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Esta obra literária é uma ficção. Qualquer nome, lugar, personagens e situações
são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com pessoas e
acontecimentos reais é mera coincidência.
Revisão:
Raquel Moreno (@raquelmorenoliteraria)
Ilustrações:
Gabriela Góis (@olhosdetinta), Júlio Cesar (@cesar_drawiings) e Mirlla Muniz
(@miharts.s)
Leitoras Betas:
Tan Wenjun | Cristiene Januária | Beatriz Matos |
Nana Domingos.
Capa e Diagramação:
Lilly Desiggn (@lillydesiggn)
Sinopse
Nota da Autora
Aviso
Playlist
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
capíutlo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
capítulo 37
Capítulo 38
Epílogo
Agradecimentos
Caro leitor e leitora...
Tudo o que eu queria ao ir para Las Vegas, era tirar da cabeça
do meu irmão a ideia de que eu era careta, além de tirar da minha
cabeça a imagem do convite de casamento que recebi da minha ex-
namorada.
Mas tudo isso se tornou uma péssima ideia, quando no dia
seguinte, acordei ao lado de uma mulher desconhecida, com uma
aliança no dedo e uma certidão de casamento.
Não deveria ter ido a Vegas. Não deveria ter dado corda ao
idiota do meu irmão e tomado aquele copo de whisky batizado. Não
deveria ter casado com aquele pedaço de loucura.
Aurora Castelo é o nome dela. A mulher mais linda que eu já
vi, mas também é a mais trapaceira, mentirosa e golpista que já
passou pela minha vida, e olha que sou um magnata do ramo
imobiliário e várias pessoas já tentaram me passar a perna.
Nenhuma teve tanto sucesso igual a ela.
Ela precisa de um visto para ficar no país, e não me deu a
anulação. Eu preciso que ela assine o divórcio sem levar nada meu.
Agora, vou precisar ficar casado com uma mulher, dezenove anos
mais nova, insanamente gostosa, com a boca mais atrevida que eu
já vi, por seis meses.
E que Deus me ajude a sobreviver a eles.
Se você procura um livro leve, que te renda boas risadas,
suspiros e deixe o seu dia mais leve depois de carregar o peso do
mundo, como às vezes imaginamos, esse livro é para você.
Já me chamaram de remedinho para ressaca, e é das literárias
que eu estou falando, então, por que não escrever mais uma
comédia romântica? Se essa é sua primeira vez lendo uma história
minha, muito prazer, meu nome é Mirlla e eu amo escrever sobre
machos cadelinhas e mocinhas fortes. Às vezes, vocês irão ler e
pensar, ela não está sendo forte aqui, mas adivinha? Às vezes, se
você olhar bem, vai encontrar força na fraqueza.
Ninguém precisa ser forte o tempo todo, VOCÊ não precisa ser
forte o tempo todo, então embarque na história de Nicolas e Aurora
para sorrir e pensar: Tudo bem baixar a guarda hoje, tudo bem
suspirar por um casal grumpy x sunshine, tudo bem se eu ler até
madrugar e tirar o dia apenas para mim. Tá tudo bem.
Tá tudo bem parar de se cobrar e começar a ver o lado leve da
vida.
Só não faça como a Aurora, se você fizer, vai parar no
psiquiatra.
Sabemos que você faria se pudesse.
Quem hoje em dia não quer um velho rico que nos banque e
nos dê tudo? Se o velho for igual ao Nicolas, melhor ainda.
Brincadeirinha...
Ou nem tanto.
Ok, ok. Se você já me conhece, deve estar se perguntando,
cadê o Vince, Mirlla?
Alerta spoiler, é o estilista que aparece nesse livro, irmão do
italiano lindinho que... bem, vocês precisam terminar o livro para
saber.
Então, para os novos que estão chegando, Vince vai ter seu
próprio livro, porque ele faz parte de uma série de irmãos italianos
“Os Mancini”, os dois primeiros livros já estão disponíveis, você
pode clicar no link no final desse livro para conhecer a história deles.
Agora, para os que estão me cobrando o Vince – sim, eu tô
lendo sua mente agora – ele já está chegando. Precisei de um
respiro para escrever ele.
Aurora e Nicolas são esse respiro.
Todo mundo precisa respirar.
Sem mais delongas, espero que riam muito com Nicolas,
porque com Vince...
Ah... Com Vince vocês vão chorar.
Enlouquecidamente.
Mirlla Muniz.
Esse é um livro de ficção, qualquer semelhança com a
realidade, é mera coincidência.
Tudo o que for escrito nesse livro, é obra da mente dessa
autora, portanto, caso algo não seja passível de acontecer, esteja
longe da realidade, ou seja titica de galinha, lembre-se, É FICÇÃO.
Não, não sabemos se a relação de casamento acontece
assim, pois nunca me casei em Vegas. Não, não sei como funciona
o visto, além de umas pesquisas que não foram substanciais, e de
nunca ter viajado para fora desse forno que chamamos de Brasil.
Não, você não vai casar com um cara desconhecido em Vegas, que
seja a cara do Dean Winchester, seja milionário e mais velho. Essa
doeu, né?
Pois é. Aqui, você vai encontrar coisas que só existem em
livros, tudo bem? Espero que estejam bem com isso.
Um beijo.
Escaneie o QR CODE e ouça a playlist de
‘’Todas as Vezes que Te vi Sorrir’’
ou clique aqui para acessar.
Dedico esse livro a todas as
Auroras que fazem de tudo para
sobreviver.
Às Vezes, ser egoísta é
necessário, não se julgue por
isso.
“Alice: Como você sabe que eu sou louca?
Gato: Só pode ser. Se não,não teria vindo pra cá.”
(Alice no país das maravilhas)
Nem mesmo eles podem me parar agora.
Garoto, eu estou voando alto.
Suas críticas não podem me derrubar.
Garoto, eu ressurgi dos mortos.
Ninguém sabe o quanto a vida era difícil.
Eu nem sequer penso sobre isso agora, porque.
Eu finalmente te encontrei.
(Radio - Lana Del Rey)
Esplêndida.
A casa inteira está esplêndida.
Não sei como, mas a mistura de texturas está tão harmoniosa,
que não parece que há mais de um estilo na organização, a
modernidade, misturada com elementos rústicos torna tudo ainda
mais aconchegante. Aurora é mesmo boa no que faz.
Desde os móveis, ao planejamento da estrutura interna.
É talentosa de verdade.
Que bom que a trouxe para trabalhar comigo e não a deixei
ficar mofando no meu sofá, abusando da minha boa vontade,
tomando conta da minha casa. O cliente também adorou. Wilian, um
empresário mais novo do que eu, já foi apresentado a cada canto da
sua casa nova, comigo explicando todos os benefícios do lugar e
está satisfeito com absolutamente tudo.
Mais de uma vez, ele elogiou o design interno, e mais de uma
vez, deixei claro que era trabalho de Aurora. Porque foi.
Sou justo.
Ela trabalhou a semana inteira aqui, pegou o antigo projeto
decrépito que outros do seu setor haviam feito, inclusive seu chefe
de merda e o renovou com maestria, deixando tudo do jeito que o
cliente queria. Tinha como eu não a elogiar? Não tinha. A golpista é
mesmo boa.
Muito boa.
A observo de lado, enquanto Wilian sai para atender uma
ligação, e franzo o cenho quando noto algo que ainda não havia
notado.
— Está tremendo — miro seus dedinhos que se apertam com
minha fala. Seus olhos focam em mim, focam no meu olhar e vejo
ali a minha resposta. — Está nervosa. Por que não disse que estava
nervosa?
— Não estou nervosa — sorri, desviando os olhos.
— Está tremendo — repito.
— É apenas um reflexo de eu ser uma tremenda de uma
gostosa — reviro os olhos, mas acabo deixando um sorriso escapar.
— Aurora — repreendo, me aproximando e tocando seu
queixo. — Você fez um excelente trabalho aqui, muito bom mesmo,
ele adorou, eu adorei, você também, ou não teria entregado, então
não precisa ficar nervosa, ele quer a casa, vamos assinar depois
daqui e sairemos com a venda — falo olhando em seus olhos. —
Parabéns. — Digo, com seriedade. — Você merece.
Ela sorri lentamente, tombando a cabeça para o lado.
É um sorriso adorável.
Adorável.
Pisco.
Pisco.
Não é adorável porra nenhuma.
— Tá bonzinho comigo, coroa, o que você quer? — Que você
pare de ser adorável.
— Não quero nada, só estranhei como uma pessoa que tem
um ego enorme e nenhuma vergonha na cara, pode ficar nervosa
com uma simples entrega — rebato, com sarcasmo, vendo o cliente
voltar para onde estamos.
— Tá muito engraçadinho para alguém desprovido de humor
— retruca, me olhando de esguelha. — Me vê como mulher, agora?
— Sempre foi uma mulher para mim. — Confesso, cedendo.
Sempre cedendo.
— Foi difícil admitir isso? — ouço o sorriso em sua voz, mas
não desvio os olhos de Willian que se aproxima.
— Foi.
— Agora admite que eu sou maravilhosa e estava certa em
falar do meu talento.
— Você estava certa.
— Qual o gosto disso na sua boca?
— De vinagre. — Gargalha e fecho os olhos para escutar.
Logo abro.
Abro rápido.
— Onde eu assino? — Pergunta o ruivo sorridente, alternando
o olhar entre Aurora e eu.
Sorrio. O projeto de freira pega uma pasta em cima da mesa e
traz até nós.
— Nesse pequeno contrato aqui — abre as páginas e deixo
que trabalhe sozinha, observando a conversa entre os dois,
decidindo pegar as chaves do meu carro, que deixei na cozinha,
junto com meu celular.
Ainda tenho muito trabalho para fazer hoje, e com essa venda,
mais alguns milhares de dólares vão parar na minha conta, o que
seria de bom grado a Aurora, caso queira pegar o que não lhe
pertence com um divórcio. O que não fará por conta do contrato.
Eu acho.
Volto rapidamente, mas paro antes de adentrar a sala,
escutando algo que me para.
— Você é nova na Ramsey? — É sim.
— Sou, entrei faz uma semana.
— Fez um ótimo trabalho, é muito talentosa, Aurora — também
acho.
— Obrigada, Willian, é muito bom ouvir isso, principalmente
com meu chefe aqui e trabalhando para uma imobiliária tão grande
e famosa como a Ramsey&Collins — Adoro ouvir isso. — Prontinho,
tudo assinado, toda essa papelada será enviada para você, assim
que passar pelo nosso financeiro, tem alguma dúvida?
Eu não tenho.
Nenhuma dúvida de que ele vai dar em cima dela agora.
— Nenhuma, mas que tal um almoço? Deve estar com fome,
já passou do horário adequado, mas conheço um restaurante
italiano ótimo aqui perto. — Eu não disse?
Sério? Sério mesmo?
Também conheço, é ótimo, obrigado pela ideia, otário. Não
está vendo a merda da aliança no dedo dela? Ninguém mais hoje
em dia tem respeito pela mulher dos outros?
Não que eu me importe com a tal mulher, porque eu não me
importo, mas com meus clientes, não! Nem com meus funcionários,
é sacanagem.
Entro na sala antes que a sacana possa responder,
interrompendo-a com a boca aberta.
— Tudo certo? — Sonso. Sou sonso quando me convém.
Pareço até a Aurora.
— Sim, tudo certo — Willian aponta o contrato.
— Então, aqui estão as chaves da sua nova residência — dou
o chaveiro na sua mão, com um sorriso cordial. — Não sei o que
fará agora, mas se fosse eu, inauguraria ela no melhor estilo —
acho que ele entendeu errado, porque olha para Aurora, sorrindo.
Sorrindo maliciosamente para a mulher dos outros, como se
esse outro não estivesse bem na frente dele.
— Acho que está na nossa hora, vamos, querida? Tenho uma
reserva em um restaurante italiano aqui perto — minto sem
remorso. Talvez a cara de pau seja contagiosa, porque a dela nem
treme.
Anui sorrindo, juntando suas coisas.
Esse é um sorriso de quem esconde um segredo. Esse eu
decorei no seu rosto.
— Claro, boa sorte e boa vida, Willian, espero que inaugure
bem seu novo lar — Ele nem treme a cara também, mesmo que
olhe para nós dois com muito mais interesse, decepção e algo como
malícia.
— Vou sim, nos vemos por aí — nos leva até a porta e nos
despedimos.
Não demora nem o tempo da minha bunda sentar no meu
querido banco de couro, antes que ela abra a boca.
— Passou? — pergunta quando nos acomodamos no carro.
— Passou o quê? — respondo confuso, saindo do bairro
residencial e entrando em uma avenida movimentada.
— A vontade de mijar — franzo o cenho, a olhando
rapidamente. — Não foi o que fez? Mijou em mim para marcar
território lá dentro.
Olho para frente.
— Não sei do que está falando.
— Assume logo.
— Por que eu mijaria em você? Não é minha.
— Sou sim.
— Não é não.
— Ai — põe a mão no coração, mas continua sorrindo. — Não
quero comer italiano, queria um hambúrguer.
— Hambúrguer no almoço, Aurora? — repreendo.
— Poderia ser em qualquer hora, tem um excelente na esquina
da R&C. — Rebate.
Por que eu sabia que falaria algo assim? Porque vejo quando
ela sai para comprar com o cartão corporativo que fiz Matt dar a ela,
fingindo que tinha sido ele, com a desculpa de ser para o almoço.
— Por que não um filé? Queria um filé. — Minha comida
favorita.
— Já comeu isso ontem.
— Mas quero de novo, e desde quando sabe o que eu como?
— além de golpista, é stalker?
— Subi para almoçar com Matt e vi seu almoço chegando.
Perguntei a Laura o que era, ela nem titubeou ao falar.
— Fofoqueira do jeito que é, eu não duvido. — Quando Laura
morrer, vai ser um caixão para ela, outro para a língua. — Não sei
como ela não espalhou que tinha almoçado comigo no seu primeiro
dia.
— Ela espalhou. Já me perguntaram o porquê fui almoçar com
o chefe, não nessas palavras, mas todos estão curiosos,
principalmente porque sempre vou embora com Matt. Acham que eu
namoro ele.
É o quê?
— O que você disse sobre isso?
— Que sou casada e que meu marido não é ele — menos mal.
Pessoal fofoqueiro que gosta de cuidar da vida dos outros. Se
as pessoas começassem a cuidar das próprias, e fodessem mais,
duvido se não estariam ocupadas demais para fazer fofoca.
Mudo de assunto.
— Por que decidiu vir para os Estados Unidos? E não outro
lugar? — pergunto.
