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Copyright © 2021 Nina Pimenta

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos, são produtos
da imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera
coincidência.

Revisão Nina Pimenta

Capa Nina Pimenta

Diagramação Nina Pimenta

Esta obra tenta seguir as regras do Novo Acordo Ortográfico.

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Código Penal.

Edição Digital/ Criado no Brasil.


Querido leitor(a),
Essa minha nova remessa de contos picantes está chegando para desafiar
a sua sanidade. Está uma loucura, insuportável de quente...
Recomendo que você leia com calma, sozinho(a), e se deleite ao máximo,
sem regras, sem nenhum pudor, sem preconceitos, sem vergonha... aqui é
tudo fantasia!

E mais uma vez eu aviso, se você for sensível, nem comece.

Agora se não for... aproveite, devore!


*Esse conto foi o que pensei para aproximar do UM AMOR DE
TIO. O tio foi um estouro, e recebi uma enxurrada de e-mails
pedindo mais, querendo mais contos com homens mais velhos,
“experientes”, se é que me entende... E aqui eu entrego o Jorge pra
você de bandeja. Aproveita...
Vem curtir, vem.

Um beijo gostoso.
NINA
Tudo o que é novidade é muito gostoso, é interessante. Mas nada substitui
a realidade.
Primeiro vou me apresentar

Oi, meu nome é Jéssica, tenho dezenove anos. Acabei o Ensino Médio, no
momento estudo para o vestibular e trabalho numa sorveteria aqui perto de
casa. É interior, zona rural, faz um calor dos infernos o ano inteiro. O bom é
que vende picolé o ano inteiro também. Eu adoro, mas descobri que não é
desse que a Lorraine gosta de chupar. Foi minha amiga de sala, ela é muito
assanhada, diferente de mim. Lorraine é linda, corpo violão, cabelão loiro...

Um dia viram ela no banheiro com a boca lambendo o pinto do


Leonardo, colega nosso. Nossa amizade ficou meio estremecida e eu já vou
contar o porquê, mas depois ela me jurou que não ia ficar de safadeza com
ninguém mais assim às vistas.
Eu tento ajudar, porque a fama dela não é boa. Se em cidade pequena a
fofoca já corre, imagina em roça, onde todo mundo conhece todo mundo?

Por isso mesmo, pela primeira vez eu a convidei para passar o final de
semana aqui em casa. Quietinhas, para ela dar um tempo das noitadas,
boteco e casa de homem. Minha amiga é terrível, não pode ver macho.

Estamos só eu e pai, mãe viajou com meu irmão pra casa de vó, os dois
(ela e pai) estão meio brigados.
Eu tinha certeza que ia ser bem tranquilo. Veríamos televisão,
acordaríamos tarde, bom que também faríamos companhia para pai, ele
estava murchinho sozinho, estava até indo mais pro boteco do que antes.
LORRAINE

Eu sabia muito bem quais eram as intenções da minha amiga Jéssica. Ela
não me falou com todas as letras, mas parecia que queria me afastar de tudo
quanto é tipo de lugar que tivesse homem. Depois que algumas pessoas me
viram chupando o pau do gostoso do Léo no banheiro da escola, minha
reputação nunca mais foi a mesma. Fora outras coisas. Pois é, como esse
mundo é machista! Com o homem ninguém fala nada, pelo contrário, saem
com fama de garanhões. O Léo saiu. Já com nós mulheres, a coisa muda de
figura, o buraco é mais embaixo.

Eu não era fácil mesmo. Gostava de aproveitar, beijar na boca... comecei


a transar com quinze anos, meu primeiro namorado. Coisa boa depois que
começa não para mais não, para? Eu tinha culpa de gostar de sexo? Quem é
que não gosta?
Pois é, mas o caso que vou contar em detalhes agora foi a maior loucura
que eu já tinha feito, e olha que comigo não tinha frescura...
Pois a Jéssica se enganou bem quando pensou que ia me segurar, que eu
ficaria quietinha na casa dela. Eu até pensei mesmo que isso ia acontecer,
que ia ser um tédio esse final de semana, que eu ia ficar na seca. Mas
quando minha amiga me apresentou o pai dela... que puta coroa gostoso, meu
Deus. já adianto de uma vez, eu não tinha a menor intenção, nem nunca tinha
ficado com homem da idade dele, mas me veio uma atração na hora. E eu vi
o jeito que ele me olhou também....

Bom, deixa eu contar o caso.


JÉSSICA

A gente tinha combinado que na sexta-feira a Lorraine passava na


sorveteria no final da tarde e a gente já tomava o café na minha casa. Mas
enrolada do jeito que minha amiga era, ela acabou se atrasando. Cheguei a
ligar no celular dela, achei que não ia mais. Quando eu já estava na porta da
sorveteria guardando o boné do uniforme na bolsa, ela apontou na calçada lá
longe, vinha arrastando a rasteirinha fazendo barulho no cimento rua afora.

Fiquei sem entender o motivo do atraso, roupa é que não era, porque o
que ela menos tinha ali naquele corpo era pano. Lorraine tinha um corpo
lindo. A cintura era fina, coxas grossas, e uma bunda que deixava os homens
de queixo caído. Para completar, minha amiga usava o cabelo bem
chamativo batendo na cintura, ela era morena mas fazia mechas bem loiras,
não tinha um que não olhava. As inimigas chamavam ela de “loira
oxigenada”, falavam que era gostosa mas era burra, essas coisas.
Às vezes eu ficava com inveja, mas uma inveja boa, de querer chamar a
atenção também, não de desejar o mal para ela, nunca! Ela brincava que eu
era o seu anjo da guarda, que tirava ela de confusão. Eu era o tipo de amiga
sincera, que fala a verdade, mesmo que ela não quisesse ouvir. Lorraine era
muito desmiolada, tinha um fogo... me contava tudo das transas dela, eu
ficava morrendo de tesão, minha calcinha melava toda. E... foi ela que me
mostrou como fazia para gozar, me ensinou a brincar com a buceta, a
esfregar o grelinho, como ela falava. Achei a coisa mais deliciosa do mundo,
eu mexia nua, à noite na cama, ou no banho com o chuveirinho... fechava os
olhos, imaginava que era um homem quem estava ali... pai não podia nem
sonhar... na minha casa a gente não conversava dessas coisas. Eu era virgem,
mas uma vez ela insistiu tanto, mas tanto, falou que tinha um presente para
mim. Isso foi quando fiquei maior de idade. E eu preciso contar esse caso...

Bom, como toda adolescente eu tinha a minha paixão secreta, meu amor
platônico. Era o Leozinho, colega nosso de sala. Olha, até hoje, passado esse
tempo todo, eu acho que nunca conheci um homem tão educado, tão fofo.
Ele era legal demais, conversávamos de tudo, superamigo, parceiro, um
cavalheiro... ele era uma gracinha, cabelos castanhos, tinha uns cachos
lindos que eu era doida para pegar, passar a mão, alisar, mas nunca tive
coragem. Era alto, fortinho, o sorriso lindo, e quando ele sorria aparecia as
covinhas, era charmoso demais. Ele era novo mas a voz já era de homem,
grossa. A gente saía, ele e a Lorraine fumavam, ficávamos conversando,
rindo... Eu suspirava por ele, mas nunca falei nada, e nem para a Lorraine eu
tinha coragem. Ela era muito doida, e amiga dele também, eu tinha muito
medo de que ela contasse, estragasse a nossa amizade. Já pensou se ele não
me quisesse? Eu ia morrer!

Então, nesse belo dia quando fiquei de maior, Lorraine me levou até o
vestiário feminino da escola. O Leozinho estava lá escondido, quase dei um
grito quando o vi. Ela falou que eu ia experimentar uma coisa sem igual. Me
encostou na parede, e eu lembro como se fosse hoje...

Lorraine trancou a porta do vestiário, falou com a gente que tinha que ser
rápido. Eu já fazia ideia mais ou menos do que era, e estava com medo, mas
muito excitada.
- Oi docinho... – Ele me fez um carinho no cabelo, beijou meu rosto.

- Leozinho, você é doido de estar aqui...


Ele deu uma risada fofa.

- Que nada... vem, Jess, vem aqui no canto um pouquinho... abre a calça...
– Ele me chamou de um jeito como nunca falou antes. O tom safado, o olhar
quente para mim.
- O que vocês querem? – Perguntei, sentindo minhas mãos tremerem.

- Eu vou te dar seu presente de aniversário, meu docinho...

- Leozinho, tá doido? – Meu coração foi na boca. Senti uma onda de tesão
varrer meu corpo.
- Tô. Quero dar só um beijinho, deixa?
- Ai meu Deus...
- Vem Jess, abre a calça...

Ele pediu com tanto jeito que eu não consegui recusar. Leozinho era muito
amigo, eu confiava cem por cento nele. E estava totalmente apaixonada. Abri
a calça jeans, desci um pouquinho, mostrei a calcinha para ele.

- Por cima, tá? – Falei, respirando fundo. Lorraine deu uma risadinha.
Meu corpo pinicava todo, coração a mil, sentia meu clitóris pulsar.
- Deixa disso, Jéssica. Quer chupar bala com papel? – Lorraine chamou a
minha atenção.
- Ai, gente... – Olhei de um para o outro, morrendo de vergonha e de
tesão.

Leozinho ajoelhou e desceu mais minha calça jeans, até metade das coxas.
Fiquei parada olhando para baixo, ele me olhou e piscou para mim, deu uma
risadinha.
- Calcinha linda, Jess... – Chegou perto e esfregou o nariz, inspirou meu
cheiro. - Ah, delícia... – Começou a beijar o tecido, em cima dos pelos, dos
grandes lábios. Sentia uma pressão gostosa quando ele encostava, minha
buceta estava ficando melada. Não acreditei que estava vivendo isso.

- Ai meu Deus.... pronto, Leozinho. Chega... – Falei, morrendo de tesão.


- Me mostra a buceta, vai.

Respirei fundo.

- Mostra logo, menina. Deixa ele ver...


- Só ver?

- Só ver...
Eu tinha muita vergonha. Nunca ninguém tinha visto (não depois de
adulta), só a minha mãe. Abaixei a calcinha devagar, mostrando só o
triângulo de pelos em cima.
- Mais, quero ver mais. Desce tudo.

Respirei fundo, desci logo de uma vez. Mostrei tudo.


- Nossa... que buceta linda, docinho... – Colocou o dedo, abrindo meus
lábios rosados e grandes, expôs meu clitóris. – Hummm...
- Linda mesmo. – Lorraine concordou. - Que grelão.. – Ela deu um
risinho, mas quando ele colocou a língua para fora e lambeu, ela calou a
boca na hora.

- Aaai... – Fechei os olhos, joguei a cabeça para trás.


- Gostoso?

- Demais...
- Então toma... – Segurou meus lábios com os dedos, deixando-os abertos,
começou a lamber meu clitóris sem parar.

E foi aí que eu enlouqueci.


Puxava o cabelo dele, gemia, oferecia meu quadril, me descontrolei, a
vergonha passou, fiquei louca, sentir a língua dele chupando e lambendo meu
clitóris era surreal de gostoso.

- Você vai gozar, Jéssica... tá sentindo chegando? Tá muito inchadinho,


amiga, deve estar uma delícia... – Lorraine perguntou, chegou perto, se
agachou para ver ele chupando, mas eu não dei conta de responder. Estava
no paraíso.

Eu puxava o cabelo dele, empurrava a buceta na boca dele, oferecia,


Leozinho chupava tudo, lambia, friccionava com a pontinha da língua sem
parar, sem parar... que tesão...
- Ai, meu Deus... que delícia... aaai... aaai... - Doía de tanto tesão.
Apertei meus olhos, saía lágrima. A boca dele era gostosa demais.

- Goza na minha boca, vem, goza. Explode...


E eu sem ver obedeci a ordem dele. Meu clitóris estava muito inchado,
sentia uma pressão no meu ventre crescer e tomar conta, concentrou tudo no
meu grelinho, eu explodi, gritei, rebolei, Leozinho me segurou enquanto eu
me debatia, não tirou a boca da minha buceta.

- Isso, Jess, isso...

- Ai, ai.... nossa... – Ofeguei, dei um sorriso para ele, depois para a
Lorraine. Ela se levantou, ficou paradinha me olhando e roendo a unha.
- Agora é minha vez, Léo. – Pediu para ele de um jeito enciumado.
Leozinho levantou e arrumou a calça jeans no meio das pernas, fez cara
de dor. O cacete dele parecia enorme dentro da calça estufada, eu só tinha
visto assim do Jeferson (uma vez quando entrei sem querer no quarto dele e
o mané pelado na cama mexendo), e a outra vez no celular da Lorraine, de
um cara que ela tinha transado e ele mandou nude para ela.

Levantei a calcinha e a calça, abotoei, desci a blusa e já ia saindo quando


ela me fez a pergunta mais indecente do mundo:
- Quer ver como é, Jess?

- Ver como é o quê?

- Sexo. Quer ver?


- Fica, Jess. – Leozinho pediu, puxando a Lorraine pela cintura, mordendo
a orelha dela.

Meu coração disparou.


Eu não estava acreditando nisso. Eles iam transar. Eles já deviam estar
transando há muito tempo. O meu Leozinho, meu amor.

- Jéssica... deixa de ser boba. Fica, vai ser gostoso de ver...

Olhei para a porta, estalei os dedos.


- Não vai vir ninguém aqui agora, docinho. – Leozinho fez um carinho no
meu rosto, piscou para mim. Ele me derretia.

Fechei os olhos apertando-os, suspirei.

- Tá bom.
Afastei um pouco, encostando numa das portas do vestiário quando os
dois começaram a se atacar. Ele meteu a língua na boca dela e apertou sua
bunda de um jeito delicioso, puxando-a para ele, quadril contra quadril.
Tinha uma pegada surreal, fiquei impressionada, nunca o tinha visto ficar
com ninguém, achava que era um bobinho, que era até virgem, assim como
eu. Sonhava com nossa primeira vez juntos, toda romântica, numa cama cheia
de pétala de rosas, em alguma vez quando meus pais viajassem, ou na cama
dele escondido. Ideia ridícula.

Sua mão passeava pelas curvas dela como se fosse um carro a percorrer
uma estrada sinuosa, demorando nos seios e principalmente, na bunda dela,
que pirava qualquer marmanjo.

- Deliciosa que você é, Lorraine.. tira essa calça agora, tira... – Falou
dentro da boca dela, suas línguas brincando, deslizando.
Ela baixou a calça ao mesmo tempo em que ele tirava a dele, e meu
coração disparou quando vi aquele cacete grandão sair de dentro da cueca, a
cabeça rosada, tinha um formato lindo, era grossão, dava para ver as veias,
não desceu a cueca toda, não deu para ver suas bolas, só os pelos na base do
pau.
Lorraine toda oferecida desceu a calcinha e abriu as pernas, colou as
costas na parede e jogou o quadril para frente.

