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Tradução: Selene

Revisão Inicial: Grazi


Revisão Final: Hera
Leitura Final: Aurora
Formatação: Cibele
Disponibilização: Cibele
Grupo Rhealeza Traduções
Série Frisky Beavers #2
Ainsley booth + Sadie haller

Sinopse
Max:

A primeira vez que eu vi Violet Roberts, ela me fez uma proposta para uma noite.
A segunda vez, estava em uma sala de reuniões e cara, ela estava chateada.

Agora ela insiste que temos um “conflito de interesses”. Ela quer que “avancemos
como adultos”.

Mas eu não posso esquecer a nossa única noite, onde queimamos juntos -
quando o que eu queria e como eu queria não era um problema, porque ela
aceitou todas as minhas perversões, também.

Violet:

Max Donovan é um homem safado e pervertido. Deliciosamente. Mas o ex-astro


infantil da TV se tornou o renomado pediatra e melhor amigo do primeiro-
ministro que também é meu cliente.

Um de nós precisa ser responsável, e não vai ser ele.

Então, por que não posso esquecer o quão incrível era estar à sua mercê? E o que
eu vou fazer quando ele levar sua perseguição para o próximo nível?
DIAGNÓSTICO:

* Um caso sério de uma “ficada” de uma noite que deu errado (mas não
antes de dar muito certo).

PRESCRIÇÃO:

* Limites saudáveis e uma dose dupla de força de vontade.

* Se esse plano falhar, o segundo curso de tratamento seria um contrato


hermético e uma história de capa sólida.

NOTA FINAL:

* Médicos e advogados reais


provavelmente estarão consternados
com as infrações profissionais dentro
deste (felizmente ficcional) romance
erótico. Recomendamos que comece
com o primeiro-ministro, o primeiro
livro da série Frisky Beavers. Quando
terminarem o livro de Gavin e Ellie,
estarão tão apaixonados com Max
que perdoarão suas transgressões na
perseguição de seu pervertido final
feliz.
Prefácio

Este livro é uma obra de ficção hot, ficção erótica, um conjunto de


cenários que podem parecer familiares. Nós prometemos que Max Donovan e
Violet Roberts são fatos da nossa imaginação e quaisquer semelhanças com
pessoas reais são inteiramente coincidência.

Para fins de manter esta história focada em seu romance,


simplificamos algumas das realidades complexas de ambas as profissões
médicas e legais, da mesma maneira que nós simplificamos a realidade
política do primeiro-ministro, e melhor amigo de Max, Gavin. Em vez de
resumos legais e faturamento de seguro médico, você recebe chicotes e
orgasmos. Nós percebemos que foi uma troca justa.
Capítulo 1
Violet
Julho
Três meses atrás

M eus saltos clicam no chão de pedra polida do hotel Chateau Laurier

enquanto atravesso o lobby e vou para o saguão. Eu me arrumei no escritório,


trocando minha calça por uma saia curta e adicionando joias suficientes para
deixar minha blusa e blazer de advogada para... algo mais requintado.

Estou celebrando esta noite, e isso não tem nada a ver com o fato de eu
ter faturado o maior número de horas para um primeiro ou segundo ano de
associada no mês passado, ou que eu assinei contrato com dois novos clientes
para a firma hoje.

Não, a celebração desta noite é pessoal, e é por isso que estou


comemorando sozinha.

Meu divórcio foi finalizado esta tarde.

Estou oficialmente solteira novamente, embora estivesse separada há


mais de um ano, e sozinha por muito mais tempo do que isso.

Então hoje à noite eu vou beber um Martini ou três no hotel mais


extravagante da cidade para comemorar a liberdade.
Eu pensei em ir para o clube BDSM que visitei algumas vezes, mas as
pessoas me conhecem lá. Talvez não pelo meu nome completo, mas eles sabem
que eu sou uma novata nisso. Sabem que preciso de proteção.

Esta noite, eu quero ser vista como confiante, sexy, anônima e forte.
Desejada.

E não demorou muito para eu incorporar esta outra pessoa. Eu não. Não é
exatamente o papel que eu fazia em clubes, também. Era uma nova pessoa. Seu
nome pode ser Violet, também. Vou compartilhar isso com ela.

Mas essa outra mulher tem uma confiança que nunca me permiti. Eu
sempre tive muito medo de ser... demais. Muito sexy, muito insistente - e aham,
isso é uma piada hilariante, dado o que eu aprendi sobre minhas preferências no
ano passado. A última coisa que quero é ser muito agressiva. Ao contrário, eu
quero ser forçada aos meus limites.

Eu tinha acabado de pedir meu drinque, um martini de vodca com limão,


quando a energia no ambiente muda. Ninguém mais percebe, mas eu sinto isso
em meus ossos. Do canto do olho, vejo um terno escuro. Um homem. Alto e
dominante.

Me obrigo a esperar um minuto antes de girar para dar-lhe uma avaliação


mais óbvia. Eu não quero ficar desapontada. Está certo. Esta Violet possui o
direito de avaliar e rejeitar. Julgar e medir, e encontrar um homem que lhe
agrade.

Eu poderia me decepcionar com ele. Tomo um gole da minha bebida. Boa


e forte, deslizando sobre a minha língua. Citrus brilhante com um duro golpe de
calor no fundo da minha garganta. Eu deixo o doce calor de saber que sou boa o
suficiente me atingir.

Mas eu não estou realmente o ignorando. Eu não me engano com essa


pretensão - minha atenção ainda está colada nele.
E quando eu me viro para o lado e cruzo minhas pernas, sinto seu olhar se
mover sobre mim. Seus olhos se assentam em meu rosto e eu sorrio, lento e
contente comigo mesma.

Satisfeita com ele.

Ele não decepciona.

Ele ergue uma sobrancelha. Uma pergunta não formulada.

Sim, por favor, eu digo com um leve aceno de cabeça.

Tomando outro gole da minha bebida, eu o vejo passear pelo local para
me acompanhar no bar.

—Você está esperando alguém? —Sua voz é profunda e suave. Ela


combina com ele.

Ele é bonito de uma maneira quase impossível. O rosto marcado, os olhos


quentes, um nariz que pode ter sido quebrado uma vez, mas isso foi bom para
ele. Seus lábios são suaves, sua mandíbula dura. Ele é um homem grande, em sua
altura e em seus ombros, mas o resto dele parece feito para a velocidade. Um
lutador que poderia gingar nos pés. Um velocista que poderia perseguir o vento.

Eu dou-lhe um sorriso suave, sensual que parece surpreendentemente


natural. —Posso estar esperando por você.

—Eu sou Max.

Eu estendo minha mão. —Muito prazer em conhecê-lo, Max.

Ele me dá uma avaliação de cima a baixo, que em qualquer outra noite eu


teria achado super assustadora. Ou, pelo menos, de qualquer outro homem. Mas
ele tem esse olhar sobre ele - uma familiaridade e uma bondade, talvez. Só que o
jeito que ele está me olhando não é gentil.
É sexy e safado.

—E você é...? —Ele dá a minha mão um aperto enquanto a solta, seu


polegar arrastando para baixo em meu dedo indicador.

Aperto minhas coxas uma na outra. Eu quero sentir esse arrastar elétrico
direto entre minhas pernas. Na minha bunda. Através dos meus mamilos. —
Quem você quiser que eu seja.

Eu coro com o quanto estou sendo ousada, mas caraca, Max é um


presente. Ele é exatamente meu tipo. Tranquilamente entre os trinta anos, ele é
alto e forte e tem um toque de grisalho em suas têmporas que faz meu ventre
tremer.

Suas pálpebras caem um pouco enquanto puxa o lábio inferior entre os


dentes. Pensando muito sobre o que ele quer que eu seja.

Tem sido muito mais do que dezessete meses desde que eu fiz um cara ter
qualquer pensamento de como ele queria me foder.

Estrela de Ouro para Max, e nós nem sequer tivemos as apresentações


adequadas.

—Eu acho que eu gostaria muito que você fosse minha hoje à noite. Toda
a noite, se estiver tudo bem?

—A noite toda?

—Você precisa checar com alguém?

E ele vem com a coisa de segurança. Dou-lhe um rápido sorriso. —Se você
não se importa.

—De modo nenhum. Eu conheço as regras. —Esse olhar lento e sexy


ardente rouba minha respiração enquanto eu me atrapalho com o meu telefone
na minha bolsa. Ele faz o mesmo - sem se atrapalhar - e depois de uma mensagem
rápida, verifico que ele aciona o interruptor da campainha no lado e desliga de
novo.

Tiro uma foto rápida dele, e depois mando-a para o meu vizinho,
Matthew, que é um policial. Ele está com seu namorado esta noite, então eu não
espero que ele responda imediatamente, mas ele o faz.

V: Encontrei um amigo para a noite.

M: Onde você está?

V: Chateau Laurier.

M: Mande uma mensagem para mim novamente se você for para

outro lugar.

V: Sim, pai.

M: Seu pai nunca colocou preservativos extras em sua bolsa antes de

ir trabalhar. Divirta-se!

Eu coro e faço uma verificação rápida enquanto guardo meu telefone.


Com certeza, há duas tiras de preservativos ao lado da minha nota de emergência
de cinquenta dólares.

—Você tem um quarto aqui? —Pergunto. Se não tiver, arranjaremos um.


Eu verifiquei antes de vir para ter certeza de que havia alguns disponíveis. Eu não
tenho nenhum plano de me envolver com um estranho aleatório, não importa
quão bom ele pareça ou quão pervertido ele seja.

Ele me dá um sorriso lento e sexy. —Eu tenho.

—Mostre o caminho.
Ele me guia pelo lobby do hotel, sua mão firme nas minhas costas.

Eu dou a ele um olhar de lado enquanto esperamos um elevador chegar


ao piso térreo e sorrio. —Só por uma noite?

—Sim. —Ele abaixa a voz no mesmo momento em que os dedos de sua


mão mais próxima ao meu braço roça minha pele. —Eu não posso esperar para
provar você.

Meus lábios se separam e meus olhos se arregalam, e essa é toda a


resposta que ele receberá de mim, porque as portas na nossa frente se abrem e
as pessoas saem. Seus dedos continuam sua busca preguiçosa pelo meu braço.
Subindo e descendo. Subindo e descendo.

Eu respiro e inspiro, consciente dos meus seios subindo e descendo sob


seu olhar. Entramos no elevador, sozinhos agora e quando as portas se fecham,
ele suavemente desliza seu braço ao redor da minha cintura, então abaixa, sua
mão uma marca quente e pesada contra meu quadril.

Logo nós paramos em um andar, e duas pessoas entram no elevador


conosco. Eles estão falando calmamente um com o outro, e eles voltam as costas
para nós.

Max vira para o lado, apoiando seu ombro contra a parede traseira
enquanto se curva sobre mim. Eu levanto meu rosto para ele, querendo que meu
coração parasse de martelar.

Seja legal, Violet.

Mais fácil dizer do que fazer quando o meu acompanhante de uma noite
está deslizando a mão sob a minha saia, a bainha curva e sua sombra fornecendo
apenas cobertura suficiente enquanto as pontas dos dedos acariciam a pele nua
no topo da minha coxa.
Meu fôlego trava em minha garganta enquanto seu olhar escurece e sua
mão procura mais.

Ele não faria isso.

Oh.

Ele totalmente faria.

Eu suspiro em voz alta, então mordo meu lábio. O elevador para


novamente, ainda não no nosso andar e recebemos um olhar estranho enquanto
as pessoas saem.

—Você é terrível. —Eu digo, minhas palavras trêmulas, mas provocantes


quando Max leva os dedos à boca.

Ele apenas dá de ombros, cada centímetro de um bad boy arrogante. —


Mas eu queria sentir seu gosto.

Eu não consigo respirar enquanto o vejo lambendo os dedos.

—Incrível. —Ele murmura quando finalmente chegamos ao seu andar.

Bad boy arrogante porquê venceu.

Totalmente sem palavras, eu o sigo pelo corredor, cada passo me


aproximando cada vez mais de tudo o que vem a seguir.

Ele abre suavemente o quarto do hotel e entra, segurando a porta para


mim. Ele me observa enquanto entro - ele realmente me observa - e uma onda de
calor atravessa meu corpo.

O que quer que venha a seguir, eu estou totalmente dentro.


Capítulo 2
Max

Por mais de uma década, eu tenho um acordo com uma Madam1 com
sede em Vancouver, que sempre me mandou mulheres que poderiam suportar
meus fetiches. Mas desta vez ela se superou. Aqueles lábios... Das inúmeras
mulheres que ela forneceu ao longo dos anos, esta é a primeira que eu tenho
certeza que vou quebrar minhas próprias regras. Porque eu quero um gosto de
sua boca ainda mais do que a quero de joelhos.

Levo um momento para estudá-la. Por quê? Eu não faço ideia. E na


verdade, eu não quero saber. Isso provavelmente exigiria uma viagem
desconfortável em minha mente, para a qual não tenho nem tempo, nem
inclinação.

Enrolando meus dedos em seu cabelo, puxo sua cabeça para trás um
pouco. Seus olhos azul-safira brilham enquanto ela me dá um amplo sorriso. Eu
aumento meu aperto, testando sua reação. Ela não está jogando nada para o meu
benefício, eu não sei. Ela me lembra as subs novas no clube - ansiosas e sem
fôlego. Não é o que eu estava esperando para esta noite, mas se é isso que ela
quer jogar, eu estou dentro. Sua respiração trava enquanto meus lábios pairam
sobre os dela.

—Quando foi a última vez que alguém puxou seus cabelos da maneira que
você gosta?

Seu peito sobe e desce entre nós. —Talvez ninguém o tenha feito.

Um limite total, mas funciona. —É isso que você quer de mim?

—Sim.

1 Mulher que administra prostibulo.


—O que mais você quer? —Eu não sei por que eu pergunto. Eu sou o
cliente. O que importa é o que eu quero. Mas agora, tudo o que posso pensar é
explorar seus limites.

Seus olhos se arregalam quando ela percebe que estou falando sério. Sim,
provavelmente não era o que ela esperava, também.

Eu sorrio. —Vamos começar com o básico. Sua palavra de segurança é...

—Vermelho. —Ela me interrompe, e eu dou-lhe um olhar severo.

—Essa não era uma pergunta, linda.

Ela franze o cenho para mim. —Oh.

Isso é adorável. —Punição não é o que eu quero esta noite, mas se fosse,
eu diria que você ganhou dez palmadas por isso.

Suas sobrancelhas sobem. —Oh! —Ela lambe os lábios dela. —Certo, ok...
Bem...

O papel de gatinha do sexo nervosa, ansiosa está totalmente funcionando


comigo. Eu dou um passo para trás e cruzo os braços, igualmente divertido e
excitado. —Sim?

—Devemos discutir limites.

—Claro. —Eu tenho uma preferência - submissa, flexível, que goste de


brinquedos, e pervertível quando eu não tiver. Aberta a limites e humilhação
suave, porque a última coisa que eu quero fazer é tropeçar em um limite rígido
quando minha boca suja começa a funcionar. Então, normalmente ignoramos o
protocolo de negociação, mas acho que vamos sair do roteiro esta noite. —
Ambos usaremos o vermelho como palavra de segurança. Amarelo para cautela,
ou um tempo limite para que possamos discutir algo.

—Isso é... bom. —Ela torce as mãos juntas, depois ergue seus ombros.
Não deixei de perceber que ela está nervosa, e volto a rever meus planos
para a noite. Isso não faz nada para acalmar meu pau, no entanto. Ela só quer
sexo rude? Por mim tudo bem. —Então, quais são seus limites?

—Para uma primeira noite?

Certo. Eu encolho os ombros e espero que ela continue.

—Nenhuma jogada de impacto. —Ela sorri. —Mas eu gostei da ameaça de


punição, conversa suja como essa é ótima, é claro.

Eu concordo. Pelo menos ela se lembra disso.

—Você pode ser rude.

—Quão rude?

Eu a vejo de quatro, minhas mãos apertando seu traseiro tão forte que
fica branco. Eu deixaria uma marca se eu fizesse isso.

Porra, eu quero ver um hematoma em sua bunda. Quero que ela se


lembre de mim toda vez que ela mover um músculo amanhã.

—Bastante rude. Segure-me... pegue o que quiser.

—Eu planejo.

Ela cora. —Excelente.

—Algo mais?

—Provavelmente estou esquecendo algumas coisas.

Talvez ela seja nova. Eu incito-a a ter certeza. —Eu gosto de estar no
comando. Eu quero sua submissão.

Ela assente com a cabeça. —OK.


—Você não precisa me chamar de senhor. Se eu chamá-la de puta, eu
prometo que é um elogio. Eu quero sua buceta molhada e implorando pelo meu
pau em todos os momentos. Algo não funciona para você, eu quero saber. Mas
enquanto você estiver disposta, eu quero forçar seus limites.

Seus olhos se arregalam. —Sim.

—Sem palmadas, mas e se você conseguir um hematoma por ser mantida


pressionada?

—Tudo bem. —Ela engole. —Talvez não ao redor do meu pescoço.

—Claro que não. —Eu hesito, porque isso está no meu arquivo, mas ela
está nervosa e não vai machucá-la se eu reforçar os pontos positivos sobre mim.
Ela está prestes a conhecer o lado cretino da minha personalidade. —Sou médico,
prometo que está a salvo.

—Eu acredito em você. —Ela diz suavemente, e meu pau lateja.

Basta de conversar. —Tire a roupa... Lentamente.

Eu me viro, observando-a no espelho enquanto cruzo o quarto. —Dobre


cada peça de roupa ordenadamente e coloque-as sobre a cômoda. —Eu digo a ela
quando ela está prestes a jogar o casaco na cadeira perto da porta. Sua reação
assustada me faz sorrir. Geralmente, elas são tão astutas que parecem quase
apáticas ou cansadas.

Do outro lado do quarto, há uma poltrona e um divã. Eu movo o divã até


que esteja exatamente onde eu o quero e cubro-o com meu paletó. No momento
em que me sento para assistir ao resto do show, sua blusa está meia aberta e eu
tenho um vislumbre do topo de seus seios.

Meu pau está duro e impaciente, mas eu não vou ser apressado.
Depois de soltar o botão final, ela tira os ombros da seda e a deixa deslizar
pelos braços até que esteja pendurada no dedo indicador. É um movimento
suave, e estou mais do que um pouco impressionado.

Nude não é o que eu normalmente chamaria de uma cor sexy para um


sutiã, mas a forma como o tecido insinua seus mamilos escuros - me provocando -
eu não me importo mais sobre a cor.

Cruzando seu braço direito sobre seu busto desaparecendo atrás dela.
Enquanto seu braço trabalha, seu ombro curva-se, criando uma sombra abaixo de
sua clavícula que é de dar água na boca. Então a tira cai solta, revelando o par
mais perfeito de seios que eu coloquei os olhos recentemente. Cheio e redondo,
coberto com mamilos que estou morrendo de vontade de morder.

A mulher está me matando. O que diabos eu estava pensando com este


negócio de ir lentamente? Ah sim, eu tenho a noite toda. E eu tenho, mas a coisa
é, eu quero passar a noite toda com meu pau dentro de seu corpo, e isso está
demorando demais.

Ela alcança atrás dela novamente, e no silêncio, eu a ouço abaixar o zíper,


e depois vejo a saia cair ao chão, deixando-a nua, exceto pelo pedaço de renda
que mal a cobre.

Com um sorrisinho sexy, ela sai da saia, vira de costas para mim, e se
curva, dando-me uma vista espetacular de sua bunda deliciosa.

Meu pau tenciona contra o meu zíper com renovado entusiasmo,


enquanto eu contemplo todas as formas que eu gostaria de poder marcar essa
bunda, mas não posso porque deixei todos os meus brinquedos em casa em
Vancouver. E depois há o pequeno detalhe de seu limite sem impacto para a
noite, mas minhas fantasias podem ser o que eu quiser que elas sejam.

Depois que ela coloca a saia dobrada na cômoda, ela olha por cima do
ombro para mim e pisca. Piscadinhas! Moça picante. Ela desliza seus polegares
sob a cintura de sua calcinha, e com um pouco de movimento, a desce pelos seus
quadris. Seu corpo se dobra ao deslizar a calcinha para o chão. Eu perco a noção
do que ela está fazendo por um momento, porque eu acabei de ser distraído por
seus lábios brilhantes espiando entre suas coxas.

Nua, ela se vira para mim. Minha boca enche de água e eu não quero mais
essa coisa de ir lentamente.

—Ajoelhe-se aqui. —Digo enquanto aponto para o divã. Ela vem e fica de
joelhos na minha frente. —Abra mais suas pernas e incline-se para trás em suas
mãos.

Sua nova posição foca minha atenção em todas as suas partes mais
saborosas. As que eu vou chupar, morder, provocar e torturar.

—Adorável. Agora, não se mova. —Inclinando-me para frente, eu deslizo


meu dedo através de sua umidade e os levo ao seu clitóris. Ela geme, mas
consegue permanecer quieta.

Eu passo de volta através de suas dobras escorregadias e empurro a ponta


do meu dedo dentro dela - apenas o suficiente para provocar enquanto meu
polegar trabalha sobre seu clitóris em círculos preguiçosos. Seus gemidos tornam-
se mais altos, e minha frequência cardíaca acelera. Sim, é isso que eu queria. Isso
me atinge mostrando que eu estou no controle e ela está sendo levada ao limite.
Mas eu não estou pronto para ela gozar ainda. Deslizo minha mão de entre suas
pernas e abro minha calça, liberando meu pau duro. Um momento de inspiração
bate. Eu belisco seus mamilos e a puxo para frente.

Ela é rápida em ver para onde isso está indo, e logo suas mãos estão
descansando em ambos os lados das minhas pernas. Eu solto seus mamilos e
deslizo uma mão em sua nuca, guiando-a para baixo enquanto a outra mão
aperta a base do meu pau, segurando-o.

—Foda-me com sua boca, linda.


Através de seus lábios entreabertos, sua língua sai para lamber a gota de
pré-semen. Sem ânimo para algo gentil, aumento a pressão para baixo em seu
pescoço. —Bata na minha coxa com sua mão se você precisar da palavra de
segurança porque “vermelho” não vai sair com meu pau em sua garganta.
Compreendeu?

Ela acena com a cabeça vigorosamente. —Sim.

—Nesse caso, abra largamente, língua para fora. —Enrolando meus dedos
em seu cabelo, eu a empurro para baixo em minha ereção.

O desejo de tocar fundo em sua garganta é forte, mas eu resisto. Em vez


disso, eu paro antes de alcançar sua garganta e a puxo para cima até somente a
cabeça ainda estar em sua boca. —Enrole sua língua em torno dele.

Eu aproveito duas lambidas antes de empurrá-la para baixo em meu eixo.


Desta vez eu toco o fundo de sua garganta e ela engole contra. Deus, eu adoro
esse sentimento, apertada, quente e molhada. Como se eu fosse enorme, e ela só
estivesse testando. É uma sensação inebriante, poderosa e eu não posso ter o
suficiente. Eu a puxo para cima um pouco e a empurro um pouco mais profundo.
Ela engole de novo, e desta vez, em vez de puxar para trás, mantenho a cabeça
imóvel enquanto eu bombeio meus quadris.

Ela me leva duas vezes antes de sua garganta regurgitar. Eu puxo-a de


mim e procuro seu rosto. Seus olhos estão marejados, e eu observo sua garganta
se movimentar para cima e para baixo enquanto ela luta contra seu reflexo de
vômito. Estou preocupado e excitado. Eu não consigo me lembrar da última vez
em que eu tive alguém que não podia ter tudo de mim.

—Você está bem? Eu te disse para bater na minha coxa se você tivesse um
problema.

—Não. —Ela diz lentamente, como se ela estivesse escolhendo suas


palavras com cuidado. —Você me disse para dar uma tapa na sua coxa se eu
precisasse da palavra de segurança. Estou bem.
Lutadora. Eu gosto disso. Mais do que deveria. Mas porra, aqueles olhos
lacrimosos.

Eu a guio de volta para o meu pau e ela me leva profundamente. Desta vez
ela está mais tensa, antecipando a mordaça, mas seus quadris estão pulsando
quase imperceptivelmente, também. Ela quer.

Com um gemido, eu seguro a cabeça dela e fodo sua boca. Não muito
profundo, nem todo o caminho. Mas eu a empurro o suficiente para nos dar a
emoção daquele limite de pânico.

Desta vez, quando ela engasga, eu recuo e verifico seu rosto para me
certificar de que ela está comigo. Eu toco meus dedos na lágrima rolando em seu
rosto, satisfeito além da medida. —Isso foi excelente.

—Novamente? —Ela pergunta, seus olhos esperançosos, e eu a deixo


tentar mais uma vez.

Seria glorioso treiná-la, acho que de forma aleatória, mas isso não vai
acontecer. Faz meu pau feliz, no entanto, e ele sacode contra a parte de trás de
sua boca. Ela tosse, e eu lamentavelmente acabo com essa diversão.

Este é o seu limite, porém, e a noite ainda é uma criança.

Eu aperto seus mamilos e a empurro de volta para uma posição vertical


ajoelhada. Erguendo-me da poltrona, retiro minha camisa e me movo atrás dela.
Eu suavemente empurro sua parte superior das costas e sussurro em seu ouvido.

—Fique de quatro, como você estava. —Enquanto ela ajusta sua posição,
eu termino de despir-me e coloco um preservativo. —Quero as pernas abertas
até as bordas do divã, linda. Preciso de espaço para trabalhar.

Ela geme, fazendo meu pau torcer e doer. Eu já me segurei demais.


Agarrando seus quadris, eu a tomo em um longo e duro impulso. Ela é mais
resistente do que eu esperava, mas eu não me detenho nisso. Agora, a minha
única preocupação é o meu orgasmo. Temos toda a noite, e será mais fácil para
eu me concentrar em seu prazer quando não estou preocupado com excitação
sexual prolongada.

Eu deslizo um braço ao redor de sua barriga e alcanço seu clitóris. Eu não


sou inteiramente egoísta.

Empurrando o nódulo pequeno sob o cume da minha palma, eu enfio meu


dedo do meio e anelar em sua vagina, enchendo-a ainda mais, e os giro em
direção ao seu Ponto-G. Ela ofega, e eu não tenho certeza do que ela gosta mais,
a intrusão ou a estimulação. Eu impiedosamente dou-lhe mais de ambos.

Minha outra mão desliza até seu peito onde eu aperto seu mamilo duro.
Eu beijo e lambo um ponto carnudo entre suas omoplatas antes de afundar meus
dentes. Ela se encolhe ligeiramente, mas geme novamente e eu sorrio.

Eu recuo meus quadris e avanço, uma e outra vez, bombeando forte e


rápido. Apesar dos meus planos egoístas para ter o meu próprio prazer, eu seguro
o meu orgasmo até que esta doce surpresa de mulher tenha tido dois orgasmos
pelo menos. Deus, eu adoro quando elas gritam.

Com um último impulso, eu me seguro contra sua pele macia enquanto


meu pau pulsa profundamente dentro de seu corpo.

Paranoia assume e eu cuidadosamente saio dela. —De costas na cama,


pernas abertas e brinque com você até eu voltar. —Eu me retiro para o banheiro
para cuidar do preservativo e me limpar com um pano quente e molhado. Sem
riscos. Sempre.

O chuveiro me dá uma ideia e tenho uma ligeira mudança de planos. Eu


estou a ponto de chamar a deusa no quarto para juntar-se a mim quando me
ocorreu que ela não me disse seu nome. Porra. Chamá-la de “linda” não parece
adequado de alguma forma. É o meu elogio padrão - também torna mais fácil
manter tudo no lugar - e se aplica a ela de sobra, mas eu não quero ser tão
anônimo assim.
Quando eu relembrar mais tarde com a memória de sua boca engolindo
meu pau, eu quero saber o nome dela. Eu quero murmurar, junto com todas as
instruções imundas que eu não falei esta noite. Pegue. Foda sobre ele. Safada,
engole meu pau, sua puta.

Ligo o chuveiro e ajusto a temperatura, em seguida, caminho de volta para


o quarto para encontrá-la na cama acariciando-se. Sua cabeça se inclina para o
lado, mas ela está me observando. Sempre atenta às necessidades do cliente.

Mas ela está agindo. Seus dedos estão esfregando febrilmente o suficiente
para eu saber que isso é real para ela. Droga, isso é quente. Ela é gostosa. E a
visão de sua mão entre as pernas aumenta significativamente a temperatura no
quarto. Tudo que eu posso pensar é em ter minha mão lá também, tirar a dela e
senti-la gozar em meus dedos.

Eu aceno. —Me siga.

Ela se levanta e segue atrás de mim de volta para o banheiro. —No


chuveiro, mãos na parede e pés afastados. —Eu me junto a ela e pego o
chuveirinho da base e o ajusto até que haja apenas três jatos pequenos e
poderosos atirando do centro. Sim, isso vai funcionar maravilhosamente.

—Você pode fazer todo o barulho que você quiser, contanto que esteja
preparada para atender à porta para explicá-lo. Caso contrário, não se mova.

Envolvo meu braço em torno de sua barriga e a seguro firmemente contra


mim enquanto eu seguro o chuveiro apenas alguns centímetros de seu corpo e
aponto o spray em um ligeiro ângulo no ponto certo entre suas pernas. Não
demora muito para ela miar como uma gatinha. Meu pau se anima com o som,
ficando mais duro contra ela. À medida que seu orgasmo se aproxima, seus
miados se transformam em gemidos frenéticos, e eu silenciosamente bato na
minha cabeça por falta de previsão. Um pênis pronto com a camisinha e eu
poderia estar enterrado dentro dela enquanto ela desmoronasse.
Eu me consolo com o feliz pensamento de que haverá uma próxima vez.
Pelo andar da carruagem, muito em breve.

O longo gemido torturado é quase tão bom quanto um grito. Claramente,


ela acha que honestamente eu faria com que ela fosse até a porta para se
explicar.

Quando tenho certeza de que seu orgasmo está bem e verdadeiramente


terminado, eu solto sua barriga e pego sua mão, guiando-a para onde estou
segurando o chuveiro. —Agarre-o, e o que quer que você faça, não perca meu
alvo. Eu volto já.

Eu saio do chuveiro, vou até a cabeceira da cama, e pego uma tira de


preservativos. Meu pau está totalmente embalado e pronto para a ação quando
eu volto para ela. O fato de que ela está realmente lutando me diz que ela não
moveu um músculo. E sua obediência me agrada poderosamente.

—Muito bom, linda. —Merda, essa palavra carinhosa só não soou direito
para mim. Eu guardo esse pensamento e o deixo para mais tarde. Tenho planos.
Eu tomo o chuveiro dela. —Mãos na parede de novo, mesmo negócio de antes -
todo o ruído que você quiser fazer, faça, mas não se mova.

Eu dobro minhas pernas, posicionando meu pau em sua entrada, então


empurro para dentro dela, enchendo-a em um novo ângulo. De sua respiração
trêmula e do jeito que suas coxas tremem contra a minha, eu sei que ela já está
prestes a gozar e eu fico imóvel com meu pau o mais fundo possível. Eu quero
que ela me encha com seus orgasmos - se isso for possível.

Sua agitação fica maior. Eu sei que ela quer que eu me mova, para tocá-la,
mas eu quero que ela goze. E o que eu quero, acontece. O tempo se estende
enquanto sua vagina me aperta, mais e mais quente. Porra do inferno. É preciso
toda minha força de vontade para não bombear nela como um animal. Então,
com um gemido longo, ela goza em torno de mim e faz valer a pena ter esperado.
E ela não desiste nem implora. Não, vou ser capaz de obriga-la a fazer isso de
novo e de novo.

Seu próximo orgasmo é rápido e forte, mais um pulsante, e parece tão


bom, mas não é o que eu preciso de sua buceta. Não se eu vou preenchê-la com
meu gozo.

Essa imagem ajuda. Porra, eu quero pintá-la também. Puxar para fora e
gozar sobre suas costas, em seguida, esfregar os meus dedos nisso, descê-los para
baixo para o seu traseiro e...

Eu me paro, sentindo o quão perto eu estou. Eu poderia gozar sem


qualquer outro estímulo além do pensamento de sua buceta rosada apertando
contra o meu pau, protestando contra a inevitável invasão.

Em vez disso, eu largo o chuveiro e concentro-me em seu próximo


orgasmo. Eu gosto de uma foda bem planejada. E esta vai acabar com sua buceta.
Eu vou torturá-la até que cada músculo entre suas pernas vibre.

Ou apenas goze realmente forte.

A água lavou muito de sua lubrificação natural, então eu começo de novo


e indo devagar, acariciando o interior de suas coxas, em seguida, os lábios
externos de sua vagina. Todo o tempo eu estou falando com ela, fazendo sua
cabeça nadar com imagens de como eu quero corrompê-la.

—Você gostou quando eu fodi sua garganta, não é?

Ela assente com a cabeça, impotente e lambo a curva de sua orelha.

—Se você me fizer gozar, eu vou devolver o favor. Você pode montar na
minha cara.

—Oh meu Deus. —Ela geme. —Você vai me matar.


—Um de nós vai sair com segurança antes de atingirmos esse ponto,
tenho certeza.

—Por favor, não. —Ela morde o lábio e geme profundamente em sua


garganta. Meus dedos estão dentro dos lábios de sua buceta agora, acariciando as
terminações nervosas lá, mas sem tocar seu clitóris. Esse é o meu novo plano.
Esperar até que ela esteja agitada e dolorida por isso, antes de eu começar a
circular esse broto duro que faz a minha boca encher d´água.

Isso não é apenas conversa suja. Uma vez que ela gozar, eu vou engolir
cada gota de sua excitação. Lambê-la e levá-la para a cama onde eu vou deixá-la
suja novamente.

Ela está ficando lisa ao meu redor novamente, e meu pau se desloca
dentro dela. Eu a toco mais abaixo, sentindo onde ela está estendida ao meu
redor. Eu puxo essa umidade escorregadia para cima e rastreio mais e mais perto
de onde eu sei que ela vai subir como um foguete se eu apenas tocá-la.

Então eu não toco.

Dentro, ela está começando a apertar esporadicamente. Um orgasmo que


quase começa, então desaparece quando eu me recuso a empurrá-la sobre esse
limite.

Cada vez, é um pouco mais forte.

Eu pressiono mais forte nela, não querendo escorregar nem um


centímetro. Quando eu olho para a junta do meu dedo em seu clitóris, ela
estremece por toda parte, e minhas bolas apertam quase dolorosamente. Sim,
sim, merda, sim.

Para baixo e ao redor, deslizo em seu calor escorregadiço, e mais contato


esta vez. Um suspiro. Quase um grito.
Eu não me importo se a polícia bater na porta, eu a quero gritando. Mais
rápido, eu rolo meus dedos, e agora eu estou acariciando seu clitóris a cada vez.
Seu clímax começa e eu continuo indo, segurando-a firme com um braço
enquanto o meu outro lado continua esfregando exatamente no mesmo padrão,
sem parar, sem parar, sem parar. Seu orgasmo acelera, fica mais forte e ela
arqueia as costas, a cabeça inclinada, a boca aberta em um gemido sem palavras.

E então eu gozo. A melhor coisa do mundo, um onda de gozo que sacode


meu pau, e é quando ela grita.

Eu não sei se ela sente que eu a enchi ou se ela pode senti-lo da maneira
que eu estou a segurando, mas de qualquer maneira, é exatamente o que eu
queria.

Seu corpo, meu controle. Meu comando, sua submissão.

Seu grito, doce e afiado e sem fim no meu ouvido.

Eu a seguro até que eu amoleço dentro dela, em seguida, retiro-me,


segurando o preservativo tempo suficiente para sair de seu corpo.

Ela merece uma recompensa por todo esse trabalho duro. Eu afundo de
joelhos e faço um longo e lento golpe em seu clitóris com a minha língua. Seu
treinamento é perfeito. Ela se segura ainda em mim, choramingando.

Música para meus ouvidos sádicos.

Seria maravilhoso fazê-la chorar.

Mas é meu trabalho saber os limites, e definitivamente não vamos lá esta


noite, embora eu pense que sim.

Levanto-me e pego as toalhas.

Algum tempo depois - depois de comermos um lanche, para o qual ela se


envolve em um lençol, e cora quando eu o deixo cair - eu finalmente termino a
diversão e jogos, dando tapas na bunda dela e dizendo que a hora do recreio
acabou. Mas em vez de apontá-la para a porta, eu me inclino para trás contra os
travesseiros e a deixo seguir a minha liderança para fazer o mesmo.

Ela está dolorida, tenho certeza, mas ainda não estou pronto para
terminar a noite.

—Qual o seu nome?

Ela me dá um sorriso doce e desprotegido que é como um soco no meu


estômago. —Violet.

Repito calmamente. —Linda.

Ela inala lentamente, depois se enrola em meu lado. —Esta noite não foi
exatamente o que eu esperava.

—Não?

—Melhor. —Seu sorriso se torna maior. —Muito melhor.

—Bom. —Eu passo meu dedo em seu braço, em seguida, volto


novamente, desta vez chegando mais perto de seu peito nu. Estou meio duro,
mas não importa o quanto eu paguei pelo privilégio, eu realmente não chego a
parar com as garotas de programa. Mas ela mais do que ganhou seu descanso. —
Venha aqui.

Ela coloca a cabeça no meu ombro e eu jogo o meu braço em torno dela.
Ela faz um som que eu só posso descrever como um ronronar satisfeito, como um
gatinho cheio de tanto leite. Eu não me reconheço no momento, mas estou bem
fodido e cansado. Eu vou me preocupar amanhã com este amor recém-
descoberto por afagos. Agora eu só quero descansar meus olhos enquanto eu a
respiro. Violet.

Melhor sexo que já tive em um longo tempo. Talvez nunca.


Meu último pensamento antes de dormir é: Olá, Ottawa. Quando eu
acordar, definitivamente faremos isso novamente.

O próximo pensamento que tenho é apenas semiconsciente. Está tarde, e


totalmente escuro lá fora. Violet rola para longe de mim.

—Volte aqui. —Murmuro, estendendo a mão para ela, mas ela já está fora
da cama.

—Eu deveria ir. —Ela sussurra.

—Espere. —Estou tão cansado. Murmuro algo incompreensível até para


mim mesmo, e ela ri de mim.

—Obrigada por esta noite. —Ela se move nas sombras e eu rolo, vendo-a
se vestir.

Finalmente minhas células do cérebro começam a trabalhar o suficiente


para formar uma frase completa. —O seu nome é realmente Violet?

—Por que isso importa?

—Então eu saberei a quem perguntar na próxima vez. —Porque é


necessário que haja uma próxima vez.

Ela hesita. —O que?

—Vamos lá, isso foi incrível. —Eu bocejo. —Da próxima vez que eu estiver
de volta na cidade...

Ela está totalmente parada agora, e se eu estivesse mais acordado, eu


processaria isso como o sinal de perigo que é. Eu não estou, e eu não vou.

Vou lamentar a próxima coisa que eu vou dizer, mas eu não percebo isso
ainda.
—Você quer meu número? —Ela pergunta em voz baixa.

—Eu prefiro ir na agência. —Eu digo, porque é a verdade, e de novo, estou


cansado.

Isso é estúpido.

Porque é no silêncio que se segue que eu junto as pistas que meu pau
ignorou durante toda a noite e percebo que Violet não é uma garota de
programa.

A porta se abre um milésimo de segundo mais tarde, e eu estou fora da


cama, mas é tarde demais. Estou nu, e ela se foi.
Capítulo 3
Violet

Outubro - Dias de hoje

O verão é oficialmente uma coisa do passado. Eu acordo cedo terça-


feira, um dia após o fim de semana prolongado do Ação de Graças Canadense,
e meu nariz está frio. Eu amo o meu apartamento, no segundo andar sem
elevador em um edifício histórico em Rockcliffe Park. Não é grande, um
quarto e um pequeno closet que é realmente um armário glorificado, mas é
tudo que eu preciso. E eu tenho uma vaga de estacionamento, o que é bom,
porque eu não vou atravessar os invernos de Ottawa sem um carro. Então,
muitas pessoas andam de bicicleta para todos os lugares por uma boa parte
do ano. Eu aprecio o seu entusiasmo.

Mas eu não o compartilho.

Além disso, tenho uma vaga de estacionamento coberta no trabalho, um


grande luxo.

Então, tudo que eu preciso fazer é sair debaixo das cobertas, chuveiro,
vestir-me e dirigir para o trabalho.

Exceto que meu nariz está frio, então eu fico onde estou.

Meu alarme toca novamente.

Eu olho para ele. Quinze para as sete. Eu realmente preciso estar no


escritório antes das oito, então eu deveria me apressar.
Sabe aqueles controles remotos para ligar os automóveis? Eu preciso de
um para o meu chuveiro.

Na cozinha, minha cafeteira assobia. Talvez meu chuveiro possa ter um


temporizador.

Eu aceitaria também.

Eu rolo para fora da cama, levando meus cobertores comigo e uma


almofada para o banheiro onde eu ligo o chuveiro. Eu espero até o vapor estar
saindo de trás da cortina, em seguida, atiro meus cobertores de volta na direção
da minha cama e me jogo no calor.

No segundo em que eu chego ao escritório depois de um café da manhã


tardio, sou absorvida pelo trabalho.

No início da próxima semana tenho um processo de cancelamento no


Escritório de Marcas que eu preciso me preparar, e meu cliente está além de
ansioso. Eu gasto mais de trinta minutos ao telefone com ele, assegurando-lhe
que temos um argumento sólido para anular a marca registrada de um
comerciante desonesto da internet - a outra parte tinha demonstrado vários
elementos de má-fé e inação, enquanto o meu cliente tinha construindo seu
negócio de boa fé por quase uma década.

Mas é sua vida, seu modo de vida. Eu entendo o stress, assim eu o deixo
falar e falar até que ele se sente confiante novamente.

Isto é o que eu amo sobre a proteção da lei para os meus clientes, e


encontro as lacunas deixadas por outros para que eu possa fazer o trabalho para
minha vantagem.

Eu vou para o meu próximo caso. Como uma associada, eu faço um pouco
de tudo. Eu gosto mais do material da propriedade intelectual, e é como eu ganho
mais experiência, o que provavelmente será onde eu acabarei focando meu
trabalho. Outros acham os tribunais federais e procedimentos de Marca
Registrada chatos, mas eu nunca fui de ficar entediada, nem de gostar do
espetáculo de um tribunal lotado.

O que torna o meu próximo caso o meu tipo favorito, pelo menos:
defender um cliente contra uma ação de difamação. Haverá certamente uma
presença pesada da mídia quando eu acabar no tribunal, e não há qualquer
dúvida de que é para onde estamos indo, porque nenhum dos lados está
interessado em um acordo.

Eu só preciso de tempo para cobrar meus honorários sobre o caso hoje,


revendo uma carta que recebi mais cedo do conselho de oposição e elaborando
uma resposta.

Mas antes que eu possa começar, Derrick Carr, o sócio minoritário a quem
eu reporto, bate e entra em meu escritório.

Não me importo com Derrick. Mas eu não gosto que ele não espere que
eu o convide a entrar.

Ele logo fala. —Novak tem um novo cliente VIP que ele estará entregando
a você.

Isso tem a minha atenção. Cada colaborador júnior só recebe a chance de


provar-se com uma conta assim uma ou duas vezes por ano. —O nome é Max
Donovan, e ele é um ex-astro infantil que se mudou para a cidade.

Eu aceno, tentando ignorar o tremor, agora familiar, que me domina toda


vez que ouço o nome Max. Mas o meu Max vive em Vancouver, e é um médico.

Ele também não é meu.

E ele pensou que eu era uma prostituta.

Então, minha reação é uma coisa complicada. E eu preciso superar isso,


especialmente quando um dos meus clientes também tem esse nome.
Derrick joga uma pasta grossa na minha mesa. —Não há tempo para
rever, infelizmente, mas o cliente não gosta de falar sobre a coisa de ator. Ele está
realmente aqui para encontrar Novak.

Concordo com a cabeça e espero Derrick sair antes de revirar meus olhos.
Não, o cliente está aqui para se encontrar comigo, porque eu serei a única que
segurará sua mão quando a merda bater no ventilador. E a maioria dos clientes
entendem essa coisa de parceiros, e tanto juniores e seniores, parecem ter se
esquecido de seus próprios dias de associados.

Abro a pasta, mas eu quase não chego ao meio da primeira página antes
que haja outra batida na minha porta.

—Você conseguiu o arquivo de Max? —William Novak pergunta com seu


vozeirão. —Uma coisa boa. Ele está esperando na sala de reuniões. Siga-me.

Eu me esforço para alcançá-lo, agarrando um bloco de notas e três


canetas, bem como a pasta espessa sobre o nosso cliente. Essa tarde será longa.
Vou escrever essa carta quando eu voltar para a minha mesa e pedir um jantar
para ser entregue, porque eu tenho certeza de que vou ter algumas horas de
trabalho com este arquivo, também.

E não há nada que eu odeie mais do que começar um dia atrasada com a
minha lista de coisas a fazer.

—Aqui está o nosso cliente. —William diz assim que ele me leva para a
sala de conferências envidraçada no meio de nosso escritório. É como um
aquário, e isso é deliberado, mas eu não consegui dar uma boa olhada no Sr.
Donovan, porque eu não sabia que ele era o nosso cliente até cinco minutos
atrás.

Eu amaldiçoo Derrick na minha cabeça.


O nosso cliente está de costas para nós, mas eu não preciso que ele se vire
para eu saber quem ele é. Aquele cabelo, curto nos lados e maior na parte
superior. Aqueles ombros...

Eu não quero que ele se vire.

Mas isso não o impede. E quando o faz, por uma fração de segundo eu
tenho um segundo de alívio. Não é ele.

Exceto que é. Ele tem uma barba agora, e isso quase me enganou, mas eu
conheceria esse olhar em qualquer lugar.

—Violet Roberts, este é...

—Max Donovan. —Eu respiro.

—Você dois se conhecem? —William pergunta a Max.

Ele tem um olhar em seu rosto, duro e cruel, e medo me atinge. Como se
ele pudesse dizer a verdade, e isso seria um desastre.

—Não. —Eu estreito meus olhos e cerro os dentes. —Eu não tive o prazer.

Eu deposito os arquivos - arquivos dele, os que eu não tive a chance de ver


ainda - sobre a mesa da sala de reuniões, e o barulho do papel contra a madeira é
mais alto do que eu pretendia. Mas William não percebe, ou não se importa. Ele
só aperta a mão de Max, em seguida, sai sem problemas.

E agora nós estamos sozinhos.

—Sr... —Eu me corto. —Dr. Donovan. Prazer em conhecê-lo.

Mesmo sob a barba, eu posso ver a sua mandíbula flexionar. Ele faz um
gesto para eu me sentar, e reflexivamente eu sento, apenas como uma boa
submissa.
—Então, você é a minha advogada.

Talvez. Não. Sim.

Deus, eu não sei como fazer isso. Eu abro seu arquivo e dou-me um
minuto. —Você recentemente mudou-se para a área de Ottawa. —Eu digo como
se não fosse totalmente grande coisa. —E você está à procura de nova
representação na província. Estou correta no meu entendimento?

—Violet.

Eu ignoro o comando claro em sua voz. Não. Ele não vai mandar em mim
aqui. Eu viro outra página. —Você tem uma corporação médica, em British
Columbia. Você tem duas opções. Você pode manter essa entidade lá, e registrar
uma nova empresa aqui em Ontário, ou podemos apresentar artigos de
continuidade para transferir a corporação...

—Pare.

Eu paro. Meu coração está batendo forte no meu peito.

—Eu entendo que precisamos fazer isso. —Diz ele, em voz baixa agora. —
Mas primeiro eu preciso que você olhe para mim.

Eu olho para cima. Meus olhos estão bem, mas tenho certeza de que meu
rosto está sem cor.

Ele balança a cabeça. —Bom. Você precisa chamar alguém para assumir?

Ele está me dando um fora. Como se ele estivesse no comando aqui.


Como se isso não fosse grande coisa. Só que é um grande negócio. E ele não vai
me dispensar. Então, eu balanço minha cabeça. —Estou bem.

—Continue.
E, assim, vou em frente trabalhando minha lista de tarefas. Ele está
trabalhando no hospital em algum tipo de licença recíproca, mas ele precisa estar
totalmente registrado em Ontário, e de forma íntegra e honesta. Assim como a
corporação.

Tudo isso é muito simples, exceto pelo fato de que eu engoli seu pênis
enquanto ele fodia meu rosto.

Não pense sobre aquela noite. O que é uma estúpida instrução para mim.
Tenho pensado nisso pouco mais de três meses, e agora Max, meu Max, está na
minha frente.

E ele está tão fora dos limites agora, e isso dói.

Além disso, ele só me fodeu porque ele pensou que eu era uma prostituta.
Há aquele fato doloroso que eu nunca vou ter a chance de jogar na cara dele,
porque minha ética profissional me impede de exigir qualquer coisa deste cliente,
exceto que ele pague a conta.

—Isso é mais trabalho do que eu esperava. —Diz ele quando seu telefone
vibra. —Eu tenho uma reunião do comitê no hospital em uma hora. Quem eu vejo
sobre agendar outro compromisso com você?

—Não é necessário nos encontrarmos pessoalmente. —Eu gaguejo


quando ele se levanta. Eu estou, também, recolhendo meus papéis. —Muito disso
pode ser tratado por e-mail.

—Violet... —Deus, ele precisa parar de dizer o meu nome. E ele continua
vindo com sua voz suave e cuidadosa. Gotejando confiança. —Isso não vai
funcionar para mim.

—Eu... —O que posso dizer? Ele é o cliente. Eu concordo. —Minha


assistente administra minha agenda. Vamos agendar uma hora para daqui
algumas semanas...
Os pequenos músculos nos cantos dos seus olhos apertam, assim como
sua voz. —Sexta-feira.

—Eu... —Violet, você é uma profissional. Recomponha-se. —Isso não será


possível.

—Torne possível.

—Estou no tribunal durante todo o dia, e eu me preparo durante o


almoço.

Ele não perde uma batida. Ele está me olhando agora, como se ele não
fosse aceitar um não como resposta. —Jantar, então.

—Não! —O protesto sai de mim. Lá se vai ser profissional. Embora ele


tenha começado. —Dr. Donovan...

—Max.

—Dr. Donovan. —Eu respiro fundo e caminho em direção à porta. —Se


você me seguir, podemos verificar com Hannah o meu próximo período
disponível durante o horário comercial.

—Eu trabalho durante o horário comercial.

—Você está aqui agora.

—Esta foi uma exceção. Fiquei com a impressão de que a sua empresa
fosse... flexível sobre essas coisas.

Nós somos. Para todos, exceto o homem que me fez despir para ele em
um quarto de hotel e ajoelhar-me em um divã para inspeção.

Max e eu precisamos de limites, e nós precisamos deles rapidamente. E


não podemos discuti-los em um aquário de vidro.
—Bem. Sexta-feira. Seis e meia. Aqui. Meu escritório, e não na sala de
reuniões. E a porta permanecerá aberta.

Ele abaixa a voz. —Eu juro, Violet, essas são mais condições do que você
colocou na nossa noite juntos.

E com isso, ele se foi.

Bem, a nossa noite juntos era para ser um simples caso de uma noite.

Violet, recupere sua compostura.

Não, Violet, veja sua vida implodir com três meses de atraso.

Eu espero até meu pulso parar de acelerar, então eu volto para o meu
escritório, e a primeira coisa que faço é entrar no Google.

Eu estou olhando para a sua entrada na Wikipedia quando Derrick


retorna. —Você o reconheceu, hein?

Sim, mas não pela razão que o sócio minoritário espera. —Uh... —Eu fecho
a tela. —Humm-hmm.

—Existe um problema?

Sim, o fato de que eu tive o melhor sexo da minha vida com o meu novo
cliente é um problema. É um conflito de interesses e a prova do meu terrível
julgamento nos homens.

—Ele é um médico agora. —Murmuro, voltando a me debruçar sobre o


arquivo de Max, então eu não tenho que olhar Derrick nos olhos e mentir para ele
ainda.

—Seus advogados anteriores, vão continuar a fazer algum trabalho para


ele, deixaram claro para mim que ele prefere discutir apenas sua prática médica.
O ator está firmemente no passado.
—Eu entendo. —Isso veio em alto e bom som em nosso breve encontro, e
teria sido bom saber mais sobre ele antes de eu ter ido lá. Afasto a suspeita de
que Derrick propositadamente não me deu tempo suficiente para me informar
plenamente.

—Entre as duas carreiras, ele tem participações significativas dentro de


sua corporação. Então eu não preciso dizer-lhe como ele é importante como um
cliente.

Eu balanço minha cabeça. —Claro que não.

—Mas acima disso, ele é amigo do primeiro-ministro.

Eu levanto a cabeça. —Oh?

—Eles eram colegas da faculdade. Mais próximos do que irmãos, de


acordo com todos os relatórios.

O melhor amigo do primeiro-ministro contrata prostitutas.

Ele contratou-me.

Bem, este é um desastre épico. Eu engulo em seco.

—Então você vai cuidar bem dele? —Derrick diz, na forma de uma
pergunta, mas nós dois sabemos que é uma direta que eu não posso recusar.
Capítulo 4
Max

Um fim de semana por mês, eu estou de plantão. Não é este fim de


semana, embora, por isso estou contando as horas até sexta-feira à noite, quando
Violet e eu teremos o jantar em seu escritório.

