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Foder contra uma parede era algo que eu não fazia a muito tempo. O peso dela era tão
leve, que eu quase não conseguia a sentir. Os únicos alertas que me faziam lembrar de si
eram os seus apertos à minha volta.
Essa é uma sensação que já tá me deixando fodidamente louco pra caralho. Era muito bom.
Eu não conseguia parar de querer tomar mais dela à cada segundo, apesar da frustração e
raiva que sentia de mim mesmo por tá fazendo aquilo.
As batidas de meu corpo contra o dela, eram devagar. Lentas. Nada acelerado. Eu sabia
que ela tava cansada da nossa foda anterior. Ainda me olhava fixamente com o olhar
nublado e afiado. Ela não largava essa marra a momento algum.
Mas eu sabia que ela tava gostando. Assisti em primeira mão ela jogar a cabeça para trás,
assim que eu acertei o ponto que ela mais gostava Eu ainda lembrava. O seu hálito quente
bateu contra a palma da minha mão, que cobria a sua boca, tratando de abafar os seus
gemidos. Mais um suspiro.
Senti o seu aperto se intensificar à minha volta, e não foi só externamente. Agora, foi a
minha vez de jogar a cabeça para trás. Me controlava a cada instante pra não perder a
sanidade e voltar à fode-la como antes.
A sua boceta voltou à ficar mais molhada e quente, mas eu não sabia ao certo se ela tava
prestes a gozar, porque ainda sentia minha porra em seu interior vazando e melando não
apenas as suas coxas, mas também todo o meu pau. Tava fácil de me mover ali dentro.
Fiquei confuso e virei minha cabeça pra trás, a preocura da pessoa. Não encontrei ninguém.
Voltei à mirar meus olhos na mulher, mas ela já não tava mais lá. A consciência foi tomando
minha mente e eu fui rápido em abrir os meus olhos já com as sobrancelhas franzidas.
A realidade que eu não tava esperando tomou minha visão. Nada dela. Tratei-me logo de
me levantar, sentando-me. As consequências da noite mal dormida naquele sofá duro, me
atingiram em cheio.
-Já é.
Assim que o vapor fechou a porta e saiu, eu suspirei levando a mão ao pescoço. A
desgraçada da dor tá por todo lugar. Deixei meu corpo cair para trás, cansado, e logo senti
um desconforto que me fez ficar atento. Mirei meus olhos na elevação entre minhas pernas,
ficando frustrado.
-Que papo é esse de me mandar passar depois?_ A porta foi aberta com brutalidade,
revelando a morena.
-Entrei escondido, conheço isso aqui como a palma da minha mão e tu sabe disso._
Debochou.
-Ah, foda-se, Jacaré! O que eu tenho pra tratar contigo é sério._ Se aproximou do sofá em
que estou, em passos duros._ Que porra é essa de tu ter colocado vagabunda pra trabalhar
no mesmo ponto que eu?_ Perguntou indignada.
-Lembro muito bem de ter pedido a você aquele lugar e você me negar mesmo eu oferendo
uma quantia boa. Qual é, Jacaré? Por que tu vendeu pra aquela vagabunda? Nem precisa
responder!_ Riu sem humor, sarcástica._ Eu já tenho a resposta pra isso. Tu acha que eu
não lembro dela? Eu tava do lado da Andressa quando foi confrontar ela. Ela é vadiazinha
novinha que tu pegava, a mina mal tinha chegado e tu já tinha comido.
Escutei tudo calado e avaliei a mulher de cima abaixo. Meus olhos logo pousaram nas
costas de sua mão. Está bem avermelhada, e parece que foi passado na área uma espécie
de pomada ou óleo.
-Então tu tá parada?
-Tô._ Confirmou, encarando a própria palma._ Não consigo trabalhar com ela assim.
-Vou te mandar o papo na sinceridade, Tânia._ Levantei, ficando em sua frente._ Escuta
com atenção pra aprender e não fazer de novo._ Peguei uma mecha de seu cabelo, entre
meus dedos._ Ninguém chega na minha área falando desse jeito comigo. Tu não é novata
aqui dentro. Tu sabe disso. Fazer o que tu fez é pedir pra tomar um tiro no meio da testa. É
suicídio. Tu tá querendo morrer?
-Então com certeza tu não vai se importar de passar mais alguns dias de repouso._ Peguei
a arma na mão e virei-me em sua direção. Ela ainda está de costas, então me aproximei,
murmurando em seu ouvido._ Né?
-Já te passei a visão, cabe a tu fazer ou não isso de novo. Tu foi burra e daqui tu não vai
sair inteira.
-O que você quer dizer com isso?_ Virou-se rápido, assutada. Assim que notou a arma na
minha mão, se afastou lentamente pra trás.
-Tu vai ficar uns dia em casa com a mãozinha furada, só pensando na ação merda que fez.
Se eu falo tá falado e se eu faço tá feito. Não tem outra. Tendeu?
-Não precisa disso, Jacaré. Eu só vim aqui porque tava puta. Porra, entende o meu lado. Eu
trabalhei duro pra conquistar aquele lugar, pra tu simplesmente colocar uma mina pra fazer
o mesmo trabalho que eu na minha área?!
-Tua área?_ Ri, sem humor._ Tu não confia no teu potencial? Tu não vive se gabando que
as mulheres preferem tu? Isso não ia acontecer se tu tivesse pelo menos pensado. A
insegurança que te fodeu, Tânia.