— Qual o motivo de tanta curiosidade?
— Só responde.
— O motivo? — hesita. Assinto. — Tenho uma família muito
manipuladora que não me deixavam ser eu mesma, minha mãe é
religiosa ferrenha e meu pai é muito conservador, isso não seria
problema se eles me respeitassem, mas nada do que eu falava ou
queria era digno de atenção, só fazia o que eles queriam, ia para
onde iam, vestia o que me mandavam, até minha comida era eles
que escolhiam, chegou um momento em que isso ficou insuportável,
meu pai me prendia em casa e sempre que eu questionava, ele
erguia a mão pra mim...
— Seu pai te batia? — Quem esse imbecil pensa que é? Onde
ele mora? Como ele se atreve a erguer a mão pra ela?
Ela me olha.
— Batia, mas não bate mais, dei um basta na situação e decidi
sair de casa. — Fez bem. Ninguém merece não se sentir seguro
dentro do próprio lar.
Não que eu não tenha vontade de esganá-la, mas é só
vontade, nunca encostaria um dedo nela. A vara da infância nunca
pegou esse cara? Se me virem casado com ela, vão me pegar, com
certeza.
— Não quis denunciar?
— Não, apesar de tudo, são meus pais, só que eu me amo
demais para ser obrigada a me diminuir para caber na vida deles,
por isso fui embora.
Entendo.
Entendo muito bem o significado de família tóxica.
— E por que os Estados Unidos? — sondo, tentando não
pensar que o seu pai a batia.
Covarde.
Covarde de merda.
— Ah, então, estava lá, vivendo minha vida, até aí tudo
péssimo, então o meu professor de português disse que havia
vários cursos de intercâmbio voluntário para fora do país, onde
cuidaríamos do meio ambiente, e como vim do pulmão do mundo, o
meio ambiente sempre é fonte de importância primordial, só que eu
gostei da ideia de sair do país e procurei faculdades que estavam
com inscrições abertas para bolsas de estudos completas, ao invés
de alguns cursos de intercâmbio — Tagarela, enquanto entro na rua
da R&C. — Me inscrevi apenas por inscrever, não achei que
realmente iria conseguir, embora minhas notas fossem as melhores,
mas quando a LSU me aceitou, não pensei duas vezes, me
organizei e vim. Ponto final.
Aceno com a cabeça.
— Não pensou no que eles achariam da sua ideia?
— Para falar a verdade, pensei, porque eles não queriam me
ajudar financeiramente, disseram que se eu saísse, nunca mais
poderia voltar, só que então pensei: Se eles não vão me ajudar, não
poderão se meter na minha vida e finalmente poderei ser livre, então
aceitei e aqui estou eu.
— É aquele ditado, quem não paga as minhas contas, não se
mete na minha vida. — Comento, tentando relaxar o clima.
— Ou seja, nem eu mesma podia me meter nela — ri e abro
um sorriso, negando com a cabeça.
Paro em frente à hamburgueria e entramos, logo nos sentamos
em uma mesa.
Um garçom para na nossa frente e anota nossos pedidos,
Aurora pede um hambúrguer, uma porção de batatas fritas, um
refrigerante e um bolo de chocolate para a sobremesa. Eu não peço
nada, apenas olho para a garota.
— O que foi? — pergunta com a sobrancelha arqueada,
quando não aguenta mais o peso do meu olhar.
— Onde você enfia toda essa comida? — desço os olhos pelo
seu corpo esguio com curiosidade. Tenho que malhar todo final de
expediente para ficar com o corpo em forma, e não vi Aurora indo
para a academia nessa semana, mas comer? A menina come mais
do que eu, Matt e Léo junto.
— Ora, você não sabe? — ergo a sobrancelha e seu sorriso se
torna felino. — Para a bunda que você ama olhar quando pensa que
eu não estou notando.
— Não olho para a sua bunda.
— Olha tanto que tenho certeza de que já sonhou em dar uns
tapinhas.
— Uns tapinhas em você seria o de menos, eu sonho em te
jogar pela janela.
— Sonha em me jogar em cima da cama e me foder em cima
dela.
— Você que sonha com isso.
— É, isso eu não posso negar — suspira sonhadora e meu
pau contorce com esse suspiro. E com o que ela disse.
Com o que pode significar.
Aquela porta…
Desvio os olhos e pego o celular que está vibrando no meu
bolso.
É Riley.
Riley está me ligando.
Minha ex, que me mandou um convite do seu atual casamento,
está me ligando.
Aurora nota minha mudança de humor e tomba a cabeça.
Guardo o telefone no bolso sem atender a ligação e relaxo um
pouco na cadeira, respirando fundo.
Não vou atender. Não quero falar com ela, não depois de ter
esperado essa ligação muito antes do convite.
— Qual a merda? — pergunta minha falsa esposa. — É sua
ex? — tão perceptiva...
— É sim — concordo, quando seu prato chega, ela não
demora a começar a comer e ainda fala de boca cheia.
— E dizem que eu que sou a cara de pau.
— Talvez seja maturidade — ela engole o conteúdo em sua
boca e me olha, atenta ao que eu digo. — Somos adultos, uma hora
ou outra ela me ligaria.
— Está defendendo sua ex para a sua atual? — questiona com
a boca aberta. — Que coisa feia, Nicolas.
— Não é minha atual — não é.
— Sou sim.
— Não é.
— Vocês ainda se falam? — pergunta curiosa, desistindo de
insistir. Por enquanto. Do jeito que ela é, vamos nos divorciar e é
capaz de ela aparecer na minha casa para falar besteira.
Se bem que não faço ideia de para onde ela vai. Será que vai
alugar um lugar? Dinheiro pra isso ela vai ter, assim como emprego
para se manter.
— Não depois que recebi o convite, antes disso? Quase toda
semana. — Sou sincero, não tenho por que esconder nada.
— E conversavam sobre o quê?
— Sobre coisas que não são indicadas a menores de idade —
falo com diversão. Só tentando.
— Seu cu — retruca, mas tem um sorriso na sua voz,
enquanto termina de comer o hambúrguer em duas dentadas e
começa a atacar as batatinhas. — Ela terminou mesmo com você
por você ser chatinho assim? — indaga.
— Não sou chatinho.
— Assume logo.
— Sim, justamente por eu ser chatinho assim. — Suspiro
cansado.
— Quando vocês começaram a namorar, você era diferente?
— come com pressa.
— Por que você é tão intrometida? — pergunto. — E tem
como comer mais devagar? Vai se engasgar assim, Aurora —
repreendo.
Seus olhos reviram, e ela limpa a boca com guardanapos e
toma um gole de refrigerante.
— Deixa de besteira, sou acostumada a comer rápido, só me
engasgo com outra coisa que pode ter certeza, não é comida — de
novo aquele puxão entre minhas pernas com a piscadinha da
maldita. — Me conta, vai? — e lá vem aqueles olhinhos de anjo.
Desgraçada!
Solto uma respiração.
— Era, sempre fui desse jeito, desde que eu me entendo por
gente — cedo.
De novo.
— Nossa, que vaca — arregalo os olhos, surpreso com seu
tom grosseiro. — O quê? Quando começaram a namorar, ela sabia
que você era assim, foi totalmente injusto ela terminar por você ser
você mesmo. Quando amamos uma pessoa, temos que escolher ela
por suas qualidades e defeitos, se Riley quis ficar com você mesmo
com sua chatice, terminar com você por causa disso é crueldade.
Estreito os olhos, analisando-a.
Tão inteligente.
Tão perceptiva.
Tão linda.
Tão golpista, também.
Tenho que lembrar disso sempre.
— É legal saber que não sai só besteira da sua boca — ela
solta uma risada e pega sua sobremesa, quando o garçom volta.
— É raro, mas acontece. — E novamente, sorrio pra ela.
— Muito raro — ri.
— Como você está? — pergunta.
Ergo a sobrancelha.
— Por que a pergunta?
— Porque a sua ex está te ligando, e até pouco tempo, ainda
pensou que voltaria com ela — certa de novo. Mas não sei explicar
o que sinto no momento.
Decido ser sincero.
— Não sei o que eu sinto — Confesso. Seus cotovelos apoiam
em cima da mesa e seu queixo se apoia na mão.
— Você está com ciúmes dela? — franzo o cenho.
— Nunca fui um homem ciumento — verdade. Controlador
sim, ciumento nunca.
— O que você sente com a ideia de vê-la com outra pessoa?
— pisca, pisca.
Semicerro os olhos.
— Virou psicóloga, porra?
— Me conta, vai...
— Você quer que eu pule de alegria em ver minha ex seguindo
em frente sem mim, enquanto eu fico estagnado no mesmo lugar
em que ela me deixou?
— Você está casado — não me diga! Comprimo ainda mais os
olhos para seu sorriso ladino.
— Aurora — repreendo.
— É a verdade, você está, ela está noiva, talvez hoje seja o dia
em que você finalmente tire essa venda dos seus olhos e veja que o
tempo está passando e nada mais é como antes, às vezes, a vida
traz o passado para nós, para que não cometamos o mesmo erro, é
sua chance, coroa — Dá de ombros e volta a beber refrigerante
como se não tivesse me dado mais uma lição de moral.
Ela gosta de fazer isso.
— Ok, vinte anos, vamos ver se eu não cometo o mesmo erro
outra vez — seus olhos reviram, mas ela sorri, pega seu bolo e se
levanta.
— Tem várias outras pessoas por aí, disponíveis para você.
— Você está incluída? — Sondo, olhando de esguelha e quero
matar Léo e Matt por me fazerem pensar nela assim.
Como se eu não a quisesse desde que acordei naquela cama.
— Você gostaria disso? — pergunta com interesse.
Se eu gostaria?
— Tenho medo.
Ela me olha, enquanto tiro o meu cartão para pagar pela sua
bomba calórica.
— De quê? Eu não mordo, não. A não ser que você goste, eu
até gosto, umas mordidinhas no pescoço aqui, na bunda ali,
saudade disso, aliás.
— De mordidas? — ergo a sobrancelha, abrindo a porta para
que saia na minha frente. A maldita sabe que vou olhar para a sua
bunda, principalmente depois de me fazer pensar nela com aquela
nossa conversa, só isso explica o fato de rebolar com tanta vontade
ao andar.
— De sexo. — Travo o maxilar. — Não me falou do que tem
medo.
— Da vara da infância e da juventude? Conselho tutelar?
Professores do jardim de infância? — Falo brincando e ela gargalha
e nega com a cabeça.
— Não pode voltar atrás, disse que ia parar de me tratar como
uma adolescente.
E eu vou, mas se ela pode brincar com a minha idade me
chamando de coroa, posso dar uns apelidos para ela, não?
— Entra no carro, Aurora. — Antes que eu caia na tentação de
dar uns tapas na sua bunda e te mostrar o quão adulta eu sei que
você é.
Estamos nos afogando em
nossos olhos
Não sei o que iremos encontrar
Não tenho certeza, deveríamos
voar ou lutar contra isso?
Estamos apavorados
Fingindo agora que não nos
importamos
A tensão sobe pelo ar
Estou mais do que assustada
Estou me afogando em seus
olhos
Estou apavorada
(Come back home - Sofia
Carson)
Sim.
Sim.
Sim.
Colo sua boca na minha, sem me importar com seu batom
borrando, sem me importar se estamos em um banheiro de um
evento lotado. Sem me importar se o que eu estou sentindo significa
alguma coisa.
Só me importo em castigar Aurora com minha boca, por me
fazer ter vontade de sair desse banheiro e descer a porrada em um
garoto que já conheceu todas as partes do seu corpo em que eu só
sonho em chegar.
Só me importo em devorar seus lábios e sentir o melhor gosto
que já provei na vida, confirmando a maciez deles, misturado ao
gemido de prazer quando minha perna pressiona sua parte mais
íntima.
Só me importo em substituir qualquer lembrança que ela tenha
com outro homem além de mim. Quero que ela esqueça qualquer
outra mão que tenha a tocado de forma mais íntima. Qualquer outra
boca que tenha tocado a sua.
Quero que Aurora esqueça todo mundo, menos de mim.
A pressiono ainda mais contra a superfície da porta,
movimentando meus lábios nos seus, buscando sua língua com a
minha e a chupando ao primeiro toque. Ela tem gosto de pureza e
safadeza.
Tempestade e calmaria.
Ela tem gosto de guerra e paz.
Ela é perfeita.
— Nicolas — ofega e aproveito para enfiar minha língua ainda
mais entre seus lábios molhados.
Não significa nada.
O ciúmes que me consome, não significa nada.
O aperto em meu peito, não significa nada.
O fogo queimando em minhas veias significa tudo. Não há
nada racional em mim quando sugo seu lábio inferior. Não há nada
que me tire da sua boca, da sua presença.
Desço os beijos pelo seu maxilar quando me falta o fôlego e a
ouço ofegando deliciosamente com um chupão que dou na curva de
seu pescoço delicado.
Só a ideia de que outro homem tenha a beijado desse jeito me
tira qualquer força que me fez me manter afastado. Não suporto.
Não suporto a ideia de mais alguém a tendo assim,
completamente entregue.
Não significa nada.
— Disse que não podemos sentir ciúmes — sussurra e a
mordo levemente, com força o suficiente para que escute seu
gemido sôfrego.
— E você disse que sentir ciúmes não faria eu me apaixonar
por você — devolvo no mesmo tom, pressionando minha mão em
sua garganta, passando o polegar em um vai e vem e delineando
seu delicioso corpo com a outra mão. Tê-la a minha mercê assim...
por que não fiz isso antes? Inspiro fundo, sentindo seu cheiro
inebriante. Vejo os pelos arrepiando por onde passo. — Você fodeu
aquele moleque e isso está me fodendo, porra. — Volto a subir
meus beijos até sua boca, massageando a bunda gostosa sobre o
tecido do vestido.
Maldito vestido.
— Não era sua mulher, Nicolas — eu sei. Mas só em pensar
que esses olhos pesados de desejo podem ter ficado assim por ele
eu quero quebrar esse lugar inteiro. — Nem mesmo sou agora. —
Sussurra e solto seu pescoço para agarrar suas coxas e a erguer,
escutando seu gritinho quando circula meu quadril com elas e sente
suas costas ainda mais pressionadas na porta pelo meu corpo.
— É minha, Aurora. Você escolheu ser minha esposa, você
pediu para ser fodida, você se deu para mim, então é minha,
entendeu? — Afirmo um tanto desesperado contra seus lábios.