Com a porta fechada.

Estou praticamente assobiando enquanto eu deixo os prontuários na ala


dos pacientes e desço as escadas para o meu escritório atrás do ambulatório. Eu
alcanço o cartão de identificação pendurado no meu cordão, ao lado do apito do
Bob Esponja Calça Quadrada que sempre distrai as crianças tempo suficiente para
eu olhar seus ouvidos ou nariz.

É a mesma razão pela qual eu tenho um estetoscópio do sapo Caco dos


Muppets.

Mas ambos serão jogados na gaveta da minha mesa antes de eu sair hoje
à noite, porque o papel que estou assumindo para Violet - a Srta. Roberts, como
tenho certeza de que ela preferiria que eu a chamasse agora - é algo totalmente
diferente.

Eu passo meu cartão sobre o sensor e a porta se abre. O corredor restrito


já está tranquilo, com metade dos meus colegas já com seus turnos finalizados, e
os seus assistentes liberados também.

Meu próprio assistente é um jovem chamado Blair. Ele foi enviado para
mim pela sempre capaz Beth Evans, assistente executiva do primeiro-ministro, e
meu salvador eterno.
Blair está esperando por mim, com as mãos cheias de mensagens e os
olhos brilhantes. —Tudo pronto?

—Eu tenho que fazer algumas anotações, mas vamos sair daqui em breve.
Vamos fazer a triagem dessas mensagens, não é?

Ele acena com os três primeiros dedos no ar. —Chamadas de paciente.


Bem, chamadas de parentes. Sem consulta marcada relacionada, e todos eles
pareciam com a intenção de ligar de volta.

Eu os entendo.

Ele levanta o próximo dedo. —Alguém da fundação do hospital


perguntando se você quer se unir a uma comissão para...

Balanço a cabeça e ele faz uma bola com o papel, atirando-o no lixo.

—E duas mensagens de Eliza Black.

Eu alcanço os últimos pedaços de papel. Ele não me entrega.

—Eliza Black?

Eu fecho meus dedos sobre a borda dos papéis de mensagens e puxo. Ele
segura. —Blair, solte.

—Eu fui um profissional completo ao falar com a Sra. Black. Só estou


dizendo, você poderia me dar um pouco de fofoca agora.

—Eu nunca, nunca vou dar-lhe fofocas. Mas vou dar-lhe uma gratificação
de Natal generosa, então me diga o resto das minhas mensagens e, em seguida, o
fim de semana pode começar.

—É isso aí.

Eu franzo a testa. —Isso não é grande coisa.


Ele continua com orgulho. —Havia cinco outras chamadas, mas eu lidei
com todas elas. —Ele me dá um rápido resumo, mas ele está certo, eu aprovo
como ele lidou com cada uma delas.

—Grande trabalho, Blair.

—E o seu relatório de faturamento de seguro mensal está em sua mesa.

Eu solto um suspiro. Ninguém lhe diz quanta papelada está envolvida em


salvar a vida das pessoas. —Eu vou dar uma olhada. Você pode sair agora. Vejo
você segunda-feira.

Eu vou para trás da minha mesa e alcanço o telefone. Os telefonemas dos


parentes não vão esperar. Todo o resto pode ir para casa comigo, inclusive
retornar para Eliza.

Como eu, Eliza é uma sobrevivente de Hollywood.

Ao contrário de mim, ela ficou em LA depois que nosso seriado de longa


duração chegou ao fim. Ela costumava ser Lizzie Black.

Agora ela é uma estrela de filmes premiados. E principalmente devido à


sua persistência, ela é uma amiga.

Uma das poucas que tenho.

Meu celular vibra no meu bolso. Eu olho para a tela. BJ. Esse é o código
para Gavin, o meu único outro amigo verdadeiro.

O próprio Gavin Strong, novo primeiro-ministro do país. Meu melhor


amigo desde o nosso primeiro ano de universidade, onde eu salvei sua bunda em
química e ele salvou a minha em todas as outras matérias.

Ainda mais agora precisamos manter nossas poderosas identidades


secretas para falarmos um com o outro. Ele é BJ e sou Hawkeye. A reprise de M *
A * S * H2 nos levou através de uma série de sessões de estudos até tarde da
noite.

Mas eu não sou seu melhor amigo mais. Ele tem Ellie, sua noiva e eles não
precisam de mim por perto.

Assim, mesmo que eu não tenha planos para o jantar, eu provavelmente


recusarei qualquer oferta que ele esteja prestes a fazer.

Aperto o botão verde e coloco o telefone na minha orelha. —E ai, como


vai?

—Ellie e eu estávamos pensando se você queria vir para o jantar hoje à


noite.

—Eu tenho planos, na verdade.

—Você está mentindo. Você está solitário e infeliz e precisa de nós para
salvá-lo de si mesmo. —Ele está brincando, mas há um fio de verdade em suas
palavras.

Eu rio, porque eu não quero me sentir infeliz. —Acontece


frequentemente. Não esta noite. —Na semana passada eu tinha mentido para
Gavin sobre a existência de uma mulher em minha mente. Violet tinha sido o meu
segredo durante três meses. Eu não estava pronto para contar-lhe tudo, mas eu a
encontrei. Ela não era uma invenção da minha imaginação. —Eu tenho um
encontro.

Agora eu estou mentindo.

Não há como uma reunião agendada no escritório da minha advogada


possa contar como um encontro, mesmo que eu esteja pegando migalhas no

M * A * S * H é uma franquia de mídia americana que consiste em uma série de romances, um filme,
2

várias séries de televisão, peças de teatro, e outras propriedades, de propriedade da 20th Century Fox e
com base na ficção semi-autobiográfica de Richard Hooker .
caminho, e uma vez que eu fechar a porta atrás de mim, nós teremos uma
conversa séria sobre todas as coisas que pensei em fazer com ela durante os
últimos três meses.

—Quando você a conheceu?

Na noite em que você me expulsou de sua casa para que você pudesse
foder sua estagiária provavelmente não é a resposta certa. —Eu já visitei esta
cidade uma dúzia de vezes nos últimos dois anos. Conheço as pessoas.

—Essa não é uma resposta.

—Diz o político.

—Então, isso é um não para o jantar?

—É. Mas diga a sua noiva que aprecio o convite.

—Direi. Hóquei no domingo?

—Não perderia isso.

Gavin começou a jogar hóquei no verão, uma breve tentativa de controlar


sua obsessão por Ellie - a saída física mais segura para energia incansável.

Mesmo depois que eles começaram a namorar, a equipe reunida pelo seu
chefe de segurança continuou a jogar. Um jogador estrela, o capitão dos Ottawa
Senators, teve que sair para o final da temporada de verão, mas o resto de nós
continuou a jogar enquanto o inverno se aproximava.

É estranhamente social para mim. Mas ajuda que quase todo mundo na
equipe esteja nesse cenário de BDSM, e em uma posição privilegiada. Alguns são
da Polícia Montada, e alguns amigos de Tate Nilson, o jogador da NHL.

Ninguém que queira que suas predileções se tornem públicas.


Ou sua programação de jogar hóquei, também, ainda que o objetivo
original de ter um jogo verdadeiramente privado desde então tem caído no
esquecimento.

Agora temos as tietes do hóquei. Mas a equipe de segurança faz um bom


trabalho em mantê-las à distância.

—Ei, uma última pergunta. —Eu limpo minha garganta. —Se eu quisesse
fazer uma boa impressão... flores?

Gavin está silencioso na outra extremidade da linha. Eu posso


praticamente ouvir seu pensamento processando. Espere, encontro? Uma mulher
verdadeira? E você quer impressioná-la?

Eu estremeço. —Deixa pra lá.

Ele ri. —As flores são agradáveis, mas não surpreendentes. Leve
chocolate. Trufas escuras. E um livro que você tenha gostado. Se ela for uma
mulher digna de você, ela vai apreciar a intenção.

Eu olho para a pilha de revistas médicas na minha mesa. Qual foi o último
livro que li por prazer? —Obrigado.

—Há uma grande loja de chocolate na Bank Street. Ellie gosta do de creme
de café e casca de laranja cristalizada. —Eu ouço um silêncio em seguida.
Cuidado, preocupação e um inferno de um monte de curiosidade. Mas Gavin só
faz um som evasivo em voz baixa, em seguida, cobre o bocal de seu telefone por
um segundo. —Tenho que ir, cara.

—Não se preocupe. O vejo no gelo.


Capítulo 5
Violet

Eu estou muito melhor preparada para o meu próximo encontro com Max
Donovan.

Eu tenho um folheto das Relações Cliente-Advogado e ética.

Eu tenho uma chamada de telefone programada para nos interromper


vinte minutos depois que ele chegar. Matthew ficou horrorizado quando eu disse-
lhe para me esperar explodir em lágrimas quando ele me ligasse com a terrível, e
trágica, notícia sobre um membro da família. Ele não sabe por que, além de que
tenho uma reunião com um cliente estranho. Ele justamente salientou que o
plano provavelmente viola a ética das relações entre advogado e cliente, mas eu
prefiro fazer isso a violá-la de uma forma ainda pior. Ele não entende o alcance
devastador do que eu estou lidando com Max. É por isso que eu não disse a
Matthew nada sobre aquela noite em julho.

Até onde ele sabe, eu tive um caso de uma noite que eu nunca mencionei
novamente.

Especialmente agora, esse é o meu segredo. Eu não vou dormir com Max
de novo, então eu vou sempre manter essas memórias guardadas.

Uma garota pode se masturbar com algo quente.

E Max é ouro puro nessa coleção de sonhos eróticos.

Como uma última defesa contra o bom doutor, eu uso a minha blusa mais
séria, abotoada até o meu pescoço, e um terninho disforme, careta, de uma
mistura de lã pesada.
Eu olho para cada centímetro de uma puritana não-fodível. Meu cabelo
ainda está torcido em um coque no topo da minha cabeça. Não é um coque sexy
que pode ser solto para cair em volta dos meus ombros. Não. Há dezessete
grampos o prendendo.

Talvez Max vá esquecer como me pareço longe das seda e rendas.

Hannah traz um pacote que eu estava esperando, e para. —Você precisa


de mais alguma coisa?

É sexta-feira à noite e seu filho tem um jogo de hóquei. Não posso pedir-
lhe para ficar e ser uma dama de companhia para uma reunião com o cliente. Eu
balanço minha cabeça. —Tenha um bom fim de semana. Obrigada.

Ela sai, então eu ouço os sons normais de sexta-feira à noite do escritório


se esvaziando. Os dings do elevador, murmúrios de conversação, o clique de
portas sendo fechadas.

Depois das seis, a porta da frente é fechada. Eu vou para a recepção para
ouvir quando Max chegar, o que me dá um momento para me preparar para a
privacidade que teremos quando ele sair do elevador.

Não é o que acontece.

Ele está vestindo calça jeans e uma jaqueta de couro. Ele parece relaxado
e casual, e de repente eu me sinto como uma idiota completa por como estou
vestida. Minha mão vai para a gola da minha camisa e abro o botão superior.
Apenas um.

Eu não preciso ser um desenho animado para afastá-lo. Eu só preciso ser


firme.

Não é como se Max não tivesse deixado muito claro que ele respeita
fronteiras. Eu só preciso estabelecê-las.
Um lado de sua boca levanta em um sorriso preguiçoso e ele levanta a
mão. Ele tem um saco de papel marrom para viagem de um restaurante italiano
que fica a poucos quarteirões de distância.

Não. Eu ergo minha mão, como se isso fosse impedi-lo. —O que é isso?

—Jantar.

—Eu disse não para o jantar.

—Você disse que não iria sair para jantar. Você não disse nada sobre eu
trazer o jantar até aqui.

Calor sobe pelo meu pescoço e faz minha cabeça girar com raiva. —Eu
disse...

—Seis e meia. Essa é a hora do jantar. —Ele dá um passo mais perto. —E


eu estou morrendo de fome.

—Então nós seremos rápidos para que você possa levar isso para casa.

—Eu tenho muito. Nós podemos compartilhar. —Ele olha nos meus olhos.
—Certamente nós encontraremos algo que agrade a você.

Como ele não percebeu que eu estou vestida como uma freira? Isso não
vai funcionar.

Eu tento uma abordagem diferente. —Para o meu escritório, Dr. Donovan.

Isso o faz sorrir.

Eu reviro meus olhos e lidero o caminho, movendo-me em torno da minha


mesa, uma vez que chegamos lá. Ele fecha a porta atrás dele, mas há uma chance
sólida de eu gritar, e eu não tenho certeza se nós somos as únicas pessoas que
ficaram no andar, então eu não o faço abri-la novamente.
—Deixe-me ser perfeitamente clara. —Eu digo firmemente quando eu
toco na minha mesa e olho para ele. —Nada pessoal está no menu.

Ele ri. —Claro que não.

—Isso não é uma piada.

—Jantar, comida, menu... foi inteligente.

—Foi deliberado.

—Tão... engraçado.

—Pare com isso.

—Parar o que?

—Pare de ignorar que eu estou brava! —Ok, não demorou muito tempo
para chegar à gritaria.

—Eu não estou ignorando esse fato, Violet. —Sua voz causa arrepios
enquanto ele começa a tirar os recipientes dos alimentos. —Eu estou tentando
reformular a conversa dada as nossas novas circunstâncias.

Eu estreito meus olhos e o considero como se eu tivesse algum adversário


tentando puxar o meu tapete. —Tentar seria a palavra operativa aí. Tentar e
falhar, porque a realidade não pode ser reformulada.

—E que realidade seria essa? Que nós compartilhamos uma noite de sexo
incrível muito antes de eu ser o seu cliente?

Três meses é pouco tempo antes de qualquer coisa, especialmente na


minha vida amorosa. Mas esse não é o foco principal agora. —A realidade é, você
é meu cliente, e qualquer complicação anterior precisa estar firmemente no
passado para garantir que daqui para frente, eu seja capaz de fornecer-lhe o
melhor conselho legal possível.
—Eu tenho certeza de que você pode fazer isso enquanto nós
relembramos. Foi bom pra você.

Foi ótimo para mim, mas esse não é o ponto. —Além disso, o contexto em
torno daquela noite não pode ser ignorado.

—Contexto? —Sua mandíbula treme.

—Certamente você não pode se surpreender que fiquei surpresa quando


percebi que você pensou que eu fosse uma...

—Prostituta. —Ele levanta a tampa de um prato de antepasto. —


Azeitona?

Eu cruzo meus braços. Eu não vou ser mal orientada aqui.

—Você quer contexto, Violet? —Ele se inclina, sua mandíbula dura e os


olhos de repente piscam. —Eu não estive com outra mulher desde aquela noite,
porque tudo o que posso pensar é em sua boca, seus olhos, sua voz. E eu não
sabia se um dia a veria novamente.

—Sinto muito que o seu cafetão não pôde organizar isso tão facilmente.
—São palavras feias e eu gostaria de poder retirá-las. Eu fecho meus olhos para
que eu não tenha que ver sua reação. —Não há mais nada a dizer sobre isso. Eu
não gostei desse momento, Max. Mesmo que o resto tenha sido surpreendente...

—Mesmo que? —Ele abre outro recipiente para viagem e eu pisco,


porque cheira incrível. Medalhões de frango e feijão verde, regados com algo que
parece e cheira a pimenta e limão.

Minha boca enche d´água. Eu fecho minhas mãos em punhos.

—Eu não sou claramente quem você pensou que eu era. Foi um acidente,
o que aconteceu. Melhor esquecer. É difícil, mas com o tempo vamos seguir em
frente.
—Você não mudou, no entanto, também. —A afirmação não é uma
pergunta, bastardo arrogante.

—Não foi uma mudança tão abrupta para mim. —Eu digo, enquanto eu
olho para ele novamente, desta vez aumentando minha raiva. Foda-se ele. —Eu
não estava dormindo com ninguém antes de você, por isso voltar a esse estado
padrão não foi um grande negócio.

—O que você pensa disso? —Pergunta ele, a voz baixa e os olhos


treinados sobre minha boca, mesmo enquanto ele desembrulha um pedaço de
pão. —O que você não pode esquecer?

Ele está forçando-se em minha garganta. A plenitude, a pressão, e o


lançamento incrível de confiar-lhe para me forçar, mas não passar do meu limite.
—Nada. —Eu minto. —Foi um ótimo sexo. Tanto faz.

Meu celular toca. Eu olho para ele, sabendo que é Matthew. Este é o meu
timing inteligente, exatamente como eu planejei.

Eu desligo a campainha. Eu não preciso ser resgatada.

O olhar de Max segue meus movimentos. Primeiro para desligar meu


telefone, então o pressionar dos dedos contra o pulso fora de controle na base do
meu pescoço.

Será que ele me beijou lá? Não me lembro.

—Você não foi um erro.

Meu celular toca novamente. A tela acende em silêncio, e mesmo que eu


tenha desligado a campainha porque eu não queria atender, eu não quero que
Max continue, também. Então, eu o ignoro e atendo ao telefone que eu tinha
acabado de afastar.

—Alô?
—Esta sua chamada de emergência é totalmente imatura. —Diz Matthew.
Ele está assistindo a um filme em segundo plano. —Eu quase não tento uma
segunda vez, mas então eu me preocupei que você pudesse estar morta.

—Eu não estou morta. —Max me dá um olhar divertido, uma de suas


sobrancelhas arqueando na conversa estranha.

—Que tipo de chamada de emergência você precisa se você pode dizer


isso na frente de quem eu estou resgatando você?

Eu limpo minha garganta e desvio o olhar de Max, que definitivamente


está se perguntando algo parecido. —É complicado.

—Eu aposto. Você vai estar em casa mais tarde?

—Definitivamente.

—Gareth me fez biscoitos de chocolate. Venha e me salve de mim mesmo.

—Soa como um plano.

—Eu esperava lágrimas, você sabe.

Eu hesito. —Sim. Eu também.

—Cada vez mais curioso.

Eu desligo sem responder a ele.

Max só olha para mim. —Plano de morte complicado? —Ele entrega um


prato de papel e eu encontro-me pegando dele. —Quem era esse?

Eu suspiro. —Não é da sua conta.

Seus olhos piscam por um segundo antes de ele olhar para longe, para a
comida. —Estou morrendo de fome. —Meu estômago ronca de acordo, e ele
balança a cabeça, mas ainda não olha para mim. —Você também. Pegue.
Eu estou alcançando o pão assim que eu tento argumentar. —Precisamos
falar sobre o trabalho.

—Eu prefiro falar sobre o incrível sexo “que não foi um erro” que tivemos,
mas tudo bem. Vamos discutir a minha empresa, enquanto você come.

Acho que ele está brincando comigo, mas desde que eu vou cobrar-lhe por
cada segundo que eu posso, dou-lhe um resumo completo. Ele me surpreende
realmente, prestando atenção e fazendo perguntas inteligentes. Depois que eu
devoro meu primeiro pedaço de pão e um pouco de queijo, pego um bloco de
notas e começo a fazer anotações. Eventualmente eu relaxo e me inclino para trás
em minha cadeira, cruzando as pernas, e meu salto alto escorrega. Ele cai no chão
e Max pega.

Por um segundo, eu acho que ele pode tentar colocá-lo novamente no


meu pé, e minha respiração para no meu peito, mas ele só o coloca no chão,
perto o suficiente para eu colocá-lo de volta.

E então ele me pergunta sobre a apresentação de taxas, e estamos de


volta aos trilhos.

Não é uma conversa bastante confortável, mas é profissional e é isso que


eu lhe pedi.

Mas isso não dura tanto tempo, porque, francamente, o seu negócio não é
tão complicado e apenas começamos o trabalho que vamos fazer. Eu não posso,
em sã consciência, esticar o trabalho e falar mais do que a duração do tempo que
leva para comer. E Max está completamente ciente disso.

Ele embala as sobras, então morde o lábio inferior. Estou irritantemente


cativada pela forma como a barba enquadra sua boca. Eu me pergunto qual seria
a sensação contra a minha pele.

Ele me dá um olhar firme. —Agora vamos falar sobre o que eu quero falar.
Ah não. Eu balanço minha cabeça. —Nós não podemos.

—Nós temos que falar.

—Por quê? —A tensão sobe entre as minhas omoplatas novamente e eu


cruzo meus braços mais uma vez. —Que bem vai fazer?

—Eu quero mais uma noite.

—Vermelho. —A palavra de segurança explode da minha boca antes que


eu esteja até mesmo consciente de ter pensado.

Ele para, no entanto. Ele balança a cabeça, reconhecendo o que acabei de


dizer. Mas seu olhar furioso diz que não terminou comigo ainda. —Esta não é
uma cena.

Eu jogo minhas mãos no ar. —Eu sei disso. Mas é a minha vida, e você está
pisando sobre ela, porra, por isso, pegue a dica, Max. Vermelho.

Ele se inclina para trás em sua cadeira, com os lábios bem apertados, mas
ele para de falar. Meu coração está batendo forte no meu peito, a mil por hora.
Sim, essa foi a melhor noite da minha vida. Sim, eu não consigo parar de pensar
nisso.

Mas é da minha carreira que estamos falando.

Vou jogar tudo o que eu tenho que jogar, a fim de manter alguns limites
saudáveis e criar distância entre nós.

Mesmo que doa.


Capítulo 6
Max

Eu fico olhando para Violet. Ela não pode estar falando sério.

Ela me olha de volta, completamente séria.

E mesmo que isso não seja uma cena, ela usou sua palavra de segurança e
eu preciso recuar. Levanto-me, cada célula do meu corpo protestando, porque
temos negócios inacabados.

Mas vamos ter que lidar com isso outro dia.

Vermelho.

Porra.

Sem dizer uma palavra, tiro os chocolates, que eu tinha comprado para
ela, e os deixo em sua mesa. Por mais que eu queira bater a porta atrás de mim,
eu não me incomodo nem mesmo em fechar. Eu sigo em direção ao elevador sem
olhar para trás. Eu não estou muito certo de como processar essa merda que
acabou de acontecer. Gavin é a próxima melhor coisa inútil para mim agora. Ele
está em modo de conto de fadas “felizes-para-sempre” e eu preciso de alguém
que possa dizer-me onde e como eu ferrei isso.

Eu puxo o meu telefone do bolso e chamo Lachlan, chefe de segurança de


Gavin. Ele é um cara bom, vai direto ao ponto, ele é pervertido também e prefere
morrer a revelar um segredo.

Ele responde ao segundo toque. —Ei, Max. Está tudo bem?


O escritório está tranquilo e sei que Violet não terá nenhum problema em
ouvir a minha conversa. Eu escolho as minhas palavras com cuidado porque eu
sou um bastardo. —Eu preciso ver você. Você está livre?

Lachlan soa surpreso, mas é gentil. —Certo. Quando?

—Quinze minutos?

—Pegue pizza e chegue em quarenta.

Eu me forço a sorrir, sabendo que vou continuar no meu show. —Mal


posso esperar.

As portas do elevador se abrem e eu entro.

***

Beth está terminando de se arrumar para sair, quando eu chego ao Bloco


Central, um crachá de visitante pendurado no meu pescoço.

Lachlan está sentado em uma cadeira perto da porta do escritório de


Gavin, observando-a ignorá-lo. Esta é a primeira vez que eu vi a tensão estranha
entre ela e Lachlan, embora eu tenha ouvido falar de Gavin e um pouco do
próprio Lachlan, e é só lamentável.

Ele a quer. Ela o quer. Que porra é essa que eles estão esperando?

Eu mentalmente balanço a cabeça e dou a Beth um grande sorriso. —Ei


linda. O que você acha de você e o grandalhão aqui virem comigo para comer
pizza e jogar boliche?
Beth enrubesce um pouco. Ela é bonita pra caralho, a senhorita Fisher está
com o cabelo escuro sedoso puxado em um coque estilo anos vinte. Tudo o que
ela precisa é de um pequeno vestido sexy. Lachlan é um idiota por não reclamá-la.
É evidente que o homem precisa de uma chacoalhada.

—Obrigada pela gentil oferta, Max, mas eu já tenho planos para a noite.
—Ela me lança uma piscadela exagerada. Eu conheço essa piscadela. Nós somos
cúmplices em tortura.

Lachlan está praticamente soltando vapor de suas orelhas. Me custa muito


não rir. Ela está provocando, e ele merece.

Talvez eu devesse tê-la chamado sobre o meu problema com Violet,


embora eu tenha certeza de que se eu dissesse a ela mais sobre essa situação, ela
ficaria do lado de Violet. Porra. Eu estou do lado de Violet. Eu quero que ela tenha
o maior número de orgasmos. Pão italiano entre sexo e quaisquer outras
recompensas que ela possa gostar se ela for uma sub boazinha para mim.

Será que isso é realmente pedir muito?

Não, eu não posso envolver Beth nisso. Até onde ela sabe, eu sou um cara
adorável. É a imagem que eu cultivo porque o sádico não cai tão bem.

Eu me inclino para baixo e beijo a bochecha de Beth. —Tenha uma noite


fabulosa. Não faça nada que eu não faria.

—Carta branca, então. Eu posso trabalhar com isso. —Ela desloca o olhar
para o outro homem no local, o único que ela realmente se preocupa, e dá-lhe
um olhar, que até mesmo eu não consigo decifrar. —Boa noite, Lachlan. —
Colocando sua bolsa no ombro, ela sai do escritório.

Eu deixo cair a caixa de pizza e uma pequena pilha de guardanapos na


mesinha ao lado de Lachlan. Ele abre a tampa e agarra uma grande fatia e dobra
pela metade.
Assim que ele termina sua primeira mordida, ele olha para mim. —Que
porra foi essa de “mal posso esperar” ao telefone?

—É uma longa história... —Mas é uma abertura. Eu tinha passado o tempo


todo entre deixar o trabalho de Violet e chegar aqui tentando pensar em uma boa
maneira de abordar o assunto.

—Eu tenho muito tempo. O PM está em uma reunião em conferência.


Alguma merda entrou na Câmara dos Comuns hoje e, bem... ele vai demorar um
pouco.

Devorando uma fatia de pizza, eu reúno meus pensamentos, em seguida,


lanço o meu conto patético de aflição.

No momento em que eu termino, Lachlan dá uma gargalhada. —Como


você não percebeu mais cedo que ela não era uma garota de programa?

Foda-se. Essa é toda a ajuda que ele pode me dar? —Eu nem sei por que
estou falando com você sobre isso. Você não pode sequer resolver suas coisas
com Beth.

Os olhos de Lachlan escurecem. —Você está certo, eu não posso. Mas isto
não é sobre mim. O que exatamente está acontecendo com você, Max?

—Acabei de te falar. Em seguida, você riu.

—Não, você me deu uma cronologia dos eventos. O que está acontecendo
com você? Você é um cara que literalmente e regularmente vai de terceirizar a
sua satisfação sexual a apenas estar interessado em uma mulher durante a noite.
Você quebrou as regras por ela. Por quê?

Essa é a porra de pergunta que eu tenho evitado com sucesso nos últimos
três meses. —Droga, Lachlan, eu vim por alguns simples conselhos sobre namoro,
não uma terapia de um psicólogo de quinta.
—Se você estivesse realmente procurando conselhos simples de namoro,
você teria consultado a internet. Ela vem com informações prontas, e você é uma
estrela do rock fodido quando se trata de pesquisa.

—Tenho certeza de que é normal estar atraído por uma mulher e querer
passar mais tempo com ela.

—Com todo o respeito, quando você já foi normal?

Eu pego outro pedaço de pizza. Violet comeu todo o pão e feijão verde e
medalhões de frango. —Agora é um momento tão bom quanto qualquer outro
para dar uma chance.

—Pode ser, mas até que você entenda de onde isso está vindo, e por que,
você vai ser capaz de fazer a coisa certa quando ficar com a garota?

Eu fico olhando para ele. Eu não tinha pensado tão longe. Ficar com a
garota? Eu só quero mais uma noite com ela. Ou duas. Três soa muito bem,
também.

A verdade é que, aquela noite com Violet foi incrível. No início, eu tinha
ficado relutante em substituir essa experiência com outra. E então os sonhos
começaram.

—Eu não posso tirá-la da minha cabeça. —Digo finalmente, menos


arrogante agora. —Eu penso sobre ela o tempo todo. E eu sei que não é normal,
eu sei que é algum tipo de vício. Mas ele está certo e eu preciso colocar a minha
vida de volta sob controle.

Lachlan balança a cabeça. —Isso soa como o seu problema, não dela.
Descubra o que você pode fazer por ela, e então você saberá o que fazer.

—Será que esse é o seu plano com Beth?


Ele me dá outro olhar duro. —Sim. Eu ainda não descobri o que posso
fazer por ela ainda. E não me dê alguma resposta idiota como levá-la por cima do
meu joelho, seu sádico fodido. A vida real é mais complicada do que isso.

Exatamente isso que eu tenho evitado tanto quanto possível, toda a


minha vida adulta.

***

A conversa com Lachlan me deixou mais confuso, e não menos. Talvez eu


devesse ter entrado na internet para um conselho. Eu posso ver o meu post no
Fetlife3 agora... ou não.

Porra!

Eu preciso de novos amigos, pelo menos para um bom conselho. Gavin é o


Sr. Luar-e-Rosas e Lachlan está incorporando o caralho do Sigmund Freud. Eu
considero brevemente ir atrás de Tate Nilson por ajuda, porque cada vez que
joguei hóquei com ele, nós encontramos outra coisa em comum, mas ele é
provavelmente ainda mais mal equipado do que eu quando se trata de assuntos
do coração. E eu tenho certeza de que ele está em uma viagem de carro para um
jogo agora. Não posso chamá-lo e arruinar o seu jogo de hóquei na NHL com os
meus problemas na vida amorosa.

Problemas na vida amorosa?

Eu preciso manter o foco.

3 É uma rede social para adeptos de BDSM, fetiches e etc.


Eu tenho problemas na vida de perversão. Está mais como se eu já não
tivesse uma vida de perversão porque eu estou sendo um idiota sobre uma vida
amorosa, que eu não tenho também.

Algo precisa mudar. Eu tomo uma cerveja e vou até a sala de jogos que eu
montei em minha nova casa. Ainda há muito que fazer antes de eu estar pronto
para hospedar minha primeira festa - porque quando seu melhor amigo é o
primeiro-ministro, não se pode tranquilamente ir a um clube de sexo. Então você
traz o clube de sexo até você. Eu tinha uma grande reputação para festas privadas
em Vancouver e eu estou ansioso para retomar essa tradição aqui em Ottawa.

E talvez algum trabalho manual vá ajudar a tirar a minha mente de Violet.

As páginas amarelas não tendem a listar qualquer coisa sobre mudança de


cidade de pervertidos, então todos os móveis da minha sala de jogos foram
transportados com rótulos regulares como “prateleira” e “rack para casacos” e
estão em um canto esperando a remontagem.

Em vez de colocar todos os móveis juntos em um ponto, em seguida,


movê-los, eu decidi que era melhor montá-los em seus lugares definitivos.

Eu já sei como o quarto será montado, por isso é apenas uma questão de
mudança. Eu começo com a cruz de Santo André4, porque não há muito a fazer e
ela vai ser uma tarefa fácil e rápida.

Erro. Minha mente está cheia das visões de Violet amarrada a ela
enquanto eu trabalho em seu corpo, transformando sua pele pálida em todos os
tons de rosa e vermelho.

Meu pau incha e eu estou lutando com uma esmagadora necessidade.


Preciso foder. Preciso dominar. Preciso atacar e ser recompensado com um grito,
um gemido, ou melhor ainda, um gemido abafado.

Preciso de Violet.
4 Peça utilizada no BDSM.
Eu vejo minha mala apoiada contra um monte de caixas inocentemente
rotulada como Quarto Vermelho. Não as abri desde antes daquela noite com
Violet. Estou terrivelmente fora de forma e os meus dedos de repente coçam para
tirar o conteúdo.

Preciso de Violet, choramingando com minhas palmadas.

Abandonando a montagem transversal, eu vou até o outro lado da sala


para pegar a mala. Eu abro o topo e derramo minha coleção de bastões sobre a
mesa de vidro de café.

O meu favorito é a vara de vime com um punho curvado. Eu a seguro e


corto o ar com ela algumas vezes. Agora eu estou imaginando Violet em uma saia
curta e uma blusa branca com apenas a metade inferior dos botões fechados.
Meias 3/4 brancas e salto alto preto Mary-Jane para completar a fantasia. Eu
coloco um cobertor dobrado sobre o braço do divã de couro e fantasio Violet se
curvando sobre ele.

A barra da saia mal cobre a metade superior de suas nádegas nuas,


revelando a pele cremosa suave, perfeita para decorar com vergões vermelhos
bonitos.

Meses de energia e frustração reprimidos me deixa querendo colocar tudo


o que tenho em cada golpe da vara. Mas eu sei que sou melhor do que isso,
mesmo em minhas fantasias. Especialmente nas minhas fantasias, porque elas
são mais ensaios para cenas que eu quero atuar na vida real.

Com um ritmo constante, eu desço a vara em sua bunda. Delicadamente


no início, em seguida, trabalhando lentamente a intensidade até que, finalmente,
eu coloco uma força maior naquele ponto sensível onde suas coxas e nádegas se
encontram.

Ela grita mais de surpresa do que de dor. Eu volto para o golpe gentil e
quando fico mais animado, jogo o peso da minha mão nela. Violet solta outro
grito, e uma listra vermelha bonita aparece em toda a parte mais larga do seu
traseiro.

Meu pau estica contra minha calça enquanto eu continuo deixando


minhas marcas em todo o traseiro de Violet. Seu controle se desfaz e ela começa
a tremer, embora ela ainda esteja tentando se segurar. Quando eu chego ao final
da minha tortura, a minha fantasia se desfaz completamente.

Eu não posso tirar meu pau e deslizar em sua buceta molhada. Eu não
posso foder sua buceta até que ela esteja chorando por uma razão
completamente diferente, porque eu não vou deixá-la parar de gozar.

É por isso que eu preciso dela.

Eu tive a coisa real.

Violet é especial, e não tem nada a ver com o sexo. É fácil imaginar o
braço do sofá como o traseiro de Violet, mas agora eu quero segurá-la em meus
braços, e para isso, apenas a verdadeira Violet vai funcionar.
Capítulo 7
Violet

Eu como os chocolates que Max trouxe durante toda a semana.

Eu não queria, em primeiro lugar. Eu pensei em enviá-los de volta para


ele, mas isso seria um desperdício de um chocolate incrivelmente bom.

Além do mais, isso me confundiu, e eu não gostaria de deixar um quebra-


cabeça sem solução.

Max não é um tipo de cara que dá chocolates, eu tenho certeza disso. Ele
é mais um “ei, essa foi uma grande foda, aqui vai uma gorjeta de mil dólares” -
esse tipo de cara.

Eu acho.

Quem sabe, talvez ele seja ambos.

A última trufa desaparece no início da manhã de sexta-feira após um


depoimento particularmente estressante, que terminou abruptamente. Eu olho o
cheque com os honorários de uma hora e quarenta e cinco minutos com uma
mão enquanto eu lambo o chocolate escuro dos dedos da outra.

Multifunções.

Olho para o relógio. Eu tenho quinze minutos antes da reunião da equipe.


Eu pego outro arquivo da minha mesa, que eu sei que tem uma chamada de
telefone à espera, e decido resolver logo.

Quando William Novak começa a falar sobre faturamento contemporâneo


como o foco da reunião da equipe, porque, aparentemente, algumas pessoas,
que não sou eu, precisam de um lembrete – eu me lembro do cheque
mentalmente e penso em Max.

Quero dizer, o chocolate.

Não Max.

Ok, esse devaneio foi um erro. Eu bato a ponta da minha caneta em meu
bloco de notas e tento forçar-me a prestar atenção à reunião. Ele ainda está
falando sobre o acompanhamento de horas, enquanto nós fazemos o trabalho.
Fala sério? Eu não posso lidar com isso.

Mais chocolates, eu rabisco no bloco de notas.

Eu toco na página e adiciono couve abaixo para uniformizar a salubridade


da minha lista de compras.

Maçãs

Aipo

Pimentas

Peitos de frango

Bolos

Abobrinha

Segundo esconderijo secreto de Chocolate

Então eu risco as duas linhas de chocolate, porque eu não preciso deles. E


todo o resto posso conseguir amanhã no mercado dos agricultores.

***
Ottawa tem um monte de opções de mercados de agricultores, incluindo
um mercado interno permanente que está aberto todo o ano. Eu prefiro o
mercado ao ar livre no extremo leste, e graças à temporada de inverno se
aproximando rapidamente, este é o último fim de semana que estará aberto.

É feito no estacionamento de um centro de recreação popular. A esta hora


no ano passado, o estacionamento estava recheado de jogadores de hóquei da
liga da cerveja, mas eu acho que está começando o final da temporada, enquanto
a multidão do lado de fora é principalmente das pessoas regulares do mercado.

Eu tomo um café primeiro, porque está frio, em seguida, dou uma olhada
na barraca dos fornecedores. Eu tenho a minha lista, mas às vezes é bom ver o
que as pessoas têm à venda. Eu pego um saco de cabaças para decorar minha
mesa da cozinha, em seguida, pego todos os legumes que eu queria.

Estou na tenda do meu padeiro favorito quando noto dois sedans pararem
na frente da arena. Grandes. Pretos.

Você sabe aquele momento em que você sente uma coisa? Este é um
daqueles momentos. Eu sei que esses são carros do primeiro-ministro. Bem, um
deles. O outro seria para seus seguranças.

Eu trabalho a duas quadras do Parliament Hill. Eu vi os carros antes,


embora eu ainda não tenha visto o nosso novo líder com meus próprios olhos.

Eu suspeito que isso esteja prestes a mudar.

A mulher na tenda se vira, seguindo o meu olhar. Ela provavelmente está


pensando algo sobre Gavin Strong.

Eu não. Estou pensando em seu melhor amigo.

Ele é o confidente do primeiro-ministro. Eu pensei sobre essa revelação


desde que Max veio ao nosso escritório.
E agora o PM está ali, saindo da arena.

Isso explica por que o estacionamento está quase vazio.

Isso também faz o cabelo na minha nuca se levantar e minha garganta


fechar, porque Max deve estar dentro da arena?

Eu deveria sair, apenas no caso.

Eu vejo quando o líder da nação troca uma piada e um sorriso rápido com
seu motorista e um membro de sua equipe de segurança antes de desaparecer na
parte de trás do carro da frente.

Eu arrasto minha atenção de volta para a vendedora a minha frente, agora


à espera pacientemente para eu escolher quais bolos eu quero.

—Ele é muito bonito. —Diz ela com uma piscadela. Ou talvez ela esteja
esperando eu terminar de babar.

Não tão bonito quanto o seu melhor amigo, meu coração traidor sussurra,
porque Max não é exatamente bonito. Ele é assustador, intenso e ferozmente
tem boa aparência se estamos sendo específicos. E o primeiro-ministro é bonito,
tipo o menino da casa ao lado. Eu concordo. —Acho que vou levar seis muffins de
maçã e nozes.

—Parece bom. —Ela os coloca em uma caixa e eu entrego uma nota de


dez dólares. —Você viu o anel que ele deu a sua noiva?

Eu vi. Eu descaradamente leio praticamente todos os artigos sobre Ellie


Montague. Entre os dois, eu provavelmente tenho uma maior queda por ela,
apesar de eu respeitar o PM e fico feliz que votaram nele, mesmo que ele não
tenha muita experiência.
Mas sua namorada, agora sua noiva, me fascina. Ela é uma estudante de
graduação em uma das universidades aqui em Ottawa, e ela parece tão centrada,
real e inteligente.

Além disso, ela coloca-se em um relacionamento de alto nível, mesmo que


esteja muito claro que nunca seria sua primeira escolha, porque ela está
apaixonada. E apesar do meu cansado cinismo pós-divórcio, eu sou uma
romântica de coração.

Eu tenho que acreditar no amor verdadeiro, porque eu saí de um


casamento que foi realmente apenas uma boa amizade, e no final, não foi muito
bom realmente. Se o amor verdadeiro não existe, esse é um grande risco.

Mas eu prefiro estar sozinha a me contentar com algo apenas bom o


suficiente. Contentar-me com o agradável e seguro, com o solitário.

Porque desde que saí de Toronto e deixei meu ex-marido, me sinto tão
sozinha quanto me sentia dentro de nosso casamento.

Eu nunca vou me colocar nisso novamente. O verdadeiro amor ou nada,


esse é o meu novo lema. E algum divertimento sério, entretanto, porque eu não
serei celibatária. Em teoria, eu sou uma grande fã da tentativa, tentar novamente
nessa busca pelo cara certo.

Que eu não tenha conseguido fazer-me tentar novamente desde Max...


bem... é um problema. Mas que não vai ser resolvido hoje.

Pelo menos eu tenho muffins.

—Ele tem sorte. —Eu finalmente digo. Eu realmente não quero fofocas
sobre o relacionamento do PM.

—Eu acho que ela é sortuda. —O padeiro ri, e então alguém aparece,
dando-me uma desculpa para seguir em frente.
A última coisa na minha lista de compras é frango, então eu vou até o fim
da fila. O açougueiro tem uma geladeira portátil na parte traseira de sua van,
então ele está em campo aberto, passando pela fileira de barracas montadas. Eu
paro lá e faço o meu pedido.

Eu olho para trás na arena. Outro cara sai. Um cara grande, de boa
aparência, mas não é Max. Talvez ele já tenha ido, se é que ele esteve aqui.

Eu tento não ficar desapontada com esse pensamento.

A última vez que o vi, eu gritei com ele e o chutei para fora do meu
escritório. Eu criei alguns limites graves e me forcei a eles, mesmo quando ele me
tentou.

A esperança de esbarrar com ele é além de tola. É estupida.

E ainda quando a porta se abre novamente e vejo uma forma alta familiar
sair, largo nos ombros e movendo-se com um passo confiante que significa muito
mais para mim do que deveria... meu coração pula.

Sim. Estúpido. E ainda assim eu fico lá, olhando para ele, esperando que
ele vá sentir a minha atenção.

Em seguida, uma mulher sai atrás dele, loira e atlética, e ela chama por
ele. Meu coração para, que é igualmente irracional o salto que o precedeu.

Ele se vira e para. Eles conversam. Eu passo por toda uma montanha russa
de emoções antes de aterrar na ideia de gênio de me esconder. Então eu pego
minhas compras e volto para a fileira de barracas.

Claro, eu estou me afastando do meu carro, e eu já fiz isso duas vezes. Eu


paro e compro um pouco de mel, apenas assim os vendedores não acharão que
eu sou louca, então decido ir para a parte de trás até voltar para o meu carro.

É onde eu corro direto para Max - atrás da barraca do mel.


Ele para a poucos metros de mim.

Eu continuo indo, porque os meus pés não estão ouvindo o meu cérebro,
e quando eu finalmente chego a parar, há apenas alguns centímetros entre
nossos corpos. Meu saco de mantimento bate em seu saco de hóquei, e ele recua.

—Oh. —Eu digo como um idiota.

—Violet. —Seu rosto aperta. Ele me dá um olhar de cima a baixo, em


seguida, olha para trás.

O que você está fazendo aqui pareceria como uma questão hipócrita
quando eu já sei que ele estava jogando hockey com o PM. E admito que
significaria que eu o observei e corri na direção oposta. Então, ao invés disso, eu
não digo nada, olhando para ele em silêncio. Posso reduzir sua estima por mim
como uma advogada, mas ainda parece ser o curso de ação mais seguro.

—Você foi fazer compras? —Isso saiu em forma de pergunta, porque essa
é a coisa educada a fazer, mas sua voz é rouca e séria.

Eu concordo.

—Eu não te vi aqui antes. —Ele aponta na direção geral da arena. —Nós
jogamos aqui todos os sábados há algum tempo.

—Hóquei? —É hóquei, claro. É uma arena, em outubro. E ele tem uma


enorme sacola por cima do ombro.

Max é muito inteligente, e isso me deixa nervosa. Eu posso ver o


momento em que ele percebe que eu não me sinto no controle da situação. Eu o
espero pressionar, forçar essa dor que me faz contorcer, mas ele não o faz.

Isso me deixa mais instável do que antes.

—Sim. Hóquei. —Ele limpa a garganta. —Eu gosto deste mercado,


também.
—Eu geralmente venho mais cedo. —Eu falo desnecessariamente. —
Melhor seleção de produtos.

Ele balança a cabeça. —Eu estava indo pegar alguns muffins.

Os de maçã e nozes acabaram. Mais uma vez, eu me impeço de expressar


esse pensamento, embora tenha colocado uma boa quantidade de esforço. É o
impulso estranho, este desejo de contar-lhe tudo.

—Você está saindo?

Eu hesito. —Sim.

Ele levanta uma sobrancelha, e isso me aquece. —Você não tem certeza?

—Tenho certeza. Eu terminei. —Eu levanto minha sacola. —Eu já tenho


meus muffins.

—Eu vou levá-la ao seu carro, então.

—Não. —Eu fecho os olhos e respiro fundo. —Obrigada. Mas você precisa
ir às compras e eu terminei, então eu só vou... —Eu tento apontar em direção ao
meu carro, mas na verdade ele está do outro lado do mercado, e isso é ridículo.
—Quer saber? Vamos. Vou andar nessa direção com você.

Ele ri de mim baixinho, mas começa a andar enquanto eu o acompanho


pelo mercado pelo que parece ser a centésima vez.

É estranho fazer isso com outra pessoa. Eu comecei uma viagem semanal
ao mercado em Toronto, quando o meu casamento se desfez. Parte de uma busca
por um novo sentido de quem eu sou. Eu encontrei pedaços de mim nesta nova
rotina, e eu continuei quando me mudei para Ottawa.

Como se pudesse ler minha mente, Max olha de soslaio para mim. —Você
está aqui sozinha?
—Sempre.

Ele levanta as sobrancelhas para isso.

—Meu ex odiava o mercado. —Eu ofereço, em seguida, amaldiçoo-me


pelo compartilhamento desnecessário.

—Ex?

E aí vamos nós... —Ex-marido. —Eu olho para frente. —Eu me divorciei em


julho.

Ele para e olha para mim. Estou tentada a continuar caminhando. Deixar
esse fato para ele pensar, mas não posso fazê-lo. Eu paro, também e me viro
lentamente para olhar para ele.

—Quanto tempo você ficou casada? —Ele pergunta baixinho, sua


mandíbula apertada debaixo de sua barba, os olhos sérios.

—Dois anos e meio. —É quase demais sustentar o olhar de Max, mas eu


não desvio o olhar. A nova Violet não tem vergonha de nada.

—Eu sinto muito.

Eu concordo. —Obrigada. Eu não sinto. Foi melhor assim.

—Ele não está aqui?

Ele quis dizer Ottawa, e eu balanço minha cabeça. —Toronto.

—Bom. —Ele se aproxima, e acho, por um segundo, que ele poderia me


alcançar e tocar-me, mas em vez disso ele simplesmente aponta a fileira em
direção ao padeiro. —Vamos. Faça-me companhia enquanto eu pego alguns
muffins.
Uma vendedora de flores no lado mais distante do padeiro vendeu todo
seu material, e agora ela está desarmando sua barraca, o que torna passar um
pouco difícil. Max para, para obter seus bolinhos e a menina dá-lhe um grande
sorriso. Eu aproximo-me, e a atenção dela cai entre nós.

—O quê? —Max me pergunta, e ela assume que estamos juntos.

—Vocês queriam mais muffins, é?

O que há com ela e essas conversas que não quero ter? Concordo com a
cabeça educadamente.

—Você já pegou seus muffins, querida? —Max pergunta, e o humor em


sua voz é uma mudança tão abrupta que minha boca praticamente cai aberta.

Eu franzo a testa para ele. Meu aceno para ela era apenas a resposta que
exigia a menor quantidade de explicação.

Eu não estou fingindo que somos um casal. Eu olho para o corredor


bloqueado e suspiro. —Eu preciso ir. —Murmuro.

Ele estende a mão e roça os nós dos dedos contra a minha bochecha, de
forma tão leve que eu não tenho certeza se ele está realmente me tocando,
exceto que a minha pele parece chamuscada e em carne viva. —Talvez você
esteja apenas com fome.

—Quer saber? Estamos quase terminando aqui. —A menina acrescenta


cuidadosamente seus dois últimos bolos na caixa de Max. —Algo para a sua
viagem de volta para casa de carro.

Eu ainda estou olhando para ele, porque me tocar é definitivamente


ultrapassar o limite que eu defini uma semana atrás.

Ele não vai me alimentar com um muffin.


Eu não me importo se é rude. Eu recuo, em seguida, fujo o mais rápido
que eu posso em torno das coisas da vendedora de flores. Que tipo de idiota não
faria qualquer coisa para ter um espaço? Ridículo.

Eu estou andando rapidamente e Max ainda precisa pagar, mas de alguma


forma ele ainda me alcança quando eu chego ao meu carro.

—Ei. —Ele diz, sua voz áspera e sem fôlego enquanto ele fica na minha
frente, jogando sua bolsa de hóquei no chão, no mesmo momento em que ele se
prepara para colocar a mão na porta do meu carro - efetivamente me parando de
entrar e dirigir para longe dele. —Eu sinto muito.

—Está tudo bem.

—Não está. —Ele abaixa a voz. —Simplesmente aconteceu, sabe? Às vezes


eu sou incorrigível. Eu não estava tentando começar algo.

Eu reviro meus olhos. —Certo.

—Se eu fosse começar algo, eu convidaria você a vir e ver-nos jogar na


próxima semana. —Ele sorri. —Eu gostaria que você me aplaudisse.

—O mercado não estará aqui no próximo sábado. —Eu dou de ombros


como se fosse uma pena, mas não é. É uma coisa boa, e provavelmente a única
coisa que está me impedindo de aceitar essa oferta.

—Eu tenho certeza de que podemos encontrar outra desculpa. Gostaria


de conhecer o primeiro-ministro? Ellie vai vim assistir na próxima semana. Eu
poderia apresentá-la, ela poderia garantir que eu não sou um monstro.

Minhas bochechas aquecem. —Eu não acho que você é um monstro.

—Apenas fora dos limites.

—Sim.
Um zumbido baixo soa de dentro de sua jaqueta. Ele geme e puxa um
pager, olhando para a tela por um segundo antes de olhar de volta para mim. —
Isso realmente não funciona para mim.

Bem, muito ruim, muito triste. —A vida é cruel. —Eu deslizo minha mão
sobre a dele, ignorando a fria eletricidade que atravessa o meu braço com o
contato. —Com licença. Eu realmente preciso ir.

—Ok. —Ele dá um passo para trás e enfia as mãos nos bolsos. Ele está
franzindo a testa novamente. Como se estivesse pensando muito.

Eu reconheço essa expressão.

Ele tinha a mesma expressão quando tentei afastá-lo na sala de reuniões.

—Max... —Eu solto um suspiro frustrado, porque as palavras que eu sei


que deveria dizer apenas não parecem bem saindo da minha língua. Eu me
contento com a verdade mais próxima. —Isso é perigoso. Não podemos fingir que
não existem regras.

Ele balança a cabeça. —Sim.

—Então, você precisa esquecer o que fizemos. Eu preciso esquecer o que


fizemos.

Outro aceno de cabeça, e seu cenho se aprofunda. Ele olha para o chão,
em seguida, para longe. Mais pensamento. Em seguida, ele gira a cabeça para trás
e exala. —Nós vamos descobrir alguma coisa.

Eu engulo em seco. Isso é o que eu tenho medo.


Capítulo 8
Max

O pager que recebi ao falar com Violet era de um dos residentes do


hospital, assim eu vou direto da arena para lá. Estou de plantão, e esta manhã,
durante rondas diárias, nós decidimos manter um paciente com concussão pelo
fim de semana. Seus pais ainda estão fazendo protestos, pois queriam levá-lo
para casa mais cedo, e minha residente quer que eu entre na conversa.

Eu iria voltar mais tarde esta noite de qualquer maneira, mas eu deixei
claro para qualquer residente com quem trabalho que eu quero estar envolvido
em absolutamente qualquer coisa fora do comum.

Parte do que é minha dura obrigação - avaliar residentes se eu não os vejo


cumprindo todas as facetas do trabalho.

Mas a maior parte da minha motivação não é egoísta. Eu sou uma pessoa
diferente quando passo pelas portas do hospital. Mais calmo, mais dado.

Eu gosto muito mais de mim quando estou usando o estetoscópio, mesmo


quando eu estou tendo conversas difíceis.

Depois da interação inquietante com Violet e mais um lembrete de que eu


não consigo me controlar em torno dela, eu poderei usar essa pausa para ir ao
único lugar onde eu tenho firmeza profissional.

Deixo a minha sacola de hóquei na parte de trás do meu SUV e vou direto
para os andares dos pacientes. Eu rolo as mangas até os cotovelos e entro no
quarto pelo posto de enfermagem, em seguida, verifico o quadro branco.

Dois pacientes estão fazendo exames, mas fora isso, nada mudou desde
esta manhã. Eu checo tudo com meus residentes, em seguida, o estagiário e eu
caminhamos até o quarto privado no final do corredor, onde Ethan Bolton está se
recuperando de sua queda de um lance de escadas na escola, terminando com
uma concussão.

Eu bato na porta, depois coloco a cabeça dentro com um sorriso amigável.


—Olá de novo.

