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Cuidado. (Vicia).
Querido leitor(a),
Essa minha nova remessa de contos picantes está vindo para
desafiar a sua sanidade. Está uma loucura, insuportável de quente.
Recomendo que você leia com calma, sozinho(a), e se deleite ao
máximo, sem regras, sem nenhum pudor, sem preconceitos.
NINA
PRIMEIRO VOU ME APRESENTAR
O que mais importa para contar mesmo, é sobre uma visita muito
especial que a dona Cida recebeu no outro final de semana...
Pedro, irmão dela, tio da Kátia.
Minha intenção era curtir o final de semana inteiro, zoar com a
Kátia, a gente sair, fazer tudo. Mas quando aquele homem grande, gostoso
pra caralho, e todo sério cruzou o meu caminho, eu me inquietei, me subiu
um fogo... nunca tinha sentido isso.
Ele era muito atraente, era charmoso, educado... mas mais do que
isso, a sensação do “proibido” me dizia para ir, partir pra cima! Ai...
Deu muita vontade de provar...
- Ah, Ka... se o Vitinho não for, eu transo com seu irmão. Mas você
sabe que tô a fim demais do nosso colega de sala...
- Lorena, você gosta de se iludir né, mulher... cansada de saber que
ele tem namorada séria, acha que vai deixar ela em casa pra ir pra baile
funk?
- Cê é fogo...
Nós começamos foi a rir enquanto besuntávamos o corpo com óleo
bronzeador.
LORENA
- Hum... cheirosa...
Olhei de relance, me arrepiei toda, só murmurei:
- O que você tá querendo hein, Klebinho...
- Minha irmã já é bem crescida pra eu ter que tomar conta, Lorena.
- Cala a boca... - Dei as costas para ele, mas ele não me soltou. Foi
andando atrás de mim com as mãos na minha cintura. Já vi que essa noite ia
render.
Ele me puxou e colou a boca no meu ouvido, sua voz grossa e brava
me deixava molhadinha.
- Vou encher sua buceta de porra...
- Vem Klebinho... enche, vem...
- Já quero repetir...
- Calma lá, Klebinho. Preciso de um tempo. – Comecei a ficar
irritada.
Cida falava que eu tinha que arrumar mulher era na minha igreja.
Sou um cara reservado, sistemático, e talvez por isso mesmo tenha demorado
a casar.
Eu e Regina estávamos juntos há dois anos, fazia um ano e nove
meses que havia me casado. Ela era cliente de uma padaria minha, ia lá
direto, o pessoal falava que ela perguntava por mim toda vez, e às vezes
coincidia que eu estava na matriz supervisionando, fazendo balanço.
Eu cheguei foi cedinho, bem antes do que falei para a Cida. Queria
fazer surpresa para ela, aproveitar e tomar o café da manhã juntos. Éramos
em sete irmãos, mas a Cida e eu sempre fomos mais ligados, a gente tinha a
idade perto, e quando ela engravidou do Klebinho, quem ajudou a segurar a
barra fui eu, o cara era casado e não quis assumir, e papai quase a expulsou
de casa.
- Até eu que sou mais boba! Um homem lindo desse e ainda montado
na grana!
- Ô diacho, hein Cida!
Eu dei um sorrisinho bobo, não sabia para onde olhava. Ela veio se
aproximando de mim, prendi a respiração. Me abraçou e deu um beijo no
rosto, fiquei parado, rígido.
Olhei sem graça para a tal Lorena, ela parecia curiosa pela resposta,
de olho na minha mão esquerda, uma baita aliança grossa.
- Ah... Kátia... Regina tem os compromissos dela lá, falou que ia
fazer visita nas padarias, supervisionar tudo... ela quer tomar conta de tudo
da parte financeira, só fala nisso...
- Me passa a garrafa, Kátia. – A voz rouca pediu. Tudo que ela fazia
era sensual. Era natural dela.
- Mas e então, tio? Temos já a programação do final de semana?
- Peraí, deixa eu falar, Kátia! Vai ter o churrasco que seu tio adora, o
resto vocês decidem!
- Ah, irmão. Agora cê tá perdido, vai ter que ir! – Cida danou a rir,
Kátia também.
Meu sobrinho Kléber apontou na cozinha, parecia arrumado pra sair,
cigarro atrás da orelha. Boné, tênis, perfume forte.
