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SEGREDOS DE LUXÚRIA – ORG.


LUÍSA ARANHA E MARI MONNI
© 2018 Luísa Aranha e Mari Monni
Todos os direitos reservados

ISBN: 978-85-94410-28-3

1ª Edição – Rico Produções Artísticas


Brasília – Julho de 2018
ISBN: 978-85-94410-28-3

Editora chefe: Janaina Rico


Revisão: Equipe editorial
Diagramação: Thati Machado
Capa: Thati Machado

Dados Internacionais de
PERIGOSAS ACHERON
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Catalogação (CIP)

Segredos de Luxúria / Bárbara Ribeiro


...[et al]; organização de Luísa Aranha e Mari
Monni – Brasília, Brasil, 2018
ISBN: 978-85-94410-28-3
1.Literatura brasileira 2. Literatura erótica.
CDD – B869

Esta é uma obra de ficção. Nomes,


personagens, lugares e acontecimentos descritos
são produtos da imaginação dos autores. Qualquer
semelhança com nomes, datas e acontecimentos
reais é mera coincidência. Este livro segue as regras
da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.

São proibidos o armazenamento e/ou a


reprodução de qualquer parte dessa obra, através de
quaisquer meios — tangível ou intangível — sem o
consentimento por escrito dos autores.

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"Para todos aqueles que não tem medo


de assumir seus fetiches"

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Q ue a vida é uma grande sacana eu sempre


soube, mas que ia me deixar numa situação
assim nunca imaginei. Sabe aquelas festinhas que
você não está afim de participar, mas não tem
desculpas? Cá estou eu. Festa de 10 anos de
formatura. Reencontrar os colegas de faculdade,
saber as novidades, quem casou, separou, teve
filhos, vive a vida perfeita do Facebook e quem
está na merda. Eu me encaixo na categoria dos que
estão na merda.
Ok. Eu estou um pouco mais amarga do que
o normal, mas pensa comigo: to desempregada,
vivendo de favor na casa de meus pais, com quase
35 anos na cara e solteira. Não tive filhos e nem
tenho uma grande aventura profissional pra contar.
Mas estou aqui pra sorrir pra todos e dizer que a
vida tá linda.
Entro no elevador e começo a ajeitar meu
vestido olhando no espelho. Por que nossos peitos
não tem o mesmo tamanho? Sempre parece nos
decotes que um é maior que o outro. A porta do
elevador está se fechando e sou tirada da minha
análise sobre qual peito devo ajeitar, quando escuto
aquela voz grave: “segura o elevador”. Penso em
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qual dos botões eu devo apertar. Como não chego a


nenhuma conclusão, coloco minha mão pra travar a
porta. Rafael vem esbaforido e agradece. Só então
nos reconhecemos. Puta que pariu! Não podia ser
qualquer outro a entrar comigo no elevador? Tinha
que ser justamente ele? O único cara que eu era
afim na época da faculdade e que nunca me deu
bola? É muita sacanagem. É mais sacanagem ainda
quando meu dou conta que os anos só fizeram bem
pra ele. Seu sorriso continua encantador e seu
corpo… Bom, se já me deixava de calcinhas
molhadas na época da faculdade em que eu tinha
uma vida sexual agitada, imagina agora quando já
existem teias de aranha na minha perseguida.
— Bia! Quantos anos! Nem sabia que você
vinha! — Ele me abraça apertado e dá um beijo em
minha bochecha. Sinto todo o calor do seu corpo, e
um arrepio percorre minha coluna quando o cheiro
de seu perfume amadeirado nocauteia os meus
hormônios.
— Pois é… também não sabia se vinha —
digo, me desvencilhando do abraço. — E como
estão as coisas?
— Bem… larguei a profissão de vez! Agora
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estou cantando. E você?


— Eu estou por aí ainda. — Sorrio meio
sem graça. — Não sabia que tinha virado cantor —
minto, afinal, é muita babação dizer que fico
estalkeando suas redes sociais. — E canta o quê?
— Rafael não tem tempo de responder. Um barulho
de engrenagens sendo paradas abruptamente toma
conta do espaço e as luzes do elevador se apagam,
piscam algumas vezes e a luz de emergência se
acende.
— Porra! O elevador travou — ele diz, mas
não parece desesperado. Já eu…
— O que vamos fazer? — pergunto em
pânico. Odeio ficar presa em lugares fechados.
— Podemos saciar as nossas vontades até o
elevador voltar a funcionar. — Ele abre seu melhor
sorriso e pisca o olho. Fico completamente nervosa.
— Ah Rafael! Pode parar com isso. Tu
nunca me deu bola na época da faculdade. — Não
sei de onde tiro coragem pra dizer isso, mas ando
cansada de joguinhos.
— Uai, mas você tinha namorado. — A
resposta dele parece surpresa.
— Eu te dava bola…
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— Nunca percebi.
— Todas as meninas sabiam.
— E ninguém nunca me contou… — Ele
vem caminhando em minha direção, me encurrala
contra o espelho e coloca uma das mãos na parede
ao lado da minha cabeça. — Mas podemos resolver
isso agora… — Rafael se abaixa um pouco e
aproxima a boca da minha. Meu corpo inteiro reage
à aproximação. — Se você quiser.
Não penso. Apenas aproximo meus lábios
dos dele e encosto lentamente em sua boca. Ele
entende meu gesto como um sim e o roçar de lábios
se transforma em uma necessidade urgente de
línguas e mãos. Nossas línguas brincam de explorar
a boca do outro com rapidez e gula. Nunca me
pareceu que um beijo poderia prometer tanto e ao
mesmo tempo ser tão frenético. A boca de Rafael
não desgruda da minha enquanto suas mãos me
puxam pela cintura para mais perto do seu corpo.
Ele está quente, pegando fogo, apesar da noite fria.
Quando sinto sua ereção, fico completamente
desesperada e pulo em sua cintura, enlaçando-o
com minhas pernas. Eu me esfrego. Preciso de
alívio. Há quanto tempo não sinto isso? Não quero
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pensar, apenas sentir.


A boca de Rafael desgruda da minha e
procura pela minha orelha. “Eu sempre quis te
comer”, ele sussurra e depois morde meu lóbulo.
Não sei se é a voz, a confissão, ou a mordida, mas
perco ainda mais o controle e esfrego minha boceta
contra seu pau, que sinto latejar. Foda-se! Ou
melhor, “me fode, Rafael”, penso.
Como se fosse capaz de entender meu
comando, Rafael vai descendo com sua língua pelo
meu pescoço, até o decote do vestido. Eu me
delicio com cada contato da sua saliva em minha
pele.
— Sempre quis chupar esses peitos
gostosos — ele sussurra enquanto livra meus seios
do decote e abocanha um mamilo, mordendo-o com
força, o que me faz quase gozar.
É isso que eu preciso. Gozar. Solto uma
mão de seu pescoço e procuro o zíper de sua calça.
Abro rapidamente e seguro seu membro com
firmeza. Faço um carinho com a mão em seu saco,
apertando de leve e, então, agarro o pau duro
novamente e começo a movimentar minha mão
para cima e para baixo, sempre encostando em
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minha entrada.
— Tem camisinha? — pergunto.
— No bolso direito de trás.
Pego a camisinha do seu bolso, rasgo a
embalagem enquanto Rafael me segura pela bunda
e continua chupando meus peitos, e coloco em seu
membro. Afasto minha calcinha para o lado e
imploro.
— Me come agora, então!
Rafael não espera nem eu terminar de falar
e entra em mim de uma só vez e fundo. Sinto todo
seu pau dentro de mim. Ele não se movimenta
enquanto me acostumo com seu tamanho. Mas
tenho pressa. Enquanto ele é cuidadoso, eu sou
afoita. Começo a rebolar.
— Eu não vou durar muito assim.. Com
essa bocetinha toda melada e você rebolando no
meu pau…
— Só me faz gozar e com força, Rafa.
Ele geme alto com meu pedido e começa às
estocadas. Um vai e vem descompassado,
acelerado, completamente encaixado em mim.
Sinto meu corpo sendo consumido. Cada nervo e
músculo se entregando ao prazer. Não me lembrava
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mais como era me sentir assim.


— Goza pra mim, Bia. Goza no meu pau,
vai…
Enlouqueço completamente com seu
pedido. Mas, de repente, outro barulho de
engrenagens faz com que nossas atenções se voltem
pro elevador.
— Puta que pariu! Goza agora, Bia! Essa
merda vai voltar a funcionar. — Ele soca com mais
força dentro de mim e morde meu seio novamente.
Entrego-me à sensação e deixo que ele conduza.
Todos o meu corpo se contrai, quando sua mão sai
de minha cintura e massageia meu clitóris. O teto
do elevador parece sumir e vejo estrelas em cima
da minha cabeça. Começo a tremer. Perco o
controle das minhas pernas e fico toda mole.
Sensação de alívio, prazer, libertação. Quando
Rafael goza também, outro orgasmo me atinge.
As respirações aceleradas, ofegantes. Os
corpos ainda encaixados. A luz do elevador pisca.
Alguns segundos no escuro. Então, elas acendem e
o elevador volta a subir. Rafael me coloca no chão,
ajeitando meu vestido. Beija minha boca
novamente, enquanto fecha suas calças. Parece
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tudo surreal.
A porta se abre no imenso salão cheio de
ex-colegas, professores e familiares. Saímos como
se nada tivesse acontecido. Então, ele enlaça a
minha cintura com uma mão e sussurra no meu
ouvido:
— Ainda não me saciei de você… Podemos
ir embora juntos no final da festa?
Sorrio e aceno com a cabeça
afirmativamente. Talvez a vida esteja começando a
sorrir pra mim.

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Q uantos sorrisos você já deu hoje?


Eu perdi as contas de quantas vezes sorri
para pessoas que odeio. Mas essa é a minha rotina:
colocar minha melhor roupa, encontrar uma das
minhas inúmeras joias para combinar, calçar um
salto muito alto e proporcionalmente
desconfortável. Depois disso, tenho que fazer meu
cabelo e uma maquiagem impecável. Tudo isso
para que eu possa sorrir para todas aquelas pessoas
que me irritam até a alma.
É isso que dá ser a esposa de um dos
maiores empresários do país. Acompanhá-lo em
eventos é necessário. Qual seria a necessidade de
uma esposa bonita, senão exibi-la para todos os
amigos?
Quando nos casamos, sabia exatamente o
que estava à minha espera. Não entrei cega nessa,
achando que tudo seria um mar de flores. Sou
cética demais para acreditar no amor. Pelo menos,
não para mim. Eu perdi essa chance quando nasci
em uma família rica. De acordo com meu pai,
pessoas como nós não podem escolher com que
casar baseado em coisas banais como sentimentos.
Não temos relacionamentos, apenas alianças.
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No meu caso, me casei aos dezenove anos


com um homem quinze anos mais velho que eu.
Honestamente, acho que dei muita sorte com
Daniel. Muito mais do que minha irmã. O marido
dela é um crápula, já o meu é só negligente.
Estamos juntos há quase quinze anos, ele nunca foi
diferente.
Passo dias sozinha, conversando com as
paredes. No máximo com as empregadas da casa.
Quando tenho sorte, vou ao clube. Mas não posso
ficar lá todos os dias. Uma mulher rica tem que ser
ocupada e não ociosa. Festas são excelentes
maneiras de ocupar a esposa de um grande homem.
Toda minha infelicidade desaparece no
momento em que saímos do carro na festa
beneficente da semana. Cada uma mais chata que a
outra, mais falsa que a outra. Tão falsas quanto meu
sorriso.
— Cecília — um dos amigos do meu
marido diz, beijando as costas da minha mão. —
Você está mais linda do que nunca. Um dia, ainda
convenço você a largar o Daniel e me dar uma
chance.
Todas as festas são as mesmas coisas, os
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mesmos elogios, as mesmas pessoas. Inclusive, sei


exatamente o que meu marido dirá a seguir.
— É mais fácil eu te dar minha empresa do
que minha esposa, Cássio. — Daniel me dá um
beijo no rosto, como se precisasse enfatizar o
quanto me adora.
Eu dou mais um sorriso e apoio minha
cabeça no ombro do meu marido. Aqui, somos o
casal perfeito de apaixonados. Em casa,
praticamente nos ignoramos. Não sei qual foi a
última vez que transamos e, com certeza, não foi
memorável o suficiente para que eu quisesse
repetir.
Ele tem assuntos a conversar, nada que seja
minimamente interessante para mim. Por mais que
ele goste de me ter em seu braço, sabe que, em
certos momentos, preciso circular sozinha. Afinal,
tenho que me juntar às mulheres. Na cabeça dele, e
de quase todos os homens aqui (e de muitas
mulheres, infelizmente), homens cuidam dos
negócios enquanto as mulheres conversam sobre
filhos e fazem fofoca.
Se eu tivesse filhos, até conversaria sobre
eles. Também não tenho como contribuir muito
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para a fofoca, já que fico em casa na maior parte do


tempo e não me interesso pela vida alheia.
Passeio pelo salão, o sorriso falso
estampado no rosto, e converso com algumas
pessoas chaves. Assim que consigo me esquivar do
bate papo inútil, vou para a varanda. Não sem antes
pegar duas taças de champagne: uma para mim e a
outra para mim também.
A noite está clara, iluminada por uma lua
cheia. A festa está animada, pessoas falam sem
parar e posso ouvir as risadas daqui. A bebida está
perfeitamente gelada, agradável e de boa qualidade.
Só eu que não estou de acordo com todo o resto.
— Interrompo? — Uma voz feminina faz
com que eu vire meu rosto, perdendo de vista o
jardim.
A mulher que entrou é conhecida, mas não
faço a mínima ideia de qual seja seu nome. Já a vi
diversas vezes em eventos como este, mas acredito
que nunca fomos apresentadas.
— De forma alguma — eu digo, ainda
tentando lembrar se sei seu nome.
— Você é a esposa do Daniel Tavares,
certo? — Eu sinto vontade de revirar os olhos, mas
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acabo fazendo o que mais fiz esta noite e dou um


sorriso.
— Cecília Tavares, muito prazer.
— Amanda Ferraz — ela diz e se aproxima
de mim para dar um beijinho na minha bochecha.
A primeira coisa que noto é seu perfume
adocicado. Delicioso. Penso em perguntar qual o
nome, mas resolvo permanecer calada.
— O que faz aqui fora, sozinha? Cadê seu
marido? — ela pergunta e, mais uma vez, quero
revirar os olhos.
— Estou me escondendo de umas senhoras
que resolveram tirar a noite para reclamar da vida
na frente dos convidados — falo a verdade e
Amanda solta uma risada melódica. Ela se coloca
ao meu lado e nós duas ficamos apoiadas na grade,
nossos braços quase se encostando. Cada vez que
ela se mexe, posso sentir seu cheiro doce.
Ficamos caladas por um minuto e aproveito
para analisá-la de canto de olho. Ela parece estar no
início dos trinta, mais ou menos a mesma idade que
eu. Seus cabelos curtos e negros são exatamente o
oposto dos meus loiros e longos.
— Você parece não estar se divertindo
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muito — ela diz e me dá um sorriso triste.


— Realmente, hoje não é o melhor dos dias
para mim — confesso.
Ela pausa por um minuto e me analisa da
cabeça aos pés, como se ponderasse se eu valho ou
não seu tempo. Mas quando ela morde seu lábio
inferior e estica a mão para mim, tenho a sensação
de que ela acabou se decidindo.
— Venha comigo. — Eu apenas observo
sua mão estendida. Meus olhos vão para o salão
cheio de gente e eu me pergunto mais quantos
sorrisos terei que dar se voltar para lá.
Resolvo aceitar o convite da desconhecida e
pego sua mão. Diferente da minha, que está fria de
tanto segurar a taça de Champagne, que deixei na
bancada da varanda, a dela está quente e
convidativa.
De mãos dadas e sem olhar para trás,
Amanda me puxa pela casa, subindo os degraus da
escada de mármore. Quando chegamos ao segundo
andar, ela me leva por um corredor até que as vozes
das pessoas no andar de baixo comecem a
desaparecer. O corredor é longo e me faz imaginar
qual será o tamanho dessa casa.
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Entramos em uma sala de bilhar que está


vazia. Amanda fecha a porta e me olha.
— Eu preciso que você me garanta que
nada do que vir aqui será comentado.
Eu apenas olho para ela e ergo uma
sobrancelha.
O que será que tem aqui?
Olho para os lados, mas tudo que vejo é
uma mesa de bilhar, uma de carteado, sofás em
couro marrom e uma televisão bem grande. Ou
seja, este é o típico canto do homem da casa. O que
uma mulher pode ter a esconder aqui?
— Eu prometo que não falo nada — digo, a
curiosidade tomando conta de mim.
Amanda apenas faz um sinal positivo com a
cabeça e, ainda com a mão na minha, me puxa para
um canto da sala, ao lado de uma estante. Eu não
tinha percebido, mas ali tem uma porta de madeira
da mesma tonalidade que as demais paredes.
Do seu decote, ela retira uma pequena
chave dourada e a encaixa na fechadura. Sinto um
frio no estômago, ansiosa para saber o que tem ali e
o porquê de tanto mistério.
Assim que a porta se abre, a primeira coisa
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que tenho noção é do cheiro. Um cheiro doce,


sensual, muito próximo ao da mulher ao meu lado.
Ela me incentiva a entrar e eu obedeço. As luzes
são escassas, mas os sons compensam pela
escuridão.
— Bem-vinda ao clube das esposas — ela
sussurra ao pé do meu ouvido e não sei se é isso
que me faz arrepiar ou se suas mãos, que começam
a percorrer minha cintura.
Amanda se coloca atrás de mim e acaricia
meu corpo com suavidade. Eu tento me afastar,
assustada com o contato inesperado, mas ela me
aperta contra si.
— Fique tranquila… — ela sussurra
novamente. — Nós somos um grupo de mulheres
entediadas, assim como você. Constantemente
esquecidas por nossos maridos e sem vontade
alguma de continuar com esses sorrisos falsos que
sabemos dar tão bem.
Neste momento, ela beija meu pescoço e
não sei o que dizer. Na verdade, não sei o que me
surpreende mais: o fato de uma mulher estar me
beijando, saber da existência de um grupo de
esposas entediadas, o desejo que começo a sentir ou
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o que está à minha frente.


Pelo menos oito mulheres estão nuas e se
tocam. Todas de pé, com uma enorme cama ao
fundo, elas se divertem e descobrem o corpo uma
da outra. Fico estupefata quando vejo Pietra, a
anfitriã, beijando outra mulher.
Eu arfo, sem saber o que dizer. É nessa hora
que Amanda deixa seu toque ficar mais ousado. Por
cima do vestido, ela aperta meus seios ao mesmo
tempo em que suga o lóbulo da minha orelha.
Ainda em choque, eu não me desvencilho do seu
toque. É diferente, mais suave…
Há quanto tempo eu não sou tocada?
— Não questione quem ou o que você é,
não é este o intuito desse clube. Apenas cansamos
de sorrir para todo mundo quando, no fundo, tudo
que queríamos era estar longe dali. — As palavras
dela definem exatamente a última década da minha
vida. — Em todas as festas, nós nos reunimos para
uma… festinha particular.
Amanda diz e deixa que uma de suas mãos
deslize por minha barriga. Sinto seus seios contra
minhas costas e não sei se é seu toque, a visão à
minha frente ou a minha solidão, mas eu me rendo.
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Faço exatamente o que ela pede e não questiono.


Levanto meus braços em um gesto silencioso para
que ela remova meu vestido.
— Você vai adorar fazer parte do nosso
grupo. — Amanda sobe a peça, deixando-me
apenas de calcinha, salto alto e joias.
O movimento faz com que as outras
mulheres percebam minha presença. Elas param o
que estão fazendo e se viram para me encarar.
Algumas arregalam os olhos com espanto, outras
abrem um sorriso. Mas é Pietra, em seu papel de
anfitriã, que se aproxima primeiro.
— Ah, então você finalmente conseguiu
trazer a Cecília para cá. Há quanto tempo você
estava de olho nela, Manda?
Amanda dá uma risadinha atrás de mim, e
noto, então, que seu corpo não está mais colado ao
meu. Quando me viro para ver o que aconteceu,
descubro que Amanda está completamente nua.
Eu não sei se devo me sentir incomodada ou
excitada. Nunca vi uma mulher assim, exposta.
Uma coisa é ver uma amiga trocar de roupa, outra é
saber que ela está se exibindo para mim, e que, se
eu quiser, posso tocá-la.
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Nunca tive desejo por mulheres, mas a


curiosidade do momento fala mais alto que minhas
noções preconcebidas do que eu devo ou não fazer.
Sinto os olhos de Amanda devorando meu
corpo e fazendo com que ambas ignoremos as
demais mulheres na sala. Ela dá um passo na minha
direção, uma predadora prestes a dar o bote.
Todos os sons ao nosso redor evaporam.
Amanda é um pouco mais alta do que eu e, quando
se aproxima, preciso levantar os olhos para poder
fitá-la. O desejo que vejo refletido em seu olhar é
suficiente para que eu sinta meu corpo se aquecer.
Quem sabe isso não é exatamente o que
estou precisando para sair dessa mesmice que é a
minha vida?
Mas não sei como dar o primeiro passo.
Amanda nota minha hesitação e vem ao meu
encontro. Suas mãos percorrem o meu braço e seu
rosto fica a centímetros do meu.
— Eu prometo: você nunca mais se sentirá
entediada em um evento desses. Nós sempre
estaremos aqui para deixar a noite mais…
interessante. — Amanda pisca para mim e desce
sua boca de encontro à minha.
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Os lábios dela não são fortes, não sinto o


arranhar da barba. É suave e doce. Seu gosto,
diferente do que eu estou acostumada, me incentiva
a continuar. Sinto suas mãos suaves percorrerem
meu corpo, juntando-o ao dela.
— Relaxa… — ela diz contra a minha boca.
— Apenas sinta. Feche os olhos e deixe seus
instintos tomarem conta.
Ela continua me beijando e eu faço o que
pede. Fecho meus olhos e permito que minhas
mãos curiosas passeiem por seu corpo. Nunca
toquei uma mulher antes. Nunca soube como era ter
o peso dos seios em minhas mãos.
Quando mordisco seu lábio inferior,
Amanda solta um gemido baixo que me atinge em
cheio.
Para minha surpresa, ela fica mais ousada,
apertando minha bunda e me puxando para muito
junto dela. Um fio não se encaixaria entre nós.
Amanda puxa meu cabelo, levando minha cabeça
para trás, e deixando meu pescoço à mostra.
— Você é linda demais para ser ignorada —
ela diz e eu solto um gemido com a promessa que
as palavras dela trazem.
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Meu corpo se aquece enquanto a língua dela


passeia pelo meu colo. Quando sinto meu mamilo
ser sugado, solto um gritinho de surpresa e acabo
dando um passo para trás, mas não saio do lugar.
Algumas mãos me amparam, impedindo-me
de tropeçar nos saltos que uso.
— Hoje, recebemos você em nosso
grupinho particular, Ciça — alguém fala, mas não
sei quem é. — Está preparada para o prazer que
iremos te dar?
Eu não sei o que responder, pelo menos não
com palavras. Por isso apenas faço que sim com a
cabeça. No mesmo instante, meus olhos são
vendados e eu arfo com a surpresa.
— Fica tranquila — a voz de Amanda é
calma e suave —, prometo que você será muito
bem cuidada. Essa é a nossa forma de te dar as
boas-vindas.
As mãos dela me guiam para outro lugar.
Quando sinto a parte de trás dos joelhos encostarem
em algo, sei que estou na beirada da enorme cama
que tinha visto.
— Deite-se — uma outra mulher diz. Minha
respiração é ofegante. Não sei o que esperar do que
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virá a seguir.
Mesmo assim, faço o que ela pede.
Deito-me na cama e chego para trás. Um
travesseiro é posto embaixo da minha cabeça. Meus
seios sobem e descem rapidamente. Meu coração
está descompassado. Meu ventre se contrai com o
desejo que começa a lubrificar minha entrada.
É então que sinto vários lábios me beijando
ao mesmo tempo. Não consigo contar quantos. A
sensação é tão intensa que eu não perco tempo
tentando saber. Línguas passeiam por mim, beijos
molhados são depositados em diversas partes:
pescoço, os dois seios, barriga, coxa.
Tudo, menos onde mais preciso de alívio. O
prazer é intenso. Elas soltam gemidos baixos,
aparentemente felizes com a nova adição ao grupo.
Alguém beija a minha boca, não resisto e beijo de
volta. Outra mulher se junta ao nosso beijo. Nunca
fiz isso antes, mas estou tão tomada pelo desejo que
nem me importo. De repente, minhas pernas são
afastadas.
— O primeiro gosto é meu. — Sei que é
Amanda quem diz. Só de pensar, minha boceta
começa a pulsar.
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O calor da boca de Amanda se aproxima da


minha entrada e eu solto um gemido alto,
desesperada para sentir sua língua encostar no meu
ponto mais sensível.
Em vez de começar devagar, Amanda vai
direto ao meu clitóris, sugando-o com força e me
fazendo gozar no mesmo instante. Eu me debato na
cama, mas sou contida por várias mãos. As
mulheres vibram com o meu prazer e todas
começam a chupar e lamber meu corpo novamente.
Meus mamilos são abocanhados e sugados com
força.
— Vem, Jaci, ela é uma delícia — Amanda
diz e, logo em seguida, sinto outra boca me chupar.
Dessa vez, não tem a intensidade de
Amanda, mas meu corpo ainda está sentido os
choques de prazer do orgasmo anterior. Jaci devora
minha boceta, gemendo contra ela e se deliciando
com meu néctar.
O prazer é intenso e eu estou
completamente entregue a essas mulheres.
Quando sinto um dedo entrar lentamente em
mim, jogo a cabeça para trás, soltando um grito de
prazer. O dedo se move, entrando e saindo de
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dentro de mim, ao mesmo tempo que a língua


estimula meu clitóris. Meus seios continuam sendo
chupados e massageados, assim como beijos são
depositados em meu pescoço e barriga.
Queria ver uma foto desse momento.
Os movimentos se intensificam, e quando
sinto mais um dedo entrando em mim, encontrando
um ponto mágico que eu nem sabia que existia, o
orgasmo me toma novamente. Meu corpo se
levanta da cama e treme por inteiro. Eu não tenho
mais consciência do que estou fazendo. Apenas
sinto. Prazer, muito prazer.
Quando penso que tudo vai acabar, sinto a
boca de Jaci se afastar da minha entrada. Porém,
logo depois, outra pessoa começa a me chupar
novamente.
— Para, por favor. Eu não vou aguentar
gozar mais uma vez — suplico.
— Claro que vai, e dessa vez será épico.
Deixe que a gente cuide de você. Apenas sinta —
alguém sussurra em meu ouvido e acaricia meu
cabelo.
Minhas pernas são colocadas no ombro de
alguém, que volta a me devorar. Logo depois,
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minha bunda é erguida e sinto que as lambidas vão


para meu orifício nunca explorado.
Não sei se devo sentir prazer ou
desconforto, mas quando um dedo penetra minha
boceta enquanto outro entra no buraquinho de trás,
me sinto completamente preenchida. A sucção em
meu clitóris me ajuda a relaxar.
Uma sensação até então desconhecida
começa a se amplificar dentro de mim. Sinto como
se fosse capaz de explodir. Quando os dois dedos,
um em cada entrada, se curvam, um prazer tão
intenso me domina a ponto de me deixar quase sem
consciência.
As mulheres vibram alto, e sinto quando
jorro alguma coisa de dentro de mim. Estou roca de
tanto gritar, mas o clímax foi tão forte que não
consegui me segurar.
Por um tempo, fico assim, deitada, sem
entender o que está acontecendo. Minha respiração
ofegante, meu coração acelerado, minha mente
confusa e meu corpo completamente relaxado.
Alguém remove a venda dos meus olhos e
pisco, incomodada com a pouca claridade.
A primeira pessoa que vejo é Amanda, que
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sorri para mim com seus dentes brancos e perfeitos.


— Você é uma delícia — ela diz e beija
minha boca suavemente. Não sei se eu a beijo de
volta.
— O que…? — começo a perguntar, mas
não consigo nem terminar a frase.
Estou envergonhada, preocupada e, acima
de tudo, surpresa.
— Fique tranquila, Ciça. Você teve uma
ejaculação feminina. Foi a coisa mais erótica que
nós vimos até hoje — Pietra é quem responde, e
viro a cabeça para poder encará-la.
— Bem-vinda ao clube — uma mulher que
não sei o nome diz e não consigo evitar o sorriso
que me toma.
O primeiro sorriso genuíno da noite.

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A noite está fria, a rua que me encontro está


tão deserta que sua única companhia sou
eu. Sinto a expectativa de como terminarei essa
noite. O inesperado me aguarda. Fico excitada com
as possibilidades que estão para surgir no meu
caminho, a ansiedade me atormenta a cada segundo
que passa, mas tenho a sensação que essa noite
valerá a pena, que ganharei o que mereço. Hoje,
vou aproveitar tanto quanto o felizardo que cruzar
meu caminho. Farei com que cada centavo que ele
queria me dar valha a pena.
Um carro se aproxima, diminuindo a
velocidade até finalmente parar ao meu lado.
— Quanto? — Ele é direto, gosto disso.
Arrepio-me ao ouvir aquela voz grossa e rasgada.
Sei que me darei bem hoje, como planejado.
— O quanto você achar que vale no final.
Mas garanto que não sairá barato. Está disposto a
pagar? — desafio.
Nesse momento, o que menos me interessa
é o valor. Quero aplacar essa ansiedade que corre
no meu corpo, essa vontade palpitante em meio as
minhas pernas. Espero que o dono dessa voz saiba
saciar esse desejo.
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— Entra. — Acho que ele também gostou


da minha resposta e… de outras coisas, é claro.
Mal entro e já sinto sua mão em minha
coxa. Abro as pernas como um convite para ele ir
em frente. Sua mão segue para minha entrada, que
começa a ficar molhada. Conforme seus dedos
trabalham, fecho os olhos. No silêncio do carro, só
se pode ouvir meus gemidos durante um tempo, até
que me lembro que estou a trabalho aqui. Resolvo
descobrir o efeito que tenho sobre este estranho ao
meu lado e, ao contrário dele, vou direto ao meu
objetivo. Pego seu pau e sinto sua rigidez por cima
da calça, minha boca se enche de água com vontade
de prová-lo, degustar seu gosto. Adoro o poder que
sinto quando faço um belo boquete. Não percebo
para onde estamos indo ou se sequer estamos
andando, até que ele para e me puxa para um beijo
de tirar o fôlego. Sinto sua necessidade e deixo que
ele sinta a minha contra seus lábios. Pego sua mão,
que agora está em meu cabelo, me puxando para
sua boca, e a levo de volta à minha boceta. Quero
gozar em seus dedos enquanto ele engole meus
gemidos.
Ele para de me beijar e me olha conforme
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dois dedos entram em mim, seu polegar castiga


meu clitóris. Gemo descaradamente, deixando claro
que estou louca de prazer.
— Você é a puta mais gulosa que já peguei e
nem te comi ainda. — Ele dá um sorriso de
canto. — Eu gosto.
— Aproveita, porque só essa noite eu sou
sua.
Seus movimentos em minha boceta
aumentam e me levam até o limite. Gozo sem
pudor algum. Sorrio porque sei que esse é só o
primeiro de muitos que ainda virão essa noite.
Agora percebo que estamos na garagem de
um hotel. O estranho desce do carro e abre a porta.
Só quando fico em pé, noto sua altura. De salto não
temos muita diferença. Consigo vê-lo admirá-lo e
gostar do que vejo. Aprovo com um sorriso o
homem que está em minha frente.
Subimos para um quarto. Não alimentamos
o silêncio com conversa banal, afinal, ambos
sabemos que só queremos arrancar o máximo de
prazer um do outro. Dá para sentir a tensão, a
ansiedade para continuar o que começamos no
carro.
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Ao entrar no quarto, começo a tirar minha


roupa, deixando o estranho para trás com uma bela
vista. Sinto seu olhar queimando meu corpo. Eu sei
que sou gostosa e sei o poder que exerço sobre o
sexo oposto. Não demora muito para senti-lo me
alcançar e sua ereção pressionar minha bunda. Ele
também já está nu e pronto para me dar o que vim
buscar. Uma mão sobe para meus seios e minha
cabeça pende em seu ombro enquanto gemo. Sem
pudor algum, esfrego minha bunda em seu
membro.
Sei que estou fazendo um bom trabalho.
Não posso esquecer de que se trata de uma
transação comercial onde a mercadoria sou eu. Não
que eu não vá aproveitar tanto ou mais que ele,
porém, só uma pessoa vai ganhar algo no final, e
com certeza não será o cara que está atrás de mim
fazendo uma promessa silenciosa de prazer.
Acabo com a nossa conexão e ajoelho-me à
sua frente. Seu membro pulsante me faz lamber os
lábios. Escuto-o resfolegar e olho para cima no
momento que o coloco em minha boca. Sinto-me
uma devassa, quero que ele veja o quanto gosto de
chupá-lo. Vou testando para ver do que o estranho
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gosta, afinal, cada um tem um gosto pessoal. Ele


geme mais alto quando o engulo todo. Estou me
deliciando com seu pau. À noite está só
começando, mas adoro que ele seja tão safado
quanto eu. Seus gemidos me incentivam a
continuar e, quando sinto que ele está preste a
gozar, paro. Ele sabe que a diversão está apenas no
início, então não reclama, creio que já tenha
percebido que quem dita as regras sou eu. Vou para
a cama e fico de quatro, viro meu rosto em sua
direção e vejo que ele aprecia a vista enquanto alisa
seu membro.
— Vem me comer — murmuro.
Lentamente ele vem até onde estou. Não
consigo desviar o olhar da sua mão, que passeia por
toda sua ereção. O estranho pega um preservativo
na calça, que está jogada no chão, rasga o pacote
metálico e desenrola a camisinha por seu pau. Para
na lateral da cama e passa a mão pelo contorno da
minha bunda.
— Que vista! Estou decidindo onde meter
primeiro. — Seus dedos correm pelo meio das
minhas pernas. Gemo. — Aqui — Seu dedo passa
por cima do meu buraco mais apertado. — Ou
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aqui? — Sinto dois dedos em minha boceta. — Se


bem que esse já está mais que pronto para me
receber.
Seu pau toca minha entrada, provocando…
Em seguida, me preenche em uma única estocada.
Perco o ar por um momento, surpresa pelo alívio
em senti-lo todo dentro de mim.
— Era isso que você queria, né, sua puta?
Estava louca para que eu metesse nessa sua boceta
gostosa.
Como afirmativa, empurro o quadril na
direção das suas investidas. Gememos juntos. Ele
começa a meter de verdade. Ambos estamos em
busca do alívio que só o ápice traz.
Minha mão se junta à festa que acontece
onde nossos corpos se encaixam. Esfrego meu
clitóris no mesmo ritmo das suas estocadas. Ele
segura meu cabelo enquanto arremete, alcançando
o ponto certo, do jeito que eu gosto.
Não sabemos nem o primeiro nome um do
outro, mas isso não importa, porque nossos corpos
parecem ter uma linguagem própria.
Minha boceta aperta em torno do seu
membro e chego ao clímax com um grito abafado.
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Suas estocadas ficam desordenadas, até que ele


paralisa os movimentos e goza, enterrado em mim.
— Puta que pariu! Gostosa pra caralho —
ele solta.
Estamos ambos deitados na cama,
ofegantes. O silêncio é absoluto, a não ser pelas
nossas respirações descompassadas.
Olhando para o teto, analiso toda a situação.
Sei que o homem ao meu lado está habituado a
contratar esse tipo de serviço, lembro do seu
comentário sobre eu ser a puta mas gulosa que já
pegou. Dou um sorriso. Temos que trabalhar com
aquilo que nos dá prazer, certo? Mesmo que, nesse
caso, seja apenas uma suposição.
Ele é bonito e bom de cama. Creio que não
precise dos meus serviços para se dar bem, porém,
fico feliz de poder atendê-lo esta noite. O que mais
me dá tesão é não saber nada sobre sua vida. Com o
que trabalha, se está só de passagem pela cidade, se
mora na região… Eu não sei nada! Mas, para me
fazer gozar, não preciso de nada disso. O
desconhecido me excita de uma forma que já estou
pronta para outra.
Ele se aproxima e beija minha boca,
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deixando claro que está preparado para mais uma


rodada de sexo quente e suado. Seus beijos vão
descendo pelo meu pescoço e seios, sua língua
prova cada um com deleite.
Eu dei muita sorte com este cliente.
Sua exploração continua até chegar ao
ponto que implora por alívio. A expectativa me
consome. Ele se afasta e se deita na cama, mas não
tenho tempo para reclamar. Sua voz rouca retumba
pelo ambiente fechado e aumenta ainda mais meu
desejo:
— Vem, gostosa! Senta na minha cara,
quero sentir o gosto dessa sua boceta.
Sem perder tempo, faço o que me pede. Sua
língua leva-me à loucura. Gozo mais uma vez sem
dificuldades, me esfregando em sua boca.
Desço da cama e pego um preservativo no
bolso do meu casaco. Encaro o estranho e pisco.
Eu também vim preparada.
— Agora, eu vou fazer o seu dinheiro valer
a pena.
Coloco o látex no seu pau e o monto. Desço
de uma vez só por todo o seu comprimento.
Grunhimos extasiados. Cavalgo com vontade. Ele
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segura minha bunda e impõe um ritmo perfeito.


