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Q U I N CA S
B OR B A
LEIA T U D O S OBRE ELE

Luiza, Camila, Beatriz, Kyanne e Maria Clara


8 de nov. de 2016

PERSONAGENS DE
QUINCAS BORBA

Sofia Palha - Casada com Palha, usa


do seu poder de sedução, apaixona-
se por Carlos Maria e para não
cometer o pecado da traição, casa-o
com sua prima. É dissimulada e
gosta de ser admirada. Adora
ostentar o luxo. Uma mulher bela
"de busto bem talhado, estreito
embaixo e largo em cima emergindo
das cadeiras amplas, como uma
grande braçada de flores que sai de
dentro de um vaso" como diria
Rubião que deixou-se amar por
Rubião pelo seu oportunismo e o do
marido. Sua beleza física esplendida
de mulher bondosa e caridosa se
contrabalanceia pelo seu caráter frio
e calculista.
Capítulo XXXV – “As senhoras
casadas eram bonitas; a mesma
solteira não devia ter sido feia, aos
vinte e cinco anos; mas Sofia
primava entre todas elas.
Não seria tudo o que o nosso amigo
sentia, mas era muito. Era daquela
casta de mulheres que o tempo,
como um escultor vagaroso, não
acaba logo, e vai polindo ao passar
dos longos dias. Essas esculturas
lentas são miraculosas; Sofia
rastejava os vinte e oito anos; estava
mais bela que aos vinte e sete; era de
supor que só aos trinta desse o
escultor os últimos retoques, se não
quisesse prolongar ainda o trabalho,
por dois ou três anos.
Os olhos, por exemplo, não são os
mesmos da estrada de ferro, quando
o nosso Rubião falava com o Palha, e
eles iam sublinhando a
conversação... Agora, parecem mais
negros, e já não sublinham nada;
compõem logo as coisas, por si
mesmos, em letra vistosa e gorda, e
não é uma linha nem duas, são
capítulos inteiros. A boca parece
mais fresca. Ombros, mãos, braços,
são melhores, e ela ainda os faz
ótimos por meio de atitudes e gestos
escolhidos. Uma feição que a dona
nunca pôde suportar, — coisa que o
próprio Rubião achou a princípio
que destoava do resto da cara, — o
excesso de sobrancelhas, — isso
mesmo, sem ter diminuído, como
que lhe dá ao todo um aspecto muito
particular.
Traja bem; comprime a cintura e o
tronco no corpinho de lã fina cor de
castanha, obra simples, e traz nas
orelhas duas pérolas verdadeiras, —
mimo que o nosso Rubião lhe deu
pela Páscoa.”

Carlos Maria - amigo do casal Sofia e


Palha, torna-se também amigo de
Rubião. É um rapaz jovem que
respira prepotência e desperta o
interesse em Sofia. Além de franco,
expansivo e possuir bons modos.
Capítulo XXXI – “Queres o avesso
disso, leitor curioso? Vê este outro
convidado para o almoço, Carlos
Maria. Se aquele tem os modos
"expansivos e francos”, — no bom
sentido laudatório, — claro é que ele
os tem contrários. Assim, não te
custará nada vê-lo entrar na sala,
lento, frio e superior, ser
apresentado ao Freitas, olhando para
outra parte. Freitas que já o mandou
cordialmente ao diabo por causa da
demora (é perto do meio-dia),
corteja-o agora rasgadamente, com
grandes aleluias íntimas.
Também podes ver por ti mesmo que
o nosso Rubião, se gosta mais do
Freitas, tem o outro em maior
consideração; esperou-o até agora, e
esperá-lo-ia até amanhã. Carlos
Maria é que não tem consideração a
nenhum deles. Examinai-o bem; é
um galhardo rapaz de olhos grandes
e plácidos, muito senhor de si, ainda
mais senhor dos outros. Olha de
cima; não tem o riso jovial, mas
escarninho. Agora, ao sentar-se à
mesa, ao pegar no talher, ao abrir o
guardanapo, em tudo se vê que ele
está fazendo um insigne favor ao
dono da casa, — talvez dois, — o de
lhe comer o almoço, e o de lhe não
chamar pascácio.”

Rubião- Ex-professor que ensinava


no primário em Barbacena, interior
de Minas Gerais. De origem humilde,
muda de vida radicalmente quando
conhece Quincas Borba, tornando-se
seu herdeiro. Mostra descontrole
sobre a fortuna, além de se mostrar
ingênuo. Apaixona-se pela mulher
de seu mais novo amigo, Cristiano
Palha.
Apesar da ingenuidade que define
a sua alma, Rubião é capaz de passar
por cima de certas objeções éticas,
mostrando que o seu móvel também
é o interesse. Associa-se, por
exemplo, a Palha, apenas para ficar
mais próximo de Sofia e poder amá-
la sem que a opinião pública
levantasse suspeitas.
CAPÍTULO III
"Um criado trouxe o café. Rubião
pegou na xícara e, enquanto lhe
deitava açúcar, ia disfarçadamente
mirando a bandeja, que era de prata
lavrada. Prata, ouro, eram os metais
que amava de coração; não gostava
de bronze, mas o amigo Palha disse-
lhe que era matéria de preço, e assim
se explica este par de figuras que
aqui está na sala, um Mefistófeles e
um Fausto."
Nessa passagem percebemos o quão
influenciável e de certa forma
ingênuo, pelo enredo completo do
livro, Rubião é.