Não é preciso muito para perceber que os Boltons estão chegando ao fim
de seu limite emocionalmente. Ambos os pais estão aqui hoje porque suas filhas
foram passar o dia com amigos na cidade, mas eles são agricultores que vivem há
uma hora longe de Ottawa.

E é tempo de colheita. Se não tivesse chovido ontem, o Sr. Bolton não


estaria aqui hoje.

—Eu sei como isso é difícil para sua família. Nós tínhamos falado sobre
segunda-feira ser o dia para a alta, e eu gostaria de ficar com essa data, mas eu
não estou ignorando os desafios da necessidade de vir para a cidade. Um grande
número de famílias decide escalonar suas visitas...

—Eu não vou deixar meu filho em um hospital por dias a fio. —Sr. Bolton
rosna com uma ferocidade que eu aprecio.

—Não dias. Um dia, no entanto. Amanhã, por exemplo. —Eu dou a Ethan
um meio-sorriso. —Eu não estou fazendo nada. Eu vou passar por aqui. E nós
temos o pessoal de apoio a pacientes, que são excelentes.

O olhar assassino no rosto me diz que é um “sem chance”.

—Não é apenas a pressão sobre a família. —Sr. Bolton diz, tentando


moderar sua própria careta ao mesmo tempo enquanto suaviza a súbita tensão
na sala. —Ethan está sozinho. Ele ainda sente falta de suas irmãs.

—E o meu Lego. —Ethan acrescenta solenemente.


Eu concordo. —E a sua televisão e cadernos e jogos de vídeo, também.
Entendi. É por isso que nós queremos mantê-lo aqui por mais um dia ou dois. Isso
é realmente importante, porque esse material é irresistível.

Ele franze a testa. —Mas eu me sinto melhor.

—Bom. Isso é o que nós queremos.

—Então, por que não posso ir para casa?

Eu olho para a mochila no chão. Um retrato estilizado do Capitão Plasma


decora a parte dianteira. —Porque você não vai se sentir melhor se você estivesse
tentando construir um TIE-Fighter5. Você iria se concentrar tanto para conseguir
montar os canhões de laser que você não notaria sua cabeça começando a doer.

Assim como o Bob Esponja Calça Quadrada, meu conhecimento de Star


Wars ganha das crianças, onde o meu conhecimento médico não tem qualquer
influência. Ethan acena. —Oh.

—Lembra-se de que falamos sobre descanso cognitivo? E como você tinha


que sair de casa por um tempo? —Ele balança a cabeça, mas posso dizer que ele
ainda está pensando sobre Star Wars. E eu não quero que ele pense muito, use
muito seu cérebro, por isso corto este mal pela raiz. —Deixe eu te dizer uma
coisa. Nós temos alguns episódios do Clone Wars por aqui. Podemos assistir
metade em uma noite e o resto amanhã. Se isso der certo, então vamos ver o que
podemos fazer sobre liberar você daqui, ok?

O pager do meu residente toca, e ele se desculpa, mas eu fico mais alguns
minutos, respondendo a perguntas sobre dores de cabeça e sinais de aviso de
exagero. Eu explico níveis de subatividades limiares de tantas maneiras
diferentes, de acordo com o que a família precisa - geralmente uma maneira
diferente para cada membro, e isso é o que acontece hoje, também.

5
TIE Fighter é uma nave de caça do Império com grande potência.
Eu não saio do quarto até que as linhas de preocupação se desvanecem e
o silêncio se estende por tempo suficiente para acomodar sorrisos hesitantes
novamente.

—Eu te vejo mais tarde, Ethan. —Eu digo enquanto me despeço.

Há uma sala de trabalho por trás do posto de enfermagem, e desde que


eu não tenho o meu laptop comigo, eu me conecto ao computador lá. Cada
encontro com o paciente agora tem que estar conectado eletronicamente, o que
é um saco.

Eu faço isso de qualquer maneira, com rapidez e eficiência, porque dentro


destas paredes eu sou um profissional.

—Dr. Donovan, desculpe interromper. —Eu olho para cima. Uma das
enfermeiras está de pé na porta. —Há uma chamada da Pediatria na emergência.
Gibson não atende o pager rápido o suficiente, aparentemente.

Eu reviro meus olhos. O outro residente júnior em serviço hoje é um


excelente médico que provavelmente só está preso na fila do refeitório. Eu
reservo os arquivos que eu estava revendo e a sigo para a recepção enquanto ela
me diz o que sabe.

—A criança entrou com suspeita de apendicite, mas o residente da


cirurgia desviou de volta para nós. Eles estão dizendo que talvez não seja.

Eu alcanço o telefone ao mesmo tempo em que vou ao quadro branco


atrás de mim. Está cheio. Não temos outro leito, mas nós temos um paciente que
poderia ser movido para o andar cirúrgico. E temos salas auxiliares que podemos
abrir em uma base necessária, mas estende-se ao cuidado da enfermagem. —
Aqui é o pediatra de plantão, com quem estou falando?

—Sam Ellery, cirurgia.

—Sam. Max Donovan. Diga-me porque este caso não é apendicite.


Ele me explica eficientemente o seu diagnóstico.

—Aqui está a coisa, Sam. Estamos cheios neste fim de semana. Portanto,
se esse garoto vai acabar tendo que passar por uma cirurgia de qualquer maneira,
vamos ter certeza de que há um diagnóstico preciso desde o início. Você me
entendeu?

—Alto e claro. —Eu o ouço sussurrando no fundo enquanto Sam mexe em


um arquivo. —Esta é a terceira visita à emergência com dor abdominal nos
últimos seis meses. Outra coisa está acontecendo.

Bem, foda-se. Isso definitivamente é nosso problema. —Eu vou descer.

O residente júnior, Gibson, entra bem a tempo de ouvir isso. Ela me dá um


olhar curioso. —Emergência?

—Sim.

—Você quer que eu vá?

—Nah, eu vou descer. Tudo está quieto aqui. Mas nós podemos precisar
de outro leito hoje à noite. Veja com Susan e descubra a melhor maneira de lidar
com isso.

—Vou fazer.

Eu desço as escadas, grato pelo momento de silêncio antes de eu entrar


na emergência. Eu me apresento à enfermeira-chefe. Eu ainda estou conhecendo
todos aqui, e ela é alguém que eu só vi uma vez antes. Ela dá um olhar rápido
para o meu crachá de identificação, em seguida, me aponta para uma maca na
parte de trás, adjacente ao lado dos adultos da emergência.

Todo o hospital está abarrotado de gente.


Eu paro em frente ao espaço de camas acortinadas, deixando meus passos
e sombra anunciarem a minha presença por um momento antes de eu puxar a
cortina.

—Olá, eu sou o Dr. Donovan. Eu entendo que você não está se sentindo
bem. —Dirijo-me ao paciente, uma menina de nove anos chamada Emma, mas
certifico-me de dar ao pai e a mãe algum contato visual, também.

Eles parecem preocupados.

Emma está com dor óbvia.

Eu respiro fundo e vou trabalhar.

***

Vinte minutos mais tarde, Emma está a caminho da internação. Acho a


estação de computador mais próxima e faço login no sistema para gravar minhas
ordens para minha mais nova paciente. Nós vamos colocá-la na medicação e
encomendar uma bateria de exames, mas vai demorar alguns dias antes de nós
termos uma compreensão clara do que estamos tratando. Condições
gastrointestinais são notoriamente difíceis de tratar.

Meu estômago ronca enquanto eu me levanto. Um rápido olhar para o


meu relógio me diz que é hora do jantar, e como de costume, eu estou
despreparado. As ofertas de fim de semana no refeitório são inúteis, a menos que
eu queira pizza, e eu como o suficiente dessa merda com Gavin. Adicione Lachlan
na mistura e é um milagre eu não ter engordado uns quinze quilos desde que me
mudei para Ottawa.

Eu tenho bolos no carro, não que aqueles sejam melhores.


O que eu preciso fazer é criar um serviço de entrega de comida. Frango e
legumes, peixe e legumes, verduras e legumes. Vai ser incrivelmente chato e
perfeitamente saudável.

É claro que agora eu só quero pizza.

Vou me preocupar em ser perfeitamente saudável amanhã.

Eu vou para o lado adulto da emergência, uma vez que o acesso à


cafetaria está desse lado, e eu estou quase passando pela porta quando ouço
uma mulher suspirar. —Ow. Não, eu estou bem.

Meu corpo para de repente e fica ciente do leito no canto.

De trás da cortina eu ouço. —Bem, eu não estou bem, Matthew, mas eu


cheguei aqui sozinha.

Violet.

Neste edifício, eu sou um profissional. De repente, eu não estou tão certo


sobre isso. Eu não estou aqui no meu papel como um médico.

Seria uma violação terrível de privacidade me aproximar dela,


especialmente tendo em conta os nossos últimos encontros.

Por outro lado, ela está machucada.

E quem diabos é Matthew?

Só então uma enfermeira passa por mim, em direção à cama de Violet, e


puxa a cortina.

Olho para ela. Ela está com as mesmas roupas de antes, jeans e um suéter
macio. Sua mão está envolta em um pano de prato encharcado de sangue.
A enfermeira pergunta-lhe algo, mas Violet não responde, porque ela me
viu, e agora estamos olhando um para o outro.

Ela quer me ignorar. Se eu lhe der a chance, ela vai tentar se recompor e
fazer exatamente isso, ou morrer tentando, mas isso é besteira. Seu rosto está
torcido, sua coloração se foi, e sua respiração está definitivamente irregular. Ela
não está lidando bem com a dor.

Eu atravesso a sala em passos largos.

—O que aconteceu? —Eu não me importo se sou brusco.

—Eu me cortei - ah! - picando legumes. —Seus olhos ficam tensos


novamente enquanto ela olha para onde a enfermeira está desembrulhando sua
mão. A ferida parece profunda, mas os dedos todos ainda têm coloração.

A enfermeira pede a ela para mexer os dedos. Bom movimento, mas isso a
faz sangrar novamente e ela choraminga com a visão.

Devo ter feito uma careta, porque me olha e revira os olhos para mim. —
Estou bem.

—Claramente. —Eu rodeio a cama, no lado mais distante do local onde ela
está sendo atendida. —Feche seus olhos.

—Por quê?

Eu levanto minhas mãos e abaixo minha voz. —Então eu poderei ajudá-la,


nada mais.

Ela hesita.

—Ou eu posso perguntar-lhe quem é Matthew e por que você não vai
deixá-lo estar aqui com você.
Isso me rende um sorriso dela, e ela fecha os olhos. —Mais uma vez, isso
não é da sua conta.

Então, ele é o cara que a chamou enquanto estávamos comendo jantar


em seu escritório. —Namorado?

Ela hesita. —Não.

—Ele é...

A enfermeira não se importa se eu estou curioso pra caralho. Ela termina


de limpar a ferida e começa a falar comigo. —Ok, isso parece muito bom. O
residente estará aqui em breve para fazer as suturas, a menos que você queira
fazer, Dr. Donovan?

Eu balanço minha cabeça. —Eu não trabalho em mãos tão grandes.

Violet engasga enquanto a enfermeira ri. —Você está me chamando de


Shrek?

—Dificilmente. —Murmuro, levando minha boca à sua orelha. —Meus


pacientes têm geralmente um metro de altura e eles precisam segurar um bicho
de pelúcia ou a mão de um dos pais enquanto são costurados.

—Certo. É claro. —Ela hesita novamente, e sua voz suaviza. —Eu ouvi você
mais cedo. Com um paciente. Eu estava sentada na sala de espera e você estava
perto da porta.

—Ah. —Faço uma nota mental para lembrar ao funcionário da emergência


que a porta deve permanecer fechada, mas isso não é problema de Violet.

—Você foi muito bom.

—Eu tento.

—E você está sendo... muito bom agora.


—Você está tentando elogiar a minha maneira de clinicar?

—Talvez. Não entendo muito disso.

Muito tarde. Eu cravo meus polegares nos músculos duros na parte


superior da sua coluna vertebral. —Relaxe.

—Minha mão está aberta. Eu posso ver o osso.

—Não olhe para ela. —Eu movo meus dedos pelas suas costas,
massageando ao longo de sua coluna vertebral, delicadamente no início, em
seguida, mais forte enquanto coloco minhas mãos nos quadris dela. Elas estarão
fora da vista do residente quando ele chegar para fazer as suturas.

—Eu não consigo evitar.

—E se eu ordenasse a você a não olhar?

Ela congela. Ela ainda está respirando forte, mas está controlada. Isso não
vai alterar nada.

—Respire fundo, gatinha.

—Max, nós não podemos...

—Circunstâncias excepcionais. —Minha voz é baixa o suficiente para


ninguém mais poder me ouvir. —Eu prometo que não vou transar com você aqui
na frente de todas essas pessoas, tanto quanto a ideia de levá-la em frente de
uma multidão me excite. Mas não aqui. Outro encontro, mais anônimo. Todos de
máscaras, talvez. Eu gosto muito dessa ideia. Mas agora, eu só estou usando a
única ferramenta à minha disposição para acalmá-la. Pense em mim como uma
bola de stress ou algo assim.

—Mas eu sou a única que está sendo massageada.

—E é assim que você gosta.


Uma longa pausa, em seguida, sua cabeça balança com relutância em um
aceno de cabeça afiado.

—Até que as suturas sejam feitas, você não deve olhar para o seu lado. Eu
sei que você pode fazer isso. Você tem a mais bela força de vontade que eu já vi.
Respirações profundas. Mostre-me quão boa pode ser, Violet. —Quando o
residente entra, eu a belisco, forte, e ela levanta a cabeça.

—Pronta? —O residente pergunta, e Violet assente.

Eu dou-lhe outro beliscão no mesmo local, em seguida, acaricio com o


meu polegar. Como eu queria que fosse pele nua que eu estivesse esfregando,
sentindo o calor da minha marca.

Ele não leva muito tempo. O residente é bom, e Violet não move um
músculo. O tempo todo, eu estou a segurando, e quando estamos sozinhos
novamente, ela cede contra mim.

Porra.

Ela não diz nada, enquanto silenciosamente desce da maca. Eu passo para
o outro lado, e antes que eu possa descobrir o que dizer, a enfermeira está de
volta com ordens de dar alta à Violet.

Espere, eu quero falar para ela. Espere e deixe-me explicar que inferno foi
tudo isso. Mas nós dois sabemos.

E agora eu só preciso descobrir como vê-la novamente.


Capítulo 9
Violet

Uma semana se passa antes de eu ver Max novamente. Eu me entrego ao


trabalho, tentando não pensar sobre sua voz no meu ouvido, em suas mãos nos
meus ombros.

Desde o momento em que coloquei os olhos em Max, eu soube que ele


era perigoso. Inferno, isso é o que eu queria dele naquela primeira noite.

Mas agora? Agora que ele se mostrou gentil e atencioso e completamente


sem piedade, de forma que ele vai usar essas características para conseguir o que
quer...

Eu estou começando a pensar que a minha rendição é inevitável, o que


significa que, quando Hannah me diz que ele está ao telefone, peço-lhe para
dizer-lhe que estou no tribunal.

—Ele deixou uma mensagem? —Pergunto quando ela traz um arquivo


meia hora mais tarde.

—Quem? —Ela procura em sua memória. —Oh, Max Donovan? Não.

E assim vai, mais três vezes essa semana. Na quinta-feira, Hannah está
começando a se perguntar por que eu não quero falar com um cliente. Eu digo-
lhe algo inócuo sobre a necessidade de mais tempo em seu processo e não
querendo desperdiçar desnecessariamente as suas horas faturáveis.

Eu não acho que ela acredita em mim. Max já está cruzando a linha entre
profissional e privado e não fizemos nada.

Novamente.
Nós não fizemos nada de novo. Porque nós fizemos um bocado em julho,
quando ele não era meu cliente.

E ele pode ter usado seu gênio excêntrico para me ajudar a passar pela
sutura quando ele era muito mais do que um cliente.

Esses pontos são um lembrete constante dele. O corte está curando bem
agora, rosado, esticado e coçando. O doutor da emergência me disse que eu
podia ver o meu médico de família na próxima semana para verificar a cura e
retirar os pontos.

Eu mal posso esperar. Dirigir ainda dói. Não que eu vá deixar isso me
impedir de ir ao mercado, no sábado.

Não é o mercado onde Max está jogando hóquei, no entanto. E mesmo


que o mercado de verão ainda esteja funcionando, eu vou ficar bem longe dele.

Provavelmente.

Suspiro. Provavelmente não. Mas eu gostaria.

Então, eu sou grata que não tenho essa tentação, que o mercado exterior
está fechado para a temporada e minha única opção para conseguir muffins na
cidade é o centro do mercado interno.

Em retrospectiva, eu deveria ter considerado a possibilidade de dizer a


Max que o último fim de semana foi uma coisa estúpida de se fazer.

Mas honestamente, não me ocorreu que ele estaria me esperando no


estande da padaria.

E lá está ele, sentado em um banco no meio do cruzamento de dois


corredores, mexendo em seu telefone.

Bem, ele está segurando o telefone.


Seu olhar está bem travado em mim quando me aproximo dele.

Um milhão de pensamentos explodem pela minha mente, mas tudo o que


sai da minha boca é o básico. —O que você está fazendo aqui?

Ele fica sem sorrir. —Eu queria ver você.

Estou no limite. Quem eu estou enganando - eu estive no limite por


semanas agora. Isso só me empurra mais perto de tombar no precipício
emocional. —A coisa normal a fazer nessa situação é ligar.

—Você não retorna as minhas chamadas.

Eu não posso admitir que eu tinha fugido dele, isso seria pouco
profissional. —Eu sou a sua advogada. Claro que retornaria.

—Eu não estaria chamando como seu cliente neste momento.

—Então você está absolutamente certo. Eu diria a você que o contato


pessoal não é apropriado.

—Diga-me isso agora.

—Eu acabei de dizer.

—Não, você disse que é o que você me diria. —Ele anda em direção a mim
e meu estômago cai. —Diga-me para deixá-la em paz.

Sinto um calor descendo na minha barriga. Eu não posso fazer isso. O


pensamento de não ver Max novamente dói. Mas isso tem que parar. Esse
sentimento tem que morrer. —Você não deveria estar jogando hóquei agora?

—Não foi possível esta semana. Eu tive que verificar um paciente. —Ele
aponta para a minha mão. —Como está curando?

Viu? Ele é o mal. Eu levanto a mão, mostrando-lhe os pontos. —Bem.


—Posso? —Ele espera eu acenar - relutante e ansiosamente, ao mesmo
tempo, no entanto, se isso é possível - antes de ele pegar a minha mão na sua. Ele
é cuidadoso, olha para os pontos, então vira minha mão antes de pronunciar que
tudo parece bem.

Eu deslizo minha mão da dele e limpo a garganta, tentando ignorar a


sensação de formigamento ainda deslizando pela minha pele. —Você sabe que
não deveria estar aqui.

Ele não responde imediatamente. Seu olhar segue minha mão enquanto
eu largo o meu braço para trás ao meu lado, então ele lentamente levanta os
olhos para encontrar o meu rosto. —Eu sei que você está fora dos limites e eu
deveria chamar um serviço de prostitutas. —Sua voz fica mais baixa, tornando-se
mais privada. —Talvez eu devesse arranjar alguém para me encontrar no Chateau
Laurier. Extirpar a memória de sua pele da palma da minha mão.

Cada palavra é uma lâmina, e ele as joga com a mesma eficiência, me


fatiando com precisão cirúrgica. O pensamento dele com outra mulher, dando-lhe
a surra que eu nunca tive, me faz ver vermelho. Provavelmente o sangue da
minha carreira. —Você não está sendo justo.

—O que seria justo?

Estou perturbada e em pânico, mas eu tento não deixar isso me abalar. Eu


tento manter um punho em meu coração acelerado e minha mente apavorada,
mas ambos estão trabalhando horas extras. Max me dominou bem. —Você vai
me arruinar. —Eu sussurro.

Ele me dá um olhar longo e solene. Menos sério, mais menino magoado.


—Você já me arruinou. Isso nos deixa quite.

Oh, pelo amor de Deus. —Eu não fiz nada.

—Não? —Ele se inclina para perto. —Eu te disse. Eu não estive com outra
mulher desde você, Violet. Eu não posso suportar a ideia de outro homem te
tocando. E você me diz que não pode acontecer novamente. Você me diz que sua
submissão não é minha. E você acha que eu deveria apenas continuar
alegremente?

Imagens de nós juntos piscam na minha mente e eu as forço para longe,


engolindo em seco contra o desejo surgindo dentro de mim. —Sim. Eu não estou
falando sobre continuar alegremente. Não vou fingir que não estou afetada. Mas
nós devemos seguir em frente. Isso é o que fazemos.

—Você é tão mentirosa. —Sua voz baixa novamente, outra tentativa.


Outro ângulo. Ele é um ator consumado, mesmo depois de todos estes anos. E
isto... esta abordagem é a minha kryptonita. Isto é o que Max pode dar-me que
ninguém mais pode, este domínio. Seus olhos brilham com confiança enquanto
ele me desvenda. Ele aprofunda sua voz. Comandando agora. —Mas mentir é
errado. Mentirosos devem ser punidos.

—Você não tem esse direito. —Minha voz oscila. —Você não tem esse
poder sobre mim.

Ele exala. —Há mais alguém?

Eu fecho meus olhos. Nós dois dançamos em torno disso, e eu deveria


reiterar que não há, é claro que não há. Eu não posso mentir para ele. Não sobre
isso. Eu posso fingir um monte de coisas, mas não mentir assim.

Não que isso fosse trapaça.

Meus olhos se abrem, arregalados e chocados com o pensamento.

Ele está olhando para o meu rosto, seu olhar intenso enquanto ele
cataloga a miríade de emoções, obviamente, sendo expostas.

Não poderia estar traindo. Nós não estamos juntos.

Nós não temos um caso.


Exceto que nós não somos nada.

Não estamos juntos.

Mas somos totalmente algo. Algo quente, complicado, fodido, fora dos
limites, não... pode... acontecer.

Então eu não posso dizer-lhe mais uma vez que ele é o único com quem
eu estive, o único em quem pensei em meses. Eu não posso dar-lhe esse poder
quando ele já me deixou confusa sobre nós.

Talvez seja a minha falta de uma resposta, ou talvez ele só queira jogar de
outra maneira, mas seu rosto suaviza e ele inclina a cabeça para o lado. —Eu não
estou pedindo por sexo.

Bem, maldição. —Então o que você quer? —Porque sexo... Eu daria a ele
num piscar de olhos, se houvesse uma maneira. Mas ele querer algo mais... isso é
perigoso de uma forma totalmente nova. Algo fraco começou a se agitar no meu
peito.

—Hoje à noite? —Ele me dá um sorriso seco. Suavidade não é uma


máscara que Max pode usar por muito tempo. —Eu preciso de um encontro – um
encontro platônico, se você insistir. Meu melhor amigo está preocupado que eu
estou perdendo o foco, e eu tenho que encontrá-lo para umas bebidas. Foi
fortemente sugerido que eu levasse um encontro.

Mais uma vez, o pensamento de Max namorando revira meu estômago. —


Sua vida pessoal não é da minha conta. —Eu digo fracamente, mas eu estou
caindo forte e rápido.

Seus olhos escurecem. —Claro que é. Nós podemos discutir sobre isso
com mais detalhe esta noite. Gavin e Ellie vão desfrutar da companhia, tenho
certeza.
Gavin e Ellie. Seus amigos são o primeiro-ministro e sua noiva. Eu não
posso jogar na frente deles, e eu não devo jogar na verdade, não com o meu
cliente. Meu rosto empalidece, eu posso sentir isso, e minhas mãos molham de
suor. —Max...

—Bem, pelo menos você me chamou pelo meu nome. —Diz ele sem
problemas. A confiança está de volta, e eu temo que vá ficar desta vez. —Vamos.
Eles são as melhores companhias que você poderia ter. Eu vou estar no meu
melhor comportamento, ou Gavin cortará minha cabeça.

—Ele não é o rei.

Ele dá de ombros. —Eu já disse a eles que você viria.

—Não!

—Eu vou devolver o favor a você levando sua cesta de vegetais.

—Isso não é a mesma coisa.

Mas ele a toma de mim, seu braço roçando contra o meu, e ao fato de nós
dois estarmos vestindo jaquetas é a única razão da minha pele não parecer
escaldada pelo contato.

É claro que Max pretende passar o dia comigo. Compras no mercado.


Provavelmente me seguir de volta para o meu apartamento para me ajudar a
arrumar minhas compras.

Foder-me no balcão da cozinha, porque eu sou mais fraca do que a água.

Isso não pode acontecer.

Então porque é que o meu pulso acelerou?

E quando foi que minha calcinha ficou molhada?


Capítulo 10
Max

Quando eu disse a Gavin que eu não estaria no hóquei, ele fez o convite
para bebidas.

Eu posso ter mentido um pouco a Violet sobre a procura de um encontro.


Mas, enquanto ela pega a fruta, eu mando mensagem para Gavin e a resposta é
como eu esperava.

Hawkeye: Eu levarei alguém esta noite.

BJ: A mulher que cortejou com chocolates?

Hawkeye: Isso não caiu muito bem.

BJ: Alguém mais, então?

Hawkeye: Não. Mesma mulher. Ainda... cortejando.

BJ: O quão desconfortável isso o deixa?

Hawkeye: Pare de rir de mim. E seja bom hoje à noite.

BJ: Eu sou sempre bom. Você é o canhão solto. Tente não bloquear

seu pau sozinho.

Sempre um sério risco com Violet.

Não que eu pudesse estar pensando sobre meu pau e ela no mesmo
fôlego. Nós estávamos tão longe de foder novamente que doía pensar em quão
doce sua boca era, quão bem ela acatava minhas ordens e quão boa sua bunda
parecia...

—Max? —Ela olha para mim, um saco de peras em sua mão. —Você pode
levar isso?

Eu guardo meu celular no bolso de trás e pego a fruta.

Precisamos conversar, é claro. Mas primeiro eu preciso mostrar a ela que


eu não sou uma ameaça para o seu trabalho. Que em primeiro lugar, eu poderia
ser um amigo.

Eu posso ajudá-la a escolher romãs, por exemplo.

Eu ergo um dos frutos vermelhos brilhantes e ela dá de ombros. —Muito


trabalho para tirar as sementes.

Bem, agora eu sei que precisamos obter umas duas. Eu pago ao


fornecedor e as coloco no cesto. —Qual é o próximo?

Violet revira os olhos. —Eu não sei. É claro que você está no comando.

Eu não posso segurar o sorriso. —Exatamente. Acho que precisamos de


um pouco de pão.

—O que você está fazendo?

—Decidindo o alimento que nós precisamos?

—Nós?

Eu dou de ombros. Parece bom para mim.

Ela hesita, em seguida, aponta para uma padaria no fim do corredor. —


Esse lugar é bom.

—Você gosta de sanduíches?


Ela mordisca seu lábio inferior enquanto caminhamos lado a lado.

—Não é uma pergunta tão complicada. —Eu digo secamente.

—Você é tão arrogante. —Ela diz isso como uma observação casual, e eu
não posso culpá-la por isso, é verdade, eu sou. Mas ela realmente não sabe da
missa a metade.

—Normalmente mais.

—Estou tendo o lado mais suave de Max Donovan?

—Algo parecido.

Ela suspira. —Sim, eu gosto de sanduíches. Também gosto de uma vida


amorosa ordenada que não ameace o meu trabalho.

—Notável em ambas as coisas. —Eu posso fazer um sanduíche que daria


um monte de irritação.

Mas a coisa de namoro...

Não é como se aquele fosse o meu objetivo. Por toda a minha vida adulta,
na verdade, esse foi o meu anti-objetivo.

O fato de que estamos no mercado juntos pela segunda semana seguida


não significa nada.

Namoro seria...

Merda.

Chocolates e conversa confortável sobre barracas de comida italiana.

Pensar na mulher quando eu não estou com ela.


Sair do meu caminho para encontrar-me com ela de novo, apesar de que
isso poderia ser perseguição.

Posso não ter muita experiência nesta área, mas eu não sou um idiota.

Violet pode não querer me namorar, mas isso já está acontecendo.

Este é provavelmente o relacionamento mais longo que eu já tive. Ela não


vai ficar satisfeita com esse fato, também.

Provavelmente em sua lista das dez coisas que ela procura em caras para
namorar, logo abaixo está “não sejam seus clientes” e definitivamente “não
homens que a confundem com uma garota de programa”, poderia ser também
“alguém que está demonstrado uma capacidade para lidar com um
relacionamento como um adulto”.

Minha capacidade de lidar com qualquer coisa é agressivamente


ponderada em direção a minha carreira médica. Isso é parte da realidade das
escolhas que fiz, e parte da consequência das decisões feitas antes que eu tivesse
uma escolha.

Mas eu posso mostrar-lhe como descascar uma romã, e fazer um


sanduíche.

Vamos começar devagar.

Quando eu a levo até seu carro, ela hesita.

—Eu vou convidar-me para ir ao seu apartamento. —Eu digo. —Porque


dessa forma você não tem que decidir se é uma boa ideia ou não.

—Não é. —Mas seus lábios curvam em um sorriso, e seus olhos estão


brilhantes.

—Eu vou ser um cavalheiro.


—Isso parece improvável. Você precisa do meu endereço, ou você
descobriu isso sozinho?

Eu até pensei em colocar um investigador para obter essa informação.


Então eu pensei melhor sobre investigar a minha advogada - seria outro
argumento contra mim como um potencial namorado, que essa nossa relação
profissional e não a nossa pessoal, que me deu uma pausa na invasão de
privacidade. —Eu preciso disso.

Ela me dá seu endereço e eu digito no meu celular ao lado de seu número


de trabalho. Eu não peço o seu número de celular.

Passos de bebê.

***

Na teoria, Violet vive em um bairro agradável, não muito longe da


residência oficial de Gavin.

Na realidade, quando ela para em frente a uma porcaria de calçada que


me lembra da universidade, eu tenho um choque de alarme antes que eu possa
reprimi-lo.

Ela não é minha para proteger. Ela mal é minha para alimentar por uma
tarde.

Mas enquanto eu deslizo para o estacionamento atrás de seu carro e saio,


caminhando rapidamente em direção a ela para que não tente pegar a sacola de
compras antes de eu chegar lá, já estou fazendo uma lista de coisas que quero
verificar.
A porta da frente é adequada. É de vidro, o que eu não gosto, mas exige
uma senha para entrar, e ela automaticamente bloqueia atrás de nós.

As escadas estão em estado razoável, embora o corrimão pareça


vacilante.

—Você está inspecionando minha casa? —Ela pergunta enquanto eu paro


para verificar o detector de fumaça na escadaria central.

—Claro que não. —Eu pressiono o botão de teste e ele toca. Bom.

—Isso é super estranho.

—Super estranho é você viver como uma estudante universitária.

—Eu estou a apenas dois anos fora da universidade e eu tenho um


enorme empréstimo estudantil para pagar. O que você esperava?

Eu não respondo a isso. Estou ciente de que eu sou um esnobe. Eu


costumo esconder melhor isso. Mas quando foi a última vez em que fui à casa de
uma amante?

Universidade, provavelmente. E mesmo que eu tenha continuado


formação médica após a graduação, tecnicamente, eu não vivi assim... nunca.

No meu primeiro ano na universidade, eu morava nos dormitórios, porque


o meu psicólogo pensou que seria uma boa transição voltar a ser um adulto
jovem normal.

Acontece que isso não foi tão simples.

Eu tirei Gavin do acordo, no entanto. Mas após o primeiro ano, eu me


mudei para minha casa em Southlands, a enorme mansão moderna extra privada
que tinha comprado quando eu era um jovem de dezesseis anos de idade,
zangado com o mundo e desesperado para me esconder. No terceiro ano eu perdi
Gavin, então quando ele se mudou do campus e finalmente, me convenci de que
não seria reconhecido, eu o segui, dividindo um apartamento de dois quartos em
um edifício não muito diferente deste.

Claro, eu sempre tive minha casa se eu precisasse. Para estudar ou passar


um tempo sozinho ou... um tempo para jogar.

Tive o cuidado de não revelar o meu verdadeiro eu para o meu melhor


amigo até o último ano de nossos estudos de graduação, quando eu percebi que
ele poderia estar na cena de BDSM, também.

Nesse tempo, eu era um veterano do circuito em Vancouver.

Um Dom procurado aos vinte e dois anos.

Foi quando eu percebi que era mais saudável limitar com quem eu dormia,
tornando um acordo financeiro formal.

Não foi só exclusivamente chamar meninas desde então. Apenas noventa


por cento do tempo, porque as muitas tentativas para encontrar uma sub tinha
sido um desastre.

A dura lembrança do que eu preciso enquanto eu subo o último meio


lance de escadas para o apartamento de Violet. Ele está no piso superior. Parece
que há quatro apartamentos por nível.

—Você conhece seus vizinhos?

Ela me dá um olhar inocente. —Não, mas eles são grandes e corpulentos e


tem motocicletas e são tatuados. Carregam armas...

Eu levanto minha sobrancelha e ela para.

—Sim, eu os conheço. —Diz ela suavemente. Ela aponta para a porta mais
próxima. —Esse é o apartamento de Matthew. Ele é um policial. —A pontada de
hesitação precede suas próximas palavras. —E ele é gay. Mas ele podia
totalmente bater em você. E ele o faria. Portanto, mantenha isso em mente.
—Estou com medo, mas não com ciúmes. Entendi. Ele é o cara com quem
estava ao telefone no hospital?

—Sim.

—E em seu escritório?

Ela faz uma pausa enquanto desliza a chave na fechadura. —Você vai me
dizer para quem você ligou quando me deixou naquela noite?

Eu levanto meu queixo e aceno. Temos de parar de brincar um com o


outro. —Um amigo. Também um policial. Ele nunca vai bater em você.

Há um momento que se estende entre nós enquanto eu digo isso, em


seguida, ele foi embora antes que eu possa agarrar-me a ele. Ela entra e eu a sigo.
Ela aponta para uma cozinha brilhante, arrumada e eu coloco os mantimentos na
mesa.

O tempo todo, uma tensão estranha está enrolando dentro de mim. Esse
momento na porta... eu não sei o que é.

Eu não gosto de não saber. Isso me coloca no limite.

E Violet não merece isso de mim. Porra, ela já obteve a pior parte minha.
Talvez eu precise começar por pedir desculpa.

Eu vejo enquanto ela tira a comida, deixando o pedaço de pão sobre a


mesa. O saco de compras é dobrado e arrumado em um local indicado em uma
prateleira independente. Quando ela começa a endireitar as coisas no balcão, eu
chego até ela e encosto o pé próximo ao chão, impedindo-a de se ocupar com o
trabalho.

Eu a espero olhar para mim, então eu começo. —Eu vou falar, e eu quero
que você ouça.

Ela olha para longe. —Não é o meu forte.


—Lembro-me que suas habilidades de ouvintes eram excelentes.

—Aquela noite foi diferente. Essa não é realmente quem eu sou em uma
base diária, e somos tão complicados...

—Silêncio, gatinha.

Seus olhos incendeiam, mas ela aperta os lábios. Meu instinto vibra de
prazer em sua conformidade. Gatinha. Sim, vamos usar isso novamente.

—Eu compreendo que eu te machuquei, e...

Ela abre a boca para protestar e eu levanto minha mão, apertando meu
dedo sobre os lábios entreabertos. Calor sobe em meu braço com o contato.

—Antes de te conhecer, eu gostava da minha vida sexual de uma


determinada maneira. Contida. Controlada. Construída para me proteger... —Eu
suspiro. —Muitas coisas. As pessoas querem mais de mim do que eu sou capaz de
dar. Fãs secretas. Quem estiver interessado em ser a Sra. Max Donovan, porque o
Sr. Max Donovan não está interessado em uma mulher. Eu mesmo tive um
repórter que se infiltrou em um clube de sexo que eu frequentava nos meus vinte
anos.

Choque aparece em seu rosto. Eu levanto minha mão, mas não rápido o
suficiente para perder o sopro de ar quente surpreendido enquanto ela respira
meu nome. —Oh, Max. Isso é horrível. Eu nunca soube...

—Ninguém soube. Obviamente, isso não chegou até aqui ainda, mas é por
isso que é importante eu ter um escritório de advocacia de alto nível trabalhando
em meu nome. —Eu faço careta. —Eu tive que calar mais de uma agência de
notícias no tribunal antes.

—Como você... —Ela para, e posso praticamente ver sua mente zumbindo
através da jurisprudência, tentando descobrir como eu pisei sobre a liberdade de
imprensa.
Eu dou de ombros. —A maioria disso foi há uma década. —E me custou
muito mais dinheiro do que ela vai saber. Algo me diz que ela não aprovaria. —Eu
me comporto de forma diferente agora.

Ela pisca três vezes em rápida sucessão. —Eu não estou julgando. Eu fui a
clubes de sexo, também.

Jesus. Eu não quero saber disso. Não há como essa Violet do apartamento
sem elevador e sedan possa pagar as dívidas de qualquer clube que eu considero
aceitavelmente seguro. —E nós podemos falar sobre isso uma vez que vamos
fazer isso.

Ela balança a cabeça. —Não, não podemos.

Dou-lhe um olhar severo. —Violet, seria muito mais rápido se você apenas
me deixasse chegar ao ponto.

—E o ponto é?

—Eu quero você. Nada vai mudar isso, e nós dois concordamos que não
queremos que o outro esteja com mais ninguém. Assim, para o futuro imediato,
eu gostaria de encontrar uma maneira de nós termos discretamente um acordo.

Ela dá um passo para trás, o rosto torcido. Não há problemas em olhar


para mim agora, e seu olhar é afiado. —Um acordo.

Eu não sou um perito em relacionamento, mas quando uma mulher


repete suas palavras de volta para você, fria como gelo... isso não é um bom sinal.

—Um que iríamos negociar, é claro. —Eu franzo a testa. —Você pode
definir os termos.

—Acho que não.

—Você realmente negará a si mesma? —Eu não consigo entender isso. Eu


não quero muito, mas o que eu quero, eu tomo.
—Eu não tenho certeza do que você estava esperando. —Ela franze a
testa para mim. —Eu não gostei de ser confundida com uma prostituta na
primeira vez. O que te faz pensar que eu quero replay dessa experiência uma e
outra vez?

Atônito, eu só olho para ela.

—Isso foi um erro.

—Não. —Eu encontro a minha voz, graças a Deus. —Uau. Pare. Não salte
para qualquer conclusão. Eu apenas usei a palavra errada.

Ela cruza os braços. Jesus, nós estamos tendo nossa primeira briga e ela
nem sequer sabe que estamos namorando ainda. Use essa palavra, uma voz
sussurra no fundo da minha mente.

Hah. Não.

Em vez disso, eu solto meu charme. Em caso de dúvida, use o que


funciona. Dou-lhe um sorriso tímido e encolho os ombros. —Você sabe que isso
não é algo que eu faço muitas vezes.

—Fazer arranjos? Na verdade, eu não sei. Eu pensei que era todo o seu
modus operandi.

—Isso não é o que quero dizer. E foi, sim. Antes de você.

Seu peito fica instável. —É muita responsabilidade para colocar em mim.

Balanço a cabeça e suavizo a minha voz. Penso naquele primeiro


momento em que a vi, em cima daquela banqueta. A onda de desejo que senti,
súbita e forte, e quão fraco fiquei em relação à forma como ela me fez sentir uma
vez que estávamos sozinhos no meu quarto de hotel. —Eu não posso esquecer
que você é tudo para mim. Mas você continua me dizendo que é o que eu preciso
fazer, e eu não quero. Eu quero...
Ela espera. Ela vai me fazer usar a palavra. Droga.

—Um encontro.

Suas sobrancelhas sobem. —Perdão?

—Eu gostaria de sair com você, em segredo, para seu benefício, não meu.
Isso seria para protegê-la. E não vou fazer nada como o que eu fiz no passado.

—Este não é um problema de curto prazo, Max. Você é meu cliente e


espero em Deus que não mude porque eu não vou dormir com você.

—Você tem a minha palavra de que não vai mudar. Mesmo se dormirmos
juntos e terminar tudo catastroficamente mal, vou continuar a trabalhar com sua
firma.

Ela recua. Hora ruim para tentar o humor negro.

Eu tento de novo. —Em Vancouver, via minha propriedade intelectual e


contrato com advogado, uma vez por ano, no máximo. Eu via a negligência do
meu advogado mais frequentemente, e essa não é sua especialidade. Então, tudo
vai ficar bem. E deixando as evidências do contrário de lado, eu sou um Dom
experiente. Eu sei uma coisa ou duas sobre negociação de limites seguros.

Cautela ainda está rolando dela em ondas, mas enquanto ela se move,
posso ver que a última coisa que eu disse mexeu com ela mais do que qualquer
outra coisa.

Meu pulso acelera. —É disso que você precisa, Violet? Nós não precisamos
ter um encontro. Se as cenas de Dom / sub são tudo o que você quer, poderíamos
R
negociar os termos.

—Eu não sei.

—Diga-me o que você quer. —A necessidade inquietante de agradá-la


corre em mim. —Qualquer coisa. Fale seus termos.
Ela pensa sobre isso por um momento, então seu queixo endurece e ela
me dá um olhar sério. —Você sabe o que eu quero, Max? Eu quero um sanduíche.
E você me prometeu que não quer sexo, então você sabe o que pode fazer?

Eu sorrio. —Fazer-lhe um sanduíche.

—Exatamente. —Ela fecha os olhos por um minuto, sorvendo uma


respiração curta, forte. —O que devo vestir para hoje à noite?

—O que você quiser. —Eu aceno com a mão pelo meu corpo. —Jeans
caem muito bem. Será casual.

—Jeans parece totalmente diferente em você do que em mim. —Ela


murmura. —E eu preciso tomar banho mais cedo, para que eu possa arrumar o
meu cabelo. —Ela para e aponta para mim. —Não diga uma palavra sobre ser
exigente comigo mesma. Eu vou me encontrar com o primeiro-ministro. Eu não
me importo se ele é um amigo de fraternidade seu ou o que for, eu vou arrumar o
meu cabelo e não vou desarrumada.

Eu levanto minhas mãos. —Vá tomar um banho. Eu vou fazer os


sanduíches. Então eu vou descascar uma romã, enquanto você me diz o que está
errado em um caso secreto onde eu lhe daria tantos orgasmos quanto você quer.

Ela ri e balança a cabeça. —Eu não me lembro de que foi assim que
funcionou com meus orgasmos.

—Não?

—Eu tenho certeza de que foi de acordo com o que você queria que eu
tivesse, e eu só tinha que aceitá-los.

—Certo. Eu sabia que não soou muito bem. —Deus, agora eu estou meio
duro só de pensar na forma como ela ficou quieta para mim.
Ela me dá um olhar estranho. —Pare de tentar ser romântico, Max. Eu não
espero isso de você.

Claramente ela entende minha veia pervertida. Mas há outra coisa que eu
não deveria ignorar. —O que você espera?

—Honestidade. —Ela hesita. —E orgasmos. Talvez. Veremos.

Eu resisto ao impulso de socar o ar até que ela desaparece em seu quarto.


Foda-se, sim. Agora estamos no caminho certo.

Mas eu tenho algumas coisas a fazer primeiro.

Enquanto ela se foi, eu corto tomates e espalho a mostarda. Empilho


presunto e as folhas de alface crocante por cima. Ela tem queijo havarti já
cortado, de modo que coloco em um sanduíche para mim e brie no outro. Eu não
sou exigente. Eu gosto de coisas agradáveis e de alimentos em geral, mas eu vou
comer o que ela não quiser.

Quando ela reaparece, ela está vestindo calça jeans e outro top
confortável, um rosa pálido. Faz seus lábios parecerem mais exuberantes e eu
tenho que me esforçar para não olhar. Ela derrama dois copos de água, e nós
sentamos em sua mesa.

Compartilhar uma refeição simples com ela não deveria me deixar tão
feliz, mas é como a primeira vez que eu fui para a casa dos Strong para o jantar. A
normalidade, sem quaisquer amarras... para a maioria das pessoas, não seria
nada. Mas, para mim, é tudo. E depois de vinte anos estando ciente de quão
diferente a minha reação é, eu sou capaz de mantê-la só para mim. Eu não sou
capaz de disfarçá-la completamente.

Mas a facilidade não pode durar para sempre, porque eu menti para ela e
ela quer honestidade.

Droga.
Eu espero até que nós limpamos os nossos pratos. Eu a sigo até sua sala
de estar, decorada de forma acolhedora com livros e fotografias onde ela está
fazendo caretas em algumas, radiante em outras. Ela está linda em todas elas. O
espaço é vibrante, quente e honesto, assim como Violet. Eu limpo minha garganta
e derramo o que precisa ser derramado. —Eu não fui inteiramente verdadeiro
quando eu lhe disse que Gavin e Ellie me pediram para levar um encontro esta
noite.

Ela aperta os lábios, mas não diz nada.

—E você disse que queria honestidade de mim. Então... desde que eu me


mudei para cá, eles têm se preocupado comigo. Eles queriam saber se eu estava
saindo com alguém, e eu disse que não. Eu não tenho visto ninguém. —Eu sorvo
uma respiração irregular. —Pensando em alguém sem parar, com certeza. Sonho
com uma noite que terminou muito rapidamente e tem me assombrado desde...

—Estou confusa. —Diz ela, as sobrancelhas arqueando. —Se eles não me


convidaram...

Eu me aproximo dela, minhas mãos coçando para tocá-la. Eu paro um


pouco. —Eu quero que você os conheça. E eles sabem que você irá. Mandei uma
mensagem para Gavin.

Ela franze o nariz. —É meio estranho.

—Eles são pessoas normais.

—Tenho certeza de que eles são. É sobre você que eu não estou
inteiramente certa.

—Eu definitivamente não sou normal. Mas eu tenho algumas qualidades


redentoras.

Desta vez, quando ela desliza o olhar para encontrar o meu, há algo de
novo lá. Um calor escaldante que me faz lembrar daquela primeira noite e com
um choque, eu percebo que é também o que se passou entre nós quando
chegamos no apartamento dela.

Apesar de nossos problemas complicados, temos uma química louca.

Ela lambe os lábios. —Talvez você devesse me lembrar de quais são.

Eu vou. Mas eu já usei as minhas chances com ela. Eu tenho esse direito
ou eu não fico com a garota realmente. —Você confia em mim?

Ela balança a cabeça lentamente, pisca os olhos, perfeitamente submissa.


E tenho que me segurar para não tomar tudo o que ela oferece.

Mas eu não quero uma tarde. Eu quero a química e tudo o mais também.

Pela primeira vez em minha vida adulta, ficar com a menina tornou-se
extremamente importante.
Capítulo 11
Violet

Meu coração para, enquanto Max segura minha bochecha, então roça
seus dedos pelo meu braço. Ele pega a minha mão, roçando um beijo em meus
dedos antes de ele segurar meu braço atrás das costas. Ele fica na minha frente,
deslizando a outra mão no meu outro braço, passando pelo pulso para se juntar a
outra.

Ele me deixa cativa enquanto se curva mais em mim, observando-me


contorcer e depois ficar quieta. Eu posso ser boa para ele.

Eu sorrio. Eu quero ser boa para ele.

Separe todo o resto. O risco e o drama. Eu quero isso. E eu quero com


Max. Ele é o único homem que já destravou esta submissão em mim.

—Você é tão natural. —Ele murmura. —Eu não posso esperar para tê-la
de joelhos para mim.

Não espere, eu quero dizer, mas ele está segurando meus pulsos, apenas
com as mãos. Nós não estamos em uma cena, mas nós não estamos... não em
uma cena.

Como tantos momentos com Max, não tenho certeza do que estamos
fazendo aqui, mas eu aceito que estamos definitivamente fazendo algo.

E as coisas boas vêm para aqueles que esperam. Então eu continuo muito,
muito parada.

Ele geme e cobre minha boca com a dele, um beijo forte, rápido, que
acaba antes de começar. Com a mão livre, ele agarra meu queixo e levanta meu
rosto. Ele olha para mim com cuidado, fogo queimando em seu olhar. —Não
temos tempo para fazer isso direito. Você precisa ser paciente.

Leva-me um segundo para perceber que ele está à espera de uma


confirmação. Bem, isso não foi realmente dito na forma de uma pergunta agora,
foi?

—Eu posso ser paciente. —Minha voz falha porque eu não quero esperar.
Seus olhos brilham, como se ele soubesse que a minha decisão está
verdadeiramente para ser quebrada. É uma coisa boa que ele está no comando.

—Vou levá-la para um passeio. Podemos pegar o jantar, e então eu quero


que você conheça meus amigos. —Ele faz uma pausa por um minuto, um sorriso
curvando seus lábios enquanto ele libera meus pulsos. —Vai ser divertido.

Quando ele me solta, eu deixo-me responder livremente. —Você diz isso


com tanta confiança.

Ele levanta uma sobrancelha.

Eu reviro meus olhos. —Quando foi a última vez que teve jantar e bebidas
com os amigos e com uma mulher?

Ele dá de ombros. —Eu deveria ter colocado um ponto de interrogação no


final disso? Vai ser divertido? —Ele exagera na última palavra. —Vai ser com você,
Violet. Não tenho dúvidas de que vou me divertir.

***

Max dirige um BMW SUV. Parece novo. Mas, considerando onde estamos
indo hoje à noite, considerando o que eu sei sobre suas propriedades e negócios
e sua riqueza pessoal, para não mencionar o seu rendimento como um doutor...
não é surpreendente. Ele poderia pagar toda uma frota destes, um para cada dia
da semana e dois para o domingo.

Ele o dirige como se fosse uma pick-up Ford, com o braço pendurado solto
do lado do volante, a outra mão no meu joelho. Isso é sexy, e o resto não importa.

Eu quase chego a pensar que este é apenas um tipo regular de encontro,


mas isso é loucura, porque não é assim.

Somos esperados na 24 Sussex, residência oficial do primeiro-ministro.


Nós fornecemos identificação com fotografia e me perguntam algumas questões
de segurança extra, então nós chegamos à porta da frente.

Max estaciona, e sai do SUV. Eu sorvo uma respiração profunda antes de


abrir minha própria porta - eu não estou ansiosa. Convenci-me anteriormente de
que isso seria bom, mas agora que estamos aqui, eu sou uma confusão de nervos.
Eu olho para a casa enquanto saio do SUV para ver a porta da frente já abrindo.
Agora eu nem tenho o luxo dos poucos segundos de caminhada à casa para
terminar de reunir minhas emoções.

Eu continuo dizendo que não é grande coisa. Bebidas com os amigos de


Max. Descontraído. Casual. Não é diferente de eu levar Max para socializar com
Matthew.

Só que é totalmente diferente. Porque eu tive que passar por um policial


para entrar na casa de Gavin Strong, e... Ok, talvez isso não seja tão diferente. Eu
tenho um policial cuidando de mim, também. Mas todo o resto é.

Max pega a minha mão. —Vai ficar tudo bem.

O primeiro-ministro, Gavin – eu me lembro dele – e sua noiva, Ellie, estão


de pé na porta vestindo camisetas e jeans desbotados, e eu estou contente de ter
escutado Max. Eu já estou me sentindo uma estranha o suficiente.

—Bem-vinda. —Ellie diz, recuando para dentro.


Gavin só me dá um sorriso que é familiar, mas não é. É um que eu vi na
televisão muitas vezes, mas pessoalmente é mais dinâmico. Atinge até seus olhos,
onde diversão dança claramente.

Max coloca a sua mão direita na parte inferior das minhas costas e
estende sua esquerda em direção ao casal enquanto nos movemos para o foyer.

A casa é menor do que eu pensava.

Isso é algo. Não é uma mansão palaciana.

—Gavin e Ellie, esta é Violet. Violet, este é o meu colega de faculdade,


Gavin, e sua cara metade.

Eu rio um pouco nervosa, e Ellie cora. Bom. Não é apenas eu, então. Ela
franze o nariz e se inclina. —É hora para um vinho?

Alívio me inunda. —É rude se eu disser “oh, Deus, sim, por favor”? —Eu
sussurro de volta.

Ela balança a cabeça rapidamente. —De modo nenhum. Vamos lá, vamos
para a sala de estar.

Gavin desaparece por um momento, voltando com cerveja, e Ellie me


derrama uma taça de vinho. Vinho local de Ontário, de Prince Edward County,
mas algo que eu veria na prateleira. Algo que eu poderia me dar ao luxo de
comprar.

Meus nervos relaxam um pouco mais.

Eles são apenas pessoas normais em uma situação extraordinária.

—Então, onde vocês se conheceram? —Gavin pergunta enquanto se senta


no sofá ao lado de Ellie. A questão não deve vir como uma surpresa, que é normal
para quando você está sendo apresentada para os amigos, mas dado que esses
amigos têm uma equipe de segurança em tempo integral, eu assumi que já
sabiam de tudo.

Eu olho para Max e ele me dá um leve aceno de cabeça. Ele está deixando
a resposta inteiramente para mim. —No Chateau Laurier. —Eu vou com a verdade
simples, mas meu rosto aquece com a memória.

Ellie me salva com um suspiro feliz. —Eu amo esse hotel. Na verdade, eu
amo toda a arquitetura do velho centro. Isso me lembra de Montreal.

—Verdade? Eu sou de Toronto, e nós temos alguns bons pontos


históricos, mas a nossa área de negócios são todos de arranha-céus. Eu amo
trabalhar na Spark Street.