Nossos gemidos estão sincronizados e não demora
muito para que eu goze novamente. Sem quebrar
nossa conexão, ele nos vira, ficando por cima.
Levanta minha perna e vai mais fundo, me fazendo
gritar e me deixando totalmente preenchida.
Estamos suados, pegajosos, mas não paramos. Cada
vez que ele arremete para frente, mais desejo que
isso nunca acabe. Volto a ficar de quatro e seus
dedos entram em ação, levando toda minha
lubrificação ao lugar que agora ele quer explorar.
Empino minha bunda, dando permissão e
encorajando-o a continuar. Relaxo para facilitar a
invasão. O primeiro de seus dedos abre passagem
até que eu esteja pronta para receber seu membro.
Duro, imponente. Seu ritmo começa lento,
deixando que eu me acostume. Quando empurro
novamente, buscando fricção, seu ritmo acelera.
Cada gemido meu parece incentivá-lo mais.
Estamos desesperados pelo orgasmo. Continuamos
até não dar para segurar e gozamos juntos.
Nenhum dos dois deseja parar e só nos
damos por vencidos quando nossos corpos caem
exaustos sobre o colchão.
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Espero o estranho dormir e tomo banho.


Depois de devidamente vestida, vou até o criado-
mudo e pego o papel e a caneta que estão ao lado
do telefone. Com minha letra cursiva, deixo um
recado.

Sr. Estranho,
Obrigada pelos serviços prestados,
com certeza valeu cada centavo.

Deixo o dinheiro ao lado e saio.


Se as pessoas soubessem da minha fantasia, sem
dúvidas eu seria julgada, afinal, a sociedade tem a
estranha mania de ser hipócrita. O sexo é tratado
como um tabu e parece que tudo o que foge do
“comum” é visto como errado. Eu fantasiava em
como seria essa noite há muito tempo. E, hoje, criei
coragem para realizar esse pequeno capricho.
Agora que sei o quão libertador pode ser, vou
realizar todos os fetiches que tiver vontade. Talvez
eu não seja digna aos olhos de quem gosta de julgar
as atitudes alheias, porém, estou satisfeita e não me
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arrependo de nada do que fiz. Afinal, eu jamais vou


encontrar o estranho novamente. Meu se-
gredo está bem guardado.

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— Tem certeza? — A voz dela cortou o silêncio


da minha manhã tranquila.
Sentado na cadeira do quarto, concordei
com a cabeça. Fernanda estava parada na porta com
duas canecas de café nas mãos. Caminhou até mim,
em silêncio, e me entregou a caneca preta com a
silhueta dourada de um cachorro. O vapor subia e o
aroma forte me convidava a mergulhar nela. Uma
coisa nada difícil para mim quando se tratava de
Fernanda: mergulhar. Sem desviar os olhos, trouxe
a caneca até os lábios, bebendo o café
vagarosamente para não me queimar.
— Juliano, você sabe que essa sua fantasia
pode ser perigosa. Eu posso gostar desse joguinho e
você pode detestar. — Fez uma pausa estratégica,
esperando que eu falasse alguma coisa. Continuei
em silêncio, apreciando o café. — Você pode se
magoar e destruir tudo que construímos com tanta
dedicação.
Depositei a caneca na mesa e me levantei.
Suavemente, coloquei uma mecha dos seus cabelos
para trás da orelha e acariciei o seu rosto. Ela
fechou os olhos, aproveitando o toque quente dos
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meus dedos. Era maravilhoso tocar Fernanda, fosse


segurando sua mão no shopping, acariciando suas
partes mais íntimas ou mesmo quando ela mandava
que eu colocasse as mãos em volta do seu pescoço.
Não importava como, desde que eu a tocasse.
Ela abriu os olhos, sua boca estava
entreaberta, convidando-me para um beijo. Desceu
o olhar até o meu queixo e tocou a covinha
imperceptível que adorava. Seu toque me deu
arrepios e fechei os olhos em antecipação.
Permaneci parado, me deixando ser tocado
e admirado. Alguns homens pagariam uma boa
grana para ter uma mulher que fizesse com eles
tudo que Fernanda fazia comigo. Eu tenho a sorte
de ter isso de graça, de ter essa rainha na minha
vida, por mais que isso tenha nos dado muito
trabalho.
Eu não era musculoso, mas me exercitava
regularmente. Tinha uma alimentação saudável e
fugia da regra apenas quando ela me chamava para
tomar uma cerveja. Que nunca era apenas uma.
Com já disse, era bom em mergulhar. Seja na
cerveja, em relacionamentos ou em novas
experiências. A verdade é que, aos quarenta anos,
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sou um homem muito desejável: braços torneados,


tatuagens enfeitando os bíceps, pernas poderosas
graças à corrida. Minha barriga é firme e macia ao
mesmo tempo, e Fernanda passava horas deitada no
meu peito, acariciando-a. Eu não trocaria essas
horas por nada no mundo.
Já Fernanda, ela era linda. Um metro e
sessenta e nove de gostosura, cabelos loiros, que
ela tingia de ruivos, e os mais suaves olhos
castanhos que eu já havia visto. Olhos que liam
dentro da minha alma.
Desci uma mão por seu ombro e com a
outra acariciei seus lábios, que estavam
entreabertos esperando por mim. Mas eu sabia que,
para colocar meu dedo dentro daquela boca
deliciosa, precisava esperar pelas palavras certas.
Nossa vida era assim. Sexualmente falando,
ela sempre mandava e eu apenas obedecia. Mesmo
quando queria que eu fosse o macho dominante, eu
precisava esperar que ela verbalizasse. Caso
contrário, permanecia submisso e adorando cada
minuto. Por mais que eu quisesse muito jogá-la na
cama e passar horas explorando o seu corpo,
tínhamos um assunto muito importante para
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resolver agora.
Tínhamos que decidir se íamos realmente
convidar outro homem para dividir nossa cama.
Ela estava nervosa e excitada, então, eu a
envolvi em meus braços e passei a língua de leve
pelo lóbulo de sua orelha enquanto deslizava as
mãos por seu corpo. A fina camisola de seda
vermelha tentava mantê-la protegida do meu calor.
— Por quê?
A voz de Fernanda saiu rouca de tesão e eu,
mais uma vez, me expliquei.
— Porque eu gostaria de ver a minha rainha
sentindo prazer com outro homem. Gostaria de
ficar sentado no canto do quarto, submisso,
observando enquanto você goza no pau dele.
— Eu quero que você beije a minha boca
enquanto ele estiver me comendo. — A voz dela
saiu mais firme dessa vez.
— Eu beijo — sussurrei, sentindo meus
joelhos amolecerem.
— E acaricie meus cabelos, beije meus seios.
Mas não se toque. — Ela lambeu meu pescoço.
— Tudo que você mandar, minha rainha. —
Eu só podia obedecer.
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Ela deu uma gargalhada, e eu sabia que


havia conseguido o que queria.
Assim, Túlio entrou na nossa vida. Na
verdade, eu já havia separado algumas opções para
que ela escolhesse. Afinal, meu intuito era vê-la
feliz e satisfeita, logo, quem tinha que escolher o
homem era ela.
Para a minha surpresa, ela escolheu um
muito diferente de mim.
Quando abri a porta, naquela mesma noite,
Túlio me intimidou com apenas um sorriso do alto
do seu um metro e noventa. Tinha a cabeça raspada
e a pele negra era reluzente e, por alguns segundos,
me fez duvidar dessa minha ideia genial. Mas
Fernanda foi mais rápida e se colocou entre nós, me
empurrando para trás e dando espaço para que ele
entrasse.
— Oi, sou a Fernanda e esse aqui —
apontou com a cabeça — é o Juliano. Mas não
precisa se preocupar com ele. Ele só está aqui para
assistir.
Ponto para ela.
Com essa frase, minha rainha me colocou
no meu lugar e, como me mantive em silêncio, ela
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começou uma conversa rápida com Túlio,


explicando o que era esperado dele. Sem perder
tempo, ele tirou a calça jeans e a cueca, revelando
um pau muito maior do que o meu, o que me
incomodou bastante.
— Tá vendo, cachorrinho? — Ela passou a
mão por toda a extensão do pau de Túlio — Tá
vendo o que você me fez fazer? Contratar um
garoto de programa para me dar prazer?
Túlio não estava muito afim de conversa e
logo se inclinou para beijar a boca de Fernanda,
que o afastou com firmeza.
— Não beijo ninguém na boca. Só meu
Juliano.
Senti o tesão aumentar quando ela disse
isso, meu pau pressionava a cueca e eu me sentei na
beirada da cama enquanto o outro homem dava de
ombros e deslizava um dedo longo para dentro de
Fernanda. Ela se largou nos braços dele, os olhos
fixos nos meus.
Túlio mexia os dedos na boceta dela, que
gemia e rebolava, até que ele a levantou nos braços
e a colocou na cama, deitada de costas, aberta e
entregue. Eu só podia olhar e ouvir seus gemidos,
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meu pau latejava e o ciúme me corroía, mas ela


estava linda demais, entregue à luxúria.
— Como você é molhada e quente aqui em
baixo. — A voz de Túlio era grave e ele usou a
mão livre para apertar o seio dela, me deixando
enlouquecido. Eu queria gritar, mas não podia.
Queria dizer que ela era minha, mas sabia que
estava tendo justamente o que queria. Então, me
mantive quieto, salivando, cheio de tesão.
Entre gemidos e gritinhos de prazer, Túlio
tirou os dedos de dentro da boceta de Fernanda e
começou a esfregar o pau na sua virilha.
Rapidamente, peguei uma camisinha na mesa e
entreguei a ele, que a vestiu e deslizou sem pressa o
pau para dentro dela. Fernanda gemia e rebolava,
buscando conforto para acomodar tudo que Túlio
tinha para lhe dar. De repente, ela abriu os olhos e
me chamou com os dedos, passando a língua nos
lábios. Obediente, eu me aproximei e ela me beijou
daquele jeito que me enlouquecia, sugando meu
lábio inferior, mordendo e arrancando gemidos de
mim.
Do mesmo jeito que começou, o beijo
terminou e ela me empurrou.
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— Só me olhe, Juliano. — Algo em sua voz


me fez tremer. Voltei para a ponta do colchão,
admirando enquanto Túlio a fodia com habilidade.
De repente, ele tirou o pau de dentro dela,
pegou-a pela cintura e a colocou de quatro.
— Faz anal, gata?
Ela ficou em silêncio, linda com seus
cabelos espalhados pelas costas, me olhando.
Lentamente, concordou com a cabeça e eu tive
vontade de chorar. Nunca sequer havia pensado em
pedir isso e agora ia ver esse estranho comendo o
cu da minha mulher.
— Devagar, Túlio. Eu não estou
acostumada.
— Sem problemas, gata. Estou aqui para o
teu prazer. — Ele olhou para mim. — Tem
lubrificante, cara?
Engoli em seco mais uma vez, abri a gaveta
e entreguei o tubo a ele. Fernanda me olhava, os
olhos castanhos embaçados, a boca carnuda
entreaberta. Ele foi deslizando o pau lentamente,
segurando-a pela cintura e falando palavras de
incentivo que meu cérebro não processou. Ela foi
rebolando para ele, se entregando e querendo senti-
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lo inteiro dentro de si. Ele colocou um dedo em seu


clitóris e Fernanda gritou, fazendo com que eu
quisesse gritar junto com ela. Mas, ao invés disso,
me aproximei, acariciei seus seios e passei a língua
por seus lábios.
Ela abriu a boca e nos beijamos enquanto
Túlio se dedicava a fazer minha amada gozar. O
que ela fez, lindamente e com abandono.
Passaram-se minutos, mas, para mim, foram horas.
Não sabia dizer se havia gostado demais do que vi
ou se queria apagar da minha mente. Só tinha
certeza de que não queria repetir, não queria mais
esse homem ou qualquer outro perto de Fernanda.
Puxei-a para os meus braços e beijei sua testa,
abraçando-a com sofreguidão.
— Que delícia, gata. — A voz do outro
cortou o silencio. — Ainda temos tempo, vamos
repetir?
— Não — fui eu quem respondi, e ela
sorriu para mim. — Obrigado, mas não queremos.
Pode se arrumar e pegar o seu dinheiro ali na mesa.
Ele deu um sorriso de quem entendia tudo e
estendeu a mão para mim.
— Parabéns, cara. Você tem uma gata e
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tanto. Adoraria passar mais umas horas com ela,


quem sabe convencê-la a me dar um beijo ou
mesmo uma chupada. Mas, trabalho é trabalho.
Em questão de minutos, ele se foi e éramos
somente nós dois novamente. Meu coração estava
partido, mas a culpa era minha.
— Juliano — a voz dela era doce junto ao
meu corpo —, tudo bem?
Concordei com a cabeça, incapaz de usar
palavras. Mas ela nunca teve esse problema e logo
emendou:
— Estou sentindo seu pau me pressionando.
Ficou com tesão? — Concordei em silêncio
novamente e ela continuou: — Eu ainda não estou
satisfeita. Quero você agora. Meu macho.
Olhei para ela e o seu sorriso era lindo, me
contagiando. Sorri de volta e subi a mão pelas suas
costas, chegando à raiz dos seus cabelos. Enrolei o
pulso neles, puxando-a para trás com delicadeza.
Seu pescoço ficou exposto e fui beijando e
lambendo até chegar ao seu seio direito, o mais
sensível dos dois. Eu me dediquei por minutos a
morder, lamber e puxar, escutando seus gemidos e
suas palavras.
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Não precisei de muito e logo estava dentro


dela. Suas unhas cravadas na minha pele, deixando
as marcas que exibiria com tanto orgulho. Fernanda
enlaçou minha cintura com suas pernas e senti seu
gozo molhando minha virilha enquanto eu metia
com força.
— Meu — ela afirmou. — Você é meu.
— Sou. — Minha voz era fraca, quase um
gemido. — Só teu.
Juntos, gozamos, sua língua mergulhada na
minha boca, meus lábios inchados das suas
mordidas, meu corpo satisfeito com o prazer que só
ela me dava. Cansados, suados e satisfeitos, puxei
seu corpo para junto de mim, fazendo aquele
formato de conchinha que os amantes tanto gostam
enquanto passei minha perna sobre as dela. Beijei
seu pescoço, escutando sua respiração ofegante. Ela
adormeceria a qualquer minuto. Mas, antes disso,
me avisou:
— Nunca mais, entendeu? — Sacudi a
cabeça em afirmação e com um enorme alívio. —
Foi muito interessante, mas não precisamos de mais
ninguém.
Beijei sua orelha e sussurrei em seu ouvido.
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— Obrigado, minha Rainha. Por ter me


concedido esse desejo e por nunca mais querer
repetir essa tortura.
Eu me aconcheguei em seu corpo e
adormeci junto com ela. Nunca mais.

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Q uando decidi tirar férias para vir ao Egito,


nunca imaginei que encontraria um homem
como este. Tudo começou tão insanamente que
estou custando a acreditar que vim parar em um
quarto de hotel com um egípcio que mal conheço.
Mas calma que vou explicar como cheguei até aqui.
Eu estava dançando como se não houvesse
amanhã em uma das boates mais famosas do Cairo,
a Sand Club — conhecida por ser elitizada e
frequentada pela alta sociedade —, quando avistei
um grupo de seis homens, todos bem-vestidos. Eles
pareciam ser amigos e estavam seguindo o ritmo da
música com os ombros e as mãos à frente do corpo,
com gestos sincronizados. Eu fiquei admirada.
Em Nova Iorque, onde moro, ou em qualquer
outro lugar do Ocidente, eu não veria aquilo
novamente, e fiquei fascinada. Além de tudo, os
movimentos se mostravam muito sensuais. Eles não
requebravam como as mulheres na raq ṣ sharqī,
popularmente conhecida como dança do ventre — a
qual amo, e o motivo pelo qual vim me
especializar. Pelo contrário, eles continuavam com
a masculinidade intacta, exalando poder e luxúria.
Foi quando percebi que um deles estava me
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encarando. Talvez porque eu estivesse olhando para


o grupo descaradamente e não vi que estava no
meio da pista, parada e admirada.
Eu pensei que o cara fosse virar e continuar
se entretendo com seus amigos, mas não. Ele
começou a dançar com os olhos vidrados em minha
direção e, quando chegou mais perto de um dos
holofotes, meu corpo levou um choque, e fui
obrigada a dar um passo para trás. Se aquele não
era o homem mais lindo que eu já tinha visto, então
não sei de mais nada.
Nós estávamos a uma distância considerável.
Haviam diversas pessoas se divertindo, mas,
naquele momento, só existia eu e aquele deus do
Egito. Parece o mais maçante dos clichês, mas diga
isso para minha pele, que ficou toda arrepiada e
meu coração acelerado.
Ele estava com um terno claro, bem cortado,
que deixava nítido que, debaixo daquela roupa,
havia um corpo escultural. Seus cabelos volumosos
e escuros e a barba por fazer davam o toque final ao
charme daquele homem exótico e misterioso.
Após cinco anos de um namoro que sugou
todas as minhas forças e autoestima, só vinha
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pensando em me divertir. E diversão não faz mal a


ninguém, não é mesmo?
Então, não perdendo o contato com os olhos
negros mais profundos e intensos que eu já vi,
voltei a dançar, aproveitando para treinar, já que
amanhã me apresentaria em um noivado egípcio —
ideia da minha professora, que é uma das mais
conceituadas do mundo em se tratando de dança do
ventre.
Minhas pernas sustentavam meu corpo com
destreza. Rodopiei e busquei seu olhar. Passei as
mãos pela minha barriga por cima da blusa,
chegando no cós da minha saia longa, não parando
de movimentar meus quadris no ritmo das batidas.
Por mais que eu quisesse usar um vestido curto,
preferi me precaver. Afinal, estava em um país que
tem fortes opiniões machistas.
O homem continuou dançando, queimando-
me com seus olhos abrasadores, retribuindo meus
gestos. Era como se estivéssemos conversando
através da dança, e aquilo era excitante ao extremo.
Ele parecia perceber o quanto estava me
afetando, pois repuxou seus lábios para o lado em
um sorriso sacana e discreto.
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Eu estava transpirando além do normal.


Passei as mãos pelos meus cabelos, loiros e longos,
sensualizando, e, naquele momento, tive noção de
que estava atraindo não apenas seu olhar, mas de
outros. Normalmente, eu usaria um lenço na cabeça
— porque cabelos loiros chamavam muita atenção
por ali, o que não era visto com bons olhos —, mas,
naquele lugar fechado, não havia problema. Porém,
não deixava de ser diferente.
Tentei a todo custo não dar lugar ao fogo que
me consumia, mas era quase impossível. O que
mais me intrigava era que o homem tinha todo o
jeito de ser deliciosamente proibido.
Deixei que a razão me trouxesse de volta e
fui direto para o banheiro. Abri a torneira, lavei
minhas mãos e molhei meu rosto, suado e
vermelho. A mulher que me encarava no espelho
estava totalmente diferente da que havia entrado
naquela casa noturna. A atração que eu senti por
aquele homem me deixou fora de mim. Eu
entreguei meu corpo para ele, sem que ele
precisasse me levar para a cama.
Atordoada, decidi ir embora. Assim que saí
do banheiro, bati de frente com um “muro” que
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possuía dois olhos negros ardentes. Ofegante,


minhas pernas vacilaram, mas logo minha cintura
foi envolvida por um braço forte.
Então, quando ele perguntou, encostando sua
boca em meu ouvido, ainda me enlaçando, fechei
meus olhos:
— Vamos para um lugar mais reservado?
— Vamos. — Foi a única palavra que
consegui sussurrar.
Talvez por reconhecer que eu não era egípcia,
ele perguntou em inglês e fiquei internamente
agradecida. Apesar de ter estudado por um mês
antes da viagem, o árabe requer muita prática, o
que eu ainda não possuía.
Agora, estou em um dos mais lindos e
elegantes hotéis do Cairo, o Magnifc Nile Hotel,
que oportunamente fica ao lado da boate, às
margens do Rio Nilo. Ele pediu que eu o
aguardasse enquanto ele se despedia de seus
amigos.
Não lembro da última vez que fiquei tão
nervosa ao estar a sós com um homem. Não sei se é
pelo fato de ter namorado por anos o mesmo cara e
ter perdido a prática, se por este homem ter uma
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cultura totalmente diferente da minha e viver em


um país extremamente conservador ou porque eu
me atraí tanto por ele, que estava com receio do que
estaria por vir. Esta última opção é a mais perigosa,
porém a mais real.
Ouço a porta abrir e me deparo com aqueles
olhos intensos.
— Agora, sim, podemos conversar. Preferi te
trazer aqui em vez de ficarmos em um carro, sem
espaço. Não sei se você sabe, mas, no Egito,
devemos ter o máximo de cuidado — ele disse,
caminhando em minha direção.
— Tudo bem, sem problemas. Eu tenho
noção. Apesar de estar aqui há algumas semanas,
tive um intensivo dos costumes do seu país —
respondo, e logo pergunto: — Qual seu nome?
Ele parecia pensar um pouco, mas sorriu.
— Ausar Marzouk. E o da bela dama? —
pergunta, galanteador.
— Allyson Parker.
A conversa flui naturalmente, enquanto bebo
vinho tinto e ele, whisky. Ausar está sentado ao
meu lado, em um pequeno sofá, e conta que tem
trinta e cinco anos, vem de uma tradicional família
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egípcia, trabalha para a alta sociedade e sempre está


viajando, deixando vago o que realmente faz. Eu
digo que tenho vinte e cinco anos, sou de Nova
Iorque e vim para me aprofundar na dança, além de
trabalhar na Bolsa de Valores. Ele fica surpreso e
seus olhos mostram uma certa admiração. Então,
sinto seus dedos roçarem meu rosto.
— Linda… — diz, com um sotaque
carregado. Ele traça um caminho até minha nuca e
fecho meus olhos. Que toque é este? Sua mão entra
em meus cabelos e ronrono de satisfação. — Não
sei por que, mas quando a vi dançando daquele
jeito, só conseguia imaginá-la como Nefertari. Já
ouviu falar dela?
O mais engraçado é que a caracterização que
minha professora escolheu para a apresentação do
dia seguinte era exatamente desta mulher. Nefertari
foi uma grande rainha do Egito, esposa do faraó
Ramsés II e conhecida por ser a mais bela e
perfeita.
— Sim. Pelo que dizem, ela era linda —
respondo, resolvendo omitir a parte da
apresentação.
— Ah, sim. E também uma mulher de força e
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inteligência.
— Nossa, sinto-me lisonjeada pela
comparação.
— Sua dança, seus gestos, a paixão em seus
olhos. — Ele traceja o contorno dos meus lábios
com seu polegar. — Uma mulher cheia de si e que
sabe o quer. Isto é difícil encontrar por aqui. É
como encontrar um oásis no deserto.
Aproximando-se, ele encosta sua testa na
minha, parecendo estar em conflito.
— Algo errado? — pergunto, receosa.
— Não. Está tudo bem. Maravilhoso, na
verdade — responde, olhando para meus lábios.
Tomo coragem e colo minha boca na sua. Em
resposta, sinto sua língua brincar com a minha,
chupando, sugando. Ele morde meu lábio inferior
de leve e solto um gemido baixo. Ausar levanta de
repente e me pega no colo, levando-me em direção
à cama. Ele só se afasta para tirar o terno e,
rapidamente, volta para mim. Tirando minha blusa,
ele admira meus seios sob o sutiã preto rendado
sem bojo.
— Uma rainha merece ser reverenciada —
diz com a voz rouca e grave. Logo, sua boca vai de
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encontro ao meu mamilo já intumescido e o prazer


cresce entre minhas pernas. Ele dá atenção para
ambos os seios, sem tirar a lingerie, e isso parece
aumentar ainda mais minha agonia.
Eu o senti sugar, morder e arfo diante dele.
Estou molhada e, sem que eu precise pedir, Ausar
levanta minha saia e leva dois dedos ao meu centro,
por cima da calcinha.
— Às vezes, o subentendido é melhor do que
ir direto ao ponto. Não acha, minha rainha? —
Reviro meus olhos quando ele faz movimentos
circulares no tecido. — Você será minha perdição,
Allyson.
Beijando minha boca uma vez mais, ele
finalmente afasta a calcinha para o lado e estimula
meu clitóris, vez ou outra enfiando seus dedos em
mim, deixando-me louca, perto do êxtase, mas
então para.
— Não sem mim. — Ausar lambe os dedos e
começa a tirar sua roupa. Vidrada, analiso peça por
peça sendo retirada. A visão é magnífica. Se ele
disse que eu sou uma rainha, a palavra deus é muito
certa para ele.
Eu tinha razão quando disse que ele possuía
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um corpo esculpido. Cada parte do seu corpo é


perfeita. Músculos bem construídos e sem
exageros, pernas proporcionais, abdômen definido
e um pau de salivar. Eu estou no paraíso.
— Você é um verdadeiro deus, Ausar —
sussurro, sentindo-me mais à vontade. Ele sorri e
vem para cima de mim, tirando o restante das
minhas roupas.
Ele olha para meu corpo nu, fascinado. Suas
mãos partem do meu pescoço, passam pelos meus
seios, barriga, até chegarem em meu sexo
totalmente depilado.
— Como pode ser tão deliciosa? — pergunta,
salivando. Como se não pudesse resistir, Ausar leva
sua boca à minha intimidade.
Solto um gemido alto, abrindo mais minhas
pernas. Como se estivesse me beijando, ele suga
meu prazer, lambendo vorazmente cada parte
minha.
— Que gosto delicioso você tem, Allyson. O
melhor dos manjares.
Estou descontrolada, gemendo sem parar.
Ausar deixa de me chupar e engatinha em minha
direção. Ele pega uma camisinha dentro da carteira
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e a desliza em seu membro grosso e rijo.


— Você está me deixando louco! —
exclama, antes de se posicionar em minha entrada.
Ausar me penetra devagar e, juntos, urramos.
Ele me preenche, centímetro a centímetro, e penso
que minha alma irá sair do corpo. Quando seu
tamanho se acomoda em meu interior, ele começa a
estocar sem parar. Meus seios balançam
desenfreados e Ausar leva sua boca até eles,
mordendo um dos mamilos, fazendo-me soltar um
grito de satisfação.
— Isso…não pare — suplico. — Mais fundo.
— Eu não vou parar. Não…vou…parar —
diz, ofegante. Suor cobre nossos corpos e o cheiro
de sexo inunda o ambiente. — Um corpo que nunca
vi igual — fala e estoca. — Uma boca que não vejo
a hora de ter em meu pau — continua e estoca,
colocando seu polegar em minha boca. Quando o
chupo, ele gemeu alto. — Você é minha perdição,
minha deliciosa rainha. Goze comigo.
Obedeço ao seu comando e encontro minha
libertação, seguida por ele. Meu mundo gira e meu
corpo treme. Gemidos saem descontroladamente e
palavras desconexas invadem minha boca. Estou
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um caos. Uma bagunça deliciosamente fodida por


um deus egípcio.

Chega o momento da apresentação. Vez ou


outra, minha mente recorda da noite passada,
quando vivi uma das maiores aventuras da minha
vida. Assim que eu e Ausar acabamos de transar,
por mais duas vezes, pedi para ir embora. Eu não
queria ficar mais emotiva do que já estava. Um
homem como aquele, cuidadoso ao extremo e um
deus do sexo, não podia ser venerado por muito
tempo, senão era paixão na certa.
Apesar de me dedicar há anos à dança do
ventre, estou nervosa. Afinal, é a primeira vez que
dançarei em um noivado tipicamente egípcio, ainda
mais sendo a filha do presidente do país. Sim, eu só
descobri esta informação hoje pela manhã, graças à
minha professora.
— Está na hora — a responsável pelo evento
diz. Aceno a cabeça para ela e me encaro no
espelho. Ajeito a peruca negra estilo chanel com
franja na altura dos olhos, adornada com uma linda
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coroa dourada, de onde pendia uma serpente no


centro da têmpora. Minha pele, dourada tanto pelo
Sol causticante da cidade quanto pelo creme
corporal cintilante, tem um aspecto saudável e
brilhante, além da forte maquiagem em torno dos
meus olhos azuis claros.
Não há como não lembrar de Ausar. Estou
pronta e, a partir deste momento, sou Nefertari.
A música inicia e entro no salão repleto de
convidados. Começo a dançar, meus quadris
requebrando sem parar, fazendo os guizos da minha
saia chacoalharem com cada movimento.
Em determinado momento, olho para a
plateia, mas não deveria. Um par de olhos negros,
que me acompanhou durante toda a noite, me
encarava, surpreso e com algo mais, que julgo ser
desejo.
O que ele está fazendo aqui?
Ao seu lado, vejo uma morena sorridente,
conversando com ele ao pé do ouvido. Ambos estão
no meio do salão. E é aí que percebo a roubada em
que me meti.
Estou no noivado de Ausar Marzouk. O filho
da puta que me fodeu a noite toda é comprometido,
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e estou dançando para ele e seus convidados.


Como a vida é engraçada!
O resto da dança acontece como um borrão.
O que eu mais quero era sair dali e, assim que
termino, corro para meu camarim. Troco de roupa
com pressa, junto minha maquiagem, mas, então,
ouço a porta bater.
— Espere… — A voz grave com sotaque me
surpreende, e fecho meus olhos.
— Eu não tenho nada para falar com você —
retruco, decidida, tentando chegar à porta, mas
Ausar me agarra pela cintura.
— Calma, Allyson. Eu vou te explicar e você
decide se vai embora, ok?
Dou um passo para trás e aguardo sua
explicação de braços cruzados, bufando. Quando
ele começa a contar que a união entre ele e Sama,
sua noiva, foi negociada quando ainda eram
adolescentes, sinto meu estômago revirar. Que
absurdo isso ainda existir no século XXI. Ele diz
que seu desejo nunca foi seguir as tradições do seu
país, mas, sendo Conselheiro do governo, ele não
tem opção. Até me encontrar.
Olho para ele surpresa.
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— Como assim? — pergunto sem entender


nada.
— Eu quero ir com você para o Ocidente.
— Mas e sua noiva? Sua família, seu
emprego? A gente se conhece há um dia. — O mais
curioso é que o que eu mais quero é tê-lo
novamente.
— Quero abandonar tudo isso aqui há muito
tempo, e você me despertou — ele diz, rindo, e
emenda: — Quero me aventurar com você em
outro país. O que senti ontem à noite não senti com
outra mulher, e eu confio muito em minha intuição.
Você quer se arriscar comigo?
Estou perplexa. Será que é isso que se chama
paixão louca e irrefreável? Por que sinto que irei
ceder? Por que quero tanto estar com este homem a
ponto de cogitar “fugir” com ele?
Ele se aproxima. Analisando meu rosto ainda
maquiado e passando seus dedos pela minha boca e
pescoço, diz:
— Minha Nefertari. Vamos viver esta
loucura juntos, pois é no seu corpo que encontrei
minha liberdade.
A única palavra que consigo balbuciar é a
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mesma da noite em que nos conhecemos:


— Vamos. — Ausar invade minha boca com
a sua e fazemos amor loucamente. A última vez às
escondidas, até que nossa aventura comece.

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— Então, o que me diz?


Valerie olha incrédula para a sua melhor
amiga, sentada à sua frente com um enorme sorriso
provocador em seus lábios.
— Ela não faria isso — Samanta, a terceira
integrante da mesa, fala. — Sabemos que ela nunca
foi destemida. — Ela gira para encarar Ellie e
sussurra: — Vidinha chata.
Valerie não pode negar que Samanta está
certa. Como pode, quando, nos altos dos seus
quarenta anos, só teve um único parceiro na cama?
E ele nem é um dos melhores. Como saberia disso?
Sendo casada com o seu primeiro namorado,
aprendeu logo cedo a viver suas fantasias através
das realizações amorosas de suas duas melhores
amigas: Samanta e Ellie.
— É muito cedo para pensar em sexo —
Valerie rebate fracamente. — Assinei os papéis do
divórcio ontem.
— E é exatamente por isso que estamos
aqui. — Ellie sorri. — É Las Vegas, Val. O que
acontece aqui, fica aqui. É sua despedida de casada.
Aproveite-a!
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— Tudo bem, esqueça o desafio idiota da


Ellie. — Samanta fica de pé, estendendo a mão
para Valerie. — Vamos dançar!
Valerie prontamente aceita a oferta da
amiga. Não que ela seja uma grande dançarina, mas
qualquer coisa é melhor do que enfrentar Ellie e seu
desafio louco.

Valerie aproveita cada minuto que passa na


pista de dança. Pode ser o sentimento de liberdade
que está sentindo naquele momento ou mesmo o
efeito da grande quantidade de álcool em sua
corrente sanguínea, mas quanto mais pensa no
desafio feito por Ellie, mais ela se sente atraída
para ele.
“Eu te desafio a transar com um desconhecido
esta noite”, estas palavras não saem de sua mente, e
só de imaginar o que poderia acontecer, ela pode
sentir a excitação tomar conta de seu corpo.
Olhando ao redor enquanto toma um gole
de sua bebida, em um breve intervalo entre uma
música e outra, seus olhos cruzam com um outro
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par de olhos. Naquele instante, Valerie toma a sua


decisão.

