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Copyright © 2021 Nina Pimenta

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e


acontecimentos descritos, são produtos da imaginação do autor.
Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é
mera coincidência.
RevisãoNina Pimenta
Capa Nina Pimenta
DiagramaçãoNina Pimenta
Esta obra tenta seguir as regras do Novo Acordo Ortográfico.
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parte dessa obra, através de quaisquer meios – tangível ou
intangível – sem o consentimento escrito da autora.
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9610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Edição Digital/ Criado no Brasil.
Por trás de uma montanha sempre tem outra maior. E muito mais
gostosa.
Calma, você já vai entender.
Querido leitor
,
Esse é o quinto e último livro da minha coleção de contos picantes
Os Homens da Minha Vida.

E primeiro eu devo dizer a você que a linguagem desse conto foi


adaptada para dar mais realidade ao texto, ressaltando o
regionalismo e as gírias.
E, se você for uma pessoa “sensível”, peço que pare por aqui.
Depois não diga que não avisei.
No mais, esqueça todas as regras, e divirta-se, porque essa
história ficoudeliciosa demais.

Boa leitura.
Antes de mais nada

Meu nome é Luiza, tenho 23 anos, e acabo de ficar noiva do


Victor, filho de empresário importante amigo do meu pai.
Ganhamos de presente de noivado uma viagem para a Europa, e
na volta passaríamos uns dias na mansão da fazenda de um amigo
do pai do Victor.
Essa história que vou contar agora parece até coisa de novela,
mas não é não... aconteceu comigo. E eu não posso esconder de
você os detalhes, então se não gosta de coisa muito indecente é
melhor nem ler... porque o Josué é o homem mais gostoso que eu já
conheci, credo.
Eu não gosto disso. Quero dizer...
Bem, eu tenho noivo! Não posso ficar falando essas coisas. Ele
se chama Victor como eu já faleipara você, mas nossa relação é de
fachada, se quer saber. Pelo menos da minha parte. Estou
encurralada, não tenho para onde fugir, mas assim é a vida, o que
eu vou fazer? É gente rica, importante, do meu círculo social, e o
mais grave: é filho dos melhores amigos dos meus pais!
Vão falar que eu sou sem-vergonha, safada... podem falar, não
conhecem o Victor e não sabem o que eu passo nesse noivado de
conveniência. Ele é um grosso, mal-amado...
Ah, mas o Josué...
O Josué foi a surpresamais deliciosaque eu ganhei na vida.

A gente já vivia aquele clima de tensão sexual desde que um


olhou para o outro pela primeira vez naquele sítio, mas um dia,
nervoso e meio “alto”, ele virou para mim e falou:
“Escuta aqui loirinha, cê vê se não aparece mais aqui. Se não eu
vou te comer tão gostoso, que o seu noivo vai escutar seus gemidos
lá do outro lado da fazenda!”.
LUIZA

Quando a porta do avião abriu, foium tumulto sem noção para os


passageiros saírem. Victor continuava sentado e me puxou pelo
cardigan.
- Fica quieta Luiza, não tá vendo a bagunça aí? Não seja idiota
igual a eles, aprende a esperar, caralho! – Ralhou comigo, bruto.
Peguei minha bolsa e sentei na poltrona de novo. Depois de dez
horas de voo, tudo o que eu queria era esticar minhas pernas e
tomar ar fresco.
A gente acabava de voltar de uma viagem de dez dias pela
Europa, fizemos um tour, presente de noivado dos nossos pais.
Victor fazia residência em Neurologia e eu estava no último ano de
Publicidade e fazia fotos como modelo também. A gente estava
junto há quase um ano, e eu sentia que desde o começo tudo saiu
como o planejado – planejado pelos meus pais e pelos pais dele,
amicíssimos de longa data, mesmo círculo social.
Pais eram amigos mas eu e ele não tínhamos contato nenhum.
Vez ou outra esbarrávamos em eventos, festas,e era só um “oi”. Ele
sempre foi lindo, era um loiro de olhos verdes que chamava a
atenção, sempre rodeado de mulher, metido, convencido. Eu só não
sabia que ele era grosso, fui descobrir depois do namoro, que
nossos pais insistiram para que acontecesse.
Se tínhamosquímica?Acho que nenhuma. Pelo menos da minha
parte. Era isso aí que vocês viram. Me chamava a atenção o tempo
todo, me corrigindo e apontando defeitos. Que mulher gosta de
homem assim?
A viagem tinha sido uma droga, e para completar, eu ia ficar
enfurnada numa fazenda com ele durante quase uma semana,
presente de um amigo do pai dele que nos ofereceu a estada como
presente.
Bem, no começo eu até achei que era um presente de grego,
mas depois...
Josué era o nome dele.
Putz.
LUIZA

Tudo começou quando a gente chegou de viagem. O Alberto,


amigo do meu futuro sogro, combinou com o motorista de nos
buscar no aeroporto e nos levar até a fazenda dele, pertinho da
capital onde morávamos. Não ia ter ninguém lá, era uma espécie de
lua de mel antecipada, nossos pais eram modernos e liberais, não
era possível que achassem que não rolava sexo entre a gente.
Pouco, mas rolava.
Para um casal jovem e cheio de saúde como nós dois, e o
principal - com pouco tempo de relacionamento? Era para estarmos
como dois coelhinhos, trepando em todo canto!
Mas não. E nem era a minha vontade, se quer saber. Não com o
Victor. Sou fogosa, adoro sexo, me masturbo, tenho meus
brinquedinhos... mas o Victor além de ser um chato, era muito
devagar, e ele... ele era ruim de cama, quase não me procurava, e
eu... ah, nós não estávamos bem, não combinávamos, a verdade
era essa.
E eu não ia pelejar com ele não, não ia mesmo!

- Valeu, Alfredo. – Ele agradeceu ao motorista quando esse


colocou a última mala na varanda do casarão.
O lugar era lindo mesmo.
Na entrada tinha um caminho maravilhoso de coqueiros até a
gente chegar na casa. Essa era em estilo colonial, dois andares,
branca, janelas e portas em madeira pintadas de azul. Um jardim
lindo na frente com banquinhos, fiquei imaginando o sossego e a
delícia que devia ser sentar ali para ler ou pensar na vida.
- Vai ficaraíde dondoca só olhando ou vai ajudar a entrar com as
malas? – Victor virou para mim, xingando.
Já olhei para ele desanimada, mas antes que eu respondesse,
uma voz grossa e impaciente me interrompeu.
- Pois não, eu ajudo a senhora!
Eu estava distraída e levei um susto quando um homem surgiu
atrás de mim, chegou perto e baixou para pegar na alça da bolsa.
Olhei para a mão dele, o toque áspero roçou na minha, os
antebraços fortes, com pelos escuros chamaram a minha atenção.
Ergui o pescoço e meus olhos azuis encontraram os castanhos dele,
um homem moreno, os traços bem masculinos, rosto quadrado,
barba curta e bem aparada, a boca desenhada e os dentes brancos.
Lindo. Sua voz era viril, decidida, e o cheiro de sabonete masculino
misturado com suor me despertou a atenção, atraindo o meu olhar.
- Ah, obrigada... você é...?
- Josué. – Respondeu, seco.
- O meu é Luiza, prazer.
- E faz o que aqui? – Victor perguntou, notei o tom de desdém.
- Sou o caseiro. Eu cuido da fazenda para o doutor Alberto.
- Ah, sim.
- Vamos. Cês podem vir por aqui.
Ele saiu andando na frente com as minhas malas e eu e o Victor
o seguimos. Fiquei reparando na roupa que parecia justa para ele,
mal comportava as coxas grossas na calça jeans, a bunda
redondinha, a camisa de botão e as botas do estilo de fazer trilha.
Não devia reparar mas reparei.
Subimos as escadas, Josué abriu a porta dupla de madeira e nos
mandou passar. Entrei bem ao seu lado, olhei de relance para ele,
era alto, largo, robusto, postura elegante, ereta.
- Valeu, caseiro. Pode deixar as malas dela aqui. – Victor ordenou
quando chegamos na sala de estar.
- Desculpa como é o nome de vocês? – Josué o ignorou, olhando
para mim.
- É Luiza e Victor. – Falei.
- Pois então, dona Luiza. Vou deixar suas malas lá em cima, no
quarto do doutor Alberto. Ele mandou deixar tudo arrumado pra
vocês.
- Ah, obrigada.
Victor bufou e saiu pisando pesado, correu para ultrapassar o
homem, que era muito maior do que ele, subiu as escadas correndo.
Senti vontade de rir, não sei que competição idiota era essa.
Eu o acompanhei andando mais devagar, observando tudo nos
seus detalhes, a mansão era bem rústica, linda. E Josué conhecia
tudo ali de cor, pelo menos parecia.

Chegamos no quarto de casal e ele deixou minhas malas ao pé


da cama. Virou para a gente e falou:
- Ó, tô aqui para o que precisarem. Minha casa é perto daqui, só
pegar uma estradinha de terra que não dá nem cinco minutos.
Qualquer coisa que precisarem...
- Valeu. Pode ir agora.
- Obrigada, Josué.

Ele deu as costas e saiu.


Fiquei o observando, todo imponente, pisando duro, decidido.
Reparei nas mãos enormes dele, não usava aliança.
Pelo menos essa sorte ele tinha: não estava noivo de ninguém.
JOSUÉ

Isso não é jeito de tratar mulher não, rapaz!


Me deu uma vontade de meter um soco bem no meio da cara
daquele riquinho fresco a hora que vi ele mandando a mulher pegar
as malas...
Da onde eu vinha mulher não era tratada desse jeito nunca!
E que princesa era aquela... dava para ver que vinha da cidade e
tinha dinheiro, toda linda e elegante, a blusa amarrada na altura do
estômago modelando aqueles peitões, a calça baixa mostrando o
contorno certinho da bunda e a marca da calcinha fio-dental saindo
da calça, o cabelão loiro... ah rapaz, vê se eu ia fazergrosseria com
uma mulher dessa... eu era bruto, não era grã-fino, mas sabia tratar
mulher de um jeito que ela comia na palma da minha mão... e eu
comia outra coisa... e comia gostoso...
Encostei naquela mão de seda e pedi licença para pegar as
bagagens, estavam pesadas para ela, coitadinha.

Nem me apresentei, prazer, Josué, tenho 39 anos, sou caseiro


aqui na fazenda do doutor Alberto já vai fazer cinco anos. Solteiro,
só na sofrência. Tô tendo tempo pra nada não, diacho! Mulher dá
trabalho! É igual flor... tem que cultivar, tem que tratar bem para ela
florescer e te dar o fruto mais gostoso que ela tem. E como eu
amo... sou viciado...
Mudando de assunto, o doutor Alberto me explicou que a visita
deles era um presente, e então reuni com a cozinheira e a faxineira,
deixar tudo organizado para o casalzinho vinte curtir os dias. E eu ia
vigiar tudo de perto pra não sair nada errado!
Não ia ser sacrifícionenhum admirar aquela boneca e satisfazer
ela em tudo o que precisasse.
Tudo mesmo.
LUIZA

- Ai Victor, tô louca por um banho... – Suspirei, procurando onde o


peão tinha deixado a minha bagagem de mão para achar uma
presilha de cabelo.
- Já tô enchendo a banheira, eu vou tomar banho primeiro, depois
é você.
Que se fodesse. Tomara que já dormisse logo depois para me
deixar em paz.

A diferençade temperatura entre Londres e Minas era grande. Lá


era verão nessa época, bem quente, levei roupa de todo tipo, mas
também já sabia que viríamos para cá, então trouxe muita roupa de
calor, e na mala também carregava umas peças que ganhei no meu
Chá de Lingerie feito por umas amigas, nem tinha usado ainda, e
não sei quando ia usar também. Carreguei essas tralhas à toa,
ainda bem que não pesava muito.

Deitei na cama, fiquei mexendo no celular enquanto esperava o


rei sair do banheiro.
Quando foi mais tarde, tomei um banho bem relaxante. Saí do
banheiro toda nua, passei um hidratante gostoso no corpo todo,
soltei o coque, coloquei uma camisola curtinha rosa e transparente
com detalhes em renda, a calcinha fio dental como complemento, e
resolvi ir até a cozinha fazer um chá. Sentia calor, mas também
estava a fim de sexo, já tinha muito tempo que a gente não
transava, quem sabe se rolasse a gente ficava bem nesses dias...
- Quer algo da cozinha? – Perguntei para o Victor, cheguei perto
dele para que me visse, sentisse o meu cheiro.
Para o meu desânimo, sem suspender os olhos para mim, ele
disse que não, e continuou sentado à mesa, mexendo no notebook.
Não sei por que eu ainda me espantava.

Estava sem fome porque tomamos um lanche da tarde bem


caprichado no avião, e eu não sou de comer muito, vivo de dieta
para manter a forma, faço corrida, treino quando dá. Me considero
uma mulher vaidosa, sou loira natural mas faço luzes para ficarem
ainda mais claros, realçam meus olhos azuis, adoro meu corpo, e
tenho meu silicone que acho lindo.