—Oh, não é? —Ela sorri para Gavin. —Ela está tão próxima! —Ela se vira
para mim. —Eu trabalho na Universidade de O6.

Ela me diz isso como se eu não soubesse, como se todo o país não
soubesse tudo sobre ela. E de repente eu sou atingida por uma onda de empatia.
Estou nervosa sobre a polícia do Canadá e o primeiro-ministro saberem tudo
sobre mim... mas ela tem trinta milhões de pessoas olhando para ela o tempo
todo.

—Devemos tomar algum café qualquer dia. —Ela puxa os joelhos para
cima e toma seu vinho. —Falar sobre esses caras. —Ela pisca, e eu não me
importo se ela está apenas sendo educada. É linda e amável.

—Eu gostaria disso.

Gavin pigarreia. —Então, eu terei a chance de perguntar à Violet alguma


coisa?

Ellie dá de ombros. —Depende do que é.

6
Universidade de Oregon
—Eu não sei, Fadinha. Esta é a primeira vez que eu conheço alguém que
Max trouxe para casa.

—Você não é o pai dele. —Ela brinca com uma piscadela.

—Estou ciente. —Ele resmunga baixinho e Max ri. —Na verdade, o que eu
realmente quero saber é quando Violet vai assistir um jogo de hóquei?

—Uh... —Eu olho para Max.

—Ela está um pouco sobrecarregada no trabalho agora. —Diz ele sem


problemas. —Mas ela é bem-vinda a qualquer hora, é claro.

—É terrível se eu admitir que não saiba muito sobre hóquei? —Eu


adiciono. Quero dizer, eu sei o suficiente para participar das finais da Sens versus
Leafs, mas esse é o máximo do meu conhecimento.

Gavin faz um som ferido e agarra seu peito, então sorri para mim. —Mas
eu aposto que você sabe um pouco sobre a nova lei que estamos introduzindo
sobre o uso justo de música no mercado digital, não é?

Sento-me um pouco mais ereta. —Eu sei.

—Eu adoraria ouvir sua opinião.

Eu olho para Max, que dá de ombros.

Ellie se inclina para frente. —Ele quer dizer isso. E eu acho que, com isso,
vamos deixar vocês dois falarem sobre isso por um minuto. Max, você pode me
ajudar a arrumar uma bandeja de petiscos?

Ele se levanta e lidera o caminho para fora da sala.

Gavin levanta sua bebida na minha direção. —Bem? O que você acha da
minha lei?
Meus dedos tremem enquanto eu passo minhas mãos pelas minhas coxas.
—Bem, senhor...

Ele ri. —Ellie é a única que chegou a me chamar assim. Qualquer amigo de
Max pode me chamar de Gavin.

Eu coro. —Certo.

—Sério, Violet. Você o faz sorrir. Eu tenho esperado vinte anos para ver
isso. Você pode me dizer que o meu projeto de lei é um monte de merda se você
quiser e eu ainda vou gostar de você.

Minha barriga vibra com o conhecimento de que isto é mais do que


bebidas com os amigos. Max trouxe-me para conhecer sua família. —Oh. Bem, eu
não vou fazer isso.

—Bom. —Seu rosto muda para um olhar sério. —Agora, eu realmente


gostaria de ouvir a sua opinião...

Falamos por cerca de dez minutos antes de Ellie e Max retornarem.

A conversa flui de volta para o hóquei, em seguida, a onda de frio que


estamos tendo.

Meia hora mais tarde, eu saboreio o resto do meu vinho. Ellie alcança a
garrafa. —Mais? —Ela pergunta. Eu balanço minha cabeça. —Não, obrigada. —Eu
me diverti muito, mas estou pronta para encerrar a noite.

Felizmente Max lê minha mente. Ele inclina a garrafa de cerveja aos lábios
e termina a sua bebida. —Foi uma noite agradável, com vocês dois. —Diz ele
enquanto se levanta. —Mas eu acho que é hora irmos.

—Obrigada por esse momento maravilhoso. Foi tão bom conhecê-los. —


Sinto-me estranha. Incerta. Como devo agir com essas pessoas? Oferecer a mão
trêmula parece muito formal, considerando a naturalidade da nossa visita, mas
acabamos de nos conhecer, e este é o primeiro-ministro e sua noiva, depois de
tudo.

Max coloca a mão na parte baixa das minhas costas e gentilmente esfrega
com o polegar, fazendo meu coração acelerar forte no meu peito.

Uma batida ou duas mais tarde, Ellie vem a mim, me puxando para um
abraço caloroso. —Estou tão feliz que você veio. Ele está mais feliz do que o vi
estar em meses. —Ela sussurra.

Estou um pouco assustada, mas devolvo o abraço. —Estou feliz também.


—E eu percebo que estou.

—Eu estava falando sério antes. Vamos nos encontrar para um café, em
algum momento. Só nós duas.

—Eu gostaria disso. —Eu ainda sou bastante nova em Ottawa e não fiz
amigos ainda.

Max e Gavin trocam um abraço de irmãos, então nós colocamos nossas


jaquetas e saímos para a noite fria e escura de Ottawa.

Bebidas com os amigos.

Algo me diz que nada sobre explorar esta coisa com Max será normal.
Capítulo 12
Max

Nós dirigimos de volta para o apartamento de Violet em silêncio.

Talvez esta noite tenha sido um erro. Talvez eu não devesse tê-la forçado
tanto a algo tão... social. Tão baunilha. Inferno, eu não sei nada sobre ser um
namorado.

Eu queria que ela me visse como um cara real. Menos como uma ameaça.
Agora eu sou um cara com um melhor amigo PM. Isso não ficou melhor.

Mas, por outro lado, ela parecia estar se dando bem com ambos, Gavin e
Ellie, e só Deus sabe, eles definitivamente me fizeram parecer melhor.

—Você se divertiu? —Eu finalmente pergunto enquanto nós caminhamos


até seu prédio.

Ela balança a cabeça e me dá um sorriso estranho enquanto digita seu


código. Eu a sigo até o saguão porque, sim, eu vou levá-la à sua porta da frente.

—Eu me diverti. —Diz ela lentamente.

—Mas?

Ela levanta as sobrancelhas. —Max, eles são sua família. E você não
apresenta a sua... —Ela abaixa a voz. —... potencial submissa à sua família.

Eu rio baixinho. —Minha... família... é bastante favorável ao meu estilo de


vida.

—Isso só não era o que eu esperava. —Diz ela com um suspiro.


Eu a alcanço e pego sua mão, em seguida, puxo-a contra mim. Outro
suspiro e ela relaxa em meu corpo.

—Eu tenho muito a aprender sobre comunicação clara. —Murmuro em


seu cabelo enquanto a abraço forte. —Mas eu ouvi você sobre ser honesto. Eu
ouvi.

—Bom.

Mas isso me lembra de onde estamos. Eu a coloco com as costas contra a


porta, em seguida, deixo meus braços de cada lado dela e dou-lhe um olhar
zombador.

—O que? —Ela franze a testa enquanto arqueia abaixo de mim. O convite


é claro. “Toque-me, Max.”

Oh, eu quero tocá-la em toda parte.

—Falando de honestidade...

—Sim?

—Eu não me esqueci de como você mentiu sobre conhecer-me para o seu
chefe. —No caso de ela não ter entendido, eu me inclino e deixo um pouco da
raiva inesperada que eu senti naquele dia subir de volta à superfície. —Quando
me virei e vi você segurando todas as informações sobre mim em suas mãos. E
então, você mentiu.

Eu coloquei mais ênfase na palavra, sabendo que seria uma provocação


para ela.

Ela lambe os lábios, pegando a minha dica. Sua voz fica ofegante e
submissa, na hora certa, e me dá uma desculpa. —Foi um caso de necessidade.

Jesus, já tem tanto tempo. —Ainda assim me fez querer puni-la.


Sua respiração acelera. —Eu não sabia que era você. Eu juro. Eu só peguei
os seus arquivos antes da reunião, e...

Eu acredito nela. Ela é inteligente e capaz, mas ela não é uma atriz natural.
Ela é muito boa, muito pura, para mentir de forma convincente.

—Então eu serei brando.

Ela oscila em direção a mim. —Mas você ainda...

Isso é perigoso. Se nós vamos jogar com perversão, precisamos falar sobre
isso primeiro. Se nós iremos fazer outra coisa, então é totalmente fodido.

Meu pau pulsa dolorosamente, e eu não tenho certeza de que


pensamento me excita mais.

Eu me inclino para cima dela, pressionando-a contra a porta do


apartamento. Meus dedos roçam a barriga, o mergulho em sua cintura, em
seguida, a parte inferior de sua caixa torácica enquanto eu arrasto a minha mão
entre nós. Ela inala, trêmula, enquanto eu passo meu punho entre os seios, sem
tocá-la com firmeza até que meus dedos encontram a pele nua logo abaixo da
clavícula.

Nós dois estremecemos enquanto eu curvo minha mão em torno de seu


ombro, depois para cima em seu cabelo espesso e brilhante.

A memória visceral é imediata. Seu cabelo, molhado e escorregadio no


chuveiro. Antes disso, enquanto eu fodia seu rosto.

Uma necessidade selvagem me atinge enquanto eu enrosco meus dedos


nos fios de cabelo, para encontrar um domínio sobre ela que não tem qualquer
pretensão de sofisticação.

—Você quer. —Eu rosno.

—Que você me puna?


—Machuque você. A punição é apenas uma desculpa.

—Sim. —Ela suspira.

—Sim, o que?

—Eu quero que você me machuque.

Prazer me lava. —Bom. Honestidade é recompensada, gatinha. Lembre-se


disso. Essa será uma das nossas regras.

Eu empurro minha mão livre para baixo de seu corpo e até debaixo de sua
saia. Eu aperto a coxa com força suficiente para fazê-la ofegar.

Forte o suficiente para deixá-la molhada.

—O resto de nossas regras precisa ser resolvido antes de recompensá-la,


no entanto.

Ela balança a cabeça trêmula. —OK.

—E esta noite não é a noite para isso. —Mata-me dizer isso, mas eu
finalmente estou pensando direito novamente, e essa é parte da responsabilidade
que vem com tudo o que eu quero.

Posso machucá-la. Minha ereção confirma a promessa de que “sim, eu


vou começar a fazer tudo sobre o qual eu fantasio”. Mas eu preciso de seu
consentimento em primeiro lugar, e ela não está pensando direito esta noite.

—Você poderia apenas entrar... —Ela para e morde o lábio inferior.

Se eu a seguir para dentro, eu vou tê-la de joelhos, engolindo meu pau


antes de perceber o que estou fazendo. —Não essa noite. O que você vai fazer
amanhã? Eu vou tentar um jogo de hóquei já que eu perdi a prática da equipe
hoje, mas não tenho outros planos. Vou trabalhar de acordo com seu dia.
Ela balança a cabeça. —Livre.

—Você quer que eu volte para que possamos conversar?

Um aceno ansioso é tudo que eu preciso. Eu esmago minha boca contra a


dela, indo direto para o gosto dela, minha língua traçando o lábio inferior, então
eu o pego entre meus dentes. Ela tem gosto de vinho doce e pele quente, e ela é
suave e flexível.

Eu libero sua carne e empurro mais profundo. Ela se abre para mim, sua
língua tocando a minha ansiosamente, só por um segundo, antes de amaciar para
o meu ataque.

Obediente desde o primeiro momento.

Nós vamos nos divertir muito. Amanhã.

Digo a mim mesmo para parar de saboreá-la, para parar de enfiar a minha
língua em sua boca, mas eu ainda não posso. Sua boca é quente e molhada, e ela
está fazendo este som no fundo de sua garganta que me faz querer moer contra
ela.

Forçá-la até que aumente esse som e ela tenha que morder o lábio forte
para mantê-lo dentro.

Eu quero beijar o pescoço dela e cobrir a boca e segurá-la contra a porta


quando ela gozar.

Eu quero todos cenários pervertidos, nenhum dos quais é aceitável fazer


em seu corredor, porque eu sou seu cliente.

Tudo o que vier em seguida, temos que estar de acordo.

E amanhã.
Afasto-me dela tempo suficiente para ver seus olhos brilharem em
confusão, então eu a puxo para perto novamente, enrolando meus dedos em seu
cabelo.

—Sonhe com isso. —Eu digo baixinho, minha respiração irregular


enquanto eu pairo sobre ela. —Tenha certeza do que você quer. Porque eu quero
tudo.
Capítulo 13
Violet

Tenha certeza do que você quer.

O que isso quer dizer, quando eu tenho certeza que Max pode imaginar
toda uma série de peripécias excêntricas que eu não posso nem mesmo nomear?

Eu não sei o que quero, além de...

Eu o quero.

Eu não quero perder meu emprego.

Mas isso não é o que ele está falando e eu sei disso.

Ele está falando de limites. Forte e suave.

Eu tremo enquanto imagino mais de Max, sem os limites rígidos de um


caso de uma noite anônima.

Max virá preparado com uma lista de coisas que me forçarão direto ao
limite da minha zona de conforto.

Eu passo a manhã apagando, e reescrevendo listas imaginárias na minha


cabeça.

Sim para a palmada - sim, por favor - e também qualquer nível semelhante
a uma pegada mais forte. Não para coisas pontiagudas e tirar sangue. Os cantos
mais sombrios da minha mente sabem o quão longe a perversão de Max vai, e
como posso sentir-me sobre o jogo, a verdadeira punição, e poderes adicionais
adquiridos...
Uma batida na porta me tira dos meus pensamentos. Olho para o relógio.
A menos que ele tenha decidido ignorar o hóquei de novo, não é Max.

A batida vem novamente, desta vez seguida por uma série lúdica de
batidas de percussão que soam vagamente como uma canção.

Eu reviro meus olhos. Matthew.

Abro a porta e gesticulo para o meu vizinho do lado entrar e sentir-se em


casa. Ele se sentiria de qualquer maneira, no entanto.

Nós somos amigos desde o dia em que me mudei e ele me trouxe os


cookies, que o cara com quem ele saía na época, tinha assado para ele. Matthew
estava treinando para uma competição de levantamento de peso no momento.
Ele não namorava muito mais.

Tenho saudades daqueles biscoitos agora. Eles eram quase tão bons
quanto os chocolates que Max me trouxe.

E agora eu estou pensando sobre Max novamente, e Matthew está


olhando para mim, quando a minha vida ficou tão complicada?

—O que há com você? —Ele vai direto ao ponto. Tão policial.

—Olá, bom ver você também, vizinho. Como está a sua semana? Chá?
Sim? Volto logo.

Tento fugir para a cozinha, mas ele me segue. —Tenho estado ocupado.
Trabalhei horas extras na noite de anteontem, não voltei para casa até o meio da
tarde. Então eu desmaiei por algumas horas e, quando acordei, morrendo de
fome, e quis sair para pegar um pouco de comida, encontrei minha vizinha com
um cara estranho fora de seu apartamento. E porque eu sou um cara decente,
não os interrompi, então quase morri de fome.
Eu coro. —Oh. —Então eu franzo a testa. —Nós não ficamos lá por tanto
tempo.

—Eu estava morrendo de fome. Parecia muito tempo. Embora ele não
tenha uma boa bunda. Mas compensa.

—Como é que nós não o ouvimos?

—Eu não abri minha porta. Acabei assistindo pelo olho mágico.

Eu gemo. —Isso é tão assustador.

—Quantas vezes eu lhe disse para olhar em seu olho mágico antes de
deixar seu apartamento?

Eu só reviro meus olhos. —OK.

—Isso é tudo o que eu estava fazendo. —Ele me dá um sorriso idiota. —E


verificando a bunda de seu encontro. Mas isso foi um acidente. Fale logo. Quem é
ele?

Eu balanço minha cabeça. —Ninguém.

—Você não teve um encontro desde aquele cara que você pegou no
Chateau Laurier. A sessão de amassos não é nada, é um passo muito importante
na direção certa para obter a sua autoestima de volta.

—Não há nada de errado com a minha autoestima.

—Claro que há, querida. Mas agora que você está namorando novamente,
podemos ir em frente e fugir da armadilha da monogamia.

—Você não está namorando Gareth por seis meses agora?

—Isso é diferente. Eu já semeei todas as minhas sementes selvagens. E


Gareth é perfeito.
Ele não está errado. Seu namorado é perfeito. —Você não o merece, você
sabe. —Eu digo com uma piscadela, e isso o leva a me contar sobre a última coisa
que seu G fez.

Ele não traz a conversa de volta para Max até que terminamos o nosso chá
e ele se levanta para se esticar. Ele é um grande cara e ocupa muito espaço na
minha cozinha.

Ainda mais quando ele coloca as mãos nos quadris e olha para mim. —
Então, novamente, quem é o cara?

Eu sorvo uma respiração profunda. —Ele é um segredo.

Seus olhos se estreitam. —Você está segura?

Em uma maneira de falar. —Sim.

—Você vai me dizer se eu precisar chutar a bunda dele?

—Sim. —Talvez. Eu não sei. Parte de mim está consideravelmente certa de


que essa coisa com Max vai acabar espetacularmente mal, e eu estou bem com
isso, pelo menos estamos vivendo intensamente.

Mas eu vou aceitar essa surra de Matthew, como um plano b, no caso de


eu me esquecer de ser uma adulta sobre isso, quando o nosso caso secreto
terminar.

Levanto-me e dou-lhe um abraço, que ele tolera. —Agora você precisa


sair, porque o cara secreto está vindo mais tarde. E eu preferiria que você não o
espionasse através do olho mágico novamente.

Ele resmunga, e sei que ele não vai. Uma das razões da nossa amizade ter
passado de vizinhos amigáveis para melhores amigos curiosos é que ele é
honesto, e completamente confiável. Ele sangra honra e dever, e isso é muito
importante para mim.
Não tenho a certeza do que ele vê em mim, pois eu o abraço demais e o
chamo de meu melhor amigo, mas eu também o salvo de seus cookies, então isso
é alguma coisa.

Ele sai e eu lavo as xícaras, inquieta e nervosa enquanto a minha mente


voa de volta à questão do que exatamente eu quero.

E quão longe eu vou deixar Max me forçar além desse ponto.


Capítulo 14
Max

Estou nervoso e inquieto. Estive toda a manhã, e agora enquanto eu subo


as escadas até o apartamento de Violet, dois degraus de cada vez, eu estou
tentando dizer a mim mesmo para relaxar.

Não está funcionando.

Três meses que não faço amor.

Três meses que eu quis mais dela.

E então eu a vi novamente, e não pude tê-la. Portanto, este é um


presente, e eu sei que preciso ser muito cuidadoso aqui, mas estou me sentindo
estranhamente imprudente e selvagem.

Fugir dela na última noite foi a coisa certa a fazer.

Mas se ela abrir a porta e me quiser do jeito que eu a quero, eu não vou
conseguir me segurar.

Faço uma pausa em seu andar, fazendo-me esperar. Provando a mim


mesmo que eu ainda estou no controle.

Então eu bato, e a porta se abre.

Ela está usando um longo suéter cinza-escuro que parece suave ao toque.
É grande o suficiente para envolver todo o seu corpo, dando-me apenas um
vislumbre das suas roupas embaixo. Calça de yoga preta, talvez – eu acho que é,
definitivamente - uma blusa de seda em um leve tom de cinza como o do suéter.
Eu preciso tocá-la.
—Oi. —Ela diz, ofegante enquanto eu passo pelo limiar da porta e direto
em seu espaço pessoal.

Eu fecho meus dedos para não agarrá-la, deixando apenas os nós dos
meus dedos acariciarem sua bochecha. Ela é toda macia, delicada e bonita. Eu
deixo o meu olhar vagar sobre ela enquanto meus dedos deslizam pelo cabelo
sedoso. Apesar de sua aparência cuidadosamente casual, ela fez um grande
esforço para isso. Sua maquiagem é sutil. Perfeita. Nada nos lábios, mas suas
pálpebras estão artisticamente esfumaçadas, enquadrando as piscinas infinitas de
água em um azul mais profundo. Quero me afogar nela.

E ela está usando aquele perfume novamente.

Eu rosno enquanto aperto meu punho em seu cabelo, inclinando a cabeça


para trás, forçando sua boca para cima. Eu tive que esperar três meses por beijos
desde a última vez. Agora só se passaram quinze horas e eu sou como um tigre
inquieto para perseguir sua presa.

Uma presa disposta, pela maneira como ela reage, seus lábios se
separando para deixar escapar um suspiro ofegante. —Uma bela saudação.

—Isso não é nada comparado com o que eu queria fazer.

—O que foi isso?

—Dizer-lhe que eu estive pensando sobre o beijo desde que saí ontem à
noite. Que parece que se passou uma vida e eu preciso te provar novamente,
mais do que eu preciso de ar.

—O que eu lhe disse sobre romance? —Diz ela, mas ela está oscilando
contra mim, por isso estou perdoado por pensar que era uma boa ideia expressar
algumas das merdas amorosas correndo pela minha cabeça.
Eu puxo seu cabelo um pouco mais forte. —Eu prometo que a minha
marca de romance é, sobretudo, irônica. Setenta por cento tortura e trinta de
palavras doces.

Ela ri suavemente e enrola os braços em volta do meu pescoço. —Oh, isso


acalma meu coração pervertido.

Eu mordo seu lábio inferior, e ela engasga, então eu cedo e a beijo de


verdade.

Eu estou tão cansado de recuar, de impedir-me de tomar esta mulher.

Mais uma tarde sendo civilizado. Uma discussão sem barreiras, então eu
vou transar com ela a ponto de perder a sanidade. A dela ou a minha, talvez de
ambos.

Felizmente ela tem mais força de vontade do que eu, e ela pressiona as
mãos contra o meu peito.

O leve empurrão é mais simbólico do que verdadeiramente eficaz, mas eu


dou um passo para trás.

—Eu quero saber mais sobre esse seu coração pervertido. —Eu digo. —
Mas primeiro temos que descascar uma daquelas romãs que eu comprei ontem.

—Sério? —Ela ri baixinho enquanto lhe dou uma olhada totalmente séria.
Eu tenho um plano, e me agrada que ela aceita sem muito questionamento. —OK.
Ensina-me, sensei das frutas. Ensina-me os caminhos de descascar uma romã.

Eu seguro a sua nuca e a puxo para outro beijo. —Oh, eu vou te ensinar
tudo muito bem.

Ela sorri e pega a minha mão, me levando para a cozinha. Um flash rápido
da minha fantasia, Violet em um avental, mistura-se com as suas palavras e a
coisa toda me deixa temporariamente louco. Ela guincha enquanto eu a levanto
para cima do balcão e abro suas pernas, abrindo espaço para mim contra o seu
corpo.

—Você quer que eu te ensine todas as coisas terríveis que eu conheço,


gatinha?

Ela morde o lábio inferior entre os dentes enquanto assente.

Eu coloco minhas mãos para cima em sua costa por baixo do suéter. O
calor de seu corpo irradia, embora o top seja fino e eu me inclino, respirando seu
aroma sutil.

Eu pressiono minha boca na curva de seu pescoço e sugo lá, então desço,
provando-a toda até abaixo do decote de sua blusa, antes de lamber até a frente
da sua garganta com a ponta da minha língua. Eu encontro sua boca quando ela
suspira, e então dou nada além de beijos molhados, ásperos enquanto eu fodo a
minha língua contra a dela.

Isto é apenas o começo, eu prometo a cada passada punitiva. É assim que


eu vou possuir seu corpo, gatinha.

Ela geme o meu nome quando eu raspo os dentes contra a curva de sua
orelha.

Nós dois estamos respirando com dificuldade, e quando ela chega ao meu
rosto, eu volto contra ela para mais um beijo, desta vez mais suave, quase um
sussurro.

É tão diferente de mim, e ainda assim eu não posso me conter, e


continuar, mas havia outra coisa que vim fazer aqui.

Ela me lembra disso, esfregando sua frente contra a minha enquanto ela
mexe seus quadris para frente, deslizando para fora do balcão e para baixo do
meu corpo.
Jesus, meu pau gosta demais dessa forma.

—Ensina-me. —Ela sussurra enquanto desliza por mim. Eu me viro bem a


tempo de vê-la pegar uma romã e segurá-la para mim.

Ela é furtiva agora, suas curvas e pernas esguias fazendo-a parecer, por
um momento, como uma sedutora contumaz. Esta é a Violet que conheci naquela
primeira noite.

E, em seguida, ela ri, os olhos brilhantes, revelando uma vontade lúdica de


aprender que também é familiar.

Como eu pude pensar que ela era uma profissional?

Eu não estava pensando de forma clara.

E não importa. Porque esse erro me trouxe a este momento, por isso
agradeço por não pensar.

—Obrigado. —Eu pego a fruta dela, em seguida, passo ao seu redor,


colocando a outra mão nas suas costas. —Em seguida, precisamos de uma bacia
de água. Algo grande o suficiente de modo que isto possa ser submerso.

Ela pressiona o dedo indicador aos lábios, pensando por um segundo,


antes de ir para o armário ao lado da pia. Ela se inclina, apresentando seu traseiro
para mim.

Provocadorazinha safada. Calor sobe em meu peito.

Uma vez que ela encheu de água, ela olha de volta para mim. —E agora?

Eu fecho a lacuna entre nós, prendendo-a contra o balcão. Eu coloco a


romã na bacia, em seguida, seguro suas mãos nas minhas.

Em vez de explicar, eu apenas mostro a ela, encontrando a parte mais


macia da casca e, sob a água, impiedosamente pressiono meus polegares no
ponto fraco. Com a fruta presa, eu separo meus polegares. Ela engasga com as
duas metades partidas da romã.

Ela pega a ideia de imediato, passando os dedos ao longo da membrana


branca, separando as sementes da fruta. O material branco flutua, e as sementes
afundam.

Quando ela mexe contra os limites dos meus braços de cada lado dela, eu
rosno.

—Só quero abrir essa porta. —Ela ri, apontando com o pé.

Eu a alcanço e abro, revelando um recipiente de lixo embaixo da pia. —Ah.

Ela se inclina para trás contra mim, testando em primeiro lugar antes de se
mexer mais deliberadamente. Ela está olhando para a vasilha, e eu quase perco o
que ela diz.

Quase.

—Eu não tenho planos para fugir de você, Max. —Suas palavras são
calmas, mas também são solenes, e elas ficam sob a minha pele, onde a
provocação desliza em toda a superfície.

—Eu acho que isso é o suficiente. —Eu digo. —Temos sementes


suficientes, quero dizer.

Nós as colhemos do fundo da bacia e as colocamos em uma vasilha de


cerâmica menor, nossos dedos enrolados enquanto nós jogamos os pedaços
brancos no lixo, em seguida, colhendo novamente.

Violet pega uma semente e se vira no círculo dos meus braços,


oferecendo-a a mim, os dedos quentes contra meus lábios.

—Gostoso? —Ela pergunta.


Ela não tem ideia.

Eu a pego no colo e ela engasga, segurando a vasilha entre nós. —Ponha-


me para baixo.

Eu rio e a levo para o sofá, onde a coloco no meu colo.

—Você está parecendo um homem das cavernas. —Ela sussurra. Desta vez
eu chupo os dedos na minha boca, juntamente com a fruta.

Em seguida, é a sua vez de experimentar. Seu gemido de apreciação vai


direto para minhas bolas.

Eu a alimento uma e outra vez, mas então eu começo a negar a ela. Eu


seguro suas mãos atrás das suas costas com uma mão, e afasto a vasilha dela com
a outra.

Eu aperto uma semente contra seus lábios, em seguida, lambo o suco


vermelho antes que ela sinta o gosto.

Quando eu a solto, ela agarra a vasilha e zomba. —Você está me


provocando.

—Talvez.

—Isso é cruel.

—Definitivamente.

Seus lábios se abrem e suas bochechas viram rosa enquanto ela atua
novamente, de repente, como a submissa perfeita. —Posso ter um pouco mais?

—Território perigoso. —Eu sussurro, deslizando outra semente suculenta


sobre os lábios e em sua boca quente, pronta.
—Eu sei. —Seus lábios se movem enquanto ela engole, então ela pega a
vasilha. —Você deveria provar um pouco.

—Eu já provei.

—O suco é tão bom.

Tudo que sai de sua boca agora se torna sujo na minha mente. Balanço a
cabeça, precisando colocar a tarde de volta nos trilhos. —Chega de frutas, talvez.
Era para estarmos negociando os termos.

Ela sorri para mim. —Daqui a pouco vai me pedir para elaborar um
contrato.

O pensamento de tudo o que eu poderia colocar em um contrato faz meu


sangue esquentar. —Eu gostaria disso.

—Não seria juridicamente vinculativo. —Uma carranca aparece entre as


sobrancelhas, apenas por um segundo, mas então ela se recompõe.

Concordo com a cabeça, reconhecendo o seu ponto. —Por outro lado, é a


linguagem que ambos entendemos. —E seria um tipo de compromisso para ela
que eu a manteria segura. —É bom deixar tudo em preto e branco. Não há espaço
para confusão ou dúvida.

Ela passa rapidamente seu olhar para baixo na vasilha de sementes de


romã. Seus lábios se abrem enquanto ela procura mais uma, então ela a coloca
em sua boca com um zumbido satisfeito que eu quero ouvir em volta do meu pau.
Enchendo o ar enquanto eu mordo suas coxas.

Sim, precisamos de um contrato, e ele precisa cobrir mordidas.

Eu quero que ela tenha uma trilha das minhas marcas indo direto para sua
vagina.
—Eu não quero ser... —Seus olhos procuraram pela sala, em todos os
lugares, mas sem olhar para mim enquanto ela escolhe as palavras com cuidado.
—Mantida, eu acho. Compensada de alguma forma.

—Não. —Eu franzo a testa. Achei que tivesse esclarecido isso ontem. —
Isso não é o que eu quero também.

—Explique para mim. —Ela ri nervosamente. —Eu nunca fiz isso antes. A
coisa de Dom / sub, além de apenas tentar isso em um clube.

Estou surpreso. —Você é uma natural, então.

—Eu li muito. Tem sido uma fantasia por... —Ela franze a testa. —Um
tempo. Mais do que eu poderia explorá-la, de qualquer maneira. Então, eu estou
totalmente no jogo, mas... a realidade é um pouco diferente, não é?

Isso de eu ser seu primeiro Dom me deixa satisfeito demais. Isso de ela
estar nervosa sobre isso, no entanto... é um problema.

Eu preciso nivelar o campo de jogo um pouco. —Eu nunca


contratualmente me comprometi com um relacionamento Dom / sub também.

Seus lábios se enrolam em um sorrisinho. —E você conseguiu dizer a


palavra relacionamento sem engasgar.

—Eu pratiquei durante toda a manhã. —Eu digo com uma cara séria. Ela
vira sua atenção para mim, com seus belos olhos brilhantes. Eu não posso segurar
e deixo escapar um meio sorriso.

—Idiota. —Ela murmura, mas seus ombros relaxam e ela desliza para
longe de mim, colocando a vasilha na mesa. —OK. A advogada em mim o adverte
mais uma vez que não vale o papel em que está escrito isso, mas... —Ela pega um
bloco de notas de uma gaveta em sua mesa de café e enfia uma mecha de cabelo,
que caía, atrás da orelha.
A Violet estudiosa me excita.

Sim. Tome notas, gatinha.

—Você gostaria que eu me referisse a você como Max? —Ela pergunta


depois de rabiscar algumas palavras no topo da página.

Eu estico meu pescoço para ver.

Acordo totalmente Não Vinculativo de Dom / sub

—Eu rejeito o título totalmente não vinculativo. —Eu digo. —Você pode
dizer juridicamente não vinculativo, mas eu quero que isso signifique alguma
coisa. Emocionalmente.

Outra palavra que consigo dizer sem tropeçar.

Suas bochechas viram cor de rosa. —Certo. Desculpa.

—Talvez pudéssemos pular para a seção de punição do acordo.

—Talvez. —Sua caneta não se move para baixo na página. —Então você é
Max?

—Eu sou. —Meus lábios se contorcem. Isto é divertido.

Ela suspira, exasperada. —Quero dizer em uma cena. Você tem um nome
de Dom?

Eu tentei todos eles. Eu não tenho uma forte preferência em geral, e eu


não posso imaginar qualquer um deles rolando para fora da língua de Violet. —
Max funciona.

—Não Dr. Donovan? —Ela brinca, mas a forma como ela diz doutor me
balança. Interessante.
—Eu não faço cenas médicas. —Eu digo suavemente.

—Oh! —Seus olhos se alargam. —Não foi isso que eu quis dizer. Apenas...
É um título. Doutor.

Sim, eu gosto disso. Talvez muito. —Vamos com Max e Violet para o
contrato, mas se você quiser me chamar de Doutor no meio da cena, isso seria
ótimo.

—É sexy.

—Você é muito sexy. Vamos chegar à parte onde falamos sobre todas as
maneiras que eu posso ter você nua e gritando meu nome, ou doutor, ou o que
você quiser.

Ela calmamente faz um barulho evasivo e continua escrevendo.

—Violet…

—O quê? —Ela pisca para mim. —Este pode ser o último restinho de
poder que eu tenho com você, certo?

Eu concordo. —Eu gosto de estar no controle, como você já sabe.

Ela inala uma respiração instável e assente. —Então, eu farei disso um


show.

Eu rio em voz alta para isso e me inclino para trás em minha cadeira. —
Tudo bem.

—Palavra de segurança... usamos vermelho e amarelo antes. Tudo bem?

Outro aceno. Nada disto é o que eu quero formalizar entre nós. —O que
eu realmente desejo em um contrato são os limites de quando, onde e como
posso esperar a sua submissão. Os detalhes podem ser mais fluidos dentro desses
limites.
Ela franze a testa para mim. —O que você quer dizer?

—Eu estou supondo que você quer que isso permaneça privado. E para eu
estar no meu melhor comportamento quando eu for ao seu escritório.

Compreensão cai sobre ela e seu rosto relaxa, então se ilumina. —Ah. Ok.
—Sua caneta voa ao longo da página, em seguida, ela lê. —Max e Violet
concordam em conter a relação Dom / sub em suas residências privadas.

Concordo com a cabeça e dou-lhe o meu endereço, e ela escreve abaixo.


—Eu gostaria do telefone de acesso também.

Ela estreita os olhos. —Mensagens de texto, e telefonemas quando estiver


em casa, apenas. Não me ligue no escritório a menos que seja para preocupações
legais legítimas.

—Isso é razoável. —Eu penso sobre o que ela disse naquela primeira
noite. Palavras que foram queimadas na minha mente por meses.

—E sobre limites?

—Para uma primeira noite?

Não somos mais estranhos. Eu deixo o meu olhar derivar para baixo em
seu corpo, lentamente. —Quanto eu posso te pedir, Violet? Quais são os seus
limites, agora que você me conhece?

Ela hesita, a caneta congelada no ar acima do papel.

—Violet?

Seu olhar foca meu rosto. Suas bochechas estão rosadas, os olhos
brilhantes. —Eu acho que disse que não aceitava qualquer surra. Quero dizer, eu
disse isso. Naquela noite. Mas agora...

Eu sorrio, amplo e feroz. —Posso bater em você, Violet?


Ela balança a cabeça ansiosamente.

—Posso usar brinquedos? Eu não tenho qualquer um comigo hoje, mas se


você tiver...

—Oh. —Seu rosto relaxa. —Eu não. Mas sim, isso é bom.

Isso é bom. Oh, vamos nos divertir muito. —Nós vamos explorar mais
nessa área na primeira vez em que você vier à minha casa.

—E quando poderia ser? Devemos marcar os dias ou, eu acho, as noites,


em que funcione para nós dois?

—Vamos dizer que é mais uma tentativa da minha parte em ser


romântico.

—Você quer me convidar para sair para encontros pervertidos? —Ela


sorri, como se agradasse a ela.

Isso faz de nós dois. —Sim, acho que sim. —Eu hesito antes de adicionar a
outra metade da verdade. —E eu gostaria de mantê-la no escuro, se você confiar
em mim.

Ela inclina a cabeça para o lado. —O que você quer dizer?

—Eu quero surpreendê-la de vez em quando. Conter detalhes de cenas


até chegar à minha casa. —Um flash de prazer faísca em seu olhar, e eu
mantenho esse momento, deixando-o prolongar-se. Então eu deixo cair o resto
do que eu estou pensando a esse respeito. —E às vezes uma cena pode incluir um
pouco de estimulação mental.

Seus olhos se alargam, mas ela apenas balança a cabeça e escreve isso. Ela
rabisca um pouco mais, em seguida, lê, os lábios se movendo enquanto ela
analisa seu trabalho. Quando ela está satisfeita, ela bate sua caneta duas vezes
contra a página e olha para mim. —Você quer que eu escreva isso?
—Eu quero que você assine isso. Então eu quero que você se dispa e
apresente-se para a inspeção.

—Agora? —A esperança e a dúvida guerreiam pela nota mais alta


enquanto ela procura o meu rosto.

A dúvida não tem lugar aqui. —A menos que você queira assiná-lo e pular
para as punições.

Ela sorri, confiante agora. —Eu vou.

Eu sorrio. Funciona para mim.


Capítulo 15
Violet

Minha mão treme enquanto eu rabisco o meu nome na parte inferior do


bloco de notas. Max se levanta e se inclina sobre mim, lendo-o de cabeça para
baixo.

—Está tudo em ordem, então? —Pergunto.

Ele me lança um olhar sombrio que faz meu interior tremer. —Eu sou um
bastardo exigente, você sabe.

Eu concordo. —Eu sei.

Ele sustenta esse olhar o tempo suficiente para me fazer pressionar


minhas coxas juntas, em seguida, abre um sorriso afiado. —Mas isso está
perfeito.

Uma onda de prazer surge em mim. —Obrigada.

—O fato de que você ainda está vestindo roupas, no entanto, não está. —
Ele toca minha mandíbula, acariciando-me com seus dedos lá antes de gemer e
deslizar a mão mais abaixo, sobre minha garganta e para a base do meu pescoço.

Ele se inclina e me beija, forte e rápido, os dedos apertando contra a


minha clavícula. Explodindo prazer debaixo da minha pele onde ele está me
tocando e eu me delicio nisso, então quando ele se levanta e recua, eu oscilo um
pouco.

Abalada e em uma névoa de luxúria pesada, eu o vejo sentar-se sobre a


cadeira sem braços na minha frente.
—Dispa-se, Violet. Eu estive esperando para bater em você desde julho.
Não me faça esperar mais.

Eu quase tropeço, jogando o meu suéter no sofá atrás de mim. Eu tiro o


meu top primeiro, em seguida, retiro minha calça de yoga. Não há uma forma
certa de fazer isso, então eu vou ser rápida.

Antes que eu possa mover mais perto, ele limpa a garganta. —Nua não
significa vestindo lingerie, bonita, embora você tenha bom gosto. Em algum
momento, eu vou fazer você mantê-la até que você esteja implorando para estar
nua. Agora, porém, nua significa nua. Eu quero acesso a tudo o que você tem
mantido de mim. Cada centímetro de sua pele. Seus seios. Sua buceta. E essa
bunda deliciosa. Entendido?

Eu aceno, minhas pernas tremendo. Eu estou tão tensa de desejo - de


agradar, de ser punida, de ser simplesmente de Max novamente. Eu me atrapalho
com o fecho do meu sutiã, em seguida, ele cai livre, e eu coloco meus polegares
no cós da minha calcinha.

—Lentamente com essa. —Diz ele, e quando eu viro a minha atenção para
o seu rosto, eu vejo que o seu olhar está bloqueado em minhas mãos.

Eu inspiro profundamente, a confiança vindo à tona enquanto eu me


agarro a esse pequeno lembrete de que eu não sou a única pessoa desesperada
aqui. Eu não sou a única que tem tido saudade e está sofrendo e precisando disso.

Eu não posso respirar quando eu finalmente me dou para ele, e o calor no


meu apartamento sobe para um bilhão de graus. Seus olhos escurecem e sua
garganta funciona enquanto ele silenciosamente engole, e ainda estou à espera
de sua próxima instrução.

Ele leva o seu tempo, flexionando suas coxas e se posicionando antes que
ele assente. —De joelhos primeiro.
Eu me deixo cair entre suas pernas e me forço a esperar, ainda assim,
mesmo que o calor que irradia de seu corpo esteja me matando. Eu quero
inclinar-me contra ele, inclinar-me para ele, e a ereção forçando na braguilha bem
na minha frente é muito perturbadora.

—Você viu o que faz comigo? —Ele pergunta, com a voz baixa e rouca.

Eu concordo.

—Você não vai ter isso ainda. —Ele geme quando meu olhar voa até seu
rosto. Minha decepção o excita, talvez, porque ele pega a minha mão e a coloca
nele.

Tão duro. E tudo para mim... mas não agora?

—Isso é maldade. —Eu sussurro.

Ele só levanta as sobrancelhas, sem mexer um músculo em seu rosto


enquanto me dá um olhar sério que me lembra, sim, esse é o jogo aqui, lembra?

—Você me quer de outra maneira? —Ele pergunta, e eu balanço minha


cabeça.

Não, eu não quero.

Ele arrasta minha palma da mão para cima e para baixo em sua ereção
novamente, mas ele não abre o seu zíper. A tensão está escrita em todo o seu
rosto, como se ele estivesse lutando pelo controle, e depois de um momento, ele
envolve seus dedos em volta do meu pulso e me puxa para me levantar. —Sobre
o meu colo. Agora.

Eu só fiz isso algumas vezes antes, e nunca me senti muito bem.

Com Max, parece perfeito. Ele sabe onde me colocar, com confiança, e
suas pernas abrem a largura exata para equilibrar meu peso.
—Você está confortável?

Eu rio da pergunta inesperada. —Você quer que eu esteja?

Ele instala a mão na parte de trás da minha coxa. —Sim. Desta vez.

Eu concordo. —Então, sim, eu estou. Obrigada.

Ele me aperta lá, a meio caminho da minha coxa, e eu recuo de surpresa,


mas depois me contorço contra ele por que o calor é bom.

—Isso é o que vamos fazer, Violet. —A maneira como ele diz meu nome
me faz tremer, e ele traça os dedos sobre a pele arrepiada nas minhas pernas. —
Eu realmente não estou em um humor para punição hoje. Eu quero levá-la ao seu
quarto e fodê-la ali. Você gostaria disso?

Eu concordo. Entre as minhas pernas, eu estou ficando molhada o


suficiente para que possa sentir isso no interior das minhas coxas, escorregadio e
liso.

—Mas você me fez esperar por isso. —Ele rosna e me aperta novamente.

Eu expiro e me mantenho tão imóvel como posso. Cada pressão dos dedos
é uma tortura. Cada propagação quente de sensações quando ele solta minha
carne é uma onda que nos leva adiante em uma nova dinâmica.

—E eu provavelmente devo desculpas, gatinha. —Sua voz é sedosa agora.


—Mas essa não é realmente a minha natureza.

Eu gemo, morrendo em uma mistura de ansiedade e medo pelo que Max


faz, em vez de seu pedido de desculpas.

Sua palma se conecta com a minha bunda, afiada e rápida. Um golpe de


advertência, e a primeira surra que eu recebo se parece como as que eu li, como a
que eu queria há muito tempo.
Eu quase soluço em voz alta com o alívio. Oh, sim. Mais, por favor. Mas eu
não grito, eu não faço um som. Eu me forço a relaxar e a levar isso, e o próximo
golpe é melhor.

Ele faz uma pausa após a terceira palmada e esfrega minha carne quente.
—Você aceita a dor muito bem. —Diz ele, a surpresa evidente em sua voz.

—Obrigada.

Ele ri. —Eu gostaria de descobrir o que você não aceita bem.

Eu torço minha cabeça e olho para ele. —Por quê? —Ele me bate de novo
e eu suspiro. —Pelo que foi essa?

Ele me dá um olhar que eu só posso descrever como dominante. —Por ser


impertinente.

Mordo o lábio para me impedir de sorrir. —Como foi que eu...

Sua palma conecta exatamente no mesmo lugar novamente, ardendo


mais forte desta vez. —Eu acho que o que você quis dizer foi: “Sinto muito, Max.
Posso perguntar por quê?”

—Sinto muito, Max. —Eu digo extremamente ofegante, porque isso faz o
seu pau flexionar debaixo da minha barriga. —Posso perguntar por quê?

—Muito educada. Sim, você pode.

—E por que você gostaria de descobrir o que eu não aceito bem?

—Porque eu quero fazer você chorar.

—Oh meu Deus. —Meus mamilos estão tão duros que doem.

—Isso é um “vermelho, oh meu Deus”?

Eu balanço minha cabeça. —Muito, muito verde.


—Bom. Isso nos dá algo para pensar em uma data futura.

—Agora não?

Ele ri. —Não, gatinha. Agora não.

Oh. A estimulação mental. Agora eu entendo o apelo. Minha mente está


zumbindo a mil por hora e eu aposto que ele pode ouvi-la.

—Posso perguntar o que vamos fazer agora?

Ele alisa a mão sobre a minha bunda, esfregando do outro lado da carne
aquecida, fazendo minha buceta apertar. —Não, você não pode.

Eu pressiono meus lábios e fecho os olhos. Malvado.

Ele levanta a mão alta o suficiente para a palma dela se afastar da minha
pele, mas as pontas dos dedos permanecem. Lenta e progressivamente, ele traça
o que eu só posso imaginar como uma marca de mão borrada na minha bunda,
então ele arrasta para baixo na curva carnuda, empurrando e abrindo minhas
pernas.

Mordo o lábio mais forte, mas eu não posso impedir meu corpo de
arquear enquanto é atingido por uma corrente viva quando ele desliza entre
minhas dobras molhadas. Oh, sim. É bem aí. O toque erótico simples, tão familiar
não é nada como eu tive antes. Sua suave carícia agora traz consigo a memória da
dor que ele tratou com tanta facilidade, tão livremente, e a promessa de muito,
muito mais.

Ele me acaricia até minhas pernas começarem a tremer em seu esforço


para não se contorcer, então ele me vira e levanta-me facilmente em seus braços.
—Quarto.
Faço um gesto atrás de mim e ele me carrega como se eu fosse uma pena,
seus braços fortes e seguros em torno de mim. Ele me põe no meio da cama e
aponta para mim. —Fique.

Porra, isso é estupidamente quente. Prendo a respiração enquanto ele se


despe, jogando um preservativo sobre a cama quando ele tira seu jeans. Não é
como se eu tivesse me esquecido de sua boa aparência, isso nunca poderia
acontecer. Mas há algo diferente sobre Max no meu quarto em comparação com
um quarto de hotel. Max tirando as roupas casuais e colocando-as na minha
cadeira, em vez de um terno em um espaço anônimo.

Isso é real.

Esta não é uma coisa de uma noite mágica que é muito bom para ser
verdade. Isso vai acontecer de novo e de novo, porque Max é um cara de verdade
que realmente me quer.

Isso é meio difícil de processar. Eu deveria me beliscar, mas eu não quero


acordar.

Se eu estiver sonhando, que assim seja. Eu devoro a visão dele, os quadris


magros e pernas longas e poderosas. Esse pau pesado que sonhei entrando em
mim, agora bem na minha frente novamente.

Minha boca se enche de água, mas ele não me pede para levá-lo em
minha boca. Ele não me pede nada. Em dois passos, ele está na cama e em cima
de mim. Sua boca cai na minha enquanto suas mãos fixam meus braços para
baixo e as pernas pressionam minhas coxas mais abertas. Ele me beija até que eu
estou sem fôlego, em seguida, eleva-se apenas tempo suficiente para colocar o
preservativo.

Quando ele pressiona em mim novamente, é tudo dele. Seu pênis desliza
através da minha umidade e bate facilmente contra a minha buceta, dentro dela,
e ele não para. Ele me leva forte, dirigindo sua ereção bem onde eu quero,
mesmo que eu ainda esteja esticada ao redor dele e oh meu Deus, ele é tão
grande.

Ele não me dá uma chance para recuperar o fôlego, seus quadris recuam e
empurram para frente de novo, esfregando ao longo de todas as terminações
nervosas que se lembram dele, que sonharam com ele e estão tão avidamente
felizes que ele está de volta.

Max.

Fodendo-me.

Definitivamente sonhando.

Ele se move em cima de mim, suas pernas abrindo as minhas ainda mais,
então bombeia em mim, como uma onda de sexo que rola para trás e vem para
frente novamente, como se ele fosse uma máquina de movimento perpétuo. Uma
máquina de sexo, com a intenção de me deixar louca, porque isso é tão bom.
Tudo isso. O alongamento, o empurrão, a pesada batida quando ele encosta em
mim, então puxa para trás.

Ele desliza a mão entre nossos corpos e seus dedos estão no meu clitóris
me levando ainda mais alto.

—Violet. —Sua voz rouca e respiração quente no meu ouvido fazem


minha barriga tremer e minha vagina apertar. Ele mergulha mais e mais rápido
até que eu estou caindo em um orgasmo ofuscante onde nada existe, além dos
nossos corpos, o seu duro e implacável, o meu nada além de tremores. Ele rosna
com seu próprio clímax, mantendo-se dentro de mim até que meu orgasmo
finalmente passa.

Estou vagamente consciente de Max saindo de mim e eu sou deixada


sentindo um vazio.
—Porra. —Ele rosna enquanto nos reorganiza na cama. —Eu senti falta
disso.

—Sim. —Eu sussurro, porque eu conheço esse sentimento.

—Venha aqui. —Ele me puxa contra ele.

Eu fecho meus olhos e afundo no momento. Isso foi incrível. Complicações


do trabalho de lado, isso foi bom entre nós.

Eu mereço um pouco de sexo. Sexo incrível, mesmo. Enquanto Max quiser


usar minha bunda para sua perversão e, em seguida, me foder pra caralho, estou
dentro. Se ele nos manter em segredo, eu sou sua para o que ele quiser.

E eu vou aproveitar cada momento disso.


Capítulo 16
Max

Depois que eu deixei o apartamento de Violet domingo à tarde, eu estava


pronto para tê-la mais uma vez.

Mas da próxima vez, teria que ser na minha casa, e eu precisava terminar
de configurar minha masmorra para isso. O próximo negócio que eu vou investir é
em empreiteiros pervertidos discretos, porque este negócio de “faça você
mesmo” é para os pássaros.

Quando Gavin me chamou ontem a noite e repito essa ideia a ele, ele
aponta que eu estou em um time de hóquei cheio de pervertidos controlados que
provavelmente estariam mais do que felizes em ajudar, em troca de um convite
para a minha primeira festa.

Uma vez que eles são as únicas pessoas que eu convidaria de qualquer
maneira, esse parece um plano que eu poderia ter visto se não estivesse tão
distraído.

Terça-feira Lachlan aparece com Corinne, a nossa goleira, uma colega da


Polícia Montada do Canadá, quarenta minutos depois de eu emitir um convite a
toda a lista de e-mail.

Corinne até mesmo me mandou uma mensagem e perguntou se eu queria


café, porque eles estavam a caminho.

—Como nos bons tempos. —Eu digo enquanto ela me oferece um


cappuccino. —Obrigado. Mas eu quero cerveja.
Lachlan dá de ombros. —Nós gostamos de ser úteis. Também desta forma
podemos dar uma sondada no que você tem, para que possamos decidir o que
usar na festa.

Bem, excelente.

Dou-lhe um mapa do teto e onde eu gostaria que os pontos de ancoragem


fossem inseridos. Corinne salta por cima do papelão e plástico bolha, chegando
bem no banco de palmadas desmontado na frente da lareira.

—Isso é lindo. —Diz ela, passando as mãos sobre a madeira polida.

Eu sorrio. —Fique à vontade, se quiser. Há instruções de montagem no


saco fechado de parafusos.

—Onde é que vai?

Eu não tenho planos imediatos para isso, então eu gesticulo para a parede
oposta. —Lá, por agora.

Eu realmente o quero fora do caminho para que eu possa estocar o


armário de brinquedos que é realmente um armário remodelado. Minha primeira
noite com Violet não vai ser complicada, mas eu quero usar alguns dos meus
favoritos com dela.

Começo desembalando a caixa rotulada como de pesca. É cheia de


novidades, com plugues anais, grampos de mamilo, fita de sujeição, e vibradores
que eu coloco na gaveta de cima.

Em seguida, vem o meu saco de bastões, o que realmente mantém todas


as coisas como bastões, chicotes, etc. Há ganchos na parte de trás da parte
superior do armário onde eles ficam.

A gaveta inferior é onde guardo restrições e cordas, e as coloco do jeito


que eu gosto delas.
Uma vez que Lachlan acaba com os pontos de ancoragem, ele me ajuda a
mover as peças da Cruz de Santo André, e nós a montamos.

Em seguida, o divã pode ser movido para abrir espaço para a peça de
mobiliário especial que eu encomendei para Violet. Mas não está aqui ainda.

Corinne eficientemente embala os pedaços restantes de papelão. Uma vez


que é em cima da garagem, o espaço realmente parece decente. Um pouco vazio.

—Você precisa de arte. —Lachlan me diz quando estamos lado a lado,


inspecionando o mais recente calabouço pervertido de Ottawa.

—Ele precisa de alguma coisa. —Eu concordo. Mas isso será um problema
para outro dia.

—Parece bom. —Corinne diz quando se aproxima. —Quando será a


primeira festa?

Eu rio. —Natal.

—Escolha a data logo. O calendário enche rapidamente nesta cidade.