Valerie vai se arrepender disso pela manhã,


ela sabe disso. Quando o efeito do álcool for
embora e suas memórias voltarem, terá mais do que
uma ressaca para lidar, mas, naquele momento, não
está nem um pouco preocupada. Quando se tem
uma parede constituída de puro músculo e 1,90m
de altura, empurrando o seu corpo contra a parede
do banheiro em um bar, fica meio complicado
pensar ou se preocupar com algo além daquele
momento.
— Seu cheiro é fantástico, querida.
Valerie mantém seus olhos fechados,
apenas apreciando o que a voz rouca do
desconhecido faz com o seu corpo. Ela mal pode
acreditar que aquele cara bonitão, na casa dos seus
vinte e poucos anos, do qual ela nem sabia o nome,
estava ali, fazendo coisas que despertavam desejos
há muito tempo negligenciados.
Ele poderia ter qualquer mulher daquele bar
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aos seus pés, e, mesmo assim, depois que seus


olhares se cruzaram, ele não desviou o olhar dela
nem por um segundo sequer. Bastou um segundo
de coragem de Valerie e alguns olhares mais para
que a seguisse quando se encaminhou em direção
ao banheiro, deixando olhares sugestivos nos dele
o tempo todo.
— Tenho outras coisas fantásticas, se quer
saber — Valerie provoca. — Quer experimentar?
A única resposta que Valerie consegue
arrancar dele é algo como um grunhido. Agarrando
a sua mão, ela o puxa em direção a um dos
reservados. Empurrando a porta, entram aos
tropeços, fechando-a atrás de si.
Nosso desconhecido não perde tempo,
tomando para si o domínio da situação e prendendo
os braços de Valerie para trás. Gira ao redor dela e
abaixa a tampa da privada para que possa se sentar
sobre ela.
— Calcinha — ele grunhe. — Fora.
Valerie não pensa duas vezes. Enfiando a
mão por baixo de seu vestido curto, ela puxa o
pequeno pedaço de renda e o joga no chão.
Agarrando as coxas de Valerie, ele ergue uma de
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suas pernas e a encaixa sobre a tampa da bacia, ao


lado de uma de suas coxas. Em seguida, puxando as
alças de seu vestido, ele o abaixa à sua frente,
expondo os seios dela.
— Perfeição.
Ele sussurra em tom de reverência. Em
seguida, ergue o vestido de Valerie até a cintura.
Ele a tem completamente exposta para ele.
— Vou começar por aqui. — Ele sopra
contra sua boceta.
A vibração de sua voz fez com que Valerie
suspire, fechando os olhos. Agarrando-se aos
ombros dele, ela é capaz de manter o seu equilíbrio
quando o primeiro golpe da língua dele vem sobre
o seu sexo. O homem sabe muito bem o que está
fazendo. Os golpes suaves de sua língua são
precisos e fazem Valerie se contorcer e gemer,
exigindo mais.
Com uma de suas mãos acariciando sua
bunda, apertando-a, ele usa os dedos de sua mão
livre para penetrá-la, iniciando um lento, porém
forte, movimento de vai e vem, e sem nunca
negligenciar o trabalho de sua língua ao redor de
seu clitóris.
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A porta do banheiro abre e fecha várias


vezes, mas a movimentação de outras pessoas
dentro do lugar só aumenta a necessidade dele para
fazer Valerie alcançar o seu êxtase.
Pela forma como Valerie se contorce, e pela
forma que os seus gemidos ficam ainda mais altos a
cada segundo, sabe que ela estámuito próxima de
gozar. Valerie tem seus dedos presos com força
contra seus cabelos e, com um último aperto, ela
vem forte em sua língua.
Antes que seu corpo comece a relaxar, o
estranho fica de pé, levando com ele uma Valerie
derretida em seus braços. Sem se afastar e
mantendo seus dedos ainda acariciando o seu sexo,
ele a apoia novamente contra a parede.
— No bolso traseiro esquerdo — ele fala
próximo ao ouvido dela. — Em minha carteira.
Valerie força seu corpo a voltar a funcionar
e segue suas instruções, encontrando sua carteira.
Sem nunca parar de estimular seu corpo, ele a
encoraja a abri-la. Valerie sorri quando encontra o
que ele quer: um preservativo.
Com um pouco de dificuldade, Valerie o
empurra, forçando-o a sentar-se novamente sobre a
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tampa do vaso sanitário, e cai de joelhos entre suas


pernas. Ela abre a embalagem laminada e,
posicionando o preservativo entre seus lábios,
desliza-o sobre o seu pau rijo e espesso. Ela quer
prová-lo, quer devolver-lhe o favor que a fez
minutos atrás, mas seu desconhecido tem outros
planos, e eles são urgentes. Puxando e erguendo
Valerie por seus braços, ele a guia para que sente
em seu colo. Lentamente, Valerie desliza sobre o
seu membro, de olhos fechados e mordendo o lábio
inferior, reprimindo seus gemidos.
Enquanto Valerie cavalga o desconhecido, a
movimentação do outro lado da cabine aumenta. A
cada nova voz estranha vinda de fora, a cada novos
passos, a excitação de ambos cresce, levando
ambos ao limite mais rápido do que queriam ou
imaginavam. Cravando os dedos sobre a pele da
bunda macia de Valerie, seu desconhecido a segura
contra si, impedindo-a de subir uma última vez,
quando se impulsiona asperamente contra ela.
Ambos perdem a batalha e gemem quando gozam
juntos.
Quando o último tremor deixa o corpo de
Valerie completamente gasto e inerte, ela sorri para
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o estranho e lembra-se de algo primordial.


— Bem, qual o seu nome?
— Dillan. — Ele sorri e, em seguida, beija
seus lábios. — E o seu?
— Valerie. — Ela também sorri. — Prazer
em conhecê-lo, Dillan.
— O prazer foi meu, Valerie.

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N osso casamento foi mais lindo do que eu


havia imaginado. Apesar de ter sido uma
correria sem fim devido à exigência do Alexandros
de nos casarmos em um mês, tudo saiu exatamente
como eu planejei. Bem, pelo menos até nos
despedirmos dos nossos convidados e embarcarmos
no veleiro onde passaríamos nossa primeira noite
de casados juntos.
Alexandros e eu nos conhecemos em uma
viagem que resolvi fazer à Grécia para tentar
recuperar minha dignidade depois de anos em um
relacionamento abusivo com o imbecil do meu ex-
namorado. Nós passamos um mês juntos e eu saí de
Atenas praticamente em fuga quando sua ex-noiva
me fez acreditar que ele era um cretino.
A verdade é que ele foi bastante cretino
mesmo. Alexandros mentiu para mim sobre quem
realmente era com medo de que eu me apaixonasse
por seu dinheiro — como a noiva havia feito — e
não por ele. Depois que fui embora, ele foi ao
Brasil atrás de mim e esclareceu tudo. Não antes de
eu fazê-lo sofrer bastante durante algum tempo.
Quando decidi aceitá-lo de volta, ele me
pediu em casamento e, com medo que eu desistisse,
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fez a exigência de que nos casássemos o mais breve


possível. Poucos dias depois, sob protestos da
minha mãe — de que eu só poderia estar grávida
para estar me casando tão depressa —, voltei com
ele e com minha amiga, Alice, para a Grécia para
dar início aos preparativos.
Não foi fácil… E, para ser bastante sincera,
nós só conseguimos nos casar em tão pouco tempo
porque Alexandros conhece pessoas importantes e
gastou muito dinheiro pagando várias delas para
que tudo desse certo. Se você acha que a burocracia
para resolver questões simples no Brasil é absurda,
não se mude para a Grécia. Aqui, é igual… Até
pior.
Nós nos casamos em uma igrejinha que fica
em uma ilhota no meio do Mar Mediterrâneo.
Mesmo sem entender uma única palavra do que o
padre dizia, eu respondi como Alexandros havia me
ensinado nos dias anteriores. Nós combinamos de
não ler nossos votos na frente dos convidados e sim
quando estivéssemos sozinhos em seu barco.
A festa durou horas e foi feita na praia.
Depois de dançarmos incontáveis músicas juntos e
de Alexandros não me largar um único minuto para
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eu conversar com outras pessoas, nós finalmente


atravessamos o píer e entramos no veleiro.
Enquanto nos afastamos da orla, acenamos
para nossos amigos e familiares que ficaram na
praia, e, de repente, começa uma linda queima de
fogos que eu não planejei. Alexandros me abraça
por trás e dá um beijo suave em meu pescoço.
— É assim que eu me sinto quando estou ao
seu lado — ele sussurra. — É como se meu corpo
pegasse fogo e explodisse em milhões de pedaços
cada vez que te vejo.
Faço carinho em seus braços, que estão em
volta do meu corpo. Eu o amo loucamente, e por
mais que casar com ele pareça ter sido uma decisão
precipitada, tenho certeza de que foi a decisão
correta.
Nós ficamos em silêncio, assistindo aos
fogos até eles terminarem e eu me virar de frente
para o meu marido e dizer:
— Isso foi lindo, amor.
Beijo seus lábios com delicadeza, mas, no
dicionário do Alexandros, essa palavra não existe.
Ele segura meu rosto com as duas mãos e enfia a
língua em minha boca como se precisasse disso
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para respirar. Segundos depois, suas mãos estão em


todas as partes do meu corpo e ele pergunta entre
um beijo e outro:
— Você pretende guardar seu vestido de
noiva?
— Claro que sim.
Alexandros encosta sua testa à minha e
continua:
— Então, é melhor você tirá-lo antes que eu
o destrua por completo.
Não consigo conter um sorriso.
— Se você rasgar um pedacinho que seja do
meu vestido, vou me divorciar de você amanhã
mesmo.
Afasto-me um pouco dele, mas Alexandros
me puxa outra vez para si.
— Você não teria coragem.
Claro que não teria. Sabendo como ele é
bem capaz de arruinar meu lindo vestido de noiva,
eu desço para a pequena sala de estar da
embarcação. Antes de abrir a porta do quarto,
lembro que Daphne, a secretária do Alexandros,
disse que eu não poderia entrar, pois ele havia
preparado uma surpresa. Assim que me viro, vejo
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que ele está logo atrás de mim e pergunto:


— Posso entrar agora?
Ele se aproxima, sorrindo, abre a porta para
mim e me deixa entrar. Sobre a cama redonda, há
um enorme coração com pétalas de rosas
vermelhas. Sobre a mesinha, um balde com
champanhe, duas taças e uma caixa de joia
retangular, que se parece muito com a que ele
deixou sobre a cama no dia que fugi de volta para o
Brasil.
— Eu já disse que te amo? — pergunto.
— Algumas vezes, mas ainda não me
convenceu.
Seguro suas mãos, beijo uma de cada vez e
digo:
— Eu te amo.
Alexandros beija meu nariz, como sempre
faz, e ordena:
— Tire o vestido, mas vista alguma coisa.
Quando estiver pronta, venha me encontrar na sala.
Nós precisamos conversar.
“Conversar?”
Ele pega o balde, as taças e sai do quarto.
“Conversar sobre o quê?”
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Pego a pequena mala que minhas amigas


preparam para mim, coloco em cima de uma das
poltronas e realmente me esforço para encontrar
uma roupa decente para “conversar”, mas não há
muito além de lingeries, camisolas e brinquedos
eróticos.
“Será que não passou pela cabeça delas que
eu não passaria o dia inteiro trepando?”
Volto para sala sem me trocar e encontro
meu marido sentado no enorme sofá de couro preto
com um copo de uísque nas mãos.
— Você não parece querer preservar o seu
vestido de noiva, Clara.
— As meninas não colocaram roupas na
minha mala. — Ele ri. — Nós vamos precisar
passar em casa antes de começar nossa lua de mel
secreta.
Alexandros se recusou a me contar o que
nós faremos.
— Não se preocupe. Eu pedi para a Daphne
arrumar nossas coisas na lancha e nos lugares onde
passaremos.
— Nós não ficaremos neste barco?
— Não.
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— Onde ficaremos, então?


Alexandros abre a boca para responder,
mas, logo em seguida, se dá conta de que estava
prestes a contar o segredo.
— Muito espertinha.
Eu me aproximo dele e sento ao seu lado.
— Sobre o que você quer conversar?
Ele coloca o copo sobre a mesinha e segura
minha mão.
— Eu sei que foi tudo muito rápido e que
você teve que abrir mão de muitas coisas para ficar
comigo. — Ele beija minha aliança. — Sei também
que, na maior parte do tempo, sou bruto, chato e
intolerante, mas eu prometo que vou dedicar minha
vida inteira a te fazer feliz. Eu preciso que você me
prometa que não vai embora quando nós tivermos a
primeira briga ou o primeiro problema. Preciso que
você converse comigo e me deixe saber o que está
passando pela sua cabeça. Não posso te perder
outra vez, Clara.
Passo a mão em seu lindo rosto e beijo sua
bochecha.
— Eu prometo.
Alexandros me dá aquele sorriso que eu
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amo antes de abrir a garrafa de champanhe e


colocar o líquido nas taças.
— Ao nosso amor.
Ele diz e nós brindamos. Mal consigo dar
um gole na bebida e Alexandros tira a taça da
minha mão e a coloca sobre a mesa junto à dele.
— Agora, chega disso. Vamos ao que
interessa e ao que passei o dia inteiro fantasiando.
Ele coloca o corpo sobre o meu e começa a
subir a barra do meu vestido.
— Espera, Alexandros — sussurro.
— Eu não posso esperar mais.
— Por favor. Eu quero trocar de roupa.
— Você sabe que as pessoas casam apenas
para poder fazer sexo, não sabe? — ele resmunga
enquanto sai de cima de mim.
— Sim… Porque nós não fizemos nada
parecido antes. Inclusive de manhã, antes do
casamento — digo enquanto me levanto e caminho
em direção ao quarto.
— Em três minutos, eu vou entrar e te
comer. Nem um segundo a mais.
Alexandros ajeita sua ereção dentro da calça
e bebe o champanhe de sua taça de uma vez só.
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Depois de fechar a porta do quarto,


praticamente arranco o vestido do corpo, corro para
o banheiro e tomo a chuveirada mais rápida da
história. Paro de frente para minha mala, tentando
escolher o que vestir, mas não há tempo suficiente
para colocar meias de seda em minhas pernas ainda
úmidas. Então, pego o colar dentro da caixa que
está sobre a mesinha, coloco em meu pescoço, solto
o cabelo e me deito sobre as pétalas de rosa na
cama segundos antes de Alexandros girar a
maçaneta da porta.
— Sempre me surpreendendo — ele diz
com os olhos tomados de desejo e começa a tirar a
gravata.
— Jack, me desenhe como uma de suas
garotas francesas.
Alexandros para o que estava fazendo e fica
me olhando de cara feia.
— Quem é Jack?
Eu caio na gargalhada.
— É a frase mais famosa do filme Titanic,
querido.
— Ah… — Ele volta ao que estava
fazendo. — Eu não assisti.
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Eu me sento na cama.
— Como assim, não assistiu? Todo
mundo…
— Clara, nós não vamos conversar sobre
filmes agora — ele me interrompe.
Eu me deito outra vez, rindo de seu
desespero.
— O que nós vamos fazer, então?
Passo a mão pelo colar, por meus seios e
Alexandros arranca a camisa do corpo fazendo
alguns botões voarem pelo quarto.
— Não me provoque…
Fico de joelhos na cama e o chamo para
perto, movendo meu indicador. Alexandros se
aproxima e eu beijo seu pescoço enquanto tiro seu
cinto e abro sua calça. Seguro seu pau, que a essa
altura já está completamente duro, e deslizo minha
mão sobre ele. Meu marido geme e beija meus
lábios com violência.
Alexandros junta todo meu cabelo perto da
nuca com uma de suas mãos e lentamente me puxa
para baixo.
— Chupa.
Fico de quatro e passo seu pau em meus
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lábios antes de enfiar apenas a cabeça na boca e


fazer o que ele mandou.
— Isso…
Olho para seu rosto e vejo que ele observa o
que eu faço. Sem soltá-lo, passo a língua em volta
da coroa da glande e Alexandros começa a,
literalmente, foder a minha boca.
— Porra, Clara, você me mata com esse seu
boquete maravilhoso.
Ele entre e sai com rapidez e violência por
alguns minutos antes de gozar em minha garganta,
urrando palavras em grego.
Aos poucos, Alexandros vai reduzindo o
ritmo até parar e se afastar dos meus lábios. Ele se
senta na cama ao meu lado, ofegante, e termina de
tirar a calça, as meias e os sapatos.
— Então, noites de núpcias são assim? —
pergunto, debochando. — Eu estava esperando um
pouco mais do que isso…
— Clara, Clara… Quando a nossa noite de
núpcias terminar, você não vai conseguir nem se
sentar para tomar café da manhã.
Meu marido me beija, colocando o corpo
sobre o meu até estar deitado em cima de mim.
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Quando ele coloca meu mamilo entre os dentes e o


suga, eu seguro seus cabelos e arqueio as costas,
pedindo por mais. Alexandros faz o mesmo com o
outro mamilo antes de descer, dando beijos
molhados pela minha cintura e barriga. Ele beija
minhas coxas, me fazendo tremer com o que está
por vir.
— Abra as pernas.
Faço o que ele pede e Alexandros enfia dois
dedos em minha boceta. Ele os movimenta dentro
de mim com suavidade e coloca dois dedos da outra
mão sobre meu clitóris, deslizando lentamente de
um lado para o outro.
— Agora, você é oficialmente minha. E
para sempre.
Decido provocá-lo, exatamente como ele
está fazendo entre as minhas pernas.
— Para sempre é muito tempo, senhor
Politis.
Alexandros afasta as mãos de mim e segura
seu pau, que já está ficando duro outra vez. Ele fica
olhando em meus olhos em silêncio enquanto se
masturba.
— Eu tenho a noite inteira, Clara.
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“Ele sempre sabe arruinar a brincadeira…”


— Está bem. Para sempre. — Ele sorri com
o canto esquerdo dos lábios, mas não volta a me
tocar. — O que você está fazendo?
— Eu não senti muita confiança no seu
“para sempre”.
— Alexandros, eu juro por Deus que, se
você não me fizer gozar agora, eu vou passar de
hoje até o fim do “para sempre” sem encostar
minha boca no seu pau.
Ele dá uma gargalhada gostosa antes de
enfiar os dois dedos em mim outra vez, agora com
mais firmeza e tocando exatamente onde eu
preciso.
— Você me convenceu, senhora Politis.
Ele se abaixa e lambe meu clitóris antes de
sugá-lo. Alexandros me chupa ao mesmo tempo
que me fode com os dedos até me fazer gozar em
seus lábios.
— Caralho! Você é bom demais nisso —
elogio.
Meu marido, se ajoelha entre as minhas
pernas e me dá um beijo na boca antes de enterrar
seu pau em mim com uma única, lenta e profunda
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estocada. Alexandros abaixa o corpo sobre o meu,


faz carinho em meus cabelos e em meu rosto antes
de dar um beijo em meu nariz.
— Eu te amo — ele diz com aquele lindo
sorriso. — Você sabe, não é?
Ele começa a se movimentar, entrando e
saindo lentamente do meu corpo.
— Claro que sei, querido. Eu também te
amo.
— Eu prometo que vou passar o resto da
minha vida tentando te fazer feliz e te amando cada
dia mais.
Alexandros fecha os olhos e respira
pronfudamente antes de voltar a entrar em mim,
agora ainda mais fundo. — Eu prometo que nunca
vou deixar que meu trabalho seja mais importante
que a nossa família. E prometo que você vai ser a
única mulher em meus pensamentos desde a hora
que abrir meus olhos pela manhã até quando eu
fechá-los à noite para dormir.
Não haveria melhor maneira de ouvir seus
votos do que com ele dentro de mim, me amando
por completo.
Alexandros enxuga uma lágrima que teima
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em escorrer do meu olho.


— Você é tudo para mim, Clara.
Ele me beija profunda e apaixonadamente.
Antes que eu tenha tempo de falar meus votos, meu
marido se ajoelha, coloca minhas pernas sobre seus
ombros e segura meu quadril para que eu não saia
do lugar enquanto ele começa a me foder feito um
selvagem.
— Isso, Alexandros! Não para! — suspiro.
Levanto um pouco o tronco para olhar para
onde nossos corpos viram apenas um.
— Você gosta de ver meu pau entrando e
saindo de você, não é?
— Gosto — respondo com dificuldade.
— Está vendo como sua boceta o está
deixando molhado?
Alexandros sabe que eu fico ainda mais
excitada quando ele fala sacanagem. Estou a ponto
de me perder e ele não para de castigar meu sexo
com suas estocadas furiosas.
— Você vai gozar para mim? Vai gozar no
meu pau, Clara?
É o suficiente. Meu corpo parece se
desfazer em milhões de partículas de prazer
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enquanto eu grito seu nome e aperto sua bunda,


trazendo-o para ainda mais perto. Alexandros goza,
emitindo aquele som gutural que me deixa em
eterno estado de excitação.
Aos poucos, ele vai reduzindo o ritmo e
quando tenta sair de dentro de mim para se deitar
ao meu lado, eu o seguro com as minhas pernas.
— Não sai. Quero que você fique aí.
Ele deita seu corpo sobre o meu, me dá um
beijinho nos lábios e pergunta:
— Tudo bem?
— Tudo ótimo.
Há pétalas de rosas coladas em todas as
partes do nosso corpo, mas nós não nos importamos
em levantar durante muito tempo. Alexandros e eu
ficamos conversando sobre a nossa festa de
casamento e rindo sobre um detalhe e outro até nós
decidirmos tomar banho e ele me deixar falar os
meus votos enquanto me come de quatro no chão
do box.
Nós subimos para comer alguma coisa ao ar
livre e vejo que ainda estamos parados na mesma
praia, apenas bem distante da orla. Eu ainda não sei
para onde iremos ou o que faremos durante nossa
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lua de mel, mas sei que estaremos juntos e essa é a


única coisa que importa.

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G ostava de chuva, mas hoje particularmente


ela estava me irritando com aquele
temporal. Tive que ir de metrô para o trabalho e
voltar também, o que me rendeu um banho
desnecessário de carros que passaram por mim, em
alta velocidade. O vento levou meu guarda-chuva
embora, agora estava ensopada e o porteiro do meu
prédio me olhava horrorizado.
Devia estar horrível, parecendo uma bruxa.
Já não era nenhuma Gisele, mas, com a chuva,
devia estar o cão chupando manga. Minha garganta
estava coçando, provavelmente iria pegar um
resfriado. Que ódio! O dia não poderia piorar.
Entrei no elevador e olhei feio para o
porteiro, que desviou o olhar. Meu vizinho, o
homem mais lindo que já tive o prazer de colocar
os olhos, já se encontrava lá dentro. Devia ter um
metro e noventa, musculoso, olhos azuis e cabelos
grisalhos. Sim, o cabelo dele era todo grisalho, não
creio que fosse por velhice, mas por
hereditariedade. Não acho que tinha mais de trinta e
oito anos.
Delirava quando o encontrava todas as
manhãs ao sair para trabalhar, sempre dentro
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daquele elevador. Ele me olhava cobiçosamente e


eu disfarçava minha calcinha molhada sob aqueles
olhos de predador.
Aquele[c1] homem povoava meus sonhos mais
sujos, mais loucos. Já aconteceu de sonhar que
transávamos nos lugares mais inusitados, mas era
apenas sonho. Onde um ser sem graça como eu
poderia segurar um espécime como aquele? Nem
experiência sexual eu tinha, no máximo três
namorados e um sexo sem graça. O último jogou na
minha cara que falhou na hora H por minha culpa.
Imagino o que todas as pessoas que estavam
no elevador viam à sua frente: uma mulher
molhada, descabelada, e sabe-se lá mais o que.
Que vergonha, meu Deus!
Encostei no meu vizinho sem querer, senti
sua respiração quente em minha nuca e ops, acho
que alguma coisa dura cutucou minha bunda. Gemi.
— Vai pegar um resfriado — falou perto do
meu ouvido, arrepiando meus pelos do pescoço.
Não consegui responder nada, e ele se
encostou mais em mim. Estava excitado, e minha
timidez, nesse momento, fazia o problema se tornar
mais sério. Não conseguia tabular um monólogo
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sequer, o que dizer de um diálogo pouco


convencional para uma situação como aquela. Era
sempre assim: com homens bonitos demais, tudo
me fugia à mente. Agradeci mentalmente quando o
elevador chegou ao meu andar.
Entrei no meu apartamento praticamente
correndo. Nem sei se ele notou meu desespero,
precisava de um banho urgente e uma aspirina.
Senhor, que homem lindo.

Morávamos só eu e a Mimy, uma gata de


rua que adotei. Aos olhos de muitos, ela era bem
feia. Para mim, era quem ajudava a aplacar minha
solidão no alto dos meus trinta e dois anos, sem
família e sem perspectiva de encontrar alguém para
dividir a vida. Já tinha desistido desse detalhe, pois
não conseguia manter relacionamentos.
Suspirei, imaginado minha velhice em
algum lar para idosos.
Depois de um banho quente e uma xícara de
chá, me sentia bem mais confortável.
A batida de leve na minha porta me pegou
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de surpresa. Quem seria? Não havia amigos por


perto para receber visitas àquela hora. Na verdade,
não havia amigos num raio de quilômetros, ainda
mais quando meio bairro deveria estar alagado.
Olhei pelo olho mágico e pensei que
infartaria. Meu vizinho grisalho e sexy estava
diante da minha porta! O que fazer?
Estava nervosa, tomando coragem para
abrir a porta. Quando o fiz, ele sorriu para mim de
camiseta e bermuda. Estava tão apetitoso que foi
inevitável pensar nele, em mim, em nós. Tanto que
minha vagina se molhou.
— Oi… — disse sem graça.
— Oi, vim saber se está precisando de
alguma coisa. — Seu olhar dizia coisas quentes e
pecaminosas. — Você não parecia bem no
elevador.
— Tão bem quanto se pode ficar depois de
tomar tanta chuva — praticamente cuspi as
palavras. Que idiota. Ele só estava tentando ser
cortês. Não me admirava que não tinha namorado.
Emendei quase imediatamente: — Mas eu tomei
uma aspirina e me sinto melhor.
Não era meu sorriso perfeito, mas deixei uma linha
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fina e travessa nos meus lábios.


— Ah, que bom, então. — Apesar de a ruga
ter sido desfeita em seu semblante, ele parecia
reticente em ir embora.
Mas não iria convidá-lo para entrar. Não era
doida, nem saberia como agir se fizesse isso.
— Ok. Obrigada assim mesmo.
Ele assentiu com a cabeça e virou-se,
voltando para seu apartamento. Suspirei aliviada e,
ao mesmo tempo, com raiva de mim por ser tão
idiota. Uma oportunidade em meses, desperdiçada.
Nem sabia o nome dele.

O dia parecia que seria outra bosta, pois


voltara a chover copiosamente. Eu me arrumei em
tempo recorde. O elevador ia se fechado quando
corri até ele e uma mão enorme segurou-o para
mim. Não precisei de muitos segundos para
perceber que era meu vizinho. Quem sabe não era
uma nova chance?
— Ah, obrigada — agradeci, gaguejando
com vergonha.
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— Tudo bem? — Aquela voz acabava com


meu emocional. — Parece que a chuva é sua amiga.
— Sim… — concordei, surpresa com o
interesse dele em manter uma conversa e por fazê-
lo de forma tão fácil.
— Fiquei realmente preocupado com você
ontem — comentou com um meio sorriso. — Você
estava encharcada.
“Você nem imagina…”, pensei.
Ao término dessa frase, o elevador balançou
e as luzes piscaram. Um baque estremeceu as
paredes ao nosso redor, tudo escureceu e estagnou.
Estávamos ferrados e presos no elevador.
— Jesus! — murmurei apavorada.
— Calma, linda, vão nos tirar daqui. — Sua
voz chegou suave aos meus ouvidos e sua mão, ao
meu ombro.
No automático, virei para ele e o abracei
com medo. Não havia filtros em minhas ações
quando o assunto era ficar enclausurada em algum
lugar. Odiava o confinamento e a sensação de
impotência que vinha com ele.
— Calma, Ilma, estou aqui com você. —
Ele passou a mão em meu cabelo carinhosamente.
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— Como sabe meu nome? — perguntei, me


afastando.
— Conheço todos no prédio. — Como
estava escuro, não podia definir sua expressão. —
Você não sabe o meu?
— Não! — respondi, balançado a cabeça e,
mais uma vez, o elevador fez barulho. — Socorro!
Corri e o abracei.
— Mauricio — ele sentenciou baixo, e seus
músculos estavam sob minha mão. Eram definidos
e sólidos, o homem era uma verdadeira delícia.
Seu hálito tinha cheiro de hortelã, sua mão
subiu na minha nuca e segurou meus cabelos. Com
um leve puxão, ele me fez separar os lábios e sua
boca veio ao encontro da minha.
Não resisti, queria aquilo. No meio daquele
caos, era a única forma de tomar uma atitude tão
devassa sem me sentir culpada. A boca era firme, e
sua mão desceu sobre por meus braços, arrepiando-
me e indo de encontro aos meus peitos, exigindo
mais.
— Gostosa, há meses venho sonhando com
isso. — Sua boca soltou a minha e foi para minha
blusa. — Ilma, sua porra gostosa!
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Meus seios saltaram para sua mão quando


meu sutiã foi arrancando, e sua boca os cobriu,
chupando-os e pincelando-os com a língua
conforme segurava-lhe a cabeça, gemendo.
Seu pau estava parecendo rocha contra
aquela calça jeans apertada. Ô, homem gostoso,
Jesus!
Mauricio tomou minha mão na dele e a
colocou encima de seu mastro, e eu o alisei
enquanto abria o zíper.
— Chupa! — ordenou e, como a boa
menina que nem eu sabia que era, obedeci.
Ajoelhei no chão do elevador. — Isso, põe ele na
boca.
Coloquei, meio desajeitada, mas chupei e
mamei sem pena aquele pau gostoso. Ele, recostado
no elevador, segurando meus cabelos e falando
palavras desconexas. Eu me deliciei com o poder
de fazê-lo desmanchar em minhas mãos.
— Desgraçada, que boca gostosa! —
Gemia e enfiava o pau na minha boca sem pena.
— Chupa!
Lambi as bolas e o mastro igual nos filmes
pornôs que assistia. A cena era quente: eu, ali,
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ajoelhada, com os seios à mostra e um pau colossal


na minha boca.
Grosso, robusto e bonito.
— Vou gozar… — ele urrou. — Engole
tudinho, assim…
Sentia-me uma completa depravada, pois
engoli cada gota.
Na hora que terminei, a luz voltou e o
elevador começou a descer novamente.
Arrumei minha roupa rápido, e ele me
ajudou. Antes de as portas se abrirem,
surpreendentemente, ele beijou minha boca.
— Boa menina! — Sorriu e se afastou.
Uma multidão nos aguardava à porta, todos
preocupados. Não sei quanto tempo ficamos
naquele elevador, mas foi a experiência mais
incrível que vivi.

Passei o dia no trabalho entre a vergonha e


o êxtase pelo que fiz. Sorri várias vezes comigo
mesma, e depois tive chiliques emocionais. Fui
uma depravada, sem vergonha, mas ele era tão
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gostoso que valia cada gotinha. Como vou olhar


para o Mauricio novamente? O nome dele é tão
lindo!
Ele era muito mandão, mas tão sexy!
Preciso esquecer esse episódio. Esquecer o quanto
foi bom.
No fim do dia, voltei e preferi as escadas.
Não pretendia correr riscos desnecessário. Sou
uma medrosa e daí?
Olhei para porta do meu vizinho, fechada e
sem barulho, e entrei correndo no meu
apartamento. Suspirei ao olhar ao meu redor, tudo
sem graça e sem emoção, mas era o que tinha para
mim.
Depois de um banho, fiz pipoca e fui para
sala assistir TV. Estava vestida de blusa e short,
sem calcinha, e ouvi o barulho da porta do lado. Ele
tinha acabado de chegar, não que eu tivesse
espionando o cara.
Meia hora depois, eu me encontrava tensa
no sofá, não conseguia me concentrar no filme,
pois minha atenção estava no barulho que vinha do
apartamento da frente.
Nada aconteceu, ele não viria me procurar.
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Será que eu devia fazer isso?


Meu Deus, por que sou tão confusa?
Queria ter atitude, coragem de bater naquela
porta e dizer: termine o que começou! Que ódio de
mim!
Estava pronta para encarar minha cama fria
e solitária quando um barulho na porta chamou
minha atenção. Segui para lá e grudei os ouvidos na
madeira, era uma voz feminina.
— Valeu, Mauricio!
Não consegui entender o que ele disse.
Olhei pelo olho mágico, mas também não consegui
ver nenhum dos dois.
Filho da puta! Ele me fez chupar seu pau no
elevador e estava com outra, trepando em seu
apartamento. Fiquei muito irada, virada na porra.
Abri a porta e atravessei o corredor, batendo na sua
porta com força.
— Ilma? — Ele parecia desnorteado com
minha presença.
— Sim, eu mesma. — Passei por ele e
entrei em sua toca. — Escute aqui…
— Desculpa, ia ao seu apartamento, mas
minha irmã veio me pedir para olhar o computador
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dela e acabei não tendo como sair.


Irmã? Matem-me agora!
— Eu, eu , eu… — Não consegui
completar a frase.
— Vem aqui, gostosa, estou louco para
lamber essa boceta. — Molhei totalmente o short.
Fui puxada por ele e nossas bocas se
encontraram. Ele beija bem, firme. Suas mãos
seguraram minha bunda, e ele me suspendeu, me
levando para o quarto. Pelo menos eu achei que era
para o quarto, mas me enganei e chegamos à mesa
da cozinha.
— Deita. — Deitei na mesa e meu short
sumiu em segundo. Sua boca abriu minhas dobras,
lambeu, cheirou e passou a língua no clitóris. Fui às
nuvens e voltei. Abre mais ela para mim, linda…
Sua voz tinha um encanto que me deixava louca a
ponto de seguir suas ordens sem reclamar.
Segurando os dois lados da minha vagina, eu a abri
e ofereci à sua apreciação.
— Isso, gostosa… Você é um tesão, sou
louco por você. — Passando a mão no meu corpo,
segurou meus seios e beijou cada um deles.
Passeou a língua pelos bicos, parecendo me
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saborear.
— Quero você! — gemi descontrolada.
Abriu o zíper da calça e colocou uma
camisinha, que eu nem sei de onde saiu. Sem pena,
estocou-me fundo.
Suspensa por seus braços fortes e com
minha boceta encaixada no seu pau, ele entrava e
saía de mim sem esforço. Seus olhos não deixaram
os meus, cheios de tesão. Ele era gostoso, lindo e
perfeito.
Vi minha bunda ser posta para cima na
cadeira.
— Segura. — Rosnou e entrou de novo na
minha bocetinha encharcada.
— Ai, ai, vou gozar…
Ele batia com força, arremetendo
furiosamente contra minha boceta, e eu
choramingava e pedia mais forte.
— Agora…
Com uma estocada forte, gozei. Eu me ouvi,
gritando o nome dele como uma depravada.
— Vem, gostosa, sacana… — ele
incentivava, batendo mais forte, mais rápido, e
gritou, gozando.
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Passei a noite na cama dele, sendo castigada


por aquele pau delicioso. Com certeza, nem nos
sonhos mais loucos, imaginei que seria tão gostoso
assim.

Estava viciada em transar em qualquer lugar


com o Mauricio. Já havíamos feito em todos os
locais possíveis, me sentia uma mulher diferente,
depravada.
Quando ele entrava no elevador comigo e
me olhava daquele jeito ou dava bom dia, ficava
toda arrepiada. Meu corpo entrava em ebulição,
trocávamos mensagens picantes ao longo do nosso
dia e, no fim dele, acabávamos embolados em
algum canto do meu apartamento ou do dele.
Já tinha alguns meses que estávamos nesta
pegação, com sexo desenfreado, quando recebi a
notícia de que ele mudaria para outro estado. Fiquei
arrasada. Pela primeira vez, tinha uma cara legal,
embora não tivéssemos nada sério ou definido.
Ele me contou no café da manhã, depois de
uma rodada de chupada na minha boceta sobre a
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mesa. Foi a melhor parte da nossa refeição.


— Venha comigo? — pediu e eu o olhei
chocada. — Você não tem nada que te prenda aqui.
— Tem minha gata e meu emprego —
argumentei. — Nem somos namorados.
— Não? — Fez cara feia. — Você tem
outro namorado?
— Não, é que…
Com isso, saiu chateado da minha casa. Eu
me senti boba por não ter conversado direito,
sempre me faltava traquejo nessas horas.
Passei o dia olhando para todos no meu
emprego de merda, pois realmente não era lá essas
coisas, mas pagava minhas contas. Conhecia pouco
o Mauricio. E se ele fosse um louco e depois
passasse a me espancar?
Não, definitivamente não entregaria minha
vida na mão de ninguém!
Droga, como vou ficar sem sexo ou aquela
boca deliciosa na minha boceta? Vida injusta!

