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Copyright © 2021 Nina Pimenta

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e


acontecimentos descritos, são produtos da imaginação do autor. Qualquer
semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Revisão Nina Pimenta
Capa Nina Pimenta
Diagramação Nina Pimenta
Esta obra tenta seguir as regras do Novo Acordo Ortográfico.
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Edição Digital/ Criado no Brasil.
Os novinhos que me perdoem , são lindos, fofos, mas... vem cá,
me conta um segredo... já rolou com um homem experiente?

Cuidado. (Vicia).
Querido leitor(a),
Essa minha nova remessa de contos picantes está vindo para
desafiar a sua sanidade. Está uma loucura, insuportável de quente.
Recomendo que você leia com calma, sozinho(a), e se deleite ao
máximo, sem regras, sem nenhum pudor, sem preconceitos.

E mais uma vez eu aviso, se você for sensível, nem comece.


Agora se não for... aproveite, devore!
Um beijo gostoso.

NINA
PRIMEIRO VOU ME APRESENTAR

Meu nome é Lorena, tenho 19 anos. Moro em cidade pequena, é no


interior.
Bom, e de um ano para cá, eu e a Kátia ficamos muito amigas,
melhores amigas! Temos a mesma idade, somos da mesma sala numa escola
pública, e até repetir de ano juntas nós repetimos.
A Kátia vai muito na minha onda, nas coisas que eu invento.
Gostamos de sair, dançar, transar bastante...
Ela fala que eu sou assanhada, brinca que sou piriguete, mas ela
também não fica para trás.

E tudo aconteceu no final de semana em que ela me chamou para ir à


sua casa. A gente já tinha esse costume, dormir uma na casa da outra,
principalmente porque saíamos sem hora para voltar nos finais de semana.

Kátia morava com a mãe, Cida, e tinha um irmão mais velho, o


Kléber, Klebinho melhor dizendo. Uns 25 anos, não era aquele cara lindo.
Magrinho, o cabelo raspado tingido de loiro, todo tatuado, bigodinho... mas
era safado pra danar, voz grossa de homem, cara de malandro... a gente já
tinha transado, foi top. Mas isso não vem ao caso, daqui a pouco eu conto os
detalhes.

O que mais importa para contar mesmo, é sobre uma visita muito
especial que a dona Cida recebeu no outro final de semana...
Pedro, irmão dela, tio da Kátia.
Minha intenção era curtir o final de semana inteiro, zoar com a
Kátia, a gente sair, fazer tudo. Mas quando aquele homem grande, gostoso
pra caralho, e todo sério cruzou o meu caminho, eu me inquietei, me subiu
um fogo... nunca tinha sentido isso.

Ele era muito atraente, era charmoso, educado... mas mais do que
isso, a sensação do “proibido” me dizia para ir, partir pra cima! Ai...
Deu muita vontade de provar...

E eu decidi que, naquele final de semana... eu seria todinha dele.


KÁTIA

Eu e a Lorena éramos confidentes, ela me contava tudo o que


acontecia na vida dela e eu na minha.
No final de semana passado, ela tinha vindo aqui para casa para a
gente sair, ia rolar um baile funk da hora no Galpão, casa de evento aqui
perto na periferia, e ia lotar, todo mundo comentando no WhatsApp.
Eu sabia que o Klebinho estava a fim dela fazia tempo, e tentei
convencê-la a transar com ele, meu irmão me enchia o saco, e ficava igual
sarna atrás dela.
Minha amiga era linda, não vou mentir. Morena, cabelão até quase
na bunda, boca carnuda, muito sensual, charmosa. Ela tinha um corpo lindo
que deixava os homens babando, me dava até inveja, não fazia dieta nem
nada, era de nascença mesmo, bundão, peitão empinado e cinturinha. E a
danada gostava de provocar, tinha hora que eu até ria, era muito engraçado
ver, homem é bicho besta mesmo, ficavam igual bobos perto dela.

Semana passada a gente tomou sol aqui em casa, fizemos marquinha,


pedi para o Klebinho não ficar rodeando mas não teve jeito. Quando foi uma
hora ele veio para perto e falou que ia no baile com a gente.
- Não vai ficar me podando lá não hein, Kléber...
- Minha onda é outra, Kátia... – Falou olhando direto para a bunda
da Lorena, que estava arrebitada para cima tomando sol, o fio dental
minúsculo. Meu irmão só faltava babar, ficava apertando o pau, a mão dentro
do short, devia estar dolorido de tão inchado.

Ficou um tempão ensebando... rodeando...


Não demos muita confiança. Mas assim que ele saiu eu comentei
com a Lorena, pedi uma chance para ele, fazia até dó de ver como ele estava.

- Ah, Ka... se o Vitinho não for, eu transo com seu irmão. Mas você
sabe que tô a fim demais do nosso colega de sala...
- Lorena, você gosta de se iludir né, mulher... cansada de saber que
ele tem namorada séria, acha que vai deixar ela em casa pra ir pra baile
funk?

- É, mas já conversei com ele na escola... – piscou para mim. - Não


prometeu que ia, mas falou que ia tentar de todo jeito. Falei com ele que se
ele fosse... eu ia chupar gostoso...

- Cê é fogo...
Nós começamos foi a rir enquanto besuntávamos o corpo com óleo
bronzeador.
LORENA

Minha cabeça meio que estava no final de semana passado ainda.


Agora eu posso contar com calma, porque foi bem gostoso.
Ia rolar um funk no Galpão, foi festa improvisada aqui perto da casa
da Kátia.
Ai, ai... e tinha gente que achava que nós duas éramos irmãs, com a
diferença que eu era morena e a Kátia, loira. Corpo era igual, altura... ela
tinha o cabelo mais liso, os olhos claros, eu sinceramente achava que a gente
não parecia, mas o povo falava...

Só sei que esse dia foi demais...


Me aprontei toda achando que ia encontrar o Vitor, um carinha de
quem eu estava a fim, era da nossa sala no terceiro ano do Ensino Médio. Eu
e Kátia combinamos: top tomara-que-caia de amarrar na frente, sandália de
salto médio trançada, sainha rodada bem curtinha. Fiz uma aposta com ela:
duvidei que ela tinha coragem de ir sem calcinha. Quem fosse de calcinha ia
ter que tomar um copo de Vodca pura! Ela aceitou na hora, e fomos nós com
as bucetas de fora tomando vento, uma delícia... Minha amiga topava tudo.

Chegamos lá maquiadas, perfumadas. Batidão comia solto já, estava


cheio, tudo esfumaçado.
Percorri o lugar todo para ver se achava o Vitinho, mas nada dele.
Resolvemos ir até o bar, pedi uma batida de morango com vodca caprichada,
Kátia de maracujá, uma delícia, bem fortes, trocamos goles.
- Ai amiga, acho que ele não vem... – Virei para ela e falei.
- Também né Ló, pra perder um boquete seu, a coisa deve estar feia
lá com a patroa dele, coitadinho, vai ficar só na vontade...

A gente disparou a rir, ficamos conversando, sondando o ambiente,


bebendo.

Lá pelas tantas o Klebinho apareceu. Todo arrumado, tênis,


bermudão, boné, corrente dourada. Cheiroso, mascando chiclete.

- E aí, qual a piada Lorena? Tá linda demais, mulher... – Me comeu


toda com o olho, cara de tesão, nem disfarçou.
- Valeu, Klebinho.

- Me dá um gole disso aí.


- Esse aqui já acabou. Vou pedir outro. – Virei de costas e chamei o
cara do bar. Klebinho chegou atrás de mim me encoxando, me segurou pela
cintura, enterrou o nariz no meu cangote.

- Hum... cheirosa...
Olhei de relance, me arrepiei toda, só murmurei:
- O que você tá querendo hein, Klebinho...

- Você sabe muito bem... ah, Lorena... tô muito a fim de você... – Me


abraçou por trás, me apertando.
O cara do bar me entregou a bebida e o Klebinho pagou do bolso
dele, tomei metade e dei a outra metade para ele, que tomou tudo e deixou o
copo no balcão.
- Vamo lá ficar com a Kátia? – Chamei.

- Minha irmã já é bem crescida pra eu ter que tomar conta, Lorena.
- Cala a boca... - Dei as costas para ele, mas ele não me soltou. Foi
andando atrás de mim com as mãos na minha cintura. Já vi que essa noite ia
render.

Chegamos no canto aonde estávamos, o lugar já estava bem cheio,


animado, e eu estava a fim de dançar.
- Kátia, vamo pra pista? - Acompanhei o olhar dela, meio afastado.
Estava de olho num cara lindo, bem moreno, cabelo raspado, corpo
bombado, bocão. Vi que os dois estavam de olho um no outro.

Comecei a requebrar devagarinho e o Kléber me acompanhou, me


encoxando mais, apertando a minha cintura. Afastou meu cabelo para um
lado e fungou meu pescoço, deu uma lambidinha, mordeu.

- Gostosa... – Falou alto para quem quisesse ouvir.


Arrepiei toda, deu tesão. Fiquei quieta, Kátia viu e nem comentou
nada. Ela era a favor de que rolasse de tudo entre eu e ele.

- Pode ir dançar, Lorena, encontro com vocês lá...


O gostoso chegou para conversar com ela, dei as costas e o
Klebinho veio atrás agarrado em mim, a cabeça na curva do meu pescoço.

Nos misturamos no meio do povo, batidão tocando dos pesados, só


putaria, do jeito que eu gostava, eu e Klebinho começamos a requebrar,
cantando as letras de cor. Ele não saía de trás de mim, baixou mais as mãos,
me pegando por cima da saia, começou a bater o quadril na minha bunda, me
cutucando, o pau duro igual aço. Fiquei doida, estava meio zonza, virei de
frente para ele, nos agarramos e já começamos a beijar de língua, nos
explorando, saboreando. Ele apertou minha bunda com vontade, enfiou a
mão por baixo da minissaia, alisou o dedo no meu reguinho, descobriu o meu
segredo...

- Hummm... tá sem calcinha, Lorena? – Colou a boca no meu ouvido


perguntando.
- Tô.

- E por quê? Posso saber? – Ficou alisando ele todo, subindo e


descendo o dedo, ameaçando enfiar no meu cuzinho.

- Deu vontade... – Mordi o lábio e ri de um jeito safado. O toque do


dedo dele estava uma delícia, Klebinho era maldoso pra caralho.
Ele só me deu essa ordem:

- Vira de costas pra mim.


Tornei a virar e requebramos colados, ele levantou minha saia e
grudou o quadril na minha bunda, seu pau me roçando, procurando. Arrebitei
mais, abri as pernas. Vi que tirou uma mão da minha cintura, continuamos
dançando.

Estava escuro, cheio, todo mundo dançando, requebrando. Senti que


ele tirou o pau pra fora, ficou esfregando na minha buceta, eu já estava toda
melada, doida para dar para ele, o cacete dele era enorme.