- Acho melhor te comer por trás, Lo... – Chegou perto dela, trocaram um
beijo de língua e ele a virou de costas. Lorraine empinou a bunda e a
segurou, abrindo. A bunda dela era muito bonita, redondinha, tinha
marquinha de fio-dental.
Eu levei um susto e dei um gritinho quando ele meteu um tapa nela que
ficou até a marca, os dois riram de mim.

- Vem, gostoso... meu Leozão... seu apelido tinha que ser Leozão, de
Leozinho não tem nada...
Tinha sim! Era o meu Leozinho, sim!
Cruzei os braços, me inquietei, fiquei olhando. Sentia tesão, sentia raiva,
ciúme, admiração, tudo misturado. Eram meus amigos, pessoas que andavam
comigo o tempo todo, e eu não devia sentir nada de mau. Me controlei.

Ele ficou esfregando o pau, molhou a mão com saliva e espalhou pela
cabeça, Lorraine ficou olhando, a bunda aberta mostrando o ânus para ele.
- Deliciosa... a mulher mais deliciosa da face da Terra... – Apertei os
olhos para ver ele chegando perto, ela o ajudando, posicionando seus sexos,
a cabeça direitinho no buraquinho dela, os dois começaram a gemer quando
ele começou a esfregar, sarrou no ânus dela depois desceu, ficou deslizando,
abrindo os lábios dela, depois começou a enfiar devagar, foi colocando,
entrando, até se esconder todo dentro dela, seus quadris colados, os dois
abraçados, ele esmagando-a contra a parede. Minha buceta latejou de tesão.
Tornou a tirar, voltou a colocar, agarrado nela, grudado. Leozinho
começou a mexer os quadris, a bombar, estocar. Enfiava tudo, só via a bunda
dela balançando e os dois gemendo, não conseguia ver a cabeça sair, só
tirava o corpo do pau, grossão, estava todo melado, cremoso de branco.

- Aaai... ai, seu gostosooo... tá vendo como é gostoso, Jéssica? – Ela


arrebitava a bunda, ia ao encontro dele, esfregavam seus quadris enquanto
ele investia sem dó, fazia num ritmo sem parar, ia e voltava, enfiava,
esfolava... Minha buceta doía, contraía, parecia que era eu que estava
levando aquela surra.
- Ai, delícia, loira... tesão de mulher... – Ele colou a boca no ouvido dela,
a voz dele que já era grossa ficava mais deliciosa ainda gemendo, eu
imaginava mil coisas, sentia minha buceta molhada, clitóris pulsava, contraía
a cada vez que ele entrava, que ele metia. A buceta dela o engolia, ficava
pequenininha perto do pau dele grandão, fiquei boba como ela não sentia
dor, era um contraste muito grande entre os dois, mas era lindo de ver.
- Ai... ai... vou gozar Leo, tá gostoso demais...

- Ah, vai? – Falou todo safado. – Então toma, toma mais, vagabunda...
Daí para frente eu quase gozei junto com ela. Pegaram um ritmo
alucinante, quadril batendo contra quadril, ela rebolava sem parar, não
deixavam sobrar nada de fora, ele bombava, surrava a buceta dela. Os dois
gozaram juntos, ficaram abraçados depois, Leozinho enchendo ela de carinho
sem tirar o pau de dentro.

Fiquei parada, não sabia se saía dali, parecia que eu era invisível, me
sentia uma intrusa, uma fracassada.
Ele deu um beijinho no ombro dela e ainda perguntou:
- Gostou, meu bem?

Ela deu um sorriso toda satisfeita, toda dengosa.


- Adorei...
Devagar ele saiu de dentro dela, seu cacete pingando, lambuzado, a
buceta dela também pingou porra no chão, era muita, os dois ficaram rindo.
- Deixa a faxineira ver isso...

Ele correu na pia e lavou o pau depressa, depois vestiu a calça e pegou
papel para limpar o chão. Ela se vestiu e aí parece que me enxergou.
- E aí, gostou amiga?
Eu dei um suspiro. Não sabia o que responder. Se tinha gostado, se não
tinha gostado, mas por fim pensei que era melhor não criar nenhum
problema, nada poderia interferir na amizade de nós três.

- Adorei, Lorraine. – Falei desanimada.


- O Léo come gostoso, né? – Falou, chamando ele para um abraço.
- Uhum. – Respondi, olhando os dois trocarem carícias.

- Vamo nessa, Jess? – Ele chamou. – Foi irado, não foi, docinho? –
Chegou perto de mim e me deu um beijo no rosto.
- Foi sim, Léo.
E assim nós três saímos do vestiário, os dois sem dar as mãos, para
ninguém perceber nada.

Se eu tinha me esquecido disso? Nunca.


Por muitas noites gozei pensando nele, pensando na transa dos dois. E me
perguntava direto, será que se a Lorraine soubesse que ele era o meu amor,
ela teria feito isso? E se ele soubesse? Continuariam transando sem me
contarem nada? Eu tive a chance de falar e não falei, e agora era tarde. Eu
nunca ia saber.
Hoje era assunto superado. Eu tinha amadurecido mais, e continuava
carregando-o comigo nas melhores lembranças.
E se quer saber, ele ainda era o dono do meu coração.
JORGE

- Fala, cavalo!
- Não espalha, Pedrão!
Sexta-feira de folga, cheguei no boteco para tomar uma branquinha com o
Pedro e o Zé Maria, os filhos da mãe cismaram de me dar esse apelido
depois de uma viagem que fizemos para pescar, e me viram mijar no meio do
mato. Brincadeira de homem, a Gorete minha esposa é que não podia saber,
ia falar que eu estava fazendo propaganda do meu menino, ciumenta que ela
era demais. Foi por isso mesmo que a gente brigou, por ciúme dela.

Por muito anos, tempo de garoto, de rapaz, fiz trabalho braçal mesmo,
cortando, plantando, carregando madeira pesada. Foi só agora depois de uns
cinco anos que eu tinha sido promovido, estava como consultor de
agronegócio, nossa vida tinha melhorado bastante. E a Gorete parece até que
tinha casado com um galã, de tanto ciúme que a mulher tinha de mim. Ela era
linda e ficava nessa bobeira. Eu nunca deixei de dar assistência, carinho,
atenção, e principalmente sexo, mesmo depois de tanto tempo de casado
dava uma era dia sim, dia não, e ela gozava no meu pau igual uma doida.
Depois de tanto tempo de casamento, ao invés do ciúme dela diminuir,
tinha era aumentado. Às vezes eu viajava, fazia algum curso fora, e ela
ficava tiririca da vida. Nunca a traí, não foi por falta de vontade, tentação
era grande, mas me segurava, sabia que quando eu voltasse para casa eu
tirava o atraso todinho.
Agora ela veio com bobeira, pegou o Jeferson, meu filho mais velho, e
foram pra casa da jararaca da mãe dela na capital. Quando a saudade
apertasse ela ia ver a besteira que fez e ia me ligar. Estava só esperando, e
pra chorar as pitangas resolvi tomar uma branquinha no bar com os
compadres.

- Falou, Jorjão! E aí, só com a Gorete viajando pra você dar as caras
aqui, hein?
- Pois é Pedrão, desse jeito. A mulher tá difícil. Cismou com a secretária
lá do serviço...

- Aquela loira que chegou no carro da empresa e cês dois viajaram


sozinhos tem uns quinze dias?

- Pra você ver, Zé...


- Gorete tem motivo mesmo. Puta duma gostosa...
- É, mas eu respeito a Gorete. A Paulinha sabe disso. A gente já
conversou e...
Zé Maria me interrompeu.

- Rapaz... sério? Cê teve a chance de pegar e não pegou?

- Sou homem casado, porra. E você também, Zé Maria! O único aqui que
podia comer era o Pedro que é separado!
- Cada doido com a sua mania...
Pedro pegou mais um copo, encheu nossos três com a branquinha
“marvada”.

- Eu não vou falar, não vi a moça. – Veio dando um de santo.


- Ah, mas cê tinha que ver, Pedro. – Zé Maria comentou e virou para mim.
Estava inconformado. – Mas rapaz, nem umazinha? Gorete não ia nem saber,
cara... só pra aliviar, carne nova, buceta diferente...

- Cês é fogo. Vamo mudar de assunto, diacho!


- Rapaz... te dou meus parabéns. Pedrão, cê tinha que ver que bunda
deliciosa...

- É mesmo?

- Cala a boca, Zé Maria!


Nós três começamos foi a rir.
- Vamo falar de coisa importante, quero saber que dia que vai ser a
próxima pescaria!
Pedro bateu a mão no meu ombro e falou até baixo:

- Que pescaria o que, rapaz! Cê tá na corda bamba... se eu fosse você


ficava quietinho em casa antes que a Gorete te chute de lá de vez! É capaz
que quando cê voltar não acha nem chinelo seu lá mais!

- E o Ricardão vai tá lá dentro do armário escondido peladão!


- Cês vão pra puta que os pariu!

Os dois começaram a rir e eu comecei a ficar foi nervoso. Tentando


mudar de assunto, ficar relaxado, mas os cabeçudos parece que tiraram o dia
para me aporrinhar.

- Bom, depois dessa eu vou é embora!


- Ei, calma Jorjão! Tudo brincadeira, rapaz!

- É, mas não posso demorar. Jéssica vai levar uma amiga pra passar o
final de semana lá em casa e fiquei de passar na mercearia pra comprar umas
coisas.

- Ah, só se for.
- Tenho que ir mesmo.
- Jorjão, depois passo lá.

- Vai sim, Pedro. Jogar um carteado. Vai dar certinho, duas duplas.
- Falou!

- Xampu, sabonete, Nescau, leite, coisa para fazer misto quente...


Eu quase dei de cara com uma prateleira enquanto tentava ler o garrancho
que a Jéssica tinha escrito. A casa estava uma bagunça sem a Gorete,
faltando tudo. Minha mulher é quem fazia supermercado, cuidava dessas
coisas. A sorte é que a gente tinha faxineira, Jéssica mal mal lavava um
copo.

Passei no caixa e corri para casa. Jéssica tinha falado que a menina ia
passar no seu trabalho e as duas iam juntas para o café da tarde.

- Jéssica?
Cheguei em casa e já fui vasculhando os quartos atrás dela, àquela hora já
era para ter chegado, na certa que passaram em algum lugar. Fui direto para
a cozinha e coloquei as compras em cima da pia, coloquei água para ferver,
passar um cafezinho pra gente.

Deixei tudo no jeito para elas chegarem e fazerem o misto quente que a
Jéssica tanto gostava, junto com o leite com Nescau. Levei a garrafa de café
quentinho para a mesa e bobo que não era nada, também preparei um
sanduíche para mim. Jovem a gente nunca sabe o que passa na cabeça, e eu
não fazia ideia de que horas as duas iam chegar.
Quando fui dar a primeira mordida escutei o barulho do portão. Com
pouco vozes femininas, Jéssica parecia que estava rindo e quando chegaram
na porta da cozinha só escutei ela falando assim “mas você não tem nada
comportado no seu guarda-roupa hein, Lorraine, precisava vir com isso?” e
apontou para o corpo da colega. Aquilo me chamou muito a atenção.
- Olha aí, pai tá em casa hoje. Ei, pai! Essa é a Lorraine que te falei.

A menina parecia até mais velha que a Jéssica. Minha filha era
comportada, vestia roupa discreta. Aqui em casa nunca deixei sair com
bunda de fora, decote mostrando os seios. Agora o que eu estava vendo ali
era totalmente o contrário. A menina com um lápis preto no olho, o cabelão
loiro solto (era pintado, bonito pra danar), usava um short jeans curtinho que
eu tenho certeza que atrás dava para ver a bunda, a camiseta branca
esmirrada curtinha, seus seios eram pequenos mas os biquinhos estavam
durinhos, vi que ela não usava sutiã. Tinha um corpo lindo, bem feminino,
corpo de mulher mesmo. Meu pau começou a endurecer e eu remexi na
cadeira.
- Oi “pai da Jéssica”, tudo bem? – Ela mascava chiclete e estourou uma
bola, deu uma risadinha mexendo no cabelo e empinou os seios, tive que me
segurar para não ficar olhando.

- Prazer, Lorraine. Vocês chegaram bem na hora. Senta aí. Jéssica, vai lá
na cozinha e faz um misto pra ela!
- Vamo lá comigo, Lorraine. Você prepara o Nescau.

- Uhum.

Jéssica foi andando na frente e a menina virou para ir atrás. Fiquei


reparando as duas covinhas na base das costas, as coxas grossas e a bunda
grande, arrebitada, toda de fora do short. Achei um absurdo, não tinha mãe
nem pai para corrigir? Fiquei de pau duro.
Continuei tomando meu café, peguei uns biscoitos para enrolar, esperando
as duas na mesa. Com pouco a Jéssica voltou com ela, as duas aos risos.
Não sei que mania era essa que adolescente tinha de rir de tudo, ficavam
numa bobeira danada.

- E aí, o que as duas moças vão fazer no final de semana? – Com tanto
espaço na mesa a tal Lorraine sentou bem do meu lado, tão perto que deu
para sentir o cheiro gostoso do xampu dela.
- Pai, nós vamos ficar quietinhas, só assistindo filme, né Lorraine?

A danada olhou para mim e me deu um sorriso maroto.

- É sim, senhor Jorge.


- Legal. Que filme vocês vão ver?

- Não sei ainda. Vamos escolher, né Lorraine? De preferência algum de


terror... Ah, pai, também queremos jogar carteado com o senhor...

- Ah, ótimo. Lembra do Pedro, Pedrão, aquele amigo meu?


- Hum, o coroa bonitão lá?
- Bonitão o que, menina! Tem idade pra ser seu pai!

- Ele é bonito sim! Ahn, tá, mas o que tem ele?


- Vai vir jogar conosco.

- Hoje?

- Não, amanhã. Vocês vão sair amanhã?


- De jeito nenhum, senhor Jorge. Nós vamos passar o final de semana
inteiro juntos. Eu, você e a Jéssica. – A menina piscou para mim, não sei o
que quis dizer, mas fez uma cara de safada, mordeu o lábio, deu uma
risadinha e mexeu no cabelo trazendo aquele aroma feminino gostoso para o
meu nariz. Não sei se era coisa da minha cabeça, mas aquilo parecia um
aviso, sei lá. Eu comecei foi a rir.