—Bom saber. E escute, obrigado pela sua ajuda hoje, hein? —Eu aperto
sua mão e depois a de Lachlan. —Muito obrigado.

—Estou à disposição. —Diz Lachlan. —Vejo você no fim de semana?

Eu penso em Violet. —Talvez.

Ele levanta a sobrancelha esquerda, mas não pede mais detalhes. Ele não
os teria, de qualquer maneira.

Depois que me despeço deles na porta da frente, meu telefone toca. Eu


olho para a tela e estremeço quando atendo. —Lizzie, eu ia ligar de volta...
Minha mais famosa coadjuvante ri no outro lado do telefone. —Você não
ia. Você esqueceu toda vez que seu jovem assistente delicioso deu-lhe as minhas
mensagens, não é?

—Eu estive ocupado.

—E como está Ottawa?

—Frio.

—Você deveria ter se mudado para Hollywood. —Diz ela com uma certeza
que eu sei que ela não tem.

—Nunca mais.

—Eu sinto sua falta.

—Não, você não sente. Como está Bernard?

—Casou de novo com sua primeira esposa.

—Bem, isso é complicado. —Eu estou na minha cozinha agora, mexendo


em minha geladeira. Eu organizei com uma empresa de buffet para me trazer
refeições saudáveis. Eu só preciso reaquecer. Nenhuma delas me atrai esta noite.

Ela suspira em meu ouvido. —Max, eu preciso de alguns conselhos.

—Não tenha encontros com homens mais velhos do que vinte e cinco
anos.

—Sério, Max. Se você não se concentrar, eu vou voar para aí assim nós
poderemos ter essa conversa pessoalmente.

Eu franzo a testa. Não que eu não queira ver Lizzie, mas... Eu realmente
não quero ver Lizzie. Agora não. —Estou ouvindo.

—Já me ofereceram um papel em um novo filme.


Isso dificilmente é notícia ou drama, então eu espero ela me dar mais
informações.

—E Victor Jenkins é o diretor.

—Não.

—Me ouça.

—Não, Lizzie, não faça isso. Eu não me importo se eles estão balançando
um Oscar na sua frente... —Porque eu já sei que é do que se trata. Foda-se. Odeio
Hollywood, e eu odeio o brilho desse troféu estúpido, como todos os outros, que
fazem pessoas estúpidas persegui-lo. Eu suspiro. —Não vale a pena. Você vai
olhar para trás e se odiar por participar dessa bajulação.

Eu quase engasgo com as últimas palavras, porque o ego de Victor não é a


única coisa que tem que se bajular em uma base regular. O homem é o mais
doente e depravado na Califórnia.

Ele também é o homem que me apresentou à perversão.

Não que ele pretendesse. Ele nem estava ciente de que estava fazendo
isso. Porque para Victor Jenkins, convidar crianças de doze anos para uma festa
onde há escravos conduzidos ao redor em coleiras não é grande coisa.

E essa foi apenas a primeira noite.

Victor Jenkins é também uma das razões que eu deixei Hollywood, deixei
meus pais, deixei minha vida.

Ele ia dirigir meu primeiro filme de longa-metragem, e eu simplesmente


não podia fazê-lo, não havia como eu passar três meses junto com ele e a sujeira
pessoal, que contaminava sua vida profissional.

No ano seguinte, a primeira acusação de estupro saiu.


E foi embora.

Assim que aconteceu, meus pais colocaram pressão sobre eu voltar antes
que a minha estrela desaparecesse.

Em vez disso, pedi a emancipação formal e nunca olhei para trás.

Desaparecesse?

Eu queria que a minha estrela queimasse, virasse pó, e fosse esquecida


completamente.

Quando eu entrei em medicina, um dos grandes atrativos da pediatria foi


que nenhum dos meus pacientes já tinha visto o meu show. Netflix mudou isso
agora, graças aos filhos da puta, mas já se passaram mais de vinte anos. Não
pareço mais em nada com aquele garoto de olhos brilhantes.

A barba ajuda.

Conversar com Lizzie traz tudo de volta, apesar de tudo.

E do outro lado do telefone, ela ainda está em silêncio.

Eu gemo. —Você quer fazer isso.

—Todo mundo faz um filme de Victor Jenkins, Max. —Ela parece


realmente chateada, e eu entendo isso, eu entendo. Ela não está errada. Todo
mundo está. Nenhuma das acusações de estupro foi para frente em relação a ele,
e ele é um gênio criativo.

Se eu fosse um ator, poderia ser difícil dizer não a seus projetos...

Não. Não, não seria. Eu balanço minha cabeça. Eu sei que tenho minhas
peculiaridades, com um alto padrão neste ponto, mas ele é um monstro.
—Existe algo que eu possa fazer para ajudar? —Ela me ligou por uma
razão. Ela quer que a convença a isso. Não, ela quer o apoio moral para fazer a
chamada certa e ainda ser um bom passo na carreira. Eu franzo a testa. —Diga-
me mais sobre o projeto.

Eu pego um prato de frango ao curry e o coloco no microondas enquanto


ela me conta sobre o filme.
Capítulo 17
Violet

Max disse-me que queria me manter no escuro, então eu não me deixei


abalar por não ter tido notícias dele até o meio da semana.

Este foi o nosso acordo. Meus termos. Durante a semana, eu preciso


trabalhar, e ele precisa ser apenas um cliente.

No fim de semana... é uma história diferente. E eu tenho certeza de que


vou ouvir dele.

E, no entanto ainda é uma surpresa quando meu telefone vibra às seis


horas da manhã na sexta-feira. Estou enterrada debaixo de cobertores, porque
novembro veio com uma onda de frio que dói fisicamente. Eu pego o telefone e o
puxo para debaixo das cobertas comigo.

Max me enviou um texto.

Eu chuto meus pés, porque não há ninguém aqui para ver que eu sou uma
idiota total sobre isto.

M: Eu quero ver você hoje à noite.

Excitação inunda meu corpo, fazendo com que meus dedos tremam.

Ok, eu digito, em seguida, apago. Eu tento de novo. Eu estou livre. Não,


isso não está certo, também.

V: Eu quero isso também.

Honestidade. Ela vai nos dois sentidos.


M: Minha casa. Vou enviar um controle do portão da garagem e uma

chave a você esta tarde. Entre à vontade.

Ele envia o endereço em seguida, apesar de eu tê-lo em nosso contrato


escrito à mão.

Fecho os olhos e imagino o meu dia. Estarei no tribunal esta manhã, então
eu tenho uma tarde leve apenas no caso de ter contratempos. Eu poderia sair do
trabalho às cinco. Em seguida, ir para casa tomar banho, depilar minhas pernas,
pirar...

V: Eu posso estar lá às sete?

M: Eu estarei esperando por você.


Capítulo 18
Max

Eu verifico o meu relógio pelo que eu tenho certeza ser a 85ª vez nos
últimos cinco minutos. Deve ser como um adolescente se sente levando uma
menina ao baile.

Ela não é para chegar por mais quinze minutos, e eu me esforço para
ignorar a voz persistente de dúvida que continua sussurrando que Violet não virá.

Confiança não vem naturalmente para mim. Especialmente no que diz


respeito às mulheres. Mas desde aquela primeira noite no Chateau Laurier, eu
sabia que ela era diferente.

Quando a porta da garagem se abre, o meu nível de ansiedade diminui em


mais graus do que eu gostaria de admitir. Ela está quase dez minutos adiantada.
Ela quer isso.

Eu espero por ela na sala de estar. Minha cadeira oferece uma excelente
vista para a entrada entre o hall da frente e a garagem.

Depois do que parece ser uma eternidade, mas é provável que apenas
fossem um minuto ou dois, a porta se abre lentamente, e Violet espreita.

Eu quase rio da surpresa em seu rosto quando ela me vê. Não tenho a
menor ideia do que ela estava esperando, mas eu duvido que fosse me ver
descansando em uma poltrona observando-a entrar na minha casa.

—Entre. Você chegou cedo. —Pelo menos eu soo confiante. Embora agora
que ela está aqui, eu esteja.
—O tráfego estava um pouco melhor do que eu esperava. —Diz ela,
fechando a porta atrás dela.

Eu aceno e me levanto, começando logo com as instruções. Onde me sinto


seguro e no controle.

—De agora em diante, quando você vier a mim, você irá retirar suas
roupas e colocá-las dobradas na cadeira. —Eu aponto para a cadeira no canto
entre a porta da garagem e as escadas para o piso superior. —Você vai colocar o
calçado que eu deixar para você. Chinelos de quarto, você sempre vai removê-los
quando entrar em um quarto. Qualquer outro calçado permanece em você até
que eu diga o contrário.

Ela olha para o chão para onde eu deixei-lhe um par de sapatos de salto
alto roxo. Jimmy Choos, do seu tamanho, o que eu fiz nota mental em seu
escritório na noite em que a levei para jantar. Eu nunca pensei que tinha uma
coisa para alta costura até que comecei a imaginar Violet nos melhores saltos que
o dinheiro pudesse comprar.

—Eu vou estragar a madeira do seu piso se eu usá-los aqui dentro.

Eu não dava a mínima para os pisos. Cada marca que ela fizer sobre eles
será uma lembrança a ser guardada. —Sua única preocupação é me obedecer. E
agora seria um excelente momento para começar.

Ela dá de ombros e tira seu blazer e coloca-o sobre o encosto da cadeira,


em seguida, lentamente abre os botões de sua blusa, o tempo todo segurando
meu olhar. Foda-se, é como um replay em câmera lenta daquela primeira noite,
mas eu não tenho paciência para um strip-tease esta noite. Eu tenho planos, meu
pau está dolorosamente duro, e eu quero começar. —Muito sexy, mas você está
demorando muito. Eu vou dar-lhe dois minutos para estar pronta.

Ela me dá o sorriso mais glorioso, e continua com a mesma velocidade


tortuosa.
Meu olhar endurece. —Eu não acho que você quer que eu vá até aí para
ajudá-la. —Eu adverti.

Mesmo que eu quisesse enviá-la para sua casa usando minhas roupas
contra sua pele nua, eu estou feliz que ela me leva a sério – tirá-la de suas roupas
não é como eu quero que a nossa noite comece.

Olho para o meu relógio enquanto a saia desliza para o chão. Ela ainda
tem quarenta e cinco segundos, e ainda está com sua lingerie e meias.

—Você pode deixar a cinta liga e meias. —Elas realmente farão aqueles
saltos gritarem “foda-me”.

Ela remove o sutiã e calcinha, em seguida, me lança um sorriso malicioso


enquanto desliza os pés nos sapatos de salto alto.

—E com quinze segundos de sobra. Venha comigo.

Eu levanto-me da cadeira e caminho pelo saguão e saio pelo corredor. O


estalar dos saltos me garante que ela está me seguindo. Novamente à esquerda,
em seguida, me coloco no topo das escadas. Eu hesito por um momento, estou
um pouco preocupado com Violet entrando no porão com segurança naqueles
saltos altíssimos, então eu pego a mão dela e a levo pelas escadas e em frente à
sala de jogos para a poltrona - uma réplica daquela noite no Chateau Laurier.

Eu fui tentado a comprar a original, mas isso poderia ter levado a algumas
perguntas que eram melhores ficarem sem respostas. Assim, uma rápida consulta
com a decoradora recomendada por Beth, e um dia depois, eu tinha exatamente
o que precisava.

—Depois que você terminar de preparar-se no hall de entrada, você virá


imediatamente para cá e se apresentará para a inspeção.

—Isso é... —Ela para e olha para mim, como se quisesse permissão para
perguntar sobre a peça.
Eu concordo. —Eu encontrei uma réplica. É uma importante para mim.

Seu rosto brilha com isso, e ela graciosamente sobe no divã e se ajeita
para o meu escrutínio.

Eu a rodeio, absorvendo tudo sobre ela na memória. A queda de seu


cabelo sobre o ombro, o rosa escuro de seus mamilos, seu clitóris espreitando por
entre suas dobras delicadas. —Haverá outras vezes em que eu vou querer
inspecioná-la, para sua própria segurança, e às vezes apenas porque me agrada
olhar para você.

—Sim, Max.

Eu me inclino e beijo sua boca. Porque eu quero. E eu posso. —Às vezes,


durante a inspeção, você vai me dar um boquete. —Ela ergue a cabeça da forma
mais adorável. Passo minha junta ao longo de sua bochecha e sorrio. —Não se
preocupe, não vou fazer você adivinhar. Eu amo uma boa foda, mas eu nunca vou
colocá-la em uma posição onde você tenha que adivinhar o que quero. OK?

—Ok. —Diz ela, balançando a cabeça.

—Excelente. —Endireito-me, afrouxo o meu jeans e libero minha ereção.


—Abra. Mesmas regras, bata na minha coxa, se você tiver um problema.

—Sim, Max.

Porra, eu amo quando ela diz essas duas palavras.

Sua língua desliza sobre o lábio inferior e em volta da cabeça do meu pau,
num furto erótico que me deixa louco.

Segurando a parte de trás de sua cabeça, eu a empurro para frente, e seus


lábios se fecham em torno de mim. É o céu, molhado e quente. Eu puxo um
pouco para trás e empurro um pouco mais fundo. Eu quero que ela leve tudo de
mim, mas ela não está pronta para isso. A memória de seu grande esforço,
engolindo contra sua garganta rebelde atravessa minha consciência. Eu quero isso
de novo. Agarrando um punhado de seu cabelo, eu pressiono mais profundo em
sua boca, meu pau grosso e pesado, precisando do sangue correndo forte em
minhas veias.

Ela fecha os olhos, mas eu quero ver tudo o que eles têm para oferecer.

—Olhos abertos e em mim.

Suas pálpebras vibram e se abrem e eu trabalho em sua garganta. Seus


olhos se arregalam enquanto ela luta contra o reflexo de vômito. Bonita. Eu amo
as lágrimas.

Eu puxo de volta um pouco para deixá-la se controlar e ela passa sua


língua em torno da ponta.

Ela é a única pessoa no planeta que tem o potencial para me fazer perder
o controle, e isso tanto me fascina quanto me assusta.

Eu procuro seu mamilo, rolando e beliscando-o enquanto eu empurro um


pouco mais profundo. Ela é apertada e quente em mim. Seus músculos da
garganta contraem na ponta do meu pau e quando eles começam a relaxar, eu
belisco o mamilo forte e empurro apenas um pouco mais longe. Um brilho rosa
lindo está florescendo em sua pele.

Estou ansioso para trabalhar mais em sua garganta. Mas estou satisfeito
com apenas um gosto por agora. Eu tenho tantas outras coisas que eu quero fazer
à noite, e antes de podermos começar, eu preciso gozar. Quero concentrar toda a
minha atenção na minha doce Violet, e eu não vou ser capaz de fazer isso se eu
estiver lutando contra o orgasmo.

Lágrimas escorrem em sua bochecha e eu quero mais. —Nós vamos


trabalhar mais em treinar você para aguentar tudo de mim em breve, mas agora,
seu único trabalho é continuar aí e engolir tudo o que eu te darei.
Os cantos de sua boca curvam-se um pouco quando ela tenta sorrir. Sim,
ela vai ser minha ruína. Estou certo disso.

Eu não estou com humor para prolongar o prazer – eu quero gozar rápido.
Segurando forte em seu cabelo, eu bombeio dentro e fora de sua boca, variando a
profundidade, mas cuidando para não engasgá-la.

Eu mudo a minha atenção para o outro mamilo, rolando e beliscando e


seus gemidos abafados são deliciosos. Eles fazem o meu pau pulsar e se
contorcer. Grampos estão definitivamente em um futuro próximo para Violet.

Eu posso sentir os primeiros arrepios do meu orgasmo e eu acelero as


minhas estocadas até...

—Abra mais. —Eu digo, enquanto eu solto o mamilo. Eu trabalho o meu


punho por cima do meu pau até que jorro após jorro do meu gozo escorre em sua
língua e boca. —Eu quero que você engula cada gota, em seguida, lamba até me
deixar limpo.

Ela fecha a boca com um grande sorriso enquanto sua garganta balança
para cima e para baixo. Sua língua sai e ela lambe os lábios, engole novamente,
então se move para mais perto do meu pau. Ela lambe a gota que sai da cabeça e
segura a sua língua para fora para me mostrar. Que menina gloriosamente safada
ela é. Ela coloca a língua de volta em sua boca e engole antes de diligentemente
cumprir o seu dever.

Ela continua suas ministrações muito tempo depois que eu estou


satisfeito, mas eu não tenho coração para fazê-la parar.

Eu gentilmente toco seu rosto. —Muito bem. Agora eu quero você de


quatro, as pernas tão abertas quanto possível. —Jesus, é como se eu estivesse
repetindo aquela noite no Chateau Laurier. Bem, não inteiramente. Jogo de
impacto não estava no menu naquela noite, agora é o prato principal.

—Isso te deixa molhada?


Sua vagina brilhando é toda a resposta que eu preciso, mas eu quero ouvi-
la dizer isso. —Sim, Max. Tão molhada.

—Sim, você está. —Eu digo enquanto deslizo um dedo dentro. Eu quero
prová-la, então eu retiro meu dedo e o chupo. Eu quero mais. Eu quero fazê-la
gozar em minha língua. Mas isso é para bem mais tarde.

Atravesso o quarto até o armário de brinquedos. Quando eu o arrumei,


organizei tudo em categorias e ordenei os brinquedos por grau de gravidade ou
intensidade. Todos eles vão machucar, se exercida força suficiente, mas não todos
estão lá para servir à dor. Eu poderia ter escolhido uma seleção de brinquedos e
deixado pronto para uso, mas eu queria ter uma noção da capacidade de Violet e
ir a partir daí.

Escolhendo entre os grampos de mamilo, eu decido sobre um conjunto de


pinças ajustáveis ligadas por uma corrente de metal leve. Melhor deixá-la
querendo mais do que gritando sua palavra de segurança. Eu os coloco de lado, e
considero a seleção de brinquedos de impacto. Meu olhar mantém vagando para
minha vara favorita, mas essa é definitivamente para outra hora. No final, eu
escolho um açoitador com pele de veado para deixar sua pele rosada, uma
palmatória de couro para adicionar um pouco de vermelho, e o chicote língua de
dragão para fornecer as marcas.

Eu dou mais uma olhada ao armário, e meu lado sádico sussurra uma
ideia. Viro-me para enfrentar Violet, eu acho que ela está esticando o pescoço, e
quando nossos olhares se encontram, ela mexe a bunda e pisca para mim. Garota
insolente. Mas isso cimenta o meu primeiro plano. —Olhe para frente e não se
mova.

Assim que ela vira o rosto para o outro lado, eu começo a cantarolar para
que ela não consiga descobrir o que estou fazendo. Assim que eu tenho tudo que
preciso, transfiro tudo para uma bandeja de instrumento antiga de rodinhas que
funciona tão bem para manter meus brinquedos ao alcance, mas fora da vista da
minha sub. Eu levo o suporte por toda a sala e paro diretamente atrás de Violet.
Eu pego uma caixa fechada com um novo plugue anal da bandeja e
caminho ao redor do divã até que eu estou de pé em frente à minha doce sub. Eu
ergo a caixa e começo a abri-la na frente dela.

Seus olhos se alargam. Eu espero um segundo, meio que esperando ela


dizer a palavra de segurança ali.

—Você vai usar isso enquanto eu aproveito minha permissão recém-


adquirida para o jogo de impacto. Agora, antes de começar, quais são as suas
palavras de segurança?

—Amarelo para desacelerar, vermelho para parar.

—Qualquer outra coisa que sair de sua boca, eu continuo indo, entendeu?

—Sim, Max.

—Excelente. Fique parada e continue virada para frente.

Mesmo que o plugue seja novo, eu passo nele um limpador de brinquedos


e um pano limpo antes de generosamente enchê-lo com lubrificante, deixando
uma dose extra na ponta.

Sua bunda é bonita, e eu não posso acreditar que ela está confiando em
mim para fazer o que quiser com ela. Com uma mão, eu gentilmente separo suas
nádegas, expondo seu minúsculo buraco. Um dia eu vou enfiar meu pau lá
dentro, e eu sei que vai ser incrível.

Eu coloco a ponta do plugue contra sua entrada enrugada. Eu deveria


começar com um dedo, mas eu tenho um lado sádico, e ela tem uma palavra de
segurança. —Respire profundamente e, em seguida, solte lentamente. —Assim
que ela começa a sua expiração, eu aplico pressão constante sobre o plugue. Ela
para expirando e se contrai. Ela choraminga e posso dizer que ela está se
esforçando para que seja bom. Eu não a culpo por querer se esquivar. Eu puxo o
plugue apenas um pouco e esguicho um pouco mais lubrificante. —Basta respirar,
eu preciso que você relaxe.

Nós dois começamos de novo, e desta vez, a ponta do plugue passa o


primeiro anel de músculo. —Você está indo muito bem, mantenha a respiração.
—Eu continuo a empurrar e ela deixa escapar um gemido torturado quando
estamos perto da parte mais larga do plugue. —Quase lá. —Eu digo a ela
enquanto adiciono mais lubrificante e aumento a pressão.

Uma vez que o plugue está dentro, eu deslizo minha mão mais abaixo, em
suas dobras escorregadias até atingir seu clitóris, circulando e beliscando-o entre
os dedos. Inclinando-me sobre suas costas, eu beijo seu pescoço e sussurro. —
Como se sente, gatinha?

—Estranha. —Diz ela, sem fôlego. —Cheia.

—Você quer gozar?

—Sim, Max.

—Perfeito.

Relutantemente, eu endireito-me e retiro os meus dedos. Eu quero tirar


minha calça jeans e enfiar o meu pau profundamente dentro de sua vagina, mas
eu quero que ela esteja molhada e necessitada enquanto eu deixo sua bunda
vermelha. Ela vai ser capaz de tomar muito mais de mim dessa maneira.

Agarrando os grampos, eu volto a ficar na frente de Violet. Eu os balanço


na frente dela. Minhas mãos vão estar muito ocupadas para dar aos seus mamilos
qualquer atenção, então estou contando com um pouco de ajuda.

—De joelhos. —Digo a ela.

Eu quase rio quando seus olhos se arregalaram de surpresa quando ela se


move e o plugue se move junto.
Inclinando-me, eu tomo um mamilo em minha boca e chupo forte. Seus
gemidos vão direto para o meu pau e eu estou de novo querendo fodê-la
imediatamente. Eu deixo de lado o mamilo e aplico a primeira braçadeira,
apertando-a, movendo o pequeno anel para cima em seu mamilo. Quando ela
sorve a respiração, eu movo o anel apenas um pouquinho mais. Eu faço o mesmo
ao outro mamilo, então admiro minha obra.

—Tão adorável, Violet. —Eu agarro a corrente que liga os mamilos e puxo
para frente. —Volte a ficar de quatro. —Uma vez que ela está em posição, eu
solto a corrente, certificando-me de que tem um bom peso. Um pouco de
estimulação extra não machuca... muito.

Usando a palmatória, eu trabalho mais em sua bunda com marcas leves e


quando a pele começa a ficar rosa, eu aumento a intensidade. Poucos minutos
depois, eu paro e esfrego as mãos sobre sua pele aquecida. Bonita. Eu dou um
tapa, em seguida, esfrego uma nádega, depois a outra. Repito isso algumas vezes,
porque eu amo a sensação de sua pele sob minhas mãos.

Mas esta é a nossa primeira cena, e eu não quero forçar Violet muito. Eu
posso dar-lhe uma boa surra em outro momento.

Eu alcanço o açoitador de couro e começo com golpes suaves em toda sua


bunda e coxas. De vez em quando, eu dou um golpe particularmente forte, em
seguida, retorno ao toque suave.

—Como você está, Violet?

—Eu estou bem.

Suas palavras saem um pouco enroladas e eu sorrio. Ela está indo para um
lugar feliz e meu peito incha um pouco, minha cabeça provavelmente incha
também. E este é o ponto onde eu sei que é hora de encerrar as coisas.

Eu pego o chicote língua do dragão para o final e dou quatro golpes fortes.
Ela chora no primeiro, na parte mais larga da sua nádega, então geme até os
próximos três, outro em sua parte inferior e um de cada lado, onde a bunda
encontra suas coxas. Eu quero que ela pense em mim cada vez que ela se sentar
pelos próximos dias.

Uma vez que eu termino, largo o chicote língua do dragão na bandeja e


coloco minha mão entre suas pernas, segurando seu sexo. A base da minha mão
repousa contra a junção enquanto eu a acaricio com os meus dedos. Ela está
encharcada e inchada, o clitóris duro e cada centímetro de sua carne tão sensível
que eu sei que não vai demorar muito para fazê-la gozar.

Eu não me apresso, no entanto. Ela tem sido tão boa. Ela merece um bom
clímax por toda essa dor. Eu acaricio seus lábios, em seguida, apenas no interior,
na pele macia, lisa que não recebe atenção suficiente. Depois, acaricio seu clitóris
a cada passagem.

Ela chora e suas coxas começam a tremer.

—Shhh. —Eu sussurro, acariciando mais forte novamente. Este é um bom


tipo de tortura, também, mas eu não vou forçá-la muito. —Eu sei que você quer
gozar. E eu vou dar a você.

Ela faz outro som, este mais como aceitação, e isso rende mais minha
atenção. Meus dedos formam o padrão da figura oito. Ao redor do clitóris e para
baixo em sua entrada. Ignorando o pequeno tremor de seus quadris. Ela os terá
dentro dela quando eu estiver pronto para ela explodir.

Outro círculo, mas desta vez eu fico em seu clitóris, porque está tão duro.
Jesus. Meu pau está se esforçando para ser deixado livre. Sua vagina é tão
gostosa em meus dedos, e eu estou tentado a abrir meu jeans e transar com ela,
forte e rápido, mas ela vai precisar de muitos cuidados hoje à noite e nós temos
todo o fim de semana para isso.

Além disso, eu não consigo parar de tocá-la.

É hora da minha gatinha gozar.


Eu balanço o plugue uma última vez dentro dela, fazendo-a gemer, em
seguida, giro o pulso e fodo nela com dois dedos. Meu polegar toma o seu lugar
acima de seu clitóris.

—Vamos, Violet. Goze na minha mão. Mostre-me o quão safada você é. —


Eu rosno, agarrando seu quadril com a outra mão.

Com um grito, ela arqueia as costas e dá espasmos em torno dos meus


dedos, em um aperto prolongado que faz o meu pau ter ciúmes dos meus dedos.

Isso me lembra de como é bom.

Porra, incrível.

Uma vez que ela despenca para frente, eu tiro o plugue dela e o envolvo
em um pano, pronto para ser limpo. Dou-lhe uma limpeza rápida com um pano e
depois passo nela. —Ajoelhe-se, gatinha. Hora de remover esses grampos, e vai
doer.

Ela faz o que digo, mas seus olhos estão fora de foco. Sim, ela se foi. Eu
removo o primeiro grampo e chupo e lambo seu mamilo para acalmá-lo. Uma vez
que eu cuido do outro, eu embrulho Violet em um cobertor e me estabeleço no
sofá onde eu a alimento com pedaços de chocolate e goles de água.

Por mais que eu adore ter Violet dormindo enrolada em meu colo, não é
assim que nós passaremos a noite.

Cuidadosamente, eu a levanto do sofá e levo a minha bela adormecida


pela casa e para o meu quarto. Depois de baixá-la gentilmente sobre a cama, eu
subo atrás dela e envolvo meu corpo em torno dela.

Ela se aconchega contra mim e eu enterro meu rosto na curva de seu


pescoço, respirando-a. A noite foi muito mais do que eu esperava que pudesse
ser. Foi perfeita.
Capítulo 19
Violet

Eu acordo com um cheiro de café fresco de dar água na boca e a visão de


tirar o fôlego de um homem nu subindo na cama comigo.

—Como está se sentindo? —Max pergunta, seu olhar deslizando pelo meu
corpo enquanto ele puxa o lençol.

Eu luto com o instinto de me cobrir, sabendo que iria desagradá-lo.

E enquanto ele verifica o meu traseiro para o que eu só posso supor que
sejam algumas marcas impressionantes da noite anterior, um calor inebriante
constrói dentro de mim. Seu cuidado é a minha recompensa por submeter-me à
sua inspeção. Por confiar nele para cuidar de mim, realmente cuidar de mim, sem
qualquer artifício ou falsidade.

Eu testo minhas pernas, pressionando minhas coxas, em seguida, flexiono-


as para baixo contra o colchão. Eu me sinto bem utilizada, mas também mais leve,
mais livre do que eu tenho me sentido em... anos.

—Eu me sinto bem. —Eu finalmente respondo. —Obrigada.

Ele pressiona um beijo em meu ombro. —O prazer foi todo meu.

—Nem todo seu. —Eu sussurro, rolando de costas. Eu estremeço


enquanto deito sobre a pele macia lá. Quão boa seria a sensação de ter Max
pressionando-me no colchão, enquanto ele me fodesse?

Ele me dá um olhar perverso enquanto arrasta os dedos pelo meu tronco


e desliza para a umidade entre minhas pernas. —Você está me pedindo para
transar com você, Violet?
—Tudo bem?

Ele rosna uma risada e pega um preservativo. —Mais do que bem. Você
quer rolar?

Eu balanço minha cabeça.

—Isso pode doer.

Eu concordo.

Ele geme. —Oh, você é tão perfeita para mim.

Ele leva o seu tempo para deslizar dentro de mim. Primeiro ele me
arruma, pernas para cima e abertas. Eu não deixo de notar que ele está
levantando a parte mais dolorosa da minha bunda para fora da cama. Ele é cruel,
mas não tão cruel. Então ele me acaricia novamente, alisando minha umidade em
toda a minha carne inchada. Só quando eu tento balançar contra seus dedos que
ele desliza seu pau através das minhas dobras e empurra, enchendo-me.

—Você tem a buceta mais doce. —Diz ele, com a voz áspera. —Faz-me
querer fazer coisas sombrias e perigosas para você.

—Sim. —Eu respiro. —Faça.

Ele faz círculos na parte externa das minhas coxas, com as mãos,
apertando enquanto empurra profundamente novamente. —Eu não estou
brincando, Violet.

—Eu sei. —Eu não sou uma flor frágil.

Ele inspira, suas narinas dilatam enquanto ele percorre as mãos sobre as
pernas. Acima e ao redor. Deixando-me mais aberta. Ele abre a mão e bate a
palma contra o meu quadril. Perto do local onde eu estou dolorida, mas não
completamente sobre ele.
Um pouco mais perto…

Seus olhos escurecem enquanto eu mexo debaixo dele.

—Você quer mais? —Ele me aperta novamente, desta vez bem ali, bem
onde estou, provavelmente, ferida de seu toque. Seus dedos pressionam bem ao
longo do contorno dolorido.

Em resposta, os meus músculos internos apertam em torno dele.


Concordo com a cabeça, impotente, a dor roubando minha voz.

Com um grunhido ferido, ele me agarra mais forte com uma mão e apoia-
se com a outra, baixando a parte superior do corpo bem no meu.

Eu estou impotente, presa, enquanto ele me leva, áspero e rápido e fora


de controle agora.

Eu quero acordar assim todos os dias. Enquanto esse pensamento


perigoso passa pela minha mente, ele raspa os dentes sobre meu ombro e revira
os quadris, apertando minha bunda com força na cama.

Eu estava errada. Ele é apenas tão cruel.

Eu amo isso. —Argh! —Eu grito, minhas coxas apertando ao redor de seus
quadris.

—Deus, sim. —Ele sussurra, sua boca pairando acima da minha. —Você
vai gozar? Você vai me molhar? Faça. Aperte essa bucetinha quente em torno do
meu pau. Chupa meu gozo de mim, sua putinha safada. Você ama isso, não é?

Eu aceno, choramingando enquanto suas palavras arrancam um orgasmo


do meu corpo.

Eu ainda estou ricocheteando como um pinball quando ele se solta e


martela dentro de mim, uma, duas, três vezes mais antes de enterrar
profundamente e se liberar.
Eu posso senti-lo gozando.

É uma loucura quente.

Até mesmo o rescaldo é insano. O calor de sua respiração no meu


pescoço, o peso dele em cima de mim... Eu quero tudo de novo e de novo e de
novo.

Mas ele tem que lidar com o preservativo, e ainda há a questão da comida
que ele trouxe até mim.

Eu o vejo ir ao banheiro. Ele é tão bonito nu. Lindo e esculpido e... Eu


limpo minha boca. Eu poderia realmente estar babando. Eu consigo colocar um
olhar normal na minha cara antes de ele retornar, e eu dou-lhe um sorriso de
felicidade. —O que agora?

—Agora, o café da manhã. Em seguida, um chuveiro.

—E então? —Eu estou sem fôlego com entusiasmo sobre apenas uma
discussão sobre o que está por vir.

Ele morde o lábio inferior enquanto me dá um olhar sacana. —E então


vamos para o próximo tamanho do plugue.

Meu Deus.

Eu mal posso esperar.


Capítulo 20
Max

É domingo de manhã e Violet quer ir para casa.

Ela quer que eu a foda mais, razão pela qual ela ainda está aqui, mas ela
tem trabalho a fazer para a semana.

Eu poderia ir ao hóquei.

Mas em vez disso, eu estou educadamente ignorando seu murmúrio sobre


a casa e o trabalho, e meu telefone vibrando com um lembrete sobre um jogo de
hóquei, e estou fazendo seu café da manhã.

Ela está nua.

Eu não vou deixá-la ir a qualquer lugar.

Pelo menos por mais duas horas. Café da manhã, uma foda final, e depois
vou soltá-la ao mundo por uma semana.

—O que você está pensando aí, Sr. Glower? —Pergunta ela, inclinando-se
sobre mim para pegar um pedaço de pimenta vermelha.

Ela coloca em sua boca e me dá um sorriso feliz atrevido.

—Como de repente eu vejo o encanto de um relacionamento 24/7 7


mestre-escravo. —Eu respondo honestamente.

Ela fica rosa. —Você quer que eu te ajude a cozinhar?

7 24 horas \ 7 dias por semana


—Eu quero que você fique aí e continue esfregando seus peitos contra
mim. —Eu a beijo rapidamente, em seguida, a afasto para ainda mais longe. —
Exceto os salpicos de óleo, então não, você pode ficar aí, onde eu possa vê-la.
Perfeito.

—Ok, eu poderia me acostumar com isso. —Diz ela com um encolher de


ombros. —Só aquela coisa de trabalho... tão exigente.

—Pare com insinuações. Entendi. A vida real vai trazer você de volta mais
cedo do que mais tarde. Mas eu quero alimentá-la. E então... —Eu aqueço a
panela, em seguida, viro e dou a ela uma leitura cuidadosamente lenta. —E então
eu quero você mais uma vez, na minha cama. Uma foda que vai nos manter
satisfeitos durante toda a semana.

—Você vai sentir minha falta. —Ela diz, e a surpresa na voz dela é genuína.

—Eu sei. É estranho para mim também.

—Eu vou sentir sua falta também. —Sua voz amacia e eu quero fazer uma
pausa ali mesmo, permanecer no momento em que Violet me quer e vai sentir
minha falta, mas ela já está seguindo em frente. —E nós podemos conversar no
meio da semana. Eu gostaria disso. Este fim de semana tem sido intenso. Bom!
Mas intenso.

A maneira como ela repete isso me faz colocar para baixo a espátula e
virar em direção a ela, de repente interessado. —Você vai me deixar saber se eu
estiver forçando-a demais?

Eu não acho que eu tenho forçado, mas é sempre bom verificar.

Ela balança a cabeça. —Eu vou, e você não está. —Ela sorve uma
respiração irregular em, em seguida, volta o olhar submisso. —Eu estou ansiosa
para mais cenas, na verdade.
Ouvi-la dizer isso é como uma corrente elétrica para a minha libido, que já
estava bastante viva. Apenas os respingos e silvo da manteiga e do óleo que me
impedem de ir até ela, e isso é um lembrete de que eu ainda preciso alimentá-la.

—Agora que já passamos um fim de semana juntos... —Eu digo com a voz
rouca enquanto adiciono legumes na panela. —Alguns dos seus limites mudaram?
Nada de novo que você gostaria de perguntar-me que você pode não ter pensado
antes?

—Eu não consigo pensar em nada. —Ela move o lábio inferior entre os
dentes. —Este é o melhor... Eu não sei como chamá-lo. Caso? Aventura? Você é o
melhor amante que já tive. E agora isso está subindo para a sua cabeça, não é?

—Meu ego já está no seu máximo. —Eu dou de ombros. —Dois ovos?
Três?

—Dois, por favor.

Eu tiro as torradas da torradeira e levo sua omelete borbulhando, em


seguida, limpo as mãos em uma toalha e vou até ela. Eu vesti jeans e uma
camiseta Henley antes de chegar ao térreo, e há algo sobre eu estar
completamente vestido e Violet despida tão perfeita que me excita de uma
maneira profunda, primitiva. Cérebro de lagarto, Gavin chama isso. Eu sigo meus
dedos para baixo em seus braços nus, então estabeleço minhas mãos na curva de
seus quadris. Ela fica quieta, e eu murmuro um louvor porque ela gosta de ser
dita que ela é boa. E ela é tão boa.

—Olhe para a minha ereção. —Eu digo a ela, minha voz áspera. —Viu
isso? Você faz isso comigo. Só você. Eu nunca tive uma mulher na minha casa
todo o fim de semana. Nunca me senti tão insaciável. Melhor amante? Isso
dificilmente diz o que sinto por você. Se qualquer um de nós deve ter um ego
saudável após este fim de semana, é você.

—Oh. —Diz ela com um suspiro doce.


Eu rio. —Isso é tudo? Oh?

—Uau?

—Isso está ficando mais quente.

—Seus ovos parecem bons. —Ela aperta os lábios e me dá um olhar


inocente.

Vamos trabalhar em sua confiança mais tarde. Quando estivermos nus.

—Sente-se. —Eu digo, e ela puxa o meu robe. Eu vou retirá-lo dela em
breve, mas ela pode comer com ele se isso a deixa mais confortável.

Ela começa a comer, lentamente, enquanto eu faço minha própria


omelete, então nós terminarmos o nosso café da manhã juntos, partilhando as
seções do jornal. Eu mantenho meu pé enganchado em seu tornozelo, e cada vez
que ela se move, ela me dá um sorrisinho.

Esses sorrisos são perigosamente sedutores.

—Você já está satisfeita?

Ela toma um gole de suco de laranja, em seguida, acena com a cabeça.

—Você pode limpar os nossos pratos? Eu gostaria de definir alguma coisa


no meu quarto.

Outro aceno. Outro gole. Eu me inclino em frente a ela e a beijo, minha


língua deslizando sobre o lábio inferior e em sua boca. Suco de laranja e pequenos
sorrisos. Eu estou tão fodido.

Mas, em alguns minutos, ela estará também.


Capítulo 21
Violet

Eu cuidadosamente penduro o robe de Max em um gancho na porta no


andar de cima, no banheiro principal, em seguida, vou para o quarto. Ele ainda
está vestido, mas ele tirou os cobertores da cama. Os travesseiros ainda estão lá,
e há quatro cintas de nylon enroladas e sobre o colchão.

Eu paro no meio do quarto, não tenho certeza de onde ele me quer aqui
em cima. A linha entre a cena e o fim de semana de sexo é realmente obscura
agora, não que eu esteja reclamando.

Ele olha para mim enquanto coloca suprimentos em sua mesa de


cabeceira. Preservativos, lubrificante, e... marcadores. Alguns com tampas de
cores vivas, e um grande e gordo de cor preta.

Eu me forço a não reagir.

—Vamos rever as nossas palavras seguras, gatinha.

—Sim, Max. —Eu olho em qualquer lugar além dos marcadores. —


Vermelho para parar, amarelo para desacelerar.

—E as regras sobre deixar marcas em seu corpo?

—Nada visível fora da minha roupa. —Minha voz treme, um leve tremor.
Isso pode estar perto de um limite para mim, mas eu não tenho certeza. —Nada
no meu peito ou mãos ou face ou pernas.

—Você pode esclarecer o que você quer dizer com peito? —Ele aponta
para eu subir na cama, e eu fico no meio, de frente para ele. Joelhos afastados,
ombros para trás. —Muito agradável. Eu poderia marcá-la... aqui? —Ele circula
um mamilo com o dedo indicador, e o outro.

—S-sim.

—Você precisa escolher seus sutiãs e camisas cuidadosamente se eu o


fizer?

—Sim. —Eu posso ver meu armário. Eu não tenho um monte de blusas
que escondam um sutiã escuro. Eu poderia ter de ir às compras se as marcas não
desaparecerem até o final da semana. Mas certamente o farão.

—E isso seria aceitável?

Eu aceno com mais confiança agora. —Sim.

Ele se inclina, a boca roçando minha orelha. —Bom. Eu quero escrever


meu nome em todo o seu corpo.

Uauuu. Todo o ar em meus pulmões sai do meu corpo. Eu estava


esperando contusões. Marcas de mordida, como a que ele deixou entre as minhas
omoplatas em julho.

O nome dele? Onde eu possa vê-lo durante toda a semana?

Mas ele não pergunta se ele poderia fazer isso. Ele apenas me disse que
ele faria. E eu tenho minhas palavras seguras.

Poderia ser outra estimulação mental. Ou eu poderia sair daqui com a sua
marca no meu corpo.

Ele se move ao redor da cama e sobe atrás de mim. Calça jeans esfrega
contra a minha pele enquanto ele se ajoelha na cama e reúne meu cabelo,
vagamente num primeiro momento, os dedos roçando meu couro cabeludo,
então mais firmemente enquanto ele separa o meu cabelo em três partes e
começa a trançar.
—Eu tenho um... —Eu paro e tento novamente. —Você precisa de um
elástico de cabelo?

—Não, obrigado. Eu tenho um. —Ele soa divertido.

Estou tão curiosa agora. É uma faixa de borracha? Será que ele sabe usar
uma, ou são aquelas pequenas que não puxam?

—Você deve estar pensando agora?

—Não?

Ele ri e beija a minha testa. —Vá em frente e deite-se, a cabeça sobre os


travesseiros, braços e pernas abertas. Olhos fechados. Se você não é capaz de
fazer isso, eu vou vendar você.

Eu faço como instruído, e ele se move em cima de mim, colocando


algemas de velcro em meus pulsos e tornozelos, pressionando cada membro na
cama uma vez que eu estou presa a ela, embora presa não seja bem a palavra
certa. Não estou amarrada com muita força na cama. Aposto que se eu pudesse
colocar meus braços para cima e em torno dele, haveria folga suficiente em
cordas para isso, mas eu fico onde ele me colocou.

É uma espécie de antecipação da servidão. Quando ele começar a fazer o


que ele vai fazer com esses marcadores, eu vou tentar me afastar. Eles podem ser
frios ou molhados ou Deus me livre, fazer cócegas, e eu vou torcer e virar, mas
não posso fugir.

Eu posso me mover.

Eu tenho essa aparência de liberdade.

Mas como um pássaro em uma gaiola, não posso ir tão longe.

E então eu estou presa. Nele. Sua para torturar, e sua para decorar. Sua
literalmente para marcar-me como sua.
Arrepios percorrem minha pele, enquanto eu espero.

E quando sinto uma coisa fria como uma tampa de plástico faz-me saltar,
minha respiração trava, porque também me excita.

Ele arrasta o marcador, ainda tampado, ao longo da minha clavícula e para


abaixo, no vale entre meus seios. Ele está de joelhos, inclinando-se sobre mim,
minhas pernas abertas diante dele. Enquanto eu fico mais úmida, ele vai ser capaz
de ver o quanto ele está me afetando.

O próximo som que ouço é o pop da tampa do marcador, então há uma


pressão contra a minha pele. Molhada e firme. Eu aperto meu abdome enquanto
ele escreve algo abaixo do meu umbigo em alguns golpes rápidos. Max, eu
imagino que seja. Do Max.

—Isso é lindo. —Ele geme, em seguida, move o marcador para o outro


lado do meu peito. Um golpe maior desta vez, no meu quadril. Eu me contorço ao
toque, não para longe dele, surpreendendo a nós dois. —Você gosta disso,
gatinha? Ser marcada como minha?

Eu aceno, mordendo meu lábio enquanto afundo na sensação dele


pressionando tinta na minha pele. Calor e arrepios atingem todo o resto do meu
corpo, ciúmes que esse toque molhado tem sua atenção.

Ele se move em torno de mim, alternando os marcadores. Pisco os olhos.


Pop. Ele me rola para o lado e rabisca as minhas costelas, curvando-se em minhas
costas. Então ele bate na minha bunda. —Continue assim.

Outro marcador, mas ele não continua imediatamente. Eu ouço algo


farfalhar, e minhas pálpebras vibram. Não abra, digo a mim mesma. Seja
paciente, mas é difícil.
Capítulo 22
Max

É difícil descrever como me sinto assim que eu olho para o corpo de


Violet, coberto de desenhos brilhantes. Um pássaro voando ao longo de sua caixa
torácica, um lobo rondando em sua barriga. O olho de um dragão em sua coxa, e
uma dália florescendo em seu peito.

E ela se mantendo parada para mim, confiando em mim para cobri-la com
o que eu quiser.

Eu tiro a minha camisa e alcanço o marcador preto. Esta é a tinta mais


permanente que vai ficar em sua pele por alguns dias. Todas as cores são
marcadores laváveis, e eles vão sair no chuveiro. Eu franzo a testa, apesar de que
sempre foi o meu plano. Pintar tudo nela, o meu nome em pontos pequenos,
facilmente escondidos.

Eu sigo as asas do pássaro com o marcador de tinta preto tampado. —


Posso tirar fotos?

Ela faz um barulho, um “hummm” suave que vai direto para o meu pau.

Eu me inclino sobre ela e raspo seu lóbulo da orelha com os dentes. —Que
tal eu tirá-las com o seu telefone, e você pode decidir se as enviará para mim ou
não?

Ela balança a cabeça. —Sim, por favor.

—Onde você deixou o seu telefone?

Ela ri. —Eu acho que na parte superior do seu armário?


E ainda seus olhos não se abrem. Eu seguro seu seio, meus dedos
beliscando o mamilo como uma recompensa. Ela exala rudemente, depois sorri
quanto eu dou um tapa leve na sua carne. —Fique aqui.

Eu encontro seu telefone onde ela o deixou, em seguida, entro na câmera


a partir da tela de bloqueio. A tecnologia é útil às vezes.

Eu enquadro as imagens com cuidado, certificando-me de que não haja


nada revelador ou que a identifique nelas. Apenas esboços e pele linda. Eu não as
assinei ainda, também, o que é uma vergonha, mas eu não vou pedir-lhe para
documentar isso. Essas imagens só viverão na minha memória.

A cada foto, a necessidade dentro de mim de possuí-la cresce. Quando eu


coloco o telefone na minha mesa de cabeceira, eu pego um preservativo. Então
eu tiro o jeans. O resto dos meus planos para esta cena, não importam. Eu quero
o meu nome em sua pele, então eu quero ouvi-la dizer, uma e outra vez,
enquanto eu a fodo uma última vez.

Eu começo com o pássaro, curvando meu nome ao longo da parte inferior


de uma asa. Então eu o adiciono logo acima do olho do dragão, curvando-se com
o quadril. Eu pressiono as pernas para cima e abertas, roçando um beijo de boca
aberta em toda sua vagina enquanto eu me levanto sobre ela. O lobo sou eu, e eu
escrevo o meu nome em sua pele, grandes letras em negrito bem em seu
abdômen inferior. Max.

Meu pau pulsa, elevando-se entre os nossos corpos com aprovação.


Quando me debruço sobre ela ainda mais para alcançar a dália, ela percebe que
eu estou nu, e solta um grito necessitado. Ela levanta os quadris, balançando
contra mim. O primeiro roçar molhado de sua vagina contra a parte inferior do
meu pau é como um raio. Eu arremesso o marcador longe, não dando a mínima
para onde ele cai, e rasgo o invólucro do preservativo.

Estive muito silencioso. Eu me perdi no que eu estava fazendo em sua


pele, e ela me deu isso, mas eu preciso cuidar dela também.
Enquanto eu rolo o preservativo em meu eixo, eu toco entre suas dobras.
—Você já está tão molhada para mim, não está, gatinha? —Eu abro suas pernas
com os joelhos, entalhando a ampla cabeça dura da minha ereção bem contra ela.

Ela choraminga e assente.

—Bom. —Eu digo, flexionando meus quadris apenas o suficiente para


pressionar nela um centímetro. —Porque isto vai ser rápido e forte. É isso que
você quer?

—Sim, Max. —Ela inclina a cabeça para trás e estende as mãos. Meu anjo
caído, coberto de tinta. Toda minha.

—E se não fosse? —Eu entro um pouco mais, abrindo-a mais, antes de me


afastar. Porra, eu adoro vê-la tomar o meu pau.

—Eu quero o que você quer.

Eu não me importo se isso é apenas conversa suja ou a verdade, eu vou


querer tudo. Eu aperto a parte de trás da sua coxa e deslizo, empurrando sua
perna para cima e para o lado enquanto eu caio em cima dela, me firmando com
a outra mão ao lado de sua cabeça.

Ela grita enquanto eu abaixo e saio dela.

Música para meus ouvidos.

Minha gatinha. Minha Violet. Minha para foder, forte e rápido ou lento,
ou como eu quiser. Para preenchê-la, e depois ainda mais profundo.

Ela está tão molhada, e mesmo que ela seja apertada pra caralho, ela não
pode me segurar dentro dela. Eu sou maior, eu sou mais forte, e eu a amarrei. Ela
é minha para fazer o que eu quiser.

—Você pode tocar a si mesma? —Merda, eu quero vê-la fazer isso. Eu fico
de joelhos, puxando-a comigo. Eu a seguro pelos quadris enquanto seus braços se
abrem, apoiando-se contra a cama por um segundo, então ela pega seu clitóris,
seus dedos atravessando meu “lobo” no caminho. Ela não tem ideia de como ela
se parece.

Hora de isso mudar.

Eu empurro nela de novo, enterrando-me ao máximo. —Abra seus olhos.

Ela pisca para mim, em seguida, olha para onde eu estou segurando-a com
força contra mim, nossos corpos presos juntos.

Ela engasga em voz alta, e suas mãos voam para as imagens. O lobo em
primeiro lugar, em seguida, o olho do dragão, em seguida, ela gira para a direita e
para a esquerda, olhando para as outras. —Eu pensei que você estivesse
escrevendo o seu nome. —Ela respira, os olhos arregalados. —O que são esses?

—Apenas algumas coisas que eu queria ver em sua pele. —Eu flexiono
meu pau dentro dela. Sua inspeção de olhos arregalados alimenta algo profundo
em minha alma, esse garotinho que escondia um caderno de desenho, porque ele
precisava aprender seus contornos.

—Eles são incríveis. —Ela vira sua atenção para mim, os olhos brilhantes e
molhados. —Max...

Merda e porra. Sem lágrimas emocionais. Eu dou um tapa na parte de trás


da perna dela, a palma da mão ardendo e seu grito se transforma em um gemido.
Eu faço isso novamente, bem no mesmo local, e ela se contorce contra mim, sua
vagina apertando-me forte.

Eu empurro minha palma mais ainda, agarrando um punhado de seu


traseiro. —Toque-se, Violet.

Sua respiração trava e ela desliza os dedos entre os lábios de sua buceta.
Eu fodo dentro e fora dela, meu pau obscenamente grande separando as dobras
delicadas de seu sexo, contra seus dedos e os cachos escuros no topo de seu
monte. Ela é a bela e eu sou a fera. Mesmo com as minhas marcas sobre ela, ela
ainda é um anjo.

Eu a fodo mais forte, uma mão na bunda dela, a outra segurando seu
quadril de forma possessiva. Estou torcendo dentro dela a cada impulso, dirigindo
contra seu ponto G. Ela está esfregando seu clitóris o mais rápido que pode, e
suas pernas estão tremendo em torno de mim.

—Você vai gozar? Goze em mim, gatinha. Eu quero sentir aquele pequeno
espasmo na sua buceta quente tão doce, está me ouvindo?

—Sim... —Ela está tremendo toda.

Eu bato nela novamente, desta vez na bunda dela, e ela grita. Eu faço isso
mais forte e ela explode, seu clímax forte e brutal e profundamente dentro dela.
Seus músculos internos apertam em torno do meu pau, e eu fico louco. Eu não
quero machucá-la então eu tiro meu pau dela, arrancando o preservativo para
que eu possa me masturbar. Só é preciso dois puxões selvagens e eu gozo forte.
Minha visão borra quando meu orgasmo assume. Eu caio para frente em cima
dela, e meu gozo jorra contra seu ventre, sua vagina, entre suas pernas quando
ela se torce abaixo de mim.

Ela ainda está brincando com ela mesma.

Eu estou vendo tudo preto, e ela está esfregando meu gozo em seu
clitóris, ainda em seu orgasmo.

É a coisa mais quente que eu já vi em toda a minha vida. Meu cérebro


entra em curto-circuito quando ela puxa as mãos para cima de seu torso,
escorregando na área pegajosa, molhada, arrastando um pouco da tinta azul do
meu lobo e as esfrega entre os seios.

Eu arranco o velcro em torno de seus pulsos, e então estamos nos


beijando. Suas pernas ainda estão presas, mas de alguma forma eu alcanço um
lado, e puxo uma, depois a outra, libertando-a.
Isso é loucura.