- Ai que delícia, Klebinho... – Falei toda dengosa, rebolei,


provocando ainda mais, sentindo aquela carne macia me cutucar, brincando
de encaixar a cabecinha no meu buraquinho.
- Ah, caralho... Me dá essa buceta, vem. - Ele rosnou impaciente,
subiu a bermuda, saiu me puxando de costas para um canto. Klebinho era
malandro, sabia o que estava fazendo.
Apoiou as costas na parede, abriu um pouco as pernas, me puxou
pela cintura. Ficamos quase da mesma altura. Olhei para um lado, um casal
se beijava alucinado, parecia que um ia engolir o outro, se esfregavam,
ondulavam, a bunda grande dela aparecia toda e o cara enchia a mão, logo vi
que era a Kátia, me deu vontade foi de rir, minha amiga não era brincadeira.
Do outro lado outro casal de namorados, o carinha abraçado a uma mina de
costas, ele olhando para a gente, pisquei para ele e levantei a saia, fiquei
rebolando, bagunçando meu cabelo, chamando a sua atenção. Klebinho não
viu nada. Baixou a bermuda e o pau saltou para fora, grande, gostoso, o cara
arregalou o olho e eu ri, Klebinho me puxou, e eu sentei nele devagarinho,
até o final. Ele começou a estocar com força enquanto dançava, cantava letra
de sacanagem. Rebolei e fiquei indo e vindo, sentando nele na parede,
socando minha bunda naquela pica gostosa. Deslizava macio, quentinho.

A gente ria, ele me puxava pelo cabelo e passava a língua na minha,


a gente ficava brincando de lamber.

Luzes coloridas, fumaça, cheiro de cigarro, tudo se misturava, e nós


dois ali, na maior sacanagem, quem passava só olhava de relance, eu gemia
de tesão, não conseguia disfarçar. Também nem me importava. O cara do
lado abraçado à mina paradinho, olhando tudo. Eu só mandei um beijinho
para ele, piscou para mim de volta, Klebinho acelerou mais e fomos um ao
encontro do outro, esfregando, batendo no ritmo da música, estava safado,
escorregando gostoso.

Ele me puxou e colou a boca no meu ouvido, sua voz grossa e brava
me deixava molhadinha.
- Vou encher sua buceta de porra...
- Vem Klebinho... enche, vem...

- Aaahhh... aaahhh... gostosaaa... – Estocou com vontade, caprichei,


bati com tudo, rebolei até ele parar de gozar.
Deitei a cabeça no peito dele toda suada, ofegante. Ficamos
colados, descansando. Depois ele saiu de mim e subiu a bermuda. Ajeitei a
minissaia, toda esporrada lá embaixo. Fomos de mãos dadas para o bar
pegar outra caipivodca. Olhei para o lado e a Kátia não estava lá mais.

- Nossa gata, que gostoso que foi... – Comentou enquanto olhava o


cara esmagar os morangos no copo com um pilão.
- Bom demais... – Dei um risinho para ele.

- Já quero repetir...
- Calma lá, Klebinho. Preciso de um tempo. – Comecei a ficar
irritada.

- Você é gostosa demais, Lorena... você é um sonho, sabia? – Veio


fungando o meu cangote, fiquei quieta. Eu não queria criar compromisso com
o Kléber não, sai fora. Tinha sido gostoso, mas pera lá! Ele nem fazia o meu
tipo.

- Klebinho, depois desse copo vamo embora?


- Já?

- Tô cansada... cabeça tá rodando...


- Hum... Você que manda, gata.
Chegamos em casa só nós dois, já era de madrugada, dona Cida já
estava no décimo sono. Klebinho me chamou para dormir no quarto com ele,
queria mais. Fiquei sem graça, se a mãe dele soubesse não sei se me
deixaria voltar lá. Kátia não tinha chegado, na certa que estava em algum
lugar com aquele nego gostoso.
Cheguei no quarto dela e peguei meu celular, tinha mensagem da
minha amiga avisando que estava tudo bem, que ia dormir na casa do cara lá
e que depois me contava tudo. Eu estava morrendo de sono, cansada,
relaxada. Adormeci que nem vi.

Bom, esse foi o resumo do final de semana. Mas o que aconteceu no


outro final de semana, foi o que quase me fez perder a cabeça.
PEDRO

Ia ser o meu aniversário de 42 anos, e eu resolvi passar com a minha


irmã Cida. Ela e a Regina, minha esposa, não se bicavam, e por isso vim
sozinho.

Regina sempre tinha uma desculpa para não a visitar, eu já estava


acostumado, nem insistia mais. Cida falava que ela não era mulher para mim,
que eu era homem sério, trabalhador, que ela só queria o meu dinheiro, me
tratava mal.

Eu vim de origem humilde, nossa família passou muita dificuldade,


mas com a graça de Deus e muito trabalho consegui conquistar muita coisa, e
hoje era dono de uma rede de padarias. Já tinha minha casa, minha Hilux
cabine dupla top de série (que era um sonho de menino) e a conta bancária
bem cheia.

Cida falava que eu tinha que arrumar mulher era na minha igreja.
Sou um cara reservado, sistemático, e talvez por isso mesmo tenha demorado
a casar.
Eu e Regina estávamos juntos há dois anos, fazia um ano e nove
meses que havia me casado. Ela era cliente de uma padaria minha, ia lá
direto, o pessoal falava que ela perguntava por mim toda vez, e às vezes
coincidia que eu estava na matriz supervisionando, fazendo balanço.

A gente ficava conversando no balcão, brincava, ria... eu a levava


para o escritório, fechava a porta.... o clima foi ficando gostoso, pesado, a
gente trocava beijo... até que um dia ela deu o primeiro passo e me convidou
para jantar.

Sou homem à moda antiga, gosto de conquistar, cantar de galo.


Demos uns amassos muito quentes durante o namoro, eu subia pelas paredes,
mas sexo mesmo só rolou depois do casamento. Por ela teríamos feito no
primeiro dia, mas eu freei a mão. Depois foi só festa, eu mesmo que
conduzia tudo, e no geral a gente ficava no básico mesmo, eu por cima - ela
era bem travada. Mas ainda assim era muito gostoso, e se dependesse de
mim... era toda noite... adoro, deliro...
Porra... Sou fascinado por mulher...

Eu cheguei foi cedinho, bem antes do que falei para a Cida. Queria
fazer surpresa para ela, aproveitar e tomar o café da manhã juntos. Éramos
em sete irmãos, mas a Cida e eu sempre fomos mais ligados, a gente tinha a
idade perto, e quando ela engravidou do Klebinho, quem ajudou a segurar a
barra fui eu, o cara era casado e não quis assumir, e papai quase a expulsou
de casa.

Parei a caminhonete bem na porta, desci já com a mala, toquei a


campainha.
Passou nem dois minutos a Cida veio correndo abrir para mim, toda
animada.

- Aaah eu sabia! Esse barulhão de motor! Que maravilha!


- Tudo bem, minha querida?

Dei um beijo no topo da cabeça da baixinha, a gente se abraçou e eu


peguei a mala, entrei e ela fechou o portão.

- Cê continua lindo, hein meu irmão?


Eu abri um sorriso para ela enquanto servia café na minha xícara,
ela sempre com esse olhar para mim.

- Que nada, Cida. O tempo castiga a gente, cê não vê? Cabelo


branqueando já.

- Que nada, menino! Tá na flor da idade! Acho que nunca te vi tão


bonito... E tá realçando esse olhão verde, ó! Olha a roupa do homem, todo
arrumado gente...! Tá até mais forte! Tá malhando, danado?
- Larga de besteira, Cida. Eu tento ser vaidoso pro bem da saúde, só
isso!

- E bota saúde nisso! A Regina não tem ciúme, não?

Eu comecei foi a rir.


- Pior que a mulher é bem ciumenta, viu... aquela ali não deixa eu
fazer é nada!

- Até eu que sou mais boba! Um homem lindo desse e ainda montado
na grana!
- Ô diacho, hein Cida!

Na mesma hora nós paramos de rir, minha amada sobrinha Kátia


apareceu na cozinha de pijama, parecia que tinha acabado de acordar.

- Tio Pedro! Benção, tio Pedro! – Chegou e me deu um abraço


apertado, a carinha de sono.
- Deus te abençoe, Katinha. Tá uma moça linda, meu Deus do céu!
Olha isso, Cida!

- E tá mesmo, né Kátia? Só não gosta de estudar... E essa aí é a...


Na mesma hora meu olho correu para a morena que vinha atrás da
Kátia. Menina nova, devia ser colega dela. Não tinha como não reparar,
usava uma camisola curtinha, coxas grossas, sem sutiã, os seios grandes,
pesados, os bicos amarronzados e pontudos, furando a renda. Eu não sabia
era onde enfiar a cara, meu pau sacudiu dentro da cueca, inchou.

- Quem é essa, Cida? – Perguntei todo sem graça.

- É a Lorena, amiga da Kátia.


- Prazer, Pedro. – A voz dela era meio rouca, muito sensual.

- É tio Pedro, Lorena. Se é meu tio, é seu também. – Kátia comentou


com ela, piscando.

Eu dei um sorrisinho bobo, não sabia para onde olhava. Ela veio se
aproximando de mim, prendi a respiração. Me abraçou e deu um beijo no
rosto, fiquei parado, rígido.

- Prazer, tio Pedro.


Ah, caralho.

- Esse é o tio mais lindo que eu tenho, Lorena.

- Deixa de ser boba, sobrinha. – Falei, rindo. Eu é que parecia um


bobo ali.
- E é mesmo. Olha esses olhos... tá todo arrumado, hein. A Regina te
viu sair assim? Cheiroso...

- Ah, eu falei isso pra ele, Kátia!


Cida começou a rir e eu e Kátia também. Mas quando olhei para a
tal Lorena... meu olhar cruzou o dela igual brasa, senti até calor, um troço
diferente no ar, sei lá, uma tensão. O jeito que ela me olhava... a boca só
ameaçando um sorriso, insinuante pra caralho...

Eu desejei que ela tomasse o café logo e depois sumisse da cozinha!


Tentação dos infernos.

- Mãe tinha falado que o senhor ia vir tio, mas eu acabei me


esquecendo!
- Ah, pois é! Passar meu aniversário com a minha maninha do
coração! – Cheguei perto da Cida e dei um abraço nela.

- E a Regina, tio? Não quis vir por quê?

Olhei sem graça para a tal Lorena, ela parecia curiosa pela resposta,
de olho na minha mão esquerda, uma baita aliança grossa.
- Ah... Kátia... Regina tem os compromissos dela lá, falou que ia
fazer visita nas padarias, supervisionar tudo... ela quer tomar conta de tudo
da parte financeira, só fala nisso...

- Pedro, Pedro... já te falei pra não deixar nada na mão dela...


cuidado, tem muito pouco tempo que cês tão junto... – Cida me alertou.
- Que isso, Cida. E eu lá sou homem de fazer isso?! Ora essa! Sou
dono das minhas coisas, diacho!

Kátia deu uma risadinha enquanto servia seu café.

- Me passa a garrafa, Kátia. – A voz rouca pediu. Tudo que ela fazia
era sensual. Era natural dela.
- Mas e então, tio? Temos já a programação do final de semana?

Todo mundo me olhou curioso.


- Estou por conta! Vocês que mandam!

- Peraí, deixa eu falar, Kátia! Vai ter o churrasco que seu tio adora, o
resto vocês decidem!

- Adorooo... – Minha sobrinha riu.


- Eu acho que o tio ia adorar sair com a gente, Kátia... - Todo mundo
calou quando Lorena finalmente deu sua opinião. – Ele podia ir com a gente
no baile hoje...

Meu olhar cruzou o dela, senti... sei lá... essa menina me


perturbava...

- Que baile é esse?


- É funk, tio.

- Ah... eu não gosto dessas coisas, não. Vão vocês duas.

Lorena tomou um gole do café, me encarando.


- Eu só vou se o tio for, Kátia. – Falou sem piscar, sem parar de
olhar para mim, seus olhos castanhos me penetravam fundo.

- Ah, irmão. Agora cê tá perdido, vai ter que ir! – Cida danou a rir,
Kátia também.
Meu sobrinho Kléber apontou na cozinha, parecia arrumado pra sair,
cigarro atrás da orelha. Boné, tênis, perfume forte.