- Então que ótimo, Lorraine. Vai ser legal nosso final de semana.
- E a sua mulher, senhor Jorge? Coitadinho, te deixou sozinho aqui... –
Perguntou fazendo um biquinho, fez um carinho no meu rosto de brincadeira,
as unhas grandes parecendo garras, pintadas de vermelho.
- Lorraine, eu já te falei que mãe viajou com Jeferson! Eu hein! – Jéssica
esbravejou com ela.
Eu sorri sem graça.
- Já já ela volta, Lorraine... – Falei.
- Ai, pai. Vou tomar um banho, Lorraine. Fica à vontade, se quiser ficar
no meu quarto...
- Vou conversar com seu pai aqui e já tô indo.
- A casa é sua, amiga.
- Falou.
LORRAINE

Eu falo que nem eu conhecia esse meu lado vingativo, pirracento. Mas eu
sentia, estava tudo conspirando para nós dois; o fato de a mulher dele não
estar em casa, a insistência da Jéssica em me prender (que me irritava
profundamente), eu já estava louca para beijar na boca e mais ainda, para
transar. E o fato que mais contava: ele era um coroa gostoso pra caralho.

Bom, a Jéssica já tinha me contado mais ou menos a história dele, de


como ele e a mulher estavam. Pelo que ela falava sua mãe era uma mulher
muito ciumenta, e de uns tempos para cá estava tratando o pai muito mal. Ela
falava que o pai era muito sério, maluco com a esposa, e que a mãe
imaginava coisas. Mas ela não me contou qual foi a gota d’água para saírem
de casa.

Só sei que quando eu vi aquele homão sentado, reparei nele todinho. Os


cabelos eram lisos, curtinhos estilo militar, e pouca coisa grisalhos (um
charme), ele era todo definido, largo, cara de homem, cavanhaque, os olhos
cor de mel, a boca carnuda, gostosa de beijar. Fiquei imaginando como ele
devia ser gostoso na cama, experiente.
E decidi que eu tinha que matar a minha curiosidade.
Aproveitei que a Jéssica tinha saído de cena e agora quem ia ser a atriz
principal seria eu...

- Senhor Jorge, pode servir café, por favor? – Dei uma ocupação para ele
antes que saísse da mesa. Estiquei a xícara e ele me serviu. – E esse
biscoito, é de quê?

- De leite condensado.
- Hum... eu quero!

- Pode pegar. – Ele segurou o pote e desenroscou a tampa, virou para


mim. Peguei três.

- Valeu. Quer um?


Ele riu para mim, fez que não com a cabeça.

- Ah, toma, só unzinho... – Cheguei bem perto, coloquei na boca dele,


Jorge deu uma mordidinha e eu comi o resto dele, chupei o dedo, ele ficou
olhando. Dei um sorrisinho para ele. – Hum, delícia, Jorge... adoro tudo que
leva leite condensado...

- Bom, né?
- Bom demais... delícia...

- É... você me dá licença, menina. Vou ali comprar cerveja pra gente
tomar logo vendo filme. Você bebe?
- Bebo sim. Tem pipoca?

- Tem não.

- Você vai de carro?


- Vou.

- Vou com você.


Vi que ele me olhou sem graça mas não negou. Levantamos da mesa e ele
passou a mão na chave do carro que estava sobre o móvel, fui atrás dele.

- Entra aí, menina. – Ele destravou o alarme e abriu a porta do carro para
mim, ficou me esperando sentar e fechou.
- Nossa, que carrão hein... não sabia que a Jéssica era rica...

- Que nada... tem ninguém rico aqui não...

- Ôxi, quem me dera ter um carro desse... mãe nem carteira tem, coitada.
- E seu pai? – Deu partida no carro, me perguntou curioso.
- Tenho pai não.

- Hum. Você me desculpa a pergunta, não quis ser intrometido.


- O senhor pode perguntar o que quiser... quer saber mais o quê? Pode
falar...
- Nada, Lorraine, quero saber nada não.
Eu dei uma risadinha enquanto a gente ia andando. Estrada de terra,
poeira ficando para trás. Quem quisesse tomar cerveja ali pelo visto tinha
que andar era muito, não tinha boteco lá perto.

- Bom, já que não quer perguntar, eu mesma falo... formei ano passado,
não estou trabalhando, moro com minha mãe e um irmão mais velho, deixa eu
ver o que mais... – Vi que ele estava rindo, o danado estava gostando. – No
momento não tenho namorado, nem tô querendo arrumar um, homem é trem
gostoso pra caralho, mas dá muito trabalho!
Nós dois ficamos rindo.
- Isso aí, Lorraine. Tá muito nova pra ficar pensando nessas coisas. Vai
estudar, buscar um emprego...

- Posso estar nova, mas já penso nisso faz tempo. Deixei de ser virgem
faz tempo já, Jorge...
- Menina... – Chamou minha atenção. – Começa com esses assunto de
indecência não, menina...

Coloquei a mão na coxa dele, toda gostosa, firme, grossa, com pelos.
Fiquei alisando, subindo mais, só para provocar.
- O que foi? Não gosta de conversar de sexo?

Vi que ele puxou o ar com força, olhou para a minha mão.

- Não é isso. Você é colega da minha filha, cês mal saíram da


adolescência, Lorraine. Olha o respeito.
- Primeiro que já sou maior de idade. Segundo que eu te respeito, senhor.
Mas sexo é coisa natural da vida, que mal tem em falar? A Jéssica nem
precisa saber dessa conversa, e se quer saber, ela é virgem, a gente nem
comenta essas coisas. Eu a respeito.
- É bom mesmo. Você é bem vivida né, bem pra frente...

- Eu sou sim. Já transei muito. Você deve me olhar e pensar que não é
nada né, nem se compara com a experiência que você deve ter na cama, mas
eu também já entendo de muita coisa, já fiz muita coisa na cama... – Fiquei
alisando a coxa dele enquanto ele dirigia. Arranhava com a unha, acariciava,
fui ficando com um tesão... minha calcinha já estava molhadinha só de ficar
brincando assim com ele. Respiração pesou para nós dois, tenho certeza que
o coração dele estava acelerado igual ao meu. Olhei para o meio das suas
pernas, seu pau estava durinho, a bermuda era fina, fazia um volume muito
gostoso, contornando certinho aquele cilindro grosso.
- Tá quase chegando. – Raspou a garganta, tentou puxar assunto, fingiu
que aquilo não estava o afetando.

Continuei alisando a coxa dele, subi para perto da virilha, apertei.

- Menina... tira a mão daí, diacho.


- Gosta assim? – Comecei a rir.

- Olha o respeito, Lorraine.


– Tenho certeza que tá gostando... certeza mesmo... – Mordi o lábio, mirei
dentro do olho dele enquanto ele estacionava o carro. Tirei a mão, olhei o
boteco lá fora. – Quer esperar um pouco pra sair? – Mirei no pau dele,
fiquei rindo.

- Cacete, Lorraine. – Desligou o carro, puxou a camisa para baixo,


tentando esconder. Ficou olhando lá para fora. Boteco estava lotado de
homem.

- Que delícia, Jorge... isso aí é sinal de saúde, sabia?


- Quer ficar calada, menina?
Foi aí que eu disparei a rir e ele também.

- Droga.
- Tá bom, vou ficar calada.

- Acho bom. – Ele tirou o cinto e abriu a porta, tirei o meu também.

- Onde cê vai? – Me perguntou.


- Ué, vou lá com você.
- Com essa roupa? Mas não vai mesmo! Os cara vão mexer demais...
- Por que você acha isso, Jorge?

- Ora bolas... – Ficou todo desconcertado. – Quer saber? Vamo logo,


depois não fala que não avisei. – Desceu do carro tentando puxar a blusa
para baixo para esconder o volume. Eu achei foi graça.

Chegando lá perto homarada na calçada, de pé naquelas mesinhas altas,


tudo calaram a boca, ficaram me olhando.

- Fala, Jorjão! – Ele foi correndo na frente, parecia que não queria
mostrar que estava comigo. Eu o acompanhei atrás, mas ele era alto, estava
me tampando.

Com pouco veio um outro cara lá de dentro e já gritou, parecia bêbado:


- Olha quem chegou aí gente, o cavalo!

Foi uma risaiada geral.

- Cala a boca, Zé Maria!


Eu comecei a rir, vi que ele não gostou, falou grosso com o homem.
- Nossa.... quem é essa, Jorge? – Já mirou atrás dele, me olhando. Todos
ali estavam me olhando. Eu não ligava, gostava que olhassem, que
desejassem. Empinei meus seios, puxei o short mais para cima para mostrar
bem atrás e joguei meu cabelo solto para o lado.

- Colega da Jéssica. Agora me dá licença. – Ele quase empurrou o homem


e saiu correndo para o balcão. Estava cheio, difícil até de passar, e depois
que ouvi me chamarem de gostosa uma porrada de vezes, senti sua mão
áspera e grande cobrir a minha, entrelaçou nossos dedos, saiu me puxando
como se quisesse me proteger, todo preocupado.
- Nossa, como tá cheio isso aqui...
- Pronto. Assim ninguém mexe. – Resmungou, emburrado.

Eu sorri por dentro.


Parou, pegou as cervejas e fomos saindo de mãos dadas.
- Falou Jorjão, amanhã então? Jogar carteado com essa moça bonita? – Vi
que um colega mexeu com ele, coroa gato também, me comeu com o olho.
Safado...
- Falou, Pedrão. Amanhã à noite. Vê se não atrasa, hein. Meninas dormem
cedo! – Falou sério com o homem, a voz grossa, autoritária.

- Pode deixar comigo. Vou chegar é bem cedo. – Até inclinou a cabeça
para me olhar de costas. Virei a bunda de propósito, só para ele ver. Vi que
mordeu o lábio.

- Filho da puta... – Jorge viu a cena e me puxou, fomos andando, saí


rebolando e arrebitando a bunda, arrastando minha rasteirinha.
Não soltamos as mãos. Passamos no supermercado, compramos pipoca e
eu peguei um pacote de bala.

- Compra pra mim, paizinho da Jéssica? – Fiz um beicinho para ele toda
dengosa quando estávamos no caixa, beijei seu rosto. O homem se derreteu.
- Põe aí... Quer mais alguma coisa?
- Quero esse pirulito. – Puxei o doce de cereja de dentro de uma cesta.

- Beleza.
Pagou e fomos para o carro.

Assim que ele deu partida no motor eu voltei a puxar conversa enquanto
desembrulhava o pirulito.

- Aquele seu amigo vai jogar baralho com a gente?


- Vai sim.
- Eu só sei jogar truco.
- Eu te ensino. Eu e o Pedro a gente joga é buraco.

- Ah, é? E jogar no buraco, vocês jogam também? – Comecei a rir.


- Menina...
Tornei a alisar a coxa gostosa dele. Fomos calados, ele ganhando carícia
enquanto eu fantasiava mil coisas com aquele coroa gostoso. Chegava perto
da virilha, descia a mão, ele não falava nada, o pau inchado grandão,
fazendo o formato certinho, era lindo de ver.
Andamos mais um pouco e ele estacionou num lugar deserto.
- Ué.... – Perguntei, espantada. – O que foi?
Puxou o freio de mão, virou para mim, falou sério.
- Escuta aqui, Lorraine...
- O quê?

- O que você tá pretendendo hein, garota?


- Ué, nada... – Continuei chupando o pirulito. – Hum... delícia...
- Menina...

- Não estou te entendendo Jorge. Melhor a gente conversar às claras. O


que tá acontecendo?
- Eu é que te pergunto. Olha, eu sou meio lerdo pra essas coisas, paquera
não é comigo e já faz muito tempo... É impressão minha ou você tá dando em
cima de mim?
Eu comecei a rir toda sem graça.

- De verdade?
- Fala, garota. Fala logo.
- Tá bom... – Passei a mão no cabelo dele, fiquei admirando seu rosto. –
Eu te achei lindo. E... pensei que talvez... a gente pudesse ficar... sei lá, sem
a Jéssica saber... só experimentar... – Vi que ele respirou fundo, continuei
alisando seu rosto, ele estava todo travado, não sabia onde colocava as
mãos, por fim apoiou uma em cada coxa, sempre puxando a blusa para baixo,
tentando disfarçar.
- Lorraine... O que é que a Jéssica te falou? Olha, eu e a Gorete estamos
brigados, mas a gente é casado. Sou homem casado, menina. – Ele tentava
me explicar com a maior paciência do mundo, todo carinhoso. – Você tá na
flor da idade, mocinha nova, tem uma vida pela frente... vai conhecer um
rapaz bom pra casar, ter filho, formar sua família. Precisa é criar juízo nessa
cabeça, fica andando por aí com essa vergonha de fora...
- Ô Jorge... você é tão bacana...
- Tô falando sério, cê tá me zoando?

Fiz um som com a boca respondendo que não.


- A Jéssica só me falou que você e a mãe dela tinham brigado, mais nada.
- Pois então. E eu não vou trair a Gorete.
- Eu só estou te tratando com carinho. Mas se não quiser, não chego perto
mais.
- Não. Não é isso. Pode continuar com o carinho, mas com respeito. É só
isso.
- Tá bom.

- Então vamos? A Jéssica deve estar preocupada lá.


- Vamos. Então me prova que tá tudo bem...

- Ahn.
- Chupa esse pirulito. – Coloquei na boca dele, dei uma risadinha.
Homem é tudo igual, até o mais bruto, mais macho, fica que nem tonto perto
de mulher, e eu dobrava direitinho, do jeito que eu queria. Ele deu uma
chupada gostosa.
- Satisfeita? – Perguntou, a língua vermelhinha de cereja. Delícia.
- Não. Agora quero um beijo de amizade. – Ele me veio e beijou meu
rosto. Cheiro gostoso de sabonete; cheiro de macho.

- Agora só um selinho de amigo, Jorge...


- Menina...

- Só um. Depois disso eu não vou pedir mais, prometo!


- Olha olha hein... – Virou o rosto para mim, veio chegando de pertinho, a
boca espremendo um sorriso. Encostei meus lábios nos dele, pressionei,
beijei bem devagar... uma... duas... três vezes.

- Ah, caralho... chega... – Afastou de mim, falou quase gemendo.


- Não deu nem pra sentir o gostinho da cereja... vem cá, vem... chupa
mais... – Estendi o pirulito para ele, Jorge ficou parado, olhando, pensando.
Por fim começou a chupar, seus lábios carnudos esfregando a bolinha
vermelha, fiquei imaginando aquele pirulito sendo a minha buceta. Cheguei
perto e lambi, tirei o pirulito fora e nossas bocas se encontraram num beijo
delicioso, agonizante, safado.
Ele não recuou, não resistiu mais, me segurou com força pela nuca e
gemeu na minha boca quando sua língua lambeu a minha, ficamos nos
sugando, beijando, mordendo, provando um ao outro. A boca dele era
deliciosa de provar, minha calcinha estava toda melada.

A gente precisava, estávamos morrendo de tesão um no outro, e se não


fizéssemos ao menos isso eu não sei o que ia acontecer.
- Ah! – Suspirou, afastando de mim, o lábio vermelhinho, o olhar zonzo.
- Que beijo gostoso que você tem, Jorge...