Em casa, fiquei horas andando de um lado


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para o outro. Depois de quase furar o tapete, fui


parar na casa do outro lado do corredor.
Bati e ele abriu com um sorriso enorme no
rosto. Achei estranho, ele estava chateado pela
manhã. Passei por ele, precisava falar tudo que
tinha para dizer.
— Eu nunca tive ninguém na minha vida,
sempre fui sozinha e não estou acostumada a
confiar — disparei em falar. — Gosto de transar
com você, lógico que curto isso.
— Ilma…
— Não, preciso falar. Eu estou me roendo
de medo de perder você, mas também estou com
medo de não ser o cara certo. — Minhas mãos
estavam suadas. — Sou uma mulher medrosa,
confusa, estranha… com uma gata.
— Ilma…
— Eu sempre gostei de você e achei você
lindo, sexy, interessante…
— Ilma! — gritou.
— Oi …
— Eu não vou mais embora, consegui
permanecer aqui por mais alguns meses.
— Sério? — Acho que meus olhos
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aumentaram de tamanho.
— Sim, e fiz isso por que quero conhecer
você melhor. Eu sempre te desejei, você sempre foi
meu sonho erótico.
— É? — Acho que ia desmaiar.
— Sim. Ilma, você quer namorar comigo?
— Aquele homem lindo, com aqueles cabelos
grisalhos, me pedindo em namoro. Quais as
chances de isso dar certo? — Ilma, você está
pensando demais!
Ele tinha razão.
— Aceito!
Em minutos, suas mãos estavam em todas
as partes do meu corpo. Sua boca na minha, e
minhas pernas abertas, esperando seu pau glorioso.
Deitada no tapete, Mauricio começou a
lamber meus clitóris e correr o dedo na minha
boceta. Meu corpo entrou em erupção. Éramos
prefeitos juntos, meus seios estavam duros de
excitação.
Levando seu dedo à minha boca, lambi,
sentindo o meu gosto. Era erótico, sujo, gostoso.
Segurei seus cabelos para manter sua cabeça entre
minhas pernas. Minha vulva apertou seu dedo
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dentro dela, e ele começou a chupar meus clitóris


mais depressa.
Gritei seu nome feito louca.
Com muita pressa, veio para cima já pelado,
o pau duro igual rocha. Entrou em mim, sua boca
lambia a minha enquanto me fodia com força,
furiosamente.
— Sua gostosa… — Batia e gemia. —
Gostosa!
Gozou, tremendo, e foi tão erótico que fui
junto com ele em mais um orgasmo.
Sim, creio que poderia não ter chances de
dar certo, mas que era gostoso isso tudo, era sim.
Eu era uma mulher depravada, mas estava curtindo
essa nova fase com meu namorado.
Amei essa frase, achei sexy: “meu
namorado!”
Sou uma boba, mas uma boba bem saciada!

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C hega
um
dia em que você se olha no espelho e pergunta: o
que você fez da sua vida? Mas aí você mesma
responde: aquilo que achava que deveria fazer.
Depois de muito analisar, tudo o que fiz tinha
sentido na época e, agora, não havia mais. Mas,
naquele momento, sim, valeria muito a pena.
Estava ali, nua de todos os princípios e medos, mas
de calcinha e corpete, para esconder aquelas
gordurinhas que nunca estiveram ali e agora
habitavam lugares indesejados e cabulosos, o que
estava me deixando com mais medo. O que ele
acharia? Ele esteve com mulheres mais magras,
mais jovens, mais bonitas do que eu, mas eu tinha
alguma coisa especial. Não tinha?
Cobri-me com um robe daquele motel que
era tão impessoal, tão artificial, mas que suas
paredes contavam mais histórias do que duas vidas
minhas juntas. Aquele encontro tinha que dar certo.
Eu estaria destruída se fosse ruim. Nunca mais
sairia do meu casulo. Nunca.
Sentei na beirada daquela cama e pedi aos

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deuses que me ajudassem a me encontrar, a voltar a


me amar. Como um dia foi. Doei tudo o que eu
tinha: minha beleza, minha juventude, minha
inteligência e meu amor-próprio para um amor
incondicional que não era correspondido, mas
ficaria guardado em um lugar muito especial do
meu coração. Porém, agora seria o meu
renascimento ou a minha queda. Olhei em direção à
porta. Aquela espera estava me consumindo. E se
ele não viesse? Se tivesse se arrependido? Ou
apenas tivesse topado com o dedão numa pedra,
que doeria por dias e não conseguiria andar?
Comecei a rir, porque já estava começando a ficar
patética. Se ele fosse muito feio ou muito chato,
daria uma desculpa qualquer e sairia correndo dali.
Mas ele veio. Lindo, alto nos seus 1,90m de
altura, cabelos escuros, mas com algum grisalho.
Barba por fazer de alguns dias com a mesma cor do
cabelo. Os olhos mais escuros que a noite sob o
brilho de lua cheia. Vestia uma camiseta e jeans
bem surrados que davam a ele um ar de bad boy,
aquele que faz a mulherada rasgar suas calcinhas
(inclusive eu).
Ele disse “oi”, e eu não conseguia formar
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uma frase completa, atropelando as palavras.


Quando dei por mim, vi que ele sorria. Meu
coração foi à boca e voltou, falseando uma batida.
Merda. Eu esta ferrada.
Se eu desse uma desculpa de ter deixado o
gato preso no banheiro ou deixado a mãe na fila do
banco, poderia ir embora dali sem maiores
consequências. Minha mente estava enfrentando
uma verdadeira maratona, dando banho num dogue
alemão e passando a linha numa agulha, tudo ao
mesmo tempo. Ele sabia que eu estava a um passo
de desistir.
Ele abriu o sorriso para mim, perfeito, e, na
hora, tive a curiosidade de olhar nos seus olhos, que
depois desceram para sua boca deliciosa. Ele queria
estar ali, por interesse, por me ajudar ou mesmo por
puro tesão. Seus olhos escuros e profundos me
queimavam e me desejavam. Eu estava despertando
desejo em um homem. Sim, desejo, e há muito
tempo não sabia o que era isso. Tiveram momentos
em que havia me questionado e sentia que tinha me
tornado frígida, que não poderia desejar ou arrancar
desejo de um homem, mas sim. Ele estava à minha
frente, feito um trem desgovernado. Naquele exato
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momento, tudo estava em jogo. Minha capacidade


de provocar um homem novamente, e se, no
momento certo, eu conseguiria chegar ao meu
momento épico e arrancar o gozo daquele homem
extremamente sensual e viril.
Tinha que me lembrar como fazia, mas
estava petrificada. Não tinha mais como voltar
atrás. Eu podia gritar, empurrá-lo longe e sair
correndo como uma covarde. Eu tinha que me
lembrar como fazia, mas estava petrificada.
Percebendo que teria que tomar as rédeas
para aquele encontro não ser um fracasso, ele
deslizou sua boca até o meu ouvido e sugeriu:
— Relaxa e vem aqui. — Ele me derrubou
na cama suavemente, como se fosse uma pluma, e
começou seu incurso pelo meu corpo.
Sua boca foi direto na minha, com um beijo
suave, mas que começou a se intensificar. Um
gemido apareceu e foi meu, quando senti sua língua
na minha. Quente, deliciosa e aflita, querendo mais.
Sempre gostei de beijar. Achava que, se um homem
não sabia beijar, podia-se desconfiar um pouco das
suas outras capacidades. Mas ele sabia.
Não foi um beijo apaixonado, não um beijo
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de amor. Foi um beijo de sofreguidão, de desejo, de


pura excitação. Nossas línguas dançavam um balé
quase que ensaiado, como já se conhecessem e se
reencontrassem. Eram deliciosos demais, seus
beijos, que me engoliam, junto a suas mãos,
passeando pelo meu corpo e pelos meus seios.
Atrevi-me e comecei a percorrer as minhas
mãos pelo seu corpo. Ali, naquela cama, devia estar
uns cinquenta graus de calor, ansiedade e tesão
puro. Aquele homem forte me pegou e me virou
como se eu fosse uma boneca, me deixando meio
zonza.
O que eu faria agora?
Ele me tirou o robe e puxou meu corpete
para liberar meus seios e me colocou de quatro.
Senti minha calcinha sendo rasgada e sua língua no
meu clitóris. Ele percorria toda a extensão e parou
no meu ânus. Ele não faria isso… Fez.
Beijou-me, chupou-me com o maior ímpeto,
vontade e desejo. Estava tão intenso, que comecei a
ficar nervosa se daria conta de tudo que exigia. Mas
eu nem precisava de nada disso, só aqueles beijos
molhados e sua língua passando pelos meus lábios.
Quando percebeu que eu não teria o menor pudor
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de sentir meu gosto, seu ímpeto de me agarrar e


saborear foi ainda maior.
Naquele ponto, eu me deixei levar. Não
queria mais me importar com a vida lá fora. Se era
errado ou certo. Só queria sentir prazer e lhe dar
prazer. Ele tirou sua camiseta e ficou de pé na cama
para tirar a calça. Olhei para cima e me deliciei
com o que eu vi. Não tinha aqueles músculos
aparentes de histórias eróticas e ficcionais. Era um
homem, no sentido literal da palavra, forte, mas
cuidadoso e carinhoso até. Eu me entreguei de
corpo e alma, ainda que machucada, para que ele
me curasse dos anos de frustração e cansaço.
Ele começou a morder minha bunda e
minhas coxas. Queria tudo o que pudesse me dar, e,
naquele momento, deixei que me guiasse do jeito
que queria. Não queria mais manter o controle. Não
queria mais dominar e guiar nada. Ele me tirou
isso. Simplesmente foi me guiando e foi me
relaxando e trazendo minha confiança de volta.
Soltei um gemido com a intensidade das
suas mãos e da sua boca na minha carne. Ele coloca
minha mão no seu membro duro, quente e suave,
como a mais pura seda. Acariciei, movimentei pra
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cima e para baixo e percebi sua respiração se


intensificar. Ele se deitou para puxar minha bunda
na sua cara e, quando senti seus dedos e sua língua
trabalhando em mim, eu o trouxe até minha boca.
Gostaria de ter feito mais, chupado mais forte,
soprado no meio e mordido mais sua cabeça em
forma de morango. A intensidade dos movimentos
e a urgência nos surpreenderam e fizemos um oral
mal feito, porque ele insistia que eu sentasse no seu
rosto.
Sua língua percorreu toda a minha extensão
e senti suas mordidas na minha coxa e bunda.
Esticando-me para frente, ele saiu de baixo de mim
e me colocou de quatro novamente. Senti que a
hora havia chegado. De ser penetrada, de ser
acariciada pelo seu membro dentro de mim. Ouvi o
barulho do plástico rompendo e sabia que ele
estava se protegendo. Tentei olhar para ele, que se
ajeitou e me penetrou. Doeu. Muito. Mas não
queria que ele parasse. Não queria fazer isso com
ele. Eu suportei e ele me perguntou se estava
doendo, mas disse que não e gemi. Mas não de
tesão.
Faziam muitos anos, será que fiquei virgem
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de novo? Era só o que me faltava. Queria dar prazer


a ele, que se sentisse bem. Ajeitei-me e fiquei bem
de quatro, e funcionou. O vai e vem recomeçou e
senti o primeiro tapa na bunda. Sim, sempre fui
adepta ao sexo selvagem, duro, sem romantismo.
Aquilo me trouxe aos velhos tempos e me deixou
na estratosfera.
Não falamos nada, mas começamos a nos
entender, como numa dança sensual e de encaixe
perfeito. Cavalguei nele de costas, suas mãos
sempre me apertando. Tentei ir mais forte, mas ele
me tirou de cima dele e me pôs de lado, mantendo
as estocadas firmes. Senti que ele queria ter seu
orgasmo. Colocou-me de bruços, com um
travesseiro de baixo da minha cintura. Sua urgência
começou a ficar mais forte, e os tapas também.
Levei um puxão no meu cabelo e senti o seu tesão
crescendo dentro de mim. Pedi para ele ir mais
forte. Mais e mais… E ele foi. Em estocadas
profundas, e o sentia chegar ao meu útero. Então,
ele gozou.
Eu me deitei com ele sobre mim. Quando
saiu de dentro de mim, me senti vazia. Foi minha
aparência? Foi alguma coisa que eu fiz? Foi o que
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eu falei? Talvez fosse isso que tinha que acontecer.


Tinha desejos, tesão, me masturbava mais agora do
que quando era adolescente. Mas o orgasmo não
veio. Senti seu peito nas minhas costas, me
abraçando ao melhor estilo conchinha. Ele tentou
puxar assunto e tentei levar a conversa adiante. Ele
percebeu e me perguntou que tanto eu pensava.
Estava uma bagunça interna. Ele, experiente
demais, e eu nesse renascimento fracassado. Tinha
certa vontade de ir embora, mas gostava dele. Sua
presença. Seus carinhos. Sabia que a culpa era só
minha, e ele esteve onde deveria estar. Perguntei se
ele gozou, só para ter certeza, ouvi sua risadinha e
me falou que eu não. Merda. Ele sentiu. Poderia
fingir, mas não era o caso. Fui transparente desde o
começo. Não seria naquele momento que mentiria,
mesmo que nunca mais o visse de novo. Mas queria
vê-lo de novo, e de novo… E outra vez. Quantas
ele me quisesse. Mesmo que fosse apenas para uns
beijos e uns amassos.
Tão cavalheiro e preocupado comigo, me
virou de costas e falou que ia resolver. Acreditei.
Claro que acreditei. Sabia que ele seria capaz de
resolver, como fez. Ele caiu de boca e língua no
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meu clitóris, me chupado, circundando-o com a


língua, quando colocou um dedo dentro de mim,
achando aquele ponto certo. Beijou-me as pernas e
veio o orgasmo, só que não. Dessa vez, tive que
compensá-lo com um fingimento, muito bem feito
que até eu achei que tinha gozado, mas tive perto.
Se ele fosse mais fundo, com mais calma. Sempre
tive orgulho dos meus orgasmos múltiplos, o que
era raro na época. Eu adorava sexo e me
aproveitava disso para me saciar da melhor forma,
esgotando quem estava comigo. Um antigo
namorado meu uma vez me perguntou como eu
conseguia ter tantos orgasmos, mas eu conseguia
extrair do parceiro tudo o que ele conseguia me dar.
Sem perceber. Mas, naquele momento, eles não
vieram. Querendo tentar de novo, mas senti nas
suas ações que meu tempo tinha terminado.
O homem sempre foi prático no quesito
sexo. Fez, toma um banho e sai. Com ele foi
diferente. Ele me entrelaçou nos seus braços e no
seu corpo e tentava puxar uma conversa. Sobre
música, shows e coisas triviais. Mas a verdade é
que eu perdi a capacidade de me relacionar com as
pessoas. Quando tinha que tomar decisões ou
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resolver as coisas práticas do dia a dia, eu


conseguia. Mas puxar uma conversa casual com
alguém foi apavorante. Eu nem me lembrava mais
como se fazia. Então comecei a concordar com o
que ele dizia só para prestar atenção nos seus
movimentos. Pensei como era bom sentir um
homem dentro de mim, me chupando com vontade
e me beijando sem pudor. Ele me deu tudo o que
podia e conseguiu me trazer bem-estar. Não estava
me importando se não tinha gozado, mas tinha
conseguido fazer um homem gozar. Queria tê-lo de
novo na cama, lento, sem pensamentos que me
fariam travar e com todo desejo que eu merecia.
Quando ele se levantou e falou que queria tomar
banho comigo, eu falei que não. A última coisa que
lhe presentearia de despedida seria a minha silhueta
fora de esquadro. Ele foi tomar a ducha e eu fiquei
olhando para o teto, chegando à conclusão de que
eu estava quebrada e não teria volta. Não queria
voltar para a minha realidade, mas eu a levaria até o
fim por uma promessa. E elas não são quebradas.
O tempo estava correndo e aquele encontro
estava fadado ao fracasso. Não deixei transparecer,
mas sabia disso. Ele colocou a roupa e fiquei ali,
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torcendo que me perguntasse se poderia ficar mais.


Pediu um táxi, me sentou no seu colo e a única
coisa que poderia lhe dar seria um beijo bom,
inesquecível, molhado, e parece que acertamos
nisso. O táxi chegou e eu tinha que perguntar,
mesmo sabendo a resposta. Nós poderíamos nos
ver de novo? Claro que sim, quando eu quisesse. Se
ele estava falando a verdade? Espero até agora que
sim. Não foi só sexo para mim. Foi mais a
libertação de quem eu sou hoje e o meu cavalheiro
andante me ajudou.
Sentei-me na cama e chorei por volta de uns
vinte minutos. Não por ele. Não pela situação. Mas
por aquilo que não tinha volta. Tomei uma ducha
rápida, vesti minha roupa, coloquei meus óculos
escuros e fui embora. Nós veríamos de novo? Não
sei, mas sei que ele foi uma descoberta doce, nesse
amargor que se transformou a minha vida.

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“A quele filho de uma égua mal parida!


Quem ele pensa que é pra fazer isso
comigo?”, foi o primeiro pensamento de Larissa ao
se ver sozinha naquele lugar onde não conhecia
absolutamente ninguém. O segundo foi: “Foda-se
ele. Vou seguir o ditado que diz: se a vida te der um
limão, faça uma caipivodka, e vou me esbaldar de
dançar a noite toda. Quem sabe não consigo um
algo a mais…”
Conheceu Pedro na faculdade, ele era um dos
veteranos a lhe aplicarem o trote logo no primeiro
dia de aula. Moreno, alto e musculoso. Era lindo e
sabia disso, não que fosse convencido, mas também
não desprezava os olhares cheios de cobiça das
meninas. Assim foi com ela, bastou um olhar para
que ele se aproximasse e o papo rolasse. No mesmo
dia, passaram aos amassos e, ao fim da semana de
trotes, foram comemorar em um motel próximo à
faculdade.
Agora, cerca de oito meses depois, eles
viviam uma espécie de amizade colorida. Eram
amigos de verdade, saíam juntos, curtiam juntos,
conversavam sobre tudo e se chamavam
carinhosamente de Pa e Ba[1]. Não tinham
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compromisso. Ele era um galinha que não queria se


envolver com ninguém tão cedo e ela tinha saído de
um relacionamento sufocante antes de entrar para a
faculdade. Tudo que menos queria era alguém no
seu pé, tirando-lhe horas preciosas de estudo.
Ela confiava plenamente na saúde do amigo,
pois, apesar de a cada semana ter uma menina
diferente em sua cama, ele sempre usava camisinha
e, como era lutador de competição, fazia exames a
cada seis meses. O arranjo entre eles era perfeito:
além da amizade muito forte, eles tinham alguém
de confiança para satisfazer os desejos mais loucos
e carnais. Exatamente por conta de uma dessas
loucuras, ela estava ali, naquele momento,
ligeiramente perdida.
Foi até o bar e, apesar da música alta,
conseguiu pedir uma caipvodka. Enquanto
observava todas aquelas pessoas dançando,
lembrou-se da conversa que haviam tido uma
semana atrás:
— Ba, minha linda. Abriu uma boate nova na
Barra e estou querendo muito ir…
— Nem vem, Pedro. Quando você começa
com esse “minha linda” é porque vem coisa. Quer
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ir, vai, ué.


— Então, é uma boate diferente. Se eu for
sozinho, vou pagar muito caro para entrar. Por isso
preciso de uma acompanhante, de preferência linda
e de cabecinha aberta assim, igual a você — ele
disse enquanto fazia cócegas nela.
— Para, garoto. Sabe que não consigo me
concentrar assim. Que tipo de boate é essa? — Ela
desconfiava que sabia, mas perguntou mesmo
assim.
— É uma boate de swing, Ba. O valor para
solteiro é bem mais alto que o de casal. E você vai
se divertir, tenho certeza. Mesmo que não “role”
nada com ninguém por lá, a gente se diverte juntos.
— Não sei não, Pedro. O que vamos fazer
numa boate de swing? E se alguém me agarrar? —
falou meio assustada, mas gostando da ideia.
— Ninguém vai fazer nada que você não
queira. O João sempre vai nessas boates com a
namorada e fala que o mais importante pra eles é
respeito. Mais respeito, aliás, do que nas boates
“normais”. E você já me disse antes que queria ir
um dia.
Ele tinha razão, ela tinha mesmo vontade de
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ir para ver como era. As pessoas não entendiam


muito bem como gostava de meninos e de meninas.
Talvez lá não fosse considerada “a estranha”.
Ainda estava pensando sobre, quando ouviu as
palavras saindo de sua boca:
— Ok. Nós vamos. Mas você vai pagar
minhas despesas. Tô dura.
— É claro que eu pago tudo que você quiser,
minha Ba. Não tô te chamando só pra economizar.
Mas também porque quero sua companhia.
Foi assim que acabou ali. Tinham chegado à
boate havia uns quarenta minutos, tempo de
conhecerem as dependências centrais e tomarem
um drink, quando um casal apareceu ao lado deles,
e, após uma ligeira conversa, convidou-os para
irem a um dos quartos. Larissa, apesar da
curiosidade, não quis ir. Pedro foi, dizendo que
voltaria e que era para ela se divertir também.
Pediu outro drink e sentiu o corpo relaxar.
Começou a prestar mais atenção à pista de dança e
às pessoas que estavam ali. Aquela parte da boate
era bem parecida com as outras que frequentava.
Uma diferença era que possuía duas barras de pole
dance, onde algumas meninas dançavam. Outra era
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que algumas meninas estavam somente de roupas


íntimas. Elas dançavam tranquilamente e pareciam
se divertir muito.
Havia homens em volta, mas nenhum deles
agarrava nenhuma delas, como aconteceria em uma
boate dita “normal”. O DJ era bom. Tocava vários
ritmos, ia intercalando entre eles, nunca deixando
as pessoas desanimarem. Quando começou a tocar
“Eu e meu copo”a do MC Livinho, por quem ela
era apaixonada, não resistiu e, após terminar seu
drink, foi pra pista também.
A primeira parte da música era lenta e foi
tranquila. Quando começou a parte agitada, ela se
viu no meio de várias meninas eufóricas, que
erguiam seus copos e dançavam sensualmente.
Nesse momento, Larissa ficou um pouco
encabulada. Não sabia bem o que fazer, pois a
maioria das meninas parecia se conhecer e dançar,
brincando ao mesmo tempo. Enquanto tentava sair
dali, sentiu uma mão suavemente subindo por sua
barriga. Era uma carícia gostosa, que tinha
“pegada” e respeito ao mesmo tempo. Virou-se
para trás para procurar a origem da mão ousada e se
viu diante de lábios vermelhos que cantavam para
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ela, seguindo a música: “vem devagar, se solta…


vem devagar, se solta, e rebola…”.
Viu-se hipnotizada por aquela boca, aquelas
mãos que pareciam plumas em seu corpo e aquele
jeito meigo e ao mesmo tempo sensual. A música
acabou e, seguindo a vibe do funk, o DJ pulou para
a “Tu gosta, não gosta” da Jaula das Gostosudas.
As meninas foram à loucura, gritavam e rebolavam.
Larissa foi envolvida por aquela energia, mas
principalmente pela corrente eletrizante entre ela e
essa menina que nem sabia o nome ainda. Viu
quando um rapaz loiro chegou por trás da “amiga”
e a abraçou. Ela lhe ofereceu o pescoço para um
beijo e continuou dançando, olhando para Larissa.
Quando o ritmo mudou para uma
internacional um pouco menos agitada, as pessoas
foram se dispersando e ela resolveu ir ao banheiro
lavar o rosto e retocar a make. Na volta, parou para
se sentar um pouco em uma área menos agitada.
Esta parte da boate tocava um som ambiente, em
uma TV passava videoclipes e havia algumas
mesas intimistas.
Distraiu-se vendo o DVD e se assustou
quando sentiu alguém sentando à sua frente. Ao
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olhar, percebeu que era a mesma menina da pista


de dança. Ela tinha um sorriso simpático ao dizer:
— Olá, eu sou a Carol. E você? Cadê seu
acompanhante? Você está sozinha há um tempo,
mas não tem pulseira de solteira, por isso estou
perguntando. Ah, desculpe, estou falando demais.
Faço isso quando estou nervosa. Estou te
incomodando? Quer que eu vá embora?
Larissa estava perdida com tantas coisas ao
mesmo tempo. Conseguiu sorrir e dizer:
— Eu sou a Larissa. Vou tentar responder a
todas as suas questões. Não está me incomodando.
Não precisa ir embora. Vim com um amigo que
meio que desapareceu por aí, por isso estou
sozinha. Acho que foi só isso que perguntou. E
você? Está nervosa por quê?
— Eu e meu noivo frequentamos boates de
swing há algum tempo, mas sempre somos
escolhidos por algum outro casal. Hoje, você me
chamou a atenção e resolvi vir conversar. Mas
nunca fiz isso. Por isso estou nervosa. Quer dizer,
não leve a mal eu dizer que te escolhi, não é bem
assim… Só te achei muito bonita… e simpática. Aí
pensei em vir conversar e saber o que você curte, se
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está a fim de brincar um pouco… Ai, meu Deus.


Estou falando sem parar novamente.
Larissa não aguentou e caiu na gargalhada.
Ao se recompor, a primeira coisa que fez foi se
desculpar:
— Perdão, não estou rindo de você. Mas para
você. Fica tranquila, é minha primeira vez em uma
boate desse tipo e eu garanto que estou mais
nervosa do que você. Não faço ideia do que eu
curto, nem se quero brincar. Nem sei o que é
brincar…
Carol fez um som bonitinho com a boca,
como se estivesse vendo um filhote de cachorro
bem fofinho.
— Você é uma bebê ainda. Vou te explicar: o
que você curte é o que gosta e aceita fazer…
Ao ver o olhar de quem continuava sem
entender, Carol resolve mudar de estratégia.
— Vamos fazer assim: subimos e eu chamo o
Diego, meu noivo, lá no bar. Aí curtimos um pouco
em um dos quartos. Vamos devagar e você vai
dizendo o que quer e o que não quer. Assim, já vou
sabendo o que você curte ou não. E se não estiver
confortável com alguma coisa, é só demonstrar que
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paramos na mesma hora. Ok?


Larissa só assentiu com a cabeça. Ela tinha
certeza de que queria aquilo, porém ainda havia
uma pitada de medo.
Encontraram Diego e, depois das
apresentações, foram para um quarto bem grande
com uma enorme cama no centro e várias pessoas
em volta. A música da pista de dança chegava ali,
porém num volume que dava para ouvir o que o
outro, por ventura, dissesse. Mas o que mais se
ouvia por ali eram gemidos, desde os mais calmos
até os mais animados.
Carol a fez se virar de frente para a cama e,
abraçando-a por trás, perguntou bem junto ao seu
ouvido, deixando-a completamente arrepiada:
— Você gosta de observar? Ou prefere ser
observada? Ou os dois? Você gosta de meninas?
Ou só de meninos? Me mostra o que você está
pensando. — Enquanto falava, ela ia acariciando os
braços e seios de Larissa.
— Não faço ideia do que gosto. Só sei que
estou gostando de estar aqui… — Ela não tinha
certeza se tinha sido ouvida, ou mesmo se queria
ser. Foi mais um desabafo do que uma fala.
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Mas Carol ouviu e sussurrou em seu ouvido:


— Isso já é um excelente começo. Vamos
deixar rolar e se acontecer algo que te deixe
desconfortável, você avisa.
Larissa assentiu com a cabeça enquanto
sentia os lábios e mãos da amiga e de seu noivo.
Também reparava no ambiente à sua volta. Apesar
de ser um ambiente bastante escuro, dava para
reconhecer os contornos, e ela estava muito
excitada com tudo aquilo. À sua direita, encostados
na parede, havia um casal, namorando quietinhos,
totalmente envolvidos um com o outro. Também
havia alguns casais somente observando a cama e
as pessoas que estavam nela.
Um pouco mais distante deles, havia uma
mulher deitada, com as pernas para fora da cama
nos ombros de um homem que a penetrava. Um
segundo rapaz estava ajoelhado ao lado de sua
cabeça e ela lhe fazia um oral. Uma outra mulher,
provavelmente acompanhante de um deles, estava
com a boca em seus seios enquanto a mão parecia
estimular seu clitóris.
Na outra direção, uma mulher estava de
quatro enquanto o acompanhante parecia devorá-la
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por trás e lhe dava tapas na bunda. Os tapas eram


altos e pareciam doer, mas ela gritava por mais e
mais.
Enquanto observava tudo isso, seu corpo
experimentava sensações nunca antes imaginadas.
Ser tocada por quatro mãos e duas bocas era uma
coisa de outro mundo. Ouvia gemidos
extremamente sensuais e se deu conta de que eram
seus próprios sons.
Quando percebeu sua calcinha ser puxada de
lado e dedos famintos lhe invadirem, resolveu que
era hora de ser mais proativa e devolver um pouco
daquele prazer.
Não havia pensamentos, escolhas e nem
preconceitos. Todos os seus sentidos estavam em
alerta. A boca que beijava a sua naquele momento
tinha seu próprio gosto, pois minutos atrás estava
em seu local mais íntimo. Seu gosto era
deliciosamente salgado e ela queria provar mais
daquela mistura de sabores. Seu nariz captava
cheiro de sexo no ambiente. Seus ouvidos ora
ficavam fechados para o ambiente externo, como se
seu corpo “falasse” tão alto que não conseguisse
lidar com mais nada, ora ouvia todos aqueles
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gemidos externos. Todas as suas terminações


nervosas pareciam ser usadas naquele momento,
tocava e era tocada em cada centímetro de pele, os
expostos e os não expostos. Seu sentido menos
usado naquele momento era a visão. Realmente,
não estava sentindo falta do visual, tamanha a
euforia em que se encontrava.
Estava em um sanduíche onde Carol se
encontrava na sua frente e Diego às suas costas.
Carol intercalava beijos entre ela e seu noivo. Cada
vez que a boca da amiga deixava a sua para
capturar a do noivo, as mãos dele se aprofundavam
mais em seu centro e ela percebia o volume em sua
bunda aumentando.
Quando percebeu que ele estava “animado”
demais, deu um jeito de sair do meio e deixá-los
mais à vontade. Apesar de adorar a experiência,
não transaria com um cara que nunca tinha visto
antes. Dessa forma, Carol virou o recheio do
sanduíche, e Larissa foi passeando mãos e boca no
corpo da amiga.
Enquanto Carol ajoelhava no chão e
abocanhava o membro de Diego, este beijava
Larissa cheio de vontade, segurando seus cabelos
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como se fossem sua tábua de salvação num


afogamento. A pressão em seus cabelos era tão
forte que ela demorou a perceber outro par de mãos
segurando sua cintura e uma boca conhecida
beijando seu pescoço.
— Parece que está se divertindo sem mim,
minha Ba — Pedro falou em seu ouvido entre um
beijo e uma lambida em seu pescoço.
Ela virou para ele com um sorriso malicioso
nos lábios e disse:
— Muito, mas acho que vou me divertir
ainda mais agora. Será que você ainda tem fôlego?
Já com as duas mãos dando um puxão em sua
calcinha, ele disse praticamente dentro de sua boca:
— Pra você, sempre!
Na certeza de que seu amigo tinha usado
camisinha com o outro casal, sentiu-o penetrá-la
rapidamente. O contato quente de suas carnes, a
boca de Carol na sua, as mãos de alguém em seus
seios, tudo isso ao mesmo tempo lhe deu uma
sensação de plenitude e preenchimento que a fez
gozar quase que imediatamente. Ficou
aproveitando as carícias de Pedro enquanto via sua
amiga deitar na cama e Diego a penetrar. Chegou
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mais perto deles e resolveu provar um pouco do


sabor dos amigos que tanto prazer haviam lhe dado.
Estava focada na amiga, quando o rapaz,
entre uma estocada e outra, lhe ofereceu o membro.
Com uma mistura de medo e curiosidade, deu
suaves lambidas por toda sua extensão e voltou a
dedicar atenção à Larissa.
Pedro, que tinha diminuído o ritmo, voltou a
acelerar ao mesmo tempo que a estimulava com os
dedos. Ela sentiu que ia gozar novamente e se
dedicou ainda mais a lamber e chupar Carol. O
gozo veio. Forte, lindo, intenso e simultâneo. Sabia
que Pedro havia atingido o clímax junto com ela,
da mesma forma que sabia que, no dia seguinte,
estaria com marcas dos dedos dele em sua cintura.
E, provavelmente, Carol estaria com marcas de
seus dedos também.
Ficaram ali, naquele ambiente por mais um
tempinho antes de decidirem ir beber alguma coisa.
Passaram no banheiro para se limparem e
retocar o batom antes de encontrarem novamente
com os rapazes no bar.
Após apresentar Pedro aos novos amigos e
fazerem um brinde à amizade, foram dançar e
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terminar de curtir a noite.


Dançaram tanto que Larissa só percebeu que
já era tarde quando o DJ anunciou que a boate
fecharia em meia hora.
Olhando em volta, viu que restavam poucos
casais por ali e não encontrou Carol e Diego entre
eles.
“Era uma pena, ou talvez fosse melhor assim.
Foi uma noite e tanto”, era o que ela pensava
enquanto esperava, abraçada a Pedro, o valet buscar
o carro dele no estacionamento.

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— Meu Deus, como você está linda, Iara. [MM2]


— Bernardo me esmaga entre seus braços e beija a
minha testa. — Uau, um ano sem te ver e as fotos
já não fazem jus à sua beleza.
— Onde está Lucca e as meninas? —
pergunto pelo nosso filho e as filhas dele assim que
nos afastamos.
Tenho muitas saudades do meu garoto, que
deixou de ser criança há muito tempo. Mas, mesmo
aos dezoito anos, o vejo como um bebê. Lucca veio
há oito meses para o Brasil passar uma temporada
com o pai, algum tempo depois da morte da
madrasta em decorrência de um câncer de mama,
para ajudá-lo com as irmãs adolescentes. Bernardo
e eu temos uma relação amigável. Fomos pais
muito jovens e as coisas não deram certo entre a
gente, mas isso não impediu que nos tornássemos
amigos, já que tínhamos um filho — e esse é um
laço inquebrável.
A falecida esposa, Laís, entendia a
importância de mantermos esse contato. Digamos
que formamos uma família nada convencional,
fizemos muitas viagens todos juntos, frequentamos
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as mesmas festas sempre que possível e temos


amigos em comum. Laís se tornou minha amiga ao
ponto de as filhas me chamarem de tia. Lamentei
muito não poder vir quando morreu. Enfim, possuo
uma relação saudável e descomplicada com o pai
do meu filho, nada amoroso — é bom deixar isso
claro também. Não sou adepta a relacionamentos
polígamos.
— Lucca levou as irmãs para o aniversário
de uma amiga delas, na cidade vizinha, e de lá foi
para faculdade. Semana de prova, sabe como é?! —
Bernardo empurra o carrinho de bagagens e
andamos lado a lado. — Ele ficou chateado, aliás,
as meninas também estão, porque tentaram se
esquivar de todo jeito dessa festa e não
conseguiram. Como assim a tia preferida chega e
não estão em casa para recebê-la?
— Ah, Bê, eu disse a elas para irem. São
adolescentes precisam se distrair um pouco,
teremos muito tempo juntas. Bem que tentei
remarcar a passagem, mas não consegui. —
Chegamos ao carro. Enquanto ele guarda as malas,
checo as mensagens no meu celular e olho a hora,
são duas da tarde.
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Bernardo abre a porta para mim e, quando


passo por ele, nossos corpos se chocam levemente.
Sinto como se algo há muito tempo adormecido
estivesse despertando dentro de mim. O encaro por
um momento, ele é um homem elegante e muito
bonito, mas faz tempo que deixei de enxergá-lo
dessa maneira. Apenas me permito ver o pai do
meu filho e aquele amigo para todas as horas que
eu amo.
Aos trinta e oito anos, o homem exala
masculinidade. Quando foi que ele ficou tão sexy?
Os olhos verdes parecem devorar cada parte do
meu corpo, reascendendo uma chama que estava
praticamente apagada. Balanço a cabeça, tentando
espantar os pensamentos indecentes que estão
povoando a minha mente.
Ele me olha de cima a baixo antes de fechar
a porta do carro e ir para o lado do motorista. Juro
que não estou vestida como uma daquelas
prostitutas dos filmes! Visto um sobretudo branco
e, por baixo, uma blusa rendada preta com decote
“V”. Em algum momento da viagem, tirei a merda
do sutiã que estava acabando comigo. O short
social bege nem chega ao meio das coxas, deixando
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minhas pernas alongadas à mostra. Olho


discretamente no espelho retrovisor e percebo que o
batom vermelho me deixou mais sexy do que
gostaria, mas já era.
Como é que eu ia adivinhar que Bernardo
estava tão gostoso? Olho de relance e… Uau! Onde
é que estava escondido esse homem nos últimos
dezesseis anos? Porque não me lembro de ele estar
tão sexy da última vez que o vi.
Nossos olhos se encontram outra vez e ele
coloca a mão na minha coxa, vejo seu pau
aumentar de tamanho e … Droga! Preciso trocar de
calcinha assim que chegar. Pigarreio e perdemos a
conexão do momento, fazendo todo o percurso até
a casa dele em silêncio.
Na garagem, quando ele pega minhas
malas, fico hipnotizada pela bunda redonda
marcada pela calça social. Chegamos ao hall, ele
coloca as malas para dentro e fecha a porta, e o
silêncio se torna constrangedor. Sinceramente, não
consigo disfarçar a atração que estou sentindo.
Bernardo me encara como um predador,
enquanto vasculho a minha mente procurando uma
única razão para eu não cair de boca nesse corpo
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delicioso, mas não encontro nada que me impeça.