- Até daqui a pouco, tio. – Ela ainda virou e piscou para mim com
aquela voz rouca. Parecia me provocar, sabia que eu estava olhando.
Ê diacho... Tive que continuar sentado até a Cida aparecer, senão eu
ia ter problema.
LORENA
- Nossa, mas vai ficar é bom, viu! Chico e Soninha, que bom que cês
vieram! – Eu acho que nunca tinha visto a Cida tão feliz quanto hoje. Era
uma amizade muito bonita a dela com o irmão, e estava na cara que ele a
ajudava demais, minha amiga era igual a mim mesma, pobre de dinheiro.
- Viemos direto do culto, Cida! Não podia deixar de dar um abraço
no Pedrão!
- Ah, é isso mesmo! Ele já viu vocês? Só foi ali trocar de roupa e já
volta! Soninha, cê me ajuda com as carnes? Correr para temperar!
- Claro, Cida, vamos lá.
As duas saíram para a cozinha, e o tal Chico não fechava nem a boca
quando eu passava perto dele. Arrastei uma toalha no chão ao lado da
cadeira onde ele estava e comecei a passar bronzeador para tomar sol. Podia
olhar à vontade, comer com o olho, eu não me importava nem um pouco,
quem ia escutar quando chegasse em casa não era eu, e o meu alvo era outro,
bem mais gostoso...
O churrasco começou a rolar solto. Todo mundo bebendo, menos os
amigos do Pedro.
Klebinho olhou para mim, fez sinal para eu dançar com ele, falou
que ia colocar um funk. Fiz sinal que não, e quando a música acabou, eu
chamei o Pedro.
- Você não vai embora sem dançar uma comigo, tio...
- Será que um dia eu vou ver? – Pisquei para ele, que deu um sorriso
de canto de boca.
- Menina, menina...
- Escuta, Lorena. Com a Cida eu posso dançar solto, com você não.
- Então me prova!
- Não tenho que provar nada pra você. Tá muito nova pra ficar com
esse papo, viu...
Eu dei um risinho. Cheguei bem perto do ouvido dele, comecei a
provocar, tentei colar mais nele, amassei meus seios no peito dele.
- Que pena, tio... achei que você gostasse de dançar bem coladinho...
você ia sentir sua coxa ralando na minha, com esse seu short fininho, seu pau
ia esfregar gostoso no meio das minhas pernas, olha como tá no rumo
certinho da minha buceta... vem esfregar, vem... é só disfarçar, ninguém vai
ver...
- Lorena!
Nem liguei. Eu estava louca, pegando fogo, doida para atiçar aquele
homem de algum jeito. Ele me comia com o olho, me enchia de tesão saber
que me olhava com desejo, reparava minha bunda, meus seios, não
desgrudava o olhar de mim todinha... mas continuava na dele, postura séria,
bebendo e conversando papo chato com o pessoal.
Kátia começou a confeitar o bolo e eu arranquei a parte de cima do
biquíni.
- Ah, menina... faz isso comigo não... – falou quase sem força.
Coloquei um bico no rumo da boca dele, sujou o lábio com um
pouquinho de Chantilly.
- Chupa logo, caralho! – Klebinho rosnou, vidrado na gente.
- Vai, tio! Chupa! - Kátia reforçou o coro.
Meu bico estava durinho, pontudo. Passei para o outro seio, ele
tornou a lamber, sugar, eu fazia carinho no cabelo dele, cheio, cheiroso, os
fios grisalhos eram bem poucos, só se mexesse, procurasse. A boca dele era
macia, carnuda, quente. Feita para chupar buceta.
- Chupa tudo, tio... lambe... não deixa restinho... – Falei baixinho
para que só ele ouvisse. Ele mal conseguia abrir o olho, me abocanhava,
sugava, gemia baixo. O Chantilly já tinha acabado há muito tempo, mas eu
conduzia, fazia carinho, incentivava, toda oferecida, sem-vergonha.
- Tira tudo, tio... deixa limpinho... olha que delícia a cobertura do
seu bolo...
Cada um foi para o seu quarto. Cida tinha arrumado um quarto para
o Pedro, Klebinho no dele e eu com a Kátia. Eu ainda esperava ela vir falar
comigo para eu poder pedir desculpas.
- Pois é. Quero ver quem vai convencer ele a ficar. Kátia deve estar
lá agora conversando.