Vejo o momento em que minhas palavras têm efeito nela, vejo
quando sua respiração trava, vejo quando suas pupilas dilatam,
quase ocupando o verde intenso, cheia de tesão, porra.
Enterra os dedos em meus cabelos, em um aperto firme que
me puxa para si.
— Sou?
— É, porra, é minha!
Só ela para me tirar a racionalidade e falar coisas que não
faziam sentido na nossa situação.
Selo meus lábios nos seus novamente, totalmente perdido nas
sensações que estão me consumindo e me deixando fora de mim.
Sabia que isso aconteceria.
Sabia que seria intenso assim.
Sabia que sentiria demais e por isso demorei tanto a me
entregar.
Sabia que ela se entregaria desse jeito e me deixaria louco por
cada pedaço seu.
Louco por ela.
Sugo seu lábio inferior, sentindo tudo em mim esquentar,
sentindo sua intimidade quente contra meu pau que há tempos está
duro por ela e afasto o rosto quando ela geme.
Solto sua perna, apenas para puxar a fenda do vestido para o
lado e revelar a calcinha minúscula, no mesmo tom do vestido.
Porra.
Porra, porra, porra.
Ela é minha perdição.
Solto um xingamento, escutando sua risadinha, mas não dá,
porra. Ela é absurdamente gostosa.
Fito seus olhos, avisando exatamente o que vou fazer, e
quando ela respira fundo, toco com o meu polegar, por cima da
calcinha, a sua boceta encharcada de prazer.
Meu cacete pulsa.
— Puta que pariu... — geme gostoso no meu ouvido, quando
começo com movimentos circulares lentos bem em cima do seu
clitóris, o tecido de renda ajudando a intensificar seu prazer e sorrio
ao sentir meus cabelos sendo puxados.
Deixo beijos molhados em seu pescoço, arrepiando cada parte
em que meus lábios tocam e uma de suas mãos desce para minhas
costas.
Será que ela sente o quanto a desejo? Será que assombrei
seus pensamentos como assombrou os meus?
Será que seus dedos delicados já tocaram essa bocetinha
gostosa e gozou chamando meu nome como fiz muitas vezes
chamando o dela enquanto batia uma?
Desço a alça de seu vestido com os dentes, sem parar de
masturbá-la e fito seus seios expostos. Engulo em seco com a
visão, vê-los por trás do sutiã, é muito diferente de vê-los sem nada
e o desejo insano que essa garota desperta em mim me assusta.
Mas também faz meu pau pulsar.
Linda.
Os mamilos duros e rosados fazem minha boca salivar de
desejo.
— Minha, Aurora — sussurro contra seu corpo, a olhando de
baixo. — Esses seios são meus — aviso. Não demoro a deslizar
minha língua sobre eles, circulando a aréola e sugando com força,
ouvindo seu gemido de dor, misturado com prazer.
Ah, eu amava misturar os dois.
E estava amando os sons que saíam da sua boca.
— Para quem não me queria nem pintada de ouro, você está
bem possessivo — mordo o biquinho com um pouco mais de força e
ela geme em repreensão.
— Para quem ficou putinha por minha ex ter ido na nossa
casa, você está bem hipócrita — sussurrei, mamando com vontade,
matando o meu desejo, aumentando o ritmo do meu polegar no seu
clitóris. Seu quadril começa a se movimentar de encontro a minha
mão, e ver ela assim... tão entregue.
Porra...
Essa imagem vai me assombrar pelo resto da vida.
— Nenhum de nós tem esse direito, e mesmo assim, estamos
aqui — ofega, com os lábios entreabertos, batendo a cabeça na
porta. — Puta que pariu.
— Você continua sendo minha. — Assopro seu mamilo e subo
meus beijos, mordendo e chupando, deixando seu pescoço
completamente vermelho.
— Só quando você for meu — responde e começa a se
esfregar em meus dedos atrás do próprio orgasmo.
Eu vou dar a ela.
Eu vou dar tudo a ela.
Isso não significa nada...
Beijo sua boca ansiosa, sentindo seu corpo começar a tremer
com a chegada do orgasmo e aumento o ritmo e a intensidade junto,
sabendo brincar nesse parque de diversões, mesmo nunca estando
aqui antes.
— Você é tão gostosa, Aurora — sussurro, observando cada
parte sua. — Goza pra mim, linda, fica bem molhadinha para que eu
possa entrar em você.
— Nicolas... — ela goza tão facilmente.
E goza chamando meu nome.
O meu nome.
Porque ela é minha, porra.
Porque ela é tudo o que eu mais quero, agora.
— Deixa eu comer você? — sussurro em um grunhido, o
pedindo saindo com tanto tesão do fundo da minha garganta, que
deixa minha voz rouca. Seus olhos pesados me fitam com surpresa.
Aproximo meu rosto e mordo o lóbulo da sua orelha, sussurrando.
— Posso comer você?
— Nicolas...
— Posso te ver corar enquanto eu te fodo? Enquanto goza
comigo metendo nessa sua boceta melada?
— Pede por favor — sussurra, me provocando.
— Deixa eu comer você, linda, por favor? — ela sorri cheia de
luxúria e malícia.
— Pode fazer o que quiser comigo, Nicolas, ainda não
entendeu isso? — Sorrio.
A beijo novamente, tateando meu bolso atrás da carteira, tão
ansioso para estar dentro dela que me atrapalho. Quando a acho,
entrego para Aurora que entende o recado e procura a camisinha,
sem nunca largar meus lábios.
Em um momento estamos nos beijando com toda a
intensidade do mundo. No outro, meu zíper está aberto, com meu
pau sendo massageado e uma camisinha o encapando.
Não tenho tempo de sentir suas mãos em mim, porque estou
louco para comer essa garota que vem tirando meu juízo como a
muito ninguém conseguia.
— Você é lindo — geme manhosa, movendo a mão para cima
e para baixo pelo meu pau, lambendo os lábios.
Ainda vou me enfiar fundo dentro deles. Ainda os sentirei ao
meu redor, molhados e quentes... que imagem perfeita.
— Afasta essa calcinha para mim, linda? — peço, e Aurora?
Aurora afasta, me dando a visão incrível da sua boceta gordinha e
depilada.
Me obedecendo como a boa garota que eu sabia que era.
Pincelo meu pau por toda a sua lubrificação, para cima e para
baixo, entre seus lábios, gemendo ao contato molhado e
escorregadio. Meu corpo está implorando por ela. Doendo para se
juntar a ela.
Meto a cabecinha em um vai e vem gostoso que arranca um
grunhido do meu peito.
Suas unhas se infiltram por baixo da minha camisa e arrancam
sangue das minhas costas.
— Aurora...
— Nick!
— Você é tão gostosa, porra, como pode ser tão gostosa? —
rosno e gemo, nem sei mais o que sai da minha boca.
Procuro seu olhar e quando travamos um no outro, vou
aumentando o ritmo e metendo mais fundo a cada arremetida lenta,
a cada vez que ofega me engolindo, até que meu cacete esteja
atolado dentro da bocetinha apertada e deliciosa.
Aurora está prendendo o ar.
Eu estou prendendo o ar.
Com meus olhos nos seus, observo quando solta o fôlego, sua
vagina me apertando, se acostumando ao meu tamanho e vejo
quando seus olhos imploram para eu me mexer.
Então eu dou a primeira estocada.
— Ohh... — fecho os olhos, seu cheiro me inebriando, o cheiro
do sexo me inebriando.
— Ahh… Nick!
— Sim, linda, sou eu — a preencho por completo.
Dou a segunda, a terceira, a quarta e estabeleço um ritmo
intenso e profundo, voltando a mamar em seus seios, a estimulando
de todas as formas que consigo na posição precária que estamos.
— Nicolas… estamos fazendo barulho nessa porta. —
Estamos mesmo.
— Não me peça para parar — suplico contra o mamilo.
— Não vou — sussurra perdida nas sensações que tomam
conta de todo o seu corpo.
Sensações que eu causo nela.
Que meu cacete causa nela.
Seguro seu corpo, e ainda dentro dela, a levo para a última
cabine, beijando seus lábios especialistas em falar baboseiras e a
jogo contra a porta fechada novamente, começando a meter com
força.
Aurora grita contra minha boca.
Eu rosno contra a dela.
Estoco com toda a vontade que tem me tomado nos últimos
meses.
Solto sua boca para poder acompanhar seu corpo subindo e
descendo de acordo com minhas estocadas intensas.
Não vou conseguir. Não vou conseguir durar muito tendo essa
visão.
Seus cabelos completamente bagunçados, seu vestido todo
embolado na cintura, a calcinha de renda azul, apenas afastada
para o lado enquanto meu pau é engolido pela sua boceta rosada.
Isso é perfeito.
Nossa junção, nosso cheiro, nosso beijo... é tudo perfeito.
— Você fica ainda mais linda com meu cacete todo dentro de
você, sabia? — ela sorri maliciosamente e caralho, o barulho
molhado que nossos sexos fazem me deixa ainda mais duro,
juntando com esse sorriso dela.
Esse sorriso dela ainda vai me matar.
— Porque você não viu ainda quando ele estiver na minha
boca — caralho de menina abusada! — Vou acabar com você,
Nicolas.
Eu tinha certeza disso.
A olhei cheio de malícia, puto ainda pelos ciúmes que odeio
admitir estar sentindo, e mordo seu lábio inferior. Sua expressão se
anuvia.
Sua cabeça bate na porta enquanto me oferece seu pescoço.
Não sei como ela sairá daqui sem que todos saibam que eu a fodi.
Lambo sua pele suada pelo que estamos fazendo e pego seu
quadril com as duas mãos, uma em cada parte da sua bunda
gostosa e a puxo contra mim, intensificando as estocadas. Aurora
se apoia na porta, enquanto me rasga com suas unhas. Seu rosto
corado me alucina.
Meto com mais intensidade.
Ela grita.
Eu a beijo para calar sua maldita boca.
— Quietinha, porra! — a fodo com força, fazendo ela gritar
mais e me deixando com uma vontade imensa de agarrar seu
pescoço. — Não deixe mais ninguém nessa festa ouvir seus
gemidos, Aurora, ou eu juro que te deixo sem andar por dias, então
fecha a porra dessa boca.
— Vem fechar, marido — a beijo, irritado só em pensar que
mais alguém possa ouvir seus gemidos.
Eles são meus.
Ela é minha.
E ela goza pra mim, caralho.
Sinto suas paredes me apertando e suas unhas arrancando
sangue das minhas costas quando o orgasmo a atinge.
— Nicolas...
— Você goza tão lindamente, querida — puxo sua bunda e
meto com tanta força, a empurrando contra a porta para gozar junto
com ela que a porcaria quebra, quase levando nós dois ao chão.
O que só não aconteceu porque Aurora agarrou meu pescoço
e eu tenho senso de equilíbrio.
Esporro dentro da camisinha, segurando Aurora em pé, como
se minha vida dependesse disso e olho para o lado, completamente
ofegante, vendo a merda que a gente fez.
Ainda sentindo meu pau pulsar dentro da sua vagina, sem
parar de meter lentamente, até sair tudo e olho para minha mulher,
tão ofegante quanto eu e tão vermelha que me encanta, vendo seu
rosto se abrir e...
Ela solta uma gargalhada alta.
— Porra, o que nós fizemos? — fala em meio ao riso.
O melhor sexo da minha vida.
Foi isso o que fizemos.
Não sei o porquê, mas ela é dona das minhas melhores vezes.
Mas isso não significa nada.
Eu acho que somos como fogo e
água.
Eu acho que somos como vento e
mar.
Você está queimando, eu estou
esfriando.
Você está em cima, eu estou em
baixo.
(Brooklyn Baby - Lana Del Rey)
Não deveria gostar tanto do que aconteceu.
Não deveria estar tão tonta de prazer, que só a ideia de não
fazer mais me entristece.
Isso não vai durar.
É só o tesão falando mais alto.
Uma hora eu conseguirei tirar Nicolas do meu sistema. Só
espero fazer isso antes que cometa o erro de me apaixonar.
Não quero me apaixonar por Nicolas Ramsey.
Em seus olhos, vejo a mesma coisa.
Nicolas Ramsey não quer e não vai se apaixonar por Aurora
Castelo.
Mesmo assim, mesmo sem saber o que estamos fazendo,
mesmo tudo tendo se tornado confuso com o primeiro beijo, deixo
Nicolas me depositar na sua cama depois de termos fugido às
escondidas do evento do seu amigo.
Mesmo não querendo sentir demais, o deixo tirar meu vestido,
que coloquei de qualquer jeito ao sair daquele banheiro e ter seu
terno me cobrindo da vista de todos, deixo que tire meus saltos,
minha calcinha.
Mesmo sabendo que ele nunca será meu, tiro seu terno, peça
por peça, seus sapatos, um a um, seu relógio e o deixo me jogar na
cama.
Mesmo não querendo me viciar na sua boca, deixo que desça
pelo meu corpo, sugando meus seios em movimentos
enlouquecedores com sua língua molhada, me fazendo gritar seu
nome apenas com sua boca rodeando meus mamilos, descendo
pela minha barriga e se acomodando entre as minhas pernas. Deixo
que beije minha boceta como se fosse minha boca, sugue meu
clitóris gemendo contra ele, e dê lambidas lânguidas com a língua
quente e molhada, que me fazem ver estrelas atrás de minhas
pálpebras fechadas. Deixo que me chupe como um profissional, que
beba do meu orgasmo.
Mesmo que não queira me apegar aos seus toques, permito
que envolva meu pescoço me empurrando contra a cama, que erga
minha perna até seu ombro e a apoie nele. Deixo que beije ela,
enquanto enfia o pau grande e grosso, cheio de veias saltadas e
com a cabecinha avermelhada de tanto tesão, todo em minha
boceta.
Mesmo que não queira algum dia sentir saudade dos seu olhar
em mim, continuo focada nele, me admirando enquanto me fode
sem dó, arremetendo em mim e me tratando como sua puta.
Enquanto o barulho do nosso sexo se espalha por todo o seu
quarto, virando meu som favorito.
Tento não gostar demais de cada arremetida, para não me
viciar, mas não tem jeito.
Mesmo não querendo decorar suas expressões, memorizo
cada movimento seu, inclusive a mordida no lábio inferior, quando
goza depois de me deixar em pedaços com um orgasmo intenso.
E observo quando não se joga ao meu lado, pois se levanta,
tira a camisinha e vem para cima de mim.
Não me apego a ele quando me beija. Não é isso o que temos.
Podemos sentir tesão um pelo outro.
Não significa nada.
Não vamos nos apaixonar.
E repetimos tudo de novo quando o beijo se intensifica.
