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Resumo da Obra “Memórias Póstumas de

Brás Cubas”
A obra tem início com a declaração da morte de Brás Cubas, cujo
narrador e protagonista relata suas memórias depois de ter sido vítima
de pneumonia.

Pertencente a uma família abastada do século XIX, Brás Cubas


narra primeiramente sua morte e enterro onde apareceram onze amigos.

Por conseguinte, ele relata diversos momentos de sua vida, desde


eventos da sua infância, adolescência e fase adulta.

Ainda no início da obra ele revela suas expectativas com o


“emplastro”, um medicamento que contém grande potencial de cura.

Durante sua infância Brás Cubas comenta sua relação com seu
escravo, o negrinho Prudêncio. Como um menino aristocrata,
pertencente à classe alta, Brás Cubas esboça a relação que tinha com o
garoto desde suas brincadeiras e caprichos.

Nessa relação, podemos notar a superioridade de Brás que


montava no negrinho. Além disso, ele escreve sobre um amigo da escola
Quincas Borba que, por fim, torna-se um filósofo e desenvolve a teoria
do humanitismo.

Quando jovem, conhece Marcela, uma prostituta de luxo por quem


se apaixona. Essa relação esteve baseada nos interesses, ainda que
Cubas aponta que Marcela o amou “durante quinze meses e onze contos
de réis”.

Preocupado com o envolvimento que Brás tinha com Marcela, seu


pai resolve que seu filho deve estudar fora do país por um tempo.

Sendo assim, ele foi estudar em Coimbra, Portugal, onde se forma


em Direito. De volta ao Brasil, apaixona-se por Virgília, no entanto, ela
acaba por se casar com Lobo Leves. Isso porque ela pretendia ter mais
status e resolve ficar com um político de maior influência.

Ainda que desolado, o casal se encontra às escondidas numa casa


alugada para esse propósito. Nesse momento podemos notar a presença
de Dona Plácida, empregada de Virgília e que encobre todos os
encontros da adúltera. Por fim, Brás Cubas entra para a política e mesmo
desenvolvendo um trabalho medíocre essa posição lhe oferece certo
“status”, num mundo onde a aparência era o mais louvável.
Resumo da Obra “Dom Casmurro”
Bento Santiago se dispõe a narrar a história de sua vida. Trata-se
de um homem na casa dos 60 anos, que, supostamente, teria muito o
que contar. No entanto, desde logo fica evidente que seu interesse pela
própria biografia tem um foco bastante dirigido: o relacionamento com a
jovem Capitu, a vizinha que viria a ser o grande amor de sua vida.
Personagem fascinante, Capitu possui um extraordinário poder de
sedução, manifesto em seus “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”,
capazes de atrair como a ressaca do mar.
Por isso, o espaço dedicado à infância é insignificante, assim como
aquele que trata mais diretamente da velhice. Os marcos temporais da
narrativa e o âmbito de interesse do autor são limitados pelo período que
vai da adolescência, quando tem início seu relacionamento amoroso, até
a idade adulta, marcada pela traição da amada.
Moço rico, Bento vive sob a proteção da mãe, a viúva D. Glória,
que ainda mantém sob sua dependência um grupo de parentes: o irmão
Cosme, a prima Justina e o agregado José Dias. É nessa casa de velhos
viúvos que Bento cresce. Depois da perda do primeiro filho, D. Glória
jurou que o segundo seria padre. Tendo enviuvado quando o filho era
ainda criança, o juramento se transformou em angústia e prenúncio de
separação do filho único. O namoro com Capitu reforça no menino a falta
de vocação, mas ele acaba por obedecer ao desejo materno e entra para
um seminário.
No seminário, Bento e Escobar se tornam melhores amigos. Juntos, os
jovens conseguem convencer os pais a retirá-los do seminário. Com isso,
Bento se forma em Direito e se casa com Capitu, enquanto a melhor
amiga desta, Sancha, acaba por se tornar esposa de Escobar. A
felicidade de Bento se completa com o nascimento de Ezequiel, seu filho,
que vem fazer companhia a Capituzinha, filha do casal amigo. 
No entanto, uma fatalidade muda o rumo do grupo de amigos:
Escobar morre afogado. Durante o velório, Bento percebe no
comportamento da esposa marcas de um adultério que ele, até ali, não
tinha suspeitado.
A partir desse momento, outros indícios se juntam ao primeiro. O maior
deles é a grande semelhança que Bento vê entre seu filho e o amigo
morto. Obtida essa prova viva da traição, separa-se e envia Capitu e
Ezequiel para a Europa. Dali até a velhice, Bento vive em estado de
relativa reclusão, o que faz surgir seu apelido: Dom Casmurro, que quer
dizer introspectivo. 
Ocorre que a expressão tem outro significado, que o narrador
esconde do leitor desavisado: teimoso. E se a primeira definição mostra
o comportamento do narrador, esta última revela o traço mais forte de
sua personalidade: a insistência em defender o ponto de vista de acordo
com o qual foi traído, mesmo sem a apresentação de provas
incontestáveis.