- Tá bom. Vamo lá então.
Só deixei o travesseiro de lado e saí atrás dela para a cozinha.
Estava ansiosa, ainda não tinha visto ele depois do que aconteceu.
Cheguei lá, ele desviou o olhar quando me viu, fingiu que estava
mexendo no bolo. Kátia estava do lado dele, conversavam.
- Fica, tio, por favor! – Ela implorava, puxando ele pelo braço.
Rapaz do céu...
Eu juro, nunca achei que fosse passar por uma situação dessa na
minha vida toda! Caralho...
Pensei bem, resolvi ficar. Era minha prova de fogo, eu tinha que ser
homem para resistir àquela tentação deliciosa. Era novinha mas parecia que
tinha experiência, era maldosa, sabia mexer com macho.
Virei para as três e falei:
- Ah, tio... vamo cedo para aproveitar. Sei lá, lá pelas nove, o que
acha Ló?
- Nove horas é cedo?! – Eu ri. Essa geração de hoje era toda
diferente da minha.
- Miga eu nem acredito que o tio vai com a gente... cê vai pajear ele
lá hein... se não não vou poder nem dançar!
- Ah, mas é lógico né, Kátia. Quero sumir com ele lá dentro...
- Eu nem quero ficar perto de vocês. Leva ele para um canto, faz
igual rolou com o Klebinho, aproveita. Ele falou que foi show demais, tá
falando disso até hoje, não sei o que você fez com o homem, que feitiço foi
esse...
- Foi muito gostoso mesmo, ainda mais que tinha um cara
acompanhando tudo de perto.
- Regina?
- Eu mesma! Tudo bem, Kátia?
E dito e feito. Nem ela e nem a Cida falaram nada. A mãe da Kátia
nos convidou para ir até a cozinha para acompanhar a Regina, comer do
bolo. Falei que ia provar só um pedacinho.
- Hummm... quem fez esse Chantilly, foi você, Cida? Está perfeito! –
Regina até lambeu a colher.
- Uhum. Sei. E por que mais cedo o Chantilly estava mais gostoso do
que agora, Pedro?
O que é que eu fui arrumar...
O homem ficou vermelho, virou o resto do refrigerante que estava no
copo só para não ter que responder. Mas ela continuou.
- Vamos.
- Tchau, tio.
A mulher enfezou.
- Uai, vão sair sem blusa? Já não basta ficarem de sutiã na frente do
meu marido, ainda vão pra rua desse jeito, Cida? Nossa, tão parecendo... eu
nem vou falar porque o horário não permite!
Vi que a Cida começou a gaguejar, Pedro esfregou o rosto e a Kátia
virou para ela igual uma fera.
- Eu visto do jeito que eu quiser, você não tem nada com isso. E
minha mãe não te deve nenhuma satisfação!
- Pra mim não, mas pro irmão dela que paga as contas dela todas,
ela deve sim viu, garota atrevida?
- Regina!
Pedro gritou tão alto com ela que fiquei com medo.
- Vai defender essa piriguete agora? Me poupe!
- Vou sim. Podem ir. Já já o Pedro deve vir pra gente conversar,
resolver tudo...
- Tá bom então.
Kátia deu um beijo no rosto dela e fomos para o portão pedir o
Uber.
- É. Bom, vou dormir. Benção, tio. – Kátia deu um beijo na mão dele
e saiu para o quarto.
Eu fiquei parada de pé, nossos olhares se cruzando, insinuantes, se
querendo. Ele fazia meu coração acelerar só de olhar para mim, me
queimava, me comia, prometia.
- É... Boa noite, Pedro. Desculpa qualquer coisa. – Dei um
tchauzinho e virei as costas, nem esperei ele responder, falar nada, estava
cansada daquela situação, já tinha entregado os pontos.
Fui andando e tirando as sandálias, estavam matando meus pés.
Cheguei no quarto, Kátia já estava nua, ajeitava a cama dela para deitar.
Estava me sentindo suja, suada. Resolvi tomar um banho.
- Quando sair apaga a luz por favor, amiga. – Falou para mim, já
dando um bocejo e puxando o lençol na cintura.
Peguei minha necessaire e a toalha, calcei um chinelo e fui para o
banheiro.
Entrei, encostei a porta, comecei a tirar as coisas da bolsinha,
escovei os dentes.
