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Silvana Da Dalt
Licenciada em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005),
mestre em Engenharia de Materiais pela mesma Universidade (2008) na área de
Ciência e Tecnologia dos Materiais, atualmente é integrante do Laboratório de
Materiais Cerâmicos da Escola de Engenharia da UFRGS onde desenvolve seu
doutorado em Síntese, Caracterização e Aplicação de Nanotubos de Carbono.
Adriano Pieres
Licenciado em Física pela UFRGS (2005), onde trabalhou no Laboratório Itinerante
Tecnologia com Ciência (LITcC) de 2006 a 2008, desenvolvendo projetos ligados
à divulgação científica de processos físicos utilizados no cotidiano e onde participou
de vários eventos de divulgação científica pelo Estado. Atualmente é professor de
Ensino Médio e bacharelando em Astrofísica pela mesma Universidade.
ISBN: 978-85-7727-323-2
Preto
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................7
CONCEITOS BÁSICOS ...........................................................................................9
AS TECNOLOGIAS PRECURSORAS ......................................................................11
A HISTÓRIA DOS RAIOS CATÓDICOS ..................................................................33
O EFEITO FOTOELÉTRICO ...................................................................................37
A DESCOBERTA DO ELÉTRON .............................................................................41
AS VÁLVULAS ELETRÔNICAS ..............................................................................45
OS TUBOS FOSFORESCENTES ............................................................................51
OS RAIOS X ........................................................................................................55
A ERA DO RÁDIO ...............................................................................................59
A ERA DA TV ......................................................................................................63
A TV NO BRASIL .................................................................................................65
UMA INTRODUÇÃO À MICROELETRÔNICA ........................................................67
O PRÊMIO NOBEL E SUA INFLUÊNCIA NA PESQUISA DOS TRCS ....................... 71
BIOGRAFIAS ...................................................................................................... 77
William Crookes ...................................................................................................................................... 78
Heinrich Geissler ..................................................................................................................................... 79
Wilhelm Conrad Röentgen ...................................................................................................................... 80
Phillip von Lenard .................................................................................................................................... 83
Max Theodor Felix von Laue .................................................................................................................. 84
William Henry Bragg ............................................................................................................................... 85
William Lawrence Bragg .......................................................................................................................... 87
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Introdução
Um aspecto importante é que a descoberta dos raios catódicos somente
foi possível graças ao desenvolvimento tecnológico e industrial do século
XIX, numa gama de três fatores que se entrelaçam, ajudando-se mutuamente.
O primeiro fator a ser abordado será o vidro e sua produção. A seguir,
veremos um pouco da história do vácuo e, posteriormente, a produção de
elevadas tensões e de correntes contínuas ou variáveis de forma constante.
Além dessas inovações, o próprio fato de existir uma comunidade
científica sólida (ou pelo menos em seu primeiro estágio de solidificação)
deu suporte a esses experimentos e possibilitou a continuação deles, assim
como possibilitou descobertas que culminaram nas inovações tecnológicas
dos dias atuais. Além disso, a comunicação foi imprescindível como suporte
a essa comunidade e à Física Moderna como um todo.
O Vidro
Etimologia
A palavra vidro deriva do latim vitro, que por sua vez deriva do radical
grego hidro, o qual significa “relativo ou que possui características semelhantes
às da água”, certamente fazendo alusão à transparência do vidro e talvez
também à sua liquidez quando acima do ponto de fusão.
Histórico
Por esse motivo, imagina-se que o vidro já era conhecido há pelo menos
4.000 anos antes da Era Cristã.
Alguns autores apontam os navegadores fenícios como os precursores
da indústria do vidro. A origem teria sido casual: ao preparar uma fogueira
numa praia nas costas da Síria para aquecer suas refeições, improvisaram
fogões usando blocos de salitre e soda. Passado algum tempo, notaram que
do fogo escorria uma substância brilhante que se solidificava imediatamente
ao contato com a areia fria. Estaria, então, descoberto o vidro que, por sua
beleza, funcionalidade e múltiplas aplicações, passaria por inúmeras
transformações e se adaptaria a outras incontáveis aplicações. Coube aos
fenícios, mercadores, disseminar a descoberta do vidro que, embora fosse
conhecido no Oriente há bem mais tempo, não passou pela divulgação que
teve no Ocidente.
