preocupado com a integração em larga escala dos sistemas electrónicos


transistorizados ou à válvula, Jack Kilby propôs em 1958 o Circuito Integrado,
escrevendo em seu livro de notas: “os seguintes elementos de circuito podem ser
construídos em uma simples fatia: resistores, capacitores, capacitores distribuídos e
transístores”. O primeiro dispositivo integrado: um circuito oscilador por deslocamento
de fase foi construído no Texas Instrumentos em 12 de Setembro de 1958.

Figura 9: Primeiro Circuito Integrado

Além dos computadores digitais a física do estado sólido propiciou uma enorme
quantidade de dispositivos electrónicos analógicos (diodos, transistores, varistores,
tiristores) permitindo a implementação de Circuitos Analógicos de Estado Sólido. Estes
circuitos foram desenvolvidos após o sucesso da aplicação dos transístores em: filtros
activos, (de) moduladores, osciladores, amplificadores convencionais, amplificadores
diferenciais e operacionais, ceifadores, etc. Estes circuitos permitiram uma enorme
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manufactura do que hoje denominamos electrónica de consumo, propiciando circuitos


muito mais compactos e com consumo muito menor. As desvantagens eram a maior
dificuldade inicial de projecto (hoje superada) e menor faixa linear de operação.

Com o surgimento do circuito integrado, computadores baseados em álgebra binária ou


Álgebra Booleana, circuitos estes completamente digitais e não-lineares (saturantes) só
obtiveram aplicação prática após incorporarem conceitos da teoria da informação, onde
sinais analógicos são amostrados e quantizados e depois processados como números
binários e os resultados são reconvertidos para sinais analógicos. Ao contrário dos
circuitos analógicos, os circuitos digitais não acumulam ruído, entretanto podem
incorporar erros de quantização.

Figura 10: circuito integrado Moderno

8. Complexidade dos Sistemas Electrónicos

No final do século XX e início do século XXI a complexidade dos sistemas


electrónicos tem crescido de forma vertiginosa.

O principal avanço com o advento do Circuito Integrado foi o desenvolvimento dos


microprocessadores, ou os “Computer On a Chip”, propostos inicialmente pelo
engenheiro Marcian E. Hoff da Intel em 1971.

9. Microprocessadores

O primeiro microprocessador utilizado em um computador pessoal foi o Intel


8080.

Ele era um computador de 8 bits completo dentro de um chip e foi lançado em 1974;
mas o primeiro microprocessador que se tornou realmente popular foi o Intel 8088,
lançado em 1979 e incorporado a um PC IBM - que apareceu em 1982.

Se você está familiarizado com a história e o mercado de PCs, vai se lembrar da


evolução dos processadores.
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O 8088 evoluiu para o 80286, depois para o 80386, 80486, Pentium, Pentium II,
Pentium III e Pentium 4, Celeron, Xeon, Itanium, Core, Core Duo, Quad...

Todos estes microprocessadores foram produzidos pela Intel e são melhorias do design
básico do 8088.

Isso falando só de Intel. Seu principal concorrente, a AMD, evoluiu paralelamente, com
o 286A, o 386, 486, 586, K5, K6-3, Athlon, Duron, Sempron, Athlon MX, AMD64,
Phenom e Turion.

A maioria dos computadores existentes no mercado vem com processador Intel ou


AMD.

As duas empresas, rivais neste mercado desde meados da década de 90, oferecem várias
linhas de processadores, como Core, Pentium, Celeron e Atom, da Intel, e Turion,
Sempron, Phenom e Athlon, da AMD. Cada uma dessas linhas é voltada para uma tipo
de máquina e um tipo de público.

Fundada em 1968 pelos norte-americanos Gordon Moore e Robert Noyce, a Intel (sigla
de Integrated Electronics) começou fabricando memórias para computadores de grande
porte antes de entrar no mercado de microprocessadores (o primeiro processador Intel
foi feito para calculadoras digitais da Texas Instruments).

Quarenta anos depois, a empresa domina o mercado, produzindo processadores


específicos para notebooks e desktops.

Para notebooks, a Intel produz as linhas Core2 Duo e Core2 Solo, que têm dois núcleos
de processamento e baixo consumo de energia graças à tecnologia de fabricação de 65
nm (nanometros) e 45 nm, e Core Solo e Core Duo, processador com um único núcleo
fabricado em 65 nm.

Criada em 1969 para atender às necessidades da Intel – produzir chip de memória para a
empresa de Mooore e Noyce – a Advanced Micro Device resolveu fabricar sua própria
linha de produtos e concorrer com o ex-cliente.