Como é que eu vou durar uma semana antes de começar a fazer isso de
novo?
Capítulo 23
Violet

Eu me visto com cuidado no dia seguinte. Calcinha e sutiã preto. Calça de


cintura alta preta e uma blusa azul escuro sob um blazer preto.

Eu ainda posso sentir o seu nome em cima de mim.

Nós tomamos banho juntos e Max lavou todos os desenhos


surpreendentes. O seu nome, no entanto, apenas desvaneceram. Marcador
permanente, disse ele. Deve sair até ao final da semana.

Quando cheguei em casa ontem à noite, eu fiquei na frente do espelho no


meu quarto e tracei as letras de seu nome em meu ventre.

Max.

Que coisa inesperada este fim de semana tinha sido.

E agora a realidade exige a nossa volta.

Eu penso sobre ele sem parar na segunda-feira. Quando chego em casa,


eu me dispo e me estico na minha cama.

Eu olho para as fotos no meu telefone e envio-lhe uma. O olho do dragão.


É lindo.

V: Obrigada pelo fim de semana incrível.

M: Obrigado pela foto. E por ser minha tela.

V: De nada.
M: No próximo fim de semana?

V: Absolutamente.

M: Meu apartamento, sexta-feira à noite. Venha para ficar o fim de

semana.

V: Eu vou ter que sair domingo ao meio-dia.

Ele não responde imediatamente. Então…

M: Envie-me outra foto.

V: Qual é a palavra mágica?

M: Agora.

Eu rio. Então eu envio-lhe a dália. Você pode ver a curva de fundo do meu
peito nela. Eu toco nesse ponto, enquanto eu assisto o upload do arquivo
aparecer, em seguida, a marca de verificação de entregue. Eu fico molhada entre
minhas pernas enquanto eu o imagino abrindo-a, vendo essa curva da carne. Uma
sugestão de barba queimando logo acima da pétala de cima.

V: Eu estive olhando para ela desde que eu vim para casa.

V: Ela é quente.

Eu as envio em duas mensagens separadas. Aparecem pontos na parte


inferior da tela, em seguida, para. Então eles começam novamente.

M: Você esteve tocando a si mesma?

V: Apenas meu peito... até agora.


M: Posso ligar?

Em vez disso, eu ligo. Ele responde ao primeiro toque. —Violet.

Sua voz é um esfregar áspero contra a personalidade serena que eu


carreguei durante todo o dia, e eu fecho os olhos e inclino-me com o calor de suas
palavras.

—Diga-me o que você quer fazer, gatinha.

Eu passo meus dedos em meu abdômen, levemente. —Eu estou pensando


sobre o seu nome na minha pele. Isso é muito, muito quente.

—Para mim também.

—Deixa-me molhada.

Ele geme no meu ouvido. —Quão molhada?

—Humm... —Eu movo as minhas pernas, meus dedos enrolando sobre o


meu monte. Perto o suficiente para pegar uma gota de umidade, mas eu não vou
tocar-me ainda. —Muito molhada. Eu posso sentir nas minhas coxas.

—Mas não nos dedos?

—Ainda não.

—Você está esperando permissão?

—Não. —Eu sorrio. —Eu devo?

Ele respira profundamente. —Eu gosto da ideia de você se tocar. Ainda


melhor se eu estiver ao telefone com você e puder ouvi-la gozar.

—Eu estou um pouco dolorida. —Eu sussurro. —Vou precisar ser gentil.
—Você não gosta de gentil. —Ele deixa cair a sua voz, também. —Se eu
estivesse aí, eu iria colocar a boca em você. Lamber você lentamente, para cima e
para baixo, até que você estivesse se contorcendo por mais.

—Isso soa suave. —E bom. Eu rolo meus quadris, meus dedos passando
em meu clitóris, deslizando sem esforço entre os lábios da minha buceta, porque
sim, eu estou encharcada.

—Suave é um bom lugar para começar às vezes. Aqueça, provoque, faça


se contorcer.

—Eu estou me contorcendo agora.

—Você poderia parar?

Uhh... —Talvez?

—Eu queria que a resposta fosse não. É evidente que eu preciso chupar
seu clitóris mais, até que esteja duro e latejante e você possa sentir tudo dentro
puxando forte. Pronta para explodir. —Eu chupo e agito minha língua em torno
dele, puxo-o em minha boca e, em seguida, suavizo com os lábios, beijando o
resto de sua linda e pequena buceta sexy.

—Oh Deus. —Eu ofego. Agora eu estou contorcendo-me de verdade,


meus dedos fazendo exatamente o que ele disse que sua boca faria. Clitóris, em
seguida, mais amplo. Clítoris novamente. Eu o belisco entre dois dedos planos,
imaginando-o chupando.

—Que tal agora, gatinha? Você poderia parar agora?

Eu balanço minha cabeça de um lado a outro. —Não... —Eu lamento.

—Bom. —Ele está praticamente ronronando no meu ouvido agora. —Isto


é, será bom quando eu virá-la de costas e bater em seu traseiro por tocar a si
mesma sem permissão.
—Mas você disse...

—E por falar de costas.

O som que eu faço para isso não é humano, e ele ri.

—Uma vez que o seu rabo estiver agradável e rosado, eu vou esticá-la na
cama e colocar a sua bucetinha ansiosa em meu rosto.

—Humf...

—É isso aí. Você está pingando para mim, tão molhada, e eu quero lamber
até a última gota. Eu vou apertar o seu traseiro, pressionando os pontos mais
dolorosos, e eu faço você montar meu rosto até gozar na minha boca.

Eu gemo enquanto meu orgasmo explode, um segundo cedo demais para


eu parar. A fusão nuclear não tem nada sobre a colisão fundida do meu desejo e
repreensão de Max dentro de mim. Ele me deixou desligada e inquieta, ligou um
interruptor safado, e agora eu sou uma bagunça, tremendo por causa de novos
tremores e confusão.

—Você está bem? —Ele pergunta suavemente no meu ouvido.

—Uhh...—Eu rolo para o meu lado. —Sim.

—Você tem um cobertor que você pode envolver em torno de si mesma?

—Humm.

—Merda. Você está em outra dimensão? Porra, eu não deveria ter feito
isso.

—Max. —Eu inspiro e expiro, afastando a neblina. Eu sorrio, mas ele não
pode ver isso. —Max. Estou bem. Eu estou bem. Isso foi super intenso. Obrigada.

—Você deve arranjar algo para comer.


—Sério. Você está confundindo êxtase pós-orgasmo com outra dimensão
por causa do telefone.

—Eu nunca fiz isso antes.

—Sexo por telefone?

—Bem, Dom por telefone, de qualquer maneira.

—Foi bom. Ótimo. E eu vou me levantar agora para ir tomar um copo de


água e comer uma barra de granola.

—Obrigado por isso. —Ele suspira. —Apenas segunda-feira, eh?

—Eu tenho uma longa semana de trabalho pela frente, ela deve passar
rápido. E quanto a você?

—Sim. Reunião de departamento amanhã à noite, não estarei em casa até


o final dela.

—Esforçado.

—Eu poderia dizer a mesma coisa de você. Você é uma expert total.

Eu coro. Eu sou. —Ok, então não somos exatamente o mesmo. Você então
não é um expert. —Não há como Max um dia estar tão desesperado para que
alguém saiba que ele tem a resposta certa. Ele é um “sabe tudo”, de uma forma,
talvez, mas ele não dá a mínima se alguém percebe. Ele só gosta de estar certo.
Eu não acho que nós temos uma gíria para isso.

Ele ri. —Não.

—Você é um anti-expert. —Pronto. Isso agora é algo. Pelo menos para


nós.

—Bastante.
—O que você era na escola, um rebelde?

Ele não responde de imediato, então ele limpa a garganta. —Eu não fui
para a escola, na verdade. Mas eu acho que era um rebelde na universidade.
Definitivamente o imprevisível na escola de medicina.

—Dr. Bad Boy. —Eu rio. Eu gosto disso. Vou usar isso novamente. Mas ele
é um bom médico, também, e eu digo-lhe isso.

—Eu tento. É... Eu gosto de ajudar as pessoas.

—Oooh, um expert em segredo.

—Não diga a ninguém.

—Seu segredo está seguro comigo. —Eu sei que há mais do que isso, mas
eu vou deixar essas questões para outro momento.

—E você era a garota mais aguçada, na escola e fora dela, não é?

—Frente de sala de aula, mão balançando no ar. —Eu suspiro. —É


verdade.

—Sentada com as costas retas, eu aposto. Eu gosto de sua postura.

—Você?

—Eu gostaria de fazer você se sentar assim. Mãos no ar, e esperando eu


chamar você.

—O que é a questão?

Ele ri. —Isso importa?

—É sempre importante, Max.


—Então, se eu alguma vez precisar puni-la, eu só preciso exigir que você
resista ao desejo de estar certa?

—Não, não, isso é impossível. —Eu protesto, deixando minha voz toda
ofegante.

Ele apenas ri. —Você já pegou seu lanche?

Eu abro a torneira da cozinha e despejo para mim um copo de água. —


Pegando agora.

—Deixe-me saber quando você estiver de volta na cama. Eu gostaria te


aconchegar.

—Que romântico. —Eu brinco.

—Pelo menos trinta por cento do tempo, gatinha.

—Meu tipo de equilíbrio. —Eu termino o meu lanche, em seguida, vou ao


banheiro para escovar os dentes novamente.

Ele me conta sobre o resto de sua semana superficialmente até que eu


estou de volta na cama, desta vez sob os cobertores.

Eu desligo as luzes para que eu possa fingir que ele está ao meu lado. —
Boa noite, Max.

—Noite, gatinha.
Capítulo 24
Max

Na noite seguinte, eu não chego em casa até depois das dez. Nós pedimos
sanduíches em nossa reunião de departamento, então eu sigo em frente ao andar
de cima. Eu fiquei fazendo uma lista de compras na minha cabeça durante todo o
dia.

Eu paro no meu quarto para tirar meu terno. Quando eu abro a minha
gaveta da cômoda para tirar uma calça de moletom, meus olhos caem no local
onde o telefone esteve.

Onde eu o peguei e comecei a tirar fotos nuas dela.

Minhas marcas em sua pele.

Eu estou duro imediatamente. Eu ainda não gozei, e eu não costumo


privar-me.

Eu estou esperando a imagem do lobo, eu acho.

Ela me enviou duas. Eu quero todas elas.

Eu mando um texto a ela enquanto vou ao meu escritório em casa.

M: Você está acordada?

Ela ainda pode estar acordada. Eu deveria saber que horas ela geralmente
vai para a cama. Eu ligo meu computador e digito a primeira coisa na minha lista.

Levei muito tempo para aprender a aceitar que não há problema em


gostar do calor de estar envergonhado correndo pela minha corrente sanguínea,
enquanto eu olho para algo que estou socialmente condicionado a pensar que é
sujo ou errado.

Mas não há nada estranho em um homem crescido encomendar uma


minissaia roxa online. Eu me movo enquanto meu pau incha mais, minhas bolas
doendo. Elas de repente parecem cheias.

E isso só me faz pensar em gozar em seu estômago. Violet, esfregando


minha essência em sua pele. Gotas brancas cremosas borrando meu lobo em sua
barriga. Uma confusão nos cachos escuros acima de sua vagina.

Eu deslizo minha mão em minha calça e espremo-me.

Meu gozo deslizando para baixo naqueles lábios rosados, inchados e


escorregadios para mim.

Eu gemo e jogo a cabeça para trás, e isso é quando o meu telefone emite
um som.

V: Eu estou. Oi.

Merda. Um texto simples quase me coloca no limite. Bem, um texto e a


memória de mim marcando-a em seu corpo inocente e doce.

Respirando com dificuldade, eu me forço a parar de bater punheta.

M: Não tinha certeza. Que horas você costuma ir dormir?

V: Mais meia hora ou algo assim. Eu estou na cama.

Puta que pariu. Eu quero estar lá. Eu a quero aqui. Quero bolas enterradas
profundamente dentro dela.

M: Diga-me você está nua.


V: Eu estou nua.

M: Envie-me outra foto.

Eu quero dizer a ela que eu quero o lobo, mas também quero ver se ela
está guardando por último. Se isso significa tanto para ela quanto para mim.

V: Um de seus desenhos? Ou de mim nua agora?

Antes que eu possa responder, mais pontos aparecem sob o nome dela.
Em seguida, uma foto aparece.

V: Eu gosto desta.

É a curva nua de sua coxa, levando até o quadril. Onde o olho do dragão
estava, e agora meu nome é tudo o que resta em letras cinzentas.

Eu aperto meu pau mais uma vez e o guardo de volta em minha calça,
meu pulso em meu pescoço pula enquanto eu me inclino na minha cadeira.

M: Você é impressionante.

V: E agora eu estou corando.

M: Linda.

V: Pare com isso.

M: Você vai fazer-se gozar de novo hoje à noite?

V: Eu poderia esperar.

M: Até?
Ela hesita. Então…

V: A próxima vez em que eu for à sua casa.

M: sexta-feira.

V: Isso é uma pergunta?

Eu sorrio.

M: Não.

V: Então eu acho que vou esperar até sexta-feira.

M: Eu não tenho certeza se posso.

V: Corando mais.

Eu preciso mudar de assunto. É tarde e eu não sou egoísta o suficiente


para mantê-la acordada. Bem, eu sou, mas eu vou fazer uma exceção para Violet.

M: Falando de sexta-feira à noite... O que você vai usar para

trabalhar nesse dia?

V: O que você gostaria que eu vestisse?

M: Uma blusa branca. Algum tipo de saia.

V: Como uma bibliotecária sexy?

M: Algo assim.

V: Mal posso esperar.


Trocamos mais alguns textos, pequenas palavras que não deveriam
significar nada. Mas eu me encontro não querendo dizer a ela para ir dormir. Eu
quero continuar a falar com ela a noite toda. Eu quero ligar e ouvir a voz dela,
mas se eu fizer isso... Eu não sei.

Eu não o faço, de qualquer maneira.

E uma vez que os textos param, e ela diz boa noite, eu gostaria de ter
feito.

Sexta-feira não pode chegar rápido o suficiente.

*****

O fim da semana finalmente chega. Eu chego em casa uma hora antes de


sua chegada, e preparo a sua roupa.

A minissaia me deixa duro cada vez que eu olho para ela.

Roxo Doc Martens8, porque eu quero que ela seja um pouco tagarela
comigo. Estudante fodona, não uma inocente Mary Jane, embora se ela gostar
deste jogo, podemos jogar desse jeito outra vez.

E um pacote de chiclete Hubba Bubba.

Eu estou vestido, também. Eu usei jeans para trabalhar hoje, mas quando
cheguei em casa e tomei banho, vesti calça, e uma camisa de botão, desfiz o
botão superior, e uma gravata frouxa.

Ela é a aluna desbocada.

8 Marca inglesa de calçados, vestuários e acessórios.


E eu sou o diretor, que já teve o bastante.

Lá embaixo eu movo alguns móveis. O banco de palmada pode ter algum


uso, então eu puxo-o para longe da parede, deslizando o divã no lugar. E eu puxo
uma das poltronas mais perto do meu armário de brinquedo.

Então eu desligo a maioria das luzes, para quando ela chegar, tudo o que
ela vai ver sou eu sentado naquela cadeira.

Ouço a porta da garagem se abrir, então o clique tranquilo dela entrando.


Uma pausa enquanto ela olha para o que eu armei.

Uma risada sai quando ela descobre que não é exatamente a noite da
bibliotecária impertinente.

Eu fico em meu assento e espero.

Ela tem sido tal distração em sala de aula. Provocando seus professores e
perturbando os outros alunos com suas histórias chocantes do que ela fez em
suas férias.

Não podemos ter esse tipo de comportamento aqui na Donovan Academy.


Como diretor, é o meu trabalho estabelecer a lei. Distribuir punição.

Certificar-me de que todos os nossos alunos, mesmo os alunos mais


maduros, como a Srta. Roberts, se contenham.

E se eles não puderem...

Bem, então há consequências.

Eu vejo seus saltos em primeiro lugar. Em seguida, suas pernas, suas


longas panturrilhas magras e coxas cheias de curvas, vestida com meias pretas.
Tenho um flash da coxa acima da seda, sustentada pelas fitas pretas de uma
cinta-liga, em seguida a saia.
Um flash de raiva pulsa em mim.

Como ela ousa vestir uma saia tão curta quando o nosso código de
vestuário exige claramente que todas as saias toquem o chão quando ajoelhada.

Ela está com a blusa na frente amarrada também, revelando uma fatia de
pele pálida de sua barriga.

E seu cabelo longo castanho, geralmente longo e fluindo livremente


enquanto ela entra e sai do meu escritório, me tentando, agora está separado no
meio e trançado frouxamente, duas tranças, uma caindo sobre cada ombro.

Mesmo suas tranças parecem sexies.

Ela é perfeita.

Prazer me atinge com a raiva que eu já tinha e eu limpo minha garganta.


—Isso é o suficiente, Srta. Roberts.

Ela tropeça até parar.

Em seguida, ela puxa seu chiclete.

Merda. Além da perfeição.

—Você queria me ver, Max?

—Quantas vezes eu tenho que dizer-lhe para me chamar de diretor


Donovan?

—Não sei. Será que realmente importa? —Ela dá de ombros e os seios


dela balançam.

Eu não acho que ela usou sutiã para a escola hoje.

Imagino sua bela lingerie deixado lá em cima na cadeira. Tudo, exceto essa
cinta-liga.
—A disciplina é o cerne de nossa filosofia de ensino, Srta. Roberts. Apesar
de que, suas circunstâncias para estar aqui sejam... incomuns... as regras normais
ainda devem ser aplicadas.

Ela joga a mandíbula para um lado, depois para o outro, os olhos fazendo
um olhar preguiçoso em torno do espaço escurecido. —Mas eu sou diferente dos
outros, não sou... senhor?

Minha gatinha sexy, porra. Tentando descobrir os limites. Eu me levanto e


vou em sua direção. Eu quero ver essa boca insolente de perto. Morder esse lábio
inferior e empurrá-la de joelhos na minha frente, talvez. Dar a ela uma melhor
utilização. —Você é diferente, tudo bem. Quando eu lhe permiti participar da
Donovan Academy como uma estudante sênior, Violet, foi sob um conjunto muito
expresso de regras. Você lembra quais eram?

Ela balança a cabeça, os olhos arregalados. Claro que ela não lembra. Eu
estou fazendo essa merda como eu quero.

—Regra número um. Você deve sempre seguir o código de vestimenta.

Ela engole em seco. —Essa é uma pergunta difícil para eu lembrar...


Diretor Donovan.

—Eu posso ver isso. —Eu digo secamente. —De joelhos.

Ela se abaixa na minha frente.

—Será que a sua barra da saia tocou o chão?

Ela balança a cabeça em resposta à minha pergunta brusca. —Não.

—O que aconteceu com o resto de sua saia, Srta. Roberts?

—Eu vendi por drogas.


Eu rio, incapaz de não rir, e eu posso ver que ela está lutando contra um
sorriso, também. —Você acha que é engraçado? Você acha que eu não sei o que
fazer com uma boca inteligente como a sua?

Ela olha para mim, com pura inocência em seu rosto até que ela dá de
ombros.

Eu desato o cinto, tomando o meu tempo. Observando o olhar em seu


rosto passar de inocente para com fome. —Se você insistir em vestir-se como
uma putinha com tesão, então nós vamos ter que colocá-la no programa
curricular alternativo.

—Eu sou uma putinha com tesão. —Ela respira, os olhos grandes e
bochechas rosa. —Mas eu realmente gosto das minhas aulas regulares.

—Nós não podemos deixá-la distrair os outros, Srta. Roberts.

—Sinto muito, Diretor Donovan.

—Você deveria sentir. —Eu suspiro e abro a calça. —Talvez isso vá te


ensinar uma lição.

—Seu pau? —Ela pergunta, então suspira enquanto eu me masturbo


firmemente, deixando a cabeça ainda mais escura para ela. —É tão grande.

—Você já viu um pau antes, então?

Ela tremula seus cílios. —Em imagens...

—E pessoalmente?

—Eu não acho que deveria dizer.

—Mas essa era a regra número dois, Violet. Não temos segredos aqui.
Você não está sendo uma aluna muito boa agora.
—Eu quero ser. —Ela sussurra.

—Então me diga. —Eu rosno. —Você já segurou um pau de um homem


antes?

Ela balança a cabeça, sua fuga espertinha quando ela percebe que eu
estou falando sério sobre castigá-la, de joelhos.

—E você já tomou qualquer um em sua boca antes?

Ela agita nervosamente sua cabeça. Vagabunda mentirosa. Eu bato meu


pau, pesado e duro, contra seus lábios. —Então é hora de ensiná-la.

Ela abre a boca e a desliza em todo meu comprimento.

Em seguida, ela se afasta e me lança um olhar triunfante antes de me


engolir inteiro novamente.

—Tsk, tsk, tsk, Violet. Você não só mentiu para mim sobre ter tomado
alguém em sua boca, você me privou de treinar essa linda garganta sua. Bata na
minha coxa, se você precisar da palavra de segurança. —Usando as tranças como
alças, eu assumo o controle e começo a bombear meus quadris. Lentamente no
início, obtendo uma sensação de que ela pode me tomar, então eu acelero, até o
fundo de sua garganta a cada impulso.

Merda, ela é tão boa, e não demora muito eu estou pronto para gozar.
Estou tentado a gozar direto em sua garganta, mas agora eu quero um visual.

Deixando de lado suas tranças, eu puxo para fora e agarro meu pau no
meu punho. —Abra a boca, língua para fora. Quando eu gozar, eu quero que você
engula cada gota.

Jorro após jorro cai sobre sua língua. Com o último jato, ela faz um show
de engolir, em seguida, lambe meu pau, sem me dizer uma palavra. Porra, ela é
tão perfeita. Eu me dobro de volta e prendo minha calça, deixando meu cinto
aberto.

—Levante-se. —Eu digo enquanto a agarro por uma trança e começo a


puxá-la. —Quando você aprendeu a fazer isso?

Ela me dá um olhar provocante. —Um homem me levou para seu quarto


de hotel uma vez e eu não sabia como fazer o que ele queria. Então, ele foi muito
cuidadoso e disse que iria trabalhar na minha formação, e eu precisava dele para
ser capaz de tomar o que ele queria. —Ela dá de ombros descuidada, aderindo à
cena mesmo enquanto ela compartilha seu segredo. —Então eu pratiquei.

Esta revelação me agrada mais do que eu estou disposto a deixá-la saber.

Nós paramos ao lado do sofá onde minha vara favorita está no banco do
meio, juntamente com uma correia de couro e uma régua de madeira. —Deite-se
no braço do sofá. —Assim que ela está em posição, eu subo esse projeto de saia
sobre as costas, mostrando sua bunda linda. —O homem não quis dizer “nós”,
não é?

—Hum, talvez?

—Independentemente disso, agir por sua própria iniciativa me roubou o


prazer. E agora é hora de pagar. Pulsos cruzados atrás das costas.

Eu deslizo minha mão sobre seu traseiro, em seguida, dou a cada nádega
um tapa afiado. Gosto de ver a impressão da minha mão aparecer em sua pele
pálida. Eu adoraria ver os vergões vermelhos de minha vara em contraste com sua
pele marfim, mas eu acho que levará algum tempo antes que ela seja capaz de
receber uma surra sem qualquer aquecimento, por isso vergões contra o rosa vão
funcionar.

Usando a régua, eu bato suavemente em sua bunda.


Quero sua bunda tão uniforme enquanto eu faço o seu aquecimento, por
isso, enquanto eu deixar as listras da régua, haverá um contraste definido.

Quando eu estou satisfeito com a coloração da régua, estou quase pronto


para passar para a correia de couro, para um rosa mais profundo.

Mas, primeiro, eu tenho uma pequena surpresa para minha aluna


desobediente. Alcançando o bolso dianteiro direito, eu retiro um saquinho e o
coloco na frente de Violet. —Sabe o que é isso?

—Não, senhor.

A partir do olhar confuso em seu rosto, ela está me dizendo a verdade. —É


a raiz de gengibre que eu carinhosamente descasquei e esculpi esta tarde apenas
para você.

O tamanho dele não chega nem perto dos plugues que eu tenho usado
para treinar sua bunda, mas eu estou muito ansioso pela reação dela.

O objetivo do exercício é torturar seu rabo, não o meu pau, então eu


retiro uma luva de exame do outro bolso e a coloco antes de puxar o plugue de
gengibre do saco.

—Isso é chamado figging9, Violet. Você já ouviu falar disso?

Ela me surpreende acenando com a cabeça.

—Onde é que uma aluna exemplar como você aprendeu sobre um ato tão
sujo?

Ela sorri. —Nós dois sabemos que eu não sou uma aluna exemplar.

—Bom. Então eu posso supor que você também aprendeu sobre palavras
seguras?

9Figging é a prática de inserir um pedaço de raiz de gengibre descascada no ânus ou na vagina de uma pessoa. Ele tem sido
usado como um meio de punição. Também é usado como uma prática BDSM.
—Sim.

—Talvez não seja uma estudante modelo, mas aparentemente uma


avançada. Diga-me quais são, Srta. Roberts.

—Vermelho e amarelo.

—E sua cor agora?

—Verde.

—Excelente.

Lubrificante não é necessário, e, de fato, é indesejável, uma vez que


diminui o efeito do gengibre, que desliza o suficiente para inserir sem mais
desconforto do que o pretendido.

Usando meus dedos e o polegar da mão esquerda, eu separo as nádegas,


em seguida, coloco na posição o plugue em seu rabo exposto e deslizo-o
rapidamente no lugar antes que ela tenha a chance de reagir. —Faça o que fizer,
Violet, não o deixe sair. Diga a palavra de segurança se você precisar.

Assim que eu descarto a luva, eu pego a correia. Eu começo em um lado


gentilmente já que tem pouco tempo desde que eu a bati com a régua.

—Isto é para queimar, Diretor Donovan?

—Absolutamente, Violet.

—Não é a resposta que eu estava procurando.

—E qual era? —Pergunto enquanto eu aperto suas nádegas juntas.

—Obrigado?
Eu retomo o meu ritmo com a correia e é difícil não rir cada vez que ela
aperta o rabo com o tapa e depois solta imediatamente por causa do aumento da
intensidade do gengibre.

Uma vez que eu acho que ela está no tom certo de rosa, eu mudo a
correia para a vara que eu estive ansioso para usar durante semanas.

Eu fixo seus pulsos nas costas dela com uma mão, em seguida, estabeleço
a primeira varada no ponto onde ela senta. É a minha área favorita para colocar
os golpes mais duros porque quero que eles a lembrem de mim sempre que ela
se sentar.

Ela grita enquanto sua bunda aperta, em seguida, rapidamente libera. —


Cor?

—Verde. —Diz ela, mas sua voz é mais aguda.

O próximo golpe é um pouco mais forte, e ele cai logo acima do primeiro.
Desta vez, ela solta um grito que quase me faz sorrir. Sua nádega se contrai e
flexiona, e eu espero até que ela se acalma novamente antes de dar o terceiro e
último golpe.

É muito mais forte em toda a parte mais larga do seu traseiro e provoca
um grito que faz meu pau doer.

—Da próxima vez que eu precisar bater com a vara em você, Srta. Roberts,
você vai contar cada golpe. Entendido?

—Sim, Diretor Donovan.

—Eu duvido, mas você vai. —Eu libero suas mãos e jogo minha vara de
volta na almofada do sofá, em seguida, coloco a mão no bolso de trás para pegar
um preservativo e abaixo minha calça.
Assim que meu pau está coberto, eu o escorrego contra a entrada de
Violet e estou em casa. Eu posiciono as mãos nos quadris para que eu possa usar
as palmas das mãos para apertar suas nádegas juntas, a fim de aproveitar ao
máximo esse plugue de gengibre na bunda dela, enquanto eu bato meu pau em
sua vagina.

Em pouco tempo, eu estou perto, e por mais tentador que seja negar seu
orgasmo, eu não sou assim tão mau. Não essa noite. Eu solto sua bunda e alcanço
sua frente e me preocupo com seu clitóris. Quando eu a sinto começar a apertar
em torno de mim, eu seguro seu seio com a outra mão e aperto o mamilo
enquanto eu dou os últimos impulsos para me levar ao esquecimento com ela.

Eu não sei como ela faz isso, mas cada vez que estamos juntos, ela toma o
que eu dou a ela e torna isso ainda melhor.

Assim que eu saio de seu corpo, eu rapidamente lido com o preservativo,


em seguida, pego um lenço de papel do bolso e o uso para remover o gengibre.

Ela começa a tremer e eu pego o cobertor e a envolvo nele, em seguida,


caio ao seu lado no sofá. —Apenas me dê um minuto para dispor de algumas
coisas, gatinha.

Assim que eu faço uma limpeza rápida, eu sento no sofá e deslizo Violet
no meu colo. —Você foi incrível. —Eu digo a ela enquanto eu deslizo um pedaço
de chocolate entre seus lábios.

—A vara foi incrível. Eu provavelmente poderia fazer sem o gengibre, mas


a vara foi definitivamente incrível. —Ela murmura com o chocolate na boca.

E se ela não era meu sonho de mulher antes, ela é agora.


Capítulo 25
Violet

Estou começando a medir tudo contra a contagem regressiva para noites


de sexta-feira. Três semanas e eu estou sem fôlego com a emoção enquanto eu
paro em sua garagem e estaciono o meu carro ao lado do dele.

O que ele tem para mim esta noite?

Tomo um gole final da minha água e me olho no espelho retrovisor.

Adeus, Violet regular. Vejo você no domingo.

No interior, a casa está quase tão calma como sempre. Do andar de baixo,
eu ouço a música tocando, porém, essa é diferente. Parece Florence “The
Machine”.

Interessante.

Eu olho para a roupa de noite, e num primeiro momento, eu só vejo um


par de sapatos. Sexy, sapatos lindos. Roxo, é claro, de couro escuro, com um salto
agulha de dez centímetros e uma pulseira de tornozelo delicada.

E, além disso, há um pequeno pacote.

Eu o pego e olho de perto o rótulo preto.


Bem, isso é quase o mesmo que estar nua. Eu solto tudo enquanto tiro
minha camiseta, calça de ioga e tiro o maiô transparente 10 do pacote.

No começo eu me preocupo que ele comprou o tamanho errado, mas se


estende enquanto eu puxo para cima pelas pernas e sobre meus quadris, em
seguida, puxo sobre meu tronco.

Não, isto não é o mesmo que estar nua.

É melhor e pior ao mesmo tempo. Os lugares abertos colocam meu sexo


em exposição. Mas também é muito lisonjeiro, destacando curvas e perturbando
visualmente a avaliação crítica das minhas falhas.

Não que Max um dia fez isso. Nem mesmo uma vez. Quando ele me
inspeciona, é sempre com satisfação.

Eu deslizo meus pés nos saltos e coloco a pulseira de tornozelo, então eu


sigo em frente.

Max está de pé no bar, servindo-se de uma bebida. Ele ainda está com a
roupa de trabalho. Calça de terno, uma camisa oxford brilhante e um cinto de
couro pesado. Eu hesito por um segundo, em seguida, vou até o divã e assumo a
posição.

Cada tilintar de gelo no copo é como uma alfinetada contra a minha pele.
Ele me lança um olhar. Sua boca já está molhada, os olhos brilhantes.

Ele está bêbado?

Um tremor de algo... Medo? Perigo? Perigo, sim. Medo... Ainda não. Mas
há a promessa. A promessa de que... vamos jogar pelas regras. Bem dentro dos
limites, como estas últimas semanas.

10 fishnet body suit


Talvez esta noite eu vá chamá-lo de doutor. Ver se isso faz com que seus
olhos ardam.

Eu abaixo a cabeça e me concentro em manter a minha postura. Pernas


abertas, coluna reta.

Minha mente limpa. Pensamentos desaparecem. E Max se aproxima como


uma pantera. Ele anda em volta de mim, tilintando o gelo a cada passo. A música
desagradável no fundo desaparece, o cenário continua, mas tudo que eu ouço é a
sua bebida rodando em seu copo - naturalmente, eu realmente não posso ouvir,
mas eu faço do mesmo jeito.

Ele para ao meu lado e passa seus dedos nas minhas costas, as pontas dos
dedos tropeçando na rede suave envolvendo meu corpo. —Você teve um bom
dia, gatinha?

—Eu tive, sim. Obrigada.

—Eu não. —Ele suspira e toma um gole. —Estou tenso esta noite. Lembre-
me de suas palavras de segurança, por favor.

—Vermelho.

—E?

—Amarelo.

Ele toma mais um gole, audível mesmo sobre a música. —Você pode
precisar delas esta noite. Você entende?

—Sim, Max.

—Bom.

Ele se move na minha frente. Sua ereção é visível através de sua calça,
pesada e grossa. Ele coloca a sua bebida na bandeja de metal antiga e lentamente
abre seu cinto, deslizando o couro em suas mãos antes de enrolá-lo e colocá-lo ao
lado de sua bebida.

Então ele solta os punhos da camisa e arregaça as mangas. Primeiro uma,


depois a outra, parando no meio para tomar outro gole.

O copo está quase vazio, e eu não acho que é a primeira noite que ele
bebeu.

—Você está tremendo, gatinha.

Eu tento parar, mas eu não posso. Abro a boca para explicar, e não sai
nada. Eu penso sobre a palavra de segurança. Não vermelho, mas amarelo talvez.
Eu confio nele, mas sem bebida e chutes é uma regra, certo?

Mas por outro lado... relaxa Max...

Ele pega o copo, mas em vez de engolir o resto da bebida, ele a pressiona
levemente contra o meu lábio inferior. —Beba.

Abro a boca e viro a cabeça para trás o suficiente para provar. O gosto
doce do refrigerante de gengibre - e somente isso - inunda a minha língua. Eu
relaxo.

Ele coloca o copo na mesa e segura meu queixo com a mão, firmemente
levantando minha cabeça para que eu possa encontrar o seu olhar. É agora, é o
Dom. —Você pensou que eu estava bêbado.

Uma afirmação, não uma pergunta. Eu concordo. —Ou prestes a ficar.

—Você não confia em mim para mantê-la segura?

Meus olhos alargam com o tom frio na sua voz. —Eu confio.

Ele balança a cabeça, sua expressão difícil de ler. —Mas você estava com
medo?
A verdadeira questão neste momento, e eu não seguro a minha resposta
honesta. —Sim. Um pouco. —Deus, a descarga de adrenalina, a clareza da
situação, é esmagadora. Eu começo a tremer novamente.

—Você não usou a palavra de segurança.

—Não. Eu confio em você.

—Mesmo quando você pensa que eu sou perigoso? —Seus olhos estão
escuros e brilhantes.

—Especialmente. —Eu sussurro.

O alargamento em seu olhar é toda a recompensa que eu poderia pedir.


—Você sabe o quanto eu gosto de ouvir isso?

Eu concordo.

—Eu quero forçá-la esta noite, gatinha. Movimentar as coisas. —Ele


acaricia minha bochecha. Nós conversamos sobre estimulação mental. Eu nunca
experimentei isso, e eu gostaria.

Eu lambo meus lábios. —Eu confio em você, Max. Para fazer o que quiser
comigo.

—Se você deslizar no subspace11, eu vou querer transar com você. —As
duas últimas palavras me fazem tremer de uma forma totalmente diferente.
Quero isso, tanto. Sexo durante o voo, totalmente em êxtase? Sim, por favor. Ele
agarra meu queixo com firmeza. —Onde nós estamos?

Eu falo. —Verde, Max.

—Música para meus ouvidos. —Ele dá um passo para trás e alcança a


bandeja. Acho que ele vai pegar seu cinto, mas ele avança e pega uma tesoura

11 “Subspace” é o estado para onde a consciência do submisso vai quando a entrega do seu corpo e mente são completas,
ou seja, ele perde o controle sobre si mesmo.
que eu não tinha notado antes. Ela é grande e tem extremidades sem corte.
Tesoura de segurança. Não movo minha cabeça, mas eu passo o meu olhar em
volta, procurando a corda que eu presumo estar com ele.

Não há nenhuma corda.

—Fique quieta. —Diz ele, andando em volta de mim. Um tremor me


sacode com as lâminas do metal frio contra a pele do meu quadril. Um som baixo
e eu sinto uma força abrindo o maiô na minha bunda, rapidamente seguida por
um beliscão forte que me faz empurrar. Oh.

Ai, sim.

—Excelente. —Ele murmura, repetindo a ação um pouco mais acima, em


seguida, nas minhas costas, e em torno de minha caixa torácica até logo abaixo do
meu peito. Cada um é um “ai”, mas isso me faz gemer, e ele puxa meu mamilo. —
Demais?

—Não. —Eu suspiro. —Bom.

Ele ri. —Resposta certa, gatinha. Eu estou apenas começando. —Ele puxa
meu mamilo novamente, então segura meu peito, mas ele está apenas
levantando-o para dar-lhe mais espaço para cortar um pouco mais do maiô.

Mais pele nua que ele belisca.

Forte.

Desta vez, ele não segue em frente. Ele circunda esse ponto enquanto o
calor se espalha, em seguida, aperta novamente. É nítido desta vez, mas rápido
também. Eu balanço contra ele, querendo mais.

A tesoura atinge a bandeja com um barulho e ele pressiona contra o meu


lado, sua ereção dura. Sua mão faz círculos leves em minha garganta, me
segurando firmemente contra ele. —O que eu lhe disse?
—Fique quieta. —Eu sussurro.

—Nós vamos ficar aqui por um tempo, gatinha.

—Sim, Max.

Ele beija o topo da minha cabeça. —Isso é melhor. Você pode fazer isso,
eu sei que você pode. E quando eu terminar, você estará voando, não é?

Eu concordo. Oh sim. Eu já me sinto voando.

—Sua submissão é um dom, Violet. —Ele enrola a mão em volta do meu


pescoço, apertando uma vez que seus dedos estão ao lado e ele está fora de
minha traqueia. —Obrigado.

Eu tremo. Por que uma pequena palavra tem um efeito tão forte sobre
mim?

E pelo resto da cena eu fico perfeitamente, precisamente parada. Ele


circula em volta do meu corpo, cortando e beliscando, alisando e beliscando. Eu
estou flutuando enquanto Max me empurra para baixo, colocando-me sobre a
poltrona. Ele paira acima de mim, checando, e eu engulo forte enquanto tento me
concentrar em seu rosto.

—Você ainda está comigo?

—Sim... —Cara, foi difícil fazer essa palavra sair agora. Eu rio.

—Isso é dor o suficiente para você hoje à noite.

Eu faço um som decepcionado e ele belisca meu mamilo.

—Não, Violet. Isso é muito tentador. Você é uma pequena sofredora


safada, não é?
Suas palavras iluminam-me por dentro e eu me contorço contra ele. Ele
está entre as minhas pernas agora, ajoelhado na frente do divã, e eu percebo que
ele tem o pau para fora, porque ele cai pesado contra a minha coxa. Ai, sim.

Os nós dos dedos esfregam contra a minha perna, então ele está se
masturbando, empurrando-se contra minha buceta. Cada empurrão de seu
comprimento grosso contra o meu clitóris me faz gemer, e quando ele finalmente
coloca um preservativo e desliza dentro de mim, eu sou um caso perdido. Estou
gozando quase desde o primeiro golpe, e eu juro que eu não paro até que ele
estremece e para em cima de mim.

Max precisa se soltar mais vezes.

E quando ele me envolve em um cobertor e me leva lá para cima, eu me


pergunto se ele realmente teve um dia ruim, ou se isso era tudo parte da cena.
Tento perguntar-lhe enquanto ele me aconchega, mas as palavras saem num
murmúrio incoerente.

—Shh. —Diz ele, beijando minha testa antes que ele me rola e desliza
atrás de mim. Ele está nu agora. Quando isso aconteceu? —Vá dormir.

—Humm. —Eu digo. —Mas...

—Amanhã. —Diz ele. —Temos todo fim de semana.


Capítulo 26
Violet

Quando eu acordo na manhã seguinte, Max está sentado ao meu lado na


cama, passando os dedos sobre meu peito nu.

Eu pisco para ele e sorrio enquanto ele traça um círculo suave em torno
do que parece ser o início de uma pequena contusão. Eu sentirei a noite passada
toda a semana. Eu estico meus braços acima da minha cabeça e faço um som
contente enquanto ele passa a palma da mão sobre o meu quadril.

—Não faça esses sons sexies de ronronar, gatinha, ou eu vou ter que tirar
a roupa e esse não é o plano para hoje.

Eu olho para ele, e sim, ele está vestido. Isso é estranho. Ele está vestindo
calça jeans e uma camisa, as mangas enroladas até os cotovelos. —Você tem que
ir trabalhar?

Ele balança a cabeça, seus olhos enrugando nos cantos. —Pensei que
poderíamos nos aventurar e sair. —Um protesto borbulha dentro de mim, mas
antes que eu possa expressá-lo, ele pressiona um dedo aos lábios. —Não aqui na
cidade, não se preocupe. Pensei que pudéssemos ir para Montreal essa noite.
Podemos parar em seu apartamento no caminho e pegar o que você precisa, mas
eu tenho algumas roupas para você também.

Eu coro. —Roupas adequadas para sair em público?

Ele levanta uma sobrancelha. —Você está me questionando?

Oh maldito. —Não, Max.

Ele aperta meu quadril. —Bom. Levante e vá para o chuveiro, gatinha.


*****

Acontece que as suas escolhas de vestuário são mais do que adequadas


para estar em público. Calça skinny jeans escuro que me cabe como uma luva e
um lindo suéter de cashmere preto sobre uma camiseta de manga comprida de
seda. A lingerie Agent Provocateur não é nada além de fitas de cetim e dois bojos
para segurar os meus seios para ele, mas nós somos as únicas pessoas que sabem
disso.

Depois ele coloca meu casaco em mim em seu hall de entrada, ele me vira
e o abotoa, roçando os nós dos dedos contra o meu decote.

—Você duvidou de mim. —Ele murmura enquanto roça os lábios contra os


meus.

Eu levanto uma sobrancelha para ele. —Então, você fingiu que não vai me
torturar o dia todo?

Ele dá um passo para trás e pega as malas para a noite. —Claro que eu não
vou fingir isso.

Eu rio e dou um passo em frente, dando-lhe um beijo rápido. —Vamos,


meu torturador.

O trajeto é rápido, mas chuvoso, e em duas horas nós estamos parando


na frente de um hotel no centro de Montreal. A chuva parou, e está frio, mas
claro. Max coloca as mãos sobre as chaves e nós entramos tempo suficiente para
fazer o check-in e deixar nossas malas em nossa suíte.

À medida que caminhamos até a Rua Saint Catherine, ele pega a minha
mão, e eu aperto meus dedos. Isso é muito bom. Uma fantasia dentro de uma
fantasia, mais ou menos. Duas pessoas normais em Montreal para uma tarde de...
o que nós quisermos.
—Isso ficaria bem em você. —Ele murmura, apontando para um vestido
preto em uma vitrine. É excepcionalmente curto.

Eu engulo em seco contra meus instintos naturais e aceno. —Eu deveria


experimentar?

Seus olhos se iluminam.

Nós passamos quase duas horas entrando e saindo de lojas. Max admite
que ele nunca tinha ouvido falar da Agent Provocateur antes de me conhecer, ou
qualquer um dos designers de sapatos também, mas agora ele tinha um e-mail
diariamente da Nordstrom com sugestões baseadas em suas recentes aquisições.

Isso me enviou em um ataque de risos que só piorou quando ele pegou


seu telefone e me mostrou as mensagens.

—Eu só estou esperando a minha empresa de cartão de crédito me ligar e


perguntar se o meu cartão foi roubado. —Ele resmunga, sem qualquer humor.

—Porque anteriormente todas as suas compras eram o que, equipamento


de hóquei e chicotes? —Pergunto.

—Algo parecido.

A nossa sorte com o tempo se esgota enquanto nós descemos a Rua


Drummond de volta para o hotel. Os céus se abrem e Max me puxa para a porta
da frente de um gastropub.

—Que tal uma cerveja? —Ele diz com uma risada. —Está tudo bem?

Olho para ele e para o lugar. Um jogo de hóquei está em todas as telas.
Desde que acabamos passando as últimas duas horas fazendo o que eu amo, eu
posso devolver o favor com certeza. —Está perfeito.

Nós entramos na fila da recepcionista e Max envolve seu braço em volta


do meu quadril, deslizando sob o meu casaco. Eu inclino a minha cabeça contra
seu peito e olho ao redor. O jogo de hóquei nas telas acima do bar é de duas
equipes americanas, os Devils contra os Kings, mas pelo som disso, todo mundo
está esperando o próximo jogo. Nós ouvimos sobre isso no trajeto de carro,
ouvindo o rádio. A Toronto Maple Leafs está na cidade para enfrentar o Montreal
Canadiens, e eu tenho flashbacks dos meus dias de universidade, observando o
mesmo jogo do outro lado na outra cidade.

Estamos sentados em uma cabine no canto que tem uma boa vista de uma
tela e uma garçonete passa com um menu de cerveja e um menu de comida. O de
cerveja é mais longo, e nós decidimos a cerveja, quatro copos pequenos de
diferentes variedades, porque a escolha é muito difícil. Nós adicionamos um
pedido de dois pratos de comida e quando chegam, percebemos que poderiam
ter feito apenas um. Ambos os pratos transbordam com pão e carne e queijo,
azeitonas e picles e manteiga e mostardas.

Eu ganho cinco quilos só de olhar para eles, mas isso não me impede de
comer.

—Menina faminta. —Murmura Max, apertando minha perna, e quando eu


olho para ele, seus olhos são quentes. Tem sido uma boa tarde. Passar o tempo
juntos com roupas era uma boa ideia e eu digo-lhe isso. —Eu estou tendo um
pensamento estranho. —Ele brinca. —Eu gosto de Montreal.

—Eu também. É um bônus agradável viver em Ottawa, é uma viagem de


trem agradável. Ou dirigir, com a companhia certa.

Ele pisca. —Há quanto tempo você esteve em Ottawa? Dois anos?

—Não é bem assim. Um ano e meio quase.

—Nunca sentiu falta de Toronto?

Eu dou de ombros. —Na verdade não. Eu volto algumas vezes por ano
para visitar meus pais. A maioria dos meus amigos de faculdade se dispersou por
todo o país, de qualquer maneira. E…
Ele levanta a sobrancelha. —E?

—Não é um encontro digno para conversa fiada.

Ele pega a minha mão na sua e me dá um olhar severo. —Quem disse que
eu queria conversa fiada?

—Ah. —Eu olho para a minha cerveja. —Bem, basta dizer que meus pais
ficaram desapontados que me divorciei.

Mesmo sem olhar para ele, eu posso sentir a intensidade de sua reação.
Quando eu olho para cima, as sobrancelhas estão arqueadas e sua mandíbula está
tensa. —Sinto muito. —Ele finalmente diz. —Isso não está certo.

Eu dou de ombros. —É o que é. Eles não insistiram nisso e nem eu.

Ele balança a cabeça. —As férias estão chegando. Você vai vê-los?

—Sim. É a típica visita de dois dias, chego na véspera de Natal, saio dois
dias depois, e nada mais do que conversa fiada no meio.

Ele ri. —Soa terrível.

—Está tudo bem. Mas sim, isso é tudo o que é. Bem. Nós nos amamos,
mas a minha vida tomou um rumo diferente do que eles queriam e já que é a
minha vida e não a deles, eu não entendo por que eles se preocupam. Estou
muito mais feliz agora, sabe? Então... Ottawa foi uma boa escolha a esse respeito.
Longe o suficiente para me dar espaço, perto o suficiente para que a viagem para
casa seja apenas de 48 horas. E quanto a você? Você sente falta de Vancouver?

Ele considera a questão com cuidado. —Às vezes. Eu não nasci lá ou coisa
parecida, então não é como se fosse importante, como é para Gavin. Mas é onde
eu cresci como pessoa, com certeza. E vai sempre parecer como minha cidade
natal. Mas eu gosto de Ottawa, muito, e eu posso me ver ficando lá tão bem
quanto em qualquer lugar.
—Onde você nasceu?

—Alberta. —Há algo sobre a maneira como ele diz isso que me
desencoraja a perguntar mais. Como se essa não fosse uma memória feliz, e eu
não sinto que tenho o direito de bisbilhotar.

—A província que eu nunca estive. —Eu digo suavemente. —Embora eu


adoraria visitar Banff.

—Nosso próximo esconderijo secreto?

—Bem, esse seria extravagante... —Murmuro, mas meu coração já está


saltando com a ideia de Max e eu em um chalé de esqui... não para esquiar.

Ele só levanta as sobrancelhas. —E a sua queixa é?

—Sem reclamação. —Eu sorrio e ele me puxa até que eu esteja sentada
bem ao seu lado. —Beba sua cerveja e assista ao hóquei, doutor.

Ele beija minha testa e, em seguida, faz exatamente isso.

Nós comemos e bebemos. Peço licença para visitar o banheiro das


mulheres antes de sairmos, e enquanto eu passo pelo bar, ouço dois caras
reclamando sobre como só há ingressos caros sobrando para o jogo desta noite.
Como eles preferem gastar esse dinheiro em cerveja e comida e assistir ao jogo
nas televisões aqui no bar. E enquanto eu sinto muito por eles, isso me dá uma
ideia. Se houver bilhetes disponíveis, talvez eu não me importe com quanto
custam.

Quando eu volto para a nossa mesa, eu uno meus dedos aos de Max e
dou-lhe um olhar confiante. —Você tem alguma coisa específica prevista para
hoje à noite?

Ele balança a cabeça. —Não. Por quê?

—Posso fazer uma coisa?


Ele ri. —Claro.

—Então vamos voltar para o hotel.

Uma vez que estamos lá, eu uso meu telefone para comprar dois bilhetes
bem atrás da rede dos Leafs. E depois que eu surpreendo Max com o e-mail de
confirmação, eu afundo de joelhos e dou-lhe um boquete impressionante e
especial.

Ele não é o único que pode ser extraordinário.


Capítulo 27
Max

É sexta-feira à noite novamente. Eu deveria estar em casa, deixando a


bunda de Violet vermelha. Trabalhando um plugue em seu cuzinho apertado e
fazendo-a contorcer-se com promessas de colocar meu pau lá mais tarde.

Em vez disso, eu estou no trabalho, porque estou de plantão. Eu sabia que


isso iria acontecer, e ela também. Decidimos, no início desta semana, não
planejar um encontro neste fim de semana. Vou ao hóquei amanhã e domingo,
porque a equipe tem certeza de que eu sumi da face do planeta, e ela vai
recuperar o atraso em algumas horas faturáveis.

Se eu não tiver quaisquer imprevistos no trabalho, vou ver se ela quer um


orgasmo ou dois no meio da tarde.

Mas, porra, eu sinto falta dela.

Porra.

Pela primeira vez na minha vida, uma mulher está acima do meu trabalho,
e eu nem sequer me sinto mal sobre isso.

Mas o trabalho é mais urgente do que minhas fantasias.

O residente de plantão esta noite é jovem, novo e nervoso. E há uma


infecção por C-difficile 12 que atravessa a enfermaria, por isso, a equipe de
enfermagem é deixada para tratar com a quarentena e requisitos de enfermagem
para alguns pacientes. Assim, quando um paciente volta da quimioterapia, um
carinha chamado Gage, e precisa de um novo soro intra-venoso, eu faço isso e
deixo meu residente o observando.

12 Um tipo de bactéria que provoca colite intestinal.


Gage me dá um sorriso pelo trabalho bem feito, e eu dou-lhe uma colisão
do punho. Ele faz um som como Bob Esponja, então despenca de volta contra o
seu travesseiro.

—Descanse um pouco, amigo. —Eu digo, e sua mãe toma o meu lugar ao
seu lado uma vez que ele está aconchegado.

—Eu sei que deveria ser melhor com esses. —Murmura o residente,
enquanto ele me persegue pelo corredor de volta para a sala de descanso.

Eu suspiro. —Pediatria não é para todos.

E assim vai, durante toda a noite. Eu fico no hospital, dormindo na sala de


descanso, e depois que faço as rondas de manhã, vou direto para a pista. Tenho
algum tempo na pista de gelo antes do nosso jogo, e eu coloco meu
equipamento.

Estou no gelo assim que Zamboni limpa a pista, bem como alguns outros
patinadores. Um cara da nossa equipe, Oliver, que eu não conheço muito bem,
mas ele é um amigo de Lachlan, então é meu amigo também. Nós batemos
nossas luvas e concordamos em fazer alguns exercícios de passadas. Quando o
gelo fica um pouco mais agitado, nós nos separamos e eu pratico algumas coisas
básicas e reações instintivas, visando outro patinador do outro lado do gelo,
imaginando que ele está bem na minha frente e o que eu faria se ele estivesse.

No final faço patinação livre, saio do gelo para que ele possa ser limpo
novamente, e encontro o resto da nossa equipe esperando por nós. Gavin
aparece hoje, então temos alguma segurança extra e a multidão.

Ellie está sozinha com dois oficiais de RCMP sentados atrás dela. Do outro
lado da arquibancada está um grupo de fãs. Algumas mulheres, mas também
algumas crianças, e Gavin vai lá para tirar fotos com elas.

Eu vou até sua noiva, que olha para cima de seu tablet quando me
aproximo. —Como vai?
—Bem.

—Ainda não vi você nos últimos jogos.