Além desse fato, também é digno de nota uma característica do povo
oriental: enquanto descobertas espalham-se pelo mundo através da
comunicação e do comércio, no Oriente não há a preocupação com a
divulgação, como no caso do vidro e da pólvora, além de certas teorias físicas.
Durante o Império Romano, houve um grande desenvolvimento dessa
atividade devido ao apogeu do século XIII, em Veneza, Itália. Após incêndios
provocados pelos fornos de vidro da época, a indústria foi transferida para
Murano, ilha próxima de Veneza. As vidrarias de Murano produziam vidros
em diversas cores, um marco na história desse material, e a fama de seus
cristais e espelhos perdura até hoje.
A indústria moderna do vidro surgiu recentemente, se comparada com
a sua origem, com a revolução industrial e a mecanização dos processos.
Embora antiga, a produção de vidros homogêneos só foi conseguida há
algumas décadas. Um bom exemplo disso são os antigos vitrais das Igrejas:
como não se podiam fabricar vidros laminados, se dispunham cacos destes,
em formas artísticas, que eram unidos com uma liga de chumbo. O vidro de
qualidade só pode ser produzido com o refinamento químico das matérias-
primas, graças ao desenvolvimento da indústria química e das técnicas de
fabricação (sopro, prensagem). A possibilidade de produção de vidros de
alta qualidade e a sua combinação com peças de metais permitiu o
desenvolvimento das lâmpadas e tubos de raios catódicos na segunda metade
do século XIX.
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Composição Química
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Ilustração 2 - As diferentes cores podem variar com a utilidade que se pretende dar ao
utensílio de vidro
Fonte: Foto de Adriano Pieres.
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A Tecnologia do Vácuo
Etimologia
Histórico
Medidas de Pressão
Grandezas Associadas
Ilustração 4 – Representação dos átomos num gás (esferas) e suas velocidades (vetores) a
determinada pressão (esquerda) e a uma pressão bem mais baixa (direita), sendo em ambos
os casos na mesma temperatura.
Fonte: Elaborada por Adriano Pieres.
A Eletricidade
Etimologia
Histórico
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Ilustração 6 - A garrafa de Leyden é composta de duas finas lâminas metálicas, uma interna à
garrafa e outra externa a esta. Quando a tensão atinge picos elevados, há uma descarga na
parte superior, entre os dois contatos.
Fonte: Elaborado pelos autores.
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As fontes de Tensão
A Pilha de Volta
um líquido, uma delas fica oxidada. Intuiu então que deve existir certa relação
entre os dois fenômenos – o elétrico e o químico.
O experimento que deu origem à pilha elétrica foi feito por Volta, ao
intercalar duas placas, uma de bronze e outra de aço, com um feltro embebido
numa solução ácida. Ao empilhar várias destas placas, produziu o que foi
batizado como “pilha de Volta”.
Ilustração 8 - Esquema para o estudo da eletricidade animal, por Galvani, extraído de suas
memórias no De Viribus Electricitatis in Motu Musculari.
Fonte: Luigi Galvani. São Paulo, 2004.
potencial reativo devido à perda dos íons e à sua reação com o metal,
ocasionando o enfraquecimento da corrente. É o que acontece com as
baterias com muito tempo de uso.
Para quantificar essa diferença de tensão entre os metais, foi introduzida
a unidade de potencial elétrico, ou diferença de potencial: o Volt, em
homenagem ao inventor da pilha. Assim, tensão é uma medida da capacidade
de um sistema para realizar trabalho por meio de uma quantidade de carga
elétrica unitária. Para exemplificar a tensão tem-se: a voltagem medida em
eletrocardiogramas, que fica em torno de 5 milésimos de volt (5 mV), a
tensão disponível nas tomadas das casas de 110 ou 220 V e, além disso, tem-
se o enorme potencial próximo de 1 bilhão de Volts (1GV) existente entre
uma nuvem carregada e o solo, necessário para a produção de um raio.