A última vez que fomos para cama foi dias antes de
ele conhecer Laís. De lá para cá, isso nunca mais
aconteceu. Só que, neste momento, não consigo
controlar esse fogo que me invade. Abro o
sobretudo e o deixo deslizar lentamente para o
chão. Avanço sensualmente na direção dele,
tomando sua boca em um beijo intenso, caloroso e
cheio de tesão.
Ele segura firme a minha cintura, me
pressionando contra a parede próxima. Sinto cada
parte do seu corpo viril acendendo ainda mais o
desejo ardente em mim. Que boca gostosa! Não sei
se é apenas pela adrenalina do proibido, mas olho
em volta, em busca de alguém, um empregado, sei
lá.
— Estamos sozinhos, Iara, não há ninguém
na casa. Temos a tarde inteira para nós — diz isso
como se tivesse planejado milimetricamente cada
detalhe e volta a me beijar intensamente,
mordiscando meus lábios, explorando minha boca
com a língua deliciosa. As mãos passeiam pelo meu
corpo, deixando um rastro de fogo.
Sou levada lentamente para o meio da sala e
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sento no sofá, enfio a mão dentro da calça e seguro


o pau rígido, lambendo os lábios. Ele sabe o que
vou fazer e espera ansiosamente por isso.
Abocanho o membro, chupando, lambendo toda a
sua extensão enquanto massageio seus testículos.
Ele fecha os olhos em êxtase, para, em seguida, me
interromper e arrumar o membro na boxer
novamente, talvez por achar que seja cedo demais.
Ele senta no sofá ao meu lado, fazendo
carícias e me beijando sem parar. Meu short é
arrancado, as mãos passeiam enlouquecidas pela
minha bunda e boceta. Bernardo me põe em seu
colo e pressiono minha carne úmida em seu pau
delicioso em uma dança sensual, enquanto nossas
línguas duelam em busca de um sabor há muito
esquecido.
A blusa rendada é puxada para baixo e
meus seios têm toda a atenção que merecem. Os
bicos arrebitados recebem mordiscadas, chupadas e
lambidas molhadas. Os botões da camisa dele vão
sendo arrancados um a um, enquanto me esfrego no
membro duro.
— Nem imagina quantas vezes eu fantasiei
com esse momento, Iara! — Bernardo me
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surpreende entre uma chupada e uma carícia em


minha boceta molhada.
Entã,o ele me desejava há tempos? Safado.
As palavras dele me enlouquecem, nos
levantamos, ainda entre beijos, decididos a deixar
esse fogo e tesão nos consumirem. Enfio a mão
dentro da boxer e tiro o membro majestoso outra
vez, fazendo movimentos de vai-e-vem, mas ele me
vira de costas abruptamente e me empurra para o
aparador próximo ao sofá. Apoio as duas mãos
sobre o móvel e empino a bunda para me esfregar
nele, mas o homem se ajoelha diante de mim,
segura as minhas nádegas, arranca a minha calcinha
e começa a lamber gostoso minha boceta.
Estremeço com o contato dos lábios dele na minha
pele.
— Que língua deliciosa! — grito em êxtase
quando os movimentos se intensificam e os dedos
fazem um trabalho digno de um DJ conceituado.
Sinto minhas pernas falharem, mas ele me segura
firme enquanto me entrego a um orgasmo
devastador, do tipo que nenhum homem depois
dele conseguiu me fazer sentir.
Bernardo me coloca em cima do aparador
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de forma nada delicada, me segura pela nuca e


reivindica a minha boca de forma possessiva.
Seguro seu membro entre as mãos, faço
movimentos rápidos, deixando-o muito mais
excitado, e ele volta a me tocar novamente.
Nós nos beijamos sem parar, em uma
deliciosa loucura. Ele me toma em seus braços, me
leva novamente ao sofá, abre minhas pernas e se
afasta para tirar a única peça que ainda restou em
seu corpo. Ficamos em uma troca mútua de
admiração por um breve instante. Então, ele vem
devagar, como um felino selvagem, segura seu pau
e pincela a cabeça rosada na minha carne molhada
em uma tortura maravilhosa.
Quando o membro grosso e duro me
preenche, nós dois gritamos de prazer e iniciamos a
dança mais primitiva entre um homem e uma
mulher. As estocadas selvagens me levam ao mais
alto nível de insanidade. Trocamos de posição,
cavalgo sobre ele, que pressiona minha bunda e me
olha como se eu fosse a mais bela das mulheres da
terra. Deito-me sobre ele e alterno entre
movimentos rápidos e lentos até que chegamos
juntos ao ápice da luxúria em um orgasmo que nos
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faz gritar como loucos.


Descanso a cabeça em seu peito, pensando
na loucura que acabamos de fazer. Apesar de ele ter
garantido que temos a tarde toda, agora me dou
conta da gravidade da situação. Tento me recuperar
e voltar a respirar normalmente.
— Você é como um bom vinho, Iara. Só
melhora com o tempo.
Bernardo quebra o silêncio e me faz encará-
lo, seus olhos brilham intensamente e reconheço o
brilho porque me sinto exatamente da mesma
forma. Como se, depois de uma longa caminhada,
finalmente tivéssemos nos reencontrado no
momento certo. Lá no fundo, eu sempre esperei por
ele, nunca me casei e nem tive relacionamentos
longos. Dediquei minha vida ao nosso filho e
escolhi amar esse homem como amigo por todos
esses anos, mas hoje não foi possível segurar tudo
que renasceu diante desse reencontro marcado
pelos céus.
— Eu te amo, Bê — digo as mesmas
palavras que trocamos ao longo de todos esses anos
separados, mas agora elas têm um significado
diferente.
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— Sei disso, meu amor. Sempre soube.


Somos pessoas destinadas, querida. Nosso amor
vem sendo regado ao longo desses anos, Iara, e o
que aconteceu hoje, nesta sala, apenas prova que a
nossa chama ainda está bem viva. Não vou deixar
você escapar desta vez, mulher.
Envolvida pelos braços de Bernardo, fico
pensando no caminho que percorremos ao longo
desses anos. Passamos por uma paixão adolescente,
depois tivemos que nos reinventar pelo nosso filho,
aprendemos a ser amigos e companheiros de vida.
Nossos sentimentos foram sendo cultivados e esse é
o momento certo para nossa história realmente
começar.

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É necessário se programar com antecedência


mínima de um ano para vir ao carnaval de
Salvador. São tantos blocos, camarotes e atrações
que dá para se perder e não se encontrar mais. Ao
menos foi assim que me senti quando decidi montar
meu roteiro para os mais de sete dias de festa
momesca.
Fui recebida no aeroporto por uma banda de
marchinha, ganhei uma fita do Senhor do Bonfim,
baianas tiraram fotos com os passageiros e confetes
voaram a todo instante, provocando a impressão
que havia chegado atrasada.
Fiz questão de escolher um hotel bem
próximo ao circuito Dodô, na Barra, e por isso me
senti numa cidade sitiada, mas não para uma
guerra. Barricadas com viaturas policiais liberavam
apenas veículos autorizados ou credenciados para
acessarem o trajeto e, somente após, pude ver as
ruas bem ornamentadas e com os camarotes prontos
para receberem seus foliões.
Já conhecia a cidade, mas não no período do
carnaval. Meu coração acelerou de ansiedade ao
sentir a energia e o axé do carnaval se formando.
Aproveitei a minha chegada com antecedência para
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pôr o bronzeado em dia, e nada melhor do que o


Porto da Barra para curtir o sol e o mar calmo.
O hotel estava cheio de turistas, cada qual
chegando com seus kits de abadás e camisas de
camarotes, comprados para curtir o carnaval. Meu
kit chegou por encomenda, deixado na portaria.
Peguei a camisa do dia e fiz os recortes necessários
para deixá-la personalizada, bem ao meu estilo. Um
penteado leve, cabelo preso, maquiagem, short
curto, top justo e um tênis complementou meu
visual.
Minha primeira noite foi no camarote, com
direito a muita gente bonita, embora preferisse
assistir à passagem dos artistas na avenida. Vi
Margareth Menezes no bloco Os Mascarados e
presenciei o verdadeiro carnaval popular. Muitas
pessoas fantasiadas, pulando alegremente e
democraticamente, homens beijavam homens,
mulheres e vice-versa, era uma pegação que não
acabava mais. Assistir àquela dança de corpos e
línguas se misturando umas às outras provocou
uma vontade de descer e me juntar a essa folia.
No camarote, a música eletrônica
comandava o ritmo e pessoas pouco interessadas
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com o que acontecia ali na rua dançavam e faziam


poses para aparecerem nas redes sociais.
— Boa noite, está sozinha?
Um moreno, alto, cuja barba cobria o rosto
e passava um ar de homem das cavernas, usava
uma camisa cortada de um jeito que permitia ver
todo o seu corpo e apenas a logomarca do
camarote, carregava numa das mãos um copo de
uísque e o seu sorriso revelava as maliciosas
intenções de beijar todas as mulheres que
encontrasse à sua frente.
— Até há pouco eu estava sozinha.
Tive que entrar no clima e, mesmo que não
entrasse, aquele homem roubaria um beijo meu.
Sua mão desocupada contornou minha cintura e
trouxe meu corpo para próximo de si. Não me fiz
de difícil e senti sua barba roçando meu rosto antes
de seus lábios tocarem os meus e sua língua, com
um leve sabor de uísque e água de coco, percorreu
a minha boca.
— Vamos descer? — ele perguntou.
— Como?
— Te vi curtindo a vista daqui de cima,
podemos descer e curtir lá embaixo.
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— Você está louco?


— Você confia em mim?
Fui advertida de que não deveria confiar em
qualquer pessoa, mas a emoção de viver o perigo e
o inesperado me levou a descer as escadas e fui
guiada para o meio da rua. Eu mal sabia o nome
dele, mas seu corpo já me cobria de abraços e
beijos.
Senti a energia de pular em meio à pipoca
quando Claudinha Leite passou. Fui empurrada,
apalpada e se não fosse meu folião protetor, seria
beijada por diversas bocas que passaram próximo
de mim.
Entre um bloco e outro, caminhávamos pelas ruas
como se soubéssemos aonde estávamos indo. Daí
veio a Timbalada e todo o seu público empurrando
o bloco. Ele me puxou para um beco e ficamos
mais afastados. Mesmo assim, senti a emoção de
assistir à Timbalada passando bem próximo.

“O amor me pegou puro e verdadeiro


Pra durar, pra durar, pra lá de fevereiro
Para quando chegar a festa junina
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Você vai se lembrar da gente na Ondina”


(Cachaça, Timbalada)

Era onde eu estava, em Ondina. Suas mãos


me levaram para fora do circuito, demos uma volta
e paramos numa praia. Lá no alto, se via o brilho e
o som do carnaval passando. Da areia da praia, eu
via o mar rebentando nas pedras e uma leve
penumbra proporcionada pela falta de iluminação
no local.
Não reparei se havia outras pessoas
próximas a nós, meus olhos estavam focados no seu
rosto e nos beijos que recebia. Suas mãos
suspenderam minha camisa, em conjunto com o
top, e seus lábios desceram pelo meu pescoço, até
encontrarem e sugarem meus mamilos. Olhei para
o céu escuro e vi as estrelas cintilantes deste
universo infinito.
Parecia um carnaval das antigas, pois ouvi um trio
passar e uma música do Asa de Águia tocar:

“Não tem lua que faça você me amar


Não tem lua que faça você passar por mim
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Não tem cheiro, de flor


Nem perfume de amor
Não tem lua não, não tem lua”
(Não tem lua, de Asa de Águia)

De fato, não havia lua no céu, apenas o


cheiro do mar e o perfume do sexo começando a
exalar de nossos corpos. Sua boca retornou para a
minha, sua língua bailou no ritmo da bandinha de
samba que começou a tocar na avenida, seu corpo
pressionou o meu e senti sua ereção pulsando
próximo ao meu sexo.
Mesmo após a passagem do bloco,
ouvíamos as músicas dos camarotes e as vozes das
pessoas passando. Eu estava recostada numa pedra
e, por vezes, recebia o respingo salgado de uma
onda rebentando próximo de mim. Não demorou
para seus lábios se misturarem ao sabor salobro e
ao da minha pele.
Ele se afastou para abrir o zíper de sua
bermuda e aproveitei para experimentar seu corpo
suado, escorregadio e teso. Desci até encontrar a
sua cabeça macia e pulsante, louca para meter em
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minha boceta, mas suas mãos fizeram com que eu


voltasse a me recostar nas pedras.
Meu short foi retirado sem a necessidade de
abrir o botão ou qualquer outra coisa. Minha
calcinha foi afastada para o lado e senti o frio de
sua boca, provocado pelo sereno da noite, tocar e
umedecer o meu sexo quente e louco de tesão.
Não precisava de muito, mas seus dedos
vieram e me tocaram em consoante com sua língua,
parecia a percussão de uma banda agitando o meu
corpo ao extremo.
Por um instante, olhei ao redor e notei que
outros casais faziam o mesmo, sem discrição
alguma. Vi uma mulher chupando o seu parceiro, a
cena me deixou excitada e, com a chupada desse
meu folião, gozei a ponto de soltar um gemido
gostoso, o qual o deixou ensandecido para me
possuir.
Nem precisei pedir pela camisinha, ele a
pôs no pau e não poupou tempo em meter gostoso
em mim. Suas estocadas começaram a fazer com
que minhas costas arranhassem nas pedras. Estava
gostoso, mas se não mudasse de posição, sairia dali
em carne viva.
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Cheguei a acreditar que ficar de quatro seria


melhor solução, no entanto, meus joelhos não
suportaram o contato com a pedra. Fiquei de pé, de
costas para ele, assim pude ver o movimento da
avenida enquanto ele metia gostoso em mim. Ao
lado, mantendo uma certa distância, a mulher que
antes chupava seu parceiro, agora cavalgava no
colo dele.
Puxei meu folião e o fiz se sentar nas pedras
para repetir a posição de minha amiga do lado. Sim,
já a considerava uma amiga, uma parceira de
trepada em locais públicos.
Senti cada centímetro daquele pau me
penetrando e parei de ver a atração que passava na
avenida. Cavalguei gostoso e, para não ficar
parado, apenas assistindo, ele se sentou para
alternar as sugadas em meus seios e beijos
deliciosos. Eu não sabia o que estava mais gostoso,
se sua boca no meu peito ou na minha boca. Nem
sei em qual posição ele estava quando gozei pela
segunda vez.
Ainda me recuperava do orgasmo quando
suas mãos seguraram minha bunda e prosseguiram
com o movimento, senti vontade de sair de cima
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dele, mas então ele cravou seu pau no meu corpo e


percebi que havia gozado.
Sem se preocupar com pessoas próximas,
ele caminhou nu até o mar e se banhou
rapidamente, enquanto eu catava minhas roupas
espalhadas nas pedras daquela praia. Somente o
carnaval para proporcionar uma cena dessas.
Procurei minha amiga de trepada, mas ela já
havia desaparecido. Quem mostraria seus rostos
nessa noite quando todos os gatos são pardos?
Devidamente recomposto e com o corpo ainda
molhado da água do mar, meu folião me trouxe de
volta para o circuito do carnaval.
Curtimos a passagem de mais alguns
blocos, beijamos muito e trocamos muitas carícias
íntimas em meio aos foliões. O intervalo entre os
blocos foi aumentando e, quando percebi, estava
defronte ao camarote que eu havia entrado mais
cedo.
— Amanhã você vai sair aonde? — ele me
perguntou.
— Vou sair no Asa — respondi.
— Então, te encontrarei amanhã e te puxo
para fora do bloco, tudo bem?
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— Tudo!
Retornei para o hotel quando a alvorada do
dia surgia. Uma pena estar no lado da cidade que o
sol se põe. Peguei a chave do quarto com o
recepcionista e subi o elevador, precisava recuperar
minhas energias, ter algumas horas de sono e, quem
sabe, sonhar com o folião que me levou para o além
carnaval dessa última noite, afinal, faltavam mais
seis dias de folia.

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O lhar Téo de longe sempre foi meu maior


tormento, o homem consegue mexer
comigo a cada respiração. O pior de tudo é que ele
sabe disso e faz de tudo para estar perto de mim
sempre que pode. Uma desgraça, mas também uma
delícia.
Téo é o namorado da minha irmã mais
velha. Depois de anos longe da família, a infeliz
voltou com esse pedaço de mal caminho a tiracolo.
Minha irmã é linda e merece ter alguém do lado
exatamente como o Téo, mas nada tira de dentro de
mim o desejo de ter esse homem em minha cama,
desfrutando do meu corpo, enlouquecendo o meu
juízo e me fazendo gritar como louca. O que me
controla é o fato de que, em primeiro lugar, ele é
meu cunhado. Em segundo, eu sou certinha demais
para escorregar. Em terceiro, bem, ainda não
consegui pensar, mas os dois primeiros têm
bastado.
Falando do diabo, amanhã é a festa de
aniversário dele e a Letícia, minha querida irmã —
a gata loira de um metro e oitenta, jogadora de
vôlei, bem-sucedida na vida, dona de um corpo
causador de inveja e olhos azuis como o oceano —
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me concedeu a gentileza de deixar todos os


preparativos nas minhas costas. Ou seja, estou que
nem louca correndo por todos os cantos da cidade à
procura de cada detalhe selecionado por ela para a
festa à fantasia do deus grego, que, neste momento,
tenta puxar assunto comigo.
— É impressão minha ou você está mais
calada que o normal, Brenda?
Eu juro que estou tentando não pensar nas
possibilidades de estar sozinha com esse homem,
presa no trânsito da cidade, em um engarrafamento
que parece não ter fim, mas com ele falando fica
impossível.
— Brenda? — Ele tenta novamente, desta
vez tocando minha coxa. Desgraçado.
— Oi. — Respiro fundo, prendendo meus
cabelos em um coque frouxo no alto da cabeça.
Tudo para evitar olhar ou pensar no corpo bem
definido ao meu lado. — Sim, está um puta calor.
Ele ri alto com minha resposta, me fazendo
encará-lo. Os olhos escuros são de uma
profundidade sem fim, me sinto engolida por um
buraco negro. Os cabelos bem cortados, o peito
definido pela camisa polo bem ajustada. Para,
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Brenda….
— Não entendi o motivo da risada? —
solto, tentando recorrer à minha implicância
natural.
— Desculpa, ainda não me acostumei com
seus xingamentos. — Acho que estou com cara de
idiota porque ele continua falando: — É que, uma
coisinha tão meiga e bonitinha que nem você,
xingando? — Ele ri mais. — Impossível.
— Ah, meu querido, não sabe do que essa
coisinha meiga e bonitinha é capaz — largo sem
pensar.
— Gostaria de saber…
A voz dele sai rouca e, neste momento,
minha calcinha grita por socorro de tão molhada
que fica entre minhas pernas. Eu me dou conta de
que a mão dele ainda está em minha coxa nua por
conta do vestido curto demais, e, se escorregar um
pouquinho, vai sentir o calor da minha boceta
quente somente por ouvir a voz rouca dele.
O trânsito se move neste momento,
atrapalhando qualquer possibilidade de um contato
maior. Mas, por incrível que pareça a mão dele não
sai dali e minha vagina não para de piscar que nem
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louca por um contato mais próximo. Estou


desesperadamente necessitada de sexo, e com esse
homem em especifico, pois não tem outro que vá
acabar com esse desespero do meu corpo. Disto,
tenho certeza.

Não parei de pensar no calor da mão de Téo


em minha perna durante toda o resto da tarde de
ontem enquanto comprávamos o restante das
bugigangas para a festa dele, que, por sinal, já está
rolando a todo vapor no jardim de casa neste
momento. Só de pensar naquele contato quente da
mão forte dele, pesada contra minha coxa pálida e
fria, já deixa minha calcinha molhada. O que é um
problema, pois, estou me arrumando para descer.
Só falta o cachecol.
O tempo não está frio, mas decido me vestir
de bruxa, uma verdadeira aluna de Hogwarts,
porém sexy, ostentando as cores da minha casa,
aquele belo verde e preto de Sonserina que destaca
a palidez da minha pele. A saia está curta demais,
os saltinhos comportados demais, mas estou
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satisfeitíssima com o resultado da roupa. Vai deixar


alguns homens de queixo caído com certeza.
Agarro um copo de cerveja no caminho para
a festa, já tomando metade do mesmo em um único
gole. Luana, minha melhor amiga, já está agarrada
na boca de um garoto qualquer. Aquela garota não
tem escrúpulos, porém, vou assim mesmo agarrar a
maluca para curtir a festa comigo. Não vou ficar
sozinha no meio daquela gente estranha nem a pau.
— Brenda! — Ouço o grito de Letícia, o
que me fez estremecer de cima a baixo. — Minha
maninha, tá gostosa, hein? — ela diz, me tomando
em um abraço.
— Então, Lê, já fiz tudo. O que tu quer
mais? — perguntei, me esquivando. Não somos de
contato, o que mostra que ela já bebeu um pouco a
mais.
— Vou viajar amanhã cedo… — A garota
faz bico. Quase trinta anos no couro e ainda faz
bico. — Cuida da limpeza e organização para mim?
Respiro fundo. Que judiação comigo, meu
Deus! Mas é isso que você ganha quando cobiça o
homem da irmã: castigo.
— Claro, Lê. Espero que aproveitem a
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viagem. — Pisco, acenando para ela e o


aniversariante.
— Não, maninha, vou sozinha por conta do
jogo daqui a dois dias. O Téo vai ficar por aqui
com vocês até eu voltar. Cuide dele…
Com essas palavras, ela me larga e o descarado do
meu cunhado tem a audácia de piscar para mim.
O problema é que meus pais estão viajando
e chegam apenas em uma semana. A Letícia viajar
por alguns dias quer dizer que vou ficar sozinha
com Téo em casa, ou seja, as possibilidades já
começam a tomar conta da minha mente
novamente. Ele e eu, sozinhos em uma casa…
Como vou conseguir viver sem encostar nesse
homem? Jesus, me salve, pois, morri.
Tento curtir a festa o melhor que posso,
dançando que nem louca com minha amiga, mas a
minha nuca não para de formigar. A cada vez que
olho, ele está lá. O próprio demônio, gostoso pra
caralho, me olhando de cima a baixo. Talvez seja
apenas impressão minha, mas não consigo fazer as
minhas terminações nervosas raciocinarem junto
com meu cérebro, e meu corpo inteiro reage ao
olhar daquela delícia com roupa de um dos meus
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personagens preferidos, Capitão Jack Sparrow.

Como prometido, minha querida irmã viaja


na tarde seguinte e agora a casa é só minha e do
gostoso, que dorme no quarto ao lado. São
exatamente seis horas neste momento e estou me
arrumando para ir à faculdade. Curso estética, estou
no último semestre. Preciso sair de casa às sete.
Acabei de abotoar o sutiã quando a porta do
meu quarto se abre e lá está ele: a personificação
dos meus maiores desejos, com uma calça de
moletom marcando o volume na frente, os
gominhos à mostra e os pelos do peitoral me
convidando a correr as mãos por cada detalhe.
Perco o ar e ele, descarado, abre aquele
sorriso matador, me fazendo ficar de pernas
bambas. Sou uma mulher bonita, gostosa, e sei
disso, mas ver a forma como ele me olha, apenas
em minha lingerie preta, faz os meus instintos mais
primitivos darem sinal de vida. Fazem-me sentir
mais do que desejada. Algo racional dentro de mim
faz com que eu encontre minha voz.
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— Téo, o que está fazendo aqui? — Tento


cobrir o corpo, mas ele se aproxima e puxa a toalha
rápido.
— Não disfarce ,Brenda, eu sei que você
me deseja tanto quanto estou louco por você.
Aquelas palavras me deixam sem ar e, para
piorar a situação, ele me puxa de encontro ao seu
corpo, tomando minha boca em um beijo
destruidor. Um gemido escapa entre nossos lábios e
eu sei que é meu. A ereção dele encosta em minha
barriga e eu sei exatamente que aquilo é totalmente
desproporcional de tão grande.
— Os empregados… — consigo sussurrar
depois que os lábios dele encontram meu pescoço.
— Dispensei, estamos sozinhos.
A voz grave e rouca dele faz meu estômago
se contrair de ansiedade e, talvez, percebendo meu
desespero, Téo rasga meu sutiã e toma um dos
meus seios nos lábios. A barba por fazer roça a pele
nua enquanto a outra mão dele acaricia meu
mamilo rígido. Não tenho mais nenhum pudor ou
controle do meu próprio corpo. Os gemidos saem
cada vez mais altos e desesperados enquanto ele
trilha um caminho sem volta do meu abdômen até a
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calcinha, retirando-a com dois dedos enganchados


nas laterais.
A boca carnuda de Téo toma meus grandes
lábios em beijos e sugadas deliciosas que me fazem
gritar por ele, mas o desgraçado não para a tortura.
Penetra a língua entre meus lábios sensíveis e
alcança meu clitóris em sugadas firmes, decididas,
fazendo minhas pernas vacilarem. O homem não
descansa, me segura com um dos braços enquanto o
outro é usado para afastar minhas pernas e, em
seguida, introduzir dois dedos em minha boceta já
desesperada por ele.
Tenho meu primeiro orgasmo ali mesmo,
em pé, no quarto que começa a escurecer. A
calcinha e o sutiã abandonados em algum lugar e
meu senso, há muito perdido, clamando por mais
dele. Neste momento, ele se levanta e me olha com
uma luxúria de derreter qualquer resto de pudor que
eu poderia ainda ter. Afastando qualquer
pensamento sobre ele ser meu cunhado, sobre ser
proibido.
— Eu vou foder você, Brenda… — ele diz
rouco e eu me derreto. — A noite inteira e por
todos os dias enquanto estivermos sozinhos.
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— Você fala demais, Téo — respondo,


desejando que aquilo seja real até o último
segundo.
Ele ri e me joga na cama, retirando a calça
para revelar aquele pau maravilhoso, já melado de
desejo por mim e isso me excita ainda mais. Ele é
enorme, gostoso e cheio de veias. Não deixo que
ele peça, caio de boca naquela glande maravilhosa
e ele agarra meus cabelos com força, soltando
palavras desconexas e gemidos altos enquanto eu o
tomo em meus lábios, engolindo cada parte daquela
vara que ele chama de membro.
Sinto que está próximo do orgasmo e isso
me faz intensificar as sugadas e massagem nos
testículos, mas ele me interrompe, movendo a
cabeça em sinal de negativa, me coloca de quatro
na cama. Sem aviso-prévio, me penetra com todo
aquele membro majestoso, fazendo um grito de
prazer escapar dos meus lábios.
O homem fode como um animal e eu me
sinto à beira do delírio a cada estocada intensa que
ele dá atrás de mim. Minha boceta o engole com
uma fome enlouquecedora e, como se não bastasse
toda a brutalidade do nosso ato, ele ainda toma meu
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clitóris em uma massagem revigorante. Minhas


mãos apertam o lençol com uma força que nem eu
mesma reconheço. Esqueço de tudo, de onde
estamos, do que tenho de fazer e de quem somos.
Quero apenas gozar com ele ali, dentro de mim.
Estou à beira de mais um orgasmo quando o
desgraçado para os movimentos e me faz virar na
cama, me deita e se encaixa entre minhas pernas,
olhando fundo nos meus olhos. Neste momento,
percebo que ele está desenrolando uma camisinha
de forma calma pelo membro, apenas para me
chamar a atenção. Passo a língua pelos lábios
secos, já na ânsia de senti-lo. Surpreendendo-me
mais uma vez, Téo me toma no colo e se senta na
cama comigo sobre ele.
A penetração não demora a ocorrer e
enquanto o cavalgo, ele me faz olhar em seus olhos
o tempo inteiro. Os gemidos são suficientes entre
nós, gemidos altos, selvagens, primitivos, a cada
movimentação mais intensa. Alguns minutos
depois, estou deitada na cama, com aquela
maravilha em forma de homem estocando fundo
em minha boceta, na urgência de alcançarmos um
orgasmo louco, e ele vem. Vem com a força de um
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turbilhão, comprimindo todo meu corpo de forma


deliciosa até os dedinhos dos pés se contraírem. Ele
também atinge um orgasmo fundo e alto, mas não
para de se mover até que estejamos os dois mais do
que ofegantes, largados na cama com os sons
daquele sexo maravilhoso reverberando ainda em
nossos ouvidos.

Não posso negar que foram os melhores


dias da minha vida os que se seguiram à viagem da
minha irmã. Como prometido, Téo usou e abusou
do meu corpo, com meu total consentimento,
durante todos os dias em que ficamos sozinhos.
Foram horas de sexo bruto e selvagem por toda a
casa. Deixamos nossa marca em cada canto e,
mesmo hoje, meses depois daqueles dias
maravilhosos, sempre que surge a oportunidade,
estamos nos entregando um ao outro. Sendo a
válvula de escape que cada um precisa.
Sabemos que é errado, mas o que podemos
fazer se existe uma necessidade do outro que fala
mais alto que qualquer coisa? Sabemos que não é
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amor, mas o sexo com certeza é o melhor de todos


para ambos.

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A pesar de ter consciência que ir até a casa


de Gabriel era um passo perigoso, eu não
tinha alternativas. Para conseguir essa maldita
entrevista exclusiva com o maior jogador de futebol
da atualidade, correr riscos era necessário. Só assim
o meu editor ficaria feliz a ponto de me promover a
apresentadora do principal programa de esportes da
emissora.
— Quando estiver pronto, podemos
começar a entrevista. — Tento ser o mais
profissional possível, mas, pela maneira que o
imbecil me olha, ele não está nem aí para a
entrevista.
— Por que a pressa? — A maneira que ele
desliza os olhos pelo meu corpo me excita
vergonhosamente.
A primeira vez que o vi pessoalmente foi
como se uma bomba atômica tivesse me atingido.
A atração entre nós foi tão constrangedora que
nenhum dos dois conseguiu falar nada. Desde
então, vivemos uma guerra para evitar sucumbir ao
desejo que nos domina.
— Gabriel, eu tenho que trabalhar cedo
amanhã nesta entrevista, não quero dormir tarde. —
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Lentamente, ele vai repuxando um canto da boca,


me deixando irritada por achar esse gesto tão
atraente.
— Por que não jogamos um pouco? Se você
ganhar, tem a sua entrevista imediatamente. Se eu
ganhar… — Ele não termina de falar e ergue um
dos ombros em um gesto de indiferença.
— Jogo? Que espécie de jogo? — Os olhos
dele brilham com a minha pergunta e o vejo
abandonar sua taça de vinho.
Como esperado, ele não responde, mas se
aproxima de mim, me deixando em pânico. Odeio
quando ele fica muito perto, sentir o seu cheiro
másculo me causa sensações impróprias.
— O que pensa que está fazendo? — Volto
a questioná-lo quando ele toma a minha bebida e
me ergue para ficar bem à sua frente.
— O jogo é o seguinte. — Como sempre
ele ignora o que pergunto. — Se eu provar que
você também está tão louca de tesão como estou
agora, você esquece essa porra de entrevista e fode
a noite inteira comigo. Agora, se você me
convencer que não está nem aí pra mim, eu te dou
uma entrevista completa, sem enrolação.
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Eu deveria sorrir com a proposta dele, mas


estou insegura demais para fazer isso. Sei que sou
boa atriz, mas infelizmente conheço Gabriel o
suficiente para saber que ele não joga limpo.
— Que jogo absurdo — digo com uma
risada nervosa. — Eu não estou interessada
sexualmente em você, Gabriel, deveria saber disso.
— Ele sorri e me surpreende quando sobe a mão
pela parte de trás das minhas coxas. — Que merda
é essa? — Seguro os seus braços para impedi-lo de
me tocar. — Tire suas mãos de mim.
— Faz parte do jogo.
— Não disse que ia jogar — respondo
nervosa e arregalo os olhos quando ele segura a
barra da minha saia.
— Você quer jogar. — Ele vai erguendo a
saia e me faz cravar as unhas nos seus braços
musculosos.
— Pare — digo sem fôlego, com o coração
acelerado.
— Está com medo de jogar? Não quer
perder? — Ele para de subir minha saia, mas
também não tira as mãos dela.
— Não vou perder — minto.
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— Então, me deixe terminar o jogo.