- Lorraine, pelo amor de Deus, não conta nada pra Jéssica...


- Claro que não, seu bobo! Nunca! Ninguém vai saber, pode ficar
tranquilo... Gostou?
- Menina... não faz pergunta difícil assim não...
Olhei para a bermuda dele, parecia que ia explodir. Ele viu que eu estava
olhando, apertou o pau, fez cara de dor, tentou disfarçar.

- Tira o olho disso aqui, menina...


- Que delícia, paizinho da Jéssica...
- Lorraine! Cê é muito danada, Lorraine... Cuidado pra não arrumar
barriga hein, menina, cê é muito precoce... cê previne? Toma remédio?

- Eu tenho meus cuidados, paizinho...


- Não me chama assim, caralho...
Eu dei uma gargalhada. Já amava tudo nesse homem. Ele era demais.

Estacionamos o carro e quando entramos em casa, a Jéssica já vestia


pijama e estava vendo TV na sala.
- Meu Deus do céu, vocês demoraram demais! Já tá escuro! Aonde
foram?!
Jorge foi direto para a cozinha colocar as cervejas para gelar, gritou lá de
dentro:
- Comprar cerveja e pipoca!
- Jess, tô querendo tomar um banho... me empresta uma toalha?
- Lorraine, no guarda-roupa do quarto de pai. Pode pegar lá.

Caminhei pela casa procurando o quarto com cama de casal.


A casa deles era bem bonita, bem espaçosa, não tinha nada de luxo, mas
tudo era de bom gosto, parecia que era recém-reformada.
Cheguei no quarto dele, em cima da cômoda, cheio de porta-retratos da
Jéssica, do irmão, do Jorge e da mulher. Ela era linda, mulherão! Parecia ter
seus quarenta e tantos, cinquenta, toda vaidosa, cabelo nos ombros, luzes,
maquiada, chique. Formavam um casal bem bonito.
Abri seu guarda-roupa, peguei uma toalha fácil na prateleira. Abri uma
gaveta, eram as cuecas dele. Era vaidoso, só tinha boxer, tudo novinha,
branquinha, preta, vermelha, tudo dobradinha uma em cima da outra... peguei
uma, cheirei, esfreguei no rosto.
- Lorraine? – Só escutei a voz grossa de mansinho no meu cangote. Dei
um pulo.
- Ai meu Deus, que susto.
- Tá mexendo nas minhas coisas, tá maluca?
Virei de frente para ele.
- Desculpa, é que eu vim pegar uma toalha.. vou tomar um banho bem
quentinho agora, sentindo frio...
Ele me prensou contra o armário, segurou no meu queixo, me fez olhar
para cima. Senti seu pau durinho roçar no meu umbigo.
- O que é que nós combinamos? – Olhou no fundo do meu olho, me
fuzilando.

- Mas eu não fiz nada...


- Cheirando minhas cuecas por quê? Isso que você quer já tem dona,
Lorraine. – Bateu o quadril em mim, esfregando o pau na minha barriga. - Já
te pedi para parar com isso.
- Veste a branca?
- O quê?
- Veste a boxer branca, por favor... vou tomar banho agora. Beijinho
paizinho... - Fiquei na ponta dos pés, roubei um selinho daquela boca
gostosa de novo, fiquei rindo da cara que ele fez.
- Lorraine, vou te levar embora, menina! – Xingou enquanto massageava o
pau. Devia estar doendo mesmo, estava muito inchado. Vontade que deu de
ajudá-lo, de me abaixar, ficar aos pés dele, tirar para fora e chupar, chupar
até sair tudo, até aliviá-lo. Estava há bastante tempo sem a esposa.
- Ah, mas não vai me levar mesmo! A Jéssica vai brigar com você. Ela tá
numa missão impossível de me pajear o final de semana inteirinho. É briga
com ela o que você quer?
- Pois então para de me provocar, sua moleca!
Dei um risinho, reparei no guarda-roupa, era embutido, ia até o teto. E vi
que uma das portas era toda espelhada.
- Paizinho...

- Não sou seu pai, porra.


- Tá bom. Jorge...
- O que foi?

Cheguei perto, comecei a fazer carinho na nuca dele, arranhando de


levinho, nossas bocas bem perto. Dei uma lambidinha, ele lambeu em cima e
tentou sair fora, eu o puxei pelo pescoço, perguntei devagar, em tom de
segredo.
- Quando você tá fodendo a bunda da Gorete, vocês ficam se olhando
nesse espelho?
Pra quê...
- Diabo, Lorraine! Vai dar um jeito na vida, vai! Dá licença do meu
quarto agora, antes que eu te expulse daqui! – Falou alto, se exaltou, fez que
ia sentar a mão em mim. Jéssica chegou correndo, perguntando o que tinha
acontecido.
- Seu pai tá bravo porque eu peguei uma toalha velha, ele queria que eu
pegasse da nova.
- Ué, e precisa gritar assim, pai?
- Cês me desculpem, eu fiquei nervoso... – Virou de costas para a Jéssica
não ver o quanto estava excitado, esfregou o rosto, espremeu os olhos.
- Nervoso por causa de uma toalha? Cê tá precisando é da mãe mesmo
pra te acalmar...

- Olha o respeito, Jéssica! – Respondeu sem olhá-la.


- Desculpa, pai. Desculpa... – Ela falou e saiu.
Achei foi bem-feito para ele. Pouco e bom. E eu não queria grosseria de
homem, não precisava disso. Podia fazer tudo, mas grosseria comigo, não!
Eu não era mulher de aceitar isso. Dobrei a toalha debaixo do braço e saí.
Que se fodesse.
Minha brincadeira com ele tinha acabado.
JORGE
Rapaz...
Eu não gostava que a minha filha dormisse fora de casa, mas eu estava
quase mandando a Jéssica pra casa da colega maluca dela.

Safada... vagabunda... me pegou para Cristo, veio aqui para me


atormentar, parecia até coisa armada pela Gorete para me testar.
E que tentação... era novinha mas já era mulher, tinha corpo de mulher,
papo, tudo... gostosa pra caralho, eu não ia aguentar, ia acabar batendo uma
pra ela, e olha que eu não era de fazer isso, só batia uma para a Paulinha,
minha secretária. Que Deus me perdoasse, mas era melhor fazer isso do que
cair em tentação, puta que pariu, ela era deliciosa.

A gente era muito amigo, conversava de tudo, brincava, saía junto às


vezes, viajava sozinho (a trabalho), e ela sempre dizia que o sonho dela era
casar comigo, super carinhosa, meiga, cansou de me chamar para a cama,
mandava nude... mas sempre freei, nunca deixei seguir em frente. Eu amava
era a “sargenta” da Gorete, baixinha arretada... Mas realmente isso tudo era
demais para mim, mulher era o meu ponto fraco e eu tinha que extravasar de
algum jeito.

E já que entrei nesse assunto acho que eu tinha que contar o motivo que
fez a Gorete sair de casa por uns tempos. Para ela nosso casamento tinha
acabado.
Fofoca é foda.

Não era nada do que o povo comentava, que foi por ciúme dela, porque
viram a Paulinha sentada no meu colo num barzinho na capital. Realmente
nós dois fomos jantar fora, mas foi presente do nosso diretor, comissão por
um negócio de milhares de reais que havíamos fechado. Foi a mando dele e
eu não podia fazer nada. E a Gorete sabia disso. E por azar esse dedo-duro
viu justamente a hora que a Paulinha veio brincar e resolveu ficar abraçada
comigo no meu colo. Teve quebra-pau em casa? Ô se teve! Minha mulher era
uma onça! Mas o foda mesmo foi o que ela fez comigo.

Eu já tinha reparado que a minha mulher estava mais vaidosa nos últimos
tempos. Entrou para a academia, começou a comprar lingerie nova, salão
toda semana, roupa de grife, estava gastando aos turros depois que comecei
a ganhar bem. Até então eu estava feliz por ela, por nós. Acho que tinha que
ser assim mesmo, não deixar a peteca cair, ainda mais depois de muito
tempo de relacionamento, igual era o nosso caso. Eu também me cuidava
muito, sempre malhei, pratiquei esporte.

Mas aí rapaz, teve um dia que eu resolvi mexer no celular dela...


Sei que era falta de respeito, mas quem procura acha, e eu achei o que eu
menos queria. Minha mulher estava de papo com um cara. É, era um amante.
Vi várias fotos dela com ele, e pelo visto tinha conhecido o filho da puta na
academia, parecia instrutor. Olhei bem para a cara dele mas não o reconheci,
e olha que na roça a gente conhecia todo mundo.
Fiquei arrasado. No começo não tive coragem de falar nada, mas passei a
evitá-la na cama, parei de ser carinhoso, de fazer surpresa, dar presente
caro... até que um dia não aguentei mais e soltei tudo.

Ela confessou. Ficamos brigados um tempo, e não suportando mais vê-la


dentro de casa pedi a ela que tomasse uma decisão, que eu daria uma chance
para ela pensar, se ficaria comigo ou com o bombado lá. Ela estava em cima
do muro, falou que me amava muito, mas que também estava apaixonada
pelo cara. Isso doeu pra cacete.

Então ela pegou suas coisas e o Jefinho foi junto, tinha o mesmo instinto
protetor de homem que eu, sempre foi grudado com a mãe, e como filho mais
velho ela contou para ele. Jéssica não sabia. Na cabeça dela, eu é que era o
errado da história, que ficava de caso com a secretária. Mas não foi bem
assim.
Pois bem, resumindo era isso. E Gorete ia me dar a resposta nesse
domingo. Nesse domingo seu prazo encerraria. E que puta saudade que eu
estava dela...

Bom, voltando ao assunto da menina, eu sabia que se a levasse lá no


boteco ia ser uma falação... sou homem e sei como é que funciona, lugar
cheio de macho, tudo rodeando aquela deliciosa de bunda de fora, os
biquinhos durinhos furando a camiseta, pedindo para ganhar uma
beliscadinha, uma passadinha de língua.
Ah, para né, caralho! Não tinha como não reparar nisso, aí também era
pedir demais! Meu instinto de homem me fez agarrar na mão dela, protegê-la
pra macho nenhum chegar perto.
Mas ela parecia que tinha entendido tudo errado, eu não sei em que
momento dei alguma abertura para ela dar em cima, ficar de safadeza
comigo.

Fiz loucura, caí no jogo dela e dei um beijo na boca daquela danada, ela
veio com sacanagem, era maldosa, me abocanhou, beijou gostoso, safado,
gosto de cereja, ficamos de olhos abertos brincando com nossas línguas, uma
deslizando na outra, lambendo a outra. Caralho, quanto tempo que eu não
fazia isso, que delícia que foi. Vontade que deu de fodê-la todinha, pau ficou
doendo gostoso na cueca... Apertei, contei até mil para não tirar para fora.
Respirei fundo. Viemos embora e tentei fingir que nada tinha acontecido.
Chegamos, coloquei as cervejas para gelar, a pipoca na mesa no jeito para
levar para o micro-ondas.

Por um milagre da natureza começou a ventar, esfriou, parecendo até que


ia chover. Friozinho gostoso para ficar debaixo das cobertas...
Mas agora acho que eu tinha estragado tudo.

Essa moleca me tirava do sério, eu estava morto de tesão, me senti voltar


na adolescência, ficava só de pau duro perto dela, e como ela mesma tinha
falado, isso era sinal de saúde, eu estava vivo, porra!

Fiquei no quarto tentando esfriar a cabeça, esperei a menina tomar banho


e quando vi que ela passou para o quarto da Jéssica foi que peguei minha
roupa e corri para o banheiro.

Tomei um banho quente, deixei a água escorrer na cara, mil coisas


passando pela minha cabeça, fiquei pensando, saudade da Gorete, ninguém
sabia, eu não queria ser chamado de corno, mas eu perdoaria esse deslize,
quem nunca errou nessa vida? E a outra aqui em casa, pediria desculpas de
novo, eu não gostava de ser grosso com mulher mas perdi a cabeça, no fundo
a raiva era de mim, de ser tão forte, de suportar tanto, de ter na mão e não
poder pegar, não poder encostar, fazer nada. Queria mostrar para ela que eu
era um cara legal, carinhoso, gentil.

Saí, me sequei, queria ficar confortável, vesti uma calça cinza de


moletom sem cueca mesmo, uma camisa branca que usava para ficar em
casa. Só passei a toalha e cabelo praticamente secou, era liso e bem curto,
joguei no box e abri a porta. Passei pela sala, as duas já estavam sentadinhas
no sofá escolhendo o filme, tentei agir natural, não queria estragar o final de
semana delas.
- Escolheram o filme, Jéssica?

- Ah, pai. Tamo vendo aqui. O senhor tem alguma sugestão?

- Vamo ver aquele lançamento de terror que tá na Netflix. – Falei.


- Uhum, topo. Topa, Lorraine? – Ela olhou para a minha cara, semblante
fechado.

- Topo.
Dei um sorriso sem graça para ela.

- Vou pegar cerveja, vocês querem?

- Eu quero.
- Também.

- Beleza.
- E pipoca? Vão querer agora?
- Sim. – Responderam juntas.

Fui para a cozinha, já tinha colocado as cervas no congelador, gostava de


uma loira estupidamente gelada, estavam no ponto quando eu tirei. Coloquei
a garrafa em cima da ilha, servi para nós três. Pus a pipoca no micro-ondas e
enquanto isso abri umas batatas chips, coloquei num prato para a gente
beliscar. Comecei a levar tudo para a mesa de centro em frente ao sofá.
Lembrei que Jefinho tinha um armário na cozinha só de bala para ele, fui lá e
roubei um pacote. Peguei dois baldes de pipoca, levei para a sala tudo junto.
- Nossa pai, vai trazer a cozinha inteira...

Vi que a menina tinha o semblante mais leve, e tentou segurar um sorriso


quando a Jéssica falou isso. Eu também fiquei rindo.

- Aqui é no capricho! Vocês duas merecem!


- Valeu, paizinho. – Jéssica se derreteu. Olhei para a cara da Lorraine e
ela olhou para mim, pela primeira vez depois que brigamos ela me deu um
sorriso. Fiquei aliviado.

Cada um pegou seu copo e fizemos um brinde.

- Prontinho.

Fui para me sentar no sofá mas a Jéssica chamou antes.


- Ah, pai, pega uma coberta pra vocês dois, essa aqui é minha. – Ela
puxou o cobertor que envolvia as duas, arredou para a ponta do sofá, onde
ela gostava de ficar para ver TV, se cobriu toda. Sem querer olhei para a
menina, quase não acreditei. Vestia uma camiseta velha curtinha cobrindo só
a virilha. E mais nada.
Corri no quarto do Jeferson, abri seu guarda-roupas para pegar seu
edredom, mas me lembrei que ele o levava para onde viajava. Catei uma
coberta dele e fui no meu quarto, tirei um edredom de casal que estava no
armário.