O conceito de corrente elétrica deve-se a Ampère (1775-1836), embora
desde o final do século XVIII fossem já conhecidas as pilhas que convertem
energia química em elétrica e as máquinas que acumulavam eletricidade na
forma estática, as Baterias de Volta e as Pilhas de Leclanché.
A Pilha de Leclanché
As Bobinas de Indução
Referências
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www.cientificosaficionados.com/libros/CERN/vacio23-CERN.pdf>. Acesso em: 02 set. 2005.
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Vacuum Technology. Disponível em: <http://www.mcallister.com/vacuum.html>. Acesso
em: 02 set. 2005.
STEMPNIAK, R. A. A ciência e a tecnologia do vácuo. São Paulo: Sociedade Brasileira do
Vácuo, 2002. Disponível em: <www.ifi.unicamp.br/sbv/artigoRobertoStempniak.pdf>.
Acesso em: 05 set. 2005.
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RUSSEL, B. História do pensamento ocidental. 3. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
História da energia elétrica. Disponível em: < http://www.ene.unb.br/ene/grad/
grad_hist.html>. Acesso: 09 set. 2005.
NETTO, R. F. Feira de ciências: bobina de Ruhmkorff. São Paulo, 2001. Disponível em:
<http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/03_01.asp>. Acesso em: 09 set. 2005.
CEBRACE. História do vidro. Santa Luzia: 2000. Disponível em: <http://
www.cebrace.com.br/telas/vidro/default.asp>. Acesso em: 09 set. 2005.
ESPAÇO ciência. Química: tipos de pilha. Olinda: 2005. Disponível em: <http://
www.espacociencia.pe.gov.br/areas/quimica/tipos.php>. Acesso em: 09 set. 2005.
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O tubo tinha uma saída que podia ser acoplada a uma bomba de vácuo,
de forma a se poder diminuir a pressão do gás no tubo. Com a montagem
referida, podemos estudar a passagem da corrente elétrica através de um
vácuo adequado, aplicando-se alta tensão aos eletrodos.
Em 1858, Julius Plücker passou a realizar experiências sobre descargas
elétricas em gases rarefeitos, com o uso do tubo de Geissler. Logo observou
que os raios originários do catodo podiam ser desviados quando em presença
de um campo magnético. Eugen Goldstein, em 1876, introduziu o nome
“raios catódicos” à luminescência observada anteriormente por Plücker.
Observou também a existência de estranha radiação denominada raios canais,
que seguia caminho contrário ao percorrido pelos raios catódicos.
Apesar do empenho de muitos cientistas da época em relação aos raios
catódicos, existia ainda a dúvida cruel sobre a natureza desses raios, pois
não sabiam se eram ondas ou partículas, nem mesmo suas propriedades. O
físico inglês William Crookes, em 1879, aperfeiçoou o tubo de Geissler,
produzindo, por intermédio de uma bomba de vácuo, pressões muito
menores do que aquelas obtidas no interior do tubo de Geissler, e ficaram
conhecidas como “ampolas de Crookes”. Suas experiências o levaram a
acreditar que esses raios eram partículas, os quais, inclusive, chamou de
matéria radiante.
Em 1892, o físico alemão Heinrich Hertz afirmou ter a prova
experimental de que tais raios não eram partículas e sim ondas. Essa polêmica
começou a pender fortemente para o lado corpuscular quando, em 1895,
Perrin confirmou que os raios catódicos eram partículas carregadas
negativamente e demonstrou que os raios canais (observados por Goldstein
e opostos aos raios catódicos) eram partículas carregadas positivamente. Por
fim, essa polêmica encerrou-se em 1897, com a célebre experiência de J.J.
Thomson, a qual demonstrou que os raios catódicos eram elétrons.