Acordo em um déjà-vu de meses atrás, quando acordei de
ressaca em um quarto em Las Vegas, depois de uma noite louca em
que não lembrava nem onde estava, com quem estava e porque
estava com ele.
Porque me casei.
Tem o mesmo braço musculoso, aconchegante e agora
conhecido, me rodeando. Tem os mesmos olhos verdes, tão lindos
quanto da primeira vez que eu vi, me olhando como se eu fosse a
coisa mais linda que já viu na vida.
Ele é.
Ele é a coisa mais linda que eu já vi na vida.
A única diferença dessa manhã, para a de dois meses atrás, é
que dessa vez, ele não está me olhando como se eu tivesse lepra.
— Bom dia, Nick — seus olhos brilham quando digo seu
apelido em um sussurro. Até agora, só falei enquanto o sentia em
mim, foi automático. Foi delicioso. Ele apenas me olha, fitando cada
parte do meu rosto com admiração, mas não responde. — Está
pirando?
Pirando por estar comigo?
Pirando por gostar de estar comigo?
Pirando por me foder como se sua vida dependesse disso?
— Não vou me sentir culpado por comer a minha mulher —
responde e sua voz rouca… ah, essa voz faz minha barriga gelar.
Suas mãos começam a se movimentar em carícias lentas em minha
cintura. — Queria me lembrar da primeira vez.
— Primeira vez? — Pergunto curiosa. Mexo em sua barba com
meus dedos, lembrando de como ela me deu prazer a noite inteira.
Nicolas sabe foder como ninguém.
Tudo foi intenso demais, todos os toques, beijos, carícias,
estocadas, foi tudo… demais.
Ele foi profissional em me dar prazer.
— Que te tive na minha cama, não é justo que eu tenha
esquecido de foder com você pela primeira vez, não é justo não
lembrar de cada detalhe seu enquanto gemia pra mim. — Meu
rosto esquenta, meu coração estremece as batidas. — Adoro
quando cora pra mim.
Ofego, vendo o seu sorriso torto.
— Você está mesmo falando sério? — pergunto um pouco
chocada.
— Quando eu não falo? É tão chocante assim eu ter ficado
encantado com tudo que fizemos que a ideia de ter perdido alguma
reação sua me incomoda? — É sim, é sim porque isso pode me
iludir. E eu não vou ser iludida por você, Nick. Eu sei exatamente o
que você quer.
E não é ser meu marido.
Sorrio para disfarçar o que sinto, mas seus olhos parecem
captar algo.
— O que foi? — escondi um segredo.
— O que foi, o quê? — faço a Lily... ops, a sonsa.
— Está com o seu sorriso culpado — E eu tenho um sorriso
culpado desde quando? Sou tão boa atriz.
— Como você sabe? — está tão na cara assim?
— Sou especialista em seus sorrisos, Aurora. Sei dizer quando
se sente culpada, excitada, feliz, zangada, agora me diz o que você
fez. — Passo alguns segundos estática, tentando não acionar
aquela parte do meu coração que sente, porque o que ele falou...
Não, coração, você está proibido de acelerar pelas coisas que
ele diz. Está proibido de bater por ele.
— Decorou meus sorrisos? — sussurro encantada.
E lá se vai a minha ordem pra puta que pariu.
— Não foge — igual você está fugindo?
Respiro fundo e me preparo para contar aquela verdade que
escondi desde que saí de Vegas.
— Não transamos em Las Vegas — não olho em seus olhos
ao dizer, mas sinto suas carícias pararem.
Fecho os olhos.
Sei que deveria ter falado isso há muito tempo para ele, não
entendo o porquê não fiz. Não entendo, mesmo. Não tinha nenhum
motivo para esconder, porque contar não mudaria nada.
Ou mudaria?
— Você se lembra daquela noite? Você disse que não se
lembrava, ou o que disse para a juíza foi verdade? — pergunta com
cuidado.
Verdade foi, você me manobra como ninguém, mas só soube
agora.
— Não, mas tem um vídeo no meu celular que gravei quando
estava bêbada, e eu vi quando estava no avião de volta para
Louisiana, que mostra que você dormiu antes que acontecesse algo.
— E que se eu estreasse na carreira pornô, seria muito boa. Minha
cara de safada é um marco e tanto.
Será que ele vai gritar, agora?
— Há quanto tempo sabia disso? — ergue o troco e busca
meus olhos. Mesmo não querendo, foco nos seus.
— Desde antes de vir morar aqui — seu rosto se fecha. Merda.
— Não achou que seria uma boa ideia me contar isso? — não
respondo. — Porra, Aurora, você não gostaria de saber se transou
comigo, caso não tivesse visto o vídeo?
— Desculpa — é tudo o que peço, sem coragem de
argumentar, porque não tem argumento. — Eu realmente me sinto
mal agora.
Nicolas se joga na cama novamente, agora encarando o teto,
com os braços cruzados em cima da cabeça.
Sinto meu peito apertar.
Nicolas fica em silêncio por alguns minutos e aproveito para
observá-lo. Seu peito nu tem a marca das minhas unhas e seu
pescoço… bem, dá para qualquer um ver que ou ele pegou alguma
alergia muito forte, ou passou a noite com um vampiro.
No caso, eu.
Seu semblante é indecifrável.
— Está com raiva?
— Não estou feliz — devolve, e me encolho. Ele nota e solta
um suspiro. — Mas não estou com raiva, de certo modo, é
reconfortante, não lembrar de transar com você estava me matando.
— Desculpa, eu ia contar, não sei por que não contei e depois
simplesmente esqueci, desculpa
— Desculpo — seus olhos se fecham. — Pelo menos agora,
sei que tenho na memória a primeira vez que tive você.
Minha barriga gela.
Minha respiração trava.
Meu sorriso é automático. Eu também tenho na minha
memória a primeira vez que o tive.
E a segunda.
E a terceira...
— E o que isso quer dizer?
— Quero você, Aurora, me controlei por muito tempo, mas
quero você — Quero você também, Nick. — Quero você a todo
momento.
— E suas outras mulheres? — Aquelas que não posso odiar,
mas que quero que não existam?
— Outras mulheres?
— Disse que não tinha exclusividade no nosso acordo, me fez
assinar isso, e tem dias que chega tarde em casa…
Também tem as vezes em que joguei verde e ele fugiu do
assunto.
Ele ri.
Não, ele gargalha. Alto.
— Meu Deus, Aurora, em que mundo você vive? — no das não
iludidas. — Não existem outras mulheres, quando chego tarde, é
porque estou resolvendo algo na R&C, não porque estou atrás de
outra pessoa. Você para mim, já basta. Bastou desde o momento
em que te conheci de verdade.
Olha aí, isso é coisa que se diga para alguém?
— Está dizendo que não ficou com ninguém desde que nos
casamos? — pergunto com incredulidade.
Seus olhos me fitam. Por um longo tempo, até que seu
semblante se fecha.
— Não, não houve mais ninguém. Mas e você, Aurora? Você
ficou com mais alguém? — Sorrio, negando com a cabeça.
— Coroa bobinho — me jogo em cima dos seus braços,
beijando todo o seu rosto de tão feliz que estou. Suas mãos são
automáticas em se apoiarem em minha bunda. — Você tem tara
nessa bunda, né?
— É minha, então posso ter tara por ela — quando ele diz isso
com essa voz grossa… — Há quanto tempo não fica com alguém,
Aurora?
Mordo o lábio, pensando.
— Seis meses — confesso, me abaixando para morder seus
lábios. — E você?
— Cinco — sussurra e sorrio.
— Sabe, um dia você me disse que não era um cara
ciumento… — seus olhos reviram e solto uma risada. — Quase
botou um ovo de ciúmes ontem.
— Pode me culpar? O garoto é novo, herdeiro e ainda ficou
com você antes de mim, só em pensar nisso, quero quebrar alguma
coisa — sua mão acertando a minha bunda com força, me assusta.
Arregalo os olhos.
— Você me bateu, coroa? — outro tapa, dessa vez mais forte.
— Bati, você está merecendo para deixar de ser bocuda e de
me provocar. — Sorri maliciosamente, agarrando uma banda com
uma pegada firme e me movendo sobre si.
Sobre o pau que já está duro para mim.
— Como você… — arregalo os olhos. — Eu estou acabada,
Nicolas, como você não está?
Seu sorriso se torna felino.
— Não pareço precisar de pílulas azuis para o pau subir agora,
né, querida? — querida.
Solto uma risada alta, lembrando de como o provoquei com
isso quando nos conhecemos, só para quebrar a cara com ele me
mostrando tudo o que faz.
Nunca gostei tanto de quebrar a minha cara.
— Minha boca ainda vai me meter em problemas grandes um
dia — respondo, sorrindo.
— Que tal meter um problema grande dentro dela? — sussurra
e minha respiração falha.
Minha boceta já está molhada, melando minha calcinha, mas a
sinto dolorida, e mesmo disposta a sentir a dor deliciosa que seria
dar para ele tão sensível, prefiro andar hoje.
E não conseguiria se fosse empalada mais uma vez.
Então, irei me contentar em fazê-lo gozar com a minha boca, e
tentar ser tão boa no oral quanto ele.
A língua de Nicolas é um pecado.
Sorrio, e beijo seu maxilar, descendo para seu pescoço,
sentindo quando se arrepia ao contato da minha boca.
— Você é tão gostoso, Nick — sussurro, mordendo seu mamilo
e gemendo quando sua mão agarra meus cabelos pela nuca em um
aperto firme.
— Sou seu — quase gozo só com essas palavras.
São só isso, palavras.
Desço, sendo guiada por sua mão e fico cara a cara com sua
ereção, babando e me fazendo salivar.
Ele ter dormido completamente nu, serve muito bem a meu
favor.
Aproximo o rosto e inspiro seu cheiro, com meu nariz
acariciando de cima a baixo a textura macia e cheirosa.
— Não torturei você, querida — lambo a gota lubrificante na
cabecinha vermelha e inchada e gemo ao sentir seu gosto. Ele
geme e estremece debaixo de mim. Volto meus olhos aos seus para
não perder nenhuma expressão de prazer. Seu lábio inferior está
sendo castigado, enquanto repito o mesmo movimento, pegando
sua ereção com a mão e botando a língua para fora, lambendo da
base até a cabeça com lentidão. — Mete esse cacete na boca,
Aurora — manda e obedeço, caindo de boca no seu pau, deslizando
os lábios para baixo e revirando os olhos de prazer.
Ele é uma delícia.
— Ohhh — sua cabeça bate no travesseiro, enquanto ofega e
pisca devagar. — Aurora… — suspira, sorrindo maliciosamente.
Sua mão puxa meus cabelos e começa a me guiar em
movimentos de vai e vem, não tomando o controle, esse ele deixa
comigo e sinto seu pau bater no fundo da minha garganta. Relaxo o
maxilar, tentando engolir mais dele, mas não cabe tudo, então movo
minha mão em uma punheta lenta, que segue os movimentos dos
meus lábios. Sugo a cabecinha, rodeando-a com a língua e sorrio
safada, sendo alvo de seus olhos de pálpebras baixas.
Ele sentindo prazer é um evento.
Nick geme roucamente, quando solto o membro e desço com a
língua até as bolas pesadas, sugando uma de cada vez para dentro
da minha boca.
Ele ofega.
Eu salivo.
Minha boceta pulsa dolorida.
Desço a língua um pouco mais baixo, na pele sensível que tem
ali. Seus dedos em meu cabelo apertam ao ponto de dor.
Eu gosto.
Gosto de deixar Nicolas fora de controle.
Lambo o trajeto de volta até a cabeça, sugando com vontade,
arrancando gemidos dele e meus do fundo da garganta e volto
meus olhos até o seus, preenchendo minha boca com seu pau.
Nicolas me encara, focado e ansioso, completamente entregue
a mim. Finjo não ver o fascínio descarado. Mas não finjo quando
solto um gemido contra ele, que o faz rosnar e engolir em seco, o
pomo de adão subindo e descendo com esforço.
Com o olhar, dou a permissão que ele quer para foder minha
boca e vejo os pelos do seu corpo arrepiando.
— Vai me deixar foder essa boquinha atrevida, querida? —
Solto seu pau com um estalo molhado.
— Goza na minha boca, marido — sua mão empurra minha
cabeça para baixo, enquanto Nicolas murmura todos os
xingamentos possíveis, completamente ofegante e vermelho e sorrio
contra seu pau.
— Vai engolir tudo como a boa garota que é? — pergunta, com
um sorriso safado, pisco os olhos, sugando com mais força. — Vai,
não é? É isso que quer, querida? Engolir toda a minha porra?
Assinto com seu pau na boca e seu quadril começa a erguer
em movimentos firmes, intensos e ritmados, sua mão segurando
minha cabeça no lugar, enquanto a outra delineia meus lábios o
engolindo.
Mexo em suas bolas, sentindo quando pulsa em minha boca e
não demora para que sinta o jato quente contra minha garganta.
— Ohhhh — seu corpo estremece e seu gemido é uma delícia
de ouvir.
Não perco nenhum detalhe do seu rosto enquanto goza na
minha boca.
Decoro todas as microexpressões enquanto bebo do seu
orgasmo e gemo ao sentir minha boceta pulsar.
Solto seu pau com um estalo molhado, quando sua mão em
meu cabelo me puxa para cima, e Nick ataca minha boca,
perseguindo seu gosto, movendo sua língua em busca da minha em
um beijo de tirar a razão.
— Quem está corado para mim é você, agora — sussurro.
— Gostou de me chupar, linda?
— Você é delicioso.
— Traz essa boceta aqui e senta na minha cara, meu bem —
meu bem — deixa eu te deixar vermelhinha, também.
Sorrio, negando com a cabeça e saindo de cima dele de
supetão.
— Nem pensar, minha boceta tá encharcada de tesão, mas
não sou uma adolescente que não consegue se controlar, estou
extremamente dolorida de sentir você em mim a noite inteira. —
Seus olhos brilham, quando ele se levanta e vem atrás de mim.
— Que tal um banho, então?
Sorrio de lábios fechados.
— Acho uma ótima ideia.
Ela tem um sorriso que parece.
Me lembrar de memórias de
infância.
Onde tudo era fresco.
Como o brilhante céu azul.
Às vezes, quando eu vejo seu
rosto.
Ela me leva para aquele lugar
especial.
E se eu olhar por muito tempo.
Provavelmente perderia o
controle e choraria.
(Sweet Child O' Mine - Guns N'
Roses)
— Me dá ele aqui.
— Não.
— Você não pode ter um filho e não dividir ele comigo, sou o
tio dele!