- Pronto, esse cobertor para a Lorraine e esse edredom é meu. – Mal mal
eu estiquei a manta para entregar a ela, a menina soltou um espirro.

- Eu tenho alergia a cobertor, manta, tudo que tem pelo...

Cacete.
- Então fica com esse. – Dei meu edredom a ela e corri para deixar o
cobertor na área de serviço, bom que já colocava para lavar, estava
guardado fazia tempo também.

- Vamo começar logo esse filme gente, pai, sua cerveja já até esquentou.
Eu e Lorraine já tomamos a nossa.
Jéssica levantou do sofá e apagou as luzes da sala. Voltou para o seu
canto do nosso sofá que era grandão, deitava o encosto e esticava os
assentos, a gente adorava assistir a filmes.
Peguei meu copo de cerveja na mesa e virei de uma vez, tinha esquentado
mesmo, e eu detestava.
- Põe o filme pra rolar aí. Eu pego no meio. – Levantei e fui buscar mais
cerveja na geladeira. Jéssica fez o que eu pedi.

Voltei e servi para a gente, peguei meu copo e finalmente encostei no sofá.
E foi aí que aconteceu uma coisa que não me deixou prestar atenção no filme
mais.
O copo da menina ficou em cima da mesinha, e quando ela levantou para
pegar foi que eu vi o cúmulo da malandragem dela... ela abaixou, a bunda
apareceu toda, pensei que usava fio-dental mas não, também vi varando do
outro lado um chumaço de pelos escuros, lábios grandes, amarronzados. A
filha da puta estava sem calcinha. Mordi o lábio na hora, levei um choque,
uma descarga de tesão me varreu igual lava, me acertou gostoso no pau.
Vontade de dar uma coça nessa moleca.
Ela voltou e sentou no seu lugar, no meio do sofá, e eu fiquei na outra
ponta. Virou para mim e perguntou se eu não ia me cobrir, falei que não, que
estava bom assim, mas ela insistiu, falou que dividiria o edredom comigo,
que tinha bastante para nós dois. Eu não quis aceitar, mas a Jéssica entrou no
meio, começou a esbravejar.
- Vocês dois também parecem cachorro e gato! Pai, não aborrece a
Lorraine, ela é visita, nem vai querer voltar aqui mais!

- Se você não aceitar eu não vou voltar aqui mais... – Ela olhou no fundo
do meu olho, falou tão baixo, tão dengosa, que me deu até medo.
- Tá bom. Vocês venceram. – Peguei e me cobri.
O filme começou.

Ficamos bebendo, a batata acabava, Lorraine se descobria, saía do sofá


para pegar mais, de tempos em tempos levantava e eu via sua bunda todinha,
sua buceta. Aquilo estava acabando comigo. Vontade de sair dali, de
enfurnar no meu quarto, ficar lá, bater uma para me aliviar, pau estava
doendo, bolas inchadas. Essa menina jogava pesado, e não jogava para
perder. Não tinha vergonha na cara, jeito de puta, sabia sacanear.

Uma bendita hora a Jéssica pausou o filme e falou que ia ao banheiro,


pediu para esperarmos.
- Volto já.
Fiquei quieto no meu canto, mas assim que a minha filha saiu, a outra
espreguiçou no sofá, ficou olhando para a minha cara.

- Hummm... vou pegar uma balinha dessa, paizinho...


Eu não a corrigi porque não deu tempo, fiquei hipnotizado. Ela levantou,
parou bem na minha frente, arrebitou a bunda, abriu as pernas e abaixou para
pegar a bala. Olhou para trás, deu um sorriso safado para mim. Caralho, que
sensação deliciosa que me deu.

- Você acha graça de ficar me provocando né, garota? – Falei bravo. Meu
coração batia acelerado, respiração encurtou, ofeguei.
- Quer balinha?
- Quero. Me dá uma.

Ela pegou e voltou para o meu lado, colocou na minha boca e depois
chupou o dedo, se enfiou debaixo do edredom comigo.
- Quero conferir se você gostou de me ver pegar uma balinha pra você... –
Veio subindo a mão na minha coxa, tateando, procurando meu pau.
- Para com isso, Lorraine. Que fogo é esse que cê tem na buceta, diabo! –
Respirei fundo, falei grosso, tesão me dominava.
Jéssica abriu a porta do banheiro bem na hora e voltou correndo.
- Pronto, podem continuar. - Passou por nós no momento em que a menina
agarrou o meu pau, eu soltei um gemido rouco.
- Nossa... – Ela sussurrou, virou para mim, para que eu lesse os seus
lábios. – Que pauzão...

Olhei de relance para a Jéssica, estava encolhida no canto, concentrada


no filme.
Devagarinho, Lorraine ficou me alisando por cima da calça, apertava a
cabeça, deslizava a mão até a base.
Inferno. Eu não tinha força mais. Coloquei minha mão por cima da dela,
fiquei fazendo carinho, mostrando que estava gostoso, que eu tinha
permitido.
Ficamos brincando assim um tempo, nossas mãos juntas, eu acariciando
ela e ela me acariciando, até que ela chegou mais para perto de mim. Bem
devagar enfiou a mão dentro da minha calça, segurou meu pau. Fechei o
olho, fui à lua e voltei. Passou o polegar na cabeça toda melada, apertou a
cabecinha, espalhando minha secreção nele todo para me lubrificar.
Começou a subir e descer a mão, a me punhetar com safadeza.
Fiquei parado, desci a calça até o meio das coxas, deixei livre para ela,
para fazer o que quisesse, eu estava tomado, entreguei os pontos, não tinha
resistência nenhuma mais. Ela brincava com ele, batia punheta, depois
acariciava, pegava nas bolas, alisava a extensão, voltava na cabeça,
esfregava, batia punheta...

Fingíamos que olhávamos para a TV, minha cabeça longe, mas ela não se
contentou só com isso.
Colocou uma coxa por cima da minha, no maior descaramento pegou
minha mão para me conduzir até sua buceta. Estava com a perna
arreganhada, e me deu vontade foi de xingar um palavrão quando encostei
nela. A moleca estava toda melada, estava curtindo a nossa putaria, o
absurdo que estávamos fazendo. Safada, gostosa, puta.

Comecei a bolinar, carne macia, quentinha, lábios grandões, deliciosos,


fui direto no grelinho, sentia crescer no meu dedo à medida que eu esfregava,
estava todo durinho.
Ficamos assim, um dando carinho para o outro, atenção, um buscando o
prazer do outro, ela deitou no encosto do sofá, mordia o lábio com o rosto
virado para mim, contorcendo de tesão, tomando cuidado para a Jéssica não
ver. O grelinho estava muito inchado, eu fazia devagarinho para ela não
gozar, esfregava, pressionava, circulava o dedo devagarinho, depois
acelerava, colocava mais pressão... fodia a buceta dela com o dedo, fazia
vai e vem, estocava devagarinho, espalhava seu melzinho que saía lá de
dentro, minha mão estava toda melada... quando via que ela ia gozar eu
parava, ela arrebitava a buceta e eu só dava uns tapinhas em cima. A sapeca
ia fazer um escândalo se gozasse, aquele tipo ali eu conhecia rapaz, e a
minha filha ia ver, não podíamos arriscar.

Eu é que estava quase gozando só de fazer isso. E ela continuou a bater


pra mim, eu deixei. Liberei tudo para ela, senão eu ia enlouquecer. Coloquei
os braços atrás da nuca, deitei mais, relaxei as pernas, joguei meu quadril
para frente. A moleca sabia direitinho como fazer, batia gostoso demais.
Esfregava, colocava pressão, subia e descia, subia e descia, concentrando na
cabeça, apertava para sair mais secreção, tornava a besuntar a cabeça, o
corpo dele.
Não deu outra. Senti vindo com tudo, pra mim a sensação mais deliciosa
do universo, foi crescendo, crescendo, percorrendo o corpo dele até chegar
na cabeça, uma pressão insuportável de gostosa, minhas bolas doíam, até que
explodiu, fechei os olhos, deitei no encosto, gozei demais, esporrei na
barriga.
Ela continuou mexendo para sair o restinho, depois tirou a mão e limpou
no meu moletom.
Continuamos assistindo ao filme, mas eu não estava prestando atenção em
porra nenhuma, estava aéreo, e torci foi para a Jéssica não fazer nenhuma
pergunta sobre o roteiro.
LORRAINE

Na manhã seguinte acordei muito mais cedo do que eu gostaria. Jéssica


estava para lá e para cá procurando seu boné, já toda de uniforme. Abri os
olhos devagar, e ela me viu acordada.

- É o seguinte, Lo. Hoje vou trabalhar até o meio-dia, aguenta firme aí,
dorme mais um pouco... depois você e pai fazem o almoço, combinado? Não
precisam me esperar, mas se quiserem, vou gostar!
Dei um sorrisinho para ela, minha cabeça a mil. Eu tinha esquecido
completamente que ela trabalhava aos sábados e o turno dela era até o meio-
dia lá na sorveteria.

- Ali. É seu boné que tá procurando? – Apontei para a peça verde jogada
atrás da porta.
- Valeu. – Colocou o boné na cabeça, catou a bolsa, me mandou um
beijinho e saiu.
Fiquei quietinha deitada na cama, esperando fazer barulho lá fora no
portão. Meu coração batia acelerado por saber que eu ficaria sozinha com
ele até a hora do almoço, eu respirava rápido, minha barriga contraía.

A noite passada tinha sido deliciosa. Finalmente ele tinha cedido, melhor
que isso, correspondido.
Aquele homem mexia comigo de um jeito que me fazia sentir uma virgem,
como se eu estivesse indo transar pela primeira vez.
Eu ficava excitada, curiosa para experimentar, saber como era o sexo
dele, o jeito dele de fazer.

Não suportava ficar quieta, estava louca, não me importava com nada. O
edredom ficou bem estufado, não dava para ver os movimentos, e eu não
aguentei, enfiei a mão, comecei a alisar aquela pica gostosa, primeiro por
cima do moletom, para ele não assustar; fiquei alisando, mexendo,
impressionada com a grossura, o comprimento.
Depois não suportei mais, enfiei a mão na calça dele, Jorge segurou um
gemido abafado quando o senti. Que delícia de homem, gostoso do caralho.
Minha mão não fechava de tão grosso, estava quente, era muito macio, passei
o polegar na cabeça lisinha, estava melada, deliciosa. Se a Jéssica não
estivesse ali eu sentava em cima, quicava, dava uma surra de buceta nele,
era o que aquele coroa gostoso merecia.

Gozou na minha mão e gozou bonito, e foi para aprender! No fim eu


sempre conseguia o que queria, e mesmo sendo casado ele cedeu, e isso me
deixou excitada demais, saber que sentia tesão em mim, e que era
completamente errado o que fizemos.

Agora de manhã passei um tempinho espreguiçando no colchão, depois


levantei, fui ao banheiro, fiz xixi, lavei o rosto e escovei os dentes, me olhei
no espelho. Estava me achando linda, joguei meus cabelos para um lado,
mordisquei os lábios para ficarem vermelhinhos.

Andando sem fazer barulho, segui para o quarto de casal.


Cheguei lá a porta estava encostada, enfiei a cabeça para dentro, Jorge
não estava. Voltei para o quarto da Jéssica para trocar de roupa. Vesti uma
minissaia jeans e uma camisa branca com babados bem curtinha, calcei um
chinelo de dedo da Jéssica e fui procurá-lo.

A casa era grande e estava silenciosa, fui olhando cômodo por cômodo e
quando cheguei na cozinha ele estava lá, de costas, passando o café. Um
cheirinho muito gostoso, parecia que estava assando alguma coisa também.
Parei na porta e cruzei os braços, encostei na parede, fiquei observando-o de
short e camiseta. Ele era alto, tinha um porte parecendo de atleta, pernas
grossas, uma bundinha linda, arrebitada. A nuca larga, feitinha, cabelo curto,
corte bem masculino, os braços torneados. Fiquei lembrando da gente no
boteco, do cara o chamando de cavalo. Por que será que ele tinha esse
apelido? Dei uma risada ao lembrar do tamanho daquele pau delicioso, e na
hora imaginei que era isso. Ele me escutou rindo e virou para trás, abriu um
sorriso para mim, cara de danado.
- Bom dia. – A voz grossa estava bem mansa.

- Bom dia, Jorge.

- Tô aqui fazendo um cafezinho pra gente. Ou você gosta é de leite com


Nescau igual a Jéssica?
- Gosto de qualquer coisa. O que você for tomar eu tomo também. –
Afastei uma banqueta da ilha que tinha na cozinha, ali era grande, parecia
toda reformada, muito bonita, igual de filme. A tal Gorete tinha bom gosto.

- Dormiu bem? – Perguntou todo educado, chegou perto, colocou a


garrafa de café na mesa. Puxou uma xícara limpa para o meu lado.
- Muito bem... e você? – Trocamos olhar de cumplicidade.

- Como há muito tempo... – Sorriu e foi até o forno, calçou uma luva e
tirou um tabuleiro cheio de pães de queijo.
- Nossa, que delícia...

- Esses aqui você não conhece. Eu mesmo que faço. Receita da minha
amada mãe. – Pegou um descanso de panela, jogou em cima da mesa,
colocou o tabuleiro em cima.
- O cheiro está maravilhoso. E a aparência também.

Jorge catou uma banqueta, colocou bem do meu lado.

- O gosto é melhor ainda. – Pegou um e mordeu, me lançando um olhar


misterioso. Fiquei pensando se foi alguma indireta. Eu estava vidrada nele,
tudo o que fazia alimentava a minha imaginação.
- Hummm... muito bom mesmo. Delícia. – Falei quando mordi um pedaço,
ele serviu café nas nossas xícaras.

Ficou um clima sem graça à mesa. De repente a gente se viu sem assunto,
ficamos comendo em silêncio, nossos olhos procurando distração, às vezes
se cruzavam, e quando isso acontecia ficávamos mais sem graça ainda.

- Tem iogurte na geladeira, fruta, geleia...

- Tá ótimo aqui, Jorge. Lá em casa é só um cafezinho mesmo com pão e


margarina. Qualquer coisa me diverte...
Ele deu um sorrisinho.

- Jéssica foi trabalhar hoje, vou fazer um almoço esperto pra gente...

- Você é prendado, hein...


- Eu curto cozinha. Final de semana aqui quem cozinha sou eu, Gorete fica
de rainha...
Depois que falou nela é que percebeu que não devia ter feito. Aproveitei
o embalo, entrei no assunto.

- Falou na Gorete... e aí, tá com saudade dela?


- Tô morto... – Falou num suspiro. Me deu até um ciumezinho.

- Bom assim, né? Depois de tanto tempo junto, ainda sentir saudade...

- É. – Terminou de tomar o café, encheu a xícara de novo.


- Que dia ela volta, Jorge? – Peguei outro pão de queijo.