Podemos entender melhor o que acontece num Tubo de Raios
Catódicos (Cathode Ray Tube, ou CRT em inglês) se supusermos a existência
de uma partícula muito pequena que carrega uma carga negativa (visto que
emergem do polo negativo), que está presente em todos os metais. Nos metais
essa partícula está pouco ligada ou quase livre e nos materiais isolantes está
fortemente presa aos núcleos atômicos. Ao aplicarmos uma tensão entre o
catodo e o anodo, essas partículas são atraídas para o anodo, saindo do catodo
34 (esse é o motivo pelo qual foram denominados de raios catódicos).
Referências
SANTOS, C. A. et al. Da revolução científíca à revolução tecnológica. Porto Alegre: Instituto
de Física – UFRGS, 1998.
NETTO, R. F. Feira de ciências: bobina de Ruhmkorff. São Paulo, 2001. Disponível em:
<http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA01.asp>. Acesso em: 09 set. 2005.
Seara da ciência. Os raios X: a ampola de Crookes e os misteriosos raios catódicos. Fortaleza,
2005. Disponível em: <http://www.seara.ufc.br/especiais/fisica/raiosx/raiosx-1.htm>.
Acesso em: 09 set. 2005.
WIKIPÉDIA. Raio catódico. 2001. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Raio_catódico>.
Acesso em: 09 set. 2005.
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deixarem o material.
Ilustração 15 - A nova Física, que mais tarde seria batizada de quântica, prega que a luz é
composta de inúmeros pontos de luz, ao contrário da Física Clássica, que a trata como
contínua. Esse fato explica mais facilmente o efeito fotoelétrico.
Fonte: Elaborada por Adriano Pieres.
Pela descoberta das leis que regem o efeito fotoelétrico, Albert Einstein
ganhou o prêmio Nobel, mas isso ocorreu apenas em 1921.
Referências
SANTOS, C. A. dos. O genial cientista Albert Einstein. Porto Alegre, 2000. Disponível em:
<http://www.if.ufrgs.br/einstein/genio.html>. Acesso em: 13 out. 2005.
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SANTOS, C. A. dos. A descoberta do efeito fotoelétrico. Porto Alegre: 2000. Disponível em:
<http://www.if.ufrgs.br/einstein/efeitofotoeletricodescoberta.html>. Acesso em: 13 out. 2005.
Uma das primeiras provas aconteceu por volta de 1895, quando Joseph
John Thomson estudava, há alguns anos, a passagem de eletricidade através
de tubos de gás (embora a existência dos raios catódicos já houvesse sido
comprovada, sua natureza ainda não estava claramente estabelecida).
Intrigado, J. J. Thomson idealizou um experimento no intuito de esclarecer
a natureza dos raios catódicos e, nessa tentativa, o elétron foi descoberto.
Referências
GRUPO DE APOIO AO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA. A Partícula que mudou
a história do átomo. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www.dfi.ccet.ufms.br/gaecim/
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CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS. Novas idéias sobre o átomo: as partículas
subatômicas. Disponível em: <http://mesonpi.cat.cbpf.br/verao98/marisa/novas.html>.
Acesso em: 19 jan. 2006.
INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS. O campo magnético. Porto Alegre, 2004. Disponível
em: <http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/mod08/ms02.html>. Acesso em: 19 jan. 2006.
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Referências
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library/inventors/blvacuumtubes.html>. Acesso em: 20 jan. 2006.
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informatica/burgoseletronica/valvulapentodo.htm>. Acesso em: 22 jan. 2006.
BURGOS, L. C. Válvulas termiônicas I: alguns fundamentos. São Paulo, 2004. Disponível
em: <http://myspace.eng.br/eletrn/vterm/vterm01.asp>. Acesso em: 22 jan. 2006.
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termos/valvula>. Acesso em: 20 jan. 2006.
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SANTOS, C. A. et al. Da revolução científíca à revolução tecnológica. Porto Alegre: Instituto
de Física –UFRGS, 1998.