Desci as escadas, fuidireto para a cozinha, estava toda aberta, o


ar fresco percorrendo tudo através da janela bem em cima do fogão,
o jardim iluminado lá foraera lindo de ver. Enchi uma caneca d’água
e coloquei para esquentar, fui até a outra ponta da cozinha e
comecei a abrir os armários para ver se tinha algum sachê de chá
que eu gostava.
- Na gaveta à sua direita.
Virei correndo para ver de quem era a voz grossa que vinha da
janela. Minha primeira reação foi esconder o meu corpo, mas era
inútil, não tinha com o que tampar. Decidi agir com naturalidade.
Josué estava debruçado no parapeito, os olhos me percorrendo,
achei que ia me engolir.
- Me desculpa, não quis assustar a senhora. – Falou abrindo um
sorriso travesso.
Dessa vez tinha trocado de roupa, usava uma camisa de malha e
um boné. Estava lindo, jovem, descontraído. Nem parecia o mesmo
peão mandão de mais cedo (talvez porque o Victor não estivesse
perto agora; eu sabia muito bem como era essa disputa de homem).
- Ah, tudo bem.. é Josué não é?
- Ao seu dispor. – Veio todo cheio de graça.
- Hum, obrigada. E onde é que fica mesmo o chá?
- Nessa gaveta aí ao lado da senhora. – Apontou.
Me virei para abrir a gaveta. Que se danasse, ele já tinha visto
tudo o que era para ver, e como modelo eu já devia estar
acostumada com a exposição do meu corpo. Tentei relaxar.
Mas não sei o porquê, a sensação de estar tão exposta ali e ser
olhada com tanto desejo por aquele homem me deixou excitada.
Fingi que não era nada demais aquilo, e me aproximei dele para
desligar a água do chá que já tinha evaporado mais da metade.
- A xícara fica ali. – Apontou para um armário no alto.
Virei de costas e fui até o móvel, sentia-me nua, virei para vê-lo,
os olhos dele brilhavam, cravados na minha bunda. Aproximei e abri
a porta do móvel, estendi o braço e fiquei na ponta dos pés. A
camisola subiu e minha bunda nua pelo fio-dental apareceu.
- Diacho.
Escutei ele xingando baixinho mas não entendi direito.
- O quê?
- Não foi nada. – Raspou a garganta, continuando a admirar meu
corpo, nem disfarçava.– Eu passei aqui só pra avisar que a luz do
jardim é automática, cês não precisam desligar.
- Ah, tudo bem.
Coloquei o sachê dentro da xícarae virei a água fervendo,com o
pires, tampei a boca da louça.
- Aceita um chazinho? – Cruzei os braços e cheguei bem próxima
dele, em frente a janela, dei um sorriso. Josué sorriu de volta e
lambeu os lábios ao olhar para os meus seios de perto.
- Ah, esse negócio de chá não é comigo. Gosto de coisa forte,de
macho. Se fosseum cafébem forteeu pulava essa janela agora e ia
aí tomar com a senhora.
Dei uma risadinha e, não sei o que deu na minha cabeça, falei:
- Josué, duas coisas... Não precisa me chamar de senhora, por
favor, é Luiza, só Luiza. E se quiser vir amanhã cedinho, podemos
tomar um café do seu jeito.
- Mas eu vou fazer muito gosto se isso acontecer. – Os olhos
revezavam entre o meu olhar e os meus seios.
- Combinado então, Josué.
- Combinado. Tem muita coisa gostosa aqui na fazenda... já
provou do queijo?
- Ah, a cozinheira deixou um queijo pra gente hoje.
- Uhum, a Cleuzinha. Amanhã eu te mostro.
Vi que o olhar dele percorreu a cozinha. Raspou a garganta.
- Seu noivo já dormiu?
Sem querer, eu ri. De repente o imaginei sendo meu amante. Não
era difícil pensar uma coisa dessa, ele era uma delícia de homem.
- Ah, ainda não... tá lá em cima mexendo no notebook.
- Hum.
Ficamos em silêncio, eu mergulhando o sachê na água antes de
descartá-lo.
- Amanhã eu te vejo então, Luiza? – Tamborilou no parapeito da
janela.
- Você é meu convidado especial, Josué.
A gente riu um para o outro, olhos brilharam e eu pisquei para
ele.
- Não sabe o prazer que vai me dar.
- Eu imagino.
- Duvido que imagina... – Falou olhando no fundo do meu olho.
A gente riu junto.
E no meio desse clima gostoso que rolou, ele foi embora.

Na manhã seguinte, nós acordamos bem cedo. Victor já estava


vestido, eu usava um robe de seda, e havíamos acabado de nos
sentar à mesa da sala de jantar, repleta de comida. Devíamos estar
na cama nos curtindo, transando gostoso, mas ele disse que tinha
coisa da residência para resolver e estava com pressa.

A Cleuza era a cozinheira do Alberto, ficava para preparar todas


as nossas refeições.
- Eu já vou deixar ocês bem à vontade, só terminando de assar
esse bolo... – Ela sorriu toda simpática, colocando a garrafa de café
na mesa.
- Não preocupa não dona Cleuza, a gente já está muito à vontade
não é, Victor?
- Uhum. – Ele respondeu desanimado, mexendo no celular.
De repente a campainha tocou e Victor me olhou intrigado.
- Deixa que eu atendo. – Respondeu.
Ele se levantou da mesa e foi até à porta. Passados nem quinze
segundos, voltou.
- Quem era? - Perguntei enquanto fatiava um mamão.
- Aquele sujeito de ontem.
- O Josué?
- Ele mesmo.
- E você não atendeu?
Victor ficouparado me olhando, dona Cleuza chegou com o bolo.
A campainha tocou de novo.
- Ô gente, tá tocando de novo, deve ser o Josué! Vou abrir pra
ele! – Cleuza saiu correndo e o Victor voltou a se sentar como se o
homem fosse insignificante.
- O que será que ele quer? – Fechou a cara e me perguntou.
Olhei para ele, fingi que não sabia de nada, dei um sorriso sem
graça.
- Eu não faço ideia...
Ouvi pisada firme nas tábuas de madeira, uma voz grossa
conversando, animado.
Ele surgiu ao lado da Cleuza, que batia na cintura dele. Tirou o
chapéu, fezum aceno com a cabeça, ajeitou o cabelo sedoso, farto.
Estava lindo demais, a camisa de botão modelando o peitoral forte,
a calça jeans surrada marcando as coxas. Ele era todo grande...
- Bom dia procês...
- Bom dia, Josué. – Dei um baita sorriso para ele, nem disfarcei.
Victor só acenou com a cabeça, já foi partindo um pedaço de
bolo, e eu o convidei para se sentar com a gente.
- Opa, café da Cleuzinha não tem igual.
Sem cerimônia, arrastou uma cadeira e se sentou bem ao meu
lado, cheiro de banho e loção de barba invadiram meu nariz, que
homem cheiroso, senti tesão. Victor ficou olhando, parecia não
acreditar no que estava vendo.
- Eu vou pegar uma xícara procê agorinha, Josué!
- Valeu, Cleuzinha.
Ficamos calados e eu sorri sem jeito, torci para ele não comentar
da noite passada.
- E aí Josué, o que tem de bom pra fazer nesse sítio? – Tentei
quebrar o clima, ser educada com ele.
- Ah, mas tem muita coisa, galega...
- Como é que é? – Victor mexia no celular e parou na mesma
hora quando ouviu meu apelido novo. Eu segurei para não rir.
Josué ergueu o queixo e sustentou o olhar dele, os dois trocaram
faísca.
- Aqui tá sua xícara, peão... – Cleuza chegou toda animada e
entregou a louça para ele.
Josué pegou a garrafa de café e se serviu, voltou a falar, se
dirigindo somente a mim, falou até mais baixo.
- Então Luiza, a gente pode dar uma caminhada, tem uma trilha
muito bonita, vou te mostrando a paisagem, tem o curral, um galpão
onde faz esse queijo gostoso que cê vai provar agora...
- Ah, que interessante... eu quero muito. Você vem também,
Victor?
Vi que ele mexia no celular mas estava de orelha em pé, só nos
espiando com o canto do olho, emburrado.
- Não. Tenho coisa bem maisimportantepra fazer.
- E o que seria? – Josué perguntou na hora.
Victor bloqueou o celular e levantou da mesa, irritado.
- Você jamais entenderia, peão. – Falou e saiu.
- Ah Josué, olha, prova esse bolo. – Tentei mudar de assunto
mas ele fuzilou o Victor com o olhar, ficou encarando-o até meu
noivo sair da sala. Droga.
- Josué... – peguei na mão dele, que olhou no mesmo instante.
- Oi, galega. – A voz até amansou, graças a Deus. Tentei jogar
um charme para melhorar tudo de vez. Desamarrei o robe, estava
com a camisola por baixo. O olhar dele veio igual ímã, pesou, a
boca abriu. Empinei meu corpo, alisei meus cabelos, sorrindo para
ele.
- Nossa mãe... cê já vai trocar de roupa então? – Perguntou em
voz baixa, vidrado nos meus seios.
- Vou. Me espera aqui na mesa? – Perguntei toda manhosa, fiz
um carinho na calça jeans dele, altura da coxa, reparei no volume
do pau, e estava muito grande.
- Eu te espero aonde cê quiser, onde precisar.

Ele ficava nesse joguinho comigo, essas frases me deixavam


animada, me faziam pensar mil coisas, e eu estava adorando.
- Eu já volto então. – Falei toda dengosa, alisei o rosto dele. O
homem ficou abobado.
Eu resolvi dar uma caminhada com ele.
Queria ficar bonita, eu me achava linda, mas queria também que
ele achasse, que me desejasse. Vesti uma camiseta branca que eu
adorava, não era decotada mas ficava transparente, modelava muito
bem meus seios grandes, usava sem sutiã, ganhei de presente
quando fiz um ensaio lindo. Vesti um short jeans desfiado bem
curtinho que me deixava muito gostosa, e calcei meu tênis branco.
Meus cabelos formavam cachos largos naturais, e eu gostava de
deixá-los soltos, na altura da cintura. Passei filtro solar e um gloss;
mais nada.
Despedi do Victor e avisei que não sabia a que horas voltava. Ele
estava no notebook e parece que nem se importou, nem olhou para
a minha cara. Pus minha bolsinha rosa a tiracolo e desci as
escadas.

- Vamos, peão?
O jeito que ele me olhou, acho que homem nenhum nunca tinha
me olhado. A Cleuza estava do lado dele e os dois pararam de
conversar na mesma hora, ficaram me reparando, abobados. Ele
respirou fundo, puxou o ar com força, tomando fôlego.
- Tá pronta, galega?
- Estou mais do que pronta. – Dei um sorrisinho para ele e para a
Cleuza.
- Bem, deixa eu ir! Bom passeio pros dois! – Cleuza falou e saiu
para a cozinha.
Fiquei parada de pé, Josué levantou da mesa devagar, sem tirar
os olhos de mim, veio chegando perto, a voz diminuiu o tom.
- Com todo respeito Luiza, mas... acho que cê é a mulher mais
bonita que eu já vi.
- Bondade sua, Josué. Não sou isso tudo, não.
Ele parou de frente para mim com aquele cheiro gostoso de
homem, ficamos nos olhando, admirando um ao outro, sorriso
querendo brotar do lábio, aquele clima gostoso voltando todo outra
vez, que me dava calor na buceta.
- É sim. É isso tudo e mais, muito mais
...
- Eu agradeço seu elogio... – Tínhamos que sair dali antes que
alguma bobagem acontecesse, já estávamos a um passo de nos
abraçarmos, vontade louca de tocar nele. -Vamos?
- Vamo. O que cê pedir eu faço, Luiza. Faço na hora. Qualquer
coisa.
Ah, Deus... ele estava caidinho. Pior que eu também estava com
muita vontade dele. Dei um sorrisinho e virei para sair na frente,
queria que ele me olhasse, que me admirasse toda, frente e verso.
- Meu Jesus amado... – Falou quase gemendo.
Eu só apertei o olho e mordi o lábio, segurando um sorriso
gostoso.
A gente foi conversando, rindo, o papo dele era muito agradável,
me contou da vida dele, falei da minha, éramos tão diferentes, mas
eu admirava cada detalhe daquele jeito simples, e o achava um
homem muito atraente, interessante.

Passamos numa estrada de terra, depois ele me falou que me


levaria para provar uma coisa muito gostosa, chegamos numa
vendinha fofa,pediu que eu esperasse lá fora, falou que se eu
entrasse ia acontecer um rebuliço lá dentro, achei foi engraçado.
O lugar estava cheio, da porta vi mesas e em sua maioria
homens bebendo, sentados lá e no balcão. Ele entrou e eu fiqueide
pé esperando na entrada.
- Esse aí... mulher até chora por causa dele. – Olhei para os
lados para ver se era comigo mesmo que a moça falava, chegou de
repente.
- Quem? – Não entendi o comentário dela.
- O Josué.
- E por que está me falando isso?
Ela me olhou de cima a baixo e deu uma risadinha.
- Nada não. – E saiu.
Eu hein, o que essa mulher estava pensando?

Passou um tempo o Josué voltou me trazendo um copo


descartável cheio.
- Pedi pra você galega, caldo de cana geladinho.
- Ah, quanta gentileza... obrigada Josué!
- Aposto que cê não conhecia desse...
- Não mesmo, e é muito bom. Quer provar?
Ele deu uma risadinha safada.
- Ô se quero...
Estendi o copo para ele, que tomou um golinho.
- Delícia... – Falou, mas parecia que era para mim.
Desconsiderei. Acho que devia ser coisa da minha cabeça, que já
estava totalmente envolvida.

A gente voltou pela estradinha de terra, ele me trouxe até em


casa, nos despedimos, mas não deixamos nada combinado. Já era
hora do almoço, e Josué também tinha a vida dele, amigos, sei lá se
estava enrolado com alguma mulher, eu não podia ocupar o resto do
seu dia.
Deixei minha bolsa no quarto, tirei os tênis, lavei as mãos e fui
direto para a cozinha, eu tinha algo importante para perguntar à
Cleuza sobre ele...
- Ah eu vi esse moço crescer, sabe. Tem muitos anos... olha pra
você ver, ele já vai fazer quarenta.
Assim que comecei a perguntar, ela já engatou uma resposta
atrás da outra. E eu estava adorando isso.
- E tem namorada?
- Até onde eu saiba ele estava com a Cândida... agora já não sei
mais. Cada dia é uma mulher, parece até que fazem fila! – Ela deu
uma risada engraçada. – Creio em Deus Pai, brincadeira viu,
menina? Ele não é assim não!
Continuei séria, morrendo de curiosidade de saber mais.
- É que... a gente foicaminhar e paramos naquela mercearia ali...
- Ah, a venda do Tonho. Sei.
- Deve ser. É que... uma moça veio perto de mim, falou que
mulher até chora por causa do Josué, fiquei preocupada.
Aí foi que a Cleuza riu mais.
- Ah menina, que preocupada, por quê? Ele tem essa fama
mesmo... eu nem devia estar te contando isso mas... ah, só tem
adulto aqui, né? – Perguntou já olhando para a porta da cozinha e
para a janela aberta.
- Claro, Cleuza. Pode falar...
- É que... diz que ele fazo negócio gostoso demais, e que mulher
depois que faz, apaixona...
- Hum. – Senti um arrepio percorrer meu corpo.
- E te falo mais...
- O quê?
- Diz que é enorme...
- Cleuza!
Ela ficou vermelha e eu também. Nós duas caímos na
gargalhada, fingique não era nada, mas fiqueiainda mais a fimdele
depois de saber desses boatos. E morrendo de calor.
- Ué, mas é verdade! E o bicho é safado,sô. Já teve até briga por
causa dele. Foi muito engraçado, as duas no restaurante do Juca...
ô meu Deus eu não posso lembrar...
- Luiza!
Victor chegou na porta da cozinha me gritando, as mãos na
cintura.
- Oi, Victor.
- Não me avisou que chegou.
- Eu fui até o quarto, não te vi lá. Vamos almoçar?
- Ah Victor, o almoço tá prontinho procês dois, já podem ir pra
mesa!
Ele deu as costas e eu fui atrás, não queria causar confusão.