Fiquei me olhando no espelho, estava com olheiras do rímel, o
cabelo suado. Minha noite não tinha sido nada do que eu pensava, queria.
Me vi vazia, senti um vazio, solidão. E ninguém preenchia isso, nenhum cara
nunca conseguiu. Sentia tristeza, decepção.
Peguei o sabonete e lavei meu rosto. Guardei tudo, pendurei a toalha
no cano de suporte da cortininha do chuveiro.
- Me desculpa...
- Desculpar de quê? Foi a coisa mais gostosa que eu já experimentei
na minha vida... – Ele pousou as mãos na minha cintura me apertando,
puxando meu corpo para perto dele.
- Ah, foi?
Seu rosto estava colado no meu, roçando, lábios encostando, hálitos
quentes, só o barulho da nossa respiração.
- Ah, menina...
Parou de me beijar, ligou o chuveiro para ninguém escutar a gente lá
fora. Eu já ia descendo a saia, mas ele me impediu.
- Não.
Ele era uma delícia, tinha pegada de homem experiente, safado, seu
corpo me envolvia toda.
- Ah, Lorena... você é gostosa demais, menina... – Ficou me
buscando, esfregando a cabeça do pau na minha buceta por baixo da
minissaia molhada, me tentando.
Não gozei com ele, mas senti muito prazer, tesão, foi gostoso
demais. A gente trocou mais uns beijos e terminamos de tomar banho.
Ele estava muito a fim de mim, se não não teria feito essa loucura.
Era romântico, carinhoso, pediu para dormirmos juntos e é lógico que eu
aceitei. Que se fodesse.
Nós sorrimos e nos beijamos, abraçamos de novo, parecíamos dois
apaixonados, eu nunca tinha ficado com um homem assim antes.
- A sorte é que essa cama é de madeira maciça viu... porque ela vai
relinchar a noite inteira... – Me puxou para o colo dele e continuamos nos
beijando, esfregando, parou para arrancar fora a camiseta e o short, ficou
nuzinho, delicioso.
Mal sabia ela que estava tudo acabado, mas eu não daria alarde, não
estragaria o final de semana que planejei com tanto carinho junto com a
Cida. Amanhã quando eu chegasse em casa eu anunciaria, e segunda mesmo
já procuraria um advogado para dar entrada no divórcio.
Eu não sei se algum dia já a havia amado, mas eu não ficaria com
alguém que não gostasse da minha família, que tivesse preconceito. E não
era a primeira vez que ela demonstrava isso. Eu não era bobo, sabia muito
bem que Regina não gostava de frequentar a casa da Cida porque era
simples. Ela não misturava.
Foi a minha foda mais safada dos últimos anos. Comer a colega da
sobrinha debaixo do chuveiro, toda nua, vestida só com aquela sainha e a
bunda grande toda de fora com marquinha de fio dental, a buceta
pequenininha me chamando, oferecida... ah rapaz... Eu fiquei com medo de
não caber, mas caí matando. Se eu não fizesse isso eu ia ficar louco, aquela
moleca já tinha me consumido todo, tomado conta do meu corpo, do meu
pensamento, do meu juízo todinho.
Foi gostoso, foi delícia, sentir meu quadril batendo naquela carne
redonda e macia, o pau entrando apertado, surrado, quente, ela toda
meladinha, me oferecendo a bunda, eu segurando seus peitos deliciosos, a
água quente caindo em cima de nós dois, abafando nossos gemidos de tesão.
Vontade de não sair de dentro dela nunca mais. Eu nunca ia esquecer, fiquei
louco demais, fora de mim.
Quando a gente acabou, levei ela para dormir comigo. Eu não comia
mulher para depois dormir separado. A cama era de solteiro mas fazia mal
não, a gente dormia abraçado. Fiquei viciado nela, ia embora no dia
seguinte, não queria perder nem mais um segundo.
- Você não vai precisar de roupa não, gostosa... vem cá, vem...
Ela aninhou nos meus braços e eu passei o lençol por cima da gente.
Enchi ela de beijo, e dormimos assim, grudados. E não sei porquê, mas fazia
muito tempo que eu não sentia um cansaço tão gostoso.
Que eu não sentia tanta paz.
LORENA
Mas aproveitei que estava tudo silencioso, eu estava nua e tinha que
sair logo antes que alguém me visse, fiquei preocupada.