— Aurora disse que você havia dito que não era — ergo a
sobrancelha para Léo, que está quase chorando para pegar Hunt
dos meus braços, mas não consigo soltar meu filhote. Ele é uma
gracinha.
— Aurora não tinha que dizer nada, aquela ingrata, sabia que
fui eu que fui com ela ao veterinário? — resmunga, passando a mão
nos cabelos para afastá-los da testa, o que não adianta nada, assim
que termina, estão todos no mesmo lugar que antes. — Ela ainda
teve coragem de me julgar, porque eu gosto de sair depois de
comer. — Tem que julgar mesmo, é um vagabundo. — Eu cuido
dele sempre que vocês querem sair, ele já me ama! — fala e ergo a
sobrancelha, vendo ele formar um biquinho. — Deixa eu pegar ele
só um pouquinho? — Pede e solto um suspiro, olhando nos olhos
inocentes de Hunt.
— Você quer ir para o tio Léo, Hunt? — questiono
carinhosamente meu cachorrinho que já está bem maior do que
quando chegou há mais de um mês.
Mais gordinho também, o deixando muito fofo com suas
orelhinhas caídas
— Au! — Late, colocando a língua para fora.
— Olha aí, ele quer, me dá logo — reviro os olhos e deixo que
pegue o pequeno dos meus braços, que está com uma roupinha
azul, e uma coleira da mesma cor. Meu coração dói assim que não o
sinto mais. Sou apaixonado por esse cachorro. — Quem é o garotão
do titio, hein? Quem é?
— Quem vê, pensa que vocês estão falando com um bebê —
debocha Matt.
— É um bebê — Leo e eu falamos ao mesmo tempo.
— Humano! — Exclama meu melhor amigo, arregalando os
olhos azuis. — Vocês adotaram um cachorro, Nicolas!
O encaro, erguendo a sobrancelha.
— E o que é que tem?
— Um cachorro, você sabe o que isso significa? — Que você
usa qualquer desculpa para se meter na minha vida, mas quando
falo algo sobre Tiana, parece que vai botar um ovo?
— Que eles vão ter que brigar por esse cachorro no divórcio e
vão ter que dividir a guarda? Você pode tomar ele para nós, Matt?
— Fala Léo e meu coração erra uma batida.
— Significa que eu tenho um coração no peito e nunca deixaria
essa coisa linda em um lar para adoção?
— Significa que ele finalmente criou juízo depois de casar e fez
uma coisa decente?
— Não, significa que eles ADOTARAM UM CACHORRO! — Já
disse isso, Matt. — Isso é coisa que casal de verdade faz, vocês
não estavam apenas fodendo?
“Você é o homem mais lindo que já vi”
“Gosto de você”
“Gosto de você”
“Gosto de você”
— Estamos — e é uma delícia.
— Não, não estão, vocês dormem juntos — todos os dias —
vocês trabalham juntos. — Ela é incrível, o que posso fazer? —
Vocês adotaram um cachorro, — quem não adotaria essa
preciosidade? — e ela reformou todo o seu apartamento do jeito que
ela quis. — Porque é o melhor, do jeito que eu quis não estava bom.
— Vocês estão agindo como marido e mulher de verdade, Nicolas
— o quê? — Você ainda acha que vão se divorciar quando isso
acabar? — Ele e Léo me encaram ao mesmo tempo.
Engulo em seco, não sabendo como responder essa pergunta
e por um instante, isso me apavora.
Não saber responder me apavora.
Ainda lembro da conversa que tive com Aurora no shopping,
ela mal sabe que quase infartei com suas palavras.
“Gosto de você” “Você é o homem mais lindo que eu já vi”
O que isso significa?
Por que Aurora me confunde tanto assim? Ela não sabe o
quanto meu coração vibrou quando falou que gostava de mim.
Mas um lado meu ficou decepcionado.
Um lado meu não queria que ela dissesse apenas isso.
Mas preciso entender que temos um acordo, não importa o
que sinto. No fim, Aurora iniciou isso tudo por um visto, e não sei se
agora que o tem, ela ainda vai querer ficar comigo.
— Nós temos um acordo, Matt. É claro que vamos — por que
dizer isso foi como sentir uma facada no meu peito?
Por que minhas mãos começam a tremer?
Por que quero quebrar alguma coisa, de preferência a cara do
Matt por me fazer pensar nesse caralho?
Por que desejo tanto que isso seja mentira? Que Aurora não
assine a merda do divórcio? Que ela não queira me deixar quando o
prazo acabar?
— Trouxe pizza — sinto todo o meu corpo gelar, quando
escuto a voz de Aurora atrás de mim.
Todos nos assustamos e a olhamos quando caminha para o
meio da sala e deposita duas caixas de pizza na mesinha de centro.
Ela havia saído para comprar bolo na padaria da frente, há
alguns minutos e estava demorando para voltar.
Não escutei quando ela abriu a porta.
Pelas caras culpadas dos dois idiotas, eles também não.
— Não tinha ido comprar bolo? — pergunto, engolindo em
seco, e procurando seu olhar, para saber o quanto da conversa
escutou, mas ela não me olha.
Não foi nada de mais, só a verdade, não?
Por que estou estranho então, porra?
— Tinha pedido pizza antes de descer, então quando estava
voltando, estavam entregando na portaria, eu não quero, então
vocês podem comer tudo, vou ficar só com o bolo, alguém quer um
pedaço? — oferece o bolo com cobertura de chocolate que está na
outra mão, mas negamos com a cabeça.
— Trouxemos refrigerante, mas tem cerveja também. —
Comenta meu irmão, acariciando a cabeça de Hunt que não tem
mais olhos para ninguém na sala além de Aurora.
Assim como eu.
— Ok, sobra mais para mim, então — é um bolo enorme e
adivinha? Nenhum de nós duvida que ela coma aquilo tudo. — Vou
aceitar o refri.
A observo saindo da sala e indo até a cozinha e fecho os
olhos, soltando um suspiro pesado.
— Isso não é apenas foda — sussurra Matt e abro os olhos
para encará-lo com ódio.
— Por que você não cala a boca, porra? — ele olha para a
cozinha e sei que está pensando no que falou.
Sei que ele só quer saber o que está acontecendo, mas
porra...
— Será que ela ouviu alguma coisa? — Léo murmura, mas
não tenho tempo de responder, porque Aurora volta para a sala.
— Pode me dar Hunt, hum? Vou subir, preciso terminar um
projeto hoje enquanto estou com inspiração, e quero ele pertinho de
mim para me fazer companhia. — Mesmo a contragosto, Léo ergue
o cachorro e entrega nas mãos de Aurora, que tenta equilibrar o
cachorro em uma mão e o bolo na outra.
Sua língua cutuca o interior na bochecha e me xingo
mentalmente de todos os absurdos que consigo pensar.
Ela está desconfortável.
É óbvio que ouviu, o que não é óbvio, é eu me sentir culpado
por isso, e ela estar desconfortável.
Isso não é óbvio.
Isso é confuso pra caralho.
— Deixa que eu te ajudo, dá aqui esse bolo — me levanto,
mas ela continua sem me olhar, apenas me entrega o bolo, agarra
Hunt e sorri para Léo e Matt.
— Boa noite — vira as costas e sai andando.
A sigo em silêncio até o seu quarto.
O seu.
Ela não entra no meu e Aurora não dorme no seu quarto há
meses, nem mesmo trabalha lá. Ela passou a fazer tudo no meu
quarto. Até suas roupas, fora os vestidos que nunca saíram do meu
closet, estão lá, agora.
E por que continuo insistindo que não significa nada?
Por que eu continuo mentindo para mim mesmo? E para ela?
— Ele ficou lindo com essa roupinha, não é? — ergue Hunt na
frente do rosto e sorri encantada para ele.
— Ficou — concordo, a acompanhando quando abre sua porta
e deposito o bolo em cima da sua cama. — Ele ainda não jantou,
estava esperando para jantarmos todos juntos, para ele não ficar
olhando para a comida e sentindo desejo de comer.
Ela se joga ao lado do bolo de chocolate.
— Pode deixar que dou o jantar para ele, você pode descer, eu
vou jantar bolo, hoje. — Ô mulher com o paladar infantil! — pode ir,
aproveite sua noite dos garotos, coroa. — Está falando com
animação, mas está desviando os olhos por quê, querida?
Engulo em seco, com as mãos na cintura, coçando para me
aproximar dela e pegá-la. Mas não sei o que fazer.
Decido tentar a sorte, me abaixando para deixar um selinho
em seus lábios e ela retribui, sorrindo contra os meus.
É um sorriso triste.
Esse sorriso me quebra.
— Quando subir, vou te ver na minha cama? — pergunto,
nervoso à espera da sua resposta.
— Quando não me vê? — responde, com o tom falsamente
alegre e meu peito pesa.
— Bom trabalho, querida — desejo. Ela assente e começa a
comer o bolo, pegando seu notebook na escrivaninha ao lado da
cama. Hunt a encara, todo enroladinho, com os olhinhos brilhando.
Ele é louco por Aurora.
Nós dois somos loucos por ela.
Desço para a sala novamente, me sentando onde estava,
sentindo os olhos de Leonardo e Matteo em mim.
Por alguns momentos, o silêncio reina e apoio minha cabeça
no encosto do sofá, pensando.
Sofá novo, porque o antigo não combinava com o apartamento
no estilo de Aurora.
Assim como o painel é novo, como a cor das paredes é nova,
como a estante cheia de livros, a maioria dela, é nova também.
As cortinas nas paredes, a louça, a roupa de cama, as vigas
de madeira no teto do apartamento, os jarros de flores e quadros
pela parede, tudo é novo.
Assim como o sentimento se aflorando dentro de mim.
— Você está pirando, Nick — meu irmão me chama, mas
apenas nego com a cabeça. — Não adianta mais dizer que isso é
apenas foda, você está fodido.
— É difícil ver a verdade — Fala Matt.
É. Levando em conta que eu a fodo em todas as superfícies
disponíveis, faço sua comida, durmo de conchinha e não suporto a
ideia de ela não dormir comigo, além de comprar tudo o que eu sei
que ela gosta e ainda digo que não significa nada, é difícil.
Porra, é claro que significa.
Como tu é burro, Nicolas! Tu é idiota se achou que tudo o que
sente em relação a ela não significava nada.
Eu decorei os sorrisos dela, caralho, todos eles! Como isso
não significa nada?
Como me sentir doente por estar longe dela não significa
nada?
Como sentir saudades assim que ela sai de perto de mim, e
desejar olhar para ela por horas infinitas não significa nada?
Significa que eu estou fodido.
Estou fodido pela Aurora.
Quando a olho é como se finalmente as coisas começassem a
fazer sentido para mim, quando fala, é como se o mundo ao meu
redor calasse e só a voz dela existisse. E suas manias de
alimentação?
Que idiota procura receitas saudáveis das comidas favoritas da
esposa falsa se não sentir nada? Que idiota sente todos os ossos
do corpo derretendo assim que são tocados pelas mãos da mulher
que jura não sentir nada?
Eu fico doente de ciúmes quando um homem chega perto de
Aurora. Não suporto a ideia de mais alguém a desejando.
Porque morro de medo de perdê-la. Porque isso é um acordo.
Porque temos um prazo e nem sei se ela vai me querer depois
que ele acabar.
Porque ela é linda, encantadora, engraçada e tão sensual...
Porra, ela é minha.
E eu sou dela. Completamente dela.
Ela pode fazer o que quiser de mim e nem mesmo sabe disso.
Será que ela sabe que me dói fisicamente lembrar que está
perto do divórcio? O visto dela foi aprovado, e quando chegou a
notícia, me alegrei por ela, mas meu coração doeu quando lembrei o
que isso significava.
Aurora casou comigo por esse visto.
Ela está comigo porque precisava dele e agora não precisa
mais.
Não posso, não posso imaginar perdê-la assim.
Preciso saber se os objetivos dela com esse casamento
mudaram. Pois os meus sim.
Eu estou fodido.
Estou fodido porque me apaixonei pela minha esposa.
E acho que acabei de cometer um erro.
Se eu soubesse de tudo isso
antes, eu faria de novo?
Eu faria de novo?
Se eles soubessem que o que
disseram iria direto para minha
cabeça.
O que eles diriam então?
(Everything I wanted - Billie
Eilish)
“Nós temos um acordo, Matt. É claro que vamos”
Tão cristalino quanto água.
Respiro fundo.
O que eu esperava? Que estivesse errada sobre o nosso
relacionamento?
Que relacionamento, sua tonta? Vocês só estavam fodendo
porque ele te desejava e era cômodo transar com a mulher que
dorme debaixo do teto dele todos os dias.
Ele avisou não foi? Ele disse que não queria ser meu marido
incontáveis vezes e me enganei ao pensar que estava bem com
isso.
Que ele deixando isso claro, eu não poderia me iludir.
Trouxa, trouxa, trouxa!
Mas foi errado da minha parte? Foi errado criar sentimentos
tão fortes por alguém que me trata tão bem? Que cuida de mim? Foi
errado pensar que ele sentia alguma coisa além de tesão?
Não é porque ele só quer me foder, que isso significa que ele
seja uma pessoa ruim. Ele está sendo incrível comigo, mas eu sou
tão carente de afeto que mesmo não querendo, cometi o maior erro
que poderia cometer com Nicolas.
Eu me apaixonei por ele.
Me apaixonei pelo meu falso marido.
Aquele que é real perante a lei, mas que nunca quis ser real
perante a mim.
É fácil se deixar levar por risadas sinceras, toques carinhosos
e ciúme obsessivo.
É claro que sentiria ciúmes. Enquanto estivesse me fodendo,
eu seria dele, e Nicolas é controlador demais para deixar alguém
cobiçar o que é dele. É só isso.
Mesmo que tenha dito que nunca havia sido alguém ciumento.
Isso me fez pensar que sou diferente.
Eu não sou diferente.
Por que me deixei levar?
Por que fui tão burra?
Tonta, tonta, tonta.
Sinto minha garganta arder com vontade de chorar, mas me
recuso a fazer isso aqui. Na sua casa.
No seu quarto.
Na sua cama.
Com seu braço ao meu redor.
Eu nem mesmo sei como vim parar aqui, talvez Nicolas tenha
entrado no meu quarto e me trazido no colo quando me viu
dormindo. Nem mesmo lembro em que momento dessa noite
adormeci. Acredito que tenha sido depois de devorar o bolo de
chocolate e desabafar com Hunt. Meu cachorrinho me olhava,
enquanto despejava tudo o que estava sentindo nele.
Estava magoada. Mas não devia estar.