- Klebinho! – Levantei da mesa e fui dar um abraço no meu sobrinho


que não via fazia tempo.

- Fala, tio Pedro! Surpresa da hora!


A gente se cumprimentou e ele se juntou a nós na mesa.

- Estamos combinando aqui como vai ser o final de semana, Kléber.


Seu tio vai passar o aniversário dele com a gente.
- Maneiro!
- Lorena já quer arrastar ele pro baile funk, acredita?

Eu só vi a hora que ele olhou para a menina e fechou a cara. Ela o


encarou, séria, empinou o nariz como que o desafiando. Senti um clima
esquisito entre os dois.
- Algum problema, Kléber? – Ela perguntou logo, a moleca era
atrevida.
- Não. Nenhum.

- Então tá tudo certo, não é Cida?


- Tudo certinho!
- Cida, depois do café vamo sair para comprar as carnes, é por
minha conta! – Falei para ela.
O olho da minha irmã brilhou.

Eu sabia que ela passava dificuldade com os trabalhos de


costureira, às vezes conseguia faxina para completar a renda, e meus
sobrinhos não trabalhavam. Eu mandava dinheiro para ela todo mês, ajudava
no que ela precisava. Ofereci para pagar curso para a Kátia mais o
Klebinho, mas eles não quiseram. Kátia ainda terminava o segundo grau e o
Klebinho pelo que a Cida me falou tinha largado os estudos há muito tempo,
e a minha preocupação era só ele andar com companhia errada (às vezes
Cida falava que ele fazia isso). De resto...
- Vamo ajeitar tudo lá, Lorena...

- Ah, Kátia, hoje vai rolar sessão de bronzeamento?


- Mas é lógico! Tio, trouxe sunga? Vamo encher a piscina de
plástico!
- Ah, trouxe não. Eu entro de bermuda, tem problema não, sobrinha!

- Klebinho, ajeita a churrasqueira lá, dá uma varrida no quintal! –


Cida ordenou.
Vi que ele olhou feio para a mãe. Meu sobrinho era difícil.
- Beleza.

- Então vamo, irmão. Vou só pegar minha bolsa! – Saiu toda


animada. Ela quase nunca devia ter essa oportunidade de comprar as coisas.
Eu ia aproveitar e levá-la para fazer supermercado.
- Tio, depois rola de dirigir sua caminhonete? – O moleque veio
para perto.

- Ah, Klebinho... Vou ficar te devendo essa. Mas se quiser te levo


pra dar uma volta...
- Aí não tem graça.
- Ô rapaz, eu ia ficar feliz demais se alguém me oferecesse isso...
Ele não falou nada. Deu as costas e saiu. Moleque mal-educado.
Ficamos eu, Kátia e a menina na mesa. Logo as duas levantaram. Pra quê... a
amiga deu uma espreguiçadinha empinando os peitos, levantou a camisola
toda, apareceu a calcinha, meu olho foi direto naquela protuberância gostosa
que o tecido moldava, era pequenininha. Pau já começou a acordar, que
delícia que era... E terminou quando ela virou de costas para sair. A bunda
grande e redondinha, as voltinhas tudo de fora, uma pouca vergonha. Que
tesão que me deu, caralho.

- Até daqui a pouco, tio. – Ela ainda virou e piscou para mim com
aquela voz rouca. Parecia me provocar, sabia que eu estava olhando.
Ê diacho... Tive que continuar sentado até a Cida aparecer, senão eu
ia ter problema.
LORENA

Quando eu vi aquele homem eu senti uma atração imediata, mas foi


coisa assim, na hora, meu coração acelerou, meu corpo todo estremeceu,
parecia até que era um sinal, uma premonição.

A Kátia nunca tinha me falado desse tio, na verdade a gente não


conversava desses assuntos de família, nosso papo era outro. Eu nem
acreditei quando falou que era tio dela, ele parecia novo, tinha um fio ou
outro grisalho, o rosto dele era lindo, os dentes certinhos, queixo lindo,
quadrado, boca gostosa, cavanhaque, olhos verdes... quando passei para o
corpo foi que senti ainda mais, me deu foi tesão só de ver ele metido,
enchendo a calça jeans, a camisa polo marcando o tronco largo todo
torneado, bota de trilha. Estava sentado e quando levantou vi o quanto era
alto, a voz grossa mas mansa, cheguei perto para dar um abraço e meu corpo
queimou, cheiro de macho misturado com colônia importada, era tão atraente
que eu nunca tinha sentido igual em nenhum rapaz que fiquei nem transei. O
conjunto dele era lindo, ele era um gostoso, isso sim! Kátia devia ter me
falado dele antes!
Olhei de relance para aquelas mãos grandes, masculinas, dedos
grossos, unhas curtinhas. Vi a aliança dourada enorme no dedo dele, parecia
que queria mostrar mesmo que era comprometido, para quem quisesse ver.
Ou queria era marcar a mulher, né? Vai saber...
Eu bem que desconfiei. Homem dessa idade, gente boa pra caramba
e solteiro, não existia. Quando eu via um tipo assim eu corria, porque era
encrenca!
Mas aquele ali... ah.... daquele ali eu não ia correr não... delícia...
ele ia ver só...

Dona Cida teve a excelente ideia de dar um churrasco para


comemorar o aniversário dele. Eu amava uma festa, com aquele homem ali
então... ia ser top!

Montamos a piscina e colocamos mangueira dentro para encher. Eu e


a Kátia né, porque o Klebinho ficou de cara amarrada varrendo o quintal,
uma parte era cimento, mas a parte de terra eu concordava com ele que dava
muito trabalho mesmo.
Estávamos a todo vapor, e quando pensa que não a campainha tocou,
Kátia correu para atender e era um casal de vizinhos amigo da dona Cida,
deviam conhecer o Pedro também porque traziam um embrulho de presente,
vieram para o churrasco. Ainda bem que não estavam com roupa de piscina
porque não ia caber todo mundo. Kátia deixou o Klebinho puto da vida
fazendo sala para eles no quintal, e corremos para o quarto dela para colocar
nossos biquínis.

Eu e Kátia vestimos o mesmo modelo, era de lacinho, bem pequeno,


o meu branco e o dela vermelho. Às vezes a gente trocava, mas como eu já
estava morena e com marquinha ela achou que o branco ia combinar mais
comigo e o vermelho com a loirice dela, toda bronzeada também. Minha
amiga era linda.

Corremos para o quintal, ajudar com tudo. Com pouco a Cida


chegou com o tio.
Pedro chegou carregando pacote de carvão, querosene, compraram
até caixa de isopor e gelo para as bebidas, e o bom é que ele já tinha trazido
tudo gelado. Vi que cumprimentou o casal e o homem entregou presente para
ele. A mulher me olhou de cara amarrada porque o marido não parava de me
secar. Não viessem então, churrasco é isso, sol, calor e bunda de fora!

- Nossa, mas vai ficar é bom, viu! Chico e Soninha, que bom que cês
vieram! – Eu acho que nunca tinha visto a Cida tão feliz quanto hoje. Era
uma amizade muito bonita a dela com o irmão, e estava na cara que ele a
ajudava demais, minha amiga era igual a mim mesma, pobre de dinheiro.
- Viemos direto do culto, Cida! Não podia deixar de dar um abraço
no Pedrão!

- Ah, é isso mesmo! Ele já viu vocês? Só foi ali trocar de roupa e já
volta! Soninha, cê me ajuda com as carnes? Correr para temperar!
- Claro, Cida, vamos lá.

As duas saíram para a cozinha, e o tal Chico não fechava nem a boca
quando eu passava perto dele. Arrastei uma toalha no chão ao lado da
cadeira onde ele estava e comecei a passar bronzeador para tomar sol. Podia
olhar à vontade, comer com o olho, eu não me importava nem um pouco,
quem ia escutar quando chegasse em casa não era eu, e o meu alvo era outro,
bem mais gostoso...
O churrasco começou a rolar solto. Todo mundo bebendo, menos os
amigos do Pedro.

Klebinho fazia umas caipirinhas bem gostosas para a gente, até o


Pedro estava tomando, Cida... todo mundo alegre, rindo. Estava muito legal,
tocava pagode, sertanejo universitário... o povo estava meio alto já, e eu via
a hora que o Pedro ia querer finalmente tirar a camisa e mostrar o corpo
delicioso dele, entrar na piscina ao menos um pouco para refrescar, o sol
estava demais.
Numa hora lá a Cida pediu para o Klebinho colocar forró no celular
dele, e desandou a dançar com o Pedro. Fiquei olhando os dois, o danado
sabia dançar, tinha gingado, um molejo gostoso. Já ouviu falar que homem
que sabe dançar é bom de cama? Eu tenho certeza que isso era verdade.

- Depois é minha vez, Cida! – Fiquei sentada, os olhos brilhando,


reparando nos dois, o jeito como ele a conduzia, parecia que tinham até
ensaiado. Corri e pedi para a Kátia buscar minha sandália de salto.

Klebinho olhou para mim, fez sinal para eu dançar com ele, falou
que ia colocar um funk. Fiz sinal que não, e quando a música acabou, eu
chamei o Pedro.
- Você não vai embora sem dançar uma comigo, tio...

Ele abriu um sorriso tão charmoso que me desconcertou. Cida bateu


palma, pediu para o Klebinho colocar um forró arrasta-pé. Ele fechou a cara
mas botou a música para tocar.
- Diacho de moleque emburrado! Desamarra essa cara, Kléber! –
Pedro ralhou com ele, a voz tão alta e grossa perto de mim que até me
assustei, já estávamos de mãos dadas.

- Nossa, que bravo... – Falei brincando.


- Você não me viu bravo, menina.

- Será que um dia eu vou ver? – Pisquei para ele, que deu um sorriso
de canto de boca.
- Menina, menina...

Aproximei dele, colei meu corpo, ele passou o braço na minha


cintura, tomando o cuidado para não encostar a mão na minha bunda.

A gente começou a dançar acompanhando a música, o ritmo lento,


gostoso. Mas vi que ele não estava igual quando dançava com a Cida.
Comigo estava travado, cuidadoso demais. A mão subia toda hora para a
minha lombar, evitava me encoxar, encostar o quadril no meu.
- Tá com medo, tio? – Falei para só ele escutar enquanto a gente
rodava.

- Eu? Medo de quê?


- De mim. Não encosta em mim, não me encoxa, não tem pegada.
Não tá igual com a Cida. – Provoquei.

- Escuta, Lorena. Com a Cida eu posso dançar solto, com você não.

A gente seguia os passos certinho, nossa dança combinava com


perfeição. Imagina se ele me pegasse com vontade...
- E por que comigo você não pode dançar à vontade?

Ele olhou para a Cida, Klebinho, Kátia e o casal de amigos.


Estavam todos nos vendo dançar, mas a música muito alta, não escutavam o
que conversávamos.

- Porque eu sou casado, menina. E é falta de respeito eu te encoxar


aqui, ainda mais na frente de todo mundo, você com essa calcinha de biquíni
minúscula, a bunda toda de fora...

- Você tem é medo.


- Eu não tenho medo de nada, diabo!

- Então me prova!

- Não tenho que provar nada pra você. Tá muito nova pra ficar com
esse papo, viu...
Eu dei um risinho. Cheguei bem perto do ouvido dele, comecei a
provocar, tentei colar mais nele, amassei meus seios no peito dele.