D. Fernanda- Pouco mais de trinta


anos, era jovial, expansiva, corada e
robusta; nascera em Porto Alegre.
CAPÍTULO CXVIII
"Sofia organizou a comissão, que
trouxe novas relações à família
Palha. Incluída entre as senhoras
que formavam uma das
subcomissões, Maria Benedita
trabalhou com todas, mas granjeou
em especial a estima de uma delas,
D. Fernanda, esposa de um
deputado. D. Fernanda tinha pouco
mais de trinta anos, era jovial,
expansiva, corada e robusta; nascera
em Porto Alegre, casara com um
bacharel das Alagoas, deputado
agora por outra província, e,
segundo corria, prestes a ser
ministro de Estado.

Cristiano Palha tornou-se amigo


íntimo de Rubião numa viagem e o
apresentou a várias pessoas da
sociedade do Rio de Janeiro. Esse
personagem se caracteriza pela sua
esperteza e desonestidade. Durante o
livro, pode-se ver que Cristiano
Palha explora a ingenuidade de
Rubião. Em uma passagem do texto,
vê-se as fortes características de
Cristiano Palha, pois ele se torna
gestor da herança de seu "amigo"
ingênuo. Mais tarde, quando Rubião
precisa de sua ajuda, ele nega e
continua roubando a herança, numa
espécie de conta gotas. Além disso,
Cristiano releva os galanteios de
rapazes à Sofia, sua esposa,
esperando que eles tenham algo a
lhe oferecer.
Passagens do livro:
1- "Chegados à estação da corte,
despediram-se quase
familiarmente".
2- "No dia seguinte, estava Rubião
ansioso por ter ao pé de si o recente
amigo da estrada de ferro, e
determinou ir a Santa Teresa, à
tarde; mas foi o próprio Palha que o
procurou logo de manhã".

Quincas Borba (o cão) teve esse


nome dado pelo seu dono, também
chamado Quincas Borba e, mais
tarde, vem a ter outro dono: Rubião.
Este cão, ao longo do livro, mostra-se
amável e fiel com os seus dois donos.
As atitudes do cão faziam com que
Rubião achasse que ele recebeu a
alma do filósofo morto (Quincas
Borba). O cão, provavelmente, tem a
função de mostrar "um conjunto de
atributos que caracterizam os
animais irracionais e a parte
instintiva do homem; bestialidade e
brutalidade".
Passagens do livro: 1- "Rubião fê-lo
almoçar, e acompanhou-o ao
escritório do advogado, apesar dos
protestos do cão, que queria ir
também".
2- "Quincas Borba sentiu-lhe os
passos, e começou a latir. Rubião
deu-se pressa em soltá-lo ; era soltar-
se a si mesmo por alguns instantes
daquela perseguição".
3- "Olhou para o cão, enquanto
esperava que lhe abrissem a porta. O
cão olhava pra ele, de tal jeito que
parecia estar ali dentro o próprio e
defunto Quincas Borba, era o mesmo
olhar meditativo do filósofo, quando
examinava negócios humanos..."

Maria Benedita é uma personagem


secundária desta obra. No livro, há o
relato de que o nome "Maria
Benedita" a vexava, por ser um
nome de velha. É uma mulher
prendada, que aprende bons
costumes com sua prima. A prima de
Maria Benedita é Sofia - personagem
casada com Cristiano Palha. Maria
Benedita casou-se com um rapaz
franco, expansivo, educado e
galanteador: Carlos Maria.
Passagem do livro: "Maria Benedita, -
nome que a fechava, por ser de
velha, dizia ela; mas a mãe
retorquia-lhe que as velhas foram
algum dia moça as meninas, e que os
nomes adequados às pessoas eram
imaginações de poetas e contadores
de histórias"

Dona Tônica é uma personagem


secundária. Esta personagem é filha
do Major Siqueira. Ela é
caracterizada por ser uma
"solteirona" desesperada para se
casar. Maria vê no professor
mineiro, Rubião, a chance de,
finalmente, arrumar um marido e
não "ficar para a titia". Porém, ela
falha nas tentativas de obter Rubião,
pois ele não perde o ânimo em seu
amor por Sofia.
Passagem do livro: "Entende-se bem
que Dona Tonica observasse a
contemplação dos dois. Desde que
Rubião ali chegou, não cuidou ela
mais que de atraí-lo. Os seus pobres
olhos de trinta e nove anos, olhos
sem parceiros na terra, indo já a
resvalar do cansaço na
desesperança, acharam em si
algumas fagulhas".

Quincas Borba - Filósofo tido como


louco. Ele era adepto ao
humanitismo.
“O cão, ouvindo o nome, correu à
cama. Quincas Borba, comovido,
olhou para o Quincas Borba:”

CAMACHO - É um político, e deseja


eleger Rubião deputado.
“Ao mesmo tempo entrou no
gabinete, onde os dez homens
tratavam de política, porque este
baile, -ia-me esquecendo dizê-lo, -era
dado em casa de Camacho, a
propósito dos anos da mulher.”

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Criado por: Leonardo, Luccas e


Pedro M.
Professora: Débora Finamore

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