- Ela não deu certeza Lorraine, mas acho que volta amanhã à noite.
- Que bom, né... vai matar essa saudade. Deve estar sentindo muito a falta
dela... – Tentei entrar em outro assunto... – Ontem eu vi o quanto. Estava
muito acumulado... – Dei um sorriso para ele, para minha surpresa ele não
me repreendeu, mordeu o lábio, sorrindo. E caralho, ele ficava um tesão
assim.

- Foi gostoso... – Olhou nos meus olhos, não desviou.

- Pena que não me fez ir até o final. Ficou me devendo...


Ele deu outro sorriso charmoso.

Continuei.

- Isso não se faz com uma mulher, Jorge.


Ficou sério de repente. Me encarou, seus olhos queimavam de
desejo.
- Me desculpa, Lorraine. Não quis fazer você se sentir assim. Mulher
comigo nunca passou vontade.
- Pelo ciúme que a Gorete tem de você, deve ser verdade. É tiro e
queda: homem quando é gostoso na cama a mulher marca em cima, faz
marcação cerrada mesmo.
- Você é bem sabida. De onde tira essas conclusões?
- Sou vivida, paizinho. E... a tal secretária que dizem por aí... é
verdade? Vocês dois transam?
- Não é verdade, Lorraine. Eu não mentiria pra você.
- Valeu. Mas o povo fala muito, né? Hoje em dia não pode mais
existir amizade entre homem e mulher.
- Verdade. Eu e a Paulinha somos muito amigos. Muito mesmo. Tem
nada disso não...
- Entendo... mas já teve vontade?
- De quê?
- De comer.
- Menina... – Me repreendeu.
- Somos adultos, Jorge. Por mais que tenhamos uma diferença grande
de idade. Qual o problema em me contar?
- Ok. Já tive vontade sim.
- E por que não fez?
- Porque eu amo a Gorete. Eu a respeito.
- Hum. E eu?
- O que tem você?
- Tem vontade?
- De quê? – Vi que remexeu na banqueta, desceu puxando a camiseta
para baixo, tentando esconder. Foi para a pia levar sua xícara. Passou uma
água e colocou no filtro para encher.
- Você adora se fazer de bobo, não é Jorge? – Desci e fui atrás dele.
Eu precisava saber, precisava ouvir da sua boca.
- O que você quer saber, menina? – Levou um susto, cheguei muito
perto, virou de frente para mim, ficou colado na pia. Ele era muito alto, todo
grande, olhei para cima para encará-lo.
- Você sabe o que eu estou perguntando. - Colei nele, seu quadril
bateu no meu, olhei para baixo mas nem precisava, senti na hora. Estava
grande, duro, seu short fino roçava no meu umbigo de fora.
- Vamo mudar de assunto? Conversar qualquer coisa que não seja de
sexo...
- Não. Eu quero saber. – Nossa respiração estava curta, difícil.
Nosso olhar se cruzou sem vacilar para o lado, existia uma tensão sexual
absurda entre a gente.
- Eu tenho vontade. Pronto.
- Fala com todas as letras. – Mordi o lábio, o abracei. Ele tinha um
cheiro delicioso. Cheiro de roupa limpa, misturado com o próprio cheiro da
pele dele.
- Lorraine. – Bufou, respirou fundo. - Nem tudo o que a gente tem
vontade é o que é certo, sabia? Eu tenho uma vontade fodida de te comer. É
isso que quer ouvir? O que mais? – Me segurou com força pela cintura
roçando o pau na minha barriga, ficamos grudados, ondulando. - Que você é
deliciosa, que eu gozei pra caralho ontem porque imaginei te comendo na
minha cama, te vendo levar paulada na bunda diante do espelho do meu
quarto, que eu fiquei com um ciúme ferrado quando vi macho olhando para o
seu rabo, que eu tive vontade de arrancar a sua blusa e morder seus
biquinhos quando você chegou aqui, que eu fiquei de pau duro e num orgulho
danado de homem por desfilar com você de mão dada pela rua. O que mais
quer saber, porra?! – Ele ofegava, o tórax subia e descia, seus olhos me
fuzilavam.
- Puta que pariu! – Fiquei na ponta dos pés, o segurei pela nuca, dei
um beijo na boca dele. Seu corpo estava muito quente, suas mãos grandes me
apertavam sem que ele percebesse, seu pau me machucava de tão duro. –
Adorei... – Dei mais um beijo. E outro. E mais outro. Antes com os lábios
fechados, ele começou a retribuir. Insisti, dei mais um. Segurei seu rosto.
Nossos lábios se abriram devagar, línguas esbarraram. Ele gemeu.
- Ah, caralho... sobe aqui, sobe... – Me segurou pela cintura e me
impulsionou, me agarrei no seu colo, enrosquei minhas pernas no seu
quadril, me amparou pela bunda.
Começamos a beijar de língua gostoso, e daí para a frente ele não
conseguiu parar mais.
Trocamos beijos deliciosos enquanto ele me carregava para o seu
quarto. Chutou a porta que estava escorada, me jogou na cama, deitou em
cima de mim.
- Menina... ah, menina... cê deixa qualquer homem doido, sabia?
- Você é um tesão, Jorge... não tem como ficar quieta do seu lado...
você me faz pensar só putaria...
Subiu minha saia, ficou esfregando o short na minha calcinha, me
atiçando, chamando, a boca colada no meu ouvido falando sacanagem,
mordiscando meu lóbulo da orelha.
- Sua moleca... era isso que você queria, né...
- Aaai... que delícia, aaai... – Esfregava com força, minha calcinha
estava toda melada, eu estava entregue, a saia no meio da cintura, as pernas
arreganhadas levado aquela surra deliciosa na buceta.
- Tanto fez que conseguiu, gosta de mexer com macho, gosta de
provocar, né sua safada, doida pra levar cacetada... – Ele sussurrava com a
voz grossa, me deixava zonza, não parava de movimentar.
- Me come, paizinho...
- Não fala assim, sua vagabundinha... moleca...
- Faz o que você quiser, eu sou sua, toda sua...
- Vou te dar uma coça, sua moleca. Esfolar meu pau na sua buceta,
foder essa boquinha linda, e se você deixar, comer esse cuzinho lindo que
você deve ter...
Jorge não parava de esfregar, ajoelhou na cama, tirou minha calcinha,
arreganhei as pernas para que ele visse tudo, comecei a brincar com meu
grelinho para provocá-lo.
- Ah, que buceta linda, caralho...
Desceu o short até o joelho, depois a cueca boxer branca que não
comportava mais o pau, a cabecinha estava toda de fora, rosinha, um pingo
molhava a cueca.
- Vai, tira logo. Você sabe que é lindo, não sabe, paizinho? Sabe que
é gostoso, que tem o pau enorme...
Ele riu, todo orgulhoso. Fez suspense, alisou por cima da cueca,
apertou. Devagarinho começou a baixar, expondo a carne grossa, veiúda,
deliciosa.
- Quer isso tudo aí dentro, entrando e saindo gostoso? – Começou a
punhetar.
- Quero! Vem logo!
Ele riu, deitou o corpo pesado em cima de mim, se ajeitou no meio
das minhas pernas, começou a procurar meu buraquinho com a cabeça do
pau, até que posicionou. Sem dó começou a enfiar, me rasgando,
preenchendo. Uma pressão deliciosa me invadiu, percebi como sentia falta
daquilo, como era delicioso ter um homem dentro de mim.
Devagarinho tirou, voltou a enfiar, me alargando, me acostumando
com o seu tamanho.
- Aaah... Que bucetinha mais apertadinha, Lorraine... Aaah, caralho...
que tesão, puta que pariu... –Nossas bocas uniram, começou a estocar com
mais força, mais pressão, enquanto nossas línguas deslizavam uma contra a
outra. Seu pau escorregava gostoso, apertado, batia o quadril no meu, o filho
da puta comia gostoso demais, nunca tinha deitado com um cara igual a esse.
Gemíamos no ritmo das estocadas, falávamos putaria, sem preocupar
se alguém ia ouvir, e era a melhor coisa do mundo essa liberdade, era
safado, sacana. Combinávamos direitinho, ele era o meu número, aquele tipo
de homem ligado na parceira, olho no olho, atento a cada reação da mulher.
Ele era foda.
Tirou o pau de repente, me virou de costas, me mandou ficar de
joelho na beirada da cama. Fiz o que ele ordenou, virada de bunda para o
espelho.
- Vira de costas, olha que bunda deliciosa que você tem, menina.
Marmanjo perto de você tem que ficar é de pau duro mesmo!
Fiquei olhando e rebolando, balançando.
- Vem, paizinho...
- Eu vou dar uma surra de pau nessa bunda, sua sapeca! – Veio para
perto, me sentou um tapa, depois outro, minha buceta contraiu de prazer. Não
me deu tempo nem de respirar e enfiou tudo, tornou a estocar. Uma, duas,
três vezes. Me batia, abria minha bunda, apertava, massageava.
- Lorraine, cê é toda linda, garota... que cuzinho mais lindo... – Vi
que cuspiu no dedo, começou a rodear...
- Ai, delíciaaa... – Rebolei no dedo dele, o pau grosso atolado na
minha buceta me comendo, estocando sem parar.
Enfiou o polegar mais um pouquinho, começou a comer meu cuzinho
com o dedo sem me dar descanso, indo e vindo, indo e vindo... senti que não
ia aguentar mais, batia com força no meu quadril, estapeava minha bunda,
fodia meu cuzinho com o dedo, suas bolas inchadas tocavam meus grandes
lábios me castigando, uma pressão deliciosa me tomou, fiquei fora de mim.
- Ai tá vindo... tá vindooo...
- Goza, menina sapeca, goza no meu cacete, vai, deliciosa!
Quando ele sentou a mão na minha bunda de novo foi uma explosão.
- Aaahhh... aaahhh... – Rebolei descontrolada, ele amarrou meu
cabelo com a mão, puxando minha cabeça para trás, bombando sem parar,
depressa, aflito para liberar, gemia, xingava, e quando começou a urrar senti
a cabeça do pau inchar dentro de mim, um líquido quente me inundou.
- Aaahhh... aaahhh caralho... sua puta! Deliciosaaa!
Jorge estocou até esporrar a última gota, me deu um beijo nas costas
e saiu de dentro de mim.
- Já volto. – Com o short abaixado foi direto para o banheiro, e eu
desabei na cama.

- Voltei. – Chegou com um sorriso maravilhoso trazendo um maço de


papel, deitou do meu lado, passou o braço e me puxou, nos beijamos,
ficamos abraçados.
- Você é muito gostoso...
- Olha quem fala... – Me deu mais um beijo na boca.
- Sério. Vocês homens não podem ficar recebendo elogio senão ficam
muito convencidos, mas você, Jorge... puta que pariu. Foi o homem que fez
mais gostoso na minha vida inteirinha!
Ele começou a rir.
- Anos de experiência, menina.
- Praticou bastante, né?
- Confesso que é o meu hobby preferido.
- Safado. – Dei um tapinha nele.
- Fala que não é bom?
- Demais... sua mulher é uma sortuda do caralho.
Vi que ele ficou sério, calado.
- Acabei falando besteira, né? Foi mal...
- Tudo bem.
- Tá mesmo?
- Tá. Só não quero falar da Gorete, tá bom?
- Eu entendo... vamos falar de outra coisa então. E o almoço, decidiu
o que vai fazer?
- Que tal um estrogonofe?
- Amo!
- Só não tem nada aí pra fazer...
- Vou com você comprar.
- Posso ir sozinho, cê fica aqui.
- Eu quero ir, paizinho... adoro sair com você, passear no seu carrão
importado.
- Tenho medo do povo falar, Lorraine...
- Falar o quê?
- Ué. De nós. Ontem já ficamos andando de mão dada...
- Ah, mas isso aí a Gorete não vai fazer caso. Sou amiga da Jéssica,
imagina. Tenho idade pra ser filha de vocês.
- Mas tem corpo de mulher. Cê parece aquelas mulheres de capa de
revista pornográfica.
Eu fiquei foi rindo.
- Valeu, paizinho. – Dei outro beijo na boca dele.
Ele me colocava tão para cima, me elogiava tanto, me protegia,
pagava as coisas pra mim... fazia tudo pra mim... Que mulher não gosta
disso?
- Então vamo nessa? Perdi a conta do tempo que ficamos nessa
putaria... – Comentou rindo.
- Vamo fazer logo esse almoço pra Jéssica, deixar prontinho, porque
eu já quero mais... – Puxei o queixo dele, dei uma mordidinha no
cavanhaque.
- Safada... não começa...
- Comeu gostoso agora tem que repetir...
- Lorraine... – Me repreendeu.
Fiquei rindo, nós dois abraçadinhos, parecendo namorado. Coloquei
uma perna por cima dele.
- Então vamo logo, sai tentação!
Pulou da cama e me puxou, desci a saia jeans e puxei para baixo a
blusa curtinha, tentando esconder as voltinhas dos seios. Calcei um chinelo
de dedo da Jéssica, joguei meu cabelo para o lado, me ajeitando naquele
espelho chique do guarda-roupa dele.
- Vamo.

-
JORGE

Ontem à noite eu fui dormir relaxado de corpo, mas de cabeça quente.


Quando deitei no travesseiro, remorso tomou conta. Pensei na Gorete, no que
eu estava fazendo com ela, e dentro da nossa casa.

Pensei, pensei e pensei. Fiquei remoendo.


Mas também lembrando de tudo, do quanto eu resistia à Paulinha, de
tantas e tantas vezes que tivemos oportunidade de trocar beijo, trepar
gostoso, e ninguém nunca ia saber.

Muita gente achava que éramos um casal, principalmente quando


viajávamos a trabalho. A gente só andava de mão dada (porque ela pedia),
mas o fato mais absurdo que aconteceu foi quando tivemos de ficar no
mesmo quarto de hotel. Ela dormiu abraçada comigo chupando meu dedo,
nuazinha, a buceta depiladinha roçando na minha coxa, depois de me fazer
um strip-tease sensacional. Nesse dia eu confesso, tive que tomar um porre
de uísque para fugir. Passei mal pra caralho, apaguei que nem vi. Difícil de
acreditar? Juro por essa luz! Mas disso a baixinha dona do meu coração não
sabia. E nem ia saber.

Cruzei essas memórias com as imagens do sarado lá da academia. Os


dois juntos, cheio de selfie no celular dela. Trocando beijo na boca em
restaurante chique na capital, outra agarrado na cintura dela, os dois em
frente ao espelho de um elevador de hotel de luxo, parecia que estavam indo
jantar fora, outra com Gorete toda maquiada, usava só saia e meia arrastão,
parecia que estava se arrumando e ele veio e tirou a foto, exibia os seios
novos deliciosos (paguei plástica caríssima pra outro vir e mamar). Pois é,
esses encontros devem ter sido em época que eu estava viajando e ela foi
para a capital fingindo que ia visitar a jararaca.