Resumo da Obra “Helena”


Conselheiro Vale era um homem rico, e tinha um caso amoroso
com uma mulher que havia migrado do Rio Grande do Sul, ela tinha uma
filha, Helena, a qual ele perfilha.

Conselheiro Vale morre, e em seu testamento ele alegava que


Helena era sua filha e que ela devia tomar seu lugar na família, todos
acreditam nisso, porém Helena sabe que não é verdadeiramente sua
filha, mas na sua ânsia de ascender socialmente acaba aceitando isso.

À princípio, D. Úrsula reage com um certo preconceito à chegada


de Helena, mas no decorrer da narrativa ela vai ganhando o amor de D.
Úrsula, Estácio, porém, era um bom filho, e faz a vontade do pai sem
indagar nada.

Dr. Camargo acha aquilo um absurdo, pois ele queria casar sua
filha, Eugênia, com Estácio para que eles se tornassem ricos às custas
do dinheiro de Estácio, e mais um familiar só iria diminuir a parte da
herança de Estácio.

Helena toma seu lugar na família como uma mulher de fibra, uma
verdadeira dona de casa, cuida muito bem de sua nova família, dirige a
casa melhor do que D. Úrsula o fazia, e impressiona não só a família
como toda a sociedade em geral, porque além de ser uma mulher
equilibrada como poucas que existiam, era linda, sensível e rica.

Ao decorrer da narrativa, Helena vai impressionando mais e mais


Estácio, e nisso acaba se apaixonando por ela, e ela por ele. Aí vem a
questão X do livro, de um lado Estácio, se martirizando por se apaixonar
por sua suposta irmã, o que era um pecado, e do outro Helena, também
apaixonada por Estácio, esta sabia de toda verdade, mas não podia jogar
tudo para o alto e ficar com ele, afinal havia recebido uma fortuna de
herança. Neste ponto então surge Mendonça, que se apaixona por
então, pede Eugênia em casamento também para tentar esquecer
Helena.

A família possuía uma chácara, e perto dessa chácara tinha uma


casa simples, pobre, e Helena costuma a visitar sempre essa chácara,
um dia Estácio resolveu segui-la, e lá conheceu Salvador, e foi tirar
satisfações sobre as visitas de Helena, Salvador começou a lhe contar
uma grande história, e surpreendeu Estácio ao lhe revelar que Helena
era sua filha, não de Conselheiro Vale, e toda a História da vida de
Helena até ali. Nesse mesmo dia Helena após uma forte chuva fica
debilitada, á beira da morte, Estácio, tomado por seu forte amor vai
cuidar de Helena e lhe faz essa declaração. Helena morre.

Resumo da Obra “A Igreja do Diabo”


A obra começa com o Diabo sentindo-se humilhado com o papel
que desempenhou ao longo dos séculos, e por isso tem a ideia de fundar
uma igreja. Cinicamente, ele visita Deus para falar sobre sua nova ideia.

No segundo capítulo, o Diabo diz a Deus que os homens apenas


são virtuosos em benefício próprio. Ele compara a ambiguidade dos
homens a um manto de veludo com franjas de algodão, pois ao mesmo
tempo que procuram ser virtuosos usufruem de pecados. Deus diz que
essa ideia não é original, e manda o Diabo ir embora, parecendo
desacreditar que ele terá êxito.

O terceiro capítulo mostra o Diabo colocando sua ideia em prática.


Ele prometia aos fiéis prazeres e glórias, confessava que era o Diabo
mas dizia que sua imagem havia sido distorcida. Sua nova doutrina
determinava que as virtudes aceitas deveriam ser substituídas. Pecados
como a soberba, a luxúria, a preguiça e a avareza deveriam ser
encorajadas, enquanto a solidariedade e o amor ao próximo deveriam
ser proibidos. A grande eloquência do Diabo permitiu que sua nova
religião se espalhasse rapidamente, e a doutrina propagou-se por todo o
mundo.