Depois do almoço fui dar um cochilo, Victor resolveu ler um livro.


Acho que estava com sono acumulado, acordei já no finalzinho
da tarde, ele não estava. Havia deixado um bilhete para mim,
falando que tinha resolvido dar uma volta nas redondezas.
Tomei um café, mexi um pouco no celular. Me veio uma ideia na
cabeça, vontade de fazer uma surpresa para o Josué, conhecer a
casa dele, passar um tempinho com ele, já sentia saudade.
Calcei o tênis, saí lá fora. V
ictor ainda não tinha chegado.
Uma ventania danada, mas a casa dele era pertinho.
Atravessei a estradinha, fui chegando perto da casa, as luzes da
varanda estavam acesas.
Aproximei mais, vi que ele estava na porta, discutia com uma
moça, que logo entrou na casa dele.
Ele parecia que tinha bebido. Ficou bravo quando me viu, sei lá,
estava meio alterado. Virou para mim do nada e falou, a voz grossa
cheia de ordem:
- Escuta aqui loirinha, cê vê se não aparece mais aqui. Senão eu
vou te comer tão gostoso, que o seu noivo vai escutar seus gemidos
lá do outro lado da fazenda!
Arregalei os olhos, incrédula. Fiquei parada, olhando para ele,
sem acreditar. Uma onda de calor me percorreu, as palavras dele
me atingiram, me queimando. Fiquei zonza, me peguei imaginando
a cena. Aquele homem enorme em cima de mim entrando e saindo
gostoso, gemendo sacanagem no meu ouvido.
Esse lado bruto dele eu não conhecia, não sabia, simplesmente
não sabia...
A mulher voltou, tinha tirado a roupa, apareceu na janela de nível
baixo, toda nua. Era linda, cheinha, fiquei boba como não se
depilava, a buceta coberta de pelos.
- Josué, vem agora! – Ela o gritou, gemendo.
- Dá um tempo, Luzia! – Xingou sem tirar os olhos de mim, estava
parado, seu olhar me queimava.
Ai meu Deus.
Virei de costas e saí correndo sem olhar para trás.
Ele parecia que não tinha se movido, ficou na varanda me
olhando até eu pegar a estradinha de terra e sumir das vistas dele.
JOSUÉ

Entrei em casa puto, tinha tomado uma branquinha lá no bar do


Tonho antes de vir embora e ter a surpresa da Luzia com a buceta
de fora me esperando.
Mas a Luiza é que não saíada minha cabeça desde o dia em que
a recebi, peguei na mão delicada dela, unhas feitinhas, toda
cheirosa, vaidosa. Batia uma pra ela toda noite, se ela soubesse o
que eu tinha vontade de fazer com ela não chegava mais perto de
mim.
Excedi, perdi a cabeça. A doida da Luzia veio querendo
sacanagem, toda vez que brigava com o marido era isso, e estava
virando frequente já, toda semana ela me procurava, eu dava o trato
que ela merecia, e ela ia embora toda alegre fazer graça pro corno
lá, dormia calminha, calminha.
Hoje eu estava sem cabeça, querendo descansar, ficar sozinho.
Não sei o que me deu, acho que só saiu pela boca o que eu já
estava cheio, e acabei falando bobagem.

- Josué, vem aqui... – Luzia me chamou de novo, quase


chorando.
- Sai daí Luzia, cobre essa vergonha. Já pensou se alguém te
vê?
Ela fez beicinho de choro e correu da janela. Droga, mais uma
magoada comigo.
Corri pra dentro de casa atrás dela.
- Luzia... cê me desculpa, Luzia. Hoje não tô com cabeça...
- Só um pouquinho, Josué, só um pouquinho... vai me trocar por
aquela outra lá? – Veio tentando me agarrar, querendo beijar minha
boca.
Segurei firme nos pulsos dela, afastei minha cabeça.
- Luzia, hoje não. Não vou te trocar por ninguém, eu quero é ficar
sozinho. Para de insistir, porra.

Foi um custo para convencer ela a ir embora. Depois olhei no


relógio, dez horas da noite. Merda. Resolvi ligar para a Cleuza, para
ela me salvar. A dondoca gostosa lá não ia querer me ver nem
pintado de ouro, e ainda ia me ferrar com o patrão.
- Oi Cleuza.
- Josué? Aconteceu alguma coisameu filho? Me ligandoa essa
hora...
- Aconteceu... fiz cagada.
- Ai meu Deus... o que que foi?
- A loirinha veio aqui e eu tava com a Luzia, tinha bebido, acabei
falando bobagem pra ela. Cê podia me dar uma ajuda lá com ela
amanhã.
- Josué de Deus... se o doutor Albertosouber eu não quero nem
imaginar...
- Não me deixa mais aflito, diacho...
- Desculpa, bem. Fala o que cê quer . Eu faço.
- Fala com ela que tô esperando ela pro café aqui. Vir tomar um
cafezinho comigo, do jeito que sei que ela vai gostar.
- Tá bom, pode deixar. Mas Josué, o que cê falou pra ela?
- Deixa pra lá, Cleuza. Coisa de homem.
- Eu hein... tá bom então.
Desliguei o celular com um aperto no estômago, já queria que a
noite acabasse logo e o dia chegasse. Mulher tinha hora que dava
era trabalho viu, não é a toa que eu continuava solteiro.
Caí na cama, fechei o olho e tentei dormir. Eu não ia me perdoar
se aquele docinho de côco não quisesse mais falar comigo.
Amanhã era outro dia, e que desse tudo certo! Amém!

Minha nervosia não passou.


No dia seguinte eu continuava aflito, ansioso pra desgraçado,
esperando um sinal da galega.
Acordei cedo, tomei um banho, até perfume de manhã a danada
me fezpassar, mas foisó um pinguinho, presente caro que o patrão
me deu.
Dei uma varrida na casa, botei a mesa no capricho, sovei um pão
coloquei para assar, tinha umas rosquinhas com canela boas para
danar que eu tinha feitohá uns dois dias coloquei na mesa também,
o queijo da fazenda e goiabada de colher fresquinha.
Deixei tudo no jeito para passar o café,a água no bule, quando a
loirinha chegasse eu já botava para ferver.

Foi dando a hora combinada, comecei a suar igual tampa de


chaleira, abri a casa toda, liguei ventilador.
Catei meu celular, fui para a varanda, sentei na rede, fiquei
esperando ela. E nada dela chegar.
Eu era um trouxa mesmo. De onde eu tirei que falardaquele jeito
com uma mulher fina daquela ia ter perdão? Nem com as minhas
aqui que estavam mais acostumadas com grosseria da minha parte
eu merecia ser perdoado. Mulher nenhuma merecia isso.
Deu quinze minutos e nem sinal dela. Desisti.
Levantei da rede, pão já estava cheirando gostoso lá no fogão de
lenha, rapidinho assava, resolvi entrar para casa e passar o café,
tomar sozinho mesmo, já era a minha rotina, nem quando trazia
mulher para cá não deixava dormir aqui, era um hábito meu.
Quando me preparava para fechar a porta escutei uma vozinha
fina gritando meu nome de longe. Espremi meu olho para ver, de
longe eu não enxergava direito, só vi uma saia curtinha voando e
um cabelão loiro mexendo com o vento.
Ah meu Pai, a galega tinha vindo.

Fiquei parado na porta, observando ela vir. Um sorriso brotando


na minha boca, e na dela também, a gente ficava feliz perto do
outro, eu sentia isso, era notório. E muito gostoso.
- Ei Josué. – Falou, toda vergonhosa.
- Bom dia, Luiza. Vamo entrar? Cafezinho esperando a gente,
vem... – Fiz sinal para ela, fiquei parado na porta de propósito, só
para ela passar do meu lado, coladinha.
Êta mulher cheirosa... fechei até o olho quando ela passou por
mim, perfume de mulher, suave, cheirinho doce. Vontade de puxar
aquele cabelão loiro e fungar aquele cangote, passar a língua,
beijar, morder.
- Com licença. – Ela foientrando de mansinho, calçava um tênis,
a saia solta curtinha, uma blusa amarrada na altura do estômago
modelando os peitos, a barriga de fora. Deliciosa.
- É por aqui, Luiza. Não repara não, é simples.
- Não ligo pra isso, Josué. – Falou bem séria.

Chegamos na cozinha, a mesa era pequena para quatro pessoas


bem do lado do fogão de lenha, puxei a cadeira para ela sentar.
- Que mesa linda, Josué. Tudo isso pra mim?
- Cê merece demais, Luiza...
- Bondade sua, obrigada.
Peguei um pano de prato e tirei o pão do forno, acendi o fogo e
coloquei água para ferver. Depois peguei um prato e passei o pão
para ele, levei para a mesa.
- Nossa... tá com a cara muito boa... huuum, que cheiro divino!
- Espero que goste, Luiza. Esse foi especial pra você.
Ela deu um sorriso sem graça e olhou para baixo, não teve
coragem de me encarar. Sentei do lado dela e parti um pedaço,
coloquei no prato dela. Parti para mim também, mordi um pedaço
grande, estava com fome.
Ela ficou caladinha comendo sem falar nada, toda educadinha.
Cheguei mais perto, alisei a mão dela, falei mais baixo.
- Cê me desculpa o jeito que te faleiontem, eu tava com pinga na
cabeça...
Ela olhou para a minha mão, deu um suspiro.
- Tudo bem, Josué.
- Olha, quero que cê fique sabendo que eu nunca vou encostar a
mão em você, tá bom?
Ela olhou para a minha mão que estava fazendo carinho na dela,
ameaçou um sorriso.
- Não vai passar disso aqui. – Falei, continuando o carinho.
Estava muito gostoso e não consegui afastar, ela também parecia
que estava gostando, porque não falou nada e nem tirou a mão,
ficou paradinha.
- Vamos esquecer de ontem, Josué.
Entrelacei minha mão na dela, dei um beijo, fiz mais carinho.
- Vamos sim, galega. - Enchi a mão dela de beijinho, sem soltar.
Fiquei olhando no fundo do olho dela, ela dava um sorriso e
desviava toda hora, não conseguia manter meu olhar. - Você é linda
demais, mulher... merece só isso aqui, só carinho... - Senti meu pau
doer na calça, de tão duro.
- Obrigada. – O olhar dela estava pesado, o rosto coradinho.
Parecia tesão. Vi que respirava rápido.
- Prova o resto das coisas, tá tudo gostoso.
Soltei dela contra a minha vontade e fui passar o café, tomando
cuidado para ela não notar, minha camisa xadrez estava para dentro
da calça, estava muito armado, modéstia à parte meu menino era
grandão, viu.
Luiza partiu um pedaço do queijo e pegou uma colher da
goiabada, colocou no seu prato.
- Nem tá acostumada a comer essas coisas né, galega? Vive de
dieta... – Falei, colocando a garrafa de café na mesa. Peguei a
xícara dela e servi saindo fumaça, depois a minha.
- Não estou mesmo... desse jeito vou sair dessa fazenda uma
bola domingo! – Ela riu, o sorriso branquinho.
- Ah mas nem que comesse um caminhão de coisas cê ficava
feia... nossa, você é... – Parei de falar, se não ia falar bobagem. Ela
me encarou, não desviou o olhar do meu.
- Eu sou o que, Josué?
Dei um sorrisinho sem graça.
- Deixa pra lá, Luiza. Toma seu café aí, tá gostoso?
- Tá sim, muito bom. Agora me fala o que eu sou.
- Luiza... lá vem você de novo, depois vai ficarchateada comigo...
- Por quê? O que pensa de mim é coisa ruim?
- De jeito nenhum, nunca! – Segurei na mão dela, beijei. Vontade
de dar um abraço bem apertado.
- Então me fala, porque se não eu vou achar. E aí sim vou ficar
chateada com você.
- Você tá pedindo, Luiza...
- Fala.
Soltei o ar pela boca.
- Eu te acho...
- O quê?
- Gostosa demais. Pronto, falei. Tá satisfeita?
- Hum. – Deu um sorrisinho. Vi que gostou de saber. Danada.
- Fala alguma coisa, mulher! – Eu e ela começamos a rir.
- Não tenho nada pra falar, Josué.
- Então fala o que cê acha de mim. Quero saber também.
Vi que ela ficou séria na mesma hora. O clima estava gostoso
demais, clima de atração.
- Te acho... legal...
- Hum, que mais?
- Homem sério, trabalhador...
- Hum. E a aparência?
- Lá vem você, Josué...
A gente riu.
- Fala, galega.
Ela olhou no meu olho, aquele olhão azul lindo.
- Eu te acho bem bonito, Josué.
- Que mais?
- Aí você já tá pedindo muito!
Eu disparei a rir.
- Tá bom, tá certo. - Não ia forçar ela a nada, se não era capaz
que ia fugir. Mulher é igual sabonete, quanto mais aperta mais
escorrega. E eu sabia muito bem o jeito certo de prendê-las, e não
era com lábia, era com ação. E elas ficavamdoidinhas... ah, rapaz...