Eu pisco para ela. —Eu estive ocupado.

—Como está Violet? —Ela brinca, e eu não posso esconder a minha


reação.

Eu me inclino no meu bastão e retorno seu sorriso. —Ela é muito legal.

—Você deveria convidá-la para sair algum dia. Eu gostaria de companhia


que não estivesse interessada em saltar sobre Gavin.

—Ela não está... interessada em coisas públicas. Mas vou mencionar a


oferta.

Ela franze a testa. —Você acha que ela pode não querer que eu entre em
contato com ela? Agora que as provas terminaram e eu estou livre da montanha
de exames que estava na minha mesa, eu ia ver se ela queria tomar um café.

Café com Ellie não teria nada a ver comigo. Eu concordo. —Isso seria bom.
Estamos apenas mantendo o relacionamento em segredo. Mas o café é legal.
Faça isso.

O árbitro apita e Ellie me dá um aceno rápido antes de dizer: —Eu vou.

Eu volto para a equipe, agitado. Eu deveria estar exausto após a noite que
eu tive, mas não estou. Estou pensando em Violet talvez sentada na arquibancada
em algum momento, observando-me jogar. Trazendo seu trabalho e sentando ao
lado de Ellie. As duas tendo uma amizade, talvez.

Afora o fato de que ela é a minha advogada e não vai ser vista em público
comigo, certamente é um obstáculo que pode ser superado - eu acho que Violet
poderia ser minha namorada.
E porra, eu gostaria disso.

*****

Eu paro e compro flores após o jogo, então mando um texto para Violet.
Ela está em casa, e, sim, com certeza, eu posso passar lá.

V: Meu vizinho está aqui, apesar de tudo. Eu posso expulsá-lo.

M: Ou eu poderia encontrá-lo.

V: Ou eu poderia expulsá-lo.

M: Isso é com você.

Quando eu chego lá, ela me recebe. Seu apartamento está vazio. Estou
estranhamente desapontado.

Mas isso desaparece rapidamente quando ela vê as flores e seus olhos


ficam aquecidos, e ela envolve seus braços em volta do meu pescoço. —São para
mim?

—São, de fato. —Eu puxo-a para perto, balançando o buquê atrás dela. Eu
amo a sensação dela em meus braços. O calor de seu sorriso quando eu abaixo
meu rosto e roço meus lábios contra os dela.

—Você está sendo romântico. —Ela respira.

—Que tal isso? —Eu a beijo novamente, mostrando-lhe com a minha boca
o quanto eu a quero, o quanto eu precisava disso, durante toda a semana.

Mas antes que eu possa começar a deixá-la nua, meu pager toca.
Nós nos afastamos e ela pega as flores. —Vou colocá-las na água. —Ela
murmura enquanto eu verifico a mensagem.

Suspeita de caso de meningite. A punção lombar na emergência exclui


meningite bacteriana, mas os sintomas são...

Eu leio o resto da página, em seguida, mando uma mensagem ao


residente com algumas perguntas.

—Você tem que ir? —Violet pergunta quanto retorna da cozinha,


carregando as flores em um vaso.

—Ainda não.

—Você está tendo um monte de chamadas nos fins de semana?

—Um pouco. Meus colegas muitas vezes procuram o residente-chefe, e


isso é bom. Bom, na verdade, eles precisam da experiência, também. E os nossos
idosos são fantásticos. Mas eu realmente gosto de estar de plantão. Depois que
eu terminei minha residência, fiz duas especializações, porque essa energia
constante é o meu foco. —Eu prendo seu pulso e a giro em torno dela, de costas
para a minha frente. —Interfere na minha vida, apesar de tudo.

—Humm. —Ela revira o pescoço para o lado e eu raspo os dentes no


tendão lá. Eu não posso obter o suficiente desse aroma sutil que eu sempre
associo com ela.

—Ei, falando de uma vida social... Eu darei uma festa privada.

—Humm?

—E eu gostaria que você viesse.

Ela endurece e se move de frente para mim.

Sem beijos no pescoço agora, entendi.


Ela me dá um olhar cauteloso. —Defina privado.

—Apenas alguns amigos próximos, amigos com ideais iguais aos meus.

—Ideais iguais?

—Perversão.

—Ah. —Ela lambe os lábios. Tenho certeza de que ela ainda não sabe
como parece interessada.

Prossigo. —Você poderia chamá-la de uma festa de jogo. Geralmente


estas coisas de sexo podem acontecer e acontecem, mas não é o único ponto da
reunião. É um lugar seguro para as pessoas que se reúnem para jogar, e que pode
ser tudo o que você vê. —Faço uma pausa para dar ênfase. —E tudo o que eu lhe
pedir para fazer.

Seus olhos se iluminam com isso.

Sou muito manipulador para o meu próprio bem. Ou apenas manipulador


o suficiente para nós dois termos um pouco de diversão. —É muito particular. Eu
não posso enfatizar o suficiente. É por isso que eu tenho uma masmorra no meu
porão, porque de vez em quando eu gosto da atmosfera do clube, mas não posso
arriscar a exposição pública.

—Quem estaria lá, exatamente?

—Amigos do meu time de hóquei. Minha cuidadosamente escolhida


equipe de hóquei, porque Gavin está nela.

Seus olhos arregalam. —Gavin?

Eu balanço minha cabeça. —Ele e Ellie seriam bem-vindos, mas eles não
estarão lá desta vez.

Ela balança a cabeça. —OK. Vou pensar nisso.


—Eu quero você lá, Violet.

Ela procura o meu rosto. —Totalmente privado?

—Você tem minha palavra.

Outro aceno, este mais definitivo. —Então vou estar lá.

—Bom. —Eu a puxo para outro beijo, e meu pager toca.

Ela suspira e roça os lábios contra os meus. —Vá embora, Dr. Bad Boy.
Você é necessário em outros lugares. E eu tenho coisas de festa para comprar
agora.

Eu digo a ela que ela só precisa de um fio dental festivo, e depois que ela
engasga, eu a beijo novamente. Longo e lento e não quase satisfatório o
suficiente.

Mas eu gosto do novo visual no olhar dela. O olhar travesso que mostra
que estamos planejando algo um pouco fora do contexto contratual.

Talvez Violet possa estar pronta para admitir que ela é minha namorada
depois de tudo.

Minha namorada pervertida, safada e impertinente.


Capítulo 28
Violet

É só divertimento e jogo até que alguém decide levar a sério.

Não que eu tivesse decidido isso, exatamente. Mas estava em minha


mente. E com a festa de Natal de Max, não consigo parar de pensar nisso. Ele
garantiu-me que será seguro e privado, mas e se esse próximo passo for um
grande negócio? E se ele quiser me levar a um clube?

E se eu quiser que ele me leve para um clube?

Tudo está girando tão rápido e fora de controle para nós, e eu não quero
que isso pare. Em absoluto. Eu quero mais, não apenas jogar nos fins de semana,
mas jantares tardios no meio da semana, quando estamos exaustos, mas ver um
ao outro é um bálsamo que vale a pena a hora extra ou duas.

Eu quero ir ao Mercado do Agricultor juntos e comprar bolos novamente.

Quero Max, todo Max, e eu sou a razão pela qual eu não posso tê-lo
assim.

Então, eu estou em um humor terrível quando eu recebo um e-mail na


terça-feira à tarde.

Para: Violet Roberts

De: Ellie Montague

Assunto: Livre para o café esta semana?

Oi, Violet!
Fiquei me perguntando se você queria saborear um café esta semana.

Eu preciso fazer algumas compras de Natal, também, se você gostar desse

tipo de coisa.

Ellie

PS: Minha companheira de quarto pode vir, se estiver tudo bem.

Compras? Sim, por favor. Eu poderia usar alguma terapia de compras


agora. Eu dou a minha resposta, e concordo em nos encontrarmos após o
trabalho no dia seguinte para fazer compras em primeiro lugar, em seguida,
comida para reabastecer.

*****

Eu encontro-as no interior das portas do shopping. Dois caras da


segurança não tão sutis se escondem nas proximidades, mas eles são discretos o
suficiente para que depois de um momento, eu possa fingir que isso é um
encontro normal de amigas. Ellie apresenta sua companheira de quarto, Sasha,
uma estudante graduada na Universidade de Ottawa.

—Em algum momento você vai ter que admitir que não vive mais comigo.
—Brinca Sasha.

Ellie dá de ombros. —Talvez após o casamento.

Sasha ri alto. —Você simplesmente não quer fazer as malas e se mudar.

—Eu estou fazendo isso lentamente. Uma mala de cada vez. —Ela olha
para mim e cora. —De qualquer forma, Sasha, Violet, Violet, Sasha.
—Prazer em conhecê-la. —Sua companheira de quarto diz com uma
piscadela. —O que está em nossa agenda de compras hoje?

—Eu preciso de presentes para toda a família de Gavin. —Estremece Ellie.


—Nenhuma pressão ou qualquer coisa. E Max, também. —Ela me dá um olhar
curioso. —Talvez você pudesse me ajudar com isso.

—Uh... —O que vou recomendar? A mordaça de bola? Saltos roxos que


ele pode fazer-me calçar para que eu fique na altura perfeita para me foder por
trás? Eu percebo que não posso pensar imediatamente em qualquer outra coisa
além do material de hóquei e coisas pervertidas. O que isso diz sobre a nossa
relação? E o que essa preocupação diz sobre mim, quando eu quero apenas uma
relação baseada na perversão de qualquer maneira? —Sim. Eu poderia precisar
de ajuda nisso, também.

Ela balança a cabeça. —É muito estressante, não é? Escolher o presente


certo.

Bem, agora é. Mas Sasha é uma profissional. Ela tem um pai e irmãos,
todos com gostos caros e um par de décadas para conseguir tudo o que querem.
À medida que passeamos na primeira loja de departamentos, ela expõe a sua
estratégia para a compra do presente de Natal.

—Em primeiro lugar, procure algo que vai fazê-los rir. Uma gravata
extravagante, uma caneca horrorosa, ou um jogo de algum tipo. Em seguida,
adicione um item de alto valor, como uma boa qualidade de fivela para gravata,
um serviço de assinatura de café raro, ou um fim de semana em um resort
exclusivo.

Dou a Ellie um olhar impressionado. —Você estava certa. Ela é boa nessa
coisa de compras.

Sasha faz uma pequena dança da vitória e nos aponta para seção dos
homens. Eu encontro uma gravata que eu poderia dar a Max. Não é engraçada,
exatamente, mas é quente. Tecido preto e roxo de uma maneira que parece preta
até que você esteja perto, e, em seguida, vê as ondulações roxas nela.

Ele poderia usá-la na minha próxima visita ao escritório do diretor.

É o tipo de gesto romântico e pervertido. Acho que ele pode apreciar. Se


bem que, será que combina com as roupas sempre apropriadas para um cara
como Max?

—Isso é bom. —Murmura Ellie enquanto passa por mim.

—É estranho se isso combinar com uns sapatos que eu tenho?

Ela inclina a cabeça para o lado. —Não, é a única coisa que combina? Isso
é sutil, sabe?

Eu olho ao redor. Sasha está na seção de perfumes agora, e estamos


sozinhas. Até mesmo o guarda-costas de Ellie está nos dando um espaço. —Você
sabe sobre a festa de Natal de Max?

Ela balança a cabeça. —Nós não podemos ir. É muito cedo.

Entendi. Um escândalo de curta duração sobre as escapadas de sexo na


faculdade de Gavin balançou Ottawa, alguns meses antes, e participar de uma
festa pervertida pode ser muito arriscado para ele. Ou ela, embora ela não pareça
chateada.

—No próximo ano, talvez! —Ela procura pela loja de departamento por
sua melhor amiga. —Max lhe deu uma ideia de quantas pessoas estarão lá?

—Alguns de seus amigos do time de hóquei. Ele está fazendo a coisa de


buffet completo, mas ainda vai ser discreto e pequeno. Em parte por mim, em
parte devido aos limites de espaço.
—Se há uma alta porcentagem de rapazes, descubra se Max se importaria
se Sasha fosse. Oh! —Ela bate palmas. —E Beth poderia ir! Max gosta dela. Elas
poderiam ir juntas.

Eu franzo a testa para “Max gosta dela”. —Beth?

—Assistente de Gavin. —Ellie suspira dramaticamente. —Ela ama Lachlan,


e Lachlan a ama, mas ambos são... Eu não sei. É trágico. Max e eu somos da
equipe Lachlan + Beth, eu acho. Não que saíssemos juntos ou qualquer coisa.
Apenas um palpite. Mas pergunte a ele.

—Eu vou.

Nós vamos para uma livraria em seguida, e eu pego um livro de memórias


de viagem - que tem uma vibração excêntrica, mas romântica - para ele. Talvez
para Max, talvez para o meu pai. Próximo a ele está um de “viagem pela estrada
em uma motocicleta” que Matthew pode gostar, então eu o acrescento à minha
pilha.

—Eu preciso de um vestido para a festa de Natal do meu pai. —Sasha


anuncia quando volta, e Ellie dá de ombros.

—Eu poderia comprar alguns vestidos. E quanto a você, Violet? Você


precisa de uma roupa para essa festa a qual falamos antes?

Uh, não. Mas eu não posso dizer-lhe que Max escolhe todas as minhas
roupas. Isso é estranho e fora dos limites da nossa coisa secreta. Não é? Eu acho
que é. Não significa que eu não goste, no entanto. Porque isso também é
adorável.

Ela ri. —Vou tomar isso como um não.

Meu rosto aquece e eu aceno. —Nós estamos bem nesse quesito.


Mas eu experimento um vestido de seda preta de qualquer maneira, para
jogar junto, e que se encaixa como uma luva. A vendedora me vê chegar a um
quilômetro de distância, e quando ela sussurra que ele vai à venda por vinte por
cento de desconto amanhã, mas ela pode me dar esse desconto esta noite, eu
estou dentro.

E agora meu cartão de crédito está gemendo oficialmente. —Isso é


provavelmente toda compra que eu preciso fazer. —Eu digo com um suspiro feliz,
segurando minhas sacolas.

Ellie faz um barulho semelhante, e Sasha balança a cabeça. —Amadoras.


Eu vou continuar, mas me mande mensagem de onde vocês pararão para o jantar
para que eu possa acompanhá-las.

—Obrigada pelo conselho do presente. —Eu digo calorosamente,


querendo dizer cada palavra. —E nós definitivamente devemos fazer isso
novamente. Eu tenho uma fraqueza por roupas de trabalho agradáveis e nós nem
sequer atingimos algumas das minhas lojas favoritas esta noite.

—Oh sim! —Ela sorri e puxa seu cabelo loiro por cima do ombro. —É tão
bom após os feriados. Vamos arrasar nas compras.

—Impressionante.

Nós a vemos desaparecer na multidão de clientes do feriado, então Ellie


aponta para a saída mais próxima. —Vamos para longe do centro da cidade um
pouco? —Ela inclina a cabeça para o segurança agora invisível para mim. —Eu só
preciso dizer-lhes para onde estamos indo.

—Meu carro está no meu escritório, você quer um carro? —Isso é


estranho para oferecer à noiva do PM.

Ela balança a cabeça. —Eu dirijo. Eles geralmente se separam, um viaja


comigo e um no carro de trás, mas eu provavelmente posso convencê-los a seguir
o carro de trás se você vir comigo.
Eu poderia pegar um táxi de volta ao meu escritório para pegar o meu
carro, ou ela poderia me deixar lá. —Claro, vamos a algum lugar mais calmo. —Eu
espero até que estamos no estacionamento e encontramos o carro dela, um
pequeno SUV ao lado de um gigante sedan negro, então pergunto: —É estranho
ter os guardas?

—Foi no início. Mas uma vez que eu estou envolvida nas coisas no
trabalho, onde eles são totalmente invisíveis, então tudo fica bem. Tem sido
apenas por alguns meses, realmente, e isso parece uma rotina agora.

—Engraçado como nossas vidas podem mudar tão rapidamente. —


Murmuro.

—Não brinca. —Ela dirige pela noite escura de inverno e rapidamente,


mas com segurança pelas ruas de sentido único até que ela para em um
estacionamento à saída da Bank Street. Ela vira o carro, mas não sai. —Então... eu
posso perguntar sobre você e Max? Como isso está indo?

—Está indo.

—Ei, eu entendo. Não há muitas pessoas que eu posso confiar com


confidências agora, também.

—Eu nunca...

—Eu sei. E é por isso que eu perguntei, porque eu quero que você saiba
que nunca revelarei qualquer um dos seus segredos a qualquer um. —O rosto de
Ellie suaviza, uma carranca puxando um pouco entre as sobrancelhas. —Você
sabe, eu gostaria que não fosse um grande negócio, que eu estou em um
relacionamento, mas é. Querer que ele seja diferente não muda isso. Então... eu
não sei exatamente qual é o problema, mas eu estou supondo que não é tão
simples quanto ter encontros regulares com um cara famoso, certo?

Eu pisco duas vezes, porque eu nunca pensei em Max tão famoso. Ele
costumava ser, mas agora ele é cem por cento médico.
Bem, talvez noventa por cento médico, dez por cento Dom. —Não, não é
simples. Mas não é sobre a sua fama, também. Você sabe... Eu não o reconheci
quando o conheci. Quando ele entrou no escritório... —Eu paro. Talvez ela não
saiba. Quando Gavin perguntou onde nos conhecemos, eu estava cautelosa e Max
deixou-me manter o assunto vago. —Você sabe que eu sou sua advogada?

Suas sobrancelhas arqueiam. —Oh. Isso é complicado.

—Sim.

—Precisamos de bebida para esta história?

Eu rio. —Talvez uma taça de vinho.

—Vamos entrar e jantar. —Ela esquenta suas mãos. Eu não tinha


percebido que estava ficando frio no carro. —E nós vamos conseguir uma mesa
privada. Eu quero ouvir tudo sobre isso. Ou... —Ela acena suas mãos. —O quanto
você acha que pode me dizer, é claro.

—Claro. —Estou tão aliviada por ter dito isso em voz alta para alguém e
não me envergonhar terrivelmente. Passos de bebê. Mas eu acho que estou
pronta para dizer a Ellie muito mais do que eu pensei que diria.

Ela me levou a um bistrô, que é tranquilo, mas privado, também. A


recepcionista do estabelecimento que nos cumprimenta, obviamente a
reconhece. —Boa noite, Srta. Montague. —Ela dá um sorriso caloroso. —Para
dois?

Ela ri baixinho. —Duas mesas para dois, por favor. Está frio lá fora. —Ela
pega o telefone e dispara um texto rápido.

—Convidando-os a entrar?

Ela balança a cabeça. —Eles ficariam lá fora, se eu não o fizesse. Homens


loucos. A coisa toda é uma loucura, mas é isso aí. Esta é minha vida.
Estamos sentadas na cabine mais distante na parte de trás, e em um
minuto, seus seguranças entram e se sentam na mesa ao lado, criando uma
barreira bastante significativa entre nós e quaisquer outros clientes.

E ninguém nos deu uma segunda olhada.

Ela me entrega a carta de vinhos enquanto nós ouvimos os pratos


especiais.

A garçonete olha para mim, e eu olho para ela. —O Noir Gamay? De


Niagara?

Ela concorda com a cabeça. —Humm.

—Feito. —A garçonete nos entrega os menus. —E eu vou dar-lhes alguns


minutos para decidirem sobre a comida...

Assim que desaparece, Ellie fecha seu menu. —Eu quero o especial.

Eu faço a varredura da lista de entradas na minha frente. —Uh... eu vou


querer a salada especial.

—Bom. Agora desembucha. Por favor.

Eu tenho um breve alívio quando a garçonete retorna com o nosso vinho


delicioso e anota nossos pedidos.

Mas isso é tudo que eu consigo. Eu sorvo uma respiração profunda. —Eu
sou uma colaboradora júnior. As regras são, provavelmente, semelhantes ao que
são para você como uma estudante de graduação. Eu não escolho os meus
clientes, eles são atribuídos pela firma, e minha vontade de fazer qualquer coisa e
capacidade de faturar também são fatores fundamentais para o avanço.

—E Max é um cliente?
Eu concordo. —Um que foi designado para mim, e foi salientado que nós
não faríamos nada para correr o risco de perder a sua conta.

—Mas ele nunca...

—Não, eu sei, mas me envolver com ele é um grande conflito de


interesses. Eu não posso dizer nada sobre isso, e não importa o que eu digo a mim
mesma... Eu não consigo parar de vê-lo, também. Estou entre a cruz e a espada. E
eu estou com medo de que um dia desses, eu vou ser descoberta e demitida.

—E se eles demitirem você?

Irritação me atinge. —Eu não posso ser volúvel na minha carreira.

—Claro que não. —Ellie abaixa a voz, suavizando seu tom. —Você gosta
dele.

Mais do que eu esperava. —Está... ficando real. Esse não era o plano, na
verdade. Pensamos que poderíamos manter isso somente para os fins de semana,
mas eu me encontro querendo mais dele. Querendo-o, e não apenas...

Ela me dá um sorriso secreto. —Você quer o homem, não apenas o Dom?

Calor me aquece. —Sim.

—Nada de errado com isso.

—Até eu perder o meu emprego.

—Eu sei que você está com medo disso. Eu entendo, na verdade. Mas na
minha experiência, medos são muito piores quando são ditos. Se você quiser
conversar sobre isso, eu sou uma ouvinte decente.

Medo. Sim, eu estou cheia de medo.


Ela não pergunta novamente. Eu posso deixar isso. Virar a conversa para
locais de alimentação e direitos das mulheres. Ou compromissos de SPA e TV
alternativa. Ellie vai me deixar levar o tópico onde eu quiser.

Mas acima de tudo, eu quero saber por que os olhos estão brilhantes, não
envoltos em preocupação. —Você já pensou sobre o impacto disso em sua
própria carreira, por causa de seu relacionamento?

Ela balança a cabeça. —Com certeza.

—E? Você parece tão Zen sobre isso.

—Zen... sim, talvez seja uma boa maneira de descrever isso. Uma das
coisas que eu pesquisei é a maneira como as mulheres se submetem e fluem em
suas carreiras, muito mais do que os homens. É realmente uma força real das
mulheres. Quantos homens você conhece que perdem os seus postos de trabalho
em seus quarenta ou cinquenta e poucos anos e depois é só fim de jogo para
eles? Toda a sua identidade foi amarrada naquele papel particular durante
décadas e eles não podem pensar em si mesmos fora dele.

—Deus, você está me descrevendo.

Ela balança a cabeça. —Eu realmente não estou. Porque você tem as
habilidades de enfrentamento que nem sequer sabe que tem. Se você vier a
perder o seu emprego, você se recuperaria tão rápido. Você iria fazê-los se
arrependerem de ter demitido você.

Pânico fecha minha garganta. Meu trabalho é tudo.

Ela se inclina sobre a mesa e cobre minha mão com a dela. —Pense nisso
desta maneira. O que você recomendaria a si mesma se você fosse um cliente?

Isso é fácil. —Não pegar homens estranhos que estejam no Chateau


Laurier.
Ellie ri. —Bom ponto. —Então ela me dá um olhar estranho. —Espere, isso
foi quando você se encontrou com Max? Quando ele foi se hospedar no Chateau
Laurier? Eu sabia que você o encontrou lá, mas eu não sabia que... foi no verão?

Minhas bochechas aquecem. —Sim. —A resposta trava na minha


garganta, porque, oh meu Deus, eu vejo aonde ela vai. Esperança dá saltos dentro
de mim. —Antes de ele contratar minha empresa.

Triunfo ondula sobre seu rosto. —Eu sabia. —Ela rapidamente esconde
suas feições. —O que é relevante então, porque você tem uma saída, certo?

Eu concordo. —A maioria das empresas abriria um processo para declarar


o conflito de interesses sem repercussões. —Minha voz vacila. Eu não tinha
pensado nisso assim.

—A sua não?

—Não.

—E você tem medo pelo seu trabalho?

—Sim.

—Então, novamente, eu pergunto a você... o que você aconselharia a um


cliente?
Capítulo 29
Max

Nossa quarta sexta-feira juntos começa como a primeira. Inspeção, em


seguida, um açoitamento. O protocolo flui sem problemas agora, e nós
compartilhamos sorrisos secretos, também. Assim que ela desce as escadas nos
saltos que eu coloquei lá fora e nada mais, um calor começa escaldante em
minhas veias, e eu mudo para o modo Dom sem qualquer problema.

Eu nunca soube que precisava de alguma safadeza misturada com a


submissão. Não é travessura também. Não é nada que precisa ser corrigido.

É apenas diversão. Uma inclinação a nossas fantasias compartilhadas, a


perversão mútua, e como isso é um pouco estranho.

Mas muito quente.

Eu tive algumas boas excentricidades ao longo dos anos. Aprendi o que eu


gostava, o que eu não gostava, e encontrei uma maneira de riscar esse comichão
em uma base semirregular, sem arriscar muito.

Eu nunca tive nada parecido com Violet. Cada noite superava a anterior.
Cada nova ideia de perversão, florescia em mais do que eu poderia ter imaginado.

Mas hoje eu não terei tudo isso.

Esta noite parece quase normal. Digo quase, porque essa é Violet. Ela é
espetacular, mesmo quando está distraída.

Eu abandono meus planos para treinar ainda mais sua bunda. Primeiro eu
preciso dela plenamente presente neste momento, toda a sua atenção em mim,
então eu a levo às alturas. Uma vez que ela está de pé na minha frente, eu passo
meus dedos em seu cabelo, reunindo-o em meu punho atrás de sua cabeça.

Seus olhos incendeiam e sua respiração muda. Sim, gatinha. Eu te vejo.

—Onde nós estamos?

—Verde. —Diz ela suavemente.

—Nada mais importa hoje à noite. Nada mais existe além destas paredes.
Você me entende?

—Sim, Max. —Palavras mais suaves. Ela é tão dócil.

Dou-lhe um sorriso. —O que você precisa hoje à noite?

—Te agradar.

É uma boa linha. Um único padrão. Eu até admito que me deixa duro. Mas
não é o que eu quero ouvir. Eu balanço minha cabeça. —Você precisa de
Subspace? Você precisa de dor? Ambos? Você...

—Eu quero sentir suas marcas em mim. —Diz ela rapidamente, e eu


perdoo a interrupção porque é exatamente o que eu preciso saber. Mas então eu
puxo seu cabelo, forte, porque ela não iria querer que eu a perdoasse também.

E ela me mostrou uma e outra vez que ela não quer que eu me contenha.

—Não me interrompa, gatinha.

—Eu sinto muito. —Seus mamilos endurecem enquanto eu levanto minha


mão, encorajando-a a ficar nas pontas dos pés, com a extensão total de seu corpo
e, em seguida, uma fração mais. —Eu estava nervosa, isso é tudo. Isso me ocorreu
e eu queria ser honesta.
Eu lhe disse que a honestidade seria recompensada. —Você tem sorte que
eu gostei da sua resposta. —Eu aperto a minha unha contra seu mamilo. —Recue.

Seu olhar não deixa o meu rosto enquanto ela dá um passo para trás,
confiando que vou colocá-la onde eu a quero.

E hoje à noite, é na cruz.

A minha é um grande X contra a parede. É uma cruz de Santo André,


madeira pesada, com pontos de ancoragem de ferro preto em cada extremidade.
Eu espero até que estamos bem na frente dela para girá-la.

Ela inala acentuadamente, depois sorri. Eu posso sentir isso rolando de


seu corpo, seus ombros levantando junto com os cantos dos lábios exuberantes.
Eu me movo ao redor dela, focando o olhar em seu rosto enquanto eu
silenciosamente agarro a corda que eu preciso. Preta para combinar com os anéis
de ferro. Preta para se destacar da sua pele.

Preta para combinar com o humor que eu quero me afundar, mas eu


estou lutando um pouco com isso esta noite.

Nós dois estamos. Eu volto para o pensamento de que algo está na mente
de Violet. Ela está mais presente do que apenas indo com os movimentos, mas há
ruído de zumbido em algum lugar no fundo de sua mente.

Talvez seja o trabalho. Eu sei algumas coisas sobre isso. E isso está fora
dos limites para nós discutirmos.

Mas e se for outra coisa?

E por que me importo? Ela está aqui, pronta e disposta a submeter-se a


uma série de dor que eu quero provocar nela esta noite. Ela vai ficar molhada, eu
vou ficar duro, e vou transar com ela enquanto ela ainda estiver amarrada à cruz.

E tudo isso vai acontecer. Eu amarro seu pulso esquerdo à cruz.


Mas há algo mais acontecendo... eu amarro seu pulso direito também.
Bom e apertado.

Eu dou um passo para trás e olho para ela.

Nua para o meu olhar, toda a pele cremosa e curvas intermináveis. Seu
cabelo é longo e solto. Isso não vai funcionar, não para o que eu tenho planejado.
Eu chego mais perto de novo e o puxo por cima do ombro, para frente.

Eu beijo a nuca dela, pressionando duramente com a minha boca. Forte o


suficiente para empurrá-la para frente e para a cruz. —Abra suas pernas. —Eu
sussurro, preguiçosamente dando um tapa na bunda dela.

Ela dá um passo mais largo, e eu penso em amarrar seus tornozelos


também, mas talvez seja melhor pelo propósito de hoje à noite, se ela não ficar
parada. Ela só tem que manter a concentração e ser boa para mim.

—Perfeito. —Eu dou um aceno decisivo que ela não pode ver e me viro, o
meu plano agora claro na minha frente. Eu vou até o armário de brinquedos e
pego dois chicotes e um remo.

Quando eu volto, eu toco em seu quadril, então passo minha mão pelas
costas antes de apertar a curva de seu traseiro.

Ela assobia enquanto sorve uma respiração.

—Pronta?

—Sim... —Ela respira, relaxando para frente.

Isso não vai durar muito.

Eu encaro o chicote em minha mão e minha distância dela. A pressão


rápida do meu pulso faz o chicote cair bem no meio de suas costas.
Ela sacode com surpresa. Não doeu, eu estou apenas testando a minha
distância, mas ela estava esperando por isso na bunda dela.

Nós vamos chegar lá.

Mais uma vez eu o deixo cair e bater forte contra as costas dela no mesmo
local. Mais três vezes, até que está linda e rosada. Então eu movo meus pés e
redireciono. Nós vamos levar isso devagar e suave, até que as endorfinas levem
para longe todas as suas preocupações.

Isso não é o que eu tinha planejado. Eu ia usar os prendedores de roupa e


fazê-la se contorcer e gemer e implorar pela liberação. E uma vez que ela
estivesse aquecida, nós chegaríamos lá.

Mas esta noite ela, e talvez nós, precisemos de alguma outra coisa.
Perversão não por causa do sexo, mas para o conforto. Conexão.

Eu desço o chicote nela com tanta força que ela grita.

Eu não sou nenhum príncipe.

Mas eu senti falta dela esta semana. E um jogo não é como eu quero
voltar a me excitar. Algumas pessoas relaxam depois de uma longa semana com
uma taça de vinho e uma massagem.

Outros precisam acertar as coisas. Serem atingidos. Esta flagelação é o


mais perto que chegamos de ser um casal normal.

Outro movimento, e eu finalmente estou flagelando sua bunda. Onde eu


teria começado se isto fosse apenas sobre sexo, mas eu estou feliz que eu
esperei, porque ela está balançando comigo agora, solta e pronta para o que eu
quero dar a ela. Meu próximo golpe é mais acentuado, caindo mais perto das
pontas. Uma mordida de dor agora e ela está cantarolando com essas endorfinas.
Meu cérebro está movimentando, também. Longe no que se refere a
namorado. A cada batida, calor viaja até meu braço e termina na minha barriga.

Ela sacode-se, em seguida, se mexe, apresentando sua parte inferior para


mais. Sim.

Eu mudo para o próximo chicote, testando os golpes mais pesados contra


minha mão primeiro antes de testar o impacto na bunda dela. Em cima de suas
costas.

E então eu giro o remo no ar.

Porra, sim.

Levou…

Olho para o relógio.

Levou uma hora, mas estamos deitando e rolando. Ela vai estar dolorida
amanhã. Vou esfregar arnica em suas contusões. Dobrá-la sobre travesseiros, com
cuidado, e fodê-la suave e lento, olhando para essas marcas.

E eu vou lembrar como é bom dar isso a ela. Para relaxá-la de sua semana
de trabalho e para o fim de semana, o nosso fim de semana.

Ninguém me disse que perversão pode ser isso. Pode significar algo mais
do que a necessidade primitiva de possuir, comandar, controlar.

Eu coloco um preservativo, em seguida, puxo seus quadris para cima e


para trás, puxando-a para ficar na ponta dos pés.

Ela é tão maleável para mim. E ela recebe o meu pau como se fosse feita
para ele, seu canal apertado, molhado, um ajuste perfeito. Eu passo meu polegar
sobre seu orifício traseiro enquanto eu encontro um ritmo que eu gosto. Golpes
curtos, fortes que esfregam a cabeça do pau contra as paredes de sua vagina. Eu
amo como elas apertam cada vez que ameaço invadir a sua bunda.
Sua respiração está começando a ficar irregular e superficial, e eu bato em
seu quadril. —Respire fundo, gatinha. Nada de desmaiar aqui.

—Oooh... —Ela geme.

—Quer que eu foda seu traseiro hoje à noite?

—Não…

Eu rio. —Então, eu deveria.

—Talvez. Não. Oh, Deus.

—Humm. —Eu esfrego outro círculo com o polegar, amando como seu
corpo responde por dentro e por fora com a intrusão. —Não. Não essa noite. Eu
quero prepará-la corretamente na primeira vez. Porque eu sou um bom homem.

—Você não é.

Eu espanco a carne rosa e aquecida de seu traseiro. —Como é?

—Você é o mais bonito. —Ela está ofegante agora, e por dentro ela está
apertando e soltando em um padrão regular. Ela está chegando perto, e eu quero
que ela me ordenhe forte.

—E?

—Tão... gentil.

Eu bato nela, fazendo-a gritar. —E?

—Max!

—Sim? —Eu pressiono firmemente com o polegar, apenas um pouco, e o


suficiente para fazê-la pensar que estou entrando nela sem lubrificante.
Desta vez seu choro é mais um grito e ela convulsiona em volta do meu
pau. Eu empurro mais profundo dentro dela e fecho os olhos, entregando-me a
sensação da buceta e da bunda dela, todos os pequenos músculos protestando
com o que estou fazendo ao seu corpo.

Pegue isso, eu penso. Tome o que eu te dou, minha gatinha. Tome o que
eu faço seu corpo sentir, mesmo que você grite.

E na hora certa, ela soluça, seu corpo caindo. Eu a sigo, minhas bolas
apertando enquanto eu a fixo na cruz e bombeio mais rápido em seu corpo usado
e abusado, meu próprio clímax duro e rápido.

Ela ainda está tremendo em êxtase enquanto eu saio dela e descarto o


preservativo.

Eu esfrego suas costas enquanto ela estremece contra a cruz. —Isso foi
melhor.

Ela ri fracamente. —Você acha?

Eu beijo seu ombro. —Eu sei.

Eu espero até que seus tremores secundários parem, então eu solto seus
braços e esfrego as marcas em seus pulsos.

Levantando-a em meus braços, eu a levo para o sofá e nos cobrirmos


ambos com um cobertor.

—Max? —Sussurra.

—Sim, gatinha.

—Aquilo foi legal.

Eu sorrio. De fato, foi.


Ela estende-se, em seguida, suspira e relaxa contra mim novamente.

—Gostaria de mais chocolate?

Ela balança a cabeça. —Humm.

—Que tal um banho?

—Talvez. —Ela se aconchega mais perto. —Eu queria discutir algo com
você, na verdade.

—Agora?

—Tão bom quanto qualquer hora.

—OK.

—Eu trouxe o nosso contrato comigo esta noite. Eu estava pensando que
poderia ser hora de renegociar. —Diz ela suavemente.

Eu franzo a testa. —Você não está feliz?

—Estou tão feliz. —Ela hesita. —Mas eu vi Ellie na quarta-feira, e nós


conversamos. Eu percebi... Eu não quero que você seja um segredo.

Leva-me um segundo para processar isso, porque eu não tinha certeza de


que ela estava nisso ainda, mas estou feliz. Eu sorrio e aperto os braços em volta
dela. —Bem, isso é bom. Estou satisfeito, gatinha.

Ela sorri de volta, orgulhosa de si mesma. Como ela deveria estar. É


preciso muita coragem para dizer algo assim, especialmente depois de uma cena
desgastante e de dizer tanto a ela.

Ela simplesmente dá de ombros, porque ela não aceita bem o elogio. Eu


ignoro isso, por enquanto, porque tem mais que ela quer dizer. —Eu não vou
correr para anunciar qualquer coisa no trabalho até que discutamos isso, mas...
Eu quero mais. Eventualmente. E eu não sei se isso é...

Eu concordo. —Eu quero mais, também. Começando com apresentar você


como minha na festa de Natal.
Capítulo 30
Violet

No sábado seguinte, Max está tão pronto para sua festa que está quase
saltando das paredes. Ele me disse que sua amiga Corinne, veio há poucos dias e
decorou a sala de jogos com um toque de Natal pervertido, e ele não estava
brincando.

As paredes são revestidas com guirlandas feitas de algemas vermelhas e


verdes envoltas em luzes cintilantes brancas.

Depois de juntar algumas coisas diferentes que ele disse, eu percebi que
Corinne deve ter sido a mulher com quem eu o vi no mercado do fazendeiro. Eu
me obriguei a superar a pontada irracional de ciúmes. Ele também me disse que
ela veio com Lachlan para montar os móveis, e ela irá trazer alguém esta noite.

Há uma mesa de buffet ao longo da parede do outro lado da sala onde


travessas de alimentos foram colocadas juntamente com uma variedade de
bebidas não alcoólicas. Nós trouxemos a comida servida lá embaixo nós mesmos.
Não há forma de explicar o calabouço para uma equipe ocasional.

—Você está pronta? —Max me pergunta quando se aproxima da hora dos


convidados começarem a chegar.

Nem um pouco. Meu instinto está confuso e mudei de ideia tantas vezes
na última meia hora.

Ele levanta meu queixo. —Lá em cima é fora dos limites para todos, por
isso, se em qualquer ponto chegar a ser demais para você, basta dizer a palavra e
eu vou me afastar. As pessoas vão também estar ocupadas fazendo suas próprias
coisas para notarem, de qualquer maneira.
Saber que tenho uma saída faz-me sentir um pouco melhor. Eu confio em
Max para me manter segura.

Eu aceno e ele me dá um daqueles beijos de fundir almas. Os que fazem


meus pés levantarem e minha parte inferior arrepiar.

Nosso beijo é interrompido por uma batida. Max pega a minha mão e me
conduz através do porão para a entrada exterior onde seus convidados irão
entrar. Há um hall de entrada e tudo. Ele realmente fez um grande trabalho em
transformar este espaço em seu próprio clube de sexo, sem ter que trazer
pessoas para sua casa particular.

Ele abre a porta para revelar o seu primeiro convidado, um homem de


aparência séria, alto e musculoso, com barba de alguns dias. Sua barba é quase
tão sexy quanto a de Max.

Max cumprimenta-o calorosamente. —Lachlan, eu gostaria que você


conhecesse Violet.

Com um sorriso cínico e olhos cintilantes cinza-azulado, Lachlan me dá um


rápido aceno enquanto segura minha mão.

—Prazer em conhecê-la, Violet.

—Você também. —Eu digo, agitando sua mão quente com a minha fria e
pegajosa. Mesmo que Max tenha me preparado para quem é toda a gente, eu
não tenho certeza se posso lidar com isso. No fundo do meu coração, eu tenho
certeza de que este homem conhece cada segredinho sobre a minha vida. E agora
ele vai ver-me vulnerável.

Max beija minha testa e sussurra: —Sem pressão, gatinha. Podemos ir lá


para cima agora se é isso que você precisa.

Estou tão tentada, mas essa é sua primeira festa de Natal em sua nova
casa, e eu estou determinada a não estragar tudo.
—Qualquer coisa que eu precise estar ciente? —Lachlan pergunta,
voltando sua atenção para Max.

—Não, última contagem fomos nós e mais doze e eu não antecipo


qualquer jogo pesado... espere, talvez Oliver possa querer. Depende se ele estiver
no topo ou no fundo do poço. Independentemente disso, você deve ser capaz de
encontrar algum tempo para jogar.

Lachlan levanta uma sobrancelha, mas não há outro pensamento, e Max


me leva com ele para receber seus convidados antes de Lachlan ter a chance de
responder.

Em seguida chega Oliver e sua acompanhante. Estou me sentindo sem


equilíbrio e eu não cheguei a pegar seu nome. Talvez Max vá levar-me para jogar
logo e eu posso voar para aquele lugar onde Max é o único nome que eu preciso
conhecer.

Sasha e Beth chegam pouco depois. —Ainda bem que ambas puderam vir.
—Max diz com um sorriso travesso para Beth. Mesmo se eu não tivesse sido
atualizada por Ellie, eu saberia apenas pela sua expressão que ele tinha dito para
Lachlan que ele esteve ocupado interferindo. —Violet, você já conheceu Beth?

Balanço a cabeça e sorrio para as mulheres. —Não, é bom finalmente


conhecê-la. —Eu vou até Sasha, aliviada ao ver um rosto amigável. —E é ótimo
ver você, Sasha. Estou feliz que você pôde vir com Beth.

Ela tira seu casaco e se inclina com um olhar conspirador. —Eu estou aqui
apenas para verificar o lugar. —Ela dá à Max um olhar inocente. —Oops. Você
deve ser Max.

Ele apenas ri. —Eu ouvi muito sobre você, Sasha. Estou feliz que você não
decepcionou.
Enquanto estamos falando, Beth está escutando com um sorriso divertido
até que algo chama sua atenção e seus olhos arregalam. Movendo minha cabeça
um pouco, vejo Lachlan olhando em nossa direção.

—Você se importaria de mostrar o lugar à Sasha e Beth? —Max me


pergunta.

—Claro, nós podemos ir fazer um lanche e pegar algo para beber também.

—Eu vou te procurar quando for a hora de jogar. —Ele me dá um beijo na


têmpora. —Não vai demorar muito. Estou ansioso para começar.

—Eu também.

Eu levo as outras mulheres para a sala de jogo. Outra batida vem da porta
na medida em que nos afastamos, e essa parece outra manada de jogadores de
hóquei, mas eu sou grata por ter uma desculpa para evitar mais apresentações.

Poucos minutos depois, Max traz outra mulher para se juntar a nós. A
loira, e quando ele a apresenta, a minha intuição é confirmada. —Corinne, eu
gostaria que você conhecesse Violet. —Ele desliza o braço em volta de mim
imediatamente, possessivo, e eu me derreto contra ele. Ele me segura forte
enquanto continua as apresentações. —Também Sasha e Beth. Corinne é a
goleira do nosso time de hóquei. Vou deixar vocês todas se familiarizarem
enquanto eu termino de cuidar de algumas coisas.

Eu respiro fundo e lembro-me de não ser irracionalmente ciumenta. —É


um prazer finalmente conhecê-la, Corinne. Você fez um grande trabalho com a
decoração.

—Obrigada, eu me diverti. —Ela ri, e eu gosto dela instantaneamente.


Porque sim, decorar um espaço com algemas... quem não iria se divertir com
isso? —Você vai jogar hoje à noite?

—Eu vou. Sasha? Beth?


Ambas abanam a cabeça, mas Sasha fala primeiro. —Esta é minha
primeira vez em uma festa dessa.

—Bem, você está em boas mãos. —Diz Corinne. —Eu não conheço Max há
muito tempo, mas Lachlan tem sido um DM 13 desde quando o conheço, e todos
aqui foram analisados por ele. Portanto, se há qualquer coisa que capte seu
interesse, basta deixá-lo saber.

Beth faz um barulho estranho no fundo de sua garganta e todos nós


giramos a cabeça em direção a ela. Ela cora. —Não se preocupe comigo.

Sasha morde o lábio enquanto ela olha em volta, com os olhos


arregalados. —Eu não sei se eu quero... fazer... qualquer coisa, mas é tudo muito
legal de assistir.

—Ah. —Corinne pisca. —Talvez você seja uma voyeur.

Sasha ri. —Isso soa tão impertinente.

—Exatamente. Bem-vinda à perversão.

—Oh. —Ela sorri. —Eu acho que gosto.

Beth limpa a garganta. —E se quiséssemos talvez tentar alguma coisa...

Corinne assente. —Basta pedir. Lachlan...

—Qualquer um que não seja Lachlan? —Beth pergunta, apressadamente


acrescentando. —Nós trabalhamos juntos.

Eu mantenho minha boca fechada. Eu dificilmente serei a única a falar.

Corinne não perde uma batida. —Se você acha que gostaria de tentar algo
esta noite, eu tenho certeza que o Dom com quem vim estaria disposto a ajudá-
la. Ele é ótimo e ficaria perfeitamente feliz com o jogo não-sexual.

13 Dungeun Monitor – Monitor da Masmorra


—Obrigada pela oferta... Eu vou pensar sobre isso. —Eu sigo o olhar de
Beth e vejo Lachlan pairando ao lado parecendo que sua cabeça estava prestes a
explodir. Tenho a sensação de que Corinne levará uma bronca em um futuro não
muito distante.

Alguns momentos depois, Max retorna com um grande sorriso no rosto.


—Diga adeus agora, gatinha, eu não acho que você vai vê-las até bem mais tarde.

—Divirtam-se. Vejo vocês mais tarde.

Enquanto Max leva-me para o banco de surra, um monte de jogadores de


hóquei estão no sofá, e Corinne aponta para Sasha ir em sua direção. —Esse é um
bom lugar para sentar e assistir. —Diz ela. —E acene para Lachlan se você tiver
quaisquer perguntas.

Estou contente por Corinne e Lachlan cuidarem de nossos convidados.


Mesmo que eles sejam realmente os convidados de Ellie. Mas eu os trouxe aqui, e
agora tudo o que posso pensar é no que Max tem para mim.

—Tire a roupa, gatinha. Mas fique com sua calcinha. —Ele se inclina e
belisca meu ouvido antes de abaixar a voz. —Eu sou um homem ciumento, e eu
não posso suportar a ideia dos olhos de outro homem na minha buceta.

Oh inferno, ele não vai nem mesmo me deixar ficar com meus seios
cobertos. Resigno-me a fazer o que Max quer porque ele sempre faz valer a pena.
Eu removo e dobro minhas roupas rapidamente, porque se ele queria um strip-
tease, ele teria me dito para ir devagar.

Ele estende a mão e passa os nós dos dedos sobre os meus mamilos. —
Bonita. E toda minha. —E há um sorriso maligno. Isso tem uma ligação direta com
o meu clitóris, fazendo-o pulsar. Enfiando a mão no bolso da frente, ele puxa um
par de pinças e as oscila na minha frente. Meus mamilos estão bem familiarizados
com Max e suas pinças, embora em vez de estarem ligadas por uma corrente,
estas têm sinos no final.
Ele não perde tempo colocando-as. —Tão linda. Muito apertado?

Ele sabe que estão, e ele sabe que eu gosto disso. A dor vai direto para o
meu clitóris e com qualquer movimento, vou continuar a sentir os puxões. —Sim,
Max.

E há aquele sorriso maligno novamente. —Excelente. É só o que quero


ouvir.

Ele me leva para o banco da surra e me ajuda a subir. Estou tão animada
para tentar fazer isso.

Eu li que quando subs estão no banco, elas podem totalmente se


deixarem ir. Eu quero isso. E já parece maravilhoso. Meu corpo inteiro está
pronto para ser controlado. Eu estou livre para voar.

Só que não estamos sozinhos. Eu continuo vendo o movimento com o


canto do meu olho, e acho isso perturbador.

—Vamos prepará-la, gatinha. —Max canta no meu ouvido. Eu lentamente


abaixo meu tronco para a parte principal do banco. É mais estreito do que o meu
corpo, e os meus seios pendem sobre cada lado. Os sinos na extremidade dos
grampos não são particularmente pesados, mas a gravidade tem seu preço.

Uma vez que meus braços e pernas são colocados na posição, Max prende
algemas em torno dos meus pulsos e tornozelos, então os fixa no banco.

—Eu preciso de um amarelo se os punhos estão muito apertados ou um


verde se eles estão bons.

—Verde, Max.

—Excelente. Hoje à noite, eu gostaria que você usasse uma venda nos
olhos. Há muita coisa acontecendo, e eu quero a sua atenção. Vermelho ou verde,
Violet?
Vendar é novo, mas confio em Max, e eu quero agradá-lo.

—Verde.

Ele se inclina para baixo e gentilmente beija meus lábios. —Obrigado,


gatinha. —Então meu mundo fica preto quando ele desliza a venda sobre os meus
olhos.

É desorientador no início, mas quando relaxo, eu acho que gosto. Max


passa um dedo na minha espinha. Depois, algo afiado ao longo do lado do meu
pescoço. Eu luto para permanecer em silêncio. Eu adoro quando ele me morde,
mas ainda estou muito consciente de que não estamos sozinhos.

Um puxão rápido sobre os grampos e há um rastro de fogo ardente dos


meus mamilos direto para o meu clitóris. Um gemido baixo escapa da minha
garganta. Adoro quando ele faz coisas assim para os meus mamilos.
Capítulo 31
Max

Eu trabalhei bem nela. Ela esteve no banco da surra durante a maior parte
da última meia hora. E agora sua bunda é uma linda cor rosa-vermelho e quando
eu removo a venda, seus olhos estão vidrados e sem foco.

Tão bonita. Violet é sempre bonita, mas Violet no subspace... Eu não sei o
que fiz para merecer tal perfeição, mas eu sei que vou fazer o que for preciso para
mantê-la.

Eu não facilitei para ela esta noite, mas eu resisti fazendo-a gritar, de dor
ou êxtase, porque ela ficaria envergonhada. Não é o tipo de humilhação que
funciona para ela, e há novatos na sala, e eu tenho certeza de que não queria um
deles interferindo e arruinando a cena de Violet.

Eu coloco um cobertor macio sobre suas costas enquanto libero seus


pulsos e tornozelos. Assim que ela está livre, eu a levanto do banco e a levo para
o sofá onde a coloco no meu colo.

Lachlan está logo atrás com uma garrafa de água e um pouco de


chocolate. Ele é um pouco rude, e eu suspeito que é porque Beth está aqui.

—Eu preciso que você beba um pouco de água, gatinha. —Eu seguro a
garrafa para ela, enquanto ela toma alguns goles. —Quer um pouco de
chocolate?

Ela balança a cabeça e eu pressiono um pedaço em seus lábios. Ela ainda


está lá o suficiente para levar meus dedos em sua boca com o chocolate. Que vai
direto para a minha longa ereção em sofrimento - parte de mim quer dobrá-la
sobre o braço do sofá e transar com ela até que nenhum de nós possa andar.
Em vez disso, eu a abraço acariciando seu pescoço e concentrando-me em
outras cenas acontecendo. Era exatamente por isso que eu queria brincar com
Violet no início, de modo que ela não fosse influenciada por aquilo que os outros
estavam fazendo e acabasse mais nervosa.

Corinne está ajoelhada, esperando enquanto seu Dom, Parker, configura


seu equipamento e Lachlan limpa o banco da surra. Ao ver Corinne no ringue de
gelo, você nunca pensaria que ela tinha um osso submisso em seu corpo, mas
aqui está ela, nua e de joelhos, parecendo completamente em paz.

Assim que Lachlan termina com o banco, Parker ajuda Corinne a sentar-se
nele. Não há restrições, ele vai direto para o remo. Ele começa com golpes leves e
rápidos, aquecendo-a antes de ele começar a intensificar.

O primeiro golpe muito duro fica praticamente sem nenhuma reação.


Corinne é silenciosa e seu único movimento é o de apertar as nádegas.

O grande Dom dá mais alguns golpes na bunda de Corinne com o remo


antes de ele se mover para uma tira de couro. Isso vai doer.

Gostaria de saber qual é o problema entre eles. Não parece haver


qualquer tipo de química sexual. É como se eles estivessem querendo “aliviar a
coceira” do outro e só isso.

Mesmo quando eu estava pagando para jogar, tinha a certeza de que


houvesse um final feliz. Tenho a sensação de que nunca existiu finais felizes entre
estes dois.

Do canto do meu olho, eu vejo Lachlan caminhando ao longo da cruz de


Santo André. Ele para um pouco antes de cruzar os braços. Ele não parece feliz.

Então eu percebo que Beth está na cruz e o amigo de Tate, Brandon está
prestes a brincar com ela. Virando a cabeça, eu me inclino em todo o sofá em
direção a Tate. —Qual é o problema?
—Ela queria ver como era, por isso, Brandon se ofereceu para ajudá-la.
Não se preocupe, eu ajudei com as negociações. Ele está sabendo que não é para
forçar muito.

—Acha que deve ir conversar com Lachlan, antes que ele perca a cabeça?

—Sim... Boa ideia. Voltarei em um instante.

Mesmo que eu não possa ouvir a conversa, eu tenho uma boa ideia de
como vai. Nada bem.

Poucos minutos depois, Tate retorna, lentamente, balançando a cabeça.


—Esse é um monitor de masmorra retentivo, Max. Eu não acho que ele vai
interferir, mas apenas porque Brandon é um Dom responsável e não vai dar-lhe
uma razão. Mas porra, que bicho mordeu a bunda de Lachlan?