— Não vou ficar nua na sua frente.
— Se perder a partida, vai. Posso continuar?
— Fecho os olhos sem saber o que responder. Ele é
tão arrogante que a minha vontade é enchê-lo de
tapa. — Se serve de consolo, eu já perdi a partida
para você desde que desfilou esse nariz arrebitado
no meu vestiário. — Ele segura a minha mão e me
faz sentir a sua ereção.
Busco uma respiração profunda e encaro
seus olhos. O verde característico da sua íris
desaparece. Agora, ele tem olhos escuros, que me
seduzem como nenhum outro homem.
Ele entende o meu silêncio como uma
permissão para seguir em frente e ergue a minha
saia. Fecho os olhos novamente quando sinto seu
dedo correndo pelo elástico da minha calcinha.
Antes que eu organize a minha mente, ele
introduz um dedo dentro de mim e me faz
involuntariamente gemer. Não contente, coloca
outro dedo e remexe com lentidão, me fazendo
contrair meus músculos vaginais.
Que bastardo! Ele está derretendo o meu
corpo com apenas dois dedos.
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— Tão molhada — ele diz rente ao meu


ouvido. — Quero você gritando o meu nome a
noite toda, Raissa. — Mesmo morrendo de
vergonha por não conseguir resistir ao seu charme,
busco o seu rosto e fico sem ar ao ver a excitação
em seus olhos.
Sinto seus dedos abandonarem a minha
umidade e, em seguida, ele me pega de surpresa
quando os coloca na boca, deslizando a língua com
lentidão em cada um deles.
— Perfeito — ele diz quando termina de
lambê-los. — Agora, quero sentir o gosto direto da
fonte. — Um grito escapa de mim quando ele me
ergue em seus braços e me coloca no colo.
— Gabriel, não faça isso. — Meu pedido é
desesperado, pois sei que, se ultrapassarmos essa
barreira, nada será como antes.
— Não dá mais para impedir o que rola
entre nós, você sabe disso.
Ele começa a subir as escadas de dois em
dois degraus, como se eu não pesasse nada. Quando
chegamos ao segundo andar, ele me pressiona
contra a parede e me beija como uma fome
desesperada.
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Não consigo resistir e me rendo ao seu


beijo, segurando a sua nuca e tentando absorvê-lo
por completo. Foram seis meses de brincadeiras
sacanas e olhares furtivos. Ele soube me provocar e
eu, em contrapartida, o fiz perder o juízo em muitas
vezes.
Agora, não tenho mais forças para resistir,
na verdade, nem quero. Estou farta de sonhar todas
as noites com essas mãos fortes segurando o meu
corpo enquanto me leva ao orgasmo.
Caímos na cama aos beijos. As minhas
mãos correm para tocar o seu corpo e, como se
lesse a minha mente, Gabriel tira a blusa e sorri
quando toco os lindos gominhos do seu abdômen.
Com agilidade, ele abre a minha blusa. Em
seguida, tira o meu sutiã. O sorriso que ele exibe
quando vê meus seios nus é digno de uma foto.
Nunca vou esquecer essa felicidade boba em seus
olhos.
Quando sinto a sua boca fechando no meu
seio, infiltro as mãos em seus cabelos e gemo de
prazer. Sua língua brinca com o bico e uma
mordiscada ali arrepia a minha pele.
Ele faz o mesmo processo no outro, até que
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ergue o rosto e me beija. Suas mãos não param de


me tocar e descem até encontrar o fecho da minha
saia. Sem que ele precise dizer nada, ergo o quadril
e o ajudo a retirá-la. Gabriel aproveita e desliza
minha calcinha lentamente, sem tirar o sorriso dos
lábios.
Fico completamente nua na sua frente e,
apesar de saber que cuido bem do meu corpo
justamente para poder exibi-lo sem maiores
problemas, estou completamente sem graça por vê-
lo ainda vestido.
— Estou perdendo nesse jogo. Você ainda
tem roupas.
— Você está ganhando de dez a zero de
mim. — Ele segura as minhas pernas e puxa o meu
corpo até a borda da cama.
Sinto-o mordiscando a parte interna da
minha coxa e me preparo para o que está por vir.
Quando ele passa lentamente a língua sobre a
minha boceta, fecho os olhos e suspiro. Se os
burburinhos que ouvi sobre o seu desempenho
sexual forem verdadeiros, terei uma noite fervorosa
pela frente.
Gabriel fecha a boca sobre a minha umidade
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e vai me chupando intensamente. Ele não suaviza a


pegada e me faz perder o controle em poucos
segundos. Gotículas de suor se formam na minha
testa enquanto ele me devora com volúpia. Digo
palavras desconexas e fico fora de controle. Até
que o meu corpo parece se partir em minúsculos
pedaços e sou dominada por um orgasmo poderoso.
Sinto que estou flutuando, é como se eu
estivesse toda dormente, sequer tenho forças para
abrir os olhos. Parece que o maldito sugou a minha
força vital.
Com dificuldade, ergo as pálpebras e vejo
Gabriel nu, me encarando com um sorriso
misterioso nos lábios.
— Você é linda gozando. — Ele deita ao
meu lado e corre a mão lentamente pelo meu
quadril. — Quero ver você gritando de prazer
muitas vezes esta noite, mas antes tenho que dizer
uma coisa.
— O quê? — pergunto curiosa.
— Sou um bom amante, nada além. Esta vai
ser a nossa noite, aproveitaremos cada minuto.
Depois, voltaremos para a nossa briga de gato e
rato, seremos profissionais.
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Eu não deveria me magoar com as suas


palavras, ele está certo. Somos profissionais e não
devemos misturar prazer com trabalho, mas dói
saber que sou mais uma das suas amantes.
— Que bom saber que você tem o mesmo
pensamento que eu — digo com a voz firme,
fingindo indiferença.
— Ótimo. — Ele captura os meus lábios e
me beija lentamente.
Passo os braços pelo seu pescoço e esvazio
a mente. Vou aproveitar o que ele pode me dar, o
que importa é ter uma aventura para contar.
Em um movimento inesperado, ele me
coloca por cima do seu corpo. Apoio as mãos em
seu peito e deslizo devagar até que alcanço a sua
ereção. Manipulo o seu membro vagarosamente,
querendo deixá-lo na expectativa do que posso
fazer.
A visão do seu pau duro e pronto para ao
meu prazer me deixa enlouquecida. Desço o meu
corpo sobre o dele para poder experimentá-lo um
pouco. A minha língua corre pela ponta da sua
ereção e seu gosto masculino me atiça.
Entendo que ele queira uma noite, eu
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também quero, mas nada me impede de dar uma


noite inesquecível para ele. Quero que, depois, o
grande conquistador Gabriel Diniz não consiga dar
um chute no treino sem lembrar do que fiz com ele.
Incorporo a devassa que mora em toda
mulher e começo um boquete meticuloso, com
direito a garganta profunda e tratamento especial
nas suas bolas.
Pelos gemidos que ele deixa escapar,
percebo que estou no caminho certo e me empenho
ainda mais para deixá-lo completamente à minha
mercê.
— Por Deus, mulher. Se continuar assim,
não sobra nada de mim. — Ele embrenha a mão
pelos meus cabelos e ergue a minha cabeça. — Não
quero gozar na sua boca.
— E por que não? — pergunto, sorrindo.
— Você é um problema sério. — Ele me
puxa, colocando o meu corpo sobre o seu. — Vou
te foder primeiro, depois podemos negociar uma
gozada na boca, mas não agora.
O idiota pisca para mim como se fosse um
grande privilégio tê-lo gozando na minha boca.
Que cretino!
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— Onde estudou para ser um idiota? —


pergunto enquanto deslizo a mão em seu peito.
Ele é um imbecil, mas é gostoso demais.
— Convivo com babacas, então, assimilo a
idiotice deles. — Ele pega uma camisinha e me
entrega. — Mas sou um babaca bom de foda, juro
que você não vai ter o que reclamar.
Não me preocupo em respondê-lo, não vale
a pena perder meu tempo. Abro a embalagem da
camisinha e deslizo vagarosamente pela sua ereção.
Ergo os olhos para ver Gabriel, um sorriso
malicioso forma-se nos meus lábios ao ver sua
expressão de expectativa.
Sem pressa, vou deslizando sobre seu pau,
ele tem um tamanho que aprecio, é robusto, mas
não é tão exagerado. É do tamanho certo para me
satisfazer e encher meus olhos de vontade de
experimentá-lo.
Quando ele está completamente dentro de
mim, rebolo com lentidão e apoio a minha mão
sobre o seu peito. Ele segura o meu quadril com
força e geme quando me inclino suavemente,
fingindo que vou me erguer.
— Tudo bem aí em embaixo? — pergunto
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só para provocá-lo.
— Ficará melhor quando você quicar esse
traseiro no meu pau. — Ele segura o meio seio e
corre o polegar ao longo do bico. — Mostre do que
é capaz, querida.
— Já que pediu. — Mordo o lábio e
levanto o meu quadril, quase o fazendo sair de
mim. Em seguida, desço lentamente e rebolo sobre
a sua pélvis.
Não amenizo a minha pegada, vou me
movendo sobre o Gabriel com agilidade, sorrindo a
cada vez que ele geme e segura a minha bunda com
força.
Ele me completa de uma maneira estranha,
é difícil explicar como me sinto em casa com ele
dentro de mim.
Uma gota de suor escorre pela minha
coluna, arrepiando o meu corpo, e sorrio com a
sensação potente que se move dentro de mim a
cada vez que desço forte sobre o seu corpo.
Olho para o Gabriel e o vejo me observando
com atenção. Ele tem o lábio inferior preso entre os
dentes, deixando a sua expressão completamente
pecaminosa.
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Em um movimento ágil, ele muda as nossas


posições e me vejo sob o seu corpo, sentindo o peso
dele esmagar meus pulmões. Abro os lábios para
ganhar ar e gemo quando ele estoca profundamente
em mim.
— Porra, isso é melhor do que sonhei — ele
diz e apoia uma mão ao lado da minha cabeça,
movendo os quadris com rapidez.
— Você sonhou com isso? — O meu lado
florzinha ganha força e sente necessidade de saber
se ele realmente sonhou com nós dois juntos.
— Desde que você apareceu na minha vida
e fodeu com os meus pensamentos.
Sorrio com a sua resposta, mas meu mundo
vira de ponta a cabeça quando ele abre as minhas
pernas e se precipita dentro mim, disparando um
gatilho que me faz comprimir todos os meus
músculos.
— Gabriel… — O nome dele sai como um
tom de súplica, enquanto o meu corpo tenta resistir
ao prazer que está se infiltrando em cada poro da
minha pele.
Sou surpreendida quando ele interrompe a
penetração e afunda o rosto entre as minhas pernas,
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chupando a minha boceta com uma fome


desgovernada.
Seguro os lençóis com força e tento me
manter presa ao momento, mas, na realidade, sinto
que vou desmaiar a qualquer segundo de tanto
prazer. Nunca vivi uma relação sexual tão intensa
quanto a que Gabriel está me oferecendo.
Repentinamente, ele interrompe o que está
fazendo e volta a me penetrar em uma única
estocada. Volto a me sentir preenchida e ansiosa
para encontrar o prazer.
— Me fode com força, eu preciso gozar —
digo fora de controle.
— Não precisa pedir duas vezes.
Seus lábios caem sobre os meus, enquanto
movimentos vigorosos me fazem entrar em um
mundo alucinante de prazer. Deixo o meu corpo
sucumbir à força do orgasmo que parece me
incendiar.
Grito dentro da sua boca no mesmo instante
em que meu corpo se quebra sem que eu consiga
ter controle. Ele não para de se movimentar, e o
som do impacto dos nossos corpos se espalha pelo
quarto, mantendo o meu nível de excitação ao
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máximo.
Os músculos de Gabriel enrijecem sob as
minhas mãos e, neste momento, sei que ele também
alcançou o prazer. Seus movimentos começam a
ficar erráticos, até que ele desaba sobre mim com a
respiração ofegante.
Ficamos abraçados por um tempo em
silêncio, até que sinto os lábios dele salpicando
beijos no meu pescoço. Fecho os olhos e tento não
pensar no que acabou de acontecer. Eu errei e vou
pagar um preço alto demais por deixá-lo me seduzir
e apresentar um prazer que nunca pensei existir. Ele
é um filho da puta gostoso e o odeio por isso.
— Esquece o que disse sobre ser apenas
esta noite, teremos um fim de semana de puro sexo.
— Ele ergue o tronco e me encara com seu sorriso
cínico, que sempre desperta sensações
contraditórias em mim. — Vou te comer de mil
maneiras diferentes e, quando tudo acabar, ainda
terei outras mil maneiras de te foder quando você
quiser. Você é perfeita, Raissa.
Por Deus que eu queria dizer que tudo
acaba essa noite, mas depois do que acabei de
experimentar, um fim de semana me parece ser
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apropriado para deixá-lo me mostrar essas mil


maneiras de sentir prazer.

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— Talissa, sério… — eu tento falar, mas a boca


dela continua a me provocar, passando pelo meu
rosto em selinhos rápidos. — Eu não posso, não dá.
— Algo me diz que você está mentindo…
— Sua mão desce e ela aperta meu pau por cima da
calça jeans, soltando uma gargalhada sarcástica.
Sarcástica e excitante, diga-se de passagem. É
como se ela soubesse o poder que exerce sobre
mim.
— Você é o demônio. — Pressiono seu
corpo quente contra a porta da sala de estar
enquanto me seguro a ela, com o punho cerrado,
tentando dar a devida atenção para a briga que meu
pau e meu cérebro estão travando nesse exato
momento.
— Evan… — ela praticamente geme meu
nome de um jeito delicioso, como se implorasse. —
Por favor, acabe com isso logo. Nós dois sabemos o
que queremos. Prometo que vai ficar entre nós,
ninguém precisa saber.
Realmente, ninguém precisa saber. Do jeito
que estamos aqui, eu a como, acabo logo com isso
e cada um segue sua vida, sem maiores transtornos.
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Seria perfeito, se não fosse trágico.


“O que os olhos não veem o coração não
sente”, recito esse mantra enquanto sua boca desce
por meu pescoço, mordendo, chupando e me
enlouquecendo.
O problema é que eu saberia, e isso me
mata. Ter consciência às vezes simplesmente não
compensa.
Desde que meus pais foram embora do país,
Drew, meu irmão mais novo, mora comigo. Eu já
lido com os negócios da família há certo tempo,
algo que os primeiros fios brancos em meu cabelo
negro não me deixam mentir. Eles apareceram não
pela idade, mas pelas preocupações que um diretor
de multinacional tem todos os dias. Acaba que eu
me preocupo mais com relatórios e planilhas do
que com o meu próprio pau, o que me faz
constantemente fantasiar com coisas que não devo.
Já meu irmão ainda está naquela fase de
universitário inconsequente: beber, ir às festas e
foder tudo o que se move é seu lema. Não posso
julgá-lo, já foi o meu também. Mas, há quatro
meses, ele tem aparecido com essa garota em casa
frequentemente, o que me faz considerá-la minha
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cunhada, mesmo que não oficialmente. É mais do


que comum vê-los se pegando pelos cantos, o que
não raramente me deixa frustrado, já que, em cem
por cento das vezes, eu gostaria de estar no lugar do
puto do meu irmão.
Frustração sexual é uma merda, e eu a
experimento todos os dias.
Quatro meses. Quatro meses de ereções em
horas inapropriadas, masturbações vigorosas no
chuveiro e fantasias infinitas sobre comer a
cunhada em cima da mesa da cozinha. É meu sonho
de príncipe foder essa mulher em todos os cômodos
dessa casa. Afinal, que homem que se preze nunca
teve esse fetiche, não é?
Afasto-me com dificuldade e puxo o ar,
tentando oxigenar a porra do meu cérebro para ver
se ele pensa um pouco direito. Olho para cima e
dou um passo para trás, mas minha cunhadinha está
tão determinada a dar para mim que não me dá um
segundo.
— Evan… — Apenas meu nome
pronunciado por aquela boca gostosa é o bastante
para fazer meu pau ficar a postos. Bastardo traidor.
Quando eu olho para frente, ela termina de tirar o
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vestido pela cabeça, ficando praticamente nua à


minha frente. Exceto pela minúscula calcinha preta
de renda, que não cobre praticamente nada, e um
salto ridiculamente alto que a deixa ainda mais
magnífica.
Puta que pariu!
Vou em sua direção e pressiono meus lábios
contra os seus, agarrando seus cabelos com força e
apertando-a novamente contra a parede. Sua mão
faz o mesmo caminho, prendendo meus fios
bagunçados entre os dedos enquanto ela sente meu
pau pulsar contra sua barriga, o que a faz
praticamente escalar em mim. Desço a mão pelo
seu corpo enquanto ela morde minha orelha, e, em
apenas um movimento, meus dedos deslizam para
sua calcinha molhada. Molhada não, encharcada.
Talissa tem cheiro de mulher, uma mistura
louca de perfume importado e excitação que agora
inunda minha luxuosa sala de estar. Tomo distância
apenas para observá-la por um segundo, tão
entregue a mim, e concluo, com absoluta e total
certeza, que, de todos os móveis caros dali, ela nua
e com tesão é a imagem mais bonita do lugar.
Enquanto ela puxa minha camisa pela
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cabeça, eu penso em Drew. Mesmo com tanto


tesão, eu consigo ter um último ataque de
consciência. Mesmo sabendo que, a essa altura, ele
seria inútil. Eu sei que Talissa não é o amor da sua
vida e que eles são completamente contrários à
ideia da monogamia. Meu irmão gosta de
experimentar, de vivenciar coisas novas, e ambos
concordam com isso. Sinceramente, a libertinagem
corre em nossas veias mais do que nosso próprio
sangue, mas, porra, ele ainda é meu irmão.
É tudo sobre limites. O que realmente me
mantém afastado dela é um código de honra com
meu próprio sangue, minha própria carne. Um
código que eu estou quebrando agora, no momento
exato em que suas mãos retiram meu cinto, abrindo
minha calça e liberando meu pau de tanta agonia.
Não tenho mais como voltar atrás, e se tem
um ditado que eu sigo à risca é: está no inferno,
abraça o capeta. Ciente disso, decido que, com
Drew, eu me resolvo depois. Agora, eu só preciso
fodê-la.
— E se o Drew voltar? — enquanto beijo
seu pescoço, eu faço a pergunta de um milhão de
reais apenas por curiosidade, já que eu não
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pretendia parar o que comecei.


— Ele não vai voltar tão cedo. Com certeza,
tá por aí, se divertindo, enquanto você fica tendo
crise de consciência e empatando nossa foda.
Tudo na vida tem um limite, principalmente
provocação sexual. Colo minha boca na dela,
fazendo-a se calar e, de uma vez, enfio dois dedos
em sua boceta, sentindo-a molhada, pronta para
mim. Minha língua passeia por sua boca de forma
quase indecente, e até mesmo nosso beijo é mais
intenso do que o normal. Essa mulher é puro fogo e
eu quero me queimar. Como li certa vez em um
livro, algo me diz que eu tomarei um chá de boceta
que, com certeza, entrará para a história.
Ergo seu corpo, envolvendo suas pernas em
minha cintura. Quando ela enlaça meu pescoço, a
carrego até o enorme sofá creme no centro da sala,
jogando-a com força lá. Um sorriso safado surge
em seu rosto e eu entendo que ela gosta do jeito
selvagem, o que me faz sorrir também. Eu amo
mulheres sem frescura, e Talissa com certeza é uma
dessas. Isso explica muito do porquê não consigo
tirá-la da cabeça. Coisas de energia.
A energia da putaria.
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Tiro uma camisinha do bolso da calça jeans


e termino de me livrar dela, ficando completamente
nu, já que os sapatos e as meias já haviam saído
também, assim que cheguei em casa. A única coisa
que nos separa agora é um minúsculo pedaço de
renda, que eu pretendo tirar do caminho.
— Você estava com isso no bolso? — ela
pergunta, rindo, e aponta a camisinha em minha
mão.
— Um homem de verdade nunca anda
despreparado. Nunca se sabe as oportunidades que
teremos. — Quando um som de aparente desagrado
pela última frase escapa de seus lábios, eu me
inclino e a beijo, para logo em seguida deixar as
coisas claras. — Tá com ciúme do irmão errado,
Tali. O Drew é seu namorado. Eu só sou seu
macho. Nós só vamos foder.
Estendo o pacote laminado do preservativo
a ela, que o agarra. Adoraria ver suas mãos
acariciando meu pau para colocá-la. Ela rasga a
embalagem e a desliza em mim, me cobrindo. Logo
em seguida, me puxa pela mão, me jogando sobre o
sofá, invertendo nossas posições. Com a destreza
de quem faz isso mais do que respira, sobe seu
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corpo sobre mim, arrastando seus seios até quase


meu rosto. Segura meu pau com firmeza e,
puxando a calcinha de renda para o lado, desce
sobre ele de uma vez, encaixando nossos corpos
enquanto minha boca brinca displicentemente com
os biquinhos duros e excitados de seus peitos
maravilhosos.
Quando eu sinto o calor e a maciez de sua
bocetinha deliciosa me envolvendo e apertando, um
gemido alto escapa de minha boca
involuntariamente. Agarro sua bunda com a palma
das duas mãos, ajudando-a a subir e a descer em
mim com mais facilidade. As estocadas ficam mais
duras, fortes e seus gemidos aumentam,
sobrepondo-se aos sons que vêm da rua e entram
pela enorme janela de vidro.
Aqui dentro, somos apenas nós dois: nossos sons,
nosso cheiro de sexo, nosso gosto de pele e
excitação.
Nossos corpos começam a suar, e eu me
toco que, de uma forma que eu nunca imaginei ou
sonhei, eu estou comendo a namorada do meu
irmão na nossa sala e não estou nenhum pouco
arrependido. Eu só quero fodê-la mais e mais, de
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um jeito louco e selvagem.


Desço uma mão em sua calcinha, que ainda
está de lado, e encaixo os dedos nas laterais,
rasgando a renda com força, puxando os pedaços
do pano que sobraram e os jogando longe. Eu não
quero nada entre a gente. Nós gememos juntos,
escandalosos. Começo a mover meu quadril junto
com o dela, segurando a base de suas costas com
uma mão e a cintura com a outra, aumentando o
ritmo. O som de nossos corpos se chocando é
excitante de tal forma que só me faz querer
aumentar as estocadas ainda mais. Eu quero me
enterrar nela e nunca mais sair.
Após alguns minutos nesse ritmo delicioso, Tali
começa a tremer quando eu acelero e eu sei o que
virá, pois meu corpo anuncia a mesma coisa. Eu
beijo sua boca com voracidade, chupo sua língua e
roubo cada mínimo som que tenta sair dela com
uma necessidade assustadora. Eu nunca tive uma
foda tão intensa, não pela posição ou pela mulher,
mas sim pela sensação do proibido. O que eu
sempre imaginei dentro do meu quarto, com as
portas fechadas, estava acontecendo. E é surreal de
tão bom.
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A teoria do chá de boceta é real, e Talissa


sabe prepará-lo como ninguém. Nunca, nada será
tão pecaminoso, carnal e quente assim. Puta merda!
Antes que ela consiga gozar, tiro-a
rapidamente de cima de mim, colocando-a de
frente, com as pernas abertas no sofá. Se ela vai
gozar rápido assim, que seja em minha língua.
— Porra, Evan! Eu estava quase gozando
— ela reclama, mas eu não dou atenção ao seu piti
frustrado. Rindo, coloco-me de joelho à sua frente e
me abaixo até tocar minha língua em sua boceta
molhada.
— Eu vou fazer você gozar — uma lambida
curta e certeira a faz gritar —, mas de um jeito bem
melhor.
Admiro seu corpo antes de continuar meu
trabalho. Ali, em meu sofá, jogada e entregue, ela
parece mais linda ainda. Seus seios fartos ostentam
bicos pequenos e rosados e sua barriga lisa
combina perfeitamente com seu quadril largo e suas
coxas grossas. Apesar de não ter um corpo que o
padrão determina, ela é feita na medida para o
prazer. A perfeita definição do pecado, e
sinceramente? Eu nunca gostei tanto de estar no
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inferno.
Curvo seu corpo um pouco mais, para que
eu consiga fazer o que ela tanto pede. Quando
minha língua toca seu clitóris, ela joga a cabeça
para trás e geme alto, como tantas vezes a ouvi
gemer de meu quarto. Pelo visto, a arte de chupar
uma mulher é algo de família. Enquanto minhas
mãos apertam seus seios, eu a chupo e acaricio
freneticamente, como se eu estivesse com sede e o
meio de suas pernas fosse fonte da melhor água do
universo. Coloco dois dedos dentro dela enquanto
minha língua trabalha sem parar em movimentos
circulares e precisos. Seu rebolado frenético vai
perdendo a coordenação, ficando fraco, e seus
gemidos viram deliciosos urros que me deixam
louco de tesão. Eu continuo a chupá-la com toda a
dedicação que merece. Mesmo sabendo que ela
seria maravilhosa ao me retribuir, eu só penso em
vê-la gozar. Com certeza, fica ainda mais gostosa, e
eu estou louco para assistir de camarote.
— Goza na minha língua — eu consigo
dizer em meio a tanto frenesi.
Ela tenta falar entre os gemidos, mas é
impossível. Só saem palavras sem sentido e
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súplicas. Então, ela faz o que há de melhor para


elevar o ego de um cara: ela goza como se não
houvesse amanhã em minha boca sedenta por ela.
Com suas últimas forças, puxa-me com delicadeza
pelos cabelos até nossos rostos se encontrarem e
me dá um beijo delicioso. Um beijo com gosto da
melhor boceta que eu já comi. Um beijo de quem
agradece um momento inesquecível. Durante esse
beijo, meu pau vai encontrando caminho para
saciar minha excitação, que, neste momento, está a
mil. Antes dela sequer voltar a si, me guio para
dentro dela. Entro devagar, sentindo cada
centímetro. Ela é quente e apertada. Suas unhas
cravam em minha bunda, me puxando cada vez
mais para dentro de si. Seguro sua cintura com
força e, com estocadas duras, eu a fodo cada vez
mais rápido.
Como estou perto de gozar, o som de nossas
arremetidas me faz perder ainda mais a cabeça, me
enchendo de tesão. Desço minha mão por sua
barriga e pressiono meus dedos em seu clitóris em
movimentos circulares, fazendo-a tremer e gemer
debaixo de mim. Ela está mole, suada e
deliciosamente bêbada de prazer, mas, ainda assim,
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quer gozar novamente. Quer me fazer gozar


também.
— Quero ver você gozar de novo. Quero te
ouvir gritar e quero que, dessa vez, seja meu nome.
— Mordo-a. —Eu estou louco por isso desde o
primeiro dia que te vi.
Sua resposta é apenas um longo gemido de
satisfação.
Nossas bocas não se desgrudam e os
gemidos agora são de ambos. Arrasto meus lábios
até seu pescoço, dando mordidas pelo caminho.
Chegando a seu ouvido, sussurro, com a voz rouca
de tesão: — Você é deliciosa, e eu vou gozar dentro
de você.
Apenas isso basta e, um segundo depois,
jogando a cabeça para trás enquanto massageia os
próprios seios, ela goza como uma louca, gemendo
alto meu nome, como eu havia pedido.
Não demora muito para que eu também
encontre minha libertação, gozando logo após ela.
Ambos estamos ofegantes, suados e satisfeitos,
quando eu deito de costas no sofá, puxando-a sobre
mim. Nossos corpos nus se entrelaçam e eu fecho
os olhos, precisando de uma pausa. Uma rápida
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pausa, porque eu ainda não havia cansado de comê-


la. Eu ainda a quero. Quero de quatro, de frente, de
pé. Eu quero tudo o que eu sei que ela pode me dar.
Porém, antes que eu consiga concluir o
pensamento, ouço a porta da frente se abrir com um
baque e um longo silêncio se instala pelo cômodo,
fazendo os sons lá de fora parecerem altos demais
em meus ouvidos. Abro os olhos, preparado para a
guerra que eu sei que enfrentarei com a pessoa que
assiste a essa cena.
— Drew… — eu começo, mas ele ergue a
mão, me mandando parar. Encaro seu rosto, mas lá
não encontro raiva, nem mágoa, nem nada sequer
parecido. A única coisa que eu encontro é um
sorriso sarcástico, que pode ser interpretado de mil
formas distintas.
A verdade é que, diferente do que imaginei,
ele não está puto. O que se comprova quando
Talissa morde o lábio e ri, safada, como se tudo
tivesse ocorrido como planejado. Com uma
expressão sacana de quem sabe das coisas mais do
que minha pobre alma enganada imagina, meu
irmão apenas tira a camisa, antes de caminhar em
nossa direção e dizer muito calmamente:
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— Boa noite, senhores. Qual dos dois vai


me explicar porque eu não fui convidado para essa
festa.

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inauguração de um bar do outro lado da cidade


A parece uma boa premissa para encontrar alguém
que me faça esquecer o fiasco que foi minha noite
passada. Apesar da distância, parece que vai valer a
pena.
O lugar está lotado e tenho a sensação de que me
sobrarão opções. Escolho um lugar na beirada do
balcão, peço uma bebida ao barman e, quando ele
se afasta, as abordagens começam.
— Adriana? — Ouço uma voz masculina
atrás de mim, e ainda que esse não seja o meu
nome, ele pode ter sido um dos que inventei.
Antes de pensar em como devo agir, um rapaz
moreno, alto e magro se coloca em minha frente.
Com um sorriso escancarado, parece feliz em me
ver. Se eu não estiver errada, ele foi o número onze.
— Oi, tudo bom com você? — Sorrio de
um jeito artificial.
— Você sumiu sem dizer nada… — Ele
encolhe os ombros e seu rosto se transforma. —
Quero dizer, até disse, mas num bilhete que me
dava uma nota… Três estrelas?
Puta que pariu! Quais as chances de
reencontrar um cara com quem passei duas
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horinhas — medianas, diga-se de passagem — em


uma cidade com mais de doze milhões de
habitantes?
Tudo bem, eu sei que, hora ou outra, isso
poderia acontecer, mas, o que eu não esperava, era
que o cara fosse me indagar quanto às suas estrelas.
Na verdade, se eu fosse ele, fugiria de mim se me
encontrasse em algum lugar.
Onde está a sua dignidade?
— Eu estou acompanhada… Me desculpe
— invento, sem encontrar nada original.
Ele faz uma carranca e, com um passo à
frente, se aproxima ainda mais de mim.
— Eu li tudo o que você escreveu, mesmo
achando estranho… — Ele olha para cima como se
estivesse envergonhado. — Por que três estrelas?
Mordo meu lábio inferior, tentando não rir.
Eu acabo de me lembrar da noite que passei com
ele.
— André… Não é esse o seu nome? —
Inclino o meu corpo e me aproximo do seu rosto.
— No sexo, os dois têm que gozar, entendeu?
Ele arregala os olhos como se eu acabasse
de esbofetear o seu rosto.
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— Você… Não…?
Balanço a minha cabeça de um lado para o
outro.
— Não… Eu não… — murmuro antes de
sair.
Caminho para fora do bar, com o celular nas
mãos, peço um Uber e aceito a primeira sugestão:
um Civic preto que vai chegar em cinco minutos.
— Acho que podemos rever essa
classificação das estrelas, o que me diz? — Ele
vem atrás de mim.
— Você deve estar de brincadeira, não é?
— Não, nunca falei tão sério em toda a
minha vida. Eu exijo o direito de uma réplica, seja
justa e me deixe fazer o que fiquei devendo.
Olho bem para ele. O cara é bonitão, mas,
mesmo que ele tivesse levado dez estrelas, um
segundo encontro está totalmente fora de cogitação.
É contra as minhas regras.
— Me desculpe, mas não vai dar. No
entanto, fico feliz que tenha tanta certeza da sua
evolução. Bom para as suas próximas parceiras.
— Eu não vou aceitar um não como
resposta. — Ele coloca uma das mãos na minha
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cintura. —Vem comigo e eu vou te fazer gozar até


a sua boceta inchar.
Mal acredito no que acabo de ouvir. Por
bem, o carro leva muito menos que tempo
prometido e encosta no meio fio no melhor
momento em que poderia tê-lo feito.
Sentindo urgência em sair dali, tomo o meu
lugar no banco do passageiro e bato a porta na cara
do tal André, que me olha com um misto de
confusão e decepção.
— Hoje não é o meu dia de sorte —
resmungo.
— Eu acho que está acontecendo algum
engano. — A voz do motorista me leva a encará-lo
pela primeira vez.
Ele é jovem, vinte e cinco no máximo. Os
olhos são verdes e o maxilar bem projetado.
— Você não é um Uber?
— Não, eu não sou. — Ele sorri e eu tenho
vontade de morrer.
— Mil desculpas. — Cubro o meu rosto
com as mãos. — Eu estava tão desesperada, que…
Nossa, me enfiei no primeiro carro preto que
apareceu.
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— Está tudo bem. — Ele toca o meu braço.


— Acontece.
Consumida pelo constrangimento, não vejo a hora
de sair dali. No entanto, olho pela janela e noto que
o André permanece do lado de fora do bar, com os
olhos na minha direção.
— Eu sei que tudo isso soa bem estranho,
mas seria muito pedir pra você me deixar no
quarteirão da frente?
O cara me olha com um certo nível de
ceticismo, enquanto eu só consigo pensar em como
vou me livrar daquele André, que vai voltar a me
abordar assim que eu colocar os meus pés na
calçada.
Preparo-me para abrir a porta e ouço o
rapaz acelerar o motor.
— Me deixe adivinhar… Ex- namorado
possessivo? — Finalmente ouço a sua voz.
Respiro fundo, pensando em uma maneira
de me explicar sem dizer a verdade. Embora
trabalhe em uma empresa que organiza casamentos,
sou muito boa em criar histórias e, completamente
encantada por aquele homem que parece ter caído
do céu, invento um enredo digno de filme e o faço
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acreditar em sua própria teoria.


A conversa flui e, a cada segundo, me sinto
mais atraída por Eduardo, o arquiteto que pretendia
terminar a noite com um copo de whisky na mão.
Sem precisar me esforçar, e ainda deixando-
o pensar que eu sou uma presa, meia hora depois
estamos no elevador do seu prédio.
Com a mesma urgência que eu sinto, ele me
empurra para dentro do seu duplex, envolve os
meus lábios nos seus, me segura pela cintura e,
enquanto nossas línguas se movem uma contra a
outra, sinto seu desejo crescendo na minha coxa.
Isso é muito bom. Com calma, ele desce a boca
pela minha garganta, me arrancando um gemido
espontâneo.
Afasto-me dele e caminho pelo piso de
madeira, instintivamente atravesso a sala em busca
dos quartos. A escada é revestida por um carpete
escuro e eu paro no primeiro degrau.
— Subo?
Ele assente com a cabeça e não desgruda os
olhos de mim.
Aproveito sua atenção e me viro de costas
com uma das mãos no zíper do meu vestido. Solto a
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minha bolsa no chão, chacoalho delicadamente os


meus cabelos e desço o fecho até a altura da minha
cintura.
Assim que a peça cai aos meus pés, me
abaixo com a bunda empinada na sua direção e
retomo a bolsa. Afinal, nela eu tenho coisas muito
importantes. Dou a última olhada para ele e subo de
uma vez.
Ao fim da escada, um corredor comprido e dois
pares de portas. Apenas uma delas está aberta: a
última, e é para lá que eu vou.
Enfio a cabeça para dentro do cômodo e
encontro uma cama de casal encostada na parede. O
quarto é grande, mas pouco mobiliado. Um tapete
de pelo alto e algumas almofadas estampadas são
tudo o que compõe o ambiente.
— O apartamento está passando por uma
reforma, então, isso é o que temos. —Eduardo para
atrás de mim.
— Está ótimo… — Caminho até ele e sou
agarrada com gana.
Suas mãos apertam a minha bunda e ele me
puxa para a cama. Abro cada um dos botões da sua
camisa e, como eu já imaginava, seu peitoral é liso
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e definido; a barriga não chega a ter gominhos, mas


ele está em ótima forma.
Quando alcanço o cós da sua calça, noto
que o volume dentro dela está prestes a saltar. Abro
o botão e desço o zíper. Em meu rosto, mantenho a
expressão de uma criança que abre seu presente de
Natal.
A cueca boxer preta tem o cós claro e ele
não é capaz de barrar a ereção de Eduardo. Puxo a
calça e ele força os pés para se livrar dos sapatos.
Saio de cima para que ele possa tirar as meias e
também para ter a chance de analisar o produto.
Ajoelho-me sobre a cama e o chamo com
meu dedo indicador. Ele atende e se arrasta para
perto de mim. Olhos nos olhos e ele também fica de
joelhos, suas mãos passeiam por meus cabelos,
depois descem pelo meu colo.
Ele se inclina e deposita beijos por toda
aquela área, então segura a minha nuca e, pela
primeira, vez coloca mais força em seu ato. Com
uma das mãos, ele envolve a minha cintura. Com a
outra, busca pelo fecho do meu sutiã. Quando
consegue abri-lo, afasta o corpo para olhar
descaradamente os meus seios.
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— Incríveis — murmura, antes de cair de


boca neles.
O jeito delicado com que ele suga meus
mamilos me faz ver estrelas. Curvo o meu corpo
para trás e sou obrigada a me deitar, tamanho o
prazer que estou sentindo. Meus seios são pontos
altos da minha excitação e se ele permanecer
tratando-os tão bem, sou capaz de gozar só com
isso.
— Continua assim… — sussurro quando
ele oscila mordidinhas com chupões. Obediente, ele
faz como eu peço e aproveita para enfiar a mão por
dentro da minha calcinha.
Mal ele encosta na minha boceta e eu sinto
que todo o sangue do meu corpo vai parar no meu
clitóris.
— Que delícia… Ela está tão molhada… —
Eduardo fala com a boca na minha.
Não vou aguentar por muito tempo, ele vai
me fazer gozar, e por mais que seja esse o meu
desejo, prefiro prolongar um pouco as coisas.
— Para — imploro enquanto cruzo as
minhas pernas.
— Já? — Ele sorri com malícia.
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Tateio a cama e encontro a minha bolsa, puxo-a


para mim. Rapidamente, tiro de dentro uma
camisinha feminina.
— Topa?
— Quer que eu coloque a boca nisso?
— Tem sabor de morango. — Encolho os
meus ombros.
Ele estreita os olhos e outra vez seus lábios
se curvam com lascívia.
Eduardo passa os dedos por cima da
calcinha de renda, pela virilha, alcança a minha
entrada e desliza o dedo para dentro de mim. Uma,
duas vezes, e, de novo, eu fico a ponto de explodir.
Fecho os meus olhos e aproveito aquela
sensação boa e, a cada movimento de entra e sai,
me encharco mais e mais.
Resignada quanto ao fato de que não vou
me segurar, abro os olhos e solto um gemido
estrangulado. Eduardo nota e para, tira o seu dedo
de dentro de mim de uma só vez, depois o coloca
dentro da sua boca e o chupa como se aquilo fosse
a coisa mais saborosa de todo o universo.
— Prefiro esse sabor — diz com a voz rouca e
isso me faz enlouquecer.
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Ainda tento me segurar para não gozar,


quando ele se arrasta para os meus pés e tira meus
sapatos. Depois, a minha calcinha, e, quando estou
completamente nua, me olha como se estivesse
diante de um oásis.
— Melhor do que eu imaginava… —
Parece pensar alto, já que a frase é quase insonora.
Ele volta para perto de mim, dobra o corpo e suga
os meus lábios. Na ponta da sua língua reconheço o
gosto agridoce, ele é meu. — Deixa eu te chupar
sem essa coisa? Deixa eu enfiar a minha língua em
sua boceta enquanto você rebola na minha cara?
Eu adoro sexo oral e adoro ainda mais os
homens que fazem questão de me presentear com
isso. Sem muito pensar, coloco-me de joelhos e
fico por cima dele com uma perna de cada lado do
seu tórax.
Eduardo parece faminto. Sem querer
esperar, segura a minha bunda e me puxa, fazendo
com que eu praticamente me sente no seu rosto. Eu
gosto disso, como se lesse meus pensamentos,
enquanto a sua língua explora a minha coleguinha,
seu nariz pontudo fica rente ao meu clitóris,
pressionando-o de um jeito delicioso.
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Eu rebolo na sua cara e me contorço a cada


sugada mais intensa, misturada a minha umidade,
sua saliva intensifica ainda mais o meu prazer.
Perdida nessa deliciosa experiência, coloco um dos
meus braços para trás e alcanço o seu pau, que
escapa para fora da cueca. Ele também está melado.
Eu o acaricio e noto o quanto isso agrada ao
Eduardo, que agora chupa o meu clitóris com gana.
— Você é uma delícia, Nathalia! Puta que
pariu. Eu nunca chupei uma boceta tão gostosa.
Eu também nunca tinha sido chupada tão
bem, e isso rende a ele umas boas estrelinhas. Sem
mais suportar, começo a gemer alto. Eu quero que
ele saiba que eu vou gozar na sua boca, por isso,
agora sou eu que comando o ritmo. Eu me esfrego
em toda a sua cara, lambuzo todo o seu rosto e
então ele vem, forte e arrebatador.
— Que delícia! —me permito dizer
enquanto puxo seus cabelos.
Trêmula e querendo mais, eu arranco a sua
cueca e perco alguns segundos encarando seu pau.
Ele não é enorme, embora, depois de algumas
dúzias de experiências, eu tenha aprendido que
tamanho realmente não é documento.
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Enquanto o seguro dentro da minha mão,


encanto-me com a sua rigidez. Como nunca chupo
um pau sem encapá-lo, pego um preservativo sabor
uva e entrego para ele.
Curvada, como se fosse sua submissa,
engulo, sugo e chupo, me deliciando com as
expressões vindas dele.
Eduardo geme com tanto charme que eu me
acendo com mais fervor. Aumento e diminuo o
ritmo e o vejo enlouquecer. Ele segura os meus
cabelos enquanto seus quadris se mexem como se
ele fodesse a minha boca. Eu paro. Paro porque não
vou deixá-lo gozar.
Sua respiração ofegante e o tom
avermelhado da sua pele me provam que eu estou
certa.
— Ainda não — sussurro. Sem avisar, me
levanto e fico parada sobre o tapete. Não preciso
dizer nada. O cara, além de bonito, é inteligente.
Ele caminha até mim e em pé, nu, posso admirar o
conjunto da obra. E que obra…
As vantagens de um pau tamanho médio são
exatamente as que eu vejo em minha frente.
Quando eretos, ficam como ponteiros marcando o
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meio dia, e isso deve ser um fetiche meu.


