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Português - Semana 2

Rita Rosa Charneca 10 3

Texto expositivo
A dissimulação é um dos temas da farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente.
Efetivamente, algumas personagens da peça revelam ser o que, na realidade, não são; ou
seja, cultivam uma falsa aparência, que esconde a sua verdadeira natureza. De facto, a
dissimulação e a hipocrisia, marcam figuras que representam diferentes grupos sociais.
O escudeiro faz-se passar por distinto, mas é um pelintra. É também galanteador quando
corteja Inês; contudo, no casamento, mostra-se autoritário e violento com a sua mulher. No
final, comporta-se como um fraco quando é morto por um pastor.
Também o clérigo que tenta seduzir Lianor revela ser dissimulado: o religioso devia ser
celibatário e viver em reclusão; todavia, este clérigo em mundano e licencioso. Por fim,
Lianor faz-se passar por mulher honrada e virtuosa, mas a sua lascívia vem à superfície no
relato da tentativa de sedução do clérigo, em que, subtilmente, se regozija com o sucedido.
Concluindo, desta forma se comprova que a Farsa é um género propício à crítica social e á
denúncia dos comportamentos condenáveis.

Caracterização
Caracterização direta:
Descrição das características das personagens, ou pelo narrador ou por outra personagem
-» Auto-caracterização
-» Hetero-caracterização

Caracterização indireta
Deduzida, resulta dos atos, dos discursos e das reações da personagem face aos estímulos
que lhe são oferecidos por outras personagens e pelo desenrolar da ação

Caracterização física
“Diz que os olhos com que via
eram de Santa Luzia
cabelos da Madalena.
Se ela fosse donzela
tudo essoutro passaria.”
Caracterização psicológica

“Olhade lá o mau pesar


como queres tu casar
com fama de preguiçosa?”

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