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Boa leitura.
Antes de mais nada
- Vamos, peão?
O jeito que ele me olhou, acho que homem nenhum nunca tinha
me olhado. A Cleuza estava do lado dele e os dois pararam de
conversar na mesma hora, ficaram me reparando, abobados. Ele
respirou fundo, puxou o ar com força, tomando fôlego.
- Tá pronta, galega?
- Estou mais do que pronta. – Dei um sorrisinho para ele e para a
Cleuza.
- Bem, deixa eu ir! Bom passeio pros dois! – Cleuza falou e saiu
para a cozinha.
Fiquei parada de pé, Josué levantou da mesa devagar, sem tirar
os olhos de mim, veio chegando perto, a voz diminuiu o tom.
- Com todo respeito Luiza, mas... acho que cê é a mulher mais
bonita que eu já vi.
- Bondade sua, Josué. Não sou isso tudo, não.
Ele parou de frente para mim com aquele cheiro gostoso de
homem, ficamos nos olhando, admirando um ao outro, sorriso
querendo brotar do lábio, aquele clima gostoso voltando todo outra
vez, que me dava calor na buceta.
- É sim. É isso tudo e mais, muito mais
...
- Eu agradeço seu elogio... – Tínhamos que sair dali antes que
alguma bobagem acontecesse, já estávamos a um passo de nos
abraçarmos, vontade louca de tocar nele. -Vamos?
- Vamo. O que cê pedir eu faço, Luiza. Faço na hora. Qualquer
coisa.
Ah, Deus... ele estava caidinho. Pior que eu também estava com
muita vontade dele. Dei um sorrisinho e virei para sair na frente,
queria que ele me olhasse, que me admirasse toda, frente e verso.
- Meu Jesus amado... – Falou quase gemendo.
Eu só apertei o olho e mordi o lábio, segurando um sorriso
gostoso.
A gente foi conversando, rindo, o papo dele era muito agradável,
me contou da vida dele, falei da minha, éramos tão diferentes, mas
eu admirava cada detalhe daquele jeito simples, e o achava um
homem muito atraente, interessante.
Se fosse olhar o que era certo, eu tinha que ficar longe daquela
mulher. Se o patrão descobrisse, puta que pariu, eu ia para o olho
da rua, fora o que podia acontecer com aquela princesa, que
parecia uma presa ali no meio dos leões bravos. Aquele Victor
parecia um cretino, não me desceu desde o dia em que vi a cara
dele, e o jeito que tratava a minha princesa vontade era de chamar
ele num canto e ter uma conversa bem séria, ensinar uma lição a
ele...
Mulher era meu ponto fraco e essa parece que veio para me
testar, para colocar toda a minha resistência à prova. Linda,
cheirosa, toda meiguinha, beijo gostoso, buceta apertadinha... ah,
que vontade de comer que eu estava...
Olhei para baixo, meu pau doía de tão duro, achei que ia furar o
lençol, uma gotinha já tinha molhado. Aquela danada me deixava
doido. Lembrei daquela boca gostosa, a calcinha minúscula por
baixo da minissaia, nossos sexos esfregando, se conhecendo, se
querendo...
Apertei meu pau com força, vontade de liberar, joguei o lençol
para um lado e comecei a esfregar, deslizar minha mão, sentindo
ele inchar mais e mais, uma pressão gostosa pra caralho tomando
ele, dominando todo o meu corpo, estava à mercê daquele prazer.
Fiquei nesse vai-e-vem gostoso, todo teso, corpo travado,
gemendo. Ah, que delícia que era bater uma, caralho, eu precisava
demais...
Estava a ponto de gozar quando senti um cheiro de cigarro e
olhei de relance para a janela.
Diacho. Cândida me espiava do parapeito com um sorriso na
boca, a mulata era sem-vergonha, sentadinha com as pernas
cruzadas metida num vestido deixando as coxas de fora, tragando
sem parar.
Sinto muito, hoje não ia ter para ela.
Não parei. Estava tão gostoso, eu todo nu, a luz da lua entrando
pela janela e mais nada, vento batendo na cortina aberta e barulho
de grilo lá fora, aqui dentro só meu gemido de prazer, esfregando o
pau que nem um louco, desesperado.
- Ah delícia... ah, tesão... aaahhh... – contorci todo quando a
pressão ficou mais forte e deliciosa, chegando na cabeçona dele,
roxinha de tanto esfregar. Esporrei igual a um cavalo, jato voou
longe, sujou minha barriga toda, veio muito. Quis gritar o nome da
galega, mas ia ser um inferno depois com a outra me espiando ali.
- Êta coisa boa... – Ela comentou da janela.
Continuei deitado, respiração curta, segurando meu pau, sentindo
espasmos, o restinho de porra saindo da cabeça e escorrendo pelo
corpo dele igual calda de sorvete, fiquei só olhando e imaginando a
galega chupar aquilo.
Eu mal me recuperei e já ia levantar para ir ao banheiro me
limpar, Cândida pulou a janela para dentro do meu quarto.
- Diacho, Cândida. Não posso nem ter minha privacidade mais?
Ela deu a última tragada e jogou a bituca de cigarro pela janela.
- Estava pensando em quem, Jô?
- Diacho, até meu pensamento agora quer controlar, mulher? –
Levantei e fui para o banheiro.
- Bundinha gostosa...
- Me erra, Cândida.
- Agora é assim? Por que não me ligou? Eu vinha correndo! Tá
igual adolescente descabelando o palhaço aí, porra... Aliás, temdias
que cê sumiu, tive que vir atrás ver o que estava acontecendo!
Do banheiro fiquei escutando ela resmungar no quarto, nem fiz
questão de entender direito, sabia que era encheção de saco e
pegação no meu pé.
Voltei para o quarto e vesti uma camiseta velha, um short de
malha.
- Vou mimi com cê hoje....
- Cândida. – Respirei fundo e esfreguei as vistas. – Hoje não, tá
bom? Preciso de um tempo sozinho. E não gostei do que cê fez,
bancando a enxerida na janela.
- O que tá acontecendo, Josué? Cê nunca negou fogo....
- Não viu o que eu acabei de fazer, porra?
- Isso aíé fichinha.Quantas e quantas vezes já fezisso na minha
boca antes da gente pegar fogo na cama...
- Pois é. Mas hoje não.
- Cê tá me escondendo alguma coisa.... tem mulher no meio,
Josué?
- Não tem mulher no meio, e mesmo se tivesse, não tenho
compromisso com cê, caralho.
- Beleza, então. Só não esquece de uma coisa, Josué. Quando a
saudade apertar, não sei se vou estar disponível...
Nem falei nada. Do mesmo jeito que ela entrou, pulou a janela e
saiu. A Cândida era desse jeito. Possessiva, maluca, não tinha juízo
nenhum, topava tudo. A gente transava toda semana, mas eu não
tinha compromisso com ela, era só sexo gostoso.
Nunca enganei mulher, nunca prometi nada. Vinham porque
gostavam, voltavam porque queriam mais. Não estou me gabando,
é real.
Eu não queria compromisso mesmo, não queria sofrer mais, já
tive muita decepção nessa minha vida, me apegava demais, fazia
de tudo e depois levava um pé na bunda, quando não um chifre bem
dado. Cansei de ser corno.
Era tudo que eu mais queria, passar o dia com ele. Dei um
golinho no caldo e saímos felizes para a casa dele.