- Que pena, tio... achei que você gostasse de dançar bem coladinho...
você ia sentir sua coxa ralando na minha, com esse seu short fininho, seu pau
ia esfregar gostoso no meio das minhas pernas, olha como tá no rumo
certinho da minha buceta... vem esfregar, vem... é só disfarçar, ninguém vai
ver...
- Lorena!

Ele me soltou depressa e mandou o Klebinho desligar a música do


celular. Saiu nervoso, tenso, vermelho. Correu para a mesa e virou o resto da
bebida.
Todo mundo perguntou o que aconteceu, falaram que estava muito
bonito nós dois, e ele inventou que pisei no pé dele.
Cara sério da porra, duro na queda. Esse era pra casar mesmo.
A hora foi só passando, e eu fiquei tontinha (eu e o resto da turma,
menos o casal vizinho que ficou só no suco). Vi quando a Cida levantou
correndo da cadeira e saiu com a mão na cabeça, como se estivesse
esquecido de alguma coisa importante. Corri atrás dela para ver se
precisava de ajuda, meio zonza mas corri.

Ela foi para a cozinha, a turma continuou na mesa conversando,


Kátia na piscina com o Klebinho.

- O que aconteceu dona Cida, tá precisando de ajuda? – Cheguei do


lado dela, estava abrindo o congelador.

- Menina, esqueci o Chantilly aqui! É pra colocar no bolo do Pedro!


Quase que congela!
Passei um dedo na travessa e experimentei. Estava delicioso.
Kátia veio logo atrás querendo saber o que estávamos fazendo.
- Kátia, minha filha, quase que a gente perde o bolo do seu tio!
- Tá uma delícia Cida.... – Passei o dedo de novo, lambi.

Cida abriu a geladeira e pegou o bolo branco recheado com doce de


leite com côco, mandou a Kátia cobrir com o Chantilly.
- Vou ter que correr lá pra dar atenção para a turma. Depois cê
guarda ele na geladeira outra vez, Kátia!
- Pode deixar!
Ela saiu correndo, também estava meio zureta. Olhei para o
Chantilly e ele olhou para mim...
E foi aí que me ocorreu uma ideia.
Falei com Kátia para fazermos uma brincadeira... Tiraríamos a parte
de cima do biquíni e cobriríamos nossos seios com o creme, só os biquinhos
na verdade.
Por incrível que pareça, dessa vez ela não topou, falou que
brincadeira assim dentro de casa a mãe dela não gostava. Santa do pau oco,
na rua nem te conto o que minha amiga aprontava.

Nem liguei. Eu estava louca, pegando fogo, doida para atiçar aquele
homem de algum jeito. Ele me comia com o olho, me enchia de tesão saber
que me olhava com desejo, reparava minha bunda, meus seios, não
desgrudava o olhar de mim todinha... mas continuava na dele, postura séria,
bebendo e conversando papo chato com o pessoal.
Kátia começou a confeitar o bolo e eu arranquei a parte de cima do
biquíni.

- Lorena... cê é doida demais, mulher... mãe vai brigar...


- Vai nada, sua mãe tá tonta também, Kátia.
- Cê que sabe... – Ela já ia acabando com o Chantilly.

- Ei, espera. Me dá um pouquinho aqui... – Peguei um monte e cobri


os mamilos, estava geladinho, gostoso. - Vamos? Vou dar um presente pro tio
agora...

Ela balançou a cabeça e nós duas começamos foi a rir.


- Lorena!
Só escutei o grito da Cida e o silêncio que fez lá fora. Todo mundo
calou a boca na hora quando eu cheguei, Klebinho abriu um sorriso safado, a
amiga da dona Cida ficou numa briga danada para tapar os olhos do marido,
e o Pedro... ah, o Pedro... a cara de tesão que ele fez... não teve preço.
- Ó dona Cida, é só uma brincadeira! – Falei rindo, meu olhar
vidrado, direto nele.

Fui chegando perto, desfilando devagarinho, corpo empinado,


mexendo no cabelo solto, fazendo charme. Ele estava sentando num
banquinho ao lado da mesa grande de madeira que tinha lá fora. Ficou
paradinho me olhando, ofegante. E todo mundo ficou olhando aquela cena, eu
parando de pé, bem em frente a ele.
- Chupa... – Falei baixinho, acariciei o cabelo dele.
- Ô Lorena, minha filha, o Pedro é casado! – Cida lamuriou,
desesperada. E todo mundo continuou calado, abismado, só na expectativa
do que ia acontecer.
Fiquei cega, nem olhei para ela. Parei de ouvir tudo, a música ao
redor, os olhos me acusando, as bocas me xingando. Era só eu e ele, um de
frente para o outro, muito perto, uma atração quase fatal, a gente exalava
tesão. Continuei em pé, arrebitando meus seios para ele, oferecida, safada.
- Chupa, tio. – Pedi, provocante.
Escutei risada da Kátia, resmungo da Cida, a vizinha puxando o
marido para ir embora e ele fazendo força para ficar, louco para ver.
E nós dois ali. Ele estava sério, os olhos verdes me mirando,
pesados, me queimando, a boca entreaberta, paradinho, ganhando meu
carinho nas suas mechas sedosas.

Cheguei ainda mais perto, me enfiei no meio das pernas dele,


coloquei os seios no rumo da sua cara. Pedro fechou os olhos, respirava
depressa.

- Ah, menina... faz isso comigo não... – falou quase sem força.
Coloquei um bico no rumo da boca dele, sujou o lábio com um
pouquinho de Chantilly.
- Chupa logo, caralho! – Klebinho rosnou, vidrado na gente.
- Vai, tio! Chupa! - Kátia reforçou o coro.

E dessa vez mais ninguém falou nada.


Passei as mãos ao redor do seu pescoço. Ele abriu a boca
devagarinho, começou a lamber, provando o creme. Arrebitei mais ainda, me
entreguei, ele fez que ia tirar a cabeça mas eu segurei meu seio, coloquei na
boca dele. E depois que ele experimentou, ficou louco. Não conseguiu parar
mais.
Pedro sugava, lambia, eu olhava seus lábios colados no meu
mamilo, jogava a cabeça para trás, minha buceta contraía a cada lambida,
cada sugada no meu biquinho endurecido. Ao fundo escutava risadinha da
Kátia, Cida invocando todos os santos e o Kléber falando bobagem.
- Depois é a minha vez hein, Lorena!
Idiota. Nem dei atenção.

Meu bico estava durinho, pontudo. Passei para o outro seio, ele
tornou a lamber, sugar, eu fazia carinho no cabelo dele, cheio, cheiroso, os
fios grisalhos eram bem poucos, só se mexesse, procurasse. A boca dele era
macia, carnuda, quente. Feita para chupar buceta.
- Chupa tudo, tio... lambe... não deixa restinho... – Falei baixinho
para que só ele ouvisse. Ele mal conseguia abrir o olho, me abocanhava,
sugava, gemia baixo. O Chantilly já tinha acabado há muito tempo, mas eu
conduzia, fazia carinho, incentivava, toda oferecida, sem-vergonha.
- Tira tudo, tio... deixa limpinho... olha que delícia a cobertura do
seu bolo...

Ele lambia e gemia.


- Pega o biquíni dela lá, anda Kátia!
- Ela mesma pega, mãe!
Pedro tirou a boca do meu seio e olhou para mim, olhos verdes de
gato, olhar quente, penetrante, carregado de tesão.

Ficamos nos encarando, suas mãos grandes esquentando a minha


cintura, acariciando minha pele com os polegares.
Não aguentei. Dei um selinho demorado na boca dele, ouvi gritaria
outra vez.
- Gostoso né, tio? – Falei baixinho.

- Safada... – Retrucou no mesmo tom, apertando a minha cintura.


Olhei para baixo, achei que o pau dele ia furar o short. Estava em
pezinho, apontado para cima. Minha boca encheu d’água, vontade de
ajoelhar, rasgar tudo, esquecer do mundo, fazer tudo com ele ali mesmo.

Respirei fundo, dei meia volta, e fui vestir a parte de cima do


biquíni antes que a Cida me expulsasse de casa.
A minha parte eu tinha feito, joguei pesado. Era hoje que esse
homem ia me comer.

Depois daquela cena o churrasco infelizmente acabou. Eu só vi a


Cida pedindo mil desculpas ao casal de amigos, falava que ia cortar o bolo
já já, que era para eles esperarem. O homem só ria, e a mulher estava
emburrada, não falava nada, estava passada, assistiram a tudo.
Nem parabéns nós cantamos.

Cada um foi para o seu quarto. Cida tinha arrumado um quarto para
o Pedro, Klebinho no dele e eu com a Kátia. Eu ainda esperava ela vir falar
comigo para eu poder pedir desculpas.

- Você judiou do tio hein, Lorena...


A gente tinha tomado um banho e vestido só uma camisola
fresquinha, estávamos no quarto descansando para logo mais. Cabelos
molhados, pernas para o ar, abraçadas aos travesseiros, Kátia na cama e eu
no colchonete.
- Ka, você sabe que quando eu quero alguma coisa eu vou e faço. E
você anda comigo exatamente por isso.
Minha amiga riu.
- Pior que você tá certa. Mas ele é casado né, amiga? Não viu o
tamanho da aliança? E a Regina é chata pra danar, ainda bem que não veio!
Ô mulherzinha interesseira!
- Eu não importo... não estou nem aí pra ela... – Falei, fechando os
olhos, dando um bocejo.
- E eu não sei? E aí, matou sua vontade? – Ela virou para mim e me
encarou, agora séria. – Lorena.... vou fazer uma pergunta bem tosca, mas é
que eu ainda não entendi...
- Pode fazer, miga. O que é?
- Você tá a fim do tio?
Eu mordi o lábio, dei um sorrisinho safado para ela. Kátia entendeu
na hora.
- Amiga, amiga... cê tá brincando com fogo... a mulher dele é brava,
viu? E depois ele não vai te dar bola e você vai ficar aí sofrendo, chorando
pelos cantos. O tio é homem sério, sô! Você não vai ter chance!
- Katinha... que dia você me viu levar fora de homem?
- Sempre tem a primeira vez, né? E vamos supor que ele caia na sua
rede... vocês vão transar aonde? Aqui em casa, quando estiver todo mundo
dormindo? Ele já vai embora amanhã miga, não vai dar tempo. Mexe com
isso não... E o Klebinho? Comentou comigo da transa... falou que te comeu
gostoso...
- Kátia, cê fala demais mulher!
Nós duas ficamos foi rindo.
- Quem avisa amiga é hein, Ló!

- Deixa comigo.... calma... calma... cê vai ver...


Ficamos trocando ideia, bolando plano, rindo. Kátia me apoiou, por
fim falou que ia ser legal se eu conseguisse transar com o tio, mas que
depois ia ter que contar tudo para ela, nos mínimos detalhes...
Com pouco a porta bateu. Era a Cida. Ela entrou e trancou.
- Oi, dona Cida. – Sentei no colchonete, encostei na parede,
segurando o travesseiro.
- Vamo conversar, Lorena? Kátia, cê me dá licença?
- Ah, qual é mãe, a Lorena é minha amiga!
- Vou ter que te dar chinelada depois de velha, Kátia?

Minha amiga destrancou a porta e saiu bufando.


- Ai dona Cida, me desculpa aquela hora no churrasco.
- Lorena... você tem noção do que você fez? – Chegou perto, sentou
na cama.
- É que eu estava bêbada... – Ô mentira deslavada. Não era só por
isso, lógico.
- Não importa. Você não me respeitou, não obedeceu! Olha a
vergonha que me fez passar com os vizinhos, a Soninha é minha amiga mas é
fofoqueira pra danar, vai espalhar pra todo mundo lá na igreja, você já
pensou se isso chega no ouvido da Regina?
- Ah, mas eu sei que você nem gosta dela mesmo...
- Não gosto mas é a mulher dele, Lorena! Meu irmão é homem
casado! Homem sério, direito! Olha o vexame que você fez ele passar... ele
agora tá querendo arrumar as malas, falou que vai embora hoje mesmo, me
pediu desculpa não sei quantas vezes!