- Tá tudo muito gostoso, Josué.


Eu agradeci com a cabeça, fiquei fazendo carinho na mão dela,
no braço... a gente ficou jogando conversa fora, dei goiabada na
boca dela, limpei o cantinho com o dedo, chupei. Essa mulher era
um sonho, maravilhosa, tinha hora que nem eu mesmo acreditava
que ela estava ali comigo na mesa, nós dois pertinho parecendo
namorado. Pra parecer namorado de verdade só faltava beijo de
língua e ela me sentir entrando e saindo dela num ritmo bem
gostoso.
- Josué, vou nessa. Obrigada pelo café.
- Mas já, galega? – Até assustei quando ela faloude uma vez. Eu
estava viajando, meu corpo estava aéreo, tomado de tesão.

Fomos andando, eu a acompanhando até a porta, reparando no


rebolado gostoso dela, a bunda ficava toda marcada, nem parece
que usava calcinha, deliciosa.
Quando chegamos, antes que eu a abrisse, ela virou para mim e
parou, me encarando pertinho.
- Eu só acho que o que você falou foi uma mentira. – Disparou.
Até espantei na hora.
- O que eu falei que era mentira?
- Que me acha gostosa.
- Mentira nada! É isso mesmo o que eu acho de você. Gostosa
pra caralho,se quer saber!
- A gente só acha alguém gostoso quando prova, Josué. E você
nunca me provou.
Fiquei olhando bem para a cara dela, sem acreditar. O que ela
queria dizer com isso? Onde queria chegar? Eu devia avançar?
Que se fodesse.
Cheguei mais perto dela, Luiza recuou, encostou na porta, me
mirando.
- Vontade de te provar é que não me falta viu, Luiza. – Falei bem
perto da boca dela, coloquei uma mecha daquele cabelão lindo
atrás da orelha.
Luiza ficou parada, a boca aberta.
- Tem vontade de me provar, Josué? – Perguntou baixinho. Ah,
rapaz...
Coloquei minha mão na parede cercando-a, olhei para o lado, dei
um sorriso safado. Virei para ela de novo.
- Cê não faz ideia o tanto...
Vi que ela estava com a respiração acelerada, o olhar vidrado na
minha boca.
- Quer provar o quê? Meu beijo?
- Lá vem você com pergunta difícil,Luiza... – O beijo era o de
menos.
- Eu quero saber, Josué.
- Tá bom, vai. Seu beijo. – Mordi o lábio, salivei. A gente estava
muito próximo, sentia a respiração quente dela, uma tensão
deliciosa entre nós, meu pau duro dentro da calça, a cabeça
vazando a cueca de tão inchada. – Posso?
Ela sorriu, umedecendo os lábios com a língua.
- Não pergunta nada, Josué... só prova...
Luiza me puxou de uma vez pelo pescoço, nossas bocas
grudaram na hora, com fome, desesperadas, nossas línguas
trombaram buscando uma a outra numa guerra deliciosa, lábio
colado contra lábio. Passei meu braço ao redor da cintura dela,
cheguei mais para perto, pressionando meu corpo contra o dela,
fazendo ela sentir meu pau, esfregando minha calça por cima da
sainha fajuta dela.
Ela gemeu, desceu as mãos para a minha cintura, levantou
minha blusa, arranhou minhas costas com as unhas grandes
parecendo gata.
- Vem no meu colo... – Gemi baixinho e ela pulou, segurei-a pela
bunda e saímos andando com as bocas grudadas, caí sentado no
sofá com ela no meu colo. – Levanta um pouquinho, ai... – Pedi,
morto de tesão.
Ela se ajoelhou sobre mim com as pernas abertas, desabotoei a
calça jeans e desci até a metade das coxas, estava me
machucando. Minha cueca estava estufada, era branca, mostrando
o contorno certinho do pau, uma gotinha de esperma brotou no
tecido dela, Luiza olhou para baixo e mordeu o lábio.
- Agora vem... senta... – Levantei a saia dela, nós dois gememos
com safadeza quando ela encostou a buceta nele, puta que pariu,
fui na lua e voltei.
- Ai Josué, que delícia... – Gemeu no meu ouvido, puxando meu
cabelo. A safada estava adorando eu sabia, ela era tímida, mas era
mulher, caralho!
Tornamos a nos beijar gostoso, línguas misturando, se
conhecendo, levantei meu quadril e movimentei, simulando que a
estava comendo, esfregando meu pau na buceta dela, mesmo
vestido eu sentia a calcinha dela encharcada, quente. Eu ia ficar
com o cheiro dela na cueca, puta que pariu, isso me deixava louco...
- Ah, Luiza... que gostoso...
Comecei a desesperar, apertei a bunda dela toda de fora, a
calcinha fio-dental minúscula eu afastei para um lado, já ia
descendo a cueca e ela segurou minha mão, zonza, quase sem ar.
- Não. Não Josué... ai meu Deus, não posso.
- Tem certeza, Luiza? Rapidinho... vai ser gostoso, ninguém vai
saber...
Ela me abocanhou de novo, num beijo de língua delicioso. Era
tentação demais, e eu como homem não suportava, isso era golpe
baixo demais para mim.
- Luiza... – Puxei-a pela nuca, encostei a boca no ouvido dela
enquanto esfregávamos. - Deixa eu te comer... rapidinho, Luiza...
- Ai meu Deus... aaai...
Virei-a de costas para mim e ela deitou a cabeça no meu peito,
meu pau no meio da sua bunda, ela continuava com as pernas
arreganhadas. Passou os braços ao redor do meu pescoço, não
aguentava mais nada, tonta de tanto tesão. Enfieia mão na calcinha
dela encharcada, meus dedos percorreram os pequenos lábios
inchados, melados, ela começou a gemer quando eu fuimais fundo,
meti um dedo no seu buraquinho delicioso, apertadinho, quente
igual o inferno.
- Ah Luiza... que delícia de buceta... – Comecei a enfiar e tirar,
provocando ela. A gostosa começou a rebolar na minha mão, me
apertando firme. Subi meu dedo e alcancei seu botãozinho muito
fácil, estava exposto, inchado, durinho.
– Ai que delícia... – Ela gemeu se contorcendo, parecia ter levado
um choque.
– Pode gemer, pode rebolar... faz o que você quiser, sua
gostosa... – Pincei o botãozinho com meus dedos e daí só fiz
esfregar de todo jeito, movimentando de cima para baixo simulando
meu pau, de um lado para o outro, circulando, tornando a subir e
descer, sentia ele crescendo, Luiza me apertava, esfregavaa bunda
no meu pau, alucinada, uma mão minha a segurando pela cintura, a
boca colada no ouvido dela, suada, torturando ela sem parar.
- Ai Josué, eu vou gozar... Josué.... ai, Josué...
- Isso...goza pra mim... – Queria me matar era gemer meu nome.
- Ahhh... que delícia Josué.... – Começou a contorcer, o tênis
batendo com força no chão, não desgrudei minha mão da buceta
dela até que ela se acalmasse. Meu pau doía, tinha deixado escapar
um pouco de gozo na cueca igual adolescente, fazia muito tempo
que eu não tinha isso assim, antes da hora, até espantei, era
homem experiente, diacho.
Virou o rosto para mim e beijou minha boca, satisfeita, cansada.
- Você ainda acaba comigo, branquinha....
Ela esperou a respiração acalmar, espreguiçou no meu colo igual
gata manhosa. Depois levantou, o cabelo meio atrapalhado, ajeitou
a calcinha, arrumou a saia e desamarrotou a blusinha que só cobria
os peitos.
Fiquei sentado, olhando aquela obra de arte que Deus mandou
para a minha casa.
Ela deu um sorrisinho maroto para mim.
- Que cara de bobo é essa, Josué?
- Tô admirando a sua perfeição...
Ela riu.
- Até parece, né?
- O outro lá não te olha assim? Sortudo do caralho...
- O Victor nunca me olhou assim. – Vi que ela mudou a
expressão na hora, fez que ia para a porta.
- Ei, espera.
- Eu tenho que ir. – Deu as costas pra mim.
Saí catando cavaco e subi a calça depressa, abotoei e deixei a
camisa solta para fora.
- Eu abro pra você, se não você não volta, peraí!
- Considerando que eu vou embora domingo bem cedo e que
hoje já é sexta...
- Então você vai ter hoje a tarde, a noite, de madrugada e
amanhã a mesma coisa pra voltar aqui, ficar comigo.
Ela riu.
- Melhor não, Josué. Vamos parar por aqui. Muita loucura...
- Loucura deliciosa que os dois estão doidos pra cometer.
Ela virou para mim, dengosa. Me deu um abraço e um beijo no
rosto, cheirou meu cangote, quase me matando do coração.
- Obrigada pelo café... – Falou toda manhosa, fazendo um
carinho no meu rosto. Porra dos infernos.
- Por nada, meu benzinho. Foi um prazer te receber aqui.
- Lindo... – Me deu outro beijo no rosto e eu abri a porta para ela
ir. - Tchau.

Ela saiu andando e eu pendurei na porta, fiquei igual um bobo


vendo ela ir embora pela estradinha de terra, até que sumiu da
minha vista.
Passei o dia pensando naquela desalmada, não consegui nem
concentrar no tanto de coisa que tinha pra fazer.
Quando foi à noite, tomei um banho gelado pra ver se acalmava o
menino, era só eu pensar nela que ele crescia, inchava.
Deitei na cama, janela aberta, ventando, jeito era de chuva. Nem
calor estava, mas meu corpo pegava fogo, nem roupa vesti, só
passei um lençol por cima da cintura.

Se fosse olhar o que era certo, eu tinha que ficar longe daquela
mulher. Se o patrão descobrisse, puta que pariu, eu ia para o olho
da rua, fora o que podia acontecer com aquela princesa, que
parecia uma presa ali no meio dos leões bravos. Aquele Victor
parecia um cretino, não me desceu desde o dia em que vi a cara
dele, e o jeito que tratava a minha princesa vontade era de chamar
ele num canto e ter uma conversa bem séria, ensinar uma lição a
ele...

Mulher era meu ponto fraco e essa parece que veio para me
testar, para colocar toda a minha resistência à prova. Linda,
cheirosa, toda meiguinha, beijo gostoso, buceta apertadinha... ah,
que vontade de comer que eu estava...
Olhei para baixo, meu pau doía de tão duro, achei que ia furar o
lençol, uma gotinha já tinha molhado. Aquela danada me deixava
doido. Lembrei daquela boca gostosa, a calcinha minúscula por
baixo da minissaia, nossos sexos esfregando, se conhecendo, se
querendo...
Apertei meu pau com força, vontade de liberar, joguei o lençol
para um lado e comecei a esfregar, deslizar minha mão, sentindo
ele inchar mais e mais, uma pressão gostosa pra caralho tomando
ele, dominando todo o meu corpo, estava à mercê daquele prazer.
Fiquei nesse vai-e-vem gostoso, todo teso, corpo travado,
gemendo. Ah, que delícia que era bater uma, caralho, eu precisava
demais...
Estava a ponto de gozar quando senti um cheiro de cigarro e
olhei de relance para a janela.
Diacho. Cândida me espiava do parapeito com um sorriso na
boca, a mulata era sem-vergonha, sentadinha com as pernas
cruzadas metida num vestido deixando as coxas de fora, tragando
sem parar.
Sinto muito, hoje não ia ter para ela.
Não parei. Estava tão gostoso, eu todo nu, a luz da lua entrando
pela janela e mais nada, vento batendo na cortina aberta e barulho
de grilo lá fora, aqui dentro só meu gemido de prazer, esfregando o
pau que nem um louco, desesperado.
- Ah delícia... ah, tesão... aaahhh... – contorci todo quando a
pressão ficou mais forte e deliciosa, chegando na cabeçona dele,
roxinha de tanto esfregar. Esporrei igual a um cavalo, jato voou
longe, sujou minha barriga toda, veio muito. Quis gritar o nome da
galega, mas ia ser um inferno depois com a outra me espiando ali.
- Êta coisa boa... – Ela comentou da janela.
Continuei deitado, respiração curta, segurando meu pau, sentindo
espasmos, o restinho de porra saindo da cabeça e escorrendo pelo
corpo dele igual calda de sorvete, fiquei só olhando e imaginando a
galega chupar aquilo.
Eu mal me recuperei e já ia levantar para ir ao banheiro me
limpar, Cândida pulou a janela para dentro do meu quarto.
- Diacho, Cândida. Não posso nem ter minha privacidade mais?
Ela deu a última tragada e jogou a bituca de cigarro pela janela.
- Estava pensando em quem, Jô?
- Diacho, até meu pensamento agora quer controlar, mulher? –
Levantei e fui para o banheiro.
- Bundinha gostosa...
- Me erra, Cândida.
- Agora é assim? Por que não me ligou? Eu vinha correndo! Tá
igual adolescente descabelando o palhaço aí, porra... Aliás, temdias
que cê sumiu, tive que vir atrás ver o que estava acontecendo!
Do banheiro fiquei escutando ela resmungar no quarto, nem fiz
questão de entender direito, sabia que era encheção de saco e
pegação no meu pé.
Voltei para o quarto e vesti uma camiseta velha, um short de
malha.
- Vou mimi com cê hoje....
- Cândida. – Respirei fundo e esfreguei as vistas. – Hoje não, tá
bom? Preciso de um tempo sozinho. E não gostei do que cê fez,
bancando a enxerida na janela.
- O que tá acontecendo, Josué? Cê nunca negou fogo....
- Não viu o que eu acabei de fazer, porra?
- Isso aíé fichinha.Quantas e quantas vezes já fezisso na minha
boca antes da gente pegar fogo na cama...
- Pois é. Mas hoje não.
- Cê tá me escondendo alguma coisa.... tem mulher no meio,
Josué?
- Não tem mulher no meio, e mesmo se tivesse, não tenho
compromisso com cê, caralho.
- Beleza, então. Só não esquece de uma coisa, Josué. Quando a
saudade apertar, não sei se vou estar disponível...