No quarto capítulo, o Diabo percebeu que seus seguidores


estavam praticando furtivamente as boas ações que foram proibidas.
Criminosos estavam se confessando escondido, glutões faziam jejum em
determinados dias sagrados e ladrões devolviam parte do dinheiro. Ao
visitar Deus para entender a causa de tal fenômeno, Ele disse ao Diabo:
“Que queres tu, meu pobre Diabo? As capas de algodão têm agora
franjas de seda, como as de veludo tiveram franjas de algodão. Que
queres tu? É a eterna contradição humana.”
Resumo da Obra “A Cartomante”
A cena primordial para o prolongamento do enredo é uma sexta-
feira de novembro de 1869. Em uma conversa com Rita, Camilo a pede
para deixar de acreditar nas afirmações da cartomante. O nome dessa
personagem não é revelado no livro, caracterizando, assim, a típica
forma machadiana de escrever. A mulher era misteriosa e cheia de falsas
predições. Dizia sempre o que os outros queriam ouvir. Era, portanto,
uma mestra em mentir descaradamente. A cartomante servirá para
enganar as personagens principais.

Camilo era amigo de longa data de Vilela. Este, então, casa-se


com Rita que constrói uma relação mais íntima com o rapaz. A razão
principal para o adultério entre eles é a morte da mãe de Camilo. Camilo,
moço inocente, tenta negar os seus desejos, mas cai facilmente aos
gracejos da mulher. Até então, o menino recebe uma carta anônima a
qual deixa claro que os amantes estavam prestes a serem descobertos.
Camilo foge de Rita, evitando-a. Preocupada, a mulher pede ajuda a
cartomante, temendo que o seu amado não a deseje mais.

O jovem Camilo recebe uma carta de seu amigo Vilela. Este pede
para que ele apressasse em encontrá-lo na sua residência. Temendo o
pior, Camilo decide consultar-se com a cartomante. Ela o engana, assim
como fez com Rita e a tantos outros. Garante a ele que o seu futuro era
de amor pleno. Quando chega à casa de Vilela, ele está irreconhecível.
Camilo percebe o corpo caído da amante, Rita. Sem reação, o jovem é
morto pelo próprio amigo com um tiro à queima roupa. Vilela já o
esperava para vingar a sua traição.
Resumo da Obra “O Alienista”
A obra “O Alienista”, narra a história do Dr. Simão
Bacamarte (Alienista), um respeitado médico que tinha boa fama em
Portugal, Espanha e no Brasil.  Ele é casado com a já viúva D. Evarista,
quem ele julga ser uma boa mulher para gerar bons filhos, o que acaba
não acontecendo.

Dr. Simão acaba se dedicando então aos estudos da mente e a


psiquiatria. Ele se muda para a cidade de Itaguaí, Rio de Janeiro, onde
pede autorização do Governo para abrir uma clínica feita para estudar a
loucura e doenças da mente.

O local é batizado de Casa Verde, e todos aqueles que Dr. Simão


julga ser louco ele manda internar. No começo as internações eram feitas
com pessoas que possuíam realmente casos de loucura, sendo
aclamado pela população. Mas depois ele passa a internar pessoas
consideradas sãs, como Costa, um rapaz que havia recebido uma
herança com a qual daria para viver até o fim da vida, mas gastou tudo
em empréstimos aos outros e acabou na miséria. Nem D. Evarista
escapou, foi internada por não conseguir decidir que roupa vestir para
uma festa.

Metade da população já estava internada e as pessoas


começaram a se revoltar. O barbeiro Porfírio decide liderar uma revolta
para soltar as pessoas que foram presas injustamente conhecido como a
“revolta dos canjicas” (o apelido do barbeiro era Canjica). Esta
manifestação de nada adianta e no final os manifestantes também
acabaram presos internados.

Quando mais de 75% da população da cidade estava internada,


Dr. Simão viu que havia algo de errado com seu critério e decidiu o rever:
se a maioria seguia um desvio de padrão, quem tinha regularidade em
suas ações e firmeza de caráter eram os verdadeiros loucos. Então ele
decidiu prender a minoria.

Por fim, ele não encontrou ninguém que possuísse ao menos um


desvio de caráter a não ser ele mesmo. Dr. Simão então se internou e
ficou sozinho na Casa Verde, falecendo dezessete meses depois.

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