- Ele chupou porque quis, né Cida?


- Ele é homem, Lorena! Olha a honra dele também, imagina se
negasse! Você deixou ele numa situação muito complicada!
- Aí vocês estão sendo machistas, Cida. Eu assumo que errei
mesmo, mas ele fez porque quis. Olha o tamanho do seu irmão, acha que eu
ia conseguir forçar um homem daquele?
- Não sei, Lorena. Só acho que você deve desculpa é pra todo
mundo. Coitadinho, veio todo animado passar o aniversário comigo e teve
que mamar nas suas tetas! Você acha que ele gostou disso?
Eu disparei a rir.
- Desculpa, Cida. – Respirei fundo, me controlei.
- Então cê vai lá agora. Levanta dessa cama e vai lá na mesa pedir
desculpa. Eu e ele estamos tomando café. É bom que cê aproveita e come um
pedaço do bolo dele de aniversário. Cê é gente boa Lorena, a Kátia te adora,
cê não devia ter feito isso!
- Eu sei, dona Cida. Me desculpa mesmo. Não vai acontecer de
novo.

- Pois é. Quero ver quem vai convencer ele a ficar. Kátia deve estar
lá agora conversando.
- Tá bom. Vamo lá então.
Só deixei o travesseiro de lado e saí atrás dela para a cozinha.
Estava ansiosa, ainda não tinha visto ele depois do que aconteceu.
Cheguei lá, ele desviou o olhar quando me viu, fingiu que estava
mexendo no bolo. Kátia estava do lado dele, conversavam.
- Fica, tio, por favor! – Ela implorava, puxando ele pelo braço.

- Posso não, Kátia. Regina tá me esperando lá, tenho um punhado de


coisa das padarias para resolver. Já tá de bom tamanho. Já vim, vi sua tia,
você e o Klebinho, tá bom já. Outro dia eu volto.
Eu não sei o que me deu, mas não via outro jeito de fazer isso. Cida
ficou de pé olhando, Kátia parou de falar e ele me olhou de relance, fingiu
que não me viu aproximando dele. Parei de frente, ao lado dele na mesa, de
pé, o encarei.
- Pedro, eu quero te pedir desculpa. Eu tinha bebido, não sei por que
fiz aquilo. Você me desculpa mesmo, tá?
Ele me mirou dentro do olho com aquele olhar de lince, era homem
que não fugia, encarava.
- Tá desculpada, Lorena. Eu peço desculpa a vocês também,
principalmente à minha irmã Cida. Não quis causar confusão.
- Tá tudo bem, Pedro. – Cida sentou e cruzou os braços.
- Eu só não queria que você fosse embora por minha causa... –
Continuei de pé, muito perto dele, falava até baixo.
- Não é por sua causa, eu já tinha que ir mesmo...
- Pedro, não fala mentira. A gente sabe que é por isso. E eu vou ficar
muito triste se você não ficar, principalmente porque eu e a Kátia, a gente
estava sonhando em te levar no baile hoje...
Foi a primeira vez que ele riu desde que aconteceu o lance do
Chantilly. Meu coração até deu um salto, respirei aliviada, esperançosa.
- Isso mesmo, tio! Tá devendo essa pra gente!
- Vai com as meninas, Pedro! Elas gostam tanto de lá! Vai
aproveitar, irmão!

Ele ficou olhando de uma para a outra, o olhar começou a brilhar, a


boca gostosa ameaçou um sorriso. Êta ferro...
- Tá bom. Eu vou!
- Êeeee! – Nós três batemos palma.
- Mas não vou dançar funk! Vou ficar só olhando, combinado?
- Ah, tiooo! – Minha amiga reclamou.
- Deixa, Kátia. Pelo menos ele vai... – Segurei no rosto dele, eu
estava de costas para a Cida, abaixei rápido e dei um selinho naquela boca
deliciosa. – Obrigada, tio.
PEDRO

Rapaz do céu...
Eu juro, nunca achei que fosse passar por uma situação dessa na
minha vida toda! Caralho...

Quando bati o olho nessa menina a primeira vez na cozinha, sabia


que ia ter problema. Meu instinto de homem gritou forte, eu juro que tentei
não olhar, controlar, mas não teve jeito. Veio igual lava, me queimando, me
inflamando.
Aquela safada... pior que não tinha carinha de santa, a cara mesmo
já denunciava, cara de mulher safada, de puta, jeito de puta. As coisas que
falou pra mim quando a gente estava dançando nem a Regina que era casada
comigo nunca tinha falado. Fiquei puto, puto de imaginar que por dentro ela
devia estar era rindo da minha cara, e puto comigo, por cair no joguinho
dela. Não sei qual era a dessa menina, se só queria provocar, ou se queria
era foder gostoso, mesmo sabendo que eu era casado.

A hora que eu coloquei aquele bicão do seio na boca durinho, eu


achei que ia gozar ali, eu tive que me segurar. Me provocava, arrebitava,
cheiro gostoso de perfume doce com suor, cheiro de fêmea, acarinhava meu
cabelo numa mistura de inocência com putaria, relaxamento com excitação,
carinho e tesão.
Aquilo me deixou louco, não ouvi mais nada, só ela, só nós dois.
Oferecida, puta, eu fiz foi pouco, foi devagar, fraco. Se tivesse na cama
comigo ia ver, ia receber castigo, eu ia sugar, morder, brincar de mexer com
a pontinha da língua. E isso tudo com meu pau escorregando para dentro,
esfolando gostoso.

Minha última tentativa de manter meu juízo e não cometer uma


loucura era ir embora dali, não tinha clima mais, e eu já sabia que mesmo
quando chegasse em casa ela ainda ia dominar meus pensamentos por muito
tempo, principalmente enquanto eu estivesse batendo punheta e, que Deus me
perdoasse, comendo a Regina.

Cida me implorou para ficar, quase chorou, fiquei com o coração


apertado, pensei mil vezes no que fazer. Agora ali na mesa minha querida
sobrinha Kátia pedindo pelo amor de Deus para que eu ficasse, e a safada
veio outra vez, me atiçando, não tinha pudor nenhum, aquela camisolinha
mostrando o bico dos seios, ainda me deu um beijo descarado na boca, meu
pau ficava todo inchado perto dela.

Pensei bem, resolvi ficar. Era minha prova de fogo, eu tinha que ser
homem para resistir àquela tentação deliciosa. Era novinha mas parecia que
tinha experiência, era maldosa, sabia mexer com macho.
Virei para as três e falei:

- Ó, vou tomar um banho então. Que horas começa esse negócio? –


Já estava escurecendo, vi que eram seis e meia da tarde.

- Ah, tio... vamo cedo para aproveitar. Sei lá, lá pelas nove, o que
acha Ló?
- Nove horas é cedo?! – Eu ri. Essa geração de hoje era toda
diferente da minha.

- Pode ser, Kátia, é um bom horário.


- Então combinado gente.

Peguei minha mala e levei de volta para o quarto. Planejei ficar


colado na Cida, acho que eu e a menina sozinhos em qualquer momento ia
ser muito perigoso para nós dois. Eu me conhecia bem.

E já estava no meu limite.


LORENA
- Cê me deve uma hein, amiga... – Kátia já estava vestida com a
mesma minissaia rodada da semana passada. Enquanto eu escolhia nossos
tops, ela passava hidratante por dentro das coxas, as pernas arreganhadas, vi
que estava sem calcinha de novo, tinha gostado mesmo da minha ideia, e eu
ia na onda também.
Já era umas oito e meia, quase nove horas, estávamos no quarto dela
aprontando para sair, a janela aberta, uma brisa quente lá fora, no quarto
chapinha ligada e cheiro de perfume feminino adocicado.
- Valeu, amiga. Você me ajudou pra caramba...

- Miga eu nem acredito que o tio vai com a gente... cê vai pajear ele
lá hein... se não não vou poder nem dançar!
- Ah, mas é lógico né, Kátia. Quero sumir com ele lá dentro...

- Eu nem quero ficar perto de vocês. Leva ele para um canto, faz
igual rolou com o Klebinho, aproveita. Ele falou que foi show demais, tá
falando disso até hoje, não sei o que você fez com o homem, que feitiço foi
esse...
- Foi muito gostoso mesmo, ainda mais que tinha um cara
acompanhando tudo de perto.

Minha amiga danou a rir.


- Cê num presta, Lorena...
Do quarto mesmo escutamos a campainha tocar.

- Ué, quem será a essa hora? – Perguntei.

- Deve ser colega do Klebinho. Eles estão num mistério...


- Hum.

Continuamos nos arrumando. Vesti uma minissaia branca bem


curtinha de cetim, toda rodada, e tive a ideia de irmos com sutiã colorido de
renda que a Kátia tinha ganhado de presente de um senhor ricaço que ela
conheceu num evento, ainda estavam com etiqueta.
- Que tal, miga?

- Ló, você é muito criativa. Podia ser estilista, sabia? Já pensou


nisso? – Ela veio para perto e escolheu um lilás bem bonito.
- Vai combinar direitinho Kátia. Eu vou com o rosa. – Era lindo.
Com aro, todo rendado. Transparente, mas só se a pessoa ficasse reparando
é que conseguiria ver.

Ficamos lindas. Estávamos bronzeadas, as marquinhas aparecendo


no sutiã, fizemos uns cachos largos bem bonitos no cabelo, salto bem alto e
fino dessa vez. Resumindo, parecíamos duas celebridades.
Eu passava um gloss quando a porta bateu e a Cida abriu, chegou só
a cara da porta.

- Kátia, sai daí menina! Tem visita!

- Ai Ló, vamo tomar um golinho de suco antes? Tá pronta? Tio deve


estar cansado de esperar já.
- Vamo. – Peguei minha bolsa, abri um chiclete para mascar.

Fomos para a cozinha, mas passando na sala, vi que a Kátia ficou


até pálida. Ela parou na mesma hora e perguntou para a mulher:

- Regina?
- Eu mesma! Tudo bem, Kátia?

Era uma mulher muito bonita, cheinha, loira do cabelo tingido e


curtinho, os olhos claros, toda elegante, coberta de joias, colar, brinco, anel,
tudo de ouro. Usava saia longa e camisa social comprida. Estava sentada no
sofá e deu o sorriso mais amarelo do mundo, nos reparando da cabeça aos
pés. Ao lado dela o Pedro, a mão entrelaçada à dela, não estava nada
arrumado para sairmos.
Ele me olhou da cabeça aos pés, o olhar carregado de desejo, até
remexeu no sofá, se inquietou, mas logo baixou o rosto, fingiu que fez um
carinho na mão dela.

- A Regina chegou de surpresa, meninas! – Cida tentava ser


simpática e educada, mas via que era coisa falsa, forçada.

Pedro estava caladinho, parecia acuado ao lado dela.


- Também sei fazer surpresa! Ah, e quero comer do seu bolo de
aniversário, marido! – Ela virou e deu um beijo no rosto dele.
Olhei para a cara da Kátia e ela para a minha. Ficamos de pé,
paralisadas. Estávamos sem reação. Se eu perguntasse a ele se iria com a
gente, é capaz que ele ia apanhar ali mesmo. Rezei para a Kátia pensar a
mesma coisa.