Apesar de estar mais centrada na produção de processadores para desktops, a empresa


também tem suas linhas para notebooks, fabricadas com tecnologias de 65 nm (Turion
X2 Ultra e Mobile Sempron) e 90 nm (Turion64 X2).
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Recentemente, os processadores Intel ganharam uma nova família, a Core i7, baseada
na arquitetura Nehalem, com novo desenho interno do processador e fabricação de 45
nm.

O que coloca o i7 no topo da cadeia dos processadores é a quantidade de transístores


existentes em uma microárea de 263 manómetros quadrados – são 731 milhões.

Para se ter uma ideia, o top de linha da AMD, o Phenom, tem 463 milhões de
transístores em uma área de 283 manómetros quadrados. Com tudo isso de transístor
nesse espaço minúsculo, os i7 são poderosos e podem simular até 8 núcleos ao mesmo
tempo – o dobro do número real.

Figuras de microprocessadores disponível em


http://Tiagocm.wordpress.com/category/trabalho-sobre-microprocessadores.

Um microprocessador é um chips que contem o que chamamos de Unidade Central de


Processamento (em inglês, Central Processing Unit, ou CPU). É responsável por buscar
e executar instruções existentes na memória. São comandos muito simples, como
operações aritméticas e lógicas, leituras, gravações, comparações e movimentações de
dados.
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10. Conclusão

Depôs desta pesquisa de muita utilidade sobre o breve historial do surgimento e


desenvolvimento da electrónica básica desde a válvula até os microprocessadores posso
concluir que Ao longo dos séculos o ser humano imaginou e construiu máquinas que em
muito melhoraram a nossa qualidade de vida.

Nos primórdios da electrónica tinha-se duas possibilidades para rectificar uma corrente
alternada: uma delas era usando-se uma válvula-diodo e outra, empregando diodos de
óxido de cobre ou óxido de selénio.

A electrónica evoluiu de forma significante com o uso da válvula e um segundo salto


quando os dispositivos semicondutores foram estudados com maior profundidade, entre
eles o diodo, transístor e amplificadores operacionais.

Em 1904 Sir John Ambrose Fleming descobriu que colocando um cilindro metálico
(prato) ao redor do filamento e conectando-se o filamento a um terceiro terminal, a
corrente podia ser portanto rectificada e então detectada por um receptor telefónico, este
dispositivo ficou conhecido como Diodo.

Os transístores foram criados por Bardeen, Brattain e Schockley, nos EUA em 1947,
quando trabalhavam na Bell Telephone.

O Circuito Integrado foi criado em 1958 pelo físico estadunidense Jack Kilby quando
trabalhava na empresa Texas Instruments, Inc.

O que torna o microprocessador interessante é justamente sua capacidade de ser


programável. Por exemplo, o 4004 da Intel chamou a atenção dos cientistas da NASA,
que o utilizaram na espaçonave Jupiter 10. A Intel, no entanto, viu que havia demanda
por um microprocessador mais potente. Como resultado, em 1972 a Intel lançou seu
novo microprocessador de 8 bits, projectado por Faggin, que para mostrar sua evolução
em relação ao 4004 foi baptizado de 8008. O 8008 tinha alguns problemas de
interfaceamento com as memórias e em 1974 a Intel lançou o 8080, ligeiramente melhor
que o 8008.
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11. Referencias Bibliografias

João Antonio Zuffo A Infoera: O imenso Desafio do Futuro, São Paulo Maio de 1998,
Editora Saber Electrónico.

João Antonio Zuffo A Sociedade e a Economia no Início do Milênio: A Tecnologia e


a
Infosociedade, Editora Manole, 1 Edição, São Paulo, Outubro 2002.

Ewaldo L. M. Mehl Do Transístor ao Microprocessador


Montando e personalizando o seu PC: Co-Processador Aritmético. Trad. Pietro Marques
Torres. Rio de Janeiro: Berkeley, 1991, p. 171-182

MEIRELLES, Fernando de Souza. Informática Novas aplicações com


microcomputadores: Estruturas de Processamento e Microcomputadores. 2 ed. São
Paulo: Makron Books, 1994, p. 182-200

MONTEIRO, Mário A. Introdução à organização de computadores: Unidade Central de


Processamento. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC,

https://trabalhofisicavet.blogspot.com/2012/09/transistors Consultado em 01 de
Novembro de 2021

https://sites.google.com/a/eprin.net/ady-costa/a-evolucao-dos-microprocessadores
Consultado em 02 de Novembro de 2021

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