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RESUMO LIVRO 1 – MEMÓRIAS PÓSTUMBRAS DE BRÁS CUBAS

INFORMAÇÕES:
A narração → primeira pessoa e postumamente → o narrador se autointitula um defunto-
autor (morto que escreve suas memórias) → não pertence mais ao mundo terrestre → além
de nosso julgamento terreno → pode contar as memórias da forma como melhor lhe
convém
Partindo de um relato do narrador-observador e protagonista → sua visão de mundo, seus
sentimentos e o que pensa da vida → Cubas nos permitirá ter acesso aos bastidores da
sociedade carioca do século XIX
Tempo → psicológico, do autor além-túmulo → contar sua vida de maneira arbitrária, com
digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir uma ordem temporal linear → a
morte é contada antes do nascimento e dos fatos da vida.
Mais marcante → pessimismo → visão negativa (comportamento social, dramas psico...) →
fica disfarçada ou escondida sob humor, principalmente a ironia → pessimismo e humor é a
principal → quem não presta atenção, tem uma visão positiva do personagem.
RESUMO:
Narrativa confusa e sem linearidade. O beijo dela. Quando descobre que ela é
personagem principal conta sua história “coxa de nascença” → foge
de vida morto. Inicia pelo seu delírio e
O Pai de Brás Cubas tem o sonho de vê-lo
morte, depois seu nascimento. Sempre
exercendo o cargo de ministro. Arranja-lhe
com humor e visão pessimista.
Virgília (filha de um figurão da sociedade
Brás Cubas nasceu em uma família rica e que facilitará a carreira política do genro)
proprietária → nunca precisar “comprar o → Brás Cubas perde “a noiva e o cargo”
pão com o suor do seu rosto” → menino para Lobo Neves → águia.
endiabrado, protegido pela conivência
Brás Cubas reencontra Virgília, já casada
paternal, maltratava os escravos,
com Lobo Neves → nasce uma paixão
aprontava com as visitas e desrespeitava
viram amantes → Virgília é ambiciosa e
os adultos.
não pretende abrir mão do prestígio social
Na adolescência → envolveu-se com uma que seu marido lhe proporciona → vivem
prostituta que o explorou por vários um amor adúltero que só acaba quando
meses →“Marcela amou-me durante Lobo Neves é nomeado governador de
quinze meses e onze contos de réis” uma província e Virgília se muda.
Europa para estudar e esquecer Marcela. Envelhecendo solitário e sem ter feito
Nunca levou os estudos a sério. Brasil → nada de relevante na vida → faz uma
conheceu Eugênia, moça bonita e última tentativa de casar-se e ter filhos →
romântica, filha de uma amiga da sua Eulália, moça pobre e sobrinha do
mãe. Brás lembra de que flagrara a mãe cunhado Cotrim. A moça, porém, adoece e
de Eugênia beijando um homem casado morre antes do casamento.
atrás de uma moita → apelido irônico de
Brás Cubas chega ao final da vida sem ter
“flor-da-moita” → Seduz Eugênia, mesmo
constituído uma família, sem filhos e sem
pai sem aprovar, e chega a conquistar um
ter produzido absolutamente nada → No miséria e não vale a pena perpetuá-la
último capítulo, ironiza seus fracassos através dos filhos.
afirmando que a vida é mesmo uma

ANÁLISE:
Sua obra extrapolou os limites do seu tempo e estética realista e antecipou a Modernidade
→ rompe com a proposta “realista” do período → capítulos curtos antecipam a irreverência
própria da narrativa moderna → digressão → interrompida por comentários
metalinguísticos, intertextualidades, histórias paralelas... → confuso, mas com humor

PERSONAGENS
Brás Cubas: filho abastado da família, é o narrador do livro
Virgília: amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como
grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional
Marcela: amor da adolescência de Brás
Eugênia: “flor da moita”, não se dispõe a levar adiante um romance, pois a garota era coxa
Nhã Lo Ló: última possibilidade de casamento para Brás Cubas, moça simples, que morre de
febre amarela aos 19 anos
Lobo Neves: casa-se com Virgília e tem carreira política sólida, mas sofre o adultério da
esposa com o protagonista
Quincas Borba: teórico do humanitismo, doutrina à qual Brás Cubas adere, morre demente
Dona Plácida: representante da classe média, tem uma vida de muito trabalho e sofrimento
Prudêncio: escravo da infância de Brás Cubas, ganha depois sua alforria