E dito e feito. Nem ela e nem a Cida falaram nada. A mãe da Kátia
nos convidou para ir até a cozinha para acompanhar a Regina, comer do
bolo. Falei que ia provar só um pedacinho.

- Hummm... quem fez esse Chantilly, foi você, Cida? Está perfeito! –
Regina até lambeu a colher.

Não aguentei, provoquei.

- E tá mesmo. Não tá uma delícia? Mais cedo foi mais gostoso


ainda, não foi Pedro? – Chupei o dedo e olhei para ele. Pedro estava
tomando um gole de refrigerante e até engasgou. Cida arregalou o olho e a
mulher olhou feio para mim.
- Você é quem mesmo?

- Lorena. Amiga da Kátia e do tio Pedro...


- Tio? Há, era só o que me faltava... – A mulher começou a ficar
brava. Vi que a Cida ficou apertada.
- Regina, é que a Lorena é muito carinhosa, ela faz amizade fácil...

- Uhum. Sei. E por que mais cedo o Chantilly estava mais gostoso do
que agora, Pedro?
O que é que eu fui arrumar...
O homem ficou vermelho, virou o resto do refrigerante que estava no
copo só para não ter que responder. Mas ela continuou.

- Hein, Pedro? Responde!


- Eu não sei, Regina. Não entendi o que a Lorena falou.

- Lorena... já até decorou o nome, né? Tô percebendo...


- Deve ser porque estamos o dia todo juntos, Regina.
- Tô sabendo, Cida. Rolou até churrasco né? Você fez a festa com o
nosso dinheiro, né? Ficou caro, Pedro? Como sempre deve ter bancado tudo!
Só esqueceram de me convidar!

- Não começa, Regina. – Ralhou com ela.


Ai meu Deus.

- Vamo nessa, Ló? – Kátia me puxou pelo braço.

- Vamos.
- Tchau, tio.

- Bom passeio, menina.


- Tchau, tio Pedro. – Tornei a chamar, ainda fiz um carinho no
ombro dele.

A mulher enfezou.
- Uai, vão sair sem blusa? Já não basta ficarem de sutiã na frente do
meu marido, ainda vão pra rua desse jeito, Cida? Nossa, tão parecendo... eu
nem vou falar porque o horário não permite!
Vi que a Cida começou a gaguejar, Pedro esfregou o rosto e a Kátia
virou para ela igual uma fera.

- Eu visto do jeito que eu quiser, você não tem nada com isso. E
minha mãe não te deve nenhuma satisfação!

- Pra mim não, mas pro irmão dela que paga as contas dela todas,
ela deve sim viu, garota atrevida?
- Regina!

Pedro gritou tão alto com ela que fiquei com medo.
- Vai defender essa piriguete agora? Me poupe!

- Vocês me dão licença! – Ele levantou da cadeira e saiu arrastando


a mulher pelo braço, levou ela para o quarto, os dois gritando.
Cida começou a chorar e a Kátia correu para abraçá-la.

- Fica assim não, mãe. Ela é uma ridícula!

- Ai, Kátia. É muita humilhação...


- Calma, mãe. Ela deve ir embora com ele.

- Vão pro seus baile, não se preocupem comigo.


- Você vai ficar bem, mãe? Se quiser eu fico.

- Vou sim. Podem ir. Já já o Pedro deve vir pra gente conversar,
resolver tudo...

- Tá bom então.
Kátia deu um beijo no rosto dela e fomos para o portão pedir o
Uber.

- Kátia do céu, mas a mulher é uma fera, hein? Deus me livre!

Assim que entramos no carro começamos a conversar, olhamos pela


janela.
- Olha o carrão importado dela... O tio falou com mãe que ela quis o
modelo mais novo, mais completo.
- Ela é uma cobra! Interesseira, bem que mãe sempre falava. Nos
odeia porque somos pobres. Ela só pensa no dinheiro dele. Tio é bobo e não
percebe...

Para mim a noite já tinha acabado. Estávamos sem clima nenhum, em


poucos minutos da sua chegada aquela cobra já tinha estragado tudo.

Eu e Kátia combinamos que ficaríamos pouco tempo no baile. Meu


coração estava apertado. Ver aquele homem tão bondoso nos braços dela,
saber que iam dormir juntos, que eu não teria nada dele.
E como eu o queria...
Sentir sua boca gostosa de novo nos meus seios, na minha boca,
fungar seu pescoço, sentir seu cheiro gostoso de homem, sua pegada, seu
corpo forte esfregando no meu, subindo, descendo, me fodendo gostoso,
entrando apertado, fazê-lo sentir prazer até não aguentar mais, gozar muito,
gozar do jeito que ele quisesse.

Quando o carro do Uber nos trouxe de volta para casa, vi que a


caminhonete dele continuava lá. Mas a BMW branca não estava lá mais, meu
coração até rodopiou.
- Olha Ló, o carro da megera não tá aqui...

- O que será que aconteceu?


Entramos em casa, ele ainda estava acordado, sentado no sofá da
sala. Lindo, de short e camiseta, via TV. A casa estava toda apagada, Cida já
tinha ido dormir. Vontade que deu de chegar perto, sentar no colo dele, sentir
seu abraço, sua pegada, ficar trocando beijo...
Fomos conversar com ele, falando baixinho para não acordar
ninguém.
- Tá acordado ainda, tio? – Kátia chegou perto dele.

- E por quê? – Perguntei sem querer.


- Meio sem sono. Vocês me desculpem viu, me desculpa, Kátia.
Regina não vai mais amolar vocês.
- Difícil né, tio? Ela dormiu? – Minha amiga jogou foi verde, sabia
que o carro da outra não estava lá.

- Nada. Foi embora. Nós brigamos.


- Lamento, tio.

Eu fiquei calada, só escutando.


- Eu é que lamento. Ela não devia era ter vindo. Mas foi bom, Deus
mostra as coisas pra gente às vezes de um jeito que a gente não gostaria. Mas
hoje eu vi o tipo de mulher que ela é e o que pensa da minha irmã.
- Ela não gosta da gente, né? Nunca gostou.
- Pois é. Mas isso já já vai acabar.

- É. Bom, vou dormir. Benção, tio. – Kátia deu um beijo na mão dele
e saiu para o quarto.
Eu fiquei parada de pé, nossos olhares se cruzando, insinuantes, se
querendo. Ele fazia meu coração acelerar só de olhar para mim, me
queimava, me comia, prometia.
- É... Boa noite, Pedro. Desculpa qualquer coisa. – Dei um
tchauzinho e virei as costas, nem esperei ele responder, falar nada, estava
cansada daquela situação, já tinha entregado os pontos.
Fui andando e tirando as sandálias, estavam matando meus pés.
Cheguei no quarto, Kátia já estava nua, ajeitava a cama dela para deitar.
Estava me sentindo suja, suada. Resolvi tomar um banho.

- Quando sair apaga a luz por favor, amiga. – Falou para mim, já
dando um bocejo e puxando o lençol na cintura.
Peguei minha necessaire e a toalha, calcei um chinelo e fui para o
banheiro.
Entrei, encostei a porta, comecei a tirar as coisas da bolsinha,
escovei os dentes.
Fiquei me olhando no espelho, estava com olheiras do rímel, o
cabelo suado. Minha noite não tinha sido nada do que eu pensava, queria.
Me vi vazia, senti um vazio, solidão. E ninguém preenchia isso, nenhum cara
nunca conseguiu. Sentia tristeza, decepção.
Peguei o sabonete e lavei meu rosto. Guardei tudo, pendurei a toalha
no cano de suporte da cortininha do chuveiro.

Com pouco vi a maçaneta girando e a porta abrindo.


- Oi... – Só escutei a voz grossa e macia dele.
Pedro entrou e fechou a porta, passou o trinco. Fiquei parada, ele
veio chegando perto, falava manso, um sorriso meio sem graça e meio
maldoso na boca.
- Você me perguntou por que eu estava acordado ainda...
Meu coração começou a bater mais forte, respiração acelerou.
- Uhum. – Nosso olhar cruzava, brilhava.
- E eu falei que estava sem sono... – Parou na minha frente, sua mão
deslizou pelo meu rosto.
- Sim. Falou. – Suspirei.
- Eu estou sem sono mesmo... fiquei te esperando, Lorena...
- Ficou?
- Fiquei. Eu não paro de pensar em você... Não consigo esquecer de
hoje...

- Me desculpa...
- Desculpar de quê? Foi a coisa mais gostosa que eu já experimentei
na minha vida... – Ele pousou as mãos na minha cintura me apertando,
puxando meu corpo para perto dele.
- Ah, foi?
Seu rosto estava colado no meu, roçando, lábios encostando, hálitos
quentes, só o barulho da nossa respiração.

- Vai tomar banho agora? – Sua voz saiu carregada, safada.


- Uhum.
- Posso entrar junto?

Só fiz que sim com a cabeça e ele já veio me abocanhando com


vontade. Segurou meu rosto, abrimos os lábios, línguas se misturaram,
beijaram, lamberam, seu gosto era delicioso, a maciez, a quentura, era tudo
do jeito que eu imaginava, uma tentação. Seu beijo era quente, safado,
delicioso, e tenho certeza, melava a buceta de qualquer mulher...
Passou a mão nas minhas costas e com muita facilidade tirou meu
sutiã, depois sua camisa, suspirei fundo quando olhei. Era lindo, largo,
masculino, sexy demais.
Me abraçou, me encostando na parede, minha saia era tão curta que
ele conseguia esfregar o short na minha buceta de fora.

- Ah, menina...
Parou de me beijar, ligou o chuveiro para ninguém escutar a gente lá
fora. Eu já ia descendo a saia, mas ele me impediu.
- Não.

- O que foi, Pedro? – Perguntei, rindo.


- Não tira essa sainha. Fica com ela.
Desceu o short de um jeito tão sensual que fez minha buceta latejar
de tesão. Seu pau pulou para fora pendulando de tão duro, era enorme,
grosso, a cabeça grande, rosinha... era o pau mais lindo que eu já tinha visto.
Ai que vontade que deu de chupar... Começou a esfregar, bater punheta.
- Vem tomar banho comigo, vem... – Me convidou todo safado, me
provocando, esfregando a cabeça, deixando mais inchada. Agarrei nele,
entramos abraçados, bocas coladas, línguas entrelaçando, comendo.
Seu corpo grudou no meu, enfiamos debaixo do chuveiro, a água
quente nos molhando, continuamos beijando gostoso, gemendo.

Meu tesão nesse homem era absurdo, não tinha explicação. E eu


sabia, ele estava louco comigo, alucinado. Saber que aquilo era proibido,
que ele era casado, que era homem sério, me aguçava mais, me atraía, me
deixava doida de vontade de dar pra ele.

Ele era uma delícia, tinha pegada de homem experiente, safado, seu
corpo me envolvia toda.
- Ah, Lorena... você é gostosa demais, menina... – Ficou me
buscando, esfregando a cabeça do pau na minha buceta por baixo da
minissaia molhada, me tentando.

Me virou de costas, colei a cara no azulejo, arrebitei a bunda,


afastei as pernas.
Ele chegou me encoxando, abriu minha bunda, veio penetrando
devagar, me preenchendo, senti uma pressão gostosa.
- Aaahhh que delícia... – seu jeito de falar me enchia de tesão,
gemia, a voz era carregada.

- Ai... põe tudo, tio...


- Não fala assim, sua safada...
Me preencheu toda, colocou tudo, colou seu quadril no meu. Depois
tirou devagar, voltou a enfiar de novo.

- Aaahhh que apertadinha...