Assim que levantei para ir para o quarto da Kátia porém só senti um
puxão no braço.
Ele veio por trás e ajoelhou no meio das minhas pernas, o pau
enorme, duro, pendulando para frente.
- Ah... que marquinha linda de sol, que cuzinho lindo, menina...
Juro que quando a vi pela primeira vez na sala meu coração deu um
aperto. Vestia igual puta, era novinha demais, e muito linda, tinha um corpo
realmente escultural, de parar o trânsito, os seios grandes, empinados,
cinturinha fina e bunda grande. Chamava muito a atenção, qualquer homem ia
olhar mesmo. Vi que na hora ele remexeu do meu lado, mas prendi a
respiração, concentrei. Só não acreditei que fosse chegar nesse ponto, e tão
rápido.
- Pode parar agora mesmo, Regina! Ela não é menor coisa nenhuma!
E quem mandou você entrar no meu quarto? Não devia nem estar aqui!
- Vamos, Regina. O Pedro vai vestir roupa e a gente vai conversar
com calma lá na sala.
Quem estava errado era o meu marido, eu sabia disso. Ele era quem
estava comprometido. Mas acontece que eu não ia desistir dele, e tirar essa
ninfeta do nosso caminho era o jeito mais fácil.
- Eu te perdoo. Você não vai vê-la mais. Vamos seguir nossa vida e
fingir que não aconteceu nada.
- Eu não vou fazer isso Regina. E não acredito que você tá falando
isso.
- Não tem nada pra esconder de você, irmã. Pode ficar. Aliás, a
única coisa que tenho que fazer é te pedir desculpa por tudo o que aconteceu,
por ter sido na sua casa, lhe causado constrangimento. Tô muito
envergonhado e vou fazer de tudo pra você esquecer isso, pra consertar isso.
- E pra mim que sou sua mulher, não vai falar nada, Pedro?
- Regina, eu te peço desculpa. Mas dizer que tô arrependido... isso
aí eu não vou dizer não. Não vou falar mentira.
Desgraçado.
- Parece que foi muito bom mesmo, mas já passou. Você não vai vê-
la nunca mais e nós vamos embora.
Ele parou, ficou pensando um tempo. E depois concordou com a
cabeça. Ficou todo bonzinho, se transformou.
- Tem razão, Regina. Olha, eu vou juntar minhas coisas e a gente se
encontra em casa. Em casa terminamos de conversar.
Eu concordei e me levantei.
- Acho bom. E olha, Cida. Muito cuidado com quem você põe dentro
da sua casa. Essa aí deve ser mais rodada que tudo... até pro Kléber deve ter
dado, fica de olho. Mas como ele é mais pobre do que tudo, ela não pegou
barriga...
- Chega, Regina. Vai embora agora, tá bom? Encontramos em casa.
Eu fiquei observando ele entrar no quarto e fechar a porta. Cida
ficou calada, não retrucou. E só depois disso é que ela me acompanhou até o
portão.
Hoje faz cinco meses que tudo aconteceu, e eu nunca imaginei que a
minha vida mudaria tanto por causa de um único final de semana.
Sentimentos novos, emoções, tudo que eu nunca senti antes e nem imaginei
viver. E não é ruim, pelo contrário, é maravilhoso.
No caminho até a minha casa, paramos numa rua bem deserta. Ele
deitou o banco do motorista e eu sentei no seu colo. Dentro daquela
caminhonete rolou muito beijo, provocação, muito amasso gostoso, carinho,
troca de declarações. Ele falou comigo que nunca ia me esquecer, que
resolveria tudo e voltaria para me ver, no carro mesmo me pediu em namoro
e eu aceitei, prometi que não ia ficar com mais ninguém, que ia esperá-lo. E
eu já estava tão ligada nele que era a mais pura verdade, nunca alguém me
deu tanto valor, me tratou tão bem. Estava muito encantada por ele. E fora
que ele era bom de cama demais, ô homem que trepava gostoso...
E para mim o amor não tem idade, não tem gênero e nem aparência.
Nosso encontro foi lindo e na hora que precisava ser, e só conseguimos
encontrar a nossa felicidade porque seguimos o nosso coração, não nos
prendemos a regras e opinião dos outros.
Ele me completa, me sinto segura, e ele fala que eu o faço rir, que
sou leve.
autoraninapimenta@gmail.com
Eu vou adorar!