Desabo de quatro, como uma cadela no cio,
e ele me acompanha. De joelhos, segura a minha
bunda, enchendo as duas mãos, e depois que se
curva sobre mim, beija toda a extensão da minha
coluna. Enfia dois dedos na boceta e retoma o vai e
vem.
Quando seus dedos saem, o seu pau entra,
devagar, como se explorasse a área. A cada
estocada eu sinto que outro orgasmo está a
caminho. O seu vai e vem é calmo e contínuo. Sem
que eu precise pedir, sua mão direita desce até o
meu clitóris.
— Que delícia… — cicio entre gemidos.
— Você é uma delícia — ele elogia
enquanto tanto os seus dedos quanto seu corpo
passam a se mover com mais vigor.
Eu sei que ele pode gozar a qualquer
momento, uma vez que entra naquele estado de
quase alucinação, mas não quero ficar na mão. Por
isso, relaxo e deixo que os espasmos de prazer
tomem conta do meu corpo.
Um formigamento começa no dedão do
meu pé e alcança a minha nuca, enquanto eu rebolo
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como uma louca.


Ele para. Eu olho para trás e o vejo
sorrindo.
Ele puxa os meus cabelos e me faz deitar,
estou entregue e sinto a minha coleguinha pulsar no
mesmo ritmo que o meu coração.
Sem nada dizer, ele segura meus tornozelos
e dobra as minhas pernas. Entre elas, Eduardo cai
de boca, sugando e lambendo a minha boceta sem
intervalos.
Isso é torturante e muito excitante. Eduardo
é, disparado, o melhor sexo oral da minha vida.
Perdida nessa ideia, me deixo gozar de novo, e
quando ele percebe, parece enlouquecer.
Com a sensibilidade realçada em cada uma
das minhas células, tento afastar a sua cabeça a fim
de me reestabelecer. Ele não permite, continua
chupando o meu clitóris e volta a se divertir com os
dedos dentro de mim.
Sinto-me diferente, elevada, como se aquele
tapete me fizesse flutuar. Estranho o som que sai da
minha boca, algo próximo de um choramingo, e
outra vez me pego perto de explodir.
As contrações são fortes, seus dedos vão e
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vêm dentro de mim e encontram o meu ponto G.


Sinto a minha bexiga se pronunciar e não sei se
posso segurar o meu xixi. A verdade é que, pela
primeira vez, eu não tenho o controle de nada.
— Eduardo… Eu… Eu… — Começo a
balbuciar palavras desconexas, porque não entendo
o que está prestes a acontecer. — Precisa parar,
acho que eu vou ter que ir ao banheiro.
Ele se interrompe por um instante e me
olha, mas não sai dali. Meu coração salta dentro do
meu peito e os batimentos podem ser notados em
todas as minhas veias.
— Faça na minha boca… — ele murmura
com a voz rouca.
Paro de respirar ainda tentando absorver seu
pedido. Antes que eu pudesse raciocinar, ele volta
com tudo. Dedos, língua, sussurros, gemidos, e eu
não consigo fugir. Com os dedos embrenhados em
seus cabelos, explodo em um orgasmo
extraordinário, que me leva a um lugar que eu
nunca antes tinha visitado e, inevitavelmente, junto
de todos os meus fluídos naturais, eu sinto a minha
urina escapar.
— Force… Eu quero um jato.
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Eu obedeço. E é bom. Novo e bom. Puxo o


ar, preciso respirar. De olhos fechados, sinto
quando seus braços me envolvem e é nesse
momento que ele se encaixa em mim. Outra vez
retoma o vai e vem enquanto seus lábios molhados
sugam meu pescoço.
Vai e vem, vai e vem, e ele geme alto. Vai e
vem, e ele chupa os meus seios. Vai e vem… E,
então, ele toma os meus lábios com uma certa
agressividade. Nos beijamos com fúria e quando
Eduardo finalmente atinge o seu ápice, ele morde a
minha boca antes de desabar do meu lado.
Seu corpo todo treme, convulsiona. A
respiração curta leva um tempo até se estabilizar,
enquanto eu permaneço largada sobre o tapete
molhado.
Com o silêncio dominando todo o quarto, o
som das nossas respirações é tudo que se pode ser
ouvido. Permanecemos abraçados e seus dedos
passeiam pelas minhas costelas, com uma
intimidade que não deveria lhe pertencer.
— Quer tomar um banho? — ele pergunta
depois de outro beijo.
Normalmente, eu aceito, digo para o
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homem ir primeiro, e é nesse momento que eu


preparo o bilhete, me visto e fujo sem deixar
vestígios. Só que, com o Eduardo, tudo tinha sido
diferente, e, pela primeira vez, eu quero dividir o
chuveiro com alguém.
Acabamos adormecendo e, por sorte, eu
acordo antes dele. Enquanto rabisco a minha
resenha, faço questão de relembrar nossos últimos
momentos, que foram realmente bons.
Querido número 34, você, de fato, me surpreendeu.
Por melhores que fossem as minhas expectativas,
você superou todas elas…
Costumo deixar dicas de como um homem pode se
tornar um amante melhor, mas, pra você, a única
recomendação que posso fazer é: continue assim…
Chupar uma boceta com essa empolgação leva
qualquer mulher ao paraíso.
Você é um puta cara gostoso, e eu juro, as
próximas vezes que eu estiver me divertindo
sozinha, serão dedicadas a você.
Parabéns, você é o primeiro a ganhar as 10, das 10
estrelas que eu tenho para dar!

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Dobro o papel e o coloco em um dos meus


tradicionais envelopes vermelhos. Junto do bilhete,
a minha calcinha dobrada em quatro partes. Uma
lembrancinha a mais que eu quero deixar para o
Eduardo.
Com cuidado, repouso o envelope sobre o
travesseiro e parto dali, imaginando que o número
35 terá de ser de outro mundo para conseguir
superar o 34.

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M ais uma vez, Aline me chamava em seu


quarto. Estava virando rotina. Uma
rotina da qual eu já perdera o controle.
Pousei a mão sobre a arma, presa ao coldre em
minha cintura. Aquela mulher ia ser minha
perdição.
— Vem logo! — sussurrou da porta do
quarto.
Estávamos brincando com fogo, mas não
conseguia negar nada aos olhos tom de esmeralda
que me encaravam, exalando desejo.
Há dois meses, fui designado para ser o
agente responsável pela filha do governador. Há
dois meses, me apaixonei pelo seu jeito doce e
ousado. Por suas curvas magníficas e sensuais. Por
seu cheiro incrivelmente adocicado e pela paixão
que Aline alegava sentir por mim, ex-tenente do
exército, seu segurança particular.
Verifiquei mais uma vez. O extenso
corredor de paredes brancas estava completamente
vazio. Aquele era sempre o melhor horário. Abri a
porta do seu quarto, ansioso por tocar sua pele.
Estava ficando mais difícil vê-la todos os dias.
Caminhar ao seu lado, recebendo seu sorriso
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maldoso, sem poder tocá-la, era torturante. Vivia a


sua vida e apaixonava-me um pouco mais a cada
dia que passava. Desejando-a com o ardor que
existia em mim.
Aline não esperou que eu trancasse a porta.
Saltou sobre mim, buscando meus lábios. Os
cabelos castanhos estavam soltos e batiam no limite
da sua bunda redonda e empinada.
— Estava louca por isso! — murmurou
enquanto, desesperado, eu mordia seus lábios e
apertava sua cintura contra minha ereção.
Ela abriu meu blazer preto e o jogou ao
chão. Retirei o coldre com a maior brevidade
possível, afastando a arma de Aline. Precisava
possuí-la ou gozaria nas calças de tanto desejo.
Joguei Aline sobre sua cama felpuda e
macia, envolvendo seu corpo com meus braços. Ela
usava um vestidinho curto e florido. Senti vontade
de rasgar aquela droga de roupa quando pensei nos
olhares que ela atrairia para si. Para seu corpo.
Aline deslizou a mão pelos músculos dos
meus braços, abriu os botões da minha camisa e a
retirou.
— Você me enlouquece! — Beijei sua boca
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carnuda.
A sensação de que, a qualquer momento,
nos pegariam aumentava ainda mais o tesão que
sentíamos.
Passei a mão por entre suas pernas.
Apertando suas coxas com necessidade. Ela fechou
os olhos e mordeu os lábios quando alcancei seu
ponto molhado.
— Sem calcinha! — observei, mordendo
seu seio sob o fino tecido do vestido.
Enfiei um dedo em sua abertura quente e
melada. Aline arqueou o corpo, soltando um
gemido por entre os lábios.
— Ai! — Miou quando subi os dedos pelo
clitóris inchado e comecei a estimulá-lo.
Com a mão livre, ergui seu braço acima da
cabeça e o mantive preso ali. Logo, abaixei a alça
do seu vestido e o despi por completo, admirando
aquele corpo escultural.
Apertei seus seios. Dando atenção especial
aos mamilos extremamente rígidos. Mordi seu
pescoço enquanto a mão de Aline deslizava para
dentro das minhas calças, encontrando minha
ereção. Belisquei o biquinho rosado, provocando
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um arrepio em seu corpo. Desci meus lábios até ele.


Lambi ao redor da auréola e rocei os dentes contra
a parte de baixo dos seus seios. Ela arfava, enfiando
as mãos em meus cabelos alinhados.
Depositei uma mordida ali, forte o
suficiente para ouvi-la gemer, mas não o bastante
para machucá-la. Afinal, meu trabalho era evitar
que ela se machucasse. E eu adorava fazer aquilo.
Desci os lábios por sua barriga, após
torturar seus mamilos e deixá-los ainda mais
vermelhos. Abri suas pernas, observando sua
boceta pulsando no meio das pernas grossas. As
marcas dos meus dedos ficavam como tatuagem em
sua pele branca, e aquilo me excitava ainda mais.
Deixar uma marca minha nela era sensacional.
Dei um chupão em sua barriga que a fez
saltar. Deslizei um dedo para dentro de sua abertura
novamente, sentindo-a se contrair contra ele.
— Que delícia! — murmurou quando
pressionei seu clitóris com meus lábios.
Comecei a sugar forte. Aline jogava a púbis
contra minha boca, em um movimento
involuntário.
— Ah, por favor! — implorou quando
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comecei a penetrá-la com dois dedos.


— Você gosta? — sussurrei contra sua
boceta molhada.
— Eu amo, John. Amo você! — Estava
ofegante. — Amo seu pau! — dizia alucinada. —
Vem, me fode! — implorou quando enfiei mais um
dedo dentro dela.
Desejava ficar mais tempo ali, ouvindo seu
choro. Clamando por ser penetrada. Mas não
suportei.
Em um lampejo rápido, segurei Aline pela
cintura e a virei de bruços na cama. Ela arfava de
expectativa, empinando a bunda contra minha
ereção.
Molhei meu dedo em seu sulco e deslizei
sobre o cuzinho gostoso, que estava virado para
mim.
— Ahnnnn! — Ela enfiou a cara no
travesseiro. Sempre amava quando eu fazia aquilo.
Peguei a camisinha no bolso da calça.
Coloquei sobre meu membro e deslizei a cabeça do
meu pau na sua entrada. Ela começou a rebolar,
desejando que eu a invadisse. Enfiei apenas um
centímetro, sentindo um pouco do seu calor
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devastador. Um gemido delirante surgiu dos meus


lábios. Retirei e recoloquei três vezes e, então, me
afundei por completo em sua boceta.
— Onnnnw! — gemi, agarrando sua cintura
enquanto Aline rebolava sem parar. Meti meu pau
até que não restasse nada do lado de fora.
Sua bocetinha era apertada, quente,
molhada. Sentia meu pênis sendo sugado.
Movimentei-me com leves estocadas, até que ela
começasse a acostumar com meu volume dentro de
si. Tentando não sucumbir ao tesão de uma só vez.
— Mais forte! — pediu. — Me fode, amor!
Agarrei sua cintura e meti duro, firme.
Sentindo sua bunda pular em cada uma das
estocadas que dava. Dei um tapa e a ouvi gritar.
Senti meu pênis latejar contra suas paredes. Bati
novamente em sua bunda. Ela jogou os cabelos
para trás e eu os agarrei, comandando-a. Puxando
sua nuca para mim.
Abri sua bunda rosada e deslizei um dedo
ali. Circulei seu cuzinho com a própria lubrificação
da sua vagina.
Eu sabia que ela amava o toque que recebia.
Enfiei um dedo em seu ânus.
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— Ai, ai! — agora, ela berrava de prazer.


Sem amarras. Se entregando como se ninguém
fosse nos escutar, enquanto eu sequer me lembrava
de que deveria estar atento à porta.
Enfiei mais um dedo. Aline foi ao delírio!
— Amor, eu quero… — Sua voz sumiu
enquanto eu penetrava seu ânus com meus dois
dedos.
— É só pedir, minha gostosa. — Enfiei
mais fundo, agarrando seu seio farto. — E eu te
dou! — Sua boceta pulsava, engolindo meu pau.
— Come minha bunda! — sussurrou tímida
pela primeira vez desde que eu a conhecera. Como
se fosse possível, senti meu pau enrijecer ainda
mais com aquela hipótese.
— Ah, amor! — Imaginei-me comendo
aquele cuzinho apertadinho. Mordi suas costas,
penetrando-a lentamente. Tentando prolongar o
prazer entre nós. — Você já fez isso antes? —
sussurrei em sua nuca, temendo machucá-la por ser
grosso demais.
— Não, mas quero realizar esse desejo,
agora! — pediu, ronronando com seu rosto
vermelho, apoiado no travesseiro.
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Aline abriu a gaveta na escrivaninha ao lado


da cama e retirou um óleo de corpo, fazendo-me
pensar que ela estava planejando tudo aquilo antes
mesmo que eu entrasse no quarto. Dei uma forte
estocada em sua boceta e continuei, sentindo um
arrepio percorrer meu corpo.
— Eu vou comer seu cuzinho, minha
gostosa! — Ela gemeu, empinando ainda mais sua
bundinha. Pressionei seu clitóris com os dedos
enquanto comia sua boceta.
— Annnn, estou perto! — gemeu, quase
gozando.
Despejei sobre seu ânus o óleo de uva, que
perfumou todo o quarto. Enfiei um dedo em sua
cavidade apertada, contraída, depois outro, sentindo
seu ânus relaxar cada vez mais ao meu toque,
enquanto Aline gemia e apertava o colchão sob si.
Abri mais suas pernas, erguendo a carne pesada de
sua bunda. Meti três dedos.
— Ai! — reclamou sem deixar de rebolar
em meus dedos.
— Shii, relaxa, amor. Eu vou fazer de um
jeito que você vai pedir mais!
Parei de penetrar sua boceta e rodeei seu
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ânus com a cabeça do meu pau. Sentia o gozo se


aproximando, imaginando o prazer que sentiríamos
juntos. Posicionei meu pênis na entrada do seu ânus
e comecei a penetrá-la.
— Ah! — ela gritou, mantendo-se aberta
para mim.
Entrei devagar naquele cuzinho apertado,
gostoso, palpitando ao redor da minha ereção.
Aline recuou apenas uma vez, e voltou a permitir
que eu conduzisse a penetração, enquanto meus
olhos reviravam de prazer.
— Jhon! — chamou meu nome com aquela
voz sensual que eu tanto amava.
Comecei a penetrá-la de forma mais dura.
Entrando e saindo, deslizando sobre o óleo de uva.
Comendo aquela bunda linda enquanto Aline
gritava, suava e tinha espasmos, com um gozo
múltiplo. Sua bunda estava vermelha dos tapas que
havia levado. Dei estocadas fortes demais para uma
primeira vez, estava perdendo o controle. Tentei me
conter.
Desferi um tapa em sua boceta inchada.
Alcancei seu clitóris com o polegar, fazendo Aline
gozar mais uma vez.
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— Ah, gata! — Joguei a cabeça para trás,


sentindo o gozo se aproximar.
Retirei meu pau, junto com a camisinha,
enquanto o jorro branco se espalhava pela bunda
avermelhada de Aline.
Ela caiu sobre a cama, suspirando forte.
Alucinada, assim como eu. Já havia feito sexo anal
diversas vezes, mas ver a curiosidade e desejo,
misturados ao medo nos olhos de Aline, tornou a
experiência incrível e única. Ela estava se
entregando aos instintos e vontades. Livre, mais
uma vez, das mãos pesadas de um pai rigoroso.
— Você está bem, meu anjo? — Abracei-a
por trás, sentindo a minha marca se espalhar entre
nós. — Está sentindo dor?
— Sim. — Meu coração parou!
Será que machuquei?
— Droga! Peguei pesado demais? — Varri
seu corpo nu com os olhos, apavorado com a
hipótese. — Onde está doendo, amor? —
Preocupei-me.
Ela se sentou na cama, pouco se importando
em sujar os lençóis. Seus olhos estavam cheios de
lágrimas.
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Ah, Meu Deus!


Segurei seu rosto entre minhas mãos.
— O que foi, Aline? — Encarei seus olhos
verdes. Estava aflita.
— Aqui, dói muito! — Colocou a mão
sobre o peito. — Eu amo você, John! — Ela
chorava.
— Não! — pedi. — Não chore.
— Foi a transa mais perfeita que já tive na
vida. Tudo em você é perfeito. Não aguento mais
fingir. — Aninhou-se em meu colo. Abracei seu
corpo, acariciando seus cabelos enquanto ela
amolecia de cansaço.
— Vamos dar um jeito! — Tentava
encontrar uma forma em que o chefe da segurança
pessoal do Governador pudesse namorar sua doce e
cobiçada filha. Completamente diferente do pai, um
homem carrancudo, viúvo e mal-humorado, que,
por sinal, eu chamava de chefe.
Aline era desejada pelos mais altos membros do
governo. Entre os mais velhos, era tida como
perfeita pretendente para seus filhos esnobes e
mimados. Além de tudo, ela era extremamente
inteligente. Falava três idiomas fluentemente, o que
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me impressionava.
Ela me fazia delirar e gozar em questões de
segundos quando pedia que eu a fodesse em russo
ou alemão. Era incrível! Um sotaque genuíno.
— Eu vou contar a ele! — decidiu. — Sou
maior de idade, livre e autossuficiente. — Suspirei,
ciente da guerra que estava por vir. — Ele pode até
me dar uma surra, mas não pode mais controlar
minha vida.
— Ele não é louco de encostar um dedo em
você! — Senti um ódio tremendo apenas por
imaginar alguém tocando em um fio de cabelo seu.
— Mato-o antes disso. Pode ser seu pai, mas não
tem o direito de te bater. — Ela enxugou uma
lágrima que desceu por seu rosto. — Eu amo você,
pequena. Acredite em mim, vamos dar um jeito! —
garanti, ciente de que ela havia me conquistado de
todas as formas possíveis.
Faria tudo para que Aline nunca mais
precisasse derramar uma lágrima sequer pelos
abusos impostos pelo pai. Havíamos chegado ao
limite. Nunca imaginei que me pegaria jogando
tudo para o alto por algo que começou apenas como
uma simples atração. Entretanto, não me via mais
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sem aquele sorriso. Sem seu corpo, seus olhos, seu


amor.
Amava Aline com todas as minhas forças, e
ela me amava. Eu, um homem que conheceu a
força antes mesmo da gramática. Alguém que
falava russo por necessidade, pois havia trabalhado
como agente infiltrado em duas ocasiões que quase
me custaram a vida, mas me garantiram bons e fieis
contatos no governo. Aline era luxuosa, perfeita.
Eu era simples, de postura militar, mãos grossas e
pesadas.
Éramos como água e vinho, mas, por Deus,
estávamos nos amando e aquela seria uma realidade
que o governador teria que aceitar. De um jeito ou
de outro!

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M eu nome é Juliana e hoje vim contar um


pouco da minha história para vocês.
Conheci duas amigas em um grupo na internet e
logo nos tornamos inseparáveis. Mesmo com nossa
vida corrida, sempre arrumamos tempo para nos
falar; nos ver é que é o problema, já que Gustavo
nunca dá folga a Lorena. Eles têm três filhos juntos
e ela é mãe em tempo integral. Acho mesmo é que
ela precisa de uma estátua com seu nome. Porque
ser mãe é muito difícil, e enquanto ela se mata por
eles, o marido dela só sabe reclamar da vida.
Queria ver o bonito acordando à noite e, no dia
seguinte, ter que acordar e passar o dia com cara de
zumbi. Faça-me o favor.
Quando ela chegou, com aquele semblante
triste, já estávamos com mojitos prontos. Quem
sabe não consigo fazê-la se divertir um pouco? Ela
me disse, por telefone mais cedo, que só conseguiu
vir porque contratou uma babá. O embuste nunca
pode ficar com os próprios filhos, nem para ela ir à
padaria. Acredito que ela esteja entrando em
depressão, estou tentando ajudar, mas, à distância,
as coisas não são tão fáceis assim…
— Há tanto tempo que tentamos marcar
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algo, que acabou ficando mais fácil mesmo nos


reunirmos na casa de uma de nós.
— Nem fala. Gustavo está morrendo,
porque não queria mesmo que eu viesse… Homens,
todos idiotas!
— Bora beber! Porque comer engorda e
amar tá foda!
Minha sala é daquelas que são chiques e, ao
mesmo tempo, nos faz sentir em casa. Tem tapetes
e pufes espalhados por todo canto. Nós nos
ajeitamos e começamos a conversar.
— Então, o que vocês, piranhas, têm feito?
— pergunto.
— Juliana, a única puta aqui é você —
Lorena rebate e todas gargalhamos ao mesmo
tempo.
— Ah, isso é a maior verdade. Vocês nunca
dariam para puta — respondo e todas rimos de
novo.
— E você, Lara? Como anda o casamento?
— Como sempre, ótimo. Eu não tenho
mesmo o que reclamar dele. — As duas reviramos
os olhos ao mesmo tempo para a constatação da
nossa amiga.
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— O quê? — pergunta ela.


— Ah, vai, Lara?! Não é possível que seu
casamento seja este mar de rosas que você conta!
— dispara Lorena.
— Eu não tenho mesmo muito a contar.
Minha vida é agitada, mas meu casamento é mesmo
abençoado. Claro que não são flores o tempo
inteiro, mas nós nos damos bem em todos os
sentidos. Já brigamos muito, mas, com o tempo,
nos ajustamos um ao outro — rebate ela.
— E o sexo? — quero saber.
— O sexo é ótimo. Eu nunca fui puritana,
mas não sou o tipo vadia também. Sempre tive
namoros duradouros. Nunca fui a casas de swing,
boates ou nada deste tipo. Sei que parece que sou
careta, mas tenho uma boa vida sexual. Nada
comparada a algumas das minhas amigas, muito
menos à Juliana.
— Mas, amiga, se você é realizada com o
seu marido, não vejo o porquê de se chatear. Se é
bom como você diz e vocês se dão bem na cama,
que mal tem?
— Eu tenho desejos, fantasias… Eu sonho
como qualquer pessoa normal — responde ela
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— Safada! Quer dizer que, além de casar


bem e ter um marido que te fode gostoso, você
ainda quer mais?
— Aff, não neste sentido. Eu quero, sim,
transar com um estranho em um bar, mas este
estranho pode até ser ele. Por que não? É só fingir
que não nos conhecemos, entrar no personagem…
— Uau! Que máximo! — fala Lorena.
— Sim, eu nunca tive vontade de ter dois
homens e nem nada deste tipo, é o meu jeito
mesmo. Nem vibradores, eu curto.
— Mas teu marido aceitaria, será?
— Acredito que, se eu falasse com ele, sim.
Mas me falta vontade mesmo.
— Enquanto eu, tudo o que tinha de
vontade e desejo já realizei — respondo.
Então, Lorena fala baixinho:
— Eu, não. Pelo visto, nunca vou realizar…
Vocês nunca souberam, mas eu sou bissexual.
— O quê?! — fala Lara
— Sabia! — respondo, gritando.
— Como você sabia? — pergunta Lorena.
— Porque você dava umas olhadas para
algumas mulheres, e isso me fez desconfiar de que
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você gostava da fruta.


— Mas esta não é a história toda.
— Ah, mas se você não contar, eu te mato.
— Eu convenci meu marido de que ia fazer
uma vontade dele, então, às vezes, nós
convidávamos uma mulher ou outra para entrar na
nossa relação. Então, chamamos uma colega e ela
topou. De lá para cá, eu e ela nos vemos sempre.
Ele não sabe, claro. Mas o negócio é que nós nos
apaixonamos. Ela quer que eu largue tudo para
ficarmos juntas, e como eu faço? Tenho uma vida,
filhos…
— E o que você vai fazer?
— Anda não sei… Bom, meu casamento é
um pesadelo total. Eu não sou nada feliz, meu
marido é um idiota de marca maior e não sinto o
menor desejo por ele há anos.
— Por que não se separa?
— Como? Com três filhos, eu não vejo
como conseguir sustentar a casa sem ele. Ele não
me ajuda em nada, vive de reclamações e ofensas.
Sei que não sou mais bonita e que me acabei por
causa da gravidez. O dia a dia é corrido, mas ele me
chama de feia, de gorda… Nem no sexo nos damos
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bem.
— Mas vocês não transam mais?
— Este é um problema enorme: nós
transamos. Mas eu não sinto vontade nenhuma.
Rezo todos os dias para que, quando eu vá deitar,
ele já esteja dormindo e não acorde. Ele força a
barra, e mesmo dizendo não, no fim, acabamos
transando. Mas eu não gozo, não sinto vontade e
nem desejo. Para dizer a verdade, muitas vezes, no
final, ele me dá um selinho, vira para o outro lado e
dorme. É como se estivesse tudo bem, e acabo
chorando até dormir.
— Mas ,amiga, por que você não diz nada?
Forçar desta maneira não pode. Você está sendo
agredida assim.
— Agredida por quê? Ele é meu marido, eu
deixo.
— Porque você não faz o sexo com
consentimento, você não quer. Isso te faz mal, para
o corpo, para a sua mente e para a sua alma.
— Eu não sei o que fazer, eu só sinto algo
quando estamos com outra mulher… E com a
Gabriela, as coisas são diferentes… — choraminga.
Para aliviar o clima tenso, Lara pergunta:
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— Falta você, Juliana. Afinal, como é que


você se tornou uma garota de programa?
— Então, vadias… Eu era bonita e bem
cuidada, mas nada parecido com o que sou hoje, de
chamar atenção e dar inveja, sabe? Eu namorava
um cara por algum tempo e tínhamos acabado de
noivar. Um belo dia, uma conhecida nossa me
parou e disse que o tinha visto com outra pessoa.
Eu, claro, não acreditei! Onde já se viu o Henrique
me traindo? Nosso sexo era legal, ele era carinhoso
e saíamos muito. Como todo pobre, eu achava que
ela estava era com inveja, mas segui a vida. Então,
depois de um tempo, e por acaso, finalmente
descobri! Ele estava há dois anos com outra pessoa.
Dois anos, porra! Eu não era lá essa coca cola toda,
mas eu era bonita, inteligente… Então, vim viver
minha fossa aqui, no Rio de Janeiro. Resolvi passar
uns dias a fim de reconstruir minha mente e meu
coração. O falecido não valia mesmo a pena! Fiquei
no Brisa Hotel, na Orla de Copacabana.
Solto um suspiro, lembrando-me de como
me sentia na época. Olho para as minhas amigas,
que parecem prestar atenção a cada palavra que sai
da minha boca.
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— Com os dias passando — continuo —,


eu conheci uma mulher na piscina, que começou a
puxar assunto e perguntou sobre mim e no que eu
trabalhava. Contei que estava tirando uns dias por
causa daquele traste, e ela sorriu e perguntou se eu
sabia quando ia embora. Como minhas economias
estavam acabando, eu não podia me demorar.
Costumava pensar no que o traste estava fazendo.
— Fecho os olhos, tentando ignorar o quão boba eu
era na época. — Um dia, entrei no meu perfil fake
que ele tinha adicionado há alguns dias e fui olhar.
Ele andava curtindo muito. Balada, cerveja,
whisky, várias doses de um monte de coisa;
bebendo shots enquanto eu sofria por ele. Olhei
para a mesa e o cartão que recebi da Mônica estava
lá. Não me custava olhar o que ela representava e,
quando vi, quase caí dura. Era um site de garotas de
programa. Mulheres lindas, todas com pernão,
bundão, como ela achava que eu poderia competir?
Nas fotos, seus rostos apareciam do nariz para
baixo, algumas em fotos de costas… No dia
seguinte, minha foto já aparecia no site com um
número de telefone pré-pago e com DDD do Rio.
Faço uma pausa para respirar fundo. Olho
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para minhas amigas, que parecem hipnotizadas com


a minha narrativa. Quando sinto que elas querem
mais, continuo:
— Recebi mensagens idiotas demais, cada
uma que, se eu contar, vocês se jogam da ponte
Rio-Niterói, mas, no meio disto, o telefone tocou.
Eu dei um pulo enorme e o atendi. Era meu
primeiro cliente. Um homem com voz rouca, me
fez perguntas sobre se eu chupava, se fazia anal e
combinamos o preço. Lembro que foi estranho
responder a estas coisas. Até então, eu só estava
acostumada a fazer no calor do tesão, nunca assim.
— Lembro-me do quão conflitante foi na época. De
fato, era algo que nunca esperei fazer. — Peguei
um táxi, e lá estava eu, no hotel combinado, com
meu coração na boca e me perguntando se ele era
bonito. Como seria isso? Ele já me esperava, abriu
a porta e eu entrei. Ele não era novo, era um coroa,
mas todo lindo. Como e por que um homem
daqueles paga uma mulher para transar, eu não sei
até hoje, mas tive sorte. Ele me beijou e me
ofereceu algo para beber, pegamos uma garrafa de
champanhe e começamos a conversar. Logo depois,
estávamos no maior amasso. Ele tirou meu vestido,
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e eu tirei a roupa dele.


Sinto meu corpo aquecer com a lembrança e
preciso fazer uma pausa. Fecho os olhos para
evocar mais lembranças daquela noite que, sem
dúvidas, está marcada em mim.
— Ele ligou o som e me pediu para dançar
— dou sequência à história. — Aquele homem
parecia um polvo, suas mãos estavam em todo
lugar. Eu estava dançando no colo dele e rebolando
quando senti seus dedos dentro da minha boceta.
Estava lidando com um homem, nada de moleque,
e foi ali que percebi que poderia mesmo gostar
desta vida. Rebolei com mais vontade e logo estava
gozando. Ele se abaixou e puxou meu corpo para
seu rosto e meteu a boca na minha boceta. Eu te
digo, senhoras, que eu nunca, nunquinha, fui
chupada daquela maneira. Rebolei com vontade no
rosto daquele coroa gostoso. Depois, meti a boca
no pau dele e chupei até ele agarrar os lençóis com
as duas mãos. Resolvi parar, porque eu não queria
que ele gozasse assim tão rápido. Vocês sabem,
eles não têm a mesma vivacidade de nós, jovens. —
As duas reviram os olhos e eu dou uma risada. —
Tá, parei. Então, voltando à história, eu pus a
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camisinha que tinha comprado naquele pau e sentei


nele com vontade, até que ele me virou e disse que
queria me comer de quatro. Coloquei-me de costas
e ele me comeu gostoso, acabei gozando de novo
quando enfiou um dedo no meu cuzinho, mas ele
disse que, hoje, não meteria ali. Que comeria outro
dia, só para senti-lo em torno do seu pau.
Lara se abana, enquanto Lorena está com os
olhos arregalados. Noto que ambas estão
vermelhas, provavelmente excitadas com a minha
história.
— Ele não era enorme, era um tamanho
médio, mas sabia usar. As estocadas ficaram ainda
mais fortes até que ele começou a gemer mais alto
e gozou, tombando por cima de mim. Quando
acalmamos a respiração, ele beijou as minhas
costas e disse que iria para o banho. Quando saiu,
pegou a carteira e me entregou o dinheiro, disse
que precisava ir, mas que deixaria a conta paga.
Quase que eu não cobrei. Eu me diverti tanto
quanto ele, mas não podia me dar a este luxo.
Agradeci e pedi que ligasse de novo, sussurrei em
seu ouvido que tinha gostado dele e que ia esperar
ansiosa para que ele comesse meu cuzinho. Ele
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gemeu ali mesmo e disse que, se não estivesse com


pressa, iria me comer de novo. Eu apenas saí
correndo, gargalhando, e fui tomar banho.
— E aí, conta mais… Jesus, tô ate com
calor — diz Lara, rindo.
— Quando saí do banheiro, o telefone
estava aceso. Eu tinha recebido outra chamada, mas
não retornei. Aguardei e logo ele tocou de novo.
Era meu segundo cliente. Conversamos até que
consegui marcar no mesmo motel em que já me
encontrava. Quando ele chegou, me avisou o
número do quarto e eu fui para lá. Ao abrir a porta,
vi que se tratava de um homem bem mais jovem,
mas barrigudinho, e estava de roupão — comento e
elas escutam com atenção. — Ele me segurou pela
cintura e me disse que eu estava cheirosa. Dali
mesmo, abri o roupão e vi que o homem tinha um
pau imenso. Meu Deus, eu tinha acabado de dar,
mas o cara não saciou todo meu tesão. Dei minha
boceta com vontade para ele e, num outro
momento, ele pegou um creme e começou a
massagear meu rabo. Enquanto me comia, começou
a forçar o dedo, e eu deixei. Ele pôs aquele pau
enorme na minha bunda, eu gemi de dor e tentei
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correr, mas ele não deixou. Pediu-me para relaxar


e foi enfiando devagar. Comecei a estimular meu
clitóris, até que ele passou a meter com mais força
e ambos gozamos. Tentei ignorar que ele não era
bonito, e faço isso até hoje. O que faço mesmo é
valer o dinheiro de quem paga. Aproveito e gozo
muito.
Soltamos uma risada alta com o meu
comentário. Eu acho que as pego desprevenidas,
mas é a verdade.
— Diferente do primeiro cliente —
continuo —, eu levantei e fui para o banho
enquanto ele ficou deitado. Quando saí do banho e
pus de volta a minha roupa, ele me pagou. Deixei o
hotel, pensando em retomar meus estudos e me
inscrever em uma academia para ter mais corpo.
Sentia que a vida me sorria de novo. Poderia
realizar todas as minhas fantasias sem depender de
homem algum. Determinei que continuaria nesta
vida enquanto quisesse e pediria demissão do meu
emprego em Minas. Havia tirado uns dias de folga
e não voltaria. Ia me dedicar a ser puta na Cidade
Maravilhosa.
— Eu nunca imaginei que uma pessoa
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poderia ser garota de programa porque gosta.