Nem falei nada. Do mesmo jeito que ela entrou, pulou a janela e
saiu. A Cândida era desse jeito. Possessiva, maluca, não tinha juízo
nenhum, topava tudo. A gente transava toda semana, mas eu não
tinha compromisso com ela, era só sexo gostoso.
Nunca enganei mulher, nunca prometi nada. Vinham porque
gostavam, voltavam porque queriam mais. Não estou me gabando,
é real.
Eu não queria compromisso mesmo, não queria sofrer mais, já
tive muita decepção nessa minha vida, me apegava demais, fazia
de tudo e depois levava um pé na bunda, quando não um chifre bem
dado. Cansei de ser corno.

Encostei um pouco a janela, a ventania tinha aumentado. Deitei


na cama, pensei na minha loirinha... Será que a essa hora já
dormia? Ou estava debaixo daquele filho da puta gemendo?
Saudade dela. Aquela ali me deixou de quatro, viu. Aquela ali...
ah rapaz... eu traria para deitar junto comigo, dormir abraçadinho,
nariz enterrado naquele cabelão cheiroso, eu ia grudar nela igual
chiclete. Puta merda, me dava até medo o jeito que eu já estava
envolvido.
Ah, gostosa...
Eu estava acabado. Não passou nem dois, sei lá, cinco minutos e
desabei, dormi igual pedra. Amanhã era outro dia, quem sabe um
milagre não acontecia e ela vinha me ver para a gente terminar bem
gostoso o que a gente começou... eu ia fazer uma despedida bem
gostosa para ela me ter na lembrança, do jeito que aquela princesa
merecia.
LUIZA

Saí da casa do Josué com as pernas bambas, mal conseguia


ficar de pé.
Fui andando na estrada de terra com a calcinha grudada, toda
melada de gozo, precisava de um banho, o cheiro gostoso dele de
homem impregnado na minha roupa, perfume gostoso, se o Victor
chegasse um pouco mais perto ele ia perceber, mas acho difícilque
isso acontecesse, a gente não transava há um mês.
Cheguei em casa, tomei um banho, coloquei um vestido solto e
bem curtinho de verão. Victor não estava. Resolvi ler um livro, fiquei
no quarto até a hora do almoço, mas quem disse que consegui me
concentrar?
Acho que eu nunca tinha tido um orgasmo tão gostoso quanto
aquele, o peão mexeu tanto no meu clitóris que custou a voltar ao
tamanho normal, ainda estava inchadinho, sensível. Fiquei
lembrando daquele homem enorme... tão masculino, cheiroso,
gostoso, largo, era todo grande, a barba cerrada, o beijo de língua
mais gostoso do planeta, com fome, com tesão,safado...
Nossa química era perfeita, e eu nunca ia me arrepender do que
fiz hoje, foi bom demais.
Fiquei imaginando ele na cama... ai, que tentação... ele devia ser
uma delícia, e eu estava com muita vontade de experimentar, sentir
ele me penetrando, entrando e saindo, enterrando em mim. Fiquei
doida quando vi o formatodaquele cacete por baixo da cueca... meu
Deus... era enorme... a cabeça grande, grosso...
Não sei o que estava acontecendo comigo, eu não devia me
interessar por um homem como ele, não devia me interessar por
homem nenhum, mas me sentia ignorada, e eu estava viva! Era
jovem, saudável, e tinha uma vida pela frente, não ia ficar chorando
abandono pelos cantos. O Victor que se fodesse, me desculpa o
palavreado.
Provoquei mesmo o Josué, eu o queria! Ao menos um beijo...
Estava um clima delicioso na mesa, a boca dele encostando na
minha pele, a barba me arranhando, o perfume gostoso dele me
atiçando... estava me deixando de calcinha melada...
Ele era simples sim, mas quem disse que isso era um defeito?
Pelo contrário! Issoera uma virtude! Para mim, as melhores coisas
da vida eram as mais simples, eram as que o dinheiro não podia
comprar.
E eu ia embora daqui a dois dias, infelizmente não ia vê-lo nunca
mais na vida, e ninguém ia ficar sabendo o que rolou entre a gente,
e isso me estimulava, me dava mais coragem.
Parei na porta dele e fiz aquela declaração idiota que inventei na
hora. Ele caiu na minha conversa, mas eu já sabia que ele estava a
fim de mim desde o primeiro dia, me olhava com desejo, me
acendendo toda. E eu me vestia para ele, adorava ser olhada
daquele jeito.

Tentei ler mais um pouco. Quando vi que não, já era hora do


almoço. Fechei o livro e desci as escadas, fazer um pouco de
companhia para a Cleuza. Sempre tive muito dinheiro, cresci
cercada da alta sociedade, mas me considerava uma pessoa
simples, apesar que para o Victor eu era uma patricinha fresca. Ele
tirava o pior de mim.

- O que você está fazendo de gostoso aí, Cleuza? – Cheguei na


cozinha, um cheiro delicioso de carne.
- Oi mocinha bonita... fazendo aqui um bife de filé acebolado
procês... e o café com o Josué, foi bom?
Senti meu rosto arder.
- Foi sim.
- Desculpou ele?
- Desculpei sim, Cleuza.
- O Josué é muito reservado, ele não quis me contar o que ele
falou com você que te magoou...
- Ah, coisa boba... já até esqueci.
- Cês dois são duros na queda hein? Nenhum dos dois quer me
falar!
Eu comecei a rir.
- É porque realmente não vale a pena... é besteira, Cleuza.
- Escuta, Luiza.
- Sim?
- O seu noivo não tem ciúme de você não? Uma mulher linda
desse jeito?
- Tem nada... por que a senhora está perguntando isso?
- Ah, sei não. Josué não é homem fácil não... aquele ali tem o
sangue quente! Eu vi como tá rodeando você, ele nem costuma vir
muito aqui quando tá só o seu Alberto e a mulher dele.
Eu não sabia o que falar... só sabia que um sorriso gostoso
teimava em sair da minha boca e meu coração batia mais forte,meu
estômago dava um nó.
- Não sei do que você está falando, Cleuza...
- Abre o seu olho, Luiza. Vamos conversar assunto de mulher
então? Sem frescura, aproveitar que tá só nós duas aqui?
Eu ri de novo, ela falava de um jeito muito engraçado.
- Claro, Cleuza. Pode confiar em mim, tudo o que a gente
conversa fica só entre a gente.
Ela foi passando os bifes e colocando no forno, sem parar de
falar.
- Quer saber o que eu acho, menina?
- Quero, pode falar.
- O Josué tá caidinho por você!
Disso eu já sabia. E eu por ele. Mas quis esticar a língua dela
ainda mais, ver até onde ia.
- Ele te falou alguma coisa, Cleuza?
- Josué é homem reservado, eu já te falei... ele come quieto...
Mas eu percebo. Conheço ele como a palma da minha mão. Ele tá
loucopor você, menina. E é lindo, né? Êta cabra danado de bonito.
Olha o tamanho daquele homem, Jesus!
- Ê, Cleuza... você é danada...
- Tem idade pra ser meu filho, menina! Mas se eu fosse jovem
igual a você, ah, menina... eu não ia perder meu tempo não viu.
- Hum... – Sorri sem graça.
- Mulher até chora por causa dele... cê viu o que a moça te falou,
né?
- Vi sim, Cleuza. – Decidi cortar aquele assunto que não ia nos
levar a lugar nenhum. – E esse almoço sai ou não sai?
- Escuta. – Ela desligou as trempes. – Cadê o seu noivo?
- Ah, ele está resolvendo uns assuntos da profissão dele de
médico. – Tentei ser simples. – Já até mandou mensagem aqui,
falando que chega em meia hora. E esse prato aí, o que é?
- Ah, isso aqui é uma lasanha de frango para a janta suas... fico
lembrando é do Josué, coitado, ele ama lasanha... cê podia tanto
convidar ele...
Gente, essa mulher estava querendo me jogar para cima do
caseiro, só podia. E eu não sabia o que estava dando na cabeça
dela, Josué deve ter faladoalguma coisa, eu apostava que sim, não
tinha outra explicação para ela tomar partido dele tanto assim.
- Cleuza, não vou esperar o Victor não, estou morrendo de fome
e quanto mais eu ficar mais vou querer comer, e não posso sair
ainda mais da minha dieta, Josué já me fez comer horrores hoje de
manhã!
- Ele faz de tudo pra agradar né? Ele é cavalheiro mesmo...
Ignoreio comentário e fui para a mesa aguardar que ela levasse
a comida.

Estava tudo delicioso, comida simples, de roça, tinha feito carne


de porco de panela, arroz, tutu de feijão, salada, aquele bife
acebolado saborosíssimo, angu, legumes na manteiga... tudo que
eu não estava acostumada a comer, mas era impossível resistir.
Acabei minha refeiçãoe quando já ia saindo da mesa Cleuza me
mandou sentar, falando que ainda tinha a sobremesa, ela tinha feito
um pavê de sonho de valsa que estava divinamente decorado.
- Cleuza, Cleuza... desse jeito vou engordar uns cinco quilos no
final da semana. Já não estou treinando nem correndo esses dias...
- Relaxa, menina. Cê vai ter o resto do ano pra manter esse
corpinho esbelto aí, e pelo que eu tô vendo, não engordou nem um
grama!
- A balança é que vai dizer...
Nós duas rimos e olhamos para a porta no mesmo momento,
Victor tinha acabado de chegar, estava todo arrumado segurando
uma pasta de documentos.
- Se esbaldando aí hein, Luiza! Obrigado por ter me esperado
para o almoço! – Xingou, jogando a pasta em cima da mesa com
grosseria, foi para o lavabo passar uma água nas mãos.
- Ixi... o homem chegou bravo. Deixa eu voltar lá pra minha
cozinha que eu lucro mais! Boa sorte, menina!
Dei a última colherada no pavê e fiquei quieta na mesa, se eu
saísse aí é que a discussão ia acirrar de vez.
- O almoço tá muito gostoso, Victor, não dei conta de te esperar,
me desculpa.
- Você é muito sem educação, Luiza. Sempre foi, nem me
assusta mais.
- Como é que é?
- É isso mesmo que você ouviu. Sem educação.
Eu já estava no meu limite com ele.
- Que direito você acha que tem pra falar assim comigo?
- Eu falo do jeito que eu quiser, sua mimada!
Cleuza chegou com o bifedele saindo fumaçae parou na mesma
hora, assustada.
- É... com licença. – Chegou devagar e colocou a carne no prato
dele. Victor começou a se servir do resto, não falou mais nada.
- Depois do seu almoço a gente conversa. – Falei e saí. Ele me
fuzilou com o olhar, me acompanhando subir as escadas para o
nosso quarto.

Deitei na cama e desabei a chorar. Mas era de raiva, de ódio


dele. Não sei por que eu o incomodava tanto, parecia até inveja,
disputa. Talvez ele não quisesse esse noivado, também sentisse
raiva por ser forçado a essa união. Não tinha nenhum carinho
comigo, nenhuma gentileza. Nada.
E eu decidi, assim que chegássemos no domingo, graças a Deus
cada um iria para a sua casa, e eu conversaria com meus pais, não
dava mais para continuar essa falsidade que estava acabando
comigo. Nossa viagem para a Europa deveria ter sido um sonho,
mas foi péssima, e se não fosse a gostosura do Josué, eu já tinha
pedido o motorista de pai para me buscar nesse fim de mundo há
muito tempo!
Domingo. Só mais um dia e meio. Eu ainda conseguia aguentar.
Peguei meu celular, não vi a hora que fecheios olhos e adormeci.
Quando acordei já passava das cinco e meia da tarde. Victor estava
sentado na poltrona lendo um livro.
- Até que enfim. Pensei que tinha morrido. Deu pra hibernar
agora? – Falou por cima da página, me encarando.
- Boa tarde pra você também, Victor.
- Hã. – Resmungou.
- Escuta, Victor. Quer antecipar nossa ida embora? A gente
inventa qualquer coisa. Seu pai não vai importar e...
- Não vou fazer isso, Luiza. Você já vem de novo com as suas
faltas de educação. O cara é importantíssimo, acha que podemos
fazer uma desfeita dessa? Onde você tá com a cabeça?
- Não tem nada a ver, ele vai entender. É a primeira vez que
passamos tanto tempo sozinhos, e olha pra gente, estamos quase
nos matando! Imagina se casássemos!
- Se?
- É claro. Ou você acha que eu vou me casar com você?! Nem
morta, Victor! Assim que a gente voltar para as nossas casas vou ter
uma conversa muito séria com os meus pais!
- Você não pode fazer isso, Luiza. Não vou ser o trouxa que foi
chutado por mulher!
- Preocupa não meu querido, pode falar que foi você que me deu
o pé na bunda! Eu não estou nem aí!
- Nem uma coisa nem outra. Vamos seguir com essa merda de
noivado e ponto final!
Eu ri. Ai, ai, eu só ri.
- Não mesmo... – Me espreguicei, levantei da cama. – Vai querer
tomar café agora?
- Você só pensa em comer, né?
- Tá vendo, Victor, como você é chato? Vê se me erra, cara! - Dei
as costas para ele e já ia saindo do quarto mas ele me gritou.
- Ei! Espera aí! – Levantou da poltrona e veio correndo na minha
direção, furioso. Chegou perto, me apertou pelos braços, me
sacudindo.
- Você nunca mais fala desse jeito comigo, sua patricinha folgada!
- Ai Victor, me solta! Me solta!
- Então fica calada! E vai casar comigo, sim! Não vai conversar
porra nenhuma com os seus pais!
Fiquei calada, não respondi. Fiquei parada sem reagir, deixando
as lágrimas escorrerem pelo rosto. Ele me soltou e voltou para o
sofá, continuou a ler o livro na maior frieza. Fiquei parada olhando
para ele, vontade de fugir, de sumir!
Finalmente dei as costas, desci. Nem com fome eu estava mais,
mas queria sair dali, não queria ficar no mesmo ambiente que ele.
Cheguei na mesa, Cleuza tinha deixado tudo arrumado. Vi que a
luz da cozinha estava acesa, e tinha movimento de gente.
- Ah, menina, você tá aí? – Ela apagou a luz e apareceu na sala
de jantar com a bolsa, estava indo embora.
- Tá indo né, Cleuza? Bom descanso pra você.
- Tô indo menina, amanhã tem mais... – Ela parou de repente e
ficou olhando para a minha cara. – Ei, Luiza, cê tava chorando?
- Ah, nada. Deixa pra lá, já passou...
- Foi ele, né?
- Uhum. – Virei o rosto para o outro lado se não ia começar tudo
outra vez.
Ela veio chegando perto de mim, largou a bolsa na cadeira.
- Senta aí, toma um cafezinho. - Falei para despistar
.
- Quero não, agradecida. Ei, psiu... olha pra mim.
Virei o rosto e a encarei.
- Êta olhão azul mais lindo, gente. Escuta...
- Hum?
- Ele não gosta de você não, esse aí. Sai fora dele... –
Cochichou.
Olhei para a escada, falei baixinho.
- Eu vou sim. Não vou ficar com ele.
Ela deu um sorriso.
- Issomesmo, vai ser feliz. Beijar na boca e ser feliz, menina, a
vida é curta!
Nós duas começamos a rir e ela pegou a bolsinha, foi a deixa
dela para ir embora e me ver alegre.