- Come, vem... come...
- Ah, Lorena... você é safada demais, menina...

Começou a socar sem parar, esfolando, entrava apertado, ardia


gostoso. Massageava meus seios, beliscava os biquinhos, mordia meu
ombro, o tronco colado nas minhas costas, ficamos ondulando num vai-e-
vem gostoso, ele vinha e eu ia para trás, ficamos encontrando, esfregando,
batendo. O tesão era demais, acumulado, o sexo estava intenso, e ele
precisava descarregar se não ia ter um troço.

- Vou gozar na sua bunda, sua moleca... – Rosnou no meu ouvido, me


segurando pelo pescoço.
- Goza, tio... Gozaaa...
- Ah, caralho... não me chama assim que eu fico louco... - Estocou
mais duas vezes com força e tirou o pau depressa, levantou minha minissaia,
eu abri bem a bunda e virei o rosto, ele batia punheta alucinado, urrou com
os dentes cerrados para ninguém ouvir.
- Aaahhh... aaahhh... – Senti um líquido quente escorrer pela minha
bunda, meu ânus, varando na minha buceta.
- Que delícia, tio... – passei o dedo e chupei, olhei para ele e sorri.
- Safada...

Não gozei com ele, mas senti muito prazer, tesão, foi gostoso
demais. A gente trocou mais uns beijos e terminamos de tomar banho.
Ele estava muito a fim de mim, se não não teria feito essa loucura.
Era romântico, carinhoso, pediu para dormirmos juntos e é lógico que eu
aceitei. Que se fodesse.
Nós sorrimos e nos beijamos, abraçamos de novo, parecíamos dois
apaixonados, eu nunca tinha ficado com um homem assim antes.

- O problema é só a Kátia acordar e dar sua falta no quarto... –


Falou todo preocupado.
- Ah, a Kátia é esperta, Pedro. Ela vai saber onde me encontrar...

- Você... você falou alguma coisa pra ela?


Eu só pisquei para ele, nem respondi.
- Menina, menina... não tem juízo não?
- Somos melhores amigas, tio...
- Já te falei pra não me chamar desse jeito...

Ele veio me abraçando e trocamos um beijo de língua delicioso, o


homem tinha era muita pegada, beijava com fome, com vontade, me sentia
toda envolvida pelo abraço, pelo corpo gostoso dele, cheiroso.
Fomos andando abraçados e caímos na cama. Fez um barulho tão
grande que o Pedro achou que tinha quebrado.

- A sorte é que essa cama é de madeira maciça viu... porque ela vai
relinchar a noite inteira... – Me puxou para o colo dele e continuamos nos
beijando, esfregando, parou para arrancar fora a camiseta e o short, ficou
nuzinho, delicioso.

- Ai menina, eu te quero todinha... – Me abraçou, nós dois pelados


debaixo do lençol, seu corpo quente, o pau encostando em mim, inchado, me
atiçando, me querendo.
A gente estava cansado, já era muito tarde, mas o tesão era tanto,
que não conseguíamos ficar sem nos tocar, nos sentir um no outro, um dentro
do outro.

Pedro deitou em cima de mim e eu abri as pernas, enrosquei sua


cintura. Ele pegou a cabeça do pau e ficou me esfregando, me melando,
passava entre os pequenos lábios e parava no clitóris, dava batidinha nele,
pressionava, esfregava, enquanto a gente lambia a boca um do outro.
- Ai, que delícia... ai... ai...- Eu comecei a gemer descontrolada,
senti que estava vindo, eu ia gozar, e quando meu clitóris explodiu de prazer
ele cobriu minha boca e me mandou ficar calada, escorregou para dentro,
começou a me foder, batendo o quadril no meu sem parar, entrando e saindo,
entrando e saindo... estava tão melado que escorregava, fazia barulho. Pedro
gemia muito, estava morto de tesão, não aguentou muito mais e gozou
também, desabando em cima de mim, seu corpo pesado cobriu o meu.
Estávamos suados, ficamos grudados, nos acarinhando e acalmando,
trocando elogio, confidências. Lá fora só a luz da lua e o vento batendo na
cortina. E nem vimos a hora que adormecemos.
PEDRO
Quando eu falei que a coisa mais gostosa que eu já tinha provado
eram os seios da menina, eu me enganei. Aquilo foi só o começo, e eu sabia
que se provasse, não ia parar mais.

Eu e Regina brigamos. Ela foi embora, com muito custo eu a


convenci, falei que amanhã conversaríamos, e ela me prometeu que me
esperaria em casa, que não voltaria aqui.

Mal sabia ela que estava tudo acabado, mas eu não daria alarde, não
estragaria o final de semana que planejei com tanto carinho junto com a
Cida. Amanhã quando eu chegasse em casa eu anunciaria, e segunda mesmo
já procuraria um advogado para dar entrada no divórcio.
Eu não sei se algum dia já a havia amado, mas eu não ficaria com
alguém que não gostasse da minha família, que tivesse preconceito. E não
era a primeira vez que ela demonstrava isso. Eu não era bobo, sabia muito
bem que Regina não gostava de frequentar a casa da Cida porque era
simples. Ela não misturava.

Não consegui dormir, fiquei pensando na Lorena. Depois do que fez


comigo no churrasco ainda teve a capacidade de ir para baile funk. Era
jovem, moleca, queria aproveitar a vida. Bobo que eu era fiquei esperando.
Saber se chegaria bem em casa, se dormiria em casa, segura e protegida, e
não na cama de outro.

Quando as duas vieram fiquei aliviado, e eu sentia tesão só de ver


como ela estava vestida, atiçava minha imaginação, me fazia pensar só
putaria, sacanagem.
Eu já ia atrás dela no quarto da Kátia, inventaria uma desculpa
esfarrapada para tirá-la de lá, ver qual era a dela, ao menos conversar,
trocar alguns beijos. Mas a danada foi tomar banho, e eu não vi oportunidade
mais perfeita do que essa.

Foi a minha foda mais safada dos últimos anos. Comer a colega da
sobrinha debaixo do chuveiro, toda nua, vestida só com aquela sainha e a
bunda grande toda de fora com marquinha de fio dental, a buceta
pequenininha me chamando, oferecida... ah rapaz... Eu fiquei com medo de
não caber, mas caí matando. Se eu não fizesse isso eu ia ficar louco, aquela
moleca já tinha me consumido todo, tomado conta do meu corpo, do meu
pensamento, do meu juízo todinho.
Foi gostoso, foi delícia, sentir meu quadril batendo naquela carne
redonda e macia, o pau entrando apertado, surrado, quente, ela toda
meladinha, me oferecendo a bunda, eu segurando seus peitos deliciosos, a
água quente caindo em cima de nós dois, abafando nossos gemidos de tesão.
Vontade de não sair de dentro dela nunca mais. Eu nunca ia esquecer, fiquei
louco demais, fora de mim.

Quando a gente acabou, levei ela para dormir comigo. Eu não comia
mulher para depois dormir separado. A cama era de solteiro mas fazia mal
não, a gente dormia abraçado. Fiquei viciado nela, ia embora no dia
seguinte, não queria perder nem mais um segundo.

Lorena saiu enrolada na toalha e eu vesti o pijama de novo. Fui


correndo na frente e deixei a porta aberta, ela correu atrás e trancou.
- Não trouxe roupa... ficou lá no quarto da Kátia...

- Você não vai precisar de roupa não, gostosa... vem cá, vem...

Ela aninhou nos meus braços e eu passei o lençol por cima da gente.
Enchi ela de beijo, e dormimos assim, grudados. E não sei porquê, mas fazia
muito tempo que eu não sentia um cansaço tão gostoso.
Que eu não sentia tanta paz.
LORENA

De manhazinha eu nem precisei de despertador para me acordar.


Eu era acostumada com sexo, mas nós dois fodemos tanto de
madrugada que minha buceta estava dolorida. Acordei de conchinha, deitada
com a cabeça no braço dele. Fiquei parada um tempinho, sonolenta,
pensativa. Aquele homem grande, lindo, agarrado em mim. Me senti tão
protegida, tão segura...

Mas aproveitei que estava tudo silencioso, eu estava nua e tinha que
sair logo antes que alguém me visse, fiquei preocupada.
Assim que levantei para ir para o quarto da Kátia porém só senti um
puxão no braço.

- Aonde você vai, meu docinho?


Só vi a carinha linda dele de sono, os olhos verdes até inchados de
tanto dormir.

Me puxou de volta e me abraçou por trás, o corpo quentinho, o pau


duro esbarrando na minha bunda. Sentia tesão só de encostar nele, e eu nem
acreditava, mas do jeito que estávamos, transaríamos a qualquer minuto.

Ele ficou esfregando o pau na minha bunda, mordendo as minhas


costas, lambendo, fungando a minha nuca. Me deixou de buceta melada, deu
vontade de provocar ele, de sacanear.
Joguei o lençol longe e deitei de bruços, abri minha bunda, colei a
cara no travesseiro.

- Quer me comer, é? Me come, tio... olha aqui, olha...


- Puta que pariu...

Ele veio por trás e ajoelhou no meio das minhas pernas, o pau
enorme, duro, pendulando para frente.
- Ah... que marquinha linda de sol, que cuzinho lindo, menina...

Molhou a cabeça do pau com saliva e ficou esfregando no meu


buraquinho, estava delicioso sentir, rebolei, ficamos brincando, fiquei
segurando a bunda, ele ameaçava enfiar, pressionava, colocava só a
cabecinha e tirava, colocava e tirava... estava apertadinho... delícia...
- Ai que gostoso... Quer comer meu cuzinho, quer tio?
- Ah, sua vagabundinha... eu te quero toda, de todo jeito... ah,
delícia, caralho... - Ele não aguentou, tirou a cabecinha e escorregou para
frente, começou a bombar minha buceta.

- Ai, ai, ai...


- Xiuuu... vai acordar todo mundo desse jeito, sua putinha...

- Mas tá muito gostosooo... ai, ai...


Ficou louco, deitou em cima de mim, tampou minha boca, ficamos
fodendo gostoso, eu via a hora que a cama ia quebrar, relinchava, batia na
parede. Ele tinha tanto fogo que parecia que não comia mulher há muito
tempo, estava tirando o atraso.
A gente tinha fome um do outro, aquela atração toda desde que nos
vimos, tínhamos que consumir com ela, parecíamos dois animais no cio, só
querendo foder, trepar, esfolar.
REGINA
Eu nunca senti tanta raiva na minha vida!
Eu não confiei no Pedro, minha intuição me dizia para voltar lá
naquela espelunca e ir atrás dele, igual mãe quando vai buscar o filho
pequeno fazendo arte na casa de colega, sabe?

A Cida não ia me expulsar, eu tinha certeza, e para a minha sorte


ainda encontrei com ela voltando da padaria, entramos juntas no portão.
Ela estava passando o café e falou que eu podia ficar à vontade,
falei que ia no quarto ver o Pedro e ela concordou.
Abrir a porta devagarinho para não fazer barulho, e me deparar com
aquela cena... meu Deus... eu fiquei chocada, sem reação.

Os pés da cama eram de frente para a porta. Ele estava montado na


piriguete, só de camiseta, e ela toda nua de bruços, deitados um em cima do
outro.
Ela rebolava e ele acompanhava com o corpo para o pau não sair de
dentro, seus corpos esfregando, fazendo vai-e-vem.