— Isto acontece mais vezes do que
imaginamos. Muitas meninas por aí fazem
programa e, olhando para elas, você nunca
imaginaria.
— Tô chocada, sério.
Nós nos abraçamos e prometemos pensar
em algo para ajudar nossa amiga a sair desta. Mas,
acima de tudo, os laços da amizade que nos unem
se tornam ainda mais fortes. Porque a amizade é
isso, é se ver anos separado e nada nunca mudar. O
que acontece aqui, fica aqui.

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E
stou entediada, minha vida não pode ser descrita
como ruim, mas com certeza não é excitante;
trabalho como recepcionista em uma grande
empresa que exporta produtos esportivos.
Deixei minha cidade e minha família para
estudar e, em apenas dois semestres, desisti da
faculdade de direito. Realmente não era para mim.
Distante das pessoas com quem convivi
minha vida inteira e com vinte e cinco anos, tenho a
vida social de uma senhora de sessenta. Do trabalho
para casa, sempre.
Não posso reclamar de minha aparência.
Tenho um rosto que pode ser considerado bonito,
olhos acinzentados — que considero meu maior
atrativo — e um corpo legal, salvo meus seios, que
são bem mais do que legais.
Entro em casa após mais um dia exaustivo
no trabalho e vejo meu celular piscar com uma
mensagem de Hugo. Estamos saindo há cerca de
dois meses e até agora tem sido legal. Infelizmente,
nada muito empolgante.
Deslizo o dedo sobre a tela a fim de ler a
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mensagem.

E aí Jú? Ta afim de sair hoje?

Estou muito cansada e com nenhuma


disposição para ver um filme com ele e depois mais
uma sessão de amassos mornos que é a única coisa
que ele oferece por enquanto. Porém, quando estou
prestes a rejeitar, ouço a música no apartamento do
meu vizinho e reconheço o sinal que combinamos:
hoje, ele terá uma cliente e essa é maneira de me
avisar para que eu prepare meu tapa ouvidos. Pior
do que meus encontros mornos com Hugo é ficar
em casa, ouvindo meu vizinho gostoso transando
loucamente com mais uma coroa que pague o
quanto ele acha que vale.
Pensando bem, acho que não deve ser
barato. Ele se chama Yuri e não tem trinta anos
ainda, tem um corpo daqueles que arranca o fôlego
da gente e te faz querer fazer muitas coisas, se é
que me entende. O rosto dele também é digno de
admiração. Ficamos amigos logo que me mudei
para o prédio e por mais que eu o ache gostoso e
tenha mais vontade de ir para a cama com ele do
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que minha sanidade permite, desde o início soube


de sua profissão. Por este motivo, nunca
ultrapassamos a barreira da amizade. Não sou
dessas que pega e não se apega, mas devo admitir
que sempre quis ser e que é nele que eu penso
quando resolvo me dar prazer.
“Estou, sim! Me pegue às nove horas.”
Respondo Hugo, antes que eu decida passar
outra noite me tocando enquanto ouço o sexo
selvagem no apartamento ao lado.
Levanto-me e vou ao meu quarto me
preparar para minha noite tranquila e calma, com
meu acompanhante que tem as mesmas
características.
Mas, de repente, um pensamento cruza
minha mente:
E se a noite não for tão pacata assim?
Posso me vestir para uma batalha e atingir
Hugo antes que ele se dê conta de qualquer coisa.
Posso pedir que me leve para sua casa e colocar em
prática as aulas de strip-tease que nunca usei. Com
certeza, isso irá deixá-lo preparado para uma noite
quente e de muito sexo e eu finalmente irei tirar o
atraso.
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Retiro um espartilho preto do armário,


arranco a etiqueta e jogo-a no chão; hoje, ele será
finalmente usado.
Por cima da lingerie sexy e sem calcinha,
visto um tubinho vermelho, que já mostra minhas
intenções, e completo o look com um sapato de
salto alto preto.
Analiso minha aparência no espelho: meus
longos cabelos têm um tom dourado e descem em
ondas pelas costas, minha make está muito bem
feita, mas ainda preciso trabalhar a confiança, força
de vontade não me falta.
O relógio me diz que já são nove horas e
decido esperar por Hugo na portaria do prédio.
Quando passo pela sala, noto que o som no vizinho
já está desligado e tudo silencioso, muito estranho.
Agora, já estou pronta, não vou desistir da minha
noite selvagem apenas para continuar o filme da
noite anterior na Netflix.
Tranco minha porta e mantenho o
pensamento positivo. Se a noite render, eu só
voltarei de manhã. Ouço a voz de Yuri e ele parece
exaltado.
— Eu já falei para a senhora que as coisas
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comigo não funcionam assim. Eu atendo minhas


clientes da melhor maneira que posso, mas minhas
regras são claras: animais e homens não.
Aquilo chamou minha atenção, será que a
mulher havia trazido o marido para um ménage? Eu
me viro e fico chocada com o que vejo. Não apenas
um senhor (que imagino ser o esposo dela), mas
também um labrador marrom aguardam à porta.
Vejo que ela ao menos finge estar
constrangida e desce as escadas rapidamente, sendo
seguida pelo homem e o cachorro. Devo dizer que
o cão me parece ser quem tem mais dignidade
naquele momento.
Yuri suspira alto e levanta a cabeça, me
notando pela primeira vez parada ali, à minha
porta.
— Você ouviu isso, Juju? Um cachorro!
Eu solto a gargalhada que estava tentando
conter.
— Cada coisa que essas suas clientes
pedem… Só me choca.
Ele sorri daquele seu jeito que me deixa
acesa e passa a mão pelos cabelos tão pretos quanto
seus olhos. Eu percebo exatamente quando ele nota
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como estou vestida pela mudança na intensidade


com que me olha.
— Onde você vai vestida assim?
— Vou sair com Hugo.
Suas sobrancelhas sobem e um ar cético
assume o lugar de seu olhar de predador.
— E tudo isso é para aquele cara? Eu
achava que ele era gay.
Fico na defensiva.
— Claro que ele não é gay, já saímos há
meses. Você deveria saber disso.
— Hum, talvez ele só seja discreto.
— Claro que sim. Você vai estar sozinho
hoje, então?
Ele abre um sorriso e diz:
— Estou sempre sozinho, Juju, pelo menos
até a noite seguinte.
Não sei o que devo responder a isso, então
aceno em sinal de compreensão e passo por ele,
descendo as escadas.
Hugo me aguarda quando chego à portaria.
Seu olhar quando nota minha roupa é impagável.
Não é desejo, é susto mesmo.
Duas horas depois, estou de volta ao meu
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prédio, insatisfeita e chateada. Quando sugeri para


Hugo que fôssemos para sua casa, ele hesitou um
pouco, mas acabou concordando. Infelizmente, só
notei que ele não estava no clima quando já tinha
tirado o vestido e dançava apenas de espartilho.
Humilhante.
Ele me deu uns poucos beijos desanimados
e quando minha mão o alcançou, ficou claro seu
total desinteresse — mais mole que mingau de
aveia.
Por isso, decidi acabar aquele
relacionamento estranho que tínhamos e fui embora
para casa.
Entro em casa e tiro meus sapatos, as
últimas palavras de Hugo ecoando em minha
mente. Ele confessou que achava que era gay,
estava atraído por um colega de trabalho. Yuri
estava certo e eu nem desconfiara.
Será que o problema podia ser comigo? Eu
não era atraente e por isso ele perdera o interesse?
Esses pensamentos me incomodaram a tal
ponto que passei a pesquisar sobre o que era
indicativo de que uma mulher era boa na cama e
concluí que eu realmente vinha tendo atitudes
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muito passivas e, com certeza, precisava fazer um


teste.
Mas como eu ia testar se o único cara com
quem saí nos últimos meses acabara de se revelar
gay?
Yuri. Ele estava sozinho e já havia deixado
claro que me achava atraente, eu podia ir até lá e
ver o que rolava. Com certeza, eu ficaria satisfeita,
só precisava praticar o desapego por uma noite.
Não pode ser tão difícil, afinal, eu não posso ser
idiota em esperar mais do que ele oferece pela
quantia certa.
Pego uma garrafa de vinho que está sobre a
mesa e calço novamente meus sapatos, minha
missão agora é outra. Bato em sua porta e ele
rapidamente a abre, vestindo apenas uma cueca
branca, delicioso, o peito largo e liso, o abdômen
mais definido que eu já vi e que hoje eu finalmente
irei usufruir.
— Juju, voltou cedo. Foi tão rápido assim?
— Não foi, você tinha razão. Era gay!
— Sabia! Então, você voltou para a casa
sem sexo? Coitadinha da minha Juju…
Passo por ele e vou entrando em sua sala.
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Sento-me no sofá e o olho, antes que mude de


ideia.
— Eu trouxe vinho.
Mostro a garrafa e o vejo fechar a porta, sua
expressão parece confusa.
— O que veio fazer aqui a essa hora?
Falo antes que a coragem me abandone.
— Eu estava preparada para uma noite de
sexo… Voltei frustrada e tive uma ideia. Pensei que
você pudesse fazer algo a respeito.
— Está dizendo que quer transar comigo?
— Bom, você parece achar inacreditável…
— E acho, sim. Você nunca demonstrou
querer algo assim de mim, sempre com o lance de
manter a amizade e tudo, aí entra aqui e me pede
para te foder. Desculpe, Jú, para fazer sexo com
você
Eu me coloco de pé, é agora ou nunca.
— Eu sei, eu nunca achei que fosse
conseguir transar com você e não me envolver
emocionalmente e sempre soube que não seria
recíproco…
— Por que mudou de ideia?
— Sou adulta e posso separar as coisas,
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somos amigos e faremos sexo, mas não preciso te


apresentar para minha família para usufruir disso.
Inclusive, acho que vou gostar ainda mais por ser
escondido.
Falo, dando de ombros, depois continuo:
— Eu acho que não sei ser sexy, atrair um
homem. Você entende tudo sobre isso e por isso
decidi que queria passar a noite com você. Não
quero apenas sexo, quero que você coloque seu pau
dentro de mim com muita força, quero sentir você
metendo e me fazendo gritar, eu quero que você me
foda.
Vejo o desejo ardendo em seus olhos, mas
ele ainda parece estar pensando demais. Por Deus,
é ele o garoto de programa, não eu.
Tiro meu vestido por cima da cabeça e o
jogo longe, dou uma voltinha para que ele tenha a
visão do meu bumbum empinado e nu. Yuri não
precisa de mais incentivo.
Ele avança rapidamente e me pega no colo,
me deita no sofá e beija minha boca.
— Você não tem ideia de como eu desejei
você assim. Agora que está deitada como eu
sempre fantasiei, sem calcinha pra mim, vou fazer
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o que sempre desejei, minha Juju: vou chupar sua


boceta até você gozar na minha boca.
Meu Deus, ele não perde tempo mesmo.
Eu sinto que estou mais molhada do que já
estive em toda minha vida. Como é que poucas
palavras podem ter esse efeito?
Ele se abaixa e eu prendo a respiração em
expectativa, então ele coloca a cabeça entre minhas
pernas e me chupa. Ele abocanha toda a extensão
do meu sexo e suga. Parece que vou desmaiar de
tanto tesão, mas então ele começa a me lamber e
tudo fica ainda mais intenso.
Seguro seus cabelos escuros e prendo sua
cabeça bem ali, ele lambe e mordisca meu clitóris e
eu solto um grito que abafo com um punho.
Ele não hesita por nenhum momento, sinto
cada toque de seus lábios e de sua língua enquanto
ele me leva em direção ao êxtase. Então, quando
menos espero, ele para. Eu solto um gemido em
protesto e ele me encara.
— Tão gostosa quanto eu sonhava.
Ele me vira de bruços com uma agilidade
espetacular, segura minha bunda com força e me
abre, antes que eu possa impor algum limite, sua
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língua alcança meu ânus… Eu gosto.


Se ele não parar com esse vai e vem entre
minha boceta e meu ânus, eu vou gozar antes
mesmo de ver seu pau. Como a noite hoje é
dedicada às minhas experiências, decido assumir o
controle. Empurro Yuri e o faço se sentar enquanto
monto nele.
Ele me olha e vejo um sorriso curvar seus
lábios enquanto aguarda meus próximos
movimentos. Desço o zíper do espartilho e o
arranco, puxo com força seus cabelos e com a outra
mão enfio um mamilo em sua boca. Ele geme alto e
o mordisca.
Começa a chupar um enquanto brinca com
meu outro seio. Eu estou ardendo por ele e começo
a rebolar, sentindo seu pau sob a cueca, sinto ele
tão duro e gostoso que preciso pedir.
— Quero que me coma agora, Yuri, por
favor.
Ele tira a boca do meu seio e aperta minha
bunda, sorri de lado e eu derreto por dentro
— Seu desejo é uma ordem.
Ele arranca a cueca e seu pau salta para fora
em toda sua glória. Não é exageradamente grande
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nem grosso demais, é perfeito! Eu salivo.


Yuri me deita novamente e levanta minha
perna esquerda, roçando o pau na minha entrada.
Eu imploro por ele, que me atende prontamente e
mete.
Eu o sinto sair de mim devagar e entrar com
uma estocada profunda, depois ele começa a
intensificar as investidas. Alcançamos um ritmo
frenético e eu ouço meus gemidos cada vez mais
altos.
Ele mantém o ritmo e brinca com os bicos
dos meus seios enquanto mete seu pau gostoso em
mim, me olha com tanta intensidade que sinto
aquela eletricidade passar por mim. Mantendo o
olhar preso ao meu, ele abaixa a cabeça e chupa
meu mamilo com força, me fazendo gritar.
Sem aviso, ele para e me coloca de joelhos,
dá um tapa forte na minha bunda e diz apenas duas
palavras.
— Se vira.
De quatro, o sexo fica ainda mais intenso.
Yuri enrola meus cabelos em uma das mãos
enquanto com a outra apoia meu quadril para enfiar
cada vez mais fundo. Ele mete tão gostoso que eu,
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a menina recatada e entediada de hoje de manhã,


ouço minha própria voz rouca pedir:
— Bate forte, meu tesão.
Ele me atende e eu sinto meu bumbum
arder no local em que ele desfere o tapa, ouço sua
risada.
— Quem diria, hein?
Sinto quando ele passa o dedo na entrada do
meu ânus e percebo que ele está me testando. Ali
ainda é território intocado para mim e não estou
preparada para o anal, mas posso ousar um pouco
mais, afinal, estou aqui para isso, para descobrir do
que gosto.
Viro a cabeça a fim de encará-lo e digo,
mais tímida do que gostaria de soar.
— Coloca o dedo, Yuri.
Ele levanta as sobrancelhas naquele jeitinho
tipicamente seu de descrença e introduz o indicador
enquanto me encara e eu relaxo aos poucos.
— Que tal me dar esse cuzinho gostoso,
Juju?
Eu mordo o lábio, pensando em uma forma
de negar e ainda assim ser ousada, mas não é
necessário, ele entende.
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— Ainda não? Tudo bem, vou te ensinar


como pode ser bom usando meu dedo por
enquanto. Euero que você venha e peça meu pau
sempre que quiser e onde quiser, combinado?
Quando estiver preparada, eu serei paciente e te
darei tudo que pedir, afinal, vizinhos são para essas
coisas…
Eu sorrio para ele.
— Safado.
— Sempre
Ele volta a meter em mim enquanto enfia
seu dedo por trás, a combinação é tão deliciosa que
eu sinto que vou gozar com uma intensidade que
vai me deixar incapacitada de me mover por um
tempo. Sinto aquela urgência crescer em mim e
toco meu clitóris enquanto ele continua suas
investidas. Quando sinto que estou prestes a gozar,
Yuri se abaixa e fala em meu ouvido:
— Goza gostoso, safada, goza no meu pau.
Eu me perco… Sinto meu corpo inteiro se
contorcer e meu sexo comprimir o seu, grito alto
enquanto ele arremete com ainda mais força, sinto
seu pau saindo de mim e vagamente noto-o me
girando. Ainda estou em meio ao meu gozo quando
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os respingos molham meus seios. Ele está gozando


em cima de mim, eu abro a boca e engulo faminta,
chupo com força e passo a língua na extensão dele
todo, engolindo até a última gota.
Estou toda melada, meu cabelo está uma
bagunça e estou tão saciada como nunca estive
antes. Ficamos nos olhando por alguns segundos,
sorrindo, totalmente satisfeitos. Eu sei que ele não
está fingindo.
— Vou me lavar.
Vejo que seu olhar me acompanha enquanto
eu sigo até o banheiro, estou tentando pensar em
como irei abordar o assunto chato agora, o
pagamento.
Volto a sala depois de alguns minutos,
limpa, mas ainda nua e o observo sentado no sofá.
— Yuri, não conversamos antes e não tem
uma maneira que não seja constrangedora de
falar… Eu não sei quanto você cobrará por isso,
não sei se cobra por hora ou se é pelo tipo de…
hum, serviço.
Ele me encara e percebo que não gostou de
algo que eu disse, porque sua expressão é dura.
— Não quero que me pague, não estrague
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isso. Eu queria transar com você e você queria


transar comigo. Não agi como quando estou com
uma cliente.
— Hum, eu não sabia o que esperar e não
quis parecer arrogante em achar que comigo seria
diferente.
— É claro que é diferente, Júlia, eu quero
isso há muito tempo, não sei como não sabe disso.
O que aconteceu aqui foi sexo entre duas pessoas
que sentem uma forte atração uma pela outra, e eu
quero te comer quantas vezes você quiser me dar
essa boceta gostosa. Vamos encarar da seguinte
maneira: é apenas sexo, mas eu também quero e
você não precise me pagar por isso.
— Tudo bem, me desculpe se te ofendi de
alguma maneira.
Sorrio para Yuri e para minha Júlia interior.
Um garoto de programa gostou tanto de transar
comigo que não cobrou pelo sexo e ainda me
ofereceu trepadas grátis quando e onde eu quiser.
Acho que isso só pode significar uma coisa:
inha vida não será mais tão entediante de agora em
diante.
Não quero ousar pensar em nada além do
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sexo, sei bem onde estou me metendo e não


pretendo estragar tudo por estupidez.
Visto meu vestido pela cabeça, dou um
aceno para ele e caminho em direção à porta. Ouço
a voz dele, que ainda tem uma nota séria.
— Onde você está indo? Você disse que
queria uma noite comigo e tem tanta coisa que
quero fazer com você ainda.
Eu estaco. Achei que a noite tinha rendido o
suficiente, mas ele me oferece ainda mais. Não vou
desperdiçar aquele homem nunca.
Ele me leva para seu quarto e eu observo
sua cama grande. Um pensamento da Júlia recatada
que habita em mim cruza minha mente. Essa é a
cama que ele usa com sua clientela. Mas a nova
Júlia se joga na cama, afinal, é apenas sexo, não
tenho com o que me ofender.
Yuri me devora mais uma vez e ainda outra
antes de o sol raiar. Quando o dia está quase
clareando, eu me visto e volto para o meu
apartamento. Tomo meu banho e me troco para o
trabalho. Logo que chego à recepção, Denise, que
trabalha comigo, sorri para mim e pergunta, como
todas as manhãs:
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— Alguma novidade desde ontem?


— Nada demais, fiquei em casa, como
sempre.
Yuri se tornou meu segredo. Meu garoto de
programa particular, grátis e sem cobranças.

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E stou sentada em um dos bancos do bar de


um clube exclusivo da cidade. É aqui que
as fantasias se realizam. Meus olhos correm pelo
local à procura do que quero: dois homens para
satisfazer a minha vontade mais intensa. O ritmo
envolvente da música e a pontada de antecipação
no meu baixo-ventre fazem com que a necessidade
de esfregar uma coxa na outra se torne impossível
de conter.
Eu adoro ser o centro das atenções, adoro
ser o foco do prazer e, mais do que tudo, adoro me
sentir desejada.
Assim que encontro o primeiro alvo, passo
a língua nos lábios e corro um dedo pelo meu colo,
deixando claro que ele será o escolhido número um.
Logo, meu olhar cruza com o segundo candidato.
Não preciso me esforçar muito para ganhar sua
atenção e assim que percebo o interesse de ambos,
levanto e caminho até um dos quartos privativos
que deixei reservado.
Abro a porta e entro. Paro próximo à cama e
aguardo. No instante que percebo a presença dos
dois cavalheiros que aliviarão minha ânsia, levo as

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mãos até minhas costas e abro lentamente o zíper


do vestido. O tecido leve escorrega por minha pele
e cai no chão.
Logo, sinto mãos se apoiarem na minha
cintura, mãos essas que me puxam para si.
Sorrio.
O escolhido número um para de frente para
mim e encara-me intensamente. Ele é lindo e bem
mais alto que eu.
— Hoje, vocês irão me satisfazer. Sem
nomes, sem perguntas. Apenas me enlouqueçam —
sussurro e esfrego-me na rigidez que pressiona
minha bunda.
Ganho um rosnado de puro tesão em
resposta.
O homem à minha frente segura minha nuca
e beija-me com força, suas mãos sobem para os
meus seios e beliscam devagar. Pendo a cabeça no
ombro do cara que está atrás de mim e gemo.
Uma das mãos que está na minha cintura
desce para o meio das minhas pernas, coloca a
pequena calcinha de lado e me penetra.
— Isso… — digo manhosa.

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Quatro mãos, dois homens e eu.


— Deite-se, gostosa — um deles fala no
meu ouvido.
Afasto-me e me deito no centro da cama.
Sem reservas, me abro para que eles possam tomar
de mim tudo o que querem.
Observo enquanto os dois tiram a roupa,
minha boceta palpita ao imaginar o desenrolar da
cena. O mais baixo, mas não menos atraente,
caminha até onde estou.
— Fique de quatro e venha até aqui me
chupar. — Sem pensar em mais nada, fico sobre os
meus joelhos e seguro seu membro.
Passo as línguas por todo o comprimento e
lambo a gota que brilha na ponta. Depois, eu o
coloco todo na minha boca. Meus cabelos são
puxados com força enquanto o quadril do estranho
me encontra em cada estocada. Olho para o lado e
encontro o escolhido número um se masturbando
enquanto assiste. Com um dedo, o chamo para se
juntar a nós.
Meus lábios saboreiam o gosto de cada um
e se viciam na miríade de sabores.

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— Essa boquinha sabe o que está fazendo,


não é, sua putinha? — Gemo ao ouvir o
xingamento.
Um deles sai do meu domínio, se deita entre
as minhas pernas, segura minha cintura e enterra a
boca quente, e tentadora, no lugar que pinga de
tesão. Contorço-me e respiro rapidamente, sem
diminuir o ritmo da sucção.
Um tapa é desferido na parte interna da
minha coxa e instintivamente meus quadris sem
apertam de encontro aos lábios que me devoram.
— Eu vou gozar — aviso quase sem ar e
sugo com ainda mais força o pau que preenche
minha boca.
Um urro sai da minha garganta e o clímax
chega não muito depois. Sinto o sabor salgado
explodir na minha língua. Engulo sem desperdiçar
uma gota.
— Eu vou comer você agora — diz o cara
que acabou de me proporcionar um orgasmo épico.
Meu corpo é virado abruptamente.
— Me fode — murmuro. — Me come com
força.

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Um brilho divertido perpassa seus olhos


verdes e, então, meus lábios são tomados com
volúpia. Sinto o gosto do meu prazer nele e…
Porra! Excitante demais. Enrosco minhas pernas
em sua cintura e o puxo para mim. Seu pau entra
em uma única estocada e eu grito. Grito alto.
Porque nada me deixa mais alucinada do que isso.
— Ah…
— Geme, geme muito! Aqui, somos nós,
quero te ver gozar no meu pau até que suas forças
se esvaiam.
Suas estocadas se tornam bruscas e eu amo
isso.
O homem me segura com força e nos vira,
fico montada em seu colo. Sinto o acompanhante
número dois atrás de mim. Ele segura meus cabelos
e beija meu pescoço, sua língua brincando em
minha pele. Coloco meu braço para trás e seguro
seu membro, masturbando-o.
Os dois gemem de prazer. Prazer esse que
eu proporciono.
— Quero os dois dentro de mim — aviso.
Os movimentos cessam e sou inclinada para

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frente. Algo gelado escorre por minha fenda


traseira e um dedo entra ali.
— Você vai dar esse cuzinho pra gente?
Hm? — Eu me aperto contra o escolhido número
um, adorando ouvir suas palavras sujas. — Você é
mesmo uma cadelinha gulosa.
Fito seus olhos inflamados de tesão.
— É para isso que vim até aqui. Agora, me
deem o que quero.
Ele acena para o que está atrás de mim e
segura os dois lados da minha bunda, escuto o
barulho de algo rasgando e o som inconfundível do
látex ao ser desenrolado. Logo depois, sinto-me ser
invadida aos poucos, e lamúrias de puro
contentamento deixam meus lábios. Cravo os
dentes no ombro do homem que me oferece ao
outro e solto um grito abafado.
Sou esticada ao limite e nós três deliramos
com o ato. Os dois começam a se movimentar, me
fodendo em sincronia. O suor, a essência única no
ar, os corpos se chocando, dois homens me
segurando. É alucinante. Vou de encontro às
investidas.

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— Que gostoso…. Mais, quero mais —


grito.
Os dois gemem perto do meu ouvido e
aumentam a velocidade.
— Você vai ter o que quer, minha linda! —
rosna o que está atrás.
Ele se afasta. O cara no qual estou
empoleirada se levanta comigo ainda encaixada
nele. Seu pau pulsa no meu interior e eu contraio-
me em volta do seu eixo.
— Safada… — Ele sorri e suga meu lábio
inferior.
— Você nem imagina o quanto, delícia —
solto.
Os dois homens lindos e viris me seguram.
O escolhido número um apoia minha bunda,
enquanto o número dois enrola meu cabelo em um
rabo de cavalo firme. Meu pescoço e minhas costas
recebem beijos castos e molhados, meus seios
ganham mordidas tentadoras, com a pressão certa
para deixar minha libido ainda mais fora de
controle.
— Me fodam, por favor… — Deixo meu

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apelo morrer.
Preciso dos dois dentro de mim. Preciso me
libertar. Meu corpo clama por atenção. Eu continuo
com o pau enterrado na minha vagina, mas a falta
de atrito não ajuda no meu alívio.
— Ah, mas olha só, amigo — o número
dois se pronuncia. — Ela está louca para gozar….
— Isso, estou. Parem de falar e me deem o
que quero — imploro sem a mínima vergonha.
— Você vai ter o quer, sua gostosa do
caralho! — ruge o número um. — Faça o que
quiser com ela, camarada.
O cara que está atrás de mim se ajoelha e
lambe toda a minha extensão. Sua língua resvala no
pau do homem que me segura firmemente,
arrancando um rugido dele.
— Hmmm… — sussurro. — Isso foi
excitante. Se movimente enquanto ele nos chupa.
A íris dele crispa, labaredas incendeiam
seus olhos verdes. Um toque de ousadia aparece e
toma conta das suas feições.
— Vamos realizar seu fetiche, então.
Ele começa a entrar e sair devagar. O
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homem ajoelhado me lambe sem receio e


massageia as bolas do cara que me possui. Fico
observando sua reação. Seus sons de prazer ficam
mais e mais altos, e os meus, mais necessitados.
Em questão de segundos, estamos os três
ensandecidos e loucos para chegar ao ápice.
— Eu vou gozar, porra! — Ele puxa sem
delicadeza meu corpo para baixo, enquanto
arremete seu quadril para cima.
O seu grito de êxtase se mistura com o meu
e com o do meu outro acompanhante. Assim que os
espasmos passam, sou colocada no chão. Olho para
baixo e vejo que o número dois também gozou.
Meus lábios se repuxam em um sorriso sacana.
Vou até o banheiro e tomo uma ducha
rápida. Quando volto para o quarto, encontro dois
corpos me aguardando. Vejo o candidato mais
baixo abrir outra embalagem de camisinha e,
lentamente, cobrir seu pênis.
— Prontos para acabar comigo? — Eles se
olham e sorriem convencidos.
O grandão me pega no colo novamente e o
outro fica atrás. Um óleo cheiroso escorre por

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minha pele e, mais uma vez, sou totalmente


preenchida.
— Assim que eu quero. Me dominem…
Ah! — grito fora de mim.
Um deles segura meu rosto e toma meus
lábios enquanto me come sem dó, e o outro grunhe.
Seguro o pescoço dos dois e trago suas bocas até a
minha. Não encontro relutância de nem uma das
partes. Nós nos beijamos, as línguas dos três se
encontram numa dança gostosa e depravada. O
ambiente fica quente, erótico e completamente
embriagador. Nós nos doamos àquele momento,
deixamos de lado qualquer parte racional e nos
entregamos à luxúria. Ao desejo da carne. Somos
apenas mãos, bocas e sexo cru.
— Isso… Ah, meu Deus! — berro quando
os dois param, totalmente dentro de mim e giram o
quadril.
— Goza, sua cadelinha gulosa — rosna o
número um.
— Molha nossos paus, linda — murmura o
número dois.
Minha cabeça entra em parafuso e, para

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aplacar esse formigamento que corre por minhas


veias, eu me ergo e deixo-me cair com tudo. Grito e
recebo o movimento que tanto quero como
pagamento. Eles gemem, me apertam, chupam,
mordem. Estou no inferno, na parte mais obscura,
onde o desejo fala mais alto que qualquer outra
coisa.
Três pessoas, um objetivo: prazer.
Dedos apertam os lugares certos e eu
quebro. Gozo intensamente e arrasto os dois para o
precipício comigo. A dança erótica continua até
que estejamos recuperados do baque. Eu me
desvencilho dos dois, ajoelho-me entre eles e
arranco a camisinha que impede meu grand finale.
Seguro o pau de cada um e chupo. Lavando com a
minha língua os vestígios do que acabamos de
fazer. Saciando a última vontade do meu corpo.
Sendo exatamente da forma que desejo. Sinto-me
desinibida e poderosa. Deixo que a outra metade,
aquela que mantenho escondida na maior parte do
tempo, dê as caras.
O escolhido número um puxa-me para si e
segura minha nuca, traz sua boca macia até a minha

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e beija.
— Você é a putinha mais gostosa que já
comi.
O outro homem vem até onde estamos e,
mais uma vez, nos unimos em um beijo triplo.
— Posso garantir que foi um dos encontros
mais deliciosos que já tive.
Concordo.
— Obrigada, rapazes. Até uma próxima
oportunidade.
Já consegui o que queria. Estou satisfeita e
pronta para dispensá-los. Coloco meu vestido e os
dois se vestem. Sem mais palavras, sem bajulação.
Sexo, simplesmente sexo. Eles saem e eu paro em
frente ao espelho. Bochechas coradas, lábios
inchados e marcas vermelhas no pescoço e braços.
Eu com certeza fui muito bem fodida. Pisco para o
meu reflexo, pego minha bolsa e desço até a
garagem.
Meus olhos brilham ao ver o homem alto e
com lindos olhos verdes encostado no carro. Ele
sorri para mim. Sorri com amor.
— Oi, vida! — cumprimento e deixo um

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selinho em sua boca.


— Noite agradável, querida? — brinca.
— Nem imagina o quanto. — Faço cara de
inocente.
Ele balança a cabeça, como se dissesse em
silêncio que tem ideia do quão agradável foi.
Ajuda-me a me acomodar no banco do passageiro,
depois dá a volta e assume a direção.
— Quem você escolheu primeiro hoje? —
Essa é a pergunta que nunca falta.
— Você. Você sempre será minha escolha
número um — garanto.
Seu braço passa por sobre meus ombros e
eu me aconchego ao seu lado.
Pegamos o caminho de casa. A partir de
agora, voltamos a ser o casal dedicado, pais
exemplares, profissionais competentes e pessoas
comuns aos olhos da sociedade.
Porém, em algumas noites, deixamos os
rótulos de lado e libertamos nossos corpos.
Colocamos em prática nossas fantasias. Deixamos
aflorar um lado que a maioria esconde, mas que nós
não temos receio em saciar: o desejo.

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Porque, entre quatro paredes, tudo é


permitido.

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Q uem
conhece sabe
que amamos organizar antologias. Esta foi uma
nos

surpresa muitíssimo agradável.


Ficamos encantadas com a qualidade do material
com que tivemos que trabalhar. Por isso, um
agradecimento especial a todos os dezoito autores
talentosos que compõem esse livro. Vocês são
maravilhosos!
Agradecemos à Janaína Rico, por ter nos
convidado a organizar esta antologia. Foi muito
bom trabalhar com você, mesmo na correria.
Às nossas famílias queridas, agradecemos
imensamente por todo o apoio.
Como sempre, agradecemos uma à outra
por toda paciência, respeito e amizade (e uma dose
de loucura) necessários em cada projeto em que nos
metemos.
Finalmente, a todos os leitores maravilhosos
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que acompanham tanto o nosso trabalho quanto o


dos nossos amiges e autores desta antologia.
Obrigada pelo imenso carinho.
Grande beijo e nos vemos na próxima
antologia.

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L uísa

Aranha e Mari Monni se encontraram por acaso. De


um grupo de escritoras no Whatsapp, nasceu uma
parceria que vai além das páginas dos livros. Elas
não só criam histórias juntas, mas também
organizam antologias, revisam livros e se ajudam
em tudo. Uma capricorniana carioca que ama café e
uma leonina gaúcha que vive a base de chimarrão,
mas ambas compartilham o amor por uma dose de
tequila. Uma viciada em trabalho e a outra em sexo,
Mari e Lu se tornaram grandes amigas e passam o
dia inteiro conversando sobre tudo e nada. Cada
uma em um canto do país, mas isso não importa.
São muito parecidas e, ao mesmo tempo,
completamente diferentes. Adoram escrever juntas
e se divertem demais a cada novo projeto.

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[1]
P.A. – Pau amigo e B. A. – Boceta amiga

[c1]Ajustar o parágrafo
[MM2]Ajustar o parágrafo. Não tem uma letra
inicial grande como nos outros

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