Eu sabia do que ela estava falando, de quem ela estava falando.


E me deu uma saudade danada dele. Tomei um golinho de café,
nem comi nada.
Saí na entrada principal da mansão.
Olhei lá para fora, o sol já se pondo quase todo, aquele
barulhinho de inseto no mato, me deu muita paz ficarali, vontade de
não entrar em casa mais. Cheguei nas escadas, me sentei num
degrau.
Ah, Josué...
Saudade de beijar aquela boca, sentir o perfume gostoso dele,
me aconchegar naquele abraço, me afundar naquele corpo...
Fiquei um tempão curtindo o clima da fazenda, uma paz, um
silêncio, calmaria. Tudo que eu precisava ter tido nessa viagem, e
não tive.
Voltei para dentro, liguei a televisão da sala, fui ver um filme.
Pensei em subir só mais tarde, quando o Victor tivesse dormido.
Nem jantar com ele eu ia, não queria mais nada dele.
E realmente foi o que eu fiz. Amanhã era outro dia, e eu estava
com outros planos na cabeça.
Planos muito gostosos.
LUIZA

Acordei muito cedo, o sol ainda estava nascendo. Fui até a


cozinha, preparei um chá. Tirei a camisola, calcei tênis, coloquei um
conjunto branco de minissaia soltinha e top com babados bem
charmoso e fui dar uma volta na fazenda, explorar tudo. Deixei meu
cabelo solto, vento batendo na cara, sensação de liberdade, raios
de sol da manhã me queimando, esquentando a minha pele, ar
puro. Tudo que eu precisava.
Ali era lindo, me deu vontade de ter um lugar daquele para cuidar,
eu amava a natureza, os animais, admirava tudo que era simples.

Caminhei mais um pouco, passei onde parecia um curral, vi peão


tirando leite da vaca, andei mais um pouco, até que alcancei a
vendinha que um dia fui com Josué e ele me deu o caldo de cana.
Me deu vontade de tomar dele uma última vez, e resolvi entrar.
Tal qual foi a minha surpresa quando pisei lá dentro e o Josué
estava no balcão conversando animado com o vendedor. Êta peão
que era gostoso... calça jeans, bota, camisa e chapéu. Quando ele
me viu os dois pararam a conversa na hora, ele me lançou um olhar
quente, percorrendo cada centímetrodo meu corpo. Não segurei um
sorriso para ele.
- Bom dia, Josué. Bom dia, moço. – O vendedor quase perdeu a
voz, me olhou como se eu estivesse nua (e estava quase mesmo).
- Luiza. – Me cumprimentou, tirando o chapéu. – Veio fazero que
aqui? – Olhou para o lado, vendo se mais alguém me olhava.
Estava até meio vazio àquela hora.
- Eu quero um caldo de cana bem gelado, moço.
- É pra já!
Virei para ele, encostei no balcão.
- Tá linda demais... – Falou baixinho, me saboreando com os
olhos.
- Estou dando umas voltas por aí, conhecendo tudo, despedindo
né...
Ele virou para mim, sério. Pensou um momento.
- Almoça comigo, Luiza.
O vendedor chegou com um embrulho manchado de gordura e
colocou dentro de uma sacola. Estava com um cheiro muito
gostoso.
- Tá aqui, peão.
- Valeu, Tonho.
Virou pra mim, me mostrando.
- Frango assado. No jeito.
O moço saiu de novo para buscar o meu pedido.
- Almoça comigo, Luiza. – Pediu baixinho, olhando lá para dentro.
Lancei meu melhor sorriso.
- Você tá insistindo muito... assim vou ter que aceitar...
Achei que o homem ia ter um ataque do coração. Ele abriu seu
sorriso maravilhoso e fez que ia me dar um abraço, eu recuei.
- Aqui não... Tá maluco?
- Desculpa. É que...
Nós dois rimos e o vendedor chegou com meu copo geladinho.
- Quanto é, moço?
- Anota na minha conta, Tonho.
- Obrigada, Josué.
- Falou!

Era tudo que eu mais queria, passar o dia com ele. Dei um
golinho no caldo e saímos felizes para a casa dele.

Josué abriu a porta e entramos depressa, ele trancou de volta e


falou que não ia abrir as janelas, que tinha muita gente xereta na
vila.
- Fica à vontade, minha princesa.
- Obrigada.

Sentei no sofá e fiquei pensando... ele não me falou nada


daquela mulher que vi nua na sua janela, e no dia me deu muito
ciúme, minha vontade era de perguntar, mas ele não era nada meu,
nem me atrevi a querer saber como foi a noite dele, não queria
estragar o clima delicioso que estava entre a gente.

Josué foi para a cozinha e deixou o pacote em cima da bancada


da pia. Voltou, foino banheiro lavar as mãos, depois veio para perto
de mim.
- Saudade que eu fiquei de tu, moça... – Eu levantei e ele me
puxou pela cintura, me deu um abraço gostoso, de homem, me
aconchegando toda naquele corpo grande, musculoso, cheiroso.
Fungou meu pescoço me arranhando com a barba, me encheu de
beijinho, veio subindo até alcançar a minha boca...
Foi aí que começou a nossa perdição.
Nos beijamos gostoso, andamos abraçados até o quarto dele,
numa sarração danada, Josué era muito fogoso, passava a mão no
meu corpo todo, na minha barriga, pegava nos meus seios, brincava
com meus mamilos durinhos, beliscava, fomosandando com ele me
abraçando por trás, o cacete duro me cutucando na lombar, o
quadril grudado na minha bunda.
Chegou na porta do quarto dele e eu o freei.
- Josué, melhor não...
- A gente não vai fazernada se você não quiser, galega. Só deita
comigo um pouquinho...
Virei de frente para ele, começamos os beijos de língua outra vez,
fomos andando comigo na ponta dos pés, os braços envoltos no
pescoço dele, apertava a minha cintura cada vez que a nossa língua
lambia uma à outra, me enchendo de tesão.
Caímos deitados na cama, ele em cima de mim.
- Deixa ao menos eu abrir a calça que tá me incomodando? –
Perguntou, quase sem fôlego, a respiração pesada.
- Pode.
Fiquei deitada no travesseiro cheiroso dele, reparando-o
desabotoar a camisa xadrez, o peitoral musculoso, o abdômen
marcado com os gominhos com pelos escuros, um caminho lindo
varando na virilha dele. Desafivelou o cinto, desabotoou e desceu a
braguilha de um jeito tão provocante que me deu vontade de
avançar nele. Quando desceu a calça, a visão da cabeça do pau
dele escapando da cueca branca quase me levou à loucura, um
pinguinho de melado saindo. Fechei os olhos, salivei. Contei até dez
para não o puxar para mim e provar aquela carne rosinha e
redondinha parecendo um cogumelo.
- O que foi, Luiza? Não gostou? – Ele olhou para baixo, a voz
grossa murmurando o deixou mais atraente ainda. O danado sabia
que era gostoso pra caralho.
Não falei nada, só mexi com a cabeça, estava ofegante.
Deitou em cima de mim encaixando nossos quadris, passou os
braços por baixo dos meus ombros e voltou a me beijar de língua,
mais gostoso ainda dessa vez. Eu o abracei com as pernas, e
nossos sexos ficaram colados um no outro, ele começou a
movimentar, se esfregando em mim, subindo e descendo, simulando
que estava me comendo.
- Ah, Luiza... olha isso... – Falou no meu ouvido, mordendo a
pontinha da minha orelha. – Vai resistir? Olha que gostoso... – Me
empurrava sem parar, investindo, pressionando meu clitóris por
baixo da calcinha minúscula que eu usava e estava encharcada,
mas era minha última barreira para não ceder. Abracei as costas
dele, arranhei, sentindo minha buceta ganhar aquele sarro de pau.
- Ai, Josué... você me mata de tesão...
- Deixa eu colocar... só a cabecinha, deixa...
- Ai meu Deus... não aguento mais, Josué...
- Então vamo matar essa vontade...
- Ai meu Deus...
Fechei o olho de novo, eu estava a ponto de gozar. Sem sair de
cima de mim, Josué afastou minha calcinha para o lado e baixou a
cueca, esfregando o pau na minha buceta molhada.
- Ai meu Deus, que delícia...– Contorci de tesão sentindo a carne
macia me tocar.
- Olha como desliza, como a gente encaixa perfeito... – Segurou
na base e ficou passando o pau entre os meus pequenos lábios, a
cabeça deslizava de tão melada, era enorme, tocava meu
botãozinho inchado e descia, ameaçando me penetrar. - Pode? –
Perguntou já quase sem voz, sem ar, me pressionando no
buraquinho.
- Ai meu Deus... só um pouquinho, Josué...
Arreganhei as pernas e ele esfregou a cabeça no meu clitóris,
depois escorregou para a minha entrada, me pressionando, fazendo
vai-e-vem, me rasgando, louco para entrar, penetrando devagarinho.
Começou a entrar e sair bem devagar, com dificuldadepor causa do
atrito e da grossura dele.
Pressionando mais e mais, aos poucos colocou tudo, deslizando
fundo, até que não sobrou nada de fora, só as bolas, que tocaram
no meu ânus.
- Ai... que delícia Luiza... ah, caralho...
Tornou a tirar, depois colocou tudo de novo, e aí não parou mais.
Abracei ele com força,arranhando as costas dele, começou a me
dar estocada, me comendo, explorando, me saboreando, tirava e
enfiava depois cada vez mais gostoso, pegando ritmo. Começou a
me comer num ritmo gostoso, safado, mexendo os quadris, entrava
e saía apertado mas escorregava, a gente estava molhado demais,
uma delícia, quentinho, fazendo barulho.
- Gostosa...
Ficamos assim, línguassaboreando, ah meu Pai, ele comia muito
gostoso, sentia que eu ia gozar a qualquer momento, pressão
concentrava na minha buceta, no clitóris.
- Josué... tá vindo...
- Deixa vir... goza junto comigo...
- Ai que delícia...
Ele deitou a cabeça do lado da minha, encostou a boca no meu
ouvido, perguntou sem parar de bombar.
- Quer ganhar meu leitinho, quer, gostosa?
Foi a minha perdição. Explodi num gozo delicioso, gemi igual
louca sentindo meu clitóris latejar, dar espasmo, ele gemeu forte
também, estocando sem parar, com força,rápido, desesperado, me
abraçou forte, movimentando até despejar a última gota de
esperma, depois desabou em cima de mim.

Respiramos fundo, acabados.


- Ai... que gostoso que foi... – Gemi buscando a boca dele,
trocamos beijo de língua,ficamosabraçados, grudados um no outro,
fazendo carinho, inspirando o cheiro, sentindo o calor.
- Foi bom demais, mulher... ai meu Deus...

Passamos um tempo abraçados, depois Josué pulou da cama,


correu para buscar papel para me limpar. Fiz um rolinho e coloquei
na buceta, corri para o banheiro.
Ele me esperou sair para entrar, lavou o pau na pia.
- Ah galega, quer saber de uma coisa? Vamo almoçar esse
frango nada, vou deixar ele é pra janta!
- Que isso Josué, ficou doido?
- Doido eu já tô é desde o dia que eu te vi chegando nesse lugar,
mulher!
Eu comecei foi a rir.
- O que a gente vai comer?
- Deixa comigo.
JOSUÉ

A gente transou de roupa mesmo, do jeito que deu. Não dava


mais para segurar, eu acho que eu ia adoecer se não comesse essa
mulher. Meu corpo pedia por ela, implorava, ardia. Não conseguia
ficar longe dela mais, me fazia falta como se fosse um pedaço meu.
Eu tinha que ter a companhia dela, conversar, abraçar, tocar nela,
beijar... e o mais forte, que era para a gente ficar completo, ficar
mais unido, que era comer sua buceta e ela sentir meu pau dentro
dela, era uma troca muito gostosa para nós dois, e os dois queriam,
a gente ficava muito bem perto um do outro, a gente se adorava,
cara!
E quando eu senti rasgando quentinha, lisinha, apertada, eu falo
que tive que ser muito homem para ter controle, para não esporrar
logo de cara, de tão delicioso que foi. Ter a visão daquela galega
debaixo de mim suadinha, a boquinha rosa me beijando, o olho azul
caído de tesão me olhando e aquele cabelão loiro dançando
debaixo de mim, rapaz do céu, vontade de não sair de dentro dela
nunca mais, buceta apertadinha, pequenininha com os lábios
grandes, achei que nem ia me caber mas ficou a visão mais linda
quando eu coloquei, olhei para baixo para ver como era a gente
junto, quase enlouqueci quando vi entrando e saindo, os pequenos
lábios dela me sugando, me agasalhando. Não queria separar dela
mais, queria mais dela, já queria dar outra.