Pedro era homem à moda antiga, carinhoso, e aquela posição ali


nunca tinha feito comigo. Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver seus
dedos entrelaçados, ele não parava de beijá-la, nas costas, no ombro, de dar
carinho, falar palavra indecente no ouvido dela, esse lado safado dele eu
estava conhecendo agora.
Saber que a queria, que sentia desejo por ela, que ficava daquele
jeito por causa dela, isso me magoou demais. Ele gemia gostoso no ouvido
dela enquanto estocava, aquela voz grossa, agonizante.
- Ai menina, tá gostoso demais, que bucetinha mais apertadinha... eu
vou gozar, não aguento mais...
- Goza, tio Pedro... goza, goza... come gostoso, lambuza minha
buceta toda, vem...

- Sua putinha... aaahhh... aaahhh... aaahhh... – Continuou gemendo e


estocando, gemendo e estocando... até que liberou tudo.
Levei a mão à boca, chocada. Era para isso que ele veio. Ele já a
conhecia? Como é que começou tudo? E como ninguém havia visto?

Juro que quando a vi pela primeira vez na sala meu coração deu um
aperto. Vestia igual puta, era novinha demais, e muito linda, tinha um corpo
realmente escultural, de parar o trânsito, os seios grandes, empinados,
cinturinha fina e bunda grande. Chamava muito a atenção, qualquer homem ia
olhar mesmo. Vi que na hora ele remexeu do meu lado, mas prendi a
respiração, concentrei. Só não acreditei que fosse chegar nesse ponto, e tão
rápido.

Saí do quarto, corri para chamar a Cida.

Quando chegamos ele ainda estava montado nela, enchendo-a de


beijo nas costas, alisando o braço dela, e para mim já era demais, dei meu
grito.

- Muito bonito, os dois! – Comecei a bater palma.


Ele se assustou e saiu de dentro dela, Cida cobriu o rosto, mas eu vi!
Eu vi seu pau ainda todo ereto, inchado, e todo lambuzado de esperma.
Comigo era só de camisinha. Ela ficou deitada com aquela bunda grande
arrebitada, só me olhou e o Pedro os cobriu com o lençol. Vagabunda!

Meu Deus, era chocante demais...

- Pedro... meu irmão... o que tá acontecendo aqui?! – Cida ficou


quase sem voz, estava meio abobada.
- Te trouxe para ver Cida, senão você não ia acreditar! Essa menina
é menor de idade?!

- Pode parar agora mesmo, Regina! Ela não é menor coisa nenhuma!
E quem mandou você entrar no meu quarto? Não devia nem estar aqui!
- Vamos, Regina. O Pedro vai vestir roupa e a gente vai conversar
com calma lá na sala.

Fiquei parada encarando os dois. A menina continuava deitada de


costas com os braços encolhidos, a bunda grande fazendo volume debaixo do
lençol que o Pedro tinha jogado na cintura dela, olhava para a gente, não
abriu a boca. Sua cara de safada parecia que me falava: “seu marido me
comeu gostoso, eu ganhei e você perdeu, agora dá o fora daqui!”
Pois ela ia ver só uma coisa. Virei para a Cida e falei:
- Essa menina tem pai e mãe, Cida? Temos que avisar pra eles o que
ela tá fazendo...

Quem estava errado era o meu marido, eu sabia disso. Ele era quem
estava comprometido. Mas acontece que eu não ia desistir dele, e tirar essa
ninfeta do nosso caminho era o jeito mais fácil.

Foi só uma transa, coisa de momento, ficou fascinado, cheio de


tesão, Pedro tinha muito fogo e eu casei sabendo disso. Mas não ia para a
frente, eu ia perdoá-lo, orgulho estava ferido. Eu não sei se chegava a ser
amor, mas ele me fazia muito bem, era cavalheiro, me dava carinho, mas o
melhor de tudo, tinha muito dinheiro, e eu não ia abrir mão da vida boa que
ele me dava por causa de buceta novinha de vagabunda.
Fomos para a sala e Cida toda cuidadosa e preocupada comigo,
mesmo depois de eu tê-la humilhado. Essa mulher era estranha mesmo. Foi
na cozinha e ainda me trouxe um copo d’água com açúcar.

- Toma, Regina. Vai te ajudar a acalmar. Vamos esperar ele aqui. Já


já ele aparece.

Eu fiquei sentada, tremia igual vara verde enquanto tomava a água.


Respirava fundo, tentava agir com a razão, não poderia colocar tudo a
perder.

Eu o levaria daqui hoje mesmo. Foi muito cansativo para conquistá-


lo, e mais ainda depois, dediquei meu tempo inteiro a ele, sempre me
aprimorando e estudando para controlar seu patrimônio todo. E eu já estava
quase lá. E se na pior das hipóteses ele não me quisesse mais, metade de
tudo seria meu (e talvez essa opção fosse até melhor).

Pedro chegou um tempo depois, sozinho. A vagabundinha passou


correndo vestindo uma camisa dele e foi para o outro quarto.
- Senta, meu irmão.

Fuzilei ele com o olhar.


- O que querem que eu fale? Não vou mentir nada, vocês viram o
que precisava e o que não precisava, invadiram a minha privacidade.

- Pedro, vamos pra casa.

Ele até se assustou quando eu o chamei. A Cida também.


- Como é?

- Eu te perdoo. Você não vai vê-la mais. Vamos seguir nossa vida e
fingir que não aconteceu nada.
- Eu não vou fazer isso Regina. E não acredito que você tá falando
isso.

- Estou falando para o bem da nossa relação.


- Nossa relação já não estava boa há muito tempo. Estragou tudo
quando casamos e você ficou viciada no meu dinheiro.
- Bem, eu vou deixar vocês dois conversarem... – Cida já ia saindo
e o Pedro chamou ela de volta.

- Não tem nada pra esconder de você, irmã. Pode ficar. Aliás, a
única coisa que tenho que fazer é te pedir desculpa por tudo o que aconteceu,
por ter sido na sua casa, lhe causado constrangimento. Tô muito
envergonhado e vou fazer de tudo pra você esquecer isso, pra consertar isso.

- E pra mim que sou sua mulher, não vai falar nada, Pedro?
- Regina, eu te peço desculpa. Mas dizer que tô arrependido... isso
aí eu não vou dizer não. Não vou falar mentira.

Desgraçado.
- Parece que foi muito bom mesmo, mas já passou. Você não vai vê-
la nunca mais e nós vamos embora.
Ele parou, ficou pensando um tempo. E depois concordou com a
cabeça. Ficou todo bonzinho, se transformou.
- Tem razão, Regina. Olha, eu vou juntar minhas coisas e a gente se
encontra em casa. Em casa terminamos de conversar.

Eu concordei e me levantei.

- Até mais, Cida. Vou na frente pra te esperar, Pedro.


- Uhum. Só vou trocar essa roupa e juntar minhas coisas.

- E a outra lá? Vai embora também? – Estiquei o pescoço no rumo


do corredor.
- Ah, vai sim Regina. Ela tá lá no quarto da Kátia, deve estar
arrumando as coisas dela.

- Acho bom. E olha, Cida. Muito cuidado com quem você põe dentro
da sua casa. Essa aí deve ser mais rodada que tudo... até pro Kléber deve ter
dado, fica de olho. Mas como ele é mais pobre do que tudo, ela não pegou
barriga...
- Chega, Regina. Vai embora agora, tá bom? Encontramos em casa.
Eu fiquei observando ele entrar no quarto e fechar a porta. Cida
ficou calada, não retrucou. E só depois disso é que ela me acompanhou até o
portão.

Arranquei minha BMW cantando pneu. Eu era mulher fria, centrada.


Não é qualquer coisa que me abalava, ainda mais sabendo que a fortuna dele
estava em jogo.
LORENA

Hoje faz cinco meses que tudo aconteceu, e eu nunca imaginei que a
minha vida mudaria tanto por causa de um único final de semana.
Sentimentos novos, emoções, tudo que eu nunca senti antes e nem imaginei
viver. E não é ruim, pelo contrário, é maravilhoso.

Estou apaixonada. Estou duplamente apaixonada.


Naquele domingo antes de ir embora, o Pedro me ofereceu uma
carona para me levar em casa, e na hora eu saquei que ele queria ficar
sozinho comigo. Eu ainda planejava dormir na Kátia e iríamos juntas para a
escola na segunda, mas juntei minhas coisas e me despedi dela e da Cida.
Ainda bem que o Klebinho não dormiu em casa no sábado e nem
apareceu no domingo, não estava a fim de ver a cara dele e nem queria que
ele implicasse com ciúme do tio. Ele já estava em outra há muito tempo, mas
ainda achava que era o meu dono.

Kátia combinou que conversaríamos com calma na escola segunda-


feira, e eu contaria tudo a ela, não tínhamos segredos.

No caminho até a minha casa, paramos numa rua bem deserta. Ele
deitou o banco do motorista e eu sentei no seu colo. Dentro daquela
caminhonete rolou muito beijo, provocação, muito amasso gostoso, carinho,
troca de declarações. Ele falou comigo que nunca ia me esquecer, que
resolveria tudo e voltaria para me ver, no carro mesmo me pediu em namoro
e eu aceitei, prometi que não ia ficar com mais ninguém, que ia esperá-lo. E
eu já estava tão ligada nele que era a mais pura verdade, nunca alguém me
deu tanto valor, me tratou tão bem. Estava muito encantada por ele. E fora
que ele era bom de cama demais, ô homem que trepava gostoso...

Mostrei para ele o caminho da minha casa e dali em diante trocamos


poucas palavras, eu estava muito pensativa e ele também, e eu tinha certeza
que eram as mesmas dúvidas, de como seria com a Regina e a reação da
família dele e da minha quando assumíssemos o nosso romance. Não foi só
sexo, como todos estavam pensando.

E deu tudo certo.


Ele hoje está finalizando o divórcio e eu vim morar com ele, uma
mansão num condomínio, não é longe da minha cidade. A outra lá levou
bastante bens dele na justiça, mas isso para mim não importa, não estou com
ele por isso, e tenho certeza que ele vai reconquistar tudo, é muito inteligente
e esforçado, atencioso e cuidadoso, seus funcionários o adoram.

A gente ainda não oficializou nada porque estamos esperando o


lance dele com a Regina, mas planejamos um casamento lindo com uma
grande festa, ele falou que quer fazer tudo do meu gosto.
Estamos vivendo em lua de mel, a gente só namora, parece casal
bobo, ri de tudo, transamos gostoso quase todos os dias... ele tem muito
fogo...
Ao mesmo tempo ele me ensina muita coisa, me leva nas suas
padarias, aprendo mais a cada dia com ele, e por enquanto eu larguei a
escola.
É que... nós nunca prevenimos nada, e agora estou grávida, de três
meses. Estamos muito felizes, e a família inteira amou a notícia! E que Deus
conserve assim. Sinto que sou outra pessoa, mais madura, mais mulher.

E para mim o amor não tem idade, não tem gênero e nem aparência.
Nosso encontro foi lindo e na hora que precisava ser, e só conseguimos
encontrar a nossa felicidade porque seguimos o nosso coração, não nos
prendemos a regras e opinião dos outros.
Ele me completa, me sinto segura, e ele fala que eu o faço rir, que
sou leve.

A vida é curta, passa depressa, e um conselho que eu dou é esse,


seguir o coração, porque o que há de mais triste nesse mundo é viver
preocupado com a opinião dos outros.
Estamos muito felizes assim, e é isso o que importa!
Se você gostou, avalia o meu conto, por favor, diz que sim! É muito
importante para mim.
Muita gratidão por você, meu leitor e leitora queridos.
Se quiser me escrever, meu contato é:

autoraninapimenta@gmail.com
Eu vou adorar!

Até o próximo conto!

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