Minha mulher era mais velha que ele, mas tem muito homem que curte
mulher madura, e ô raça que é o capeta na cama. Acho que é a idade mais
deliciosa da mulher, sério, só quem já experimentou é que pode falar.
Cabeça boa, madura, papo bom pra caralho, são independentes, sabem o que
querem na cama, sabem dominar, pedir. Foda demais, sou muito fã!

Fui me acalmando, principalmente depois que tomei uma decisão. Não sei
se ia ser errado, se eu ia ser um filho da puta cretino, mas eu não ia mais
resistir à menina. Não ia avançar, ia continuar respeitando. Mas se ela viesse
de sacanagem pro meu lado....

E foi dito e feito.


Tudo evoluiu para isso, ela não podia ficar perto de mim, era igual fogo e
querosene. Não podia me ver, a gente não podia conversar, o assunto guiava
sempre para o sexo, não tinha jeito.

A danada me apertou e eu falei tudo o que estava sentindo, não escondi.


Já vinha com esse pensamento de falar a verdade, de não me esquivar, de
deixar fluir.

E fluiu gostoso demais. Nos beijamos gostoso mais uma vez, e daí para a
frente deixei meu corpo fazer o que ele estava pedindo, meu pau implorava
por ela, doía, latejava.
Fizemos muita putaria no meu quarto, comecei comendo ela comigo por
cima, só levantei aquela sainha jeans e desci meu short, não precisei fazer
mais nada. Foi do jeito que deu, meti gostoso pra caralho nela. Depois matei
minha vontade, comi ela de quatro na beirada da minha cama.

Ficamos igual namoradinho, abraçados na cama depois que gozamos,


trocando carinho e elogio. Ela pediu um cigarro e eu falei que não tinha, mas
eu saía para comprar para ela com o maior gosto.
LORRAINE

Saímos no carrão dele para comprar as coisas do almoço.


- Jorge, tem um mercadinho lá perto de casa que fica vazio. Vamo lá? É
bom que ninguém vê a gente...
- Cê me mostra o caminho?

- Mostro sim, é perto daquele mata-burro que vai pra fazenda velha.
- Sei onde é.
- Então vamo.
- Vamo de caminhonete que é melhor. Vou deixar o AUDI na garagem.

- Você que manda, paizinho. Bom que vou conhecer o seu outro carrão...

Chegamos lá e dito e feito, o mercado estava super vazio.


Parou a caminhonete, descemos, ele comprou tudo o que precisava. Pedi
um maço de cigarro para ele, colocou na esteira do caixa.

- Quer mais alguma coisa, menina?


Fiz que não e o abracei, esperando ele passar as compras. Ficamos
abraçadinhos, ele por trás, nossas mãos entrelaçadas na minha barriga. Seu
abraço era delicioso, envolvente, quentinho, ele era cheiroso demais.
Vi que a mulher do caixa ficou olhando, fez cara feia para mim. A
Geralda era uma invejosa e fofoqueira, mãe nem acreditava em nada que ela
espalhava de mim.
- Tá olhando o quê, Geralda?

- Nada.
Só para irritá-la, virei de costas e tasquei um beijo de língua delicioso na
boca dele.
Com pouco só escutei uma voz grossa falando.

- Eita, mas que isso, Jorjão! Tá gostoso aí, cara?


Olhei para o lado e reconheci na hora que era o coroa gostoso que estava
no boteco no outro dia.

Jorge parou de me beijar na hora e se afastou de mim, ficou até pálido.


- Filho da puta, quer me matar de susto, Pedrão?!
Os dois começaram a rir e o cara olhou para mim com uma cara de
safado...

- Essa é a coleguinha da Jéssica?


Escutei a Geralda falar baixinho “piranha” e não deixei barato.
- Eu mesma. E quero ganhar um abraço gostoso seu também. Vem... O
Jorge na frente e você atrás. – Pendurei no pescoço do Jorge e ele me
abraçou todo sem jeito. O coroa mais do que depressa chegou me encoxando
por trás, relando o quadril na minha bunda. Ficamos os três rindo
coladinhos, eu só olhei para a cara da Geralda e ela mexia a cabeça de um
lado para o outro fazendo bico.

Jorge me soltou todo sem jeito.


- Vamo almoçar com a gente, Pedrão? Cê já fica pro baralho.

- Será, cara? – Olhou para mim, como se quisesse saber a minha resposta.

Levantei os braços, fingi que estava amarrando o cabelo, meus seios


ficaram de fora, os biquinhos apontando para ele.
- Eu voto pro Pedrão ir almoçar com a gente, paizinho... – Pisquei para o
amigo, o cara estava abobado. Mordeu o lábio me comendo com os olhos,
depois soltou uma risada quando ouviu o apelido do Jorge.

- Paizinho?! Porra... – Nós três começamos a rir.


Geralda começou a ficar impaciente.

- Deu cinquenta reais e trinta e nove centavos, Lorraine.


Virei para ela na hora, falei:
- Fala pro meu namorado, pra mim não. O rico aqui é ele. Podre de rico,
viu a caminhonete? Pois é, ele é quem vai pagar. E me passa o cigarro? Já
vou fumar um de uma vez. – Comecei a mexer na sacola e peguei o maço. –
Paizinho, tô sem isqueiro...
Pedro estava morrendo de rir de nós dois.

- Eu tenho aqui. Vamo ali fora enquanto ele paga. – Ele me lançou um
olhar fatal, me chamando para a saída.
- Vamo.

Fomos andando enquanto Jorge procurava a carteira no bolso.


Ficamos na calçada conversando, não passava uma alma viva.

- Lorraine... nome bonito. Nome de princesa. Qual o significado?


- Sei não. Era o nome da filha da patroa de mãe. Ela achou bonito e
imitou.

- Entendi. – Vi que ele olhou lá para dentro procurando o Jorge. – Seus


seios são lindos. – Seu olhar me penetrou de um jeito que eu estremeci. Um
homem quando me olhava assim era porque queria comer.

- Valeu. – Mordi o lábio.


- E o beijo gostoso que cês dois estavam dando? Jorjão é peça demais...

- Ele beija bem pra caralho... deu vontade também, Pedro?


- Muita...

- É?

- Ô.
Riscou o isqueiro, levei o cigarro na boca para acender. Traguei e soprei
para o lado.

- Quer um? – Entreguei o maço para ele.

- Dá um aí. Vou te acompanhar. E o meu beijo, vou ganhar quando?


Quando eu ia responder o Jorge veio chegando com as sacolas.

- Cês dois podem apagar isso aí. Quero cheiro de cigarro no meu carro
não.

- Sacanagem. – Puxei fundo de novo e joguei a bituca no mato. Pedro fez


o mesmo.
- Vamo nessa, vou com vocês dois. O que vai rolar de almoço, Jorjão?
- Estrogonofe.

- Cê vai fazer?
- Vou.

- Esse cara é fera na cozinha, Lorraine. Cê já comeu alguma coisa que ele
fez?

- Já.
- Ou foi o contrário? – Pedro começou a rir me fazendo rir também. Ele
era escroto, brincalhão, não valia nada. E sexy pra caramba.

- Cala a boca os dois e entrem no carro. – Jorge foi para trás e colocou as
sacolas na caçamba enquanto a gente subia o degrau para nos sentarmos.

Fomos rindo da vendinha até chegar em casa. Jorge ficou mais sério,
parece que inibido pelo amigo, evitou conversa.

- E então, vou poder provar do beijo que o Jorge provou também? – Me


perguntou, olhando de mim para ele, como se pedindo a sua autorização.
Fiquei calada, olhei para o Jorge, deixei que ele respondesse. Não queria
criar nenhuma confusão.

- Cês tão me olhando? – Perguntou de relance, concentrado na direção.

- Sua resposta. O que decidir, tá decidido. Vou poder dar um beijo no seu
amigo ou não?
- Eu não tenho que decidir nada. A boca é sua Lorraine, faz o que você
bem entender com ela.

- Hum... tá bom então.


- Sobe aqui, loira. – Me puxou, levantei a minissaia e sentei nas coxas
dele com as pernas abertas. Ficamos agarradinhos, ele me envolveu pela
cintura, trocamos um selinho e começamos a rir.

- Que olho azul lindo...


- E você é toda linda, princesa...

Puxei o lábio inferior dele com os dentes.

- Hum, delícia. – Meteu a língua na minha boca, afoito. Começamos a nos


beijar gostoso, ele deslizou as mãos para a minha bunda na hora, começou a
apertar, massagear.
Abri os olhos, enquanto o lambia olhei de canto de olho para o Jorge,
estava concentrado, fiquei com medo de ele ficar com raiva, parei o beijo.

- Chega, Pedro. – Falei.


- Mas já? – Pousou as mãos na minha cintura, me encarando ressabiado.

- Em casa cês continuam enquanto eu faço o almoço. – Jorge falou meio


mal-humorado, parando a caminhonete na porta. Chegamos que nem vimos.

O mais engraçado foi que os dois não trocaram uma palavra. Eram tão
amigos que parecia que um entendia a linguagem do outro. Pedro me viu
beijando o outro na boca, mas como sabia que era só zoação, ficou livre
para entrar na brincadeira.

Entramos, Jorge foi para a cozinha e o outro me levou para o sofá para a
gente continuar os amassos. Ele beijava gostoso, não era igual o Jorge, era
mais contido, meio desajeitado, mas mesmo assim era bom. Ele sentou e me
puxou para o colo, ficamos de amasso um tempão enquanto Jorge preparava
o almoço. Ele queria me comer, sarrava o short na minha calcinha no rumo
certinho, maldoso, eu ficava rebolando, esfregando meu clitóris na bermuda
dele, mesmo por baixo da calcinha estava muito gostoso, mas eu segurava
para a gente não tirar a roupa, não queria fazer nada sem o Jorge consentir.
Ele era bacana demais, não merecia ficar chateado.
- Tá tudo no jeito. Agora só esperar a Jéssica. – Ele chegou na sala de
repente e ficou de queixo caído quando viu meu seio na boca do Pedro.
Olhei para ele, dei um jeito de colocá-lo na brincadeira.
- Jorge, vem aqui...
Pedro tirou a boca quando viu a cara que o Jorge fez, mas fiz ele
continuar lambendo o bico para o Jorge ver.
Mas pelo visto ele não gostou.

- O que vocês pensam que estão fazendo?!


JORGE

- O que foi, Jorge?! – Perguntou assustada. Pedro a empurrou e ela caiu


de quatro no sofá, ele ajeitou a roupa e ficou de pé me encarando.

- Dar pra outro macho na minha cara assim não, cacete! E não quero saber
de putaria no meu sofá! Vão pro meio do mato!
- Que isso, Jorjão, calma lá cara.
Eu sabia que aquela buceta não tinha dono, a sapeca praticava e era
muito, e nem eu queria nada dela também, só aproveitar o momento, mas ver
outro macho ali com ela me deixou puto, achei muito desaforo ser na minha
cara, na minha casa, debaixo do meu teto. Que fossem para outro lugar, mas
aqui, não!
- Calma, Jorge... – Ela veio caçando graça comigo querendo me abraçar,
segurei seus pulsos com força.
- Calma lá o caralho, Lorraine! Depois do almoço você junta suas trouxas
e some da minha frente, falou?!

- Ó Jorjão, cê tá nervoso, cara... vou embora, deixar cês resolverem aí.


Ficar vendo a safada e o Pedro ali agarrados, um parecia que ia comer o
outro com a língua, as bocas tudo mordendo, lambendo, o seio era pequeno
mas tinha um bicão, e estava todo na boca dele, aí já era demais.

Pedro fazia tempo que não comia ninguém, depois do divórcio foi no
fundo do poço e estava se recuperando agora, com a ajuda dos amigos. Ele
sempre foi um cara muito amigo, alto astral pra caralho, brincalhão, mas por
causa de crise financeira o casamento não aguentou e afundou junto. É minha
amiga, casamento não é fácil!

- Cês podem ficar juntos Pedrão, mas não aqui em casa, entendeu? Aqui
não é motel.
- Desculpa aí, cara. Eu empolguei...
- Uhum.

- Eu quero o Pedro olhando a gente. Na sua cama, de frente para o


espelho. – A moleca falou de repente, ficou todo mundo calado. A safada
não tinha mesmo vergonha nenhuma na cara.
- Ué, eu topo demais. – Pedro respondeu mais do que depressa.
Fiquei meio ressabiado, era sacanagem com o cara, ver e não poder
comer.
- Cê tem certeza disso, Pedro? Olha lá hein, depois quem vai pra cama
sozinho de noite vai ser você.

- Não sou moleque, Jorge. Já passei dessa fase faz tempo, caralho.
O relógio marcava que faltavam duas horas para a Jéssica chegar, então
não ia ter muito tempo para rolar sacanagem, igual eu estava vendo que ia
rolar, meu pau já estava em pé. E eu jurei que era a última vez que eu ia
comer essa menina.
Puxei ela pela cintura e o Pedro veio atrás, reparando nós dois, uma
sarração dos infernos, no final das contas eu estava era com um tesão
absurdo por imaginar que ele ia sentar e ficar vendo a cena.
Fomos beijando, sentei na cama, encostei na cabeceira, ela já estava muito
molhada por causa da sacanagem com ele.
- Vem, monta aqui, monta... – Desci o short até o meio das coxas.

Desceu a saia jeans, tirou a blusa, rindo para nós dois, toda sapeca. Veio
nuazinha para cima de mim, quase tive um troço. Meu pau estava apontado
para cima, segurei pela base, fechei um pouco as pernas e ela veio, se
arreganhou toda, devagar veio encaixando, me comendo, me engolindo.
Entrou apertado pra caralho, buceta quente igual o inferno.
- Aaah, tesão...! – Pedro xingou alto, apertando o pau. Desceu o short e
colocou para fora, começou a bater punheta.

Lorraine apoiou as mãos no meu peito, desceu, sentou tudo.


