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Abóboras com rostos malvados, fantasias dignas de Oscar e outras

apenas de boas risadas. É o maldito halloween. O parque de diversões da


cidade está lotado de crianças à idosos. Parece que todos resolveram vir
comemorar por essa área e isso não me surpreende nenhum pouco. Que
outro local existe por aqui para se fazer isso?

A cidade é pequena, e como dizem: todo mundo, conhece, todo


mundo. Isso me irrita. Se você der a porra de um passo errado, já vira
motivo de fofocas entre todos. E não que eu me importe com o que falam
de mim por aí, apenas detesto mesmo. O quão curioso essas pessoas
conseguem ser? É o questionamento que eu me fazia quando cheguei aqui.

Diversas pessoas se aproximaram de mim, e eu nem mesmo entendia


o porque disso. Estava na cara de que era tudo muito estranho. Comidas de
graça, convites para festas, e, até mesmo se ofereceram para me ajudar com
a casa. Quando eu cheguei a entender não foi um tapa na cara, pois eu já
desconfiava. Os malditos queriam saber sobre a minha vida, e para ser mais
específica, eles queriam saber o motivo de eu, uma adolescente sozinha, ter
me mudado para cá.

Infelizes curiosos. Nunca lhes dei abertura para nada, e quando eu


falo nada, eu incluo a nem mesmo uma conversa que ultrapasse dez
palavras. Nunca aceitei nada além das comidas. Afinal, quem recusa uma
boa comida, ainda mais de graça? Aquelas travessas foram minhas
refeições por um bom tempo. Economizei muito dinheiro e até mesmo me
sinto um pouco agradecida a esses lunáticos.

— O que faremos primeiro? — Ouço Stevan perguntar, me fazendo


despertar e lhe encarar.

É notável a animação do moreno. Chega até a ser adorável. Ele está


fantasiado de coringa, e junto a ele está a loira insuportável fantasiada de
alerquina. Sua namorada. Alecia, ou melhor, a vadia que machuca o seu
coração e ele continua a perdoar. Meu amigo é um verdadeiro idiota por
essa cadela oxigenada.

Varro os arredores com os olhos querendo não me irritar com os meus


pensamentos. Sorrio quando miro as pequenas e diversas barracas de
comidas. — Estou faminta. Isso é suficiente para você saber o que eu
quero?

Ouço ele rir de minha resposta.— Sim! Vamos comer primeiro.

— Não, Stevan! — A exclamação repentina de Alexie, me faz arquear uma


sombrnacelha e lhe encarar. — Eu quero ir nos brinquedos. Não posso
fazer isso se estiver com a barriga cheia. Amor, você sabe que eu fico
enjoada, e se eu acabar vomitando tudo? Eu não quero ficar com minha
roupa suja e também...

Blá, blá, blá.

Vadia insuportável e tagarela.

Fala feito um papagaio e quando começa não termina tão cedo. Avisto a
boca da loira continuar a mexer. A mesma está dando diversas falsas razões
para nós não irmos comer agora. E eu sei exatanente o porque disso. Ela
não quer colocar esse tipinho de comida na boca. Ela é refinada, uma
riquinha idiota que só come comida feita pelas mãos de seus grandes chefes
de cozinha.

— Ela está mesmo fazendo isso? — Bonnie pergunta baixo, apenas para
ser ouvida por mim.

— Sim, ela está. — Reviro os olhos. — Estou indo comer, você vem
comigo? — Faço questão de falar alto suficiente para que o casal em
discussão, me escute.

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