E então eu tive foi uma ideia genial, já me dava até os parabéns


em pensamento... Ia levar meu docinho de côco para conhecer a
cachoeira, era meu pedaço escondido na fazenda, ninguém quase
conhecia, eu ia mergulhar com ela, namorar, curtir a natureza que
eu sabia que ela adorava.
Ela topou na hora, o olhão azul até brilhou de felicidade, meu
coração deu até pirueta quando eu vi aquele rostinho feliz.
Corri no quarto, vesti a sunga, coloquei um short por cima. Pus
uma camiseta sem manga e calcei minha bota de fazer trilha.

- Vamos, meu benzinho?


Ela levantou do sofá e deu o sorriso lindo dela para mim, me
reparando todo, até estufei o peito.
- Você é lindo demais, Josué...
- Linda é você, gostosa... – Fui para cima dela e dei um abraço,
um selinho. Ela afastou e me olhou séria.
- Eu não trouxe biquíni, Josué...e... eu não queria voltar lá na
casa, não quero encontrar com o Victor. Só deixei um bilhete
avisando que voltava à noite.
- Cês brigaram? – Puxei ela pela cintura para perto de mim de
novo.
- É. Eu vou terminar com ele assim que a gente voltar amanhã.
- Sério? – Puta que pariu, fiquei com o coração disparado.
- Uhum. Mas não quero falar disso agora. Vamos logo que estou
doida pra conhecer a cachoeira!
- Seu desejo é uma ordem, minha princesa!
Peguei ela no colo leve igual pena e rodopiei, ela deu um gritinho
lindo e a gente caiu no sofá morrendo de rir.
LUIZA

Josué trancou a casa, pegamos caminho contrário à mansão do


Alberto, saímos andando por uma trilha fechada, as árvores
copadas fechavam o teto, parecia até cenário de filme.

Chegamos na cachoeira, que lugar mais lindo meu Deus, eu


fiquei até emocionada, as plantas verdinhas, flores de todo tipo, a
água do riacho refletindoo sol, cristalina, o barulho da cachoeira em
movimento, que paz que eu senti. Deus era perfeito.
- Gostou, meu bem?
- Ah Josué, aqui é lindo demais! Você vem aqui sempre?
- Eu venho tomar meus banhos de vez em quando. É muito
gostoso, revigora a gente!
- E é mesmo, viu...
Ele sentou na grama, estendeu a toalha para mim, outra para o
nosso lanchinho, levou suco, frutas, as compotas de fruta que ele
tinha feito, e sanduíche de presunto e queijo.
- Tira essa roupa, vamos dar um mergulho.
- Mas eu estou sem sutiã... – Falei baixinho como se alguém
fosse nos escutar.
Ele me olhou com desejo.
- Prometo que ninguém vai ver. Só eu. Eu e os peixes.
- Seu bobo!

Eu me despi, tirei a minissaia, os tênis e a meia, coloquei num


cantinho ao lado da toalha.
- Tira essa blusinha. Parece mais um sutiã, de tão pequena... –
Ele me deu aquele sorriso lindo e safado, sem desgrudar os olhos
de mim.
- Vai ficar olhando, Josué?
- Vou.
Eu adorava. Me dava tesão. Desamarrei o laço do top sob o olhar
quente dele, fiz suspense, por fim deixei ele se abrir, relevando
meus seios.
- Você é deliciosa, Luiza. – Ficou de queixo caído admirando
meus seios empinados, os biquinhos rosados e durinhos, com
marca de biquíni.
- São comprados mas são meus! – Comentei.
- Comprados? Como assim?
- São de silicone. 400 ml em cada.
- Diacho, Luiza. Não ligo pra isso não! Só sei que são os peitos
mais lindos que eu já vi nessa minha vida!
Eu dei um risinho e ele chegou mais perto, já vinha com
safadeza.
- Josué, se a gente começar não vamos nem conseguir dar um
mergulho...
- Que droga.
Eu ri alto.
- É, pois é. Vamos nadar um pouco, depois a gente namora!
- Combinado, galega.
- Ah, Josué... vou tirar a calcinha também. Já está toda molhada
mesmo... – Tirei o pedacinho de pano minúsculo enfiadona bunda e
segurei na mão, mesmo eu me secando ainda tinha vazado muito
esperma depois. Ialavar no riacho. Josué me olhou sem acreditar,
ficou paradinho, uma mão apertando o pau.
- Meu Deus, mas é a visão do paraíso, meu Pai!
Eu disparei a rir.
- Deixa de ser bobo, homem! – Empinei meus seios e fiz um
coque com meu próprio cabelo, provocando ele.
- Quer saber? Vou nadar pelado também! Mergulhar meu menino
nessa água fria, coitado!
- Deixa que depois eu esquento ele... – Dei uma piscadinha
safada para ele.
- É, Luiza... não provoca não, diacho.
Nós demos foi risada.

Ele tirou a camiseta, depois as botas, meias, o short, e por fim a


sunga. Seu pau saltou para fora de uma vez, pendulando para cima
e para baixo, totalmente ereto.
Puta que pariu, que delícia que era. Senti minha buceta
comprimir. Era comprido, grosso, com veias e coberto de pelos
escuros na base. Mas o que mais me impressionou foi o tamanho
da cabeça, rosadinha, enorme... Combinava perfeitamente com ele,
no tamanho, na virilidade, e na beleza. Fiquei com muita vontade de
lamber, de chupar, de fazer tudo com aquela carne gostosa. Me
controlei, mas fiquei admirando aquele homem grande, cara de
macho, com o pau todo ereto. Delicioso demais.
Ele me estendeu a mão e eu suspirei. Já estava perdendo o
juízo, o senso da razão. Já estava me entregando a ele, e
concordando com tudo o que ele quisesse, inventasse.
- Se eu fosse você eu corria para a água, se não o monstro do
lago vai te pegar! – Falou brincando.
- Aaaiii! – Saícorrendo e quase escorreguei na grama, ele correu
atrás de mim, ficamos rindo igual bobos, cheguei na beira do riacho
e pulei depressa de pé, ele pulou atrás de mim.
Mergulhamos e quando emergimos ele já veio me abraçando,
rindo.
- O monstro do lago chegou!
Joguei água no rosto dele e ele me agarrou, dei gritinhos fingindo
que pedia ajuda.
Josué me pendurou no colo dele e ficamos agarrados, ouvindo o
barulho da água caindo e do vento batendo nas folhas,e mais nada.
Uma paz invadiu meu peito, tive vontade de chorar, me agarrei mais
nele, beijei seu pescoço, seu rosto.
- Eu adoro você, peão...
- E eu te adoro mais ainda, minha princesa.
Trocamos beijos de língua deliciosos, a água não estava tão fria.
Eu estava pendurada nele com as pernas abertas, o corpo quente
grudado no meu me aquecia.
Era gostoso demais sentir nossos corpos molhados sem roupa
nenhuma, pele tocando pele, seus braços fortes me envolvendo
toda, o cacete durinho me cutucando no ânus, na buceta... a gente
rindo, conversando... era uma cena linda nós dois ali, nus debaixo
d’água, grudados, o silêncio da natureza e o barulho da água da
cachoeira caindo.

Passado um tempo, eu falei para ele:


- Vamos sair um pouquinho Josué? Estou morrendo de fome...
Ele riu.
- Eu também tô esgoelando galega, nem falei nada porque cê
veio com tanta sede de pular no riacho...
- Devia ter me falado, seu bobo!
- Então vamo! Vem de cavalinho, monta nas minhas costas.
Passei por trás dele e pendurei no seu pescoço, abri as pernas e
ele me segurou pela parte de trás dos joelhos.
Andou rapidinho até chegar na beira, me desceu e subimos a
terra para ir para a grama.

A gente sentou na toalha e ele começou a me servir, colocou


suco, e abriu a marmita com os sanduíches. Com a fome que eu
estava devorei de tudo um pouco, Josué comeu por dois, ele tinha
um apetite impressionante.
Por fimme deu uma colherinha de doce de maçã com canela que
ele tinha feito, o homem era prendado.
- Tá bom de doce? - Perguntou todo vaidoso, querendo elogio...
- Nossa, que gostoso... onde você aprendeu a cozinhar assim,
Josué?
- Minha mãe. Quando eu era criança ela me punha pra ajudar
tudo em casa, mas o que eu sempre gostei mesmo foi da cozinha.
Arrumar casa não era comigo não.
- E pelo visto você aprendeu direitinho...
- É. Eu me viro bem.
Cheguei perto dele, deitei no colo. Me fezcarinho no rosto, alisou
meu cabelo... fiquei deitada e fechei os olhos.
Nós dois nus, só sentindo o vento batendo e o silêncio do mato,
senti ele endurecendo debaixo da minha cabeça, levantei e virei
para ver.
- Cê não pode chegar perto de mim não, mulher... olha o que cê
faz comigo... – Falou todo travesso.
Fiquei olhando, dei um sorrisinho, senti meu corpo aquecer. Já
estava durinho, ficou em pé, batendo no umbigo dele. Deitei de
bruços e cruzei as pernas para cima, arrebitei a bunda. Ele
espalmou as mãos na grama, os braços para trás, todo oferecido
para mim.
- Que cê tá querendo fazer hein, galega?
Não respondi. Só olhei para ele e umedeci meus lábios.
Segurei o pau grosso pela base e cheguei bem perto, lambi a
cabeça.
- Ah, caralho... – Ele ficou parado de boca aberta me olhando,
começou a alisar minha bunda.
- Ai que delícia, Josué...
Mergulhei fundo, abocanhei a cabeça, chupei igual sorvete.
- Puta que pariu, Luiza... que tesão...
Tornei a lamber ele todo, da base até a cabeça. Quando chegou
nela, chupei tudo, coloquei toda na boca e suguei. Josué apertou
minha bunda, fez cara de dor, contorceu.
- Tá gostoso?
- Ai... tá gostoso demais... continua, continua....
Arrebitei mais a bunda, abri as pernas e olhei de um jeito safado
para ele enquanto colocava a língua para fora, lambendo a cabeça.
- Não faz isso, não faz essa cara não, eu perco o rumo...
Olhou para a minha bunda, mordeu o lábio, passou a mão de
novo, apertou. – Issoaqui é o meu ponto fraco... ai Luiza, como eu
quero te comer...
Afundei minha boca no pau dele, descendo meus lábios
umedecidos até onde eu aguentava, Josué gemeu de tesão. Subi de
novo, chupei a cabeça, lambi, tornei a descer, fiquei chupando,
sentindo inchar dentro da minha boca, latejar... ele não estava
aguentando mais...
- Ah, caralho... vem aqui, vem...
Levantei e sentei em cima dele, Josué me agarrou pela cintura,
pincelando a cabeça do pau na minha buceta, procurando meu
buraquinho para enfiar. Eu o ajudei, já estávamos melados, doidos
pelo contato dos nossos sexos.
- Aaahhh caralho, que apertadinha...
Desci com dificuldade, me ajeitando no colo dele, engolindo o
pau grosso aos poucos, sentindo me preenchendo gostoso, me
pressionando.
Sentei, desci tudo, gememos juntos de tão gostoso que ficou,
minha buceta encostando na virilha dele. Tornei a subir, arrebitei a
bunda, aos poucos pegamos o jeito, ficamos num ritmo safado, ele
levantava os quadris e eu rebolava de encontro a ele.
Ficamos assim, gemendo, esfregando, trocando beijo de língua,
não aguentei e deitei em cima dele, Josué me segurou pela bunda e
começou a estocar com força, batendo as bolas na minha bunda,
urrando.
- Ai, não Josué, para, para... vou gozar... senti a pressão vindo
gostoso, meu clitóris parecia que ia explodir. Ele parou e saiu de
debaixo de mim.
- Vira.... tô louco pra te comer por trás...
Me ajeitei mais na toalha e fiquei de quatro, arrebitei a bunda
para ele, olhei para trás com cara de safada, de tesão. Arreganhei
bem as pernas, mostrando meu ânus, minha buceta aberta.
- Vem, Josué...
O homem parecia que ia ter um troço.
- Safada... – Me deu um tapa na bunda que ardeu, senti na força
o tamanho do tesão que ele estava sentindo, minha buceta
comprimiu, latejou.
Chegou bem perto ajoelhado, penetrou sem dó, com tudo de uma
vez, apertou minha bunda e começou a estocar de novo, num vai-e-
vem delicioso.
- Ai delícia, caralho...
- Me come vai, gostoso... – Gemi, ele puxou meu cabelo, fez um
rabo de cavalo com a mão, habilidoso, puxava minha cabeça de
leve para trás enquanto estocava gostoso, entrando e saindo
apertado, safado, escorregando.
- Josué...
Tesão me consumia, meu olho escorria lágrima, eu
choramingava, zonza de tanto tesão... a imagem dele me comendo,
batendo os quadris, a voz grossa, cheiro gostoso, a pegada dele era
deliciosa, de homem experiente, sabia o que estava fazendo, sabia
como dar prazer, como dominar. E eu queria tudo dele, queria tudo...
perdi a cabeça...
- Josué...
- Oi...
- Come meu cuzinho...
- Ah, caralho... cê quer me dar a bunda, sua safada?
- Quero...
Continuou estocando devagarinho agora, apertou minha bunda,
abriu mais.
- Ah, que delícia... que lindo... lambeu o polegar e rodeou,
enfiando devagarinho...
- Cê já fez, galega? – Perguntou, preocupado.
- Já.
Colocou o polegar todo e tirou, continuou estocando devagarinho
na minha buceta.
- Cê vai me aguentar?
- Vou.
- Puta que pariu.
Tirou o pau da minha buceta e colocou a cabeça no buraquinho
de trás, ficou brincando com ele.
A sensação de dar tudo, de fazer algo proibido, pervertido, sem-
vergonha... de ser dominada por ele, satisfazendo-o, me
satisfazendo também, me excitava demais, e eu queria tudo dele.
Tudo. Acho que eu já estava apaixonada...
Colocou a cabeça toda, senti arder.
- Quer parar, meu bem?
- Não. Continua...
- Vou devagarinho.
Pouco a pouco foi enfiando, me abrindo, me acostumando com
ele, montou em mim, colou o peito nas minhas costas, beijou meu
pescoço, passou o braço pela minha virilha, alcançou meu clitóris,
começou a roçar, me esfregando de levinho, torturando, enfiando
mais e mais devagarinho, me distraindo com beijo, com mordida,
língua, me enchendo de prazer, até que colocou tudo.
- Gostosa... estou todo dentro de você. Foi tudo...
- Ai, Josué... gemi o nome dele, mas não foi de dor, foi de tesão,
a ardência parou e agora eu sentia só tesão, tesão demais de
imaginar que ele me comia daquele jeito, que a gente estava tão
junto, tão grudado, e eu já estava tão envolvida que em pouco
tempo ele já tinha me experimentado de tantas formas.
Tirou tudo e tornou a colocar devagarinho, enfiando tudo, me
alargando, e dessa vez voltou mais rápido, pegando ritmo, sem
parar de me tocar, montado em mim.
- Ai que cuzinho mais apertadinho Luiza... desse jeito cê me
deixa mais apaixonado...
- Você que é um tesão de homem, sabia?
Ele apertou minha bunda e pegou o ritmo de vai-e-vem
estocando gostoso sem parar, puxava meu cabelo, apertava minha
bunda, montou em mim de novo, beijava minhas costas, mordia,
lambia, metia sem parar, alucinado. Ficamos grudados mexendo,
minha bunda arrebitada, ele ajoelhou e espalmou as mãos enormes
uma de cada lado me abrindo, massageando, reparando o entra-e-
sai.
- Luiza, vou esporrar em você toda, quero lambuzar esse cuzinho
todo, deixar tudo melado...
- Me dá seu leitinho, dá, Josué... – Pedi toda dengosa, gemendo.
Ele me apertou pela cintura e meteu com força.
- Ahhh caralho, que tesão! Aaahhh.... aaahhh.... – tirou o pau e
começou a esfregar que nem louco, olhei para trás, jorrou porra
demais, senti meu ânus esquentar em volta, um líquido quente e
espesso caindo dentro dele, em volta, na minha bunda, até na base
da minha coluna.
A cara de tesão dele eu nunca vou esquecer, aquele moreno
lindo, cabelo pretinho, denso, a barba cerrada certinha e os dentes
branquinhos, meu Deus aquele rosto corado, a boca aberta, olho
caído de tesão, o corpo todo suado... parecia uma miragem, um
pedaço de mau caminho, aquele homem era uma indecência!
E hoje eu entendi por que mulher chorava por causa dele.