RESUMO LIVRO 2 – LUCÍOLA


RESUMO:
Em cartas que a destinatária, sra. G.M, posteriormente organizaria no livro Lucíola, Paulo
Dias, o protagonista conta a história de seu relacionamento com uma mulher, explicando
inicialmente que não o falou pessoalmente por estar presente a neta da própria destinatária,
uma menina de 16 anos.
Logo após ter chegado ao RJ, procedente de Olinda, em 1855, com cerca de 25 anos, Paulo
foi convidado por um amigo, o sr. Sá, a acompanhá-lo à Festa da Glória, quando lhe atraíra a
atenção uma jovem e bela mulher que, de início, em sua simplicidade de provinciano
adventício, não identificara como cortesã (ou prostituta).
Ao ver Lúcia, assim se chamava a mulher, tivera a impressão de já conhecê-la. De fato, à
noite lembra-se de que, realmente, já a tinha visto antes, no dia mesmo de sua chegada ao
RJ, em um carro elegante puxado por dois fogosos cavalos, e exclamara então para um
companheiro de lado: “Que linda menina! Como deve ser pura a alma que mora naquele
rosto!” e que gentilmente, após, alcançara-lhe o leque que deixara cair na rua.
Lúcia era, assim, uma mundana de rara beleza e suave aspecto, que faziam parecer uma
jovem inocente. Pelo menos, essa foi a impressão de Paulo e que o levou a apaixonar-se,
mesmo depois de saber quem era ela.
Tal como a pintou o romancista e se depreende de toda a história, ela era de natureza
complexa nas alternativas de sua vida e do seu temperamento. Boa nas intenções, mas
devassa na prática da vida que levava; interesseira e avara na conquista do dinheiro fácil e,
ao mesmo tempo, generosa ao dar esmolas e na ajuda a parentes; com um passado de luxo
e dissipação, se apaixona da maneira mais romântica pelo jovem que nela descobrira
bondade e ternura. Enfim, era bem feminina ao parecer tantas numa só. Paulo, no entanto,
no entusiasmo da paixão, definiu-a: “Tu és um anjo, minha Lúcia!”.
Tendo Paulo visto Lúcia naquela festa da Glória, a ela foi apresentada pelo seu companheiro,
que a conhecia e fora seu amante. Mesmo assim ele continuou a idealizá-la, até nas visitas
que lhe fez a seguir, francamente inocentes e cordiais. Só algum tempo depois é que se
tornaram amantes. Cada vez mais, no entanto, prendia-se a ela por um amor apaixonado
que ultrapassava a simples satisfação do sexo. Não a queria como uma mundana lúbrica e
sensual, famosa pelos requintes no amor, e sentia que ela também, na maneira de tratá-lo,
nos seus silêncios, nos seus beijos e carícias, o amava realmente. A prova maior disso foi o
seu afastamento de tudo para dedicar-se a ele. Nem logo brigaram, e ela voltou à vida
antiga. Nessas alternativas de brigas e reconciliações, de ciúmes e de arrependimento,
chegaram à confissão de suas vidas e à aceitação do amor com que se queriam.
E Lúcia contou-lhe a sua história, declarando para sempre morta a mulher que fora até
então; sua família viera morar na Corte e viviam dignamente, até que a epidemia de febre
amarela de 1850 atacou todos os seus: pai, mãe, irmãos, tios...
Somente ela foi poupada, vendo-se obrigada a cuidar dos familiares. Assim foi que, por
necessidade, entregou o seu corpo a um ricaço de nome Couto, para conseguir ajuda e
apoio. Morreram-lhe a mãe, a tia e dois irmãos; o pai, ao descobrir que ela recebera dinheiro
de um homem em paga de sua honra, expulsou-a de casa. Depois disso, o caminho estava
aberto à prostituição. Na sua nova vida, então, mudou de nome, pois se chamava realmente
Maria da Glória, em devoção a sua madrinha Nossa Senhora da Glória.
Depois de uma longa viagem que fizera à Europa em companhia de um amante, de volta ao
Rio só encontrou de sua família uma irmãzinha de nome Ana, a quem tomou sob sua
proteção e a pôs num colégio.
Após tal confissão, de que resultou um perfeito entendimento entre os dois, Lúcia foi morar
numa casinha de Santa Teresa, que alugara, em companhia da irmã. Afastou-se da vida
mundana para receber apenas a visita de Paulo. No ambiente bucólico daquele bairro
viveram os dois um idílio simples. Passeavam nos arredores de mãos dadas como dois
namorados, e nessa busca da inocência perdida, ela até se recusava, periodicamente a ser
de novo sua amante. É que ela agora já adotando outra vez seu nome de batismo, Maria da
Glória, estava esperando um filho de Paulo.
Mas o idílio em que viviam durou pouco. Lúcia sofreu um aborto e, ante a recusa de tomar
remédio para expelir o feto sem vida, faleceu de infecção, confessando a Paulo que o amava
perdidamente desde o primeiro encontro. Pediu-lhe que cuidasse de sua irmãzinha Ana, a
quem deixara em testamento a sua fortuna, cerca de cinquenta contos de réis, como se
fosse sua própria filha. A princípio queria que ele se casasse com Ana, mas, ante sua recusa,
pediu-lhe que a protegesse, e morreu dizendo-se sua noiva eterna, sua noiva no céu.

PERSONAGENS:
Lúcia (Maria da Glória): com apenas 19 anos de idade, é uma das cortesãs mais ricas do Rio
de Janeiro. Com olhos escuros e cabelos ondulados igualmente escuros, é bela e refinada,
sendo cobiçada pelos homens e invejada pelas mulheres.
Paulo: natural de Olinda (Pernambuco), é um jovem ingênuo de 25 anos recém-chegado ao
Rio de Janeiro. Apesar de não ter muito dinheiro, envolve-se com Lúcia.
Sá: tem 30 anos e é um grande amigo de Paulo. É ele quem apresenta Lúcia a Paulo.
Ana: irmã mais nova de Lúcia, e é muito parecida com ela.
Laura e Nina: trabalham junto com Lúcia, mas a invejam.
Cunha: mesmo casado teve um caso com Lúcia, mas ela o deixou após ver a esposa de
Cunha muito triste.
Couto: aproveita-se de Lúcia quando ela tinha 14 anos.
ANÁLISE:
Livro ela publicado em folhetins
Romantismo e idealizações mto marcantes por José de Alencar tbm
Romance urbano, RJ século 19, burguesia
Cartas para essa senhora que escreve o livro juntando elas
Lucíola guarda uma pureza na alma, mas esta presa na prostituição
Festa na casa do DR. Sá é bastante falado em vestibulares pq ela sofre viva, se morresse ia
dar no mesmo. Na festa ela é contratada pra fazer um show.
Troca de nome com amiga que morreu, antes era Maria da Glória.
Todo mundo vai morrendo na família, só fica Ana, Lúcia cuida dela. Fez aborto de filho.
Amor purificou ela.

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