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EÇA DE QUEIRÓS
Luísa: Logo.
Capítulo II
No dia seguinte.
Juliana: Dona Luísa, tem uma carta para você! É do estúpido.
Luísa: Você leu?
Juliana: Não, mas ele até que escreve bem, que nem o Sambumba!
Na carta estava escrito: Amei o nosso beijo.
E Dona Luísa sentindo se desejada e com certa carência causada pela
ausência do marido, responde a carta de seu primo Basílio. Então Basílio
passou a frequenter muito a casa de Dona Luísa, sua prima, e a viziança
comçou a falar. Tais falatórios chegaram até aos ouvidos de Sebastião,
este era amigo de Jorge de longa data, que passou assim a ser amigo do
casal. Ounvindo o Dona Luísa recebera todos os dias a visita de seu primo
Basílio, decidio ir ter com ela.
Sebastião: Bom dia senhorita Juliana, a Dona Luísa está?
Juliana: Boa tarte, ela está sim, vou chamá-la.
Luísa: Boa tarde Sebastião.
Sebastião: Boa tarde Luísa.
Luísa: O que lhe trás por cá?
Sebastão: Tenho ouvido que tem recebido visitas de seu primo, olha Dona
Luísa, não cai bem uma mulher casada como a senhora, receber todos os dias
visitas de um homem solteiro enquanto seu marido está fora.
Juliana: É verdade, não cai nada bem. — Com uma voz de intrometida.
Luísa: As pessoas só espalham buatos.
Sebastão: Por isso lhe aconselhamos que deixasse de andar com a Dona
Leopoldina, por ter vários relacionamentos, mesmo já sendo casada.
Capítulo III
Desde aquele instante o primo Basílio deixou de aparecer em casa da
Dona Luísa. Mas eles continuaram a trocar cartas as escondidas e tendo
um lugar secreto onde se encontravam todos os dias. Certo dia Juliana
estava arrumando a sala e encontrou uma carta de Basílio, dizendo como
tem sido os encontros dos dois. E ela guardou consigo, e não quis mais
arrumar a casa, deitou-se no sofa esperando pela Dona Luísa. Quando a
Dona Luísa chega em casa vê que a casa esta desarrumada e encontra
Juliana esperniada no sofá.
Luísa: Porquê nada está arrumado e estás esperniada no meu sofa? — disse a
Dona Luísa já muito zangada.
Juliana: Foi bom o encontro com o Basílio? — com um sorriso malvado
enquanto falava para a patroa.
Luísa: Você tem Certeza do diz?
Juliana: Tenho! O que é isso aqui? Me explica.
Luísa: Como conseguiu isso aqui? Me devolve.
Juliana: Você foi tão descuidada, ao ponto de deixar por cima do sofa, e não
devolve à carta, e tenho outras que você jogou no lixo, agora você fará tudo
que eu mandar se não…
Luísa: Senão… o quê?
Juliana: Senão vou contar tudo ao seu marido!
Luísa: Ai meu Deus! Não conta nada a ele, eu faço o que você quiser. —
tremendo de medo.
Juliana: Apartir de hoje você arruma à casa, quero jóias caras e dinheiro
também. Caso contrário, vou contar tudo ao seu marido.
Luísa: Mas eu não tenho tudo isso!
Juliana: Isso aí não é problema meu.
Luísa contou ao primo o que havia sucedido, ele disse que não era
problema dele e que ela resolvesse, e supreendentemente o primo fugio.
Muitos dias se passaram e Luísa continuava a limpar a casa, cozinhar,
lavar e tudo qundo a empregada fazia. Ela tinha que fazer tudo de noite.
E certo dia seu marido chega de viajem, Juliana não disse nada e
continuous chantagiando a patroa, mas seu marido apercebeu-se que a
empregada não fazia nada e a enchotou. Ficando preocupada Dona Luísa
foi ter com Sebastião.
Luísa: Sebastião, preciso de ajuda, estou desesperada!
Sebastião: Calma mulher, o que se passa?
Luísa: Eu traia meu marido com o meu primo.
Sebastião: Eu bem sabia!
Luísa: Trocávamos cartas de amor, e à empregada encontrou-as e me
chantagiou pedindo dinheiro, jóias caras, roupas e dinheiro.
Sebastião: Que sujeira! Te vou ajudar.
Sebastião foi ter com à polícia em casa da empregada, mas disse que ela
havia roubado da patroa enquanto seu marido estivera de viajem,
estando em casa da empregada vendo à polícia teve um ataque e morreu.
Porém, a Dona Luísa fazia os trabalhos de noite o que fez com que ela
estivesse muito doente, e também viria a morrer. Passado assim um bom
tempo, o primo Basílio decidiu enviar uma carta a sua prima, não
sabendo que ela já estava morta, e por conseguinte o marido é quem
recebe a carta e o primo volta para sua vida de Aventura e o marido é
quem fica triste e sozinho.
Notas do autor
Enquanto ao processo — estimo que você o aprove. Eu acho no Primo Basílio uma
superabundância de detalhes, que obtive, e abafo um pouca a ação; o meu processo precisa
simplificar-se, condensar-se — e estuda isso; o essencial é dar a nota justa; um traço justo e
sóbrio, cria mais que a acumulação de tons e de valores — como se diz em pintura. Mas
isto é querer muito. Pobre de mim — nunca poderei dar a sublime nota da realidade eterna,
como a divina Balzac — au a nata justa da realidade transitória cama a grande Flaubert!
Estes deuses e estes semideuses da arte estão nas alturas — e eu, desgraçadinho, rabeio nas
ervas íntimas. E todavia se já houve sociedade que reclamasse um artista vingador é esta! E
sobretudo, vista de longe no seu conjunto, e contemplada de um meio farte como este aqui
(sejam quais forem os seus grandes males, forte decerto) que contrista, achá-la tão
mesquinha, tão estúpida, tão convencionalmente pateta, tão grotesca e tão pulha!
Alegra-me que você queira escrever alguma coisa sobre o Basílio; a sua opinião, publicada,
existência; e de todos os defeitos, faltas, ou erros que você notar — tomarei cautelosamente
nota. Eu tenho a paixão de ser lecionado; e basta darem-me a entender o bom caminho para
eu me atirar para ele. Mas a crítica, ou a que em Portugal se chama a crítica, conserva sobre
moralizado; a sua fortuna, como você diz, foi um bambúrrio; era pulha antes, um pulha
pobre — depois tornou-se apenas um pulha rico. Pessoas amigas escrevem-me dizendo, que
parece incrível que um homem que trabalhou na Brasil com valor; seja no fundo um
Basta de cavaqueira. Se você publica algum livro por esta ocasião — mandemo; e se tiver
par aí alguns volumes da sua História da literatura a de mais, e que lhe não façam falta, dê-
os ao Ramalho que ele nos manda. Eu, os que tinha, perdi-os estupidamente, com as obras
de Shakespeare, de V. Hugo, num caixote, caminho da Havre, e outras abras mais. Escrevi
Eça de Queirós.
E o fim!