Deitou na toalha ao meu lado, me puxou para o lado dele,


beijando a minha boca gostoso, me envolveu com seu braço forte.
Grudou a boca na minha e começou a mexer no meu botãozinho,
esfregando gostoso, e enquanto eu não gozei na mão dele ele não
sossegou.
Ficamos abraçados, exaustos. Começou a ventar, ele pegou um
lençol que tinha levado e uma almofada,deitamos nela e nos cobriu.
Cochilamos ali, abraçadinhos.
Foi coisa rápida. Josué estava acostumado com mato, eu não,
não consegui relaxar, mesmo sabendo que ele já conhecia aquele
paraíso escondido como a palma da sua mão.
- Josué... – Sacudi ele, que dormia pesado.
- Hã? – Perguntou sem abrir os olhos. Achei graça.
- Acorda, meu bem...
- Nossa senhora... – abriu os olhos e esfregou o rosto, sentou de
uma vez. – Meu Deus, quantas horas? – Pegou o celular, beirava
seis horas.
- Vamo embora?
- Vamo sim, galega. Perdi a noção. Nossa...
Juntamos tudo, nos vestimos e voltamos para a casa dele.
A gente chegou, tomou um banho juntinho, não conseguíamos
nos desgrudar... fizemos amor debaixo do chuveiro (coisa que eu
nunca tinha feito com o Victor), ele me comeu gostoso de novo, eu
em pé, de costas, as mãos espalmadas no azulejo, a água morna
caindo no nosso corpo, ele me enchendo de beijo nas costas, no
pescoço, o corpo quente colado no meu, me mordendo, falando
sacanagem... A gente gozou junto, foi delicioso.

E ficamos morrendo de fome!


Josué colocou um short folgado, vesti uma camiseta dele e fomos
para a cozinha. Já era noite, ele abriu um vinho que tinha guardado
há um tempão, ganhou do Alberto, falou que esperava uma ocasião
especial e que seria perfeito para esse jantar.
Vi que duas vezes a porta bateu, eram duas mulheres diferentes
procurando por ele, mas ele as dispensou. Não me importei,
procurei colocar minha cabeça no lugar, ele também ficou muito sem
graça e não justificou nada, deixei pra lá.
Descasquei umas batatas, salpiquei com sal grosso, reguei com
azeite e catei um raminho de alecrim da horta dele.
- Desse jeito você não conhece, peão.
- Que coisa linda que cê tá fazendo, galega.
- Você vai ver que delícia que vai ficar
...
Ele pegou o tabuleiro e colocou no forno de lenha. Depois fritou
bacon, cebola, fez uma farofa com farinha de biju que estava
cheirando até lá na esquina de tão boa.

Ficamos jogando conversa fora, a gente se abraçava, trocava


beijo, brincava, ria... nem vi a hora passar.
- Cê podia dormir aqui comigo, loira... – Fungou meu pescoço,
me dando um abraço gostoso, eu quase sumia naquele abraço de
homem grande dele, era muito aconchegante, e o cheiro dele me
matava de tão delicioso.
- Não fala assim não que você acaba comigo... Você sabe que eu
não posso...
- Mas que dá vontade de dormir agarradinho com você, dá sim.
Nem acredito que cê vai embora amanhã...
- Ah, não vamos falar disso por favor
, Josué.
- Eu já tô sofrendo, galega.
Ah meu Deus.
Olhei para ele, os olhos estavam cheios d’água.
Na hora tive vontade de chorar também vendo aquele homão
fazer beicinho igual criança. Fiquei na ponta dos pés, a gente se
abraçou com força.
- Cê vai me dar ao menos seu celular? Eu sei que é errado... mas
se não galega... eu não vou aguentar de saudade...
Senti uma lágrima dele molhar meu pescoço.
- Lógico que eu vou te dar, eu te adoro, meu peão gostoso...
- Eu também.
Ficamos abraçados, nos curtindo em silêncio.
Josué arrumou a mesa toda no capricho, era até engraçado esse
lado dele, mas pelo visto gostava de coisa de cozinha, tinha jogo
americano rústico que ficavauma graça por cima da toalha, colocou
uma jarra d’água bonita, deu vontade até de tirar foto da mesa.
A comida ficoupronta, e eu não sei se era porque eu estava num
estado de felicidade supremo, mas nem nos melhores restaurantes
que eu frequentava na capital comi algo tão gostoso.
- Nossa... galega do céu, que delícia essa batata...
- Sua farofatambém está deliciosa... aliás, tudo que você faz é
delicioso, Josué. – Ele fez um carinho no meu rosto, alisou minha
mão, o olhar brilhante para mim.
- Minha princesa...
Terminamos de comer e olhei para o relógio, quase nove horas.
Merda. Já já Victor ia chamar a polícia, se já não estivessem me
procurando pelas redondezas.
- Josué, agora é sério. Eu tenho que ir embora. Está tarde
demais, o Victor deve estar louco lá.
- Vontade de dar uma porrada na cara daquele sujeito.
- Josué... – Repreendi ele.
- Desculpa. Desculpa, galega. Então vai, tira essa camiseta,
nunca mais vou lavar, já vou dormir agarradinho com ela hoje.
Eu comecei a rir.
- Você é bobo demais, homem.
- Eu não vou nem olhar cê trocar de roupa, se não não deixo cê
sair daqui hoje.
- Seu lindo... – Fiz um carinho no cabelo dele e saí para o quarto.

- Prontinho. – Abri a porta do quarto dele já devidamente vestida.


Ajeitei meu cabelo no espelho, por sorte já estava quase seco.
Josué estava sentado no sofá, os braços cruzados, emburrado.
- Eu te acompanho até a porta. – Resmungou.
Dei a mão para ele e o puxei, ele me puxou de volta contra o seu
corpo e me abraçou por trás, fomos andando abraçados de mãos
dadas, seu rosto enterrado na curva do meu pescoço.
- Deixei meu número anotado no criado do seu quarto. – Falei
para ele, coração apertado...
- Uhum.
Abriu a porta contrariado, segurou meu rosto, me beijou sem
fechar os olhos, me olhando no fundo dos olhos.
- Eu nunca vou te esquecer.
- Nem eu... – Suspirei. - Tchau, Josué...
Dei um selinho nele e me afastei. Nem olhei para trás. Eu sabia
que ele ia ficar ali parado na porta me olhando até não conseguir
mais me ver.
Fui andando devagar, tinha esfriado bastante, encolhi naquela
roupa curtinha e meus cabelos voando com o vento, angustiada
pelo Josué e com medo do Victor me fazer algum mal, me agredir.

Abri a porta de casa e fechei, ele estava na sala comendo pipoca


de pijama e assistindo seriado.
- Cheguei, Victor. – Falei bem baixinho, torcendo para que ele
não me escutasse, achasse que eu era invisível. Na hora ele
pausou a televisão.
- Onde você esteve o dia inteiro, Luiza?
- Ah Victor, rodei essa fazenda toda, até na casa da Cleuza eu fui.
Fiquei lá um tempão, almocei e jantei com ela.
- Faça-me o favor...
- A gente ficou amiga, né?
Ele gargalhou.
- Era só o que me faltava... aquele sujeito estava lá?
- Quem? O Josué?
- Ele mesmo.
- Não.
- Não gosto daquele caipira.

Nem rendi assunto. Já já ia começar o sermão e as humilhações,


até para a pobre da cozinheira ia sobrar.
- Que seriado é esse? – Perguntei tentando desviar o foco de
mim.
- Nada que vai te interessar. Você só gosta daquelas baboseiras
melosas de romance, coisa inteligente não é a sua praia.
- Tá bom então, Victor. Vou subir, estou bem cansada.
- Eu imagino. Vê se toma ao menos um banho antes de deitar na
nossa cama.
- Uhum. Vou sim.
Dei as costas para ele, agradecendo a Deus que não foi pior.
Estava acabando, hoje era a nossa última noite juntos, e quando ele
chegasse no quarto eu provavelmente já estaria dormindo, com um
gosto delicioso na boca e uma dorzinha gostosa de fora a fora no
meio das coxas.
LUIZA

No domingo bem cedo, como era previsto, logo depois do café o


motorista do seu Alberto estava nos esperando na porta.
Josué mandou mensagem cedinho, ofereceupara me ajudar mas
eu preferi que ele não aparecesse, fiquei com medo de darmos
qualquer mancada perto do Victor, ele era muito arisco.
Desci carregando minhas malas pesadas, o motorista ajudou a
colocá-las no bagageiro, assim como as do Victor.
Fomos embora calados. Combinamos com o motorista que me
deixasse em casa primeiro, depois o Victor na casa dele.

Quando o carro parou e o Alfredo desceu para pegar minhas


bagagens, Victor segurou meu braço, me pegou pela nuca e me deu
um beijo de língua à força, voraz. Ele era muito mais forte que eu,
não consegui soltá-lo.
Quando enfim me largou, esbravejou comigo baixinho para o
motorista não escutar:
- Nada de conversar com seus pais, viu Luiza? Vamos resolver
esse problema sozinhos...
- Tchau, Victor. Bom domingo pra você também. – Abri a porta do
carro, desci sem olhar para trás. Nem acredito que estava me
livrando dele.
Não falei nada, se ele soubesse me prenderia ali com certeza.
- Obrigada, Alfredo.
- Disponha, senhora. Bom domingo! – Ele respondeu e voltou
para o carro, arrancando logo em seguida.
Cheguei em casa e conversei com meus pais.
Eles já estavam me esperando sentados no sofá da sala. Chorei
muito, mãe também. Não sabiam desse lado do Victor e muito
menos da minha insatisfação. Nunca contei. Pensei que fosse
melhorar com o tempo, que ele ia mudar, mas a verdade é que as
pessoas não mudam, e quanto mais o tempo passa, mais difícilfica
de romper laços. Depois viria o casamento, filhos... e eu estaria
presa a ele para sempre de alguma forma,e não era nem de perto o
que eu queria.
Meus pais me apoiaram incondicionalmente, como eu tinha
certeza que fariam.
Acharam que estavam fazendo o melhor para mim quando me
amarraram nesse barco furado, mas tiveram discernimento e
compreensão que eu tanto precisava para me salvarem dele.
Desde então não vejo o Victor, terminei com ele por telefone
mesmo, meu pai conversou com o pai dele, que aparentemente
aceitou numa boa.
Hoje faz dois meses que vivi essa história, e parece que foi
ontem.

Onde eu estou agora?


No meu casarão lindo, no meu pedaço de terra que ganhei dos
meus pais de presente de aniversário!
Dia de semana fico com eles na nossa casa, vou para a
faculdade (último período graças a Deus), mas na sexta depois da
aula já fujo para cá. Ainda falta comprar alguns móveis e mexer na
decoração, mas já dá para hospedar muito bem.
Não sei olhar nada do que precisa num sítio, mas estou tendo
uma ajuda muito especial, que está cuidando de tudo para mim com
perfeição. A gente fica grudado... assistimos filmes, jogamos
conversa fora tomando vinho na minha lareira nova, e amamos a
minha hidromassagem, trepamos gostoso em todo canto, dormimos
agarradinhos, caminhamos explorando a natureza... eu nunca estive
tão feliz.
A gente está namorando sério, mas eu ainda não o apresentei
para os meus pais. Eles vão vir esse finalde semana para conhecê-
lo, a gente vai fazerum jantarzinho, ele vai cozinhar. E ele já planeja
morar comigo assim que a gente assumir a nossa paixão para todo
mundo.
Ah, meu amor de peão... Josué.
Se você gostou, avalia o meu conto, por favor, diz que sim!

Muita gratidão por você, meu leitor querido.


Me escreve também me dizendo o que está achando, vou adorar!
Meu contato: autoraninapimenta@gmail.com

Um beijo gostoso e Até a próxima!

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