- Que delícia, paizinho. Gosta assim? Vamo olhar no espelho? Olha lá pra
você ver como a gente fica lindo junto... olha, Pedro...
Afastei a cabeça de lado, só vi aquela loiraça sentada no meu colo, a
bunda grande com marquinha de fio-dental arreganhada, me engolindo todo.
Por instinto contornei sua cinturinha, comecei a levantar meu quadril, a
bombar nela. Lorraine começou a gemer que nem puta, me deixou louco,
estávamos agarrados igual cachorro trepando, sua buceta pequenininha sumia
toda, deslizava pelo meu pau deixando um rastro cremoso de tesão puro de
mulher, desgraça!
- Assim, paizinho. Assim... assim... – Ela gemia devagarinho, como que
me guiando, me ensinando... a bunda arrebitada, me sentindo enfiar e tirar,
enfiar e tirar, rebolando, esfregando. Virava para o espelho, rebolava para se
ver, deitava mais, olhava minhas bolas batendo na sua bunda, minha carne
grossa enfiando toda e saindo, deslizando. Abria sua bunda, ficava vendo
seu cuzinho piscar, eu sentava a mão naquele rabo gostoso, ela gritava,
olhava para o Pedro, a sapeca piscava para ele, o cara ia na lua e voltava,
punhetava sem parar, me dava até pena.
Enfiei um dedo na boca dela, ficou chupando enquanto rebolava, eu a
ajudava, estocava junto, batíamos nossos quadris, encontrávamos com
sincronia, com perfeição. Estávamos cegos, loucos de tesão, loucos para
extravasar tudo, liberar, agonizávamos.
- Ai, que delícia paizinho, que delícia... tô chegando, vou gozar, não para
paizinho, vai...

- Goza, caralhooo...! – Pedro gritou, vidrado na moleca. Tinha a pica


grande, mas não era maior que a minha.
- Ai Pedrooo... vou gozar, assim... assim... isso, não para Jorjão,
paizinho, não para... aaahhh... aaahhh...
Meu pau já estava esfolado de tanto foder, agarrei na cintura dela e
bombei até esvaziar tudo, esporrar a última gota.
Pedro chegou perto, a safada arrebitou a bunda para ele, eu ainda estava
atolado nela, de repente ele começou a urrar, abri a bunda da menina e ele
pingou tudo no ânus, começou a escorrer e eu tirei depressa. Ela ficou de
quatro na cama e ele sarrou a cabeça naquele rabo delicioso, lambuzou tudo.

- Quentinho, Pedrão... – Ela deu uma risada sapeca para ele.


Meu amigo respirou fundo, aliviado, depois que saiu a última gota
guardou seu menino de volta no short.
- Caramba... – Começou a rir, arrancando risada geral.

- Sobreviveu, Pedrão?
- Vai à puta que te pariu, Jorjão! Agora eu entendo o ciúme da Gorete, seu
cavalo!
- Cala a boca, desgraça!
Lorraine desceu da cama caladinha e foi para o banheiro tomar banho,
deixando dois machos de saco vazio e cara de bobo.

E eu tinha certeza que ela acabava de ganhar um fã que ia grudar nela


igual chiclete.
GORETE

Homem acha que mulher é boba, que são mais espertos que a gente.
Coitadinhos, tsc tsc...

Pois se o Jorge pensou que eu ia bancar a trouxa e ficar chorando pelos


cantos enquanto ele comia a secretária boazuda, estava muito enganado.
A partir do momento em que eu comecei a me valorizar, a coisa mudou de
figura. Ele era ciumento? Que nada! Era o tipo de homem seguro demais,
autoconfiante demais, o Jorge se achava, querida! Se achava muito, a última
bolacha do pacote... pois caiu do cavalo!

Vivi a vida inteira para a casa e os filhos. Não me arrependo disso, criei
dois seres humanos maravilhosos, e ainda ajudei meu marido a crescer na
empresa, e ele tinha ido muito longe, mas comigo por trás, na retaguarda.
Tive papel nisso, mérito meu! E ele sabia.
Pois bem, resolvi que era hora de cuidar de mim também. De uns anos pra
cá, nossa condição financeira melhorou pra caramba, reformamos a casa, o
Jorge realizou o sonho dele de ter um carro zero importado, pagamos
faculdade para o Jeferson... a Jéssica não queria viver de mesada e resolveu
ter o dinheiro dela, mas nós nunca obrigamos, foi iniciativa dela. E que mal
também fazia ter um emprego? Ia ser bom demais para o amadurecimento
dela. Jéssica era tímida, comportada, mas muito cabeça fraca tinha hora, e
não tinha boas amizades. Não via a hora de ela passar num vestibular e
começar a faculdade também. Minha filha era estudiosa, eu sabia que estava
perto de ela conseguir.
Pois bem, mas voltando ao assunto do meu casamento, éramos mais do
mesmo, gostosinho, mas sem novidade, aquela rotina que mata qualquer
tesão. Jorge era delicioso, era bom de cama, mas ultimamente estava
trabalhando muito, não tinha mais tempo para mim, e somado a isso havia o
fato de existir outra mulher no pedaço. Aí foi que brochou tudo de vez! E não
era presente caro que ia me comprar!
Eu já havia sacado o tipo dela, uma única vez em que o Jorge a levou
para almoçar lá em casa. Eu que pedi, queria conhecê-la, saber com quem
estava lidando. E não gostei nada do que vi, do que senti. Os dois estavam
íntimos demais, Jorge ficava morrendo de vergonha das atitudes dela,
beijinho no rosto dele, carinho, abraço toda hora, brincadeira o tempo todo...
de mim só saía sorriso amarelo, me segurava para não armar um barraco,
contava até mil!
E o estilo da sujeita? Vontade de denunciar na empresa. Só não fiz porque
ia prejudicar meu marido. Fiquei pensando se para trabalhar ela usava
minissaia, salto alto e top com a barriga de fora, porque ela chegou na minha
casa para almoçar vestida desse jeito, e era uma segunda-feira. Ou será que
era ingenuidade minha, será que saindo de lá iam para algum lugar?

Bom, fui engolindo esse sapo. Me isolei um pouco do Jorge, passei a me


dedicar mais à saúde, e na academia conheci um homem encantador...
ficamos muito amigos, ele me convidou para sair, e eu aceitei. Ficávamos
cada vez mais íntimos, meu casamento ficava cada vez mais sem graça, eu
passava cada vez mais raiva com aquela loira assanhada. Pronto, aí estava a
mistura perfeita para eu cair em tentação. E caí bonito.
Depois que a gente transou, aí que já era... não paramos mais. Se fazia
gostoso igual o Jorge? Nem melhor, nem pior. Era diferente. Homem não é
tudo igual, como muitas pensam. Cada homem tem um jeito de fazer, de te
tratar, e eu não vou falar mal do Rafa não.

Ele era tão legal, tão romântico... saíamos para jantar fora, passar uma
noite num hotel bacana... tudo quando o Jorge viajava a trabalho, sozinho
com a secretária.
Comecei a me apaixonar. Não fiz questão de esconder, tirávamos fotos,
trocávamos mensagem pelo WhatsApp...

Jorge um dia inventou de mexer e descobriu. Passou a me evitar, me


deixando ainda mais à deriva, solta, à mercê do Rafa.

Meu marido pediu um tempo e cá estou eu, dando esse tempo que ele
precisa. Está sendo bom, no final das contas. Nosso casamento sacudiu a
poeira de um jeito que nem se tivesse passado um furacão.

Eu só sei que amanhã é o prazo final, e eu vou respondê-lo.


Queria ter os dois, sabia? São dois amores. Tenho a maturidade do Jorge,
a segurança, e a amizade. Tenho o frescor do Rafael, a leveza, e um desejo
absurdo. Por que não existem homens com tudo isso num pacote só?

Nenhum ser humano é perfeito, a resposta é essa. Não me orgulho do que


fiz, mas eu fiquei vulnerável, estava a ponto de enlouquecer, estava entrando
em depressão dentro de casa.
Não quero ser julgada, principalmente por uma mulher, que atire a
primeira pedra a que nunca errou em nada nessa vida. Empatia é palavra que
vale ouro!
Bom, é isso.

Estou tranquila, já tomei minha decisão.


E não precisei pensar muito, se quer saber.
JORGE

Nessa vida tudo é aprendizado, é momento. A gente às vezes acaba


perdendo a cabeça por bobeira. Não vou justificar o que fiz, não vou colocar
culpa na menina por ter me provocado e muito menos na Gorete, pois
também não foi por vingança. Foi pela ocasião. Foi porque juntou muita
coisa, foi isso. Tesão falou alto. Testosterona, oportunidade.

Eu poderia ter xingado a moleca na primeira provocação, poderia muito


bem ter virado para ela e mandado fazer a mala, ter contado para a Jéssica,
posto ela no carro e a levado de volta para casa. Poderia ter ganhado ponto
com a Gorete fazendo isso. Mas eu não fiz.
Acho que homem quando tem algo que envolve sexo, perde a noção do
perigo, perde a noção de tudo, embarca. Juntou sensação gostosa pra caralho
que ela me dava, com o gosto do proibido, do pervertido, do errado, da
novidade. Orgulho de comer buceta novinha e exibir pros amigos, de ter uma
mulher gostosa na cama. Vaidade boba. Coisa de carne, de pele. Só isso.
Fui fraco, fui covarde. Fui escroto.

Me arrependi? Não me arrependi, porra, não sou hipócrita! Mas também


eu falo, foi a última vez. Primeira e última vez cara, a não ser que a Gorete
não me quisesse mais. Mas eu estava inteiro para ela de novo, ela ia me ter
inteiro. E já tinha muita decisão tomada na minha cabeça. Muita coisa ia
mudar no meu casamento. Aprendi em um mês o que não enxerguei em mais
de vinte anos de casado. Gorete era a mulher da minha vida, disso eu sabia.
Sempre soube.
Jéssica chegou do trabalho, finalizei o estrogonofe rapidão, ficou muito
bom modéstia à parte, todo mundo elogiou, Pedro comeu pra caramba e eu
também, estávamos morrendo de fome. Ele foi em casa, falou que ia tomar
um banho rápido.
Depois do almoço ajeitei a cozinha e as meninas foram para o quarto da
Jéssica, passaram a tarde inteira lá jogando conversa fora, aproveitei para
tirar um cochilo.

Pedro voltou já eram quase sete horas.


Nós quatro jogamos baralho, eu e a menina contra a Jéssica e o Pedro,
perdemos de lavada todas as quedas, Lorraine simplesmente não conseguia
entender o jogo.
Foi legal, divertido, o clima estava gostoso, todo mundo relaxado,
descontraído. Vez ou outra rolava troca de olhar bobo, quando a Jéssica ia
no banheiro alguém fazia comentário gostoso na mesa, mas não passou disso.

Fomos dormir já mais de uma hora da manhã, e mesmo assim porque eu


dei o grito, queria estar descansado no domingo, deixar tudo ajeitado para a
volta da baixinha dona do meu coração junto do meu filhote.

Meu coração falava que ela ia voltar.


Domingo cedinho tomamos café e a Jéssica falou que ia com a Lorraine
até a casa dela, ficaria lá só um pouquinho e depois voltava para estudar.
Concordei, falei que ia aproveitar para dar uma geral em tudo, a casa estava
uma completa zona.
Eu e a menina despedimos com um abraço e um beijo no rosto, ela falou
que na semana seguinte voltava, mas antes que eu respondesse que “não”, a
Jéssica mesmo já a cortou, falou que ia ter um simulado do ENEM e que ela
queria estudar.

Bom, resumindo bem, foi assim que terminou a minha manhã de domingo.
O que aconteceu depois?

A Jéssica te conta.

Falou, abração!
JÉSSICA

Estou feliz demais.


Hoje está fazendo um mês que mãe voltou para casa. Ela e pai estão
parecendo casalzinho novo de namorado, tive até que xingar um dia que
cheguei da rua de noite e eles estavam na maior sarração no sofá. Ela saiu da
academia mas o pique tá igual, os dois até caminhada estão fazendo juntos.
E que Deus me perdoe, mas fiquei feliz de saber que a Paulinha foi
transferida para outro setor, pai contou a novidade pessoalmente, que ela
agora ia trabalhar em outro estado, a safada estava de mudança para longe!
Por falar em mulher safada, a Lorraine deu uma sumida, eu ligo e ela não
atende, conversei foi com sua mãe, e a dona Leci me falou que minha amiga
não sai do quarto tem um mês, que só fica chorando pelos cantos e ouvindo
essas músicas de corno, de romance proibido. Deixa pra lá. Para mim foi a
desculpa perfeita para eu me afastar, além de ela me atrapalhar nos estudos,
mãe também falou que não queria minha amizade com a Lorraine mais, que
lá em casa ela não pisava nem pintada de ouro!

E também tem outra novidade que eu preciso contar, e essa é das


quentes... dou um doce se você adivinhar quem foi me procurar na
sorveteria num sábado de manhã...
Ele mesmo, o Leozinho!

Desde que nos formamos eu nunca mais o vi, acabamos perdendo contato,
mas ele disse que deu um jeito de me achar, que tinha saudade demais, era
amigo do irmão da Lorraine e foi ela quem passou o meu telefone e onde eu
estava trabalhando.
Ah, mas ele está tão lindo... muito mais do que antes. O gostoso virou
homem de vez.

Nós ficamos. É, foi top. Ele chegou todo romântico, levando um buquê
para mim e uma caixa de chocolate. Morri de amor (e de vergonha).
Desde então a gente não se viu mais. Só uma única vez, ele arrumou para
ficarmos rapidinho na casa de um colega dele, os pais tinham viajado e o
rapaz estava sozinho.

Ficamos na sala mesmo, demos muito amasso...


Foi assim, ele tirou a calça e pediu para eu tirar a minha, me sentou no
seu colo, deitei as costas em seu peito, minhas coxas em cima das suas,
ficamos brincando de friccionar, falei para ele que eu ainda era virgem e ele
me respeitou muito, só deslizava o pau entre os meus pequenos lábios, era
delicioso, estava super meladinho, brincava de dar batidinha no meu clitóris
com a cabecinha dele, falava coisa gostosa no meu ouvido, que ia ser
gostoso, que ia me ensinar direitinho, teve a maior paciência do mundo! Me
respeitou, não enfiou, colocava só na entradinha, pressionava só um
pouquinho e quando eu sentia arder ele tirava. Ficamos assim, indo e vindo
devagarinho, esfregando, escorregando, nossos sexos se conhecendo, se
saboreando. Não foi coisa demorada também, o amigo dele estava de olho
espiando escondido, achamos melhor ficar pouco tempo, da próxima vez
acharíamos um cantinho só nosso...

Vou te contar, o povo daqui fala muito, então antes de apresentá-lo para os
meus pais eu prefiro que seja assim, só por WhatsApp. O encontro foi só
esse, falei com ele que seria melhor assim para não dar falatório.
Bom, hoje à noite vou apresentá-lo aqui em casa, mãe tá fazendo um
jantar. Jeferson vai trazer uma menina também. Vai ser legal. Mas o mais
legal mesmo é que pai tá planejando uma viagem romântica com mãe, só os
dois, uma semana fora... e já vai ser semana que vem. Jefinho já avisou que
vai pra casa de colega, então adivinha o que vai acontecer?
Pois é. Depois conto tudo.
Beijão pra você.

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Se você gostou, avalia o meu conto, diz que sim!

Vai me ajudar tanto...


Escrevi com muito carinho pra você.

E se quiser me escrever para comentar qualquer coisa, meu e-mail é:

autoraninapimenta@gmail.com
Um beijo e até o próximo conto!
NINA

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