Quando desci para comprar um bolo, estava animada porque
consegui comprar dois ingressos para um show da Lana aqui em
Manhattan e planejava pedir para que fosse comigo assim que Matt
e Léo saíssem do apartamento e ficássemos a sós com Hunt.
Mas foi só entrar pela porta para que essa alegria saísse pela
janela.
Eu escutei tudo. Tudinho mesmo, até sobre o meu cachorro.
Querem tomar até meu cachorrinho, esses idiotas!
Será que eles não veem que já tem uns aos outros e tudo o
que eu tenho nessa porcaria de apartamento é meu cachorro? Será
que eu me enganei tanto assim acerca da personalidade deles?
Hunt vai aonde eu for e se eu precisar fugir do país, só para
ficar com ele, eu vou.
Não seria a primeira vez que fujo do meu passado.
Escutar da boca de Nicolas que o nosso acordo ainda valia e
que nos separaremos foi um baque no meu coração.
Ainda estou sentindo, porra.
É como se milhares de pessoas estivessem com giletes nas
mãos, escolhendo partes do meu coração para rasgar. Dói.
Dói saber que o homem que você é apaixonada não sente o
mesmo que você.
Dói ainda mais saber que a única culpada disso é você.
Mas o pior? O pior é que não foi surpresa nenhuma ele não
sentir.
Doeu, mas eu já esperava o golpe.
Nicolas não é a primeira pessoa a quebrar meu coração. Mas
ele é a primeira pessoa que é sincera ao fazer isso.
Em nenhum momento me prometeu mais do que poderia dar.
Ele me deu o que tinha para dar. Prazer.
Eu o obriguei a ficar casado comigo, porra! Neguei a ele a
anulação do casamento e ele nem mesmo me queria por perto,
como eu achei que algo mudaria? Como achei que ele se
apaixonaria por mim depois do que eu fiz? Ele não entrou nesse
casamento por vontade própria, ele só está aproveitando enquanto
dura.
Ele disse com todas as letras que não queria ser meu marido,
disse que não “iria” ser, mas disse que queria me dar prazer sem
sentimentos e eu aceitei.
Eu disse que queria apenas transar com ele também.
Eu sou tão boa mentirosa.
Por que eu fiz isso?
Por que me apaixonei pela maneira como me olha? Como me
beija? Como sorrir para mim?
Não sei se vou suportar quando isso acabar. Vou sentir
saudade de tudo em Nicolas, até do seu mau humor. Vou sentir falta
dos flertes, da possessividade, das suas carícias.
Vou sentir falta dos seus beijos, do seu corpo grudado ao meu
e vou sentir falta de me sentir pertencer a alguém.
Porque sou de Nicolas.
E vai ser tão difícil não ser mais de Nicolas.
Vai ser mais difícil ainda, um dia realizar meu sonho de
construir uma família e não ser com ele.
Porra, eu estava tão iludida!
Me estico na cama, sentindo-o se mexer e resmungar, mas ele
não acorda.
Até esses resmungos eu vou sentir falta.
Do seu corpo colado ao meu.
De sentir sua presença tão perto de mim.
Pego meu celular na escrivaninha e procuro um contato que
salvei, para começar a seguir a minha vida.
Se eu continuasse sendo aquela menina egoísta que obrigou
Nicolas a ficar com ela, nada disso estaria acontecendo. Se tivesse
seguido com meu objetivo e nunca tivesse deixado minha guarda
abaixar, meu coração não estaria se quebrando agora.
Por quatro anos eu consegui ser essa pessoa. Por quatro anos
consegui deixar todo mundo de fora do meu coração. Abri uma
brecha apenas para Elisa, mas ela foi a minha única exceção.
Porque quanto mais pessoas você deixa entrar, mais pessoas te
decepcionam.
E eu não abri uma brecha, abri uma porta inteira para deixar
Nicolas entrar.
E ele não entrou sozinho.
Até do idiota do seu irmão e do bonzinho, que não é bonzinho,
do seu melhor amigo eu vou sentir falta.
Suspiro.
Está na hora de voltar a pensar em mim mesma, porque no
final é como sempre foi. Eu só tenho a mim.
E Hunt.
Agora eu tenho Hunt.
Deixo a água cair pelo meu corpo, tentando limpar por fora,
tudo o que está sujo por dentro. Toda a mágoa, todo o
ressentimento e todo o medo.
Medo de perdê-la.
Porra, eu não queria perdê-la, mas parece que não tenho mais
poder de escolha na nossa relação, ela já decidiu isso por nós dois.
Ela vai me deixar. Ela vai partir e me deixar completamente
quebrado com sua ida. Vai levar meu coração e suspeito que nunca
me devolverá.
Eu nasci para amar Aurora. Eu nasci para ser dela e se não for
para tê-la ao meu lado, então para que eu preciso desse coração?
Para que meu coração vai servir se ele só bate por aquela maldita?
Nunca me senti tão mal assim.
Nem quando Leonor foi embora, nem quando Riley me deixou.
A partida de nenhuma das duas me fez chorar, mas a ideia de
não ter mais Aurora na minha vida, me fez desabar como há muito
tempo eu não fazia.
Me surpreende que eu não esteja com dor de cabeça.
Me surpreendeu ainda mais, acordar no sofá, agarrado a ela.
Nossa, como eu amo agarrar Aurora. Eu amo tudo sobre ela.
Sua bagunça, sua mania de alimentação, sua língua afiada.
Amo até seu jeito impulsivo de lidar com a vida, sua cabeça erguida
diante dos problemas. Amo até mesmo que ela tenha se priorizado
e decidido seguir em frente depois do que eu disse naquela sala.
Mesmo que ela me deixe, mesmo que quebre meu coração.
Precisei beber todo o estoque do bar para me colocar no lugar dela.
Não foi isso que me fez dizer aquela merda? Não foi pensar
que ela não me queria, que me fez dizer que tínhamos apenas um
acordo? Como posso culpá-la por pensar que eu não a queria?
Não importa o quanto eu demonstrei, porque com uma frase,
eu arruinei tudo.
E com uma mensagem, eu percebi que Aurora não sente por
mim o mesmo.
Eu amo Aurora.
Eu a amo de todas as maneiras.
Mas ela não sente o mesmo por mim.
Mesmo que quando eu acordei naquele sofá, ela estivesse
agarrada a mim, com o rosto inchado denunciando que chorou.
Nosso pequeno Hunt estava em cima de nós, me olhando quando
acordei. Dei comida e água e ele decidiu ficar por lá.
Não sei como cheguei em casa, só me lembro de ter saído
daqui e ido direto para o primeiro bar que eu vi aberto enquanto
dirigia sem sentido, mas aqui estou eu, de algum jeito, voltei para
casa e dormi no sofá. Com ela.
A trouxe comigo para o meu quarto, segurando-a com força e
tentando não a deixar cair, já que bebi tanto, e tentando me agarrar
a tudo o que ainda posso, antes que ela vá embora. Ela está
deixando seu cheiro na minha cama. Se for possível, pedirei que
durma nela todos os dias até decidir ir, eu durmo no quarto dela, só
preciso sentir sua presença quando ela não estiver mais deitada
comigo.
Eu nunca fui tão patético em toda a minha vida.
Termino meu banho, escovo meus dentes e logo saio do
quarto, a vendo deitada, dentro de uma camisa minha, como
costuma dormir desde que começamos a nos envolver. Ela ama as
minhas camisas.
Com cuidado, me deito ao seu lado, sem tirar a toalha da
cintura, a puxando para os meus braços. Ela se remexe, se
encaixando em mim. Enfio meu nariz no seu cabelo, aspirando seu
cheiro doce e sentindo meu peito pesar.
Vou sentir tanto a sua falta, Aurora.
Nossa, como eu vou sentir sua falta.
Vou sentir saudades suas quando deitar e não te ter ao meu
lado. Vou sentir quando for fazer o café e ser apenas para uma
pessoa, quando olhar para o banco passageiro e não ter você indo
trabalhar comigo. Vou sentir sua falta quando sentir meu coração
bater.
Vou sentir sua falta quando respirar.
Porra, Aurora, vou sentir tanto a sua falta.
— Onde você estava? Me deixou preocupada, Nicolas. —
Escuto seu sussurro contra meu peito e a pressiono mais contra
mim.
Acho que a acordei com a força que estou fazendo ao segurá-
la.
— Desculpa, querida — murmuro. — Não quis te deixar
preocupada.
Só quero um pouco mais de nós dois.
— Você passou mais de oito horas fora — seu rosto procura o
meu. — Chegou completamente bêbado. — Ela sorri. Um sorriso de
quem esconde um segredo. — Fez uma cena e tanto.
Engulo em seco.
— Desculpa — peço de novo, enfiando meu rosto no seu
pescoço.
— Precisamos conversar, Nicolas. — Eu sei.
Mas não posso ouvir você falando que vai me deixar de novo,
Aurora. Por favor.
— Pode ser depois? Me deixa ficar aqui com você só um
instante, querida. — Murmuro e suas mãos começam a fazer um
carinho nas minhas costas.
E dói ainda mais saber que é um carinho comum. Que não é
com amor, porque Aurora não me ama.
Como fui acabar assim?
— Nick, olha pra mim — nunca fui tão covarde. — Por favor.
Respiro fundo e tento acalmar meu coração.
Tento acalmar, antes que ele seja despedaçado.
Então, a olho. Meus olhos focando nos seus lindos olhos
verdes de anjo.
— Não me deixe, Aurora. — Não consigo.
Não consigo não fazer nada e apenas a observar ir embora.
Tenho que pedir.
Pedir para que fique. Fugi mais cedo para não me humilhar,
mas estou quase fazendo isso de novo.
— Fique comigo, amor — peço, e seus olhos suavizam. Ela
parece tão calma.
Tão em paz, tão leve.
Ela parece tão decidida que fecho os olhos, encostando minha
testa na sua.
— Desculpa pelo que falei, isso não é apenas um acordo,
Aurora, não para mim. Deixou de ser a partir do momento em que
comecei a conhecê-la de verdade. — Como demorei tanto tempo
para perceber que Aurora é o amor da minha vida? Como esperei
perdê-la para assumir isso para mim mesmo?
— Não tem o que desculpar, Nicolas… — nego com a cabeça,
falando tudo o que tenho para falar antes que ela me deixe.
Meu último fio de esperança.
— Tenho sim, porque eu entendo, Aurora. Eu entendo você
querer me deixar, eu falei besteira, disse que temos um acordo e
além disso, não sou o melhor dos maridos — ela nega com a
cabeça, mas continuo. — Sei que sou controlador, que sou ciumento
demais com você, quando nunca fui ciumento com ninguém, sei que
trabalho demais e que sou chato, na maioria dos dias sou
insuportável de tão ranzinza, também sei que sou mais velho e que
você ainda tem muito o que viver para se amarrar tão cedo a
alguém, mas…
— Você tá falando besteira. — Não estou. Só que sei o motivo
de uma mulher não ficar por muito tempo na minha vida. — Eu
gosto de como é controlador, Nicolas, porque nunca me senti no
controle de nada, nem mesmo da minha vida, gosto que você tome
a dianteira em tudo, que me deixe viver sem o peso do mundo. —
Ah, Aurora. Se você soubesse tudo o que sou capaz de fazer para
você viver feliz. Inclusive, te deixar ir. — Adoro que sinta ciúmes de
mim, me faz sentir que sou sua. E amo que seja insuportável de
chato, faz par com o meu eu cheio de vida. E eu não quero deixar
você, Nicolas. — Não quer? Meu coração dispara e meus olhos
arregalam. — Mas, preciso saber, Nicolas, o que quis dizer com me
querer, preciso que seja claro. — Pede, me olhando cheia de...
Não, não pode ser.
— Não sei em que momento aconteceu ou como, mas sei que
não quero que você vá, e não é apenas porque quero alguém para
foder, Aurora — seus olhos enchem e levo minhas mãos para seu
rosto. — Preciso que entenda que não é apenas uma foda. Quero
você para cuidar, para proteger, para respeitar e ser fiel, para
alimentar com minhas infinitas receitas que aprendi na internet,
quero você ao meu lado, quero para te amar — ela arregala os
olhos, mas não paro. — Eu amo você, Aurora. Amo você
incondicionalmente. — Limpo suas lágrimas sentindo as minhas
escorrerem.
— Me ama, Nicolas? — sussurra cheia de encanto.
— Tem como não amar? Me diz, Aurora, tem como não amar
você? — sussurro.
— Ah, Nicolas…
— Não tem, Aurora, você é absolutamente apaixonante, tudo
em você me encanta, tudo em você me deixa em alerta, tudo em
você foi feito para mim. — E nunca falei uma verdade tão
verdadeira.
— Você está falando sério? — prendo seus olhos nos meus e
olhando para ela, falo.
— Me apaixonei por você, Aurora. E esse sentimento
aumentou em todas as vezes que te vi sorrir.
Ela se joga em meus braços, me apertando com força e só
consigo retribuir, só consigo pensar que ela não quer me deixar.
Finalmente consigo sentir ar entrando em meus pulmões.
Só consigo sentir ela.
— Ah, Nicolas, me desculpe, me desculpe por enviar aquela
mensagem e pensar em ir embora, eu tive tanto medo, Nicolas,
tanto medo de te perder. — A deito na cama, ficando por cima do
seu corpo.
— O que isso significa, Aurora?
— Significa que você também é absolutamente apaixonante,
Nick. — Minha resposta é sorrir. — Que foi impossível não te amar,
que doeu como o inferno ouvir aquilo saindo da sua boca e pensar,
por dias, que eu estava amando sozinha. — Ah, minha pequena
trapaceira... — Que depois do que eu fiz, seria impossível me amar,
porque ninguém nunca me amou de verdade na vida, Nicolas. —
Seus olhos escorrem lágrimas que limpo com meus polegares. —
Não tanto, não ao ponto de ficar. De ficar ao meu lado.
— Me ama, Aurora? — sussurro a pergunta.
Ela sorri.
É um sorriso apaixonado.
Um sorriso que ainda não sabia o significado, mas lembro de
todas as vezes em que abriu um desses pra mim.
Foram tantos, como não percebi?
— Incondicionalmente — responde e nego com a cabeça.
— Ah, meu amor, eu vou cuidar tão bem de você. Tão bem. —
E abaixo minha boca na sua, pronto para beijar o amor da minha
vida.
Sua pele.
Oh, sim, sua pele e ossos.
Transformaram-se em algo
bonito.
Você sabe.
Você sabe que eu te amo tanto?
Você sabe que eu te amo tanto?