WIKIPÉDIA. Vacuum tube. 2001. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/
Lâmpada_incandescente>. Acesso em: 19 jan. 2006.
WIKIPÉDIA. Vacuum tube. 2001. Disponível em: < es.wikipedia.org/wiki/ 49
Preto
OS TUBOS FOSFORESCENTES
Os tubos que formam imagens surgiram primeiramente quando J. J.
Thomson, em suas experiências que levaram à descoberta do elétron, revestiu
o local de incidência dos raios catódicos com uma fina camada de sulfeto de
zinco, material que emite luz na incidência de elétrons, de modo a visualizar
melhor o ponto de impacto dos elétrons. O instrumento que foi revestido
com a camada de sulfeto de zinco foi o antecessor dos tubos de TV.
Ilustração 25 - O sistema de cores RGB (Red - vermelho, Green - verde, Blue - azul) ou sistema
aditivo é a base para formação das cores na TV colorida. Na figura, a ampliação de um dos
vários quadrados das TVs coloridas.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Referências
BALLIS, M. Vacuum tubes. New York, 2006. Disponível em: <http://inventors.about.com/
library/inventors/blcathoderaytube.htm>. Acesso em: 20 jan. 2006.
BALLIS, M. Vacuum tubes. New York, 2006. Disponível em: <http://inventors.about.com/
library/inventors/blvacuumtubes.htm>. Acesso em: 20 jan. 2006.
BALLIS, M. Vacuum tubes. New York, 2006. Disponível em: <http://inventors.about.com/
library/inventors/blcolortelevision.htm>. Acesso em: 20 jan. 2006.
HOW TELEVISION WORKS. Disponível em: <http://electronics.howstuffworks.com/
tv.htm>. Acesso em: 25 jan. 2006.
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Ilustração 28 - A radiografia da mão de uma pessoa que sofreu acidente com arma de fogo. As
56 bolinhas pretas são fragmentos de chumbo do projétil.
Fonte: W. C. Röntgen. Lennep, 2000.
Referências
DEUTSCHEN RÖNTGEN-MUSEUM. W. C. Röntgen. Lennep, 2000. Disponível em: <http:/
/www.roentgen-museum.de/>. Acesso em: 20 nov. 2005.
NOBEL FOUNDATION. The Nobel prize. Oslo, 2006. Disponível em: <http://
www.nobelprize.org>. Acesso em: 12 nov. 2005.
PENNSYLVANIA UNIVERSITY. A century of radiology. Philadelphia, 1993. Disponível em:
<http://www.xray.hmc.psu.edu/rci/centennial.html>. Acesso em: 10 nov. 2005.
PV SCIENTIFIC INSTRUMENTS. About Crookes and Geissler vacuum discharge tubes.
Disponível em: <http://www.arcsandsparks.com/aboutvacuumtubes.html>. Acesso em: 20
nov. 2005.
SANTOS, C. A. et al. Da revolução científica à revolução tecnológica. Porto Alegre: IF-
UFRGS, 1998.
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Cronologia
Uma pequena cronologia dos inventos relativos à televisão:
1884 - P. Nipkow envia imagens sobre fios utilizando uma tecnologia de disco
metálicos girantes, chamada de “telescópio elétrico”, com 18 linhas de
resolução;
1894 - K. F. Braun inventa o osciloscópio de raios catódicos, um TRC com
uma tela fluorescente;
1900 - C. Perskyi utiliza, pela primeira vez, a palavra “televisão” durante o
Primeiro Congresso Internacional de Eletricidade;
1906 - L. de Forest inventa o “Audion”, a primeira válvula a vácuo adequada
para o uso na amplificação de sinais elétricos. Nascia a “Eletrônica”;
1907 - A. A. Campbel-Swinton, na Inglaterra e B. Rosing, na Rússia,
demonstram simultaneamente e de forma independente a primeira televisão
eletrônica baseada em tubos de raios catódicos;
1920 - A RCA começa a comercializar válvulas eletrônicas;
1923 - V. K. Zworykin patenteia o iconoscópio, uma câmera de TV baseada
nos Tubos de Raios Catódicos. Mais tarde, Zworykin inventa o cinescópio, o
primeiro tubo de televisão;
1926 - J. Baird opera um sistema de televisão eletrônica com 30 linhas de
resolução e 5 quadros por segundo.