-Eu admito que não pensei direito, mas não precisa fazer isso comigo._ Disse já com os
olhos marejados.
-Quer quê eu me ajoelhe? Quer que eu peça desculpas?_ Se aproximou rápido, logo
segurando o meu braço._ Eu faço isso! Faço o que você quiser, mas não faz isso comigo...
Minha mãe vai ficar maluca, Jacaré. Eu tenho que trabalhar. Já tô fodida o suficiente com
essa queimadura na mão.
-Estende logo a porra da mão, Tânia._ Me afastei da mulher, avistando o desespero em seu
rosto.
-Por favor, Jacaré!_ Lágrimas desceram pelo seu rosto._ Me desculpa, por favor! Eu... Eu
fui burra. Não vou fazer de novo.
-Já falei duas vezes, a próxima vez que eu falar vai ser na tua testa. Vai querer?_
Questionei e ela negou rápido com a cabeça, enquanto fungava chorosa. Logo estendeu a
mão trêmula em minha direção.
[...]
Depois do dia longo e cheio de problemas que tive na boca, eu notava após parar a moto
em frente a casa, que ele agora já chegava ao fim. Tô pensativo em relação à muito coisa e
não é de hoje. Isso não me agrada.
Problema hoje eu tive em excesso, dava pra dar e vender. E a falta de paciência que eu já
tava no começo do dia se juntou com a frustração dessas paradas, me deixando bolado o
dia inteiro.
Minha pergunta fez a atenção da garota que tá no sofá jogando videogame, cair sobre mim.
-Foi visitar a vó, com a Duda._ Respondeu, voltando à se concentrar na tela da televisão.
-E por quê tu não foi com elas?_ Joguei a chave sobre o sofá, avistando o jogo de futebol
que ela joga.
-Tirei nota baixa em matemática. Merda! Perdi._ Suspiro, deixando as costas cair pra trás._
Sou melhor na prática.
-Também acho, mas ela não entende que aquilo não entra na minha cabeça._ Levantou-se
e caminhou até mim, logo passando os braços à minha volta._ Senti sua falta, pai!
-Foi muito tempo pra mim._ Suspirou, me largando._ Você não tem noção do quão difícil é
viver aqui com a mãe. Quando você não tá ela pega muito no meu pé. É insuportável!
-Por que não vem morar comigo e a vó?_ Escutei e olhei na direção de quem questionou.
-So se for pra mãe enlouquecer._ A mais nova falou, fazendo a outra rir.
-A Isa me chamou pra vir ficar com ela, depois que a cobra..._ Limpou a garganta._ Quer
dizer, depois que a Andressa não quis levar ela pra casa da mãe.
-Não tô triste._ Suspirou, caminhando pra fora do cômodo._ Eu vou terminar de fazer a
pipoca.
-Ela pode não tá triste, mas na minha visão ela tá estranha._ A mais nova murmurou.
-Vai lá. Eu vou terminar minha atividade antes que a mãe chegue e me der outra bronca._
Informou e saiu.
Antes de também sair pra cozinha, minha atenção caiu nos controles e na TV ainda ligada.
Organizei tudo antes de sair do cômodo. Assim que entrei na cozinha, observei da entrada
a Mariana com um saco de milho de pipoca nas mãos.
Ouvir aquele nome me fez querer engoli no seco, mas me segurei, ainda assim com os
batimentos começando a acelerar. As lembranças da última vez que a vi invadiu novamente
a minha mente.
{...}
Escutei sua voz e tirei minha atenção de onde a via se prendido, logo avistei a mulher
nervosa engolir no seco, cobrindo rápido os seios com um dos braço.
-Eu não tava fazendo isso._ Franzi o cenho, dando um passo para atrás.
-Claro que tava._ Exclamou, logo encarando a criança, com preocupação._ Seu idiota,
maluco!_ Murmurou.
-Eu vou, mas porque quero e não porquê tá mandando._ Comecei a caminhar em direção à
porta, já não tava mais aguentando ficar perto dela.
-Tudo bem, senhor sou dono da porra toda e faço tudo o que eu quiser._ Escutei a pura
ironia em sua voz e parei.
-Senhor sou dono da porra toda e faço tudo o que eu quiser?_ Repeti.
-Muito grande._ Virei em sua direção, avistando ela ainda cobrindo os seios.
{...}
Os pensamentos daquela noite ainda estão na minha cabeça. A imagem se seus seios
descobertos me fizeram no mesmo instante relembrar o que já tivemos antes, mas já o leite
que saia deles, me fizeram ficar pensativo. Não tô sabendo lidar com os pensamentos
invasivos que tô tendo.
-Pai?
Queria lhe perguntar se já ela sabia sobre o moleque, mas me segurei. Iria apenas lhe
escutar. Não era o momento de colocar minha curiosidade como prioridade.
-Não, mas é o que ela demonstra. Ouvi algumas das vizinhas comentando, sei que ela
ainda tá aqui e que vocês discutiram. Ameaçou ela a ficar?
-Ela tem um filho meu, fora que eu ainda tenho muita coisa a resolver com ela.
-Ainda não consigo acreditar que o Ben é meu irmão._ Pareceu pensativa, e assim que eu
abri a boca pra lhe responder, uma voz soou pelo cômodo.
-Quem é Ben?
Nome: Malia
Encontra: Wattpad