(Yellow - Coldplay)
Lembram que no começo disso tudo, eu sentia uma puta inveja
de Oleander Fallows por ter cinco homens a adorando e dando tudo
o que ela queria?
Não sinto mais, porque não importa se ela tem vários caras a
venerando. Ela não tem Nicolas.
Ninguém, além de mim, tem Nicolas.
Finalmente, depois de tanto tempo esperando alguém que me
amasse incondicionalmente, eu achei. Achei alguém que pediu para
que eu ficasse.
Alguém que não suportava me ver partir.
Tudo o que sinto no momento, é frio na barriga, um frio
desconcertante da ansiedade de tudo que viveremos juntos. O que
é o oposto do calor que toma conta do resto do meu corpo, com o
beijo quente do meu amor.
Do meu amor.
Do meu Nick.
Com sua boca na minha em um beijo regado do mais puro e
belo amor, tudo ao meu redor passa a não existir, além dele.
Eu me entrego a Nicolas.
Me entrego de corpo, coração e alma.
Tudo em mim pertence a ele, e tudo dele pertence a mim.
Somos o lar um do outro, finalmente! Finalmente achei meu lar, e
não estava em um país, um estado ou um apartamento.
Estava no coração de Nick.
Meu lar é no coração de Nick.
Será que é possível morrer de amor? Se for, acho que posso
morrer feliz.
Seu rosto se afasta do meu e seus olhos intensos me fitam
cheios de amor. Como não notei isso antes? Como não percebi que
toda a admiração, todo o cuidado e atenção, toda possessividade,
era amor? Como não percebi que Nicolas me ama?
Circulo sua cintura com as pernas e o puxo para mais perto.
Seus olhos escurecem quando nossos corpos colidem.
— Faz amor comigo — peço em um sussurro. Seus olhos
brilham.
Eu sou tão apaixonada por esse homem.
— Faço amor com você há muito tempo, esposa — sussurra
de volta, fazendo meu coração bater descompassado no peito.
Sorrio contra a sua boca.
— Esposa, é? — Tem como ficar mais feliz? Algo me diz que
tem. Algo me diz que Nicolas vai me fazer ainda mais feliz todos os
dias.
Seus olhos enrugam nos cantinhos com seu sorriso aberto.
— Sim, minha esposa. Minha linda e adorável esposa. — Seus
lábios tocam os meus. — Minha para sempre e apenas minha.
— Já disse que amo a sua possessividade, amor?
— Adoro ouvir você me chamando de amor.
— Você me chamou primeiro, sabia? — seu rosto se afasta e
ele franze o cenho.
— Chamei?
— Enquanto me fodia na sua sala, disse “fica quietinha, amor”,
quase gozei, sabia? — Seu sorriso sacana aparece.
Eu quase gozei mesmo, mas fingi um costume que não tinha
para não passar vergonha.
— Então te chamar de amor faz você ficar tão mexida quanto
eu? — aceno em concordância, ofegando um pouco quando sua
mão começa a acariciar minha coxa, subindo em uma carícia lenta,
até adentrar a sua camisa que estou vestindo. — Que bom. —
Sussurra.
— É difícil não ficar mexida com você — confesso uma
verdade.
— Meu amor — sussurra no meu ouvido, sua mão passando
pela minha cintura e chegando ao seio. — Eu vou te comer tão bem,
agora. — Sinto minha respiração falhar quando aperta meu peito e
desce a boca na minha.
Sinto todo o amor que sente por mim nesse beijo, junto com
toda a intensidade do seu desejo, quando suga minha língua, me
fazendo gemer contra sua boca.
Agarro seus cabelos, derretendo em seus braços, porque com
ele é assim. Com Nicolas eu não tenho controle sobre mim, ele que
tem. Gosto do seu controle. Gosto que seja firme ao me tomar para
si, que me mostre que sou dele.
Ele não tem pena de mim.
Ele não é carinhoso ao me tomar, mesmo assim, hoje sinto ele
diferente.
Hoje sinto amor quando ele solta a minha boca e olhando em
meus olhos, tira a mão do meu seio, para começar a abrir os botões
da minha camisa, um por um, lentamente.
Sinto amor quando ele a tira e olha para meu corpo, com
apenas uma calcinha de renda azul, que coloquei para combinar
com a blusa azul clara e me admira com os olhos brilhantes,
enquanto engole em seco.
Sinto amor quando seus olhos voltam para os meus e ele fala.
— Você é tão linda, amor — sua mão cobre minha barriga
inteira que vibra ao contato. — E é minha, nossa, como eu amo que
você seja minha. Assim como eu sou seu. — Sorrio, olhando para
todo ele.
Seu maxilar marcado.
Sua barba cerrada.
Seus músculos enormes, que o fazem parecer esculpido por
um artista.
Seus lindos olhos verdes.
Seu cuidado, seu respeito.
Eu que não acredito que esse espetáculo de homem seja meu.
— Eu te amo — sussurro e sua atenção volta para o meu
rosto.
Ele sorri.
Eu me apaixono um pouco mais.
— E eu amo você — então ele está me beijando de novo e
dessa vez, não é mais carinhosamente.
Suas mãos me circulam e ele se ergue, me levando junto, sem
nunca parar de explorar minha boca com sua língua. Logo minha
camisa é retirada e jogada em algum lugar do quarto, logo puxo sua
toalha e o tenho nu pra mim.
Logo estou deitada novamente, com sua boca deixando beijos
molhados pelo meu maxilar.
Nossa, como eu amo os beijos desse homem.
Gemo alto, quando deixa um chupão entre a curva do ombro e
pescoço e Nicolas me morde grunhindo.
Suas mãos passam por todo o meu corpo, enquanto faz o
caminho até meus seios e ele coloca um mamilo inteiro na boca.
Puxo seu cabelo em resposta.
— Isso... — gemo cheia de tesão, arqueando as costas e seu
grunhido vibra contra mim. Sua língua circula a aréola e sua outra
mão agarra o seio livre, apertando meu mamilo com o polegar e o
indicador, o que me faz gritar mais alto.
— Você geme tão gostoso, Aurora. — E repito o gesto quando
passa a língua pelo vale entre eles e se concentra no outro,
lambendo, mordiscando e sugando meu mamilo.
Que tesão... tanto que minha boceta pulsa e sinto ela molhada
contra a calcinha. Daria tudo para senti-lo dentro de mim agora.
Me remexo contra seu corpo, sentindo seu pau duro contra
minha coxa e solto um resmungo quando não tenho o contato que
eu quero.
— Tão apressada, amor. Isso não é uma rapidinha, isso sou eu
te comendo bem gostoso e fazendo isso com amor. Tenha calma,
ok? — resmungo de novo, mas solto um grito alto.
— Você… isso é bom, repete — ele sorri do meu pedido e
estapeia minha boceta novamente, bem em cima do clitóris e me
arrepio inteira. Mordo o lábio e seus olhos pesam.
— Toda vez que morde o lábio, tenho vontade de me enfiar
fundo na sua boca, amor — porra... — castigá-los e deixá-los
inchados de tanto me chupar. — Salivo, lambendo-os. Nicolas
rosna. — Você amou a ideia, não é?
— Você é gostoso demais para que eu não amasse, amo te
chupar, Nick, é meu pirulito favorito — ele sorri maliciosamente e vai
deixando beijos por toda a minha barriga, descendo até estar de
cara com minha intimidade.
— E você, amor, também é meu doce favorito — lambe os
lábios e passa o nariz por toda a minha intimidade, inspirando meu
cheiro. — Tão cheirosa e molhada, amor. Tão ansiosa por mim.
Não consigo responder ao observar seu olhar faminto,
enquanto abre ainda mais as minhas pernas.
Puta merda, eu vou gozar tão rápido!
Seu indicador pega o lado da minha calcinha e o afasta. Seus
olhos procuram os meus quando desce a boca e me beija.
Que beijo gostoso.
Jogo a cabeça para trás, inundada de prazer e gemendo alto.
Isso tudo... tudo o que estou sentindo é novo.
É novo porque é a primeira vez que sei que estou fazendo isso
com alguém que me ama também.
E é tão bom.
Tão bom ser chupada por ele.
Ofego quando sua língua começa a ficar mais bruta na minha
boceta. Puta merda, isso é demais... Nicolas suga meu clitóris e
lambe minha entrada com sede.
É como se estivesse morrendo.
Morrendo de sede por mim.
Ele me devora, e geme, fazendo minha vagina vibrar. Ele não
para, continua chupando meus lábios, mantendo um ritmo intenso
em cima do meu clitóris e depois enfia a língua molhada na minha
entrada.
Meu corpo estremece.
— Minha nossa — ofego, sentindo todos os meus pelos se
arrepiando.
— Você é deliciosa, porra — rosna contra mim, metendo dois
dedos de uma só vez. Agarro seu cabelo o puxando para mais
perto, bêbada de prazer.
— Mais, Nick — estou tão perto...
E ele me dá. Sua língua fica mais ritmada e seus dedos
começam um vai e vem gostoso. Nicolas me fode com a língua e
com as mãos e só estou esperando que me diga para...
— Goza, amor, goza e me deixa beber de todo o seu prazer —
e eu gozo em sua língua, ofegante e murmurando palavras
desconexas. A sensação é como pular de paraquedas. Cair em
queda livre. É assim que me sinto ao estremecer na sua boca. —
Que delícia, meu amor.
Ele continua me chupando, até que meu corpo pare de
estremecer, até que tenha lambido toda gota do meu orgasmo,
então abaixo a cabeça e o encaro.
Encaro o homem da minha vida.
— Só em pensar que vou ser chupada assim para sempre,
quero gozar de novo — confesso e Nick solta uma risada, se
erguendo e ficando cara a cara comigo.
Suas pupilas estão dilatadas. Nick parece querer me devorar
inteira e estou disposta a deixar. Estou disposta a deixá-lo fazer
qualquer coisa comigo.
Meu amor...
— Não seja por isso, amor, vou te fazer gozar de novo agora e
em todos os dias que você quiser — minha resposta é ofegar de
prazer, ao ver ele trazer os dedos molhados que estavam em mim,
até a sua boca e os chupá-los. — Pode sentar na minha cara
quando quiser, eu amo seu gosto — sussurra malicioso e leva a
mão até minha calcinha, a arrancando com um puxão.
— Que bom que você é rico para comprar calcinhas novas
para mim — brinco e ele ri.
— Que bom, porque planejo acabar com várias — ele beija
meu sorriso. Nós gememos quando seu pau molhado se encontra
com a minha boceta encharcada.
Eu gemo sentindo meu gosto na sua boca.
Nicolas circula meu pescoço com a mão e se afasta para olhar
em meus olhos. Eu sinto quando ele se encaixa na minha entrada.
Minha boca e a dele se abrem quando começa a se enfiar
lentamente. Em seus olhos vejo prazer.
Mas também vejo pertencimento quando chega até o fundo e
geme, mordendo o lábio. Seu aperto aumenta em meu pescoço. Eu
sorrio, porque amo isso.
Ele.
Eu amo ele.
— Ahhh — grito quando estoca com força em mim, o barulho
molhado dos nossos sexos se tornando musica e mesmo embebida
de prazer, não fecho os olhos.
Não conseguiria nem se quisesse, Nicolas os prende nos seus,
enquanto começa a me tomar para si.
Então tudo silencia novamente.
Só existe ele e eu, e nossos corpos se unindo. Só existe nossa
conexão e nossa escolha de ficar juntos. Só existe seu aperto em
meu pescoço ficando mais forte a cada estocada.
Arranho suas costas, gemendo contra sua boca e seguro sua
bunda o puxando para mim. Começo a ondular meu quadril em
direção ao seu e o contato fica maior. O barulho das nossas
intimidades se batendo fica mais alto.
Os nossos gemidos ficam mais gostosos.
Minha barriga vira gelo quando Nicolas desce a boca em meu
mamilo.
São tantas sensações. Tantos estímulos.
Eles só aumentam quando Nick me beija. Quando ele me
abraça e nossos corpos suados se grudam.
Mordo seus lábios, escutando seu grunhido.
É tudo de mais... É tudo perfeito.
Seu abraço aperta e quase nos fundimos um no outro. Puta
merda, puta merda...
— Ahhhhh — ofego.
— Vem comigo, amor.
Gozo sentindo meus dedos dos pés contorcerem, com meu
clitóris sendo acariciado pela sua pélvis e seu pau tão fundo
metendo gostoso em mim. Gozo com sua boca na minha, e sua
mão acariciando cada parte do meu corpo.
Gozo ao sentir o jato quente de porra no meu íntimo, porque
Nicolas goza comigo.
E vai ser assim de agora em diante.
Nós dois.
Nós dois juntos, fazendo coisas juntos, vivendo juntos.
Vai ser uma vida perfeita, porque temos um ao outro.
Porque mesmo não sabendo, tomei a melhor decisão da minha
vida ao topar ir para aquele fim de semana em Vegas. Por ter
tomado todas e casado com um desconhecido.
Porque mesmo sabendo que foi maluquice, não me arrependo
de ter ficado com ele por todos esses meses.
Por ter decidido continuar casada com Nicolas. Por ter o
chantageado para continuar casado comigo.
No fundo eu sabia, desde o momento em que o vi pela
primeira vez naquele quarto de hotel, que aquele arrepio que me
percorreu não era normal. Que os olhos verdes me encarando eram
diferentes. Que tudo o que aconteceu mudaria minha vida.
No fundo eu sabia, por isso fiz minha escolha. Porque mesmo
quando sou impulsiva, é apenas o meu instinto me ajudando a
encontrar o caminho para ser feliz.
A encontrar o meu destino.
A encontrar o meu lar.
No fundo, a minha eu bêbada também sabia, foi por isso que
se casou com Nicolas, com o amor da minha vida.
E se nós reescrevermos as
estrelas?
Diga que você foi feita pra ser
minha.
Nada poderia nos manter
separados.
Você será aquela que eu deveria
encontrar.
Você que decide, e eu que
decido.
Ninguém pode dizer o que nós
podemos ser.
Então, por que não reescrevemos
as estrelas?
(Rewrite the stars - James
Arthur)
Paz.
Não sei o que essa palavra significa desde que Aurora entrou
na minha vida, mas não tem um dia em que eu me arrependa de a
ter ao meu lado.
Nenhum mísero segundo do meu dia.
Quando a vi deitada ao meu lado pela primeira vez naquela
cama em Las Vegas, com seus lindos olhos verdes de anjo me
encarando e com um sorriso de tirar o fôlego, eu soube que minha
vida nunca mais seria a mesma.
Foi como um estalo, obra do destino ou conexão.