1927 - A Bell Telephone e o Departamento Americano de Comércio operam
a 9 de abril a primeira transmissão de TV de longa distância entre Washington
D.C. e a cidade de New York;
1930 - C. Jenkins conduz a primeira transmissão de TV comercial nos Estados
Unidos;
1931- A. Du Mont desenvolve o primeiro tubo de raios catódicos comercial,
durável e prático para televisão; 63
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Referências
SANTOS, C. A. et al. Da revolução científíca à revolução tecnológica. Porto Alegre: Instituto
de Física - UFRGS, 1998.
SOTERO, A. P. Dos transistores aos computadores. Campinas, 1998. Disponível em: <http:/
70 /www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica11.htm>. Acesso em: 25 nov. 2005.
WIKIPÉDIA. Transistor. 2001. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Transistor>.
Acesso em: 19 jan. 2006.
O PRÊMIO NOBEL
E SUA INFLUÊNCIA
NA PESQUISA DOS TRCS
Os laureados, a cada ano, com o Prêmio Nobel devem sua glória e sucesso
ao inventor e filantropo Alfred Nobel. Nascido em 1833, em Estocolmo, na
Suécia, é filho de um casal de engenheiros que descendiam de Olof Rudbeck,
o mais conhecido gênio da tecnologia na Suécia, no século XVII. Aos nove
anos, sua família emigrou para a Rússia, onde Alfred e seus irmãos receberam
excelente educação, ministrada por tutores particulares, tanto no campo de 71
ciências humanas quanto no das naturais.
Referências
NOBEL FOUNDATION, Alfred Nobel. Oslo, 2006. Disponível em: <http://nobelprize.org>.
Acesso em: 25 nov. 2005.
PEREIRA, A.; MUTO, E. Cientista Alemão preferia não ter vencido o Prêmio Nobel. Jornal
da Paulista, São Paulo, v. 16, n. 177. São Paulo, UNIFESP, 2003.
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William Crookes
William Crookes nasceu em Londres, na
Inglaterra, em 17 de junho de 1832, filho
mais velho de um marinheiro, Joseph
Crookes. Sua carreira científica iniciou aos
quinze anos com seus estudos de química
no Royal College Chemistry, onde fez seu
curso de graduação. Em 1850, tornou-se pro-
fessor assistente neste mesmo instituto e, em
1855, assumiu a cadeira de química na Uni-
versidade de Manchester. Como
consequência de seus estudos descobriu os
raios catódicos em 1861 e isolou o elemento
químico tálio determinando suas proprieda-
des físicas. É também atribuída a ele a in-
venção do radiômetro (instrumento utilizado para medir a intensidade da
radiação de vários elementos), em 1874.
Os primeiros estudos com os raios catódicos datam de 1705, a partir de
experiências com descargas elétricas em gases rarefeitos. Para Crookes, os
raios catódicos eram partículas carregadas, as quais constituíam o quarto estado
da matéria (que hoje em dia chamamos de plasma).
A vida de Crookes esteve sempre baseada na atividade científica, seus
interesses variavam desde a ciência pura e aplicada a problemas econômicos
e humanos, em virtude disso recebeu muitas honrarias públicas e acadêmicas.
Crookes também apresentava um interesse relevante pelos fenômenos
mediúnicos, mas seu intuito era o de contestar todos aqueles que acreditavam
piamente em mediunidades, apresentando algumas pesquisas científicas no
campo.
William Crookes faleceu em 04 de abril de 1919, na sua cidade natal.
Referências
HINSHELWOOD, C. N. William Crookes: a victorian man of science. 1927. Disponível em:
<www.chem.ox.ac.uk/icl/heyes/LanthAct/Biogs/Crookes.html>. Acesso em: 22 nov. 2005.
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Heinrich Geissler
Heinrich Geissler nasceu em 1814, em
um vilarejo de Igelshieb, no estado de
Turínguia, na Alemanha. É uma figura bem
conhecida na história dos instrumentos
científicos, pois os descendentes de seus
experimentos, o tubo de Geissler e a bomba
de mercúrio, ainda podem ser vistos em uso.
O pai de Heinrich foi um fabricante de
vidros inovador que produzia instrumentos
como barômetros e termômetros. Essa
habilidade com instrumentos experimentais
foi herdada por Heinrich.
Geissler, no entanto, passou uma década
de sua vida como um “caixeiro-viajante”, fabricando instrumentos e,
posteriormente, fazendo mostras em cidades como Bonn, uma nova cidade
universitária com grande demanda de instrumentos laboratoriais. Lá, Geissler
trabalhou junto a químicos, físicos, médicos, fisiologistas e mineralogistas e
criou uma lista de clientes internacionais. A partir de 1855, participou
regularmente de mostras envolvendo vários países, ganhando medalhas e
outros prêmios pelos seus aparatos científicos.
Geissler fez alguns tubos que ficaram conhecidos, mais tarde, como
“tubos de Geissler”, lâmpadas ornamentais, em 1857. A produção em larga
escala desses instrumentos começou em 1880, após a morte de Heinrich. Foi 79
enterrado em 1879, na cidade onde trabalhava, em Bonn, Alemanha.
Referências
JENKINS, J. D. Vintage radios and scientific apparatus. 2003. Disponível em:
<www.sparkmuseum.com/RADIOS.html>. Acesso em: 25 nov. 2005.
HEINRICH GEISSLER. 2003. Disponível em: <chem.ch.huji.ac.il/~eugeniik/history/
geissler.html>. Acesso em: 25 nov. 2005.
Referências
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www.nobelprize.org>. Acesso em: 12 nov. 2005.
PENNSYLVANIA UNIVERSITY. A century of radiology. Philadelphia, 1993. Disponível em:
<http://www.xray.hmc.psu.edu/rci/centennial.html>. Acesso em: 10 nov. 2005.
PV SCIENTIFIC INSTRUMENTS. About Crookes and Geissler vacuum discharge tubes.
Disponível em: <http://www.arcsandsparks.com/aboutvacuumtubes.html>. Acesso em: 20
nov. 2005.
SANTOS, C. A. et al. Da revolução científíca à revolução tecnológica. Porto Alegre: Instituto
de Física - UFRGS, 1998.
DEUTSCHEN RÖNTGEN-MUSEUN. W. C. Röntgen. Lennep, 2000. Disponível em: <http:/
/www.roentgen-museum.de/>. Acesso em: 20 nov. 2005.
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Referências
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www.nobelwinners.com/Physics/philipp_lenard.html>. Acesso em: 25 nov. 2005.
WIKIPÉDIA. Phillipp Lenard. 2001. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/
Philipp_Lenard>. Acesso em: 25 nov. 2005.
Referências
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Acesso em: 25 nov. 2005.
Juntamente com seu filho W.L. Bragg, deu início a um novo ramo da
ciência: o da análise da estrutura de cristais por meio dos raios-X.
Faleceu dia 12 de março de 1942. Entre seus artigos mais citados, afora
os sobre espectroscopia de raios X, estão alguns escritos como “O mundo
dos sons” (1920), “Sobre a natureza das coisas” (1925) e “O Universo da luz”
(1933), todos publicados na Revista Filosófica e nas leituras da Royal Society.
Referências
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ENCICLOPÉDIA Britânica.
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ENCICLOPÉDIA Britânica.
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Rede Conceitual envolvendo os personagens principais, as tecnologias, descobertas científicas
e os aparatos tecnológicos advindos da pesquisa com Raios Catódicos
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Acessado em: 22 nov. 2005.
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