Aurora é minha alma gêmea.
Só demorei mais do que deveria para perceber que já estava
casado com o amor da minha vida.
Sempre fui uma pessoa séria que nunca dava um passo fora
da linha e me orgulhava disso. Me orgulhava da minha vida
monótona e sem graça. Até Aurora.
Até ela chegar, arrombando a porta da minha vida e fazendo
morada no meu coração. E ela nunca mais saiu de lá. Graças a
Deus.
Aurora é a loucura que me faltava. A metade do meu coração
bate por ela.
Bate no peito dela.
Nunca pensei que faltava algo, até a encontrar e porra... foi tão
bom encontrar Aurora.
Foi tão bom ir a Vegas e me casar com ela. Foi ainda melhor
me casar com ela pela segunda vez.
Ela vestida de noiva? Quase infartei de tanta emoção. Ela
entrou com Léo, em um vestido colado até a cintura e rodado em
baixo.
Uma verdadeira princesa.
Nossa rotina? Mudou ao decorrer dos anos. Mas ainda
trabalhamos juntos, ainda tomamos café todos os dias juntos, ainda
fodemos igual a coelhos.
Mas nos mudamos. Temos uma casa, do jeito que Aurora
queria. Nós fizemos do jeito que nós queríamos.
Hunt adorou ter um quintal para brincar.
Agora Léo, Matt e Aurora são como irmãos.
Eles sempre dão um jeito de me enlouquecer, mas adivinha?
Eu nunca poderia ser mais feliz.
Minha mulher é a mulher mais linda do mundo.
Ela é a “mais” tudo para mim.
A mais engraçada.
A mais louca.
A mais safada.
A mais sexy.
A mais impulsiva.
A mais mandona.
A mais gostosa.
A mais perfeita... tudo com Aurora é em excesso.
Até os filhos.
Olho a bagunça ao meu redor e tento não ficar tonto.
Eu disse que Aurora é a mais bagunceira também? Não disse?
Então estou dizendo agora.
Minha esposa é ligada no duzentos e vinte e é um dos motivos
dos furacões terem nome de mulheres, mas nossos filhos? São mil
vezes piores.
— Papai, Luna escondeu o oto pá dos meus patins e se eu
não achar, a mamãe vai ficá bava comigo. — E eu? Eu não fico
bravo também, não? — me ajuda a pocurá, papai? — como que diz
não para essa miniatura de anjo com esses olhinhos verdes cheios
de água por medo de decepcionar a mamãe?
Como dizer não quando ela ainda está aprendendo a
pronunciar o R e todas as suas falas são a coisa mais fofa?
Ela me quebra toda vez que abre a boca.
— Claro, meu anjo — solto um suspiro, pegando Angel no
colo, tirando alguns de seus fios loiros e cacheados da testa. Ela
está muito fofa em um macacão verde e com uma blusinha branca.
— Onde está Luna? — pergunto, caminhando para o seu quarto e
chutando vários brinquedos espalhados pela sala.
Nunca mais soube o que era uma casa arrumada.
— Tá no cato com o Kili e não quer me dizer ondi tá meus
patins — choraminga no meu colo, apoiando a cabeça no meu
ombro e meu coração aperta, como sempre faz ao ver algum dos
amores da minha vida, triste.
— E por que ela esconderia seus patins, meu amor? —
pergunto desconfiado.
Se tem uma coisa que aprendi em todos esses anos vivendo
com Aurora, é que eles sempre estão apontando. Tanto a mãe,
quanto os filhos que são minicópias suas.
Três. Aurora me deu três filhos e não se engane, aquela
mulher quis me causar um infarto em uma só lapada. Trigêmeos.
Não veio um primeiro para nos preparar, vieram três de uma
vez para nos enlouquecer e eu não fiquei surpreso. Sabia que
quando Aurora entrou na minha vida, nada mais seria tão monótono
e chato.
Ela é meu pedacinho de loucura.
E me deu mais três pedacinhos para amar.
— Puquê eu comi o chocolate dela, papai — confessa toda
fofa e sorrio, negando com a cabeça. Sabia. Eles só aprontam uns
com os outros, quando um deles apronta primeiro. Abro a porta do
seu quarto e Hunt pula em minhas canelas, latindo e pedindo
carinho. Me abaixo para deixar um beijo na cabeça do meu
primogênito e ele começa a lamber Angel que solta uma risada
gostosa. — Pala Hunt, sua baba fede! — fala em meio aos risos e
me ergo, olhando para dentro do quarto.
O puro caos. Tem brinquedos, tinta, cobertas espalhadas.
Luna, a mais parecida com a sua mãe, olha para o teto
assobiando.
Prendo o riso da pequena dissimulada. Não parece que tem
apenas cinco anos, não parece mesmo, é tão esperta!
— Ouvi dizer que tem um duende dentro dessa casa. —
Comento descontraído.
Killian desvia os olhos da tela onde pinta alguma coisa e
escancara a boca.
Ele é o único menino no meio de duas meninas e adivinha? É
o mais calmo.
Tão calmo que na semana passada Hunt apareceu no meu
quarto todo pintado de azul, pois segundo meu filho, nosso cachorro
é tão bonito quanto o céu.
Não sabia se brigava ou se me encantava com as coisas que
saíam da sua boca.
Eu repreendi, é óbvio. Já Aurora? Ela amou a veia artística do
nosso pequeno.
— Tem? Onde, papai? — pergunta, olhando para os lados com
empolgação.
— Dentro desse quarto, eles costumam esconder as coisas
das pessoas, esconderam um dos patins da Angel, acreditam? —
Luna assovia mais alto e tenho que morder o interior da bochecha
para não gargalhar.
Ela é a mãe dela inteirinha.
E nem sei como aprendeu a assobiar, sai mais baba da sua
boca do que som.
— Mas, papai, foi a Luna, não um doente — Angel puxa minha
mão para me fazer olhar para ela e sua cabecinha tombada para o
lado é a coisa mais adorável. — A Luna, papai.
— Ela pegou meu chocolate pimero, papai — Luna se
defende, porque sabe que não pode mentir para o papai e para a
mamãe. — Ela nem pediu, papai. — Cruza os braços, fazendo bico.
— É “duende”, meu anjo, não “doente” — corrijo Angel, que
franze o cenho e concorda com a cabeça, andando até onde Killian
está para ver o que seu irmão está pintando depois que a solto no
chão.
Sento ao lado de Luna na sua cama, ela se levanta e se joga
no meu colo.
— Onde estão os patins da sua irmã, minha lua? — pergunto,
fazendo cafuné nos seus cachinhos cor de mel.
— Escondi, papai — responde toda travessa, com o rostinho
feliz. Bufo uma risada e deixo um beijo na sua testa.
— Angel te pediu desculpas por comer seu chocolate? —
pergunto, tentando ser mediador.
Ser pai é sempre um desafio. Ser pai de três? É quase
impossível.
As bochechas de Luna ficam vermelhas.
— Pediu, papai — murmura.
— Então se ela pediu desculpas, por que você aprontou com
ela? — é sempre difícil ensinar lições para crianças. Elas são
adoráveis e só quero fazer o que elas me pedem.
— Puquê... fui injusta, papai? — pergunta com o cenho
franzido, já sabendo o que eu ia dizer e beijo sua testa.
— Foi, meu amor, foi injusta. Deveria pedir para Angel dividir
algo dela com você, ou pedir para o papai e mamãe comprarem
outro. Vocês são irmãs, precisam aprender a dividir, ok? — ela
assente e sai do meu colo e do quarto, para procurar os patins de
Angel.
Angel percebe e não demora para ir atrás da irmã.
Me levanto, tendo feito meu trabalho e saio do quarto. Killian
nem nota, de tão concentrado no seu desenho que está.
Os pais de Aurora e os meus, perderam a chance de conhecer
elas. Quando perguntaram pela primeira vez sobre avós, Aurora
decidiu entrar em contato com os pais só para saber se gostariam
de conhecer as crianças, ela ainda tinha o número deles, mas
quando ela ligou, eles falaram que não queriam nenhum contato
com ela. Minha mulher não ficou triste por ela, mas ficou chateada
em contar para os filhos que eles só tinham papais e vários tios.
Caminho até o nosso quarto, meu e da minha Aurora e a
encontro jogada na cama, com os cabelos mais longos do que
quando a conheci, há dez anos, mas o mesmo sorriso encantador,
os mesmos olhos de anjo e a mesma boca afiada.
E a mesma mania de vestir minhas camisas.
Nossa, como ela fica gostosa nelas.
— Como você está, querida? — me jogo ao seu lado, e ela
não demora a vir para o meu colo, se encaixando em mim.
A mesma mania que minhas crianças têm.
— Com fome, o que você acha de a gente ir fazer um
hambúrguer? — minha resposta é negar com a cabeça e sorrir para
o seu sorriso.
— Dez anos sendo seu marido e nunca consegui fazer você
desapegar dessa sua alimentação horrível — ela gargalha.
— Isso é um sim, marido? — pergunta.
— Quando eu nego algo para você?
Dez anos e eu continuo fazendo tudo o possível para ver
Aurora sorrir pra mim.
Continuo apaixonado pelos sorrisos dela.
Continuo apaixonado por ela.
Amo Aurora com todo o meu ser.
Amo ela e nossas crianças.
Amo ela e nosso cachorro.
Amo ela e é isso.
Simplesmente amo ela.
— Então vamos, as crianças devem estar com fome. — Ela
aproveita e me rouba um beijo e ainda é como se fosse a primeira
vez.
Ainda me arrepia.
Ainda faz meu estômago gelar.
Ainda me faz sentir o homem mais amado do mundo.
— Vamos. — Assinto, a pegando no colo, escutando seu
gritinho.
— Como suas costas aguentam? Com a sua idade, a maioria
dos homens não conseguem nem subir o pau — ela gargalha,
quando fecho a cara.
— Eu não sou a maioria dos caras, amor, e você sabe disso —
aperto a sua bunda e seu sorriso se torna malicioso.
— É, eu sei. — Deita a cabeça em meu ombro e desconfio na
hora do seu tom.
— O que foi?
— Queria mais um neném — paro de andar e a espero olhar
para o meu rosto.
— Mais um? Três não são o suficiente? — Ergo a sobrancelha,
sentindo meu sorriso alargar no rosto.
— São, mas eu quero mais um, nem sei se você ainda
consegue fazer...
Calo sua boca com uma mordida no seu lábio inferior. Ela sorri.
— Hoje, quando as crianças forem dormir, vou fazer mais um
filho em você, amor, então quando ele nascer, vou fazer outro. E
você vai ver o quanto ainda sou eficiente com meu pau. — A beijo e
ela suspira contra meus lábios.
— Mal posso esperar.
Eu também mal podia esperar.
Principalmente quando nove meses depois, vieram gêmeos.
Primeiramente, quero dizer que estou muito feliz que você
chegou até aqui. Muito feliz mesmo. Não foi fácil, teve barreiras no
caminho e muitas inseguranças, mas graças a Deus, esse livro
chegou ao fim e chegou a você, leitor e leitora.
Então, primeiramente quero agradecer a Deus, pois ele me
guia ao caminho de realizar meus sonhos.
Segundo, quero agradecer minha mãe, que passou dias
incontáveis falando para todos ao redor “não atrapalhem ela, ela
está escrevendo e precisa de concentração.” Agradeço minha irmã,
que é minha fã número 1 e sempre diz que sou o top 1 dela.
Agradeço ao meu pai por ter me feito me dedicar a minha educação,
e agradeço ao meu namorado, que me apoia e passou dias
gastando sua energia com o ar-condicionado ligado para que eu
escrevesse sem sentir calor. Hahaha. Eu amo vocês, são minha
família.
Agora, agradeço as pessoas que estiveram comigo do começo
ao fim desse livro.
As minhas amadas e incríveis betas. Sem vocês esse livro não
sairia nunca, minhas inseguranças, meus medos, meus chiliques,
tudo isso teria me parado, mas vocês seguraram a minha mão e me
disseram que eu conseguiria, nossa, como vocês são especiais para
mim. Tan Wenjun, minha inspiração, Beatriz Matos, minha força,
Cristiene Januária, minha direção, Nana Domingos, meu apoio
incondicional. Vocês foram incríveis comigo, eu amo vocês do fundo
do meu coração.
Agradeço também a minha Cat e assessora incrível, Hanna
Câmara. Eu amo que você está ao meu lado desde o início e que
nunca me abandonou, amo saber que você está ao meu lado e que
faz tudo o que pode para meus lançamentos darem certo. Eu amo
você incondicionalmente, também. Obrigada por tudo.
Evelyn Fernandes, eu amo que somos tão conectadas que
estamos lançando livro no mesmo dia, hahahah. Obrigada por me
ajudar a evoluir na escrita, por me chamar para sprint, por ser minha
amiga e me apoiar, assim como eu sou sua amiga e apoio você.
Obrigada por sempre estar ao meu lado também. Você foi a primeira
pessoa desse meio literário que se tornou minha amiga. Agradeço a
você por isso e te amo muito.
Agradeço também a pessoa que faz esse livro se tornar algo
digno de ser lido e que não me julga por ser analfabeta
(brincadeira). Hahaha. Obrigada Raquel Moreno, minha revisora que
viu eu chegar de última hora, com um livro pela metade, faltando
menos de vinte dias para lançar. Foi sufoco, mas você ainda me
aceitou. Obrigada por todo o apoio e por todos os puxões de orelha
que você sabe, eu ainda vou continuar errando. Amo você.
E obrigada a minha capista e diagramadora, que está sempre
pronta para mim em cima da hora. Lilly, meu amor, você é uma
amiga incrível e nunca me deixa na mão, não sei o que seria de mim
sem você.
As minhas parceiras, obrigada por estarem me apoiando e
fazendo esse lançamento dar certo. Vocês são essenciais e sou
muito feliz por cada uma que escolheu caminhar ao meu lado nessa
jornada. Amo vocês.
Agora, a você leitor, obrigada por ler meu livro, mesmo que
você nunca chegue a ler esse agradecimento, pois nunca passa do
final do epílogo, mesmo assim, obrigada por me dar a oportunidade
de te mostrar a história de amor de Aurora e Nicolas.
Por favor, não esqueça de avaliar, isso ajuda muito e faz essa
história chegar a mais pessoas. Obrigada.
[1]
Série de seis livros distópicos de harém reverso.
[2]
Personagem da série: Como eu conheci a sua mãe.
[3]
Diabo
da Tasmânia.
[4]
Personagem da série: “Como eu conheci a sua mãe”
[5]
Protagonista masculino do livro: É assim que começa.