Quero dizer-lhe um chamado Beth, mas conhecendo Tate, ele saber disso
é susceptível a fazer mais mal do que bem.

Violet começa a mexer em meus braços e eu quero levá-la para a cama,


mas até Brandon e Beth terminarem de jogar e Lachlan se acalmar, eu acho que é
melhor eu sentar aqui.

—Ei, gatinha, gostaria de mais água ou outro pedaço de chocolate?

—Chocolate, por favor?

Eu sorrio em seu cabelo e a respiro enquanto seguro um quadrado de


chocolate em seus lábios. —Nós podemos ir lá para cima, em breve, e vou dar-lhe
todos os orgasmos que você merece.

Ela balança a cabeça e eu fecho meus olhos enquanto a aperto um pouco


mais contra mim. Tudo está bem no meu mundo. Eu acho que poderia apenas
sentar aqui para sempre com Violet aninhada no meu colo.
Capítulo 32
Violet

Meu alarme toca muito cedo na segunda-feira. É difícil abrir os olhos, e


não só porque eu estou sozinha.

Talvez eu ainda esteja de ressaca da noite de sábado.

A festa de Max foi muito melhor do que os munches 14 e sessões de


introdução ao BDSM no clube local, o qual no clube não seria tão bom quanto a
de Max. Ele me deu essa experiência de jogo público sem me pressionar demais, e
depois de todos saírem, ele fez comigo tudo de novo e me deu três orgasmos
muito antes de eu dormir, levando-me por trás, duro e rápido.

Meu Dom.

Meu... Eu sorrio para mim mesma e afundo o sentimento morno,


distorcido. Meu namorado.

O que me lembra de que preciso fazer algo sobre isso no trabalho. Mas
não hoje. Não esta semana. Não há pressa. Nós estamos neste lugar incrível, onde
eu estou feliz em ficar por um tempo. Encontrando-nos, talvez, apenas nos fins de
semana. Mas isso é o melhor, porque se eu estivesse em sua cama, agora, não
haveria como eu ser capaz de sair e forçar-me a ir ao chuveiro.

Meu telefone vibra, e eu tiro a mão para fora das cobertas para encontrá-
lo antes que a vibração se transforme em um segundo alarme alto e irritante.

14 Uma reunião social em um restaurante ou pub para pessoas no BDSM. Particularmente destinada a pessoas
novas na cena que podem ser intimidadas por uma festa maior.
Mas não é o meu alarme. É Max. Meu rosto se divide em um sorriso
estúpido - feliz.

M: Você está acordada?

V: Mais ou menos.

M: Você é adorável.

V: Eu queria estar em sua cama. Sendo adorável. Nua.

M: * gemido * Mas eu não estaria lá.

V: O que?

Eu pisco por um momento. Seis e meia da manhã.

M: Eu estou no hospital fazendo rondas.

V: Ah, isso é muito triste.

M: No fim de semana vamos dormir juntos.

V: Mal posso esperar.

M: Você se sente bem?

V: Eu estou exausta. E dolorida.

M: Bom.

V: sádico.

M: Você ama isso.


V: Eu amo.

M: Fora da cama, gatinha.

V: Sim, Max.

Eu assisto três pontinhos saltando e parando, saltando e parando. Eu rio.

V: Você começou.

M: Eu tenho que voltar ao trabalho.

V: Boa sorte com isso.

Seu próximo texto é apenas uma imagem de um rosto mal-humorado. Eu


não sou a única que é adorável.
Capítulo 33
Max

Dois dias mais tarde, eu estou no meu escritório verificando as avaliações


dos funcionários em nossos turnos na pediatria quando meu pager toca. Isso
acontece constantemente, mas este me preocupa mais do que a maioria.

Um paciente que tinha vindo um mês antes com uma concussão, Ethan
Bolton, está de volta na emergência.

Eu saio da interface de avaliação e faço uma anotação rápida de onde


parei. Eu entrego essa anotação a Blair enquanto eu saio do escritório. —Lembre-
me de terminar isso mais tarde. —Eu digo sobre meu ombro enquanto eu corro
pela porta.

Eu me forço a abrandar à medida que me aproximo da emergência. Mas


caramba, um segundo abalo tão cedo é uma má notícia para o cérebro do garoto.
E seu futuro.

Eu paro no posto de enfermagem e eles, sem palavras, me passam o


gráfico. Eu posso ver seus pais ao pé de uma cama no canto. Parece que um
residente está fazendo um exame físico rápido, mas eu não quero atrapalhar essa
preliminar.

Esquiando na primeira nevasca da temporada. Foi tudo para o inferno. Eu


entrego o gráfico de volta. —Já marcou com um neuro?

—Ainda não.

—Vamos precisar de uma consulta, imediatamente. Pode demorar um


pouco para trazê-los aqui, então coloquem urgência, por favor. E descubram
quem da equipe de lesão cerebral está de plantão hoje.
Porra. Eu odeio essa parte do meu trabalho.

Eu forço uma exalação lenta antes de me aproximar. Eu dou ao seu pai um


aperto de mão rápido antes de higienizar minhas mãos e me apresentar ao
residente, que fica fora do meu caminho.

Eu deslizo minha lanterna do Batman do meu bolso e dou uma olhada


rápida nos olhos de Ethan enquanto eu pergunto a ele o que aconteceu.

—Eu não sei. —Ele fala devagar. —Havia um menino na minha frente. E
ele, e ele e... ele... eu pensei que ele ia...

Seu discurso é uma bagunça, e não apenas de dor ou medo. Seus olhos
não estão seguindo bem, e sua pálpebra direita pode estar inclinada. Eu estou
muito feliz por ter pedido uma consulta com um neurocirurgião.

—Nós dissemos à escola que ele não podia fazer esportes. —Disse sua
mãe sobre o meu ombro, e eu aceno.

Eu sei. Eles sempre o fazem. E algo acontece de qualquer maneira. As


crianças não se lembram, e nunca há uma supervisão escolar suficiente durante o
recesso. Eu olho para Ethan. —Vamos internar você, amigo. E fazer alguns
exames. Seu trabalho é descansar tanto quanto possível, ok? Olhos fechados
agora um pouco. Isso é ótimo.

Um residente da neurologia aparece enquanto eu estou explicando aos


pais de Ethan o que vem a seguir. Mais testes, para começar. Pelo menos alguns
dias no hospital. Eu não digo a palavra, mas ela está saltando em torno na minha
cabeça pela mesma razão que o gráfico me assustou.

Há uma estranha tensão entre eles que eu não posso entender. Ambos
estão preocupados com Ethan, isso é certo. —Onde estão suas meninas? —
Pergunto.
A mãe de Ethan esfrega sua testa. —Elas estão com uma amiga para
passar a noite. Festa do pijama.

—OK. Precisa de alguma coisa hoje? —Eu olho para o meu relógio. Não é
nem mesmo hora do almoço. Ethan ficou ferido no recreio da manhã, mas para
estes pais, isso foi há muito tempo.

Seu pai balança a cabeça. —Basta dizer-nos que ele vai ficar bem.

—Nós vamos cuidar bem dele. —É a minha resposta padrão. E é a


verdade. Mas não é a resposta que ele está procurando.

E a razão para isso está clara no rosto do residente neurologista quando


damos um passo na privacidade do canto onde os arquivos são mantidos.

—Ele precisa de uma tomografia computadorizada.

Eu concordo. Mas ainda assim, porra. Normalmente, o protocolo para a


concussão é descanso. Nós fizemos isso da primeira vez. Mas os sintomas de um
possível sangramento estão todos lá. Melhor prevenir do que remediar.

O residente me dá um olhar confuso. —Você discorda?

—Não. —Eu concordei com a cabeça, não foi? Então eu percebo que estou
franzindo a testa para ele. —Este é apenas um daqueles casos que parece ser
pessoal.

—Ah. —Ele ri suavemente. —É estranho, se eu disser que é um alívio ouvir


você dizer isso?

Eu dou um tapinha no seu ombro. —De modo nenhum. É bom se


preocupar com seus pacientes. —Isso é verdade. É também besteira. Agora eu
proporcionaria uma melhor assistência médica a Ethan mesmo que eu não me
importe tanto com Deus. Eu preciso me concentrar nos próximos passos. —Eu
vou dizer a seus pais. Você o coloque na frente para a tomografia.
*****

Depois de deixar Ethan e seus pais saberem que precisamos de algumas


imagens de sua cabeça - não, elas não vão machucar, e sim, todos nós vamos
estar lá quando elas forem feitas - eu volto para o meu escritório.

Blair está no telefone, então eu passo por ele e abro o calendário no meu
computador. Em teoria, o meu telefone é sincronizado com a rede, mas, na
realidade, eu não confio nele.

Eu tenho um almoço com um colega. Eu passo um rápido e-mail dizendo


que eu preciso cancelar. Nós só iríamos ao refeitório de qualquer maneira. Então
eu limpo o resto da minha tarde e coloco uma nota dizendo que os residentes
ainda podem me mandar um pager.

Eu aponto para o computador de Blair quando passo por ele novamente e


ele acena.

Quando eu chego ao final do corredor, meu telefone vibra. Um texto do


meu assistente.

B: Não esqueça que você ainda precisa comer alguma coisa. Cancelar o

almoço não significa não comer.

M: Obrigado, mãe.

Eu paro no café e pego uma baguete. Eu a como na sala de descanso antes


de encontrar a família de Ethan no departamento de imagens.

Eu os alcanço quando ele está sendo preparado na máquina de tomografia


computadorizada.

—Ei, Dr. D. —Diz ele, com os olhos fechados.


—Como você sabia que era eu? —Pergunto.

—Meus olhos não estão completamente fechados.

—Completamente, Ethan.

—Mas...

—Descanse, garoto. Regra número um de hoje. —E amanhã, e no dia


seguinte...

Nós recuamos para o canto, e eu pego essa mesma tensão entre seus pais
novamente. Eles não estão tocando um ao outro.

Não é da minha conta.

Então eu tento não notar quando ela morde o lábio e dá-lhe um olhar de
soslaio.

Ou quando ele endurece, como se estivesse se segurando, sem dizer uma


única palavra.

Sou grato quando ela muda sua atenção para mim. —Quanto tempo ele
provavelmente ficará no hospital desta vez? E o que vamos precisar pedir à
escola? Devemos estar pensando sobre educação em casa pelo resto do ano, para
deixá-lo se curar?

—Temos uma equipe que você vai encontrar, mais tarde hoje ou amanhã.
Tudo recai sobre lesões cerebrais adquiridas, e há um grupo de médicos e
profissionais de saúde aliados que avaliam cada caso e trabalham com os pais
para decidir o plano de tratamento ideal.

Ela franze a testa. —Nós não os vimos na última vez.


—Não, Ethan se recuperou muito rapidamente e seu cuidado foi
facilmente manipulado pelos residentes da pediatria. Mas desta vez, vamos
querer ser extremamente cuidadosos.

Seu pai é o único a responder. —Ele está bem, certo?

É a segunda vez que ele me pergunta isso. Ele não aceitou minha primeira
resposta e ele não vai gostar de qualquer outra coisa que eu diga também. Mas
eu não posso olhar este homem nos olhos e dizer-lhe que o seu filho vai ficar
bem, porque eu não sei se isso é verdade.

Espero, com todo o meu ser, mas eu honestamente não sei.

—Porque nós temos um carregamento de bezerros chegando depois de


amanhã.

Meu cérebro gagueja sobre o que eu acabei de ouvir. Eu lentamente olho


para cima. Porra. Eu sei que esse cara tem uma fazenda para ser gerenciada, e ele
provavelmente está fazendo tudo sozinho. E ele está preocupado com o seu filho.
Certo? Ele tem que estar preocupado com o seu filho.

Mas se seu maldito negócio importa tanto, talvez ele devesse ter sido mais
consciente sobre...

Eu me corto. Mesmo na minha cabeça, isso não é apropriado. Não é da


minha conta como essa família pensa, ou não, no que é seguro para os seus filhos.
E eu sei que não foi a sua decisão de Ethan ir esquiar.

Mas agora, estou tão perto de socar algo que não é seguro.

—Saberemos mais depois da tomografia. E ele está acordado e fazendo


piadas. Isso é uma coisa excelente. —Eu arranco o meu pager do meu quadril e
olho para a tela escura por um segundo. —Com licença.
Eu caminho no corredor tempo suficiente para me acalmar, então eu
checo com o técnico de radiologia. Por cima do ombro, eu olho para a imagem
latente e xingo.

Ele tem uma hemorragia cerebral. É pequena, mas visível. Um grave


hematoma subdural frontal esquerdo.

Eu me inclino e pressiono o interfone. —Fez um grande trabalho, garoto.

Ele dá à câmera um pequeno sorriso. Seus olhos permanecem fechados.

A equipe de neurologia se reúne, e não demorou muito para decidirem


levá-lo para a sala de operações imediatamente.

Este é o lugar onde meu papel termina, pelo menos temporariamente. Eu


tenho que voltar para o meu consultório. Terminar as avaliações. Mas, enquanto
a maca de Ethan desliza para fora do aparelho de imagem, enquanto ele se senta
e dois adultos precisam segurá-lo, porque não, ele não pode se mover...

Encontro-me colado ao local.

Eu não posso deixá-lo.

Eu mando um texto à Blair para dizer-lhe que estou indo para a sala de
operações. Mesmo que eu vá apenas observar, eu não vou deixar Ethan sozinho.
Após a cirurgia ele vai para a UTI pediátrica. Não estou de plantão lá, e eu só vou
ficar no caminho.

E eu olho através da sala para seus pais, a culpa cortando meu âmago. Eu
não tenho ideia do que eles estão lidando. Se eles brigaram esta manhã. Talvez
tenham brigado por Ethan ir à escola, ou tirar sua calça de neve. Talvez um deles
quisesse que ele ficasse dentro na hora do recreio. Tantas coisas que eu deveria
ser capaz de identificar em vez de ficar contra eles.
Eu sou um bom médico. Ótimo, às vezes, porque eu sou incansável e
inteligente e eu não deixo muito passar por mim.

Mas a minha parte que deve ser compreensiva com os pais está quebrada.
Eu tento dobrar meu turno e ajudar meus pacientes de outras maneiras, mas em
dias como hoje, é uma verdadeira luta.

*****

Eu uso roupa cirúrgica tão raramente que eu não tentei o meu cartão de
roupa cirúrgica neste hospital. Não funciona. Um residente sênior tem pena de
mim e me dá uma roupa limpa. Eu me troco na sala de descanso, então vou para
a sala de operações, onde Ethan está sendo preparado. Eu deixo a equipe da
neurologia contar aos Boltons sobre o que acontecerá.

Mas eu paro na sala de espera e digo a eles que estarei na sala o tempo
todo. Eu não podia olhar para seu pai no olho como eu fiz antes, porém.

Então eu me tranquilizo, pelo menos na minha mente, certificando-me de


que eu assista cada passo do procedimento.

O cirurgião visualiza cuidadosamente o sangramento, repara a


hemorragia, em seguida, coloca um dreno antes de recuar para que um residente
possa fazer os últimos passos.

Eu não percebo que estou prendendo a respiração até que o anestesista


dá o próximo conjunto de sinais vitais de Ethan. Estável. É isso aí, garoto.

Há algumas coisas para serem feitas enquanto os enfermeiros o preparam


para a sala recuperação, e em seguida, para o que, esperamos, seja uma estadia
sem complicações durante a noite na UTI pediátrica, antes de ele voltar à nossa
ala amanhã.

Mas eu terminei aqui agora. Eu posso respirar novamente.

Eu troco de roupa, então vou para a sala de espera para sentar-me com os
pais de Ethan. Mas no meu caminho, eu paro e puxo o meu telefone.

Eu não me importo se é o meio da semana. O meio do dia. Eu não quero


ficar sozinho esta noite.
Capítulo 34
Violet

M: Eu preciso de você esta noite.

Eu deveria mandar um texto para Max e recordar-lhe as regras, mas não


estou no escritório, e mesmo se eu estivesse, um texto é muito privado.

E honestamente, eu preciso dele, também. É difícil passar a semana de


trabalho sem vê-lo, embora eu esteja pagando pelos fins de semana de diversão.

Eu estou cansada esta semana, e se eu for para sua casa esta noite, eu vou
levar uma sacola com roupas para que eu possa dormir e apenas ir para o
trabalho da sua casa.

Vou dormir melhor em seus braços, de qualquer maneira.

Eu estou tão cansada, que liguei para o consultório da minha médica e


eles me disseram para ir fazer um rápido check-up.

—Srta. Roberts? —Eu olho quando a enfermeira chama meu nome na sala
de espera. —Siga-me por aqui. A médica está um pouco ocupada, de modo que
você pode ficar esperando na sala da clínica por um tempo.

Eu dou de ombros. —Obrigada por me encaixar.

Ela aponta para eu subir na balança, em seguida, ela mede a minha


pressão arterial. —Qual é a sua razão para a visita de hoje?

—Estou exausta. Recentemente, comecei a ver alguém, e eu não sei se


isso diz algo triste sobre minha vida social anterior, mas eu estou me arrastando
ao longo do dia de trabalho. Quando me mudei para cá, ela me deu uma dose de
B12 algumas vezes, e eu queria falar com ela sobre isso de novo.

A enfermeira assente e pega um frasco tampado laranja estéril, colando o


número de identificação do paciente sobre ele antes de entregá-lo. —OK. Faça
xixi aqui para mim. Você pode deixá-lo no banheiro.

Eu reviro meus olhos. Toda vez que eu vou lá, eles me fazem fazer esse
xixi. Certamente eu deveria receber uma trégua como uma adulta responsável
que sabe como usar o controle de natalidade, certo?

*****

Eu só olho para a médica, porque certamente há algum engano. —Não.

Ela assente com naturalidade. —Sim.

Balanço a cabeça de forma mais agressiva neste momento. —Não. Há


algum engano.

—Eu refiz o teste no xixi eu mesma, Violet. Foi um resultado fortemente


positivo. Nós podemos fazer algum exame de sangue ou agendar uma ecografia
para tentar precisar melhor sua data de concepção, mas... você está grávida.

—Nós sempre usamos preservativos. —Eu sussurro, a negação se


transformando em algo mais, algo perto, mas não muito certo.

Ela balança a cabeça. —Eles são bons, mas não cem por cento. Um
pequeno rasgo e o sêmen pode vazar. Ou se há qualquer contato genital. E há
opções para discutir se essa não é uma gravidez desejada.
Eu pisco para as minhas mãos, descansando em meu colo. Meu dedo
anelar nu. Por dois anos, eu usei uma aliança de casamento, e pensei sobre
quando eu poderia ter um filho.

Em seguida, me divorciei e aceitei que um bebê não estava no meu futuro


iminente.

Mas, opções?

Estou grávida.

Com o bebê de Max.

Há apenas uma opção.

Eu começo a chorar.

A médica me entrega um lenço de papel, e espera os meus soluços


diminuírem.

—Essa nem sempre é uma boa notícia, e qualquer apoio que você precise,
eu estou aqui para você. Podemos discutir isso agora, ou você pode fazer outra
consulta, se você precisar de algum tempo.

Eu balanço minha cabeça. —Eu quero esse bebê.

Através de um véu de lágrimas, eu a vejo acenar. —Então, podemos


discutir o pré-natal também. —Ela faz uma pausa. —Você vai dizer ao pai?

Sou tão óbvia? Eu aceno fortemente com a cabeça. —Ele é um... —


Médico, também. Porra. Ele também é um segredo. Bem, isso vai ter que mudar.

Uma coisa de cada vez.

Eu inspiro lentamente, tremulamente, e deixo sair.


Eu limpo as lágrimas dos meus olhos e levanto o meu rosto para o teto,
desejando me recompor. —Sim. Vou dizer a ele esta noite. —Outra respiração
dentro, e fora. —Eu não sei como ele vai receber isso, para ser honesta, mas ele é
um cara bom. Nós não estamos namorando há muito tempo, mas...

Encontro-me derramando minhas tripas para uma médica que tem uma
clínica movimentada além daquela porta, e eu não posso mesmo dizer-lhe alguma
coisa específica. Mas eu descarrego, e ela me entrega um lenço, e não para até
que eu finalmente paro de chorar de verdade desta vez.

—Você vai ficar bem. —Diz ela, batendo no meu joelho enquanto ela se
levanta. —Seu bebê tem uma mãe incrível, e isso é a coisa mais importante. E
você tem quase nove meses para resolver o resto.

Se fosse assim tão fácil.

*****

Quando chego à casa de Max, ela está vazia. Eu verifico meu telefone, mas
não existem quaisquer mensagens dele ainda. Eu enrolo na sala de estar e ligo sua
televisão. Ela está congelada na repescagem de um jogo de basquete que ele
deve ter assistido ontem à noite ou a primeira coisa esta manhã.

Eu ligo o jogo.

É quase doméstico. Quase normal. Meu namorado médico está chegando


tarde em casa para o jantar, e eu estou em sua casa, sob o seu cobertor. Quando
chegar em casa, vamos fazer o jantar juntos, mesmo que seja apenas reaquecer o
material entregue por uma empresa de buffet.
Então ele vai me levar lá embaixo para seu calabouço e chicotear minha
bunda até que ela esteja rosa.

Exceto que, primeiro eu tenho que dizer-lhe que estou grávida, de modo
que possa colocar um freio nesses planos.

Eu gemo e jogo a cabeça para trás. Pense como uma adulta, Violet. Eu
gemo. Deus.

Nada mais doméstico e normal do que um bebê a caminho...

E apenas a tempo para o Natal.

Cada pensamento afiado abre uma nova ferida dentro de mim.

Fui convocada aqui para uma sessão de sexo sujo, nada mais, e isso é
culpa minha, não de Max.

Nove meses não parece ser tempo suficiente para desvendar a bagunça
que eu fiz. Pego meu telefone e me atrapalho com uma calculadora para ver a
data do parto.

Agosto.

Se tudo correr bem, meu bebê vai nascer na primeira semana de agosto.

Eu ouço o grunhido da abertura da porta da garagem e afasto meu


telefone.

Uma coisa de cada vez.


Capítulo 35
Max

Eu espreito dentro da casa, a minha necessidade por Violet superando


tudo. Eu fui expulso da UTI pediátrica uma hora atrás, os especialistas em trauma
apontando que eu tinha outros pacientes para cuidar e que não precisavam que
eu dobrasse meu turno para verificar o trabalho deles.

Levei quarenta minutos para encerrar o resto do trabalho na minha mesa


e dar uma rápida olhada nas anotações de amanhã para a clínica.

Agora minha noite é toda dela.

Ela está na sala de estar. Eu tiro meu casaco, coloco minha mochila no
balcão da cozinha e começo a rolar as mangas enquanto me aproximo dela.

Ela parece cansada, também.

Comida, bebida, um pouco de sexo e palmadas, e nós podemos ir para a


cama cedo. Nus.

—Obrigado. —Eu digo enquanto a puxo para ficar de pé. —Eu sei que
quebrei as regras um pouco.

—Está tudo bem. Eu precisava ver você, também. —Há um tremor em sua
voz. Talvez ela tenha tido um dia ruim, também.

Eu envolvo meu braço em volta da sua cintura, segurando-a perto. —


Devíamos fazer isso mais vezes. A coisa no meio da semana. É legal. Eu tive a
porra de um dia estranho. Você já teve dias como esse? Onde algo que deve ser
comum e normal só não é, porque quem diabos sabe por quê?

Ela balança a cabeça ligeiramente. —Sim.


Eu esfrego meu nariz contra sua bochecha. —Você, porém, gatinha. Você
é perfeita. Exatamente assim. Tão simples, você e eu.

Ela endurece, e eu me chuto por forçá-la.

—Shhh, me ignore. Estou acabado.

—Oh. Você quer falar sobre isso? Você pode falar sobre o trabalho?

Eu dou de ombros. —Sim. Em linhas gerais. Você não se importa?

Ela balança a cabeça.

Eu digo a ela sobre Ethan. Nada de identificação, nada que eu não


colocaria em um artigo de jornal. Principalmente eu conto a ela sobre a frustração
que às vezes sangra na minha capacidade normal de manter as fronteiras
profissionais.

—Você realmente se importa. —Diz ela suavemente.

Eu preciso de uma cerveja. Eu a levo para a cozinha. —Sim. Embora dias


como hoje me deixem grato que eu não tenho filhos. —Eu abro a tampa de uma
garrafa de cerveja e a inclino para ela.

Ela franze a testa enquanto balança a cabeça.

—Você se importa se eu tomar uma?

Outro tremor, e eu a puxo para perto novamente, dando-lhe um beijo


antes de eu tomar o meu primeiro gole de cerveja. Ela está tensa.

—Eu estou sendo um idiota, falando apenas sobre o meu dia. Eu sinto
muito. Como foi o seu dia?

—Foi... Eu não fiz muita coisa. Mas isso é bom. —Ela inclina a cabeça para
o lado. —O que quer dizer com você é grato por nunca ter tido filhos?
Eu tremo. É complicado, e não é tudo o que eu quero falar hoje à noite.

—Você não ama as crianças? —Ela me dá um olhar estranho e eu tomo


outro gole de cerveja.

—Eu... me preocupo com as crianças. É importante para mim que elas


sejam bem tratadas, como seres humanos plenamente autônomos. Com
responsabilidades. Isso é enorme. Elas vêm em primeiro lugar no meu mundo. —
Porque eu nunca vim. Porra. Não é onde eu quero minha cabeça agora. Ou nunca,
com Violet. —E elas são genuínas, sabe? As crianças não jogam jogos. Elas não
são egoístas como os adultos são.

Ela se afasta de mim. —Nem todos os adultos.

Eu dou de ombros. O único que importa nesta discussão. Eu. —Eu sou tão
egoísta quanto possível, Violet. Eu seria uma porcaria de pai neste mundo.

—Isso não é verdade. —Ela sussurra.

—Podemos discutir sobre isso outra hora. Você comeu?

Ela balança a cabeça, depois assente. —Estou bem.

—Qual é? Sim, você já comeu, ou não, você não comeu, mas não quer dar
trabalho?

Ela hesita.

—Vamos, vamos aquecer qualquer alimento que foi entregue ontem. —Eu
uno meus dedos com os dela e a puxo para a geladeira. —Você quer comida
tailandesa, torta salgada ou frango ao curry?

—É torta salgada ou torta de carne com batata? —Ela pergunta sem


emoção. —Porque tecnicamente eu acho que torta salgada tem carne de cordeiro
e o que chamamos de torta de carne é apenas carne.
—Aqui, tem comida tailandesa. —Eu tomo outro gole de cerveja, tentando
descobrir onde a conversa saiu dos trilhos. Quem diabos se importa com o nome
da comida? Eu pego a torta salgada aparentemente nomeada erroneamente. —E
você pode provar e decidir o que realmente é, mas eu tenho certeza de que é
carne.

Ela me ignora, seus dedos delicados envolvendo em torno de uma garrafa


de água com gás.

—Violet?

—Humm?

—O que está errado?

Ela hesita. —Nada.

Abro a boca para falar que é besteira, mas ela fica na ponta dos pés e roça
os lábios contra os meus.

—Vamos comer o jantar. —Ela sussurra contra a minha boca.

Quando ela recua, seu olhar baixa e eu não posso chamar sua atenção
novamente.

Nós comemos nossa comida em silêncio.

Comemos juntos. Tudo tranquilo. Falamos sobre a torta salgada, sobre a


festa de férias, mas é tudo superficial.

Conversa educada de jantar.

Cada palavra é um tijolo em uma parede que eu não vejo construída até
que terminamos de comer e ela está do outro lado da cozinha, arrumando a
louça.
Até a distância, de repente, parece enorme.

Eu preciso recuperar o controle. Eu preciso - nós precisamos - escapar,


achar esse lugar feliz pervertido onde nenhuma dessas merdas nos atrapalha.

Eu não tenho nada planejado para esta noite, obviamente. E a qualquer


momento, há uma chance de o meu pager tocar, então eu não posso fazer
qualquer coisa que seja muito envolvente.

O remo. Sua bunda. O braço do sofá.

Eu digo-lhe o que estou pensando e ela me dá um olhar que eu não posso


decifrar. —E se eu disser que eu só quero ir lá para cima e dormir?

Eu franzo a testa. —Você?

—Responda a pergunta, Max.

—Tenho certeza de que não é como funciona, gatinha. Eu pergunto, você


responde. Você não quer que eu bata em seu traseiro hoje à noite? —Eu
aproximo-me, empurrando suas costas contra a parede. —Não me diga que você
quer um sexo baunilha e chato agora.

Ela está olhando para o meu peito. —Eu não sei o que quero. E eu não sei
o que você quer, também.

—Eu quero você, inclinada sobre o braço do sofá. Eu quero fazer você
gritar. Eu quero deixar você molhada. Então eu quero te foder até eu parar de me
preocupar. Eu quero inspecionar essa noite. É tão errado assim?

Ela balança a cabeça. —Não. Eu sinto muito.

—Então, leve seu pequeno e lindo traseiro lá para baixo e espere por mim.
Nua.

Ela balança a cabeça novamente. —Eu não posso.


—O que você quer dizer? —Eu fico olhando para ela, e pela primeira vez
desde que o jantar começou, ela me olha no olho.

—Vermelho.
Capítulo 36
Violet

Eu não espero Max responder. Nada que ele possa dizer vai mudar o fato
de que eu preciso sair daqui agora, antes que eu dê a notícia que ele não quer
ouvir. Eu passo por ele, recolhendo minhas coisas, e saio para a garagem.

O tempo todo, seu olhar está sobre mim. Quente, pesado, opressivo.
Preocupado, também, mas só porque ele teve um dia ruim e eu ia fazer isso
melhor.

Bem, foda-se, Max Donovan. Eu não tive o melhor dia, também. E sim,
algo está errado, mas não, eu não posso nem começar a falar sobre isso.

Ainda não.

Mas uma vez que organizar meus pensamentos, ele vai ouvir. Balanço a
cabeça, irritada e chateada com ele por ser egoísta e comigo por não dizer nada...
Mas eu não podia.

E assim, a raiva desliza em uma fria dormência enquanto eu saio de sua


garagem. Estou estoica enquanto dirijo para a rua principal e entro no tráfego.

Mas quando eu vejo as primeiras luzes de Natal que decoram o centro, eu


começo a chorar.

*****
Eu penso sobre ligar e dizer que estou doente no dia seguinte, mas é uma
quinta-feira cinzenta, sombria, e eu prefiro tentar me perder no trabalho a sentar
em casa e sentir pena de mim.

Eu me apaixonei por um homem que não quer as mesmas coisas que eu. É
uma armadilha, tão clássico. O que eu estava pensando?

Eu não estava.

Nós estávamos apenas nos divertindo.

E agora eu me sinto como em uma aula de apoio escolar. Sexo seguro,


crianças. Não é brincadeira.

Meu estômago revira quando eu penso muito sobre isso, sobre quão frágil
e breve a felicidade é. Como insanamente, delirantemente feliz eu estava... e
como era tudo uma farsa.

Estou muito chateada quando chego ao escritório. Alternando entre as


diferentes reações emocionais, aparentemente. Eu puxo Hannah, então peço
desculpas. Ela se oferece para me trazer um café, e quando eu caio na minha
cadeira, acrescento um muffin ao pedido.

—Eu deveria ir lhe buscar um muffin. —Murmuro, embaraçada.

Ela apenas ri. —Você deve faturar uma ou duas horas de trabalho. Isso vai
fazer com que todos por aqui fiquem felizes.

Eu farei isso, e ela tem razão, o trabalho é bom. Especialmente porque eu


preciso conseguir dez minutos da minha própria pesquisa. Eu vou precisar de um
bom advogado de direito de família.

Max. Ele nunca está muito longe da minha mente, enquanto a manhã
passa para tarde, então o céu escurece e de repente é o jantar.
Eu salvo meu último trabalho do dia e abro o site de um advogado famoso
aqui na cidade. Ela tem uma página sobre guarda compartilhada desde o
nascimento.

Eu devo ter certeza de que não estou sozinha nesta situação.

Isso parece tão estranho, no entanto.

—Indo para casa?

Eu pulo e fecho a janela antes de olhar para Derrick, aparecendo na porta.


Sua maneira de ser sutil. —Sim. Em breve.

—Tenha um bom fim de semana.

Eu franzo a testa para o calendário. —É quinta-feira.

Ele ri. —É também uma semana e meia antes do Natal. Eu tenho compras
natalinas a fazer. Vou tirar um dia de folga amanhã.

E assim, eu caio em desespero.

Eu pego meu telefone e mando uma mensagem para Matthew. Eu quero


sorvete esta noite. Ele responde imediatamente, mas com uma carinha triste,
porque ele está trabalhando no turno da noite.

Meu telefone toca um minuto depois.

—Ei, Matthew. —Murmuro.

—O que está errado?

—Problemas com namorado.

—Você quer ser mais específica do que isso?

—Não.
—Posso bater em alguém?

—Não.

Ele suspira. —Eu tenho Rocky Road no meu congelador. É todo seu.

Ele sempre tem sorvete no freezer e ele nunca come. Algum tipo de jogo
de atleta do ginásio tipo “mente sobre a matéria” que eu nunca vou entender,
mas agora eu estou super grata. —Você é o melhor.

—Não, V. Você é. E você merece ser tratada como tal.

Mas quando eu desligo o telefone, isso só me faz chorar de novo, porque


Max me tratou bem. Esta ferida no meu peito não é realmente por sua causa. É
totalmente porque eu me empolguei com a fantasia de ter tudo.

*****

Eu viro e reviro a noite toda.

Eu finalmente saio da cama no início da madrugada. Eu penso sobre Max


mandando uma mensagem para mim na segunda-feira.

Então penso sobre o fato de que eu saí de sua casa há duas noites e ele
não me mandou uma mensagem desde então.

Você disse a palavra de segurança.

Mas seu silêncio tem que significar algo.

Que aceita a sua palavra de segurança, que aceita que você saiu de sua
casa.
Eu esfrego meu rosto e rosno para a minha máquina de café, que não tem
nenhuma resposta.

Eu posso tomar café? Eu retiro o meu telefone. A internet parece dividida.


Eu faço metade de um copo.

Eu penso sobre o silêncio de Max todo o caminho para o trabalho. É minha


culpa.

E não é o que eu quero. Não importa o que aconteça, eu não quero ser
injusta com ele. Ele não pediu isso, mas ele tem o direito de saber o que está
acontecendo, e um direito de reagir do jeito que ele quiser.

Eu abro uma janela de e-mail e digito o seu endereço.

Então eu a minimizo.

Chame um advogado, meu cérebro advogado me diz.

Eu abro novamente. Nós não precisamos de advogados. Ainda não.


Mesmo que isso fique complicado - eu não acho que vai. Ao contrário, eu estou
mais certa de que vai ser muito simples, porque Max não vai querer nada a ver
comigo ou com o bebê.

Mas nós temos nove meses para conciliar como vamos avançar daqui.

Eu juro que vai me levar até o último segundo desses nove meses para eu
entender o que aconteceu. Devo exatamente a mesma quantidade de tempo de
processamento para o futuro pai. Especialmente ele. O que não queria ser pai.

Porra.

Eu minimizo a janela novamente.

E faço isso, durante toda a manhã. Enquanto eu almoço na minha mesa,


uma salada que tem gosto de serragem desce com dificuldade.
Eu passo a tarde no telefone, então eu não tenho que olhar para tela do
meu computador, zombando de mim.

Finalmente, no final do dia, depois que Hannah sai, eu reúno a minha


coragem e digito antes que eu possa vacilar novamente.

De: Violet Roberts

Para: Max Donovan

Assunto: Eu preciso te dizer uma coisa

A razão pela qual eu deixei sua casa na outra noite foi porque eu fui a

médica mais cedo naquele dia e descobri, para minha surpresa, que eu estou

grávida.

Apenas de algumas semanas.

Eu não espero nada de você, mas você tem o direito de saber. Se você

quiser contratar um advogado de direito de família, outro advogado em

nosso escritório pode recomendar um para você. A Muralha da China 15

estaria em vigor. Eu apreciaria que você não usasse o meu nome até que eu

tenha tempo para obter a minha própria representação, pois isso irá

complicar o meu papel dentro da firma.

Espero que você saiba que pretendo agir de boa-fé sobre este assunto,

e podemos ser civilizados sobre quaisquer discussões necessárias.

15 O termo administrativo “Muralha da China” é uma barreira que garante que, dentro de uma mesma empresa, as áreas

que têm informações privilegiadas sobre o mercado (prestando assessoria corporativa em caso de fusões e aquisições, por
exemplo) não tenham contato com quem de fato opera nele.
Eu o leio de novo. É frio, mas eu prefiro ser objetiva. Talvez seja por meus
instintos jurídicos, ou apenas os instintos da mulher ferida. Eu não posso
derramar tudo o que eu estou sentindo na página quando eu não tenho nenhuma
ideia de como Max vai reagir.

Assim que eu clico em enviar, meu coração começa a martelar no meu


peito. Quanto tempo vai levar para ele lê-lo? Como ele vai responder?

E se ele não responder?

Eu abro outra janela. Eu tinha três pedidos de patente para rever esta
tarde, e na sua maioria eu já fiz, mas devo verificar o meu trabalho. As palavras
borram na minha tela.

Leva-me um minuto para perceber que estou chorando.

Merda.

E meu computador toca.

Minhas mãos tremem enquanto eu clico na nova notificação de e-mail.

De: Max Donovan

Para: Violet Roberts

Assunto: Re: Eu preciso te dizer uma coisa

Sua escolha. Eu vou ao seu escritório ou você me encontra na minha

casa.

É isso aí?

Eu releio o meu e-mail, então o seu.


Minhas mãos tremem ainda mais.

Talvez ele não tenha entendido.

Talvez ele só queira falar pessoalmente.

Mas quando eu leio o seu e-mail novamente, o tom é claro. Max está me
mandando para sua casa. Uma semana atrás, isso teria me excitado.

Deus me ajude... agora me excita também. Que porra há de errado


comigo?

Eu furiosamente enxugo minhas lágrimas. Ele quer que eu apareça? Ele


quer lidar com isso como um Dom? Eu vou lá, tudo bem. Ele pode fazer o seu
pior. Mas esta não é a forma como os adultos lidam com notícia de gravidez.
Capítulo 37
Max

Eu abro a porta e não lhe dou a chance de falar. Eu a puxo para dentro e
nos fecho do resto do mundo.

Enredando os dedos em seu cabelo, eu puxo sua cabeça para trás. Ela só
está aqui porque eu não lhe dei escolha. E porra, eu sei que deveria mandá-la
para casa, mas eu simplesmente não consigo. Em vez disso, dou-lhe uma saída. —
Você tem uma palavra de segurança. Seria sábio usá-la agora.

Ela só olha para mim em silêncio, e eu estou tão perdido. Por que ela iria
esconder isso de mim?

Eu descanso minha mão em sua barriga plana, tantas perguntas gritando


pela minha cabeça. “Como” não é uma delas. Eu sei como. Minha mente vagueia
de volta para o momento em que gozei em sua barriga e mais embaixo. Quando
ela tocou-se, acariciando os dedos pelo meu gozo, deslizando-o sobre seu clitóris
e através de suas dobras. Droga, isso foi tão quente e safado e... não foi seguro. E
agora essa barriga está crescendo... Eu empurro esse pensamento para longe.

A parte realmente com raiva em mim quer empurrá-la de joelhos e fazê-la


engolir meu pau até que eu goze. Em vez disso, eu a afasto de mim. —Mãos na
porta e não quero uma palavra sua a menos que seja a sua palavra de segurança.
—Eu ordeno e puxo a saia até a cintura. Deslizando minha mão de volta para
baixo, eu arrasto a calcinha sobre a curva de seu traseiro até ela cair em seus
tornozelos. —Saia dela e abra suas pernas. —Ela ainda não disse sua palavra de
segurança e esse é todo o consentimento que preciso para continuar.

Com a mão esquerda pressionando em sua parte superior das costas entre
as omoplatas, eu começo a espancá-la. Sem toques e golpes suaves para aquecê-
la, não desta vez. Estamos em território de punição e nada menos do que sua
palavra de segurança vai salvar sua bunda. Esse e-mail... suas suposições... eu
estou vendo vermelho e isso não é o ideal, mas ela é minha e ela não tem
nenhuma chance. Porra.

Depois de alguns golpes, eu dou uma boa batida, forte em sua buceta, em
seguida, volto para sua bunda. Eu continuo espancando-a, acrescentando
aleatoriamente tapas em sua buceta até que minha mão começa a ficar dolorida.
Ela aguenta tudo o que eu dou-lhe com nada mais do que gemidos. Eu quero
lágrimas.

—Não. Se. Mova. —Desafivelando meu cinto, eu olho para baixo para a
bunda vermelha de Violet e contemplo o meu próximo passo. O barulho da fivela
soa quando as lâminas de couro passam pelas presilhas da minha calça. Eu dobro
o cinto ao meio, em seguida, empurro as extremidades em direção à outra um
pouco e puxo para trás forte, fazendo-o estalar. Violet se assusta.

Eu coloco minha mão para trás entre as omoplatas e desço. O primeiro


golpe cai sobre seu lugar de sentar. Ela grita e tenta alcançar por trás dela e meu
pau flexiona em apreço. —Eu lhe disse para não se mover. Faça isso novamente, e
eu vou amarrar você. Acene se você entende.

Ela balança a cabeça e eu coloco imediatamente o segundo golpe na curva


de seu traseiro. Suas mãos enrolam em punhos enquanto ela solta outro grito.

Dou outro golpe onde ela senta, e então um pouco abaixo de sua bunda.
Eu continuo dessa maneira, um golpe diretamente abaixo do último, alternando
em cima e em baixo em seu local de sentar. Na realidade, só leva cinco golpes
para cobrir a metade inferior do seu traseiro, onze golpes ao total, porque eu
começo e termino com seu lugar se sentar. Ela vai se lembrar desta lição cada vez
que ela sentar o rabo.

Jogando o cinto no chão, eu vou por trás dela. Eu me esfrego contra sua
pele macia enquanto alcanço em torno dela e deslizo os dedos entre suas dobras
para encontrá-la lisa e molhada. Ela se agita contra a minha mão e eu
rapidamente abro a calça, liberando o meu pau. Sem preservativo. Não dessa vez.
Nunca, enquanto ela estiver carregando meu bebê dentro de seu corpo.

Eu me posiciono em sua entrada e belisco sua orelha enquanto sussurro.


—Eu vou te foder tão forte que você não será capaz de andar em linha reta. —Só
que, eu não vou.

Eu quero saborear o momento. Meu primeiro sexo sem preservativo não


será forte e rápido. Mas, no entanto, vai ser contra a minha porta da frente,
porque eu já esperei tempo suficiente.

Eu aperto os quadris de Violet, enquanto eu entro em casa, então


lentamente empurro dentro de seu calor escorregadio. Eu paro a meio caminho,
porque não está certo. Não é assim que deveria ser.

Eu tiro dela e a giro.

Eu estou tão irritado e confuso e ferido e... apaixonado. A revelação me


bate tão forte que eu mal posso respirar.

Levantando seu queixo, eu estudo o rosto dela, desesperado por um


indício de que ela sente alguma coisa... qualquer coisa por mim.

Ela só brilha de volta.

E talvez isso seja o que eu mereço. Deus, talvez eu esteja tão quebrado
por dentro que é o que eu quero agora, porque isto não está alimentando o Max
sádico. Este esfregão áspero, rude contra a minha alma é algo totalmente
diferente, e eu deveria voltar atrás.

Max o sádico deveria afastar-se.

E enquanto ela segura meu olhar, seu queixo duro e empinado, eu


percebo... que é o que ela pensa que eu fiz.
Com um grunhido ferido, eu a iço contra a porta e encaixo meu pau nu
contra sua entrada.

Eu te amo, minha mente sussurra enquanto eu pressiono dentro dela. Ela


não acha que isso é possível.

Ela pode até não querer.

Porra, isso me enche de raiva e eu empurro meus quadris, enchendo-a até


o último centímetro. Ela engasga e sua respiração falha.

Bom. Se perca por mim, gatinha. Isso vai fazer de nós dois.

Ela está carregando meu bebê.

Eu enterro meu rosto em seu pescoço e me perco em seu corpo até que
nós dois estamos gastos. Ela é minha. Eles são meus e eu vou fazer o que for
preciso para manter isso dessa forma.
Capítulo 38
Max

Minha respiração é irregular enquanto eu pressiono a mão contra o


interior da minha porta da frente, com Violet ainda imprensada entre o meu
corpo e o carvalho implacável. Ela silenciosamente ajeita suas roupas.

—Agora é hora de falar. —Pegando sua mão na minha, eu vou em direção


à sala de estar. Com a porra da raiva fora do caminho, eu estou pronto para ser
calmo e racional. Eu acho. Eu espero.

—Existe realmente algo para falar? —Ela puxa a mão da minha e meu
mundo cai debaixo de mim. Quando ela apareceu à porta, eu pensava... esperava
que tivesse uma chance de começar calmamente a discussão em torno de sua
gravidez.

—Você jogou uma bomba em mim. —Eu digo, minhas palavras cortantes,
apesar da minha intenção de manter a calma.

—Você tinha o direito de saber a minha situação.

—A nossa situação.

—Eu não espero nada de você.

—Por que não? —Ok, muito calmo.

—Você não quer ter filhos, eu entendo isso. Eu posso lidar com isso.

Meu primeiro instinto é protestar, porque Deus, caralho, porra, eu quero


essa criança. Eu quero o seu filho. Mas algo me diz que não vai funcionar com ela.
Algo duro e frio no interior me lembra de que ela não está errada. Eu já disse
várias vezes e de diferentes maneiras, que eu nunca pensei em mim como um pai.
Por mais doloroso que seja permanecer nesses pensamentos, neste
momento, em que tudo o que eu quero fazer é levá-la em meus braços e fazer
promessas que eu não estou certo se posso manter, eu devo a ela honestidade.

É a única coisa que importa para ela. Eu respiro fundo e tento novamente.
—Não importa o que eu disse sobre querer filhos, eu sei de uma coisa sem
dúvida, eu nunca, nunca abandonaria uma criança que ajudei a criar. E em não
abandonar essa criança, eu também nunca abandonaria a mãe dessa criança.

Ela me dá um olhar suplicante. —Você pode dizer isso, você pode até
pensar que acredita nisso, mas você não muda a sua posição sobre a vida
alterando decisões como crianças em um piscar de olhos. Você simplesmente não
pode fazer isso.

—Um teste de gravidez positivo é um piscar de olhos. Está me dizendo


que sua posição sobre crianças não se alterou num piscar de olhos?

Ela balança a cabeça. —Não. Eu esperava crianças um dia. Nós não


tínhamos falado sobre isso, porque eu não achei que seria por agora.

—Então, como você está tão certa de que eu preciso ser cortado da
imagem? —Droga, eu preciso controlar esse tom mordaz.

Ela franze a testa. —Eu nunca disse nada sobre cortar você de qualquer
coisa. Eu só... não espero nada de você. Porque nós não falamos sobre o que eu
quero, uma vez que não era tão forte de qualquer maneira. —Ela toca a barriga e
é como uma faca em minhas entranhas. —Mas mesmo que não fosse sobre isso
que o nosso relacionamento se baseava...

Eu ergo minha mão. Chega com essa porra do passado. —É sobre nós
termos um relacionamento e nós vamos conversar, entendeu?

Ela aperta os lábios e balança a cabeça trêmula. —Ok. Mesmo que... isto...
não seja no que a nossa relação se baseia, eu ainda ouvi em alto e bom som que
não era o que você queria.
Porra. Medo frio desliza pela minha espinha.

Como posso deixá-la entrar na minha cabeça? Como posso fazê-la ver que
o que eu quero e o que eu temo não ser capaz, são duas coisas totalmente
diferentes?

Eu não tenho escolha. Não há como ela entender se eu não falar algo
sobre a minha infância.

—Podemos ir sentar onde seja mais confortável? Por favor?

Ela balança a cabeça e eu uso o tempo que leva para caminhar até a sala
de estar para me preparar emocionalmente para o que deve vir em seguida.

Ela senta numa cadeira, acrescentando uma distância ingenuamente para


qual eu não estava preparado. Sento-me no braço do sofá. É o mais próximo que
posso chegar e ainda deixar-lhe algum espaço. Devo-lhe muito.

Meu intestino torce, e eu não posso controlar a careta. Inclinando a


cabeça, ela levanta uma sobrancelha e eu não consigo encontrar o seu olhar.

Depois de sorver uma respiração profunda, eu foco minha atenção em


uma pequena flor azul no tecido da cadeira de Violet e começo.

—Era uma vez, havia um menininho bonito chamado Max. —Minha voz
falha, e eu resisto à tentação de não continuar. —Um dia, quando ele tinha três
anos, alguém disse para os pais de Max que deveriam levá-lo para um teste para
um comercial da Zellers. Ele conseguiu o papel, e isso levou a outro comercial e
outro. Seus pais estavam fora de si. Era um sonho se tornando realidade.

Eu quase engasgo com a última frase e abaixo minha cabeça. Se


recomponha, Donovan. É apenas uma história maldita, e ela merece saber. Eu
não quero continuar a contar a história da minha infância fodida, mas se eu vou
ter alguma chance de um futuro com Violet e nosso bebê, eu preciso continuar
até ao fim, independentemente das memórias dolorosas.
—Um dia, quando ele tinha seis anos, uma chamada veio de seu agente
sobre um papel em uma comédia na CBC. Max desembarcou nisso e passou os
próximos três anos, na escola de malabarismo e de atuação, o tempo todo sendo
guiado de audição em audição, porque os seus pais tinham um sonho. —Eu
zombo da última palavra, porque essa é a parte que ela realmente precisa
entender. Isso nunca foi meu sonho, e nunca me fez feliz.

—Oh, Max... —Ela suspira e estica a mão, mas ela está muito longe para
chegar a mim.

Eu finalmente olho para ela e seu rosto é suave. Simpático. Minha Violet...
Eu deveria ter dito a ela mais cedo. Eu dou de ombros.

—Pais de palco. Eles são muito comuns, você sabe. Eu não acho que eles
começam como parasitas de fama, mas é assim que eles acabam. Sempre
procurando o próximo melhor espetáculo. Aqui e agora, nunca é suficiente.

Ela balança a cabeça e aperta os lábios. Sua mensagem é clara. Continue


falando, eu vou ficar quieta.

—De qualquer forma, eu nunca cheguei a fazer coisas normais de criança.


Não houve hóquei ou futebol, ou arborismo. Não houve atividades que pudessem
arriscar minha carreira, ainda que temporariamente.

Eu sorvo uma respiração lenta, profunda e fecho os olhos por um minuto.


—Eu tinha nove anos quando nos mudamos para Hollywood. Meus pais
marcaram um grande gol quando eu estava no elenco de Tanner Harris, PhD. Foi
um sucesso instantâneo, e pela segunda temporada, eu estava ganhando o
suficiente para manter a minha mãe em roupas de grife e meu pai em carros de
luxo. —É claro que isso não era o suficiente. Em vez de dar uma pausa durante o
final da temporada de Tanner, os pais de Max o empurraram para cada filme que
poderiam espremer em sua agenda. É difícil pensar em mim como aquele
garotinho. É como se eu tivesse de me desassociar da experiência de seguir em
frente e ser Max Donovan, independentemente de ter crescido.
—Não demorou muito até nós mudarmos para uma mansão com equipe
completa, incluindo uma babá. Bem, eles chamavam-lhe de acompanhante,
porque nenhum menino de onze anos de idade seria levado a sério se
confrontado com a porra de uma babá. De qualquer forma, Gracie ser contratada
significava que meus pais estavam livres para saírem de férias fantásticas em vez
de estarem presos. A coisa mais próxima que eu tinha de férias foi de um filme
ocasional, que foi filmado em locações.

—Na maioria do tempo isso funcionou, mas, pelo menos, os produtores


tendiam a organizar algumas coisas divertidas para nós fazermos. Éramos eu e
minha coadjuvante, Lizzie. E quando Gracie estava no comando, muitas vezes ela
conseguia organizar um passeio e atividades apropriadas para crianças.

—Talvez seja por isso que eu não seja contra essa coisa de acompanhante
- babá. Ao contrário dos meus pais, ela injetou um pouco de diversão na minha
vida. Ela sempre se preocupou comigo, porque no que diz respeito aos meus pais,
se eu não estava trabalhando, eu deveria estar decorando textos ou me
preparando para audições.

Meu peito aperta. Gracie me comprou meu primeiro bloco de desenho e


lápis de cor depois que ela me pegou rabiscando nas margens de um script. Eu
acho que ela percebeu que precisava de mais espaço e de cor. “O nosso segredo.”
Ela disse. Ela mal esteve conosco por uma semana e ela já tinha descoberto que
meus pais não se preocupavam com nada além das minhas necessidades físicas.

—A vida dentro e fora do set Tanner era... uma educação. Sexo de todos
os tipos era galopante, tanto consensual e, infelizmente, coagido. Muitos no
elenco estavam em seu início e meados dos vinte anos - hormônios em fúria,
imaturidade e muito pouco julgamento. —Eu volto a falar sobre Max na terceira
pessoa aqui, porque isso é o quão fodido e pervertido nós fomos. Eu não quero
que Violet pense que algo disso ainda esteja agarrado a mim hoje. —Como
resultado, Max e Lizzie foram expostos a muito mais do que era apropriado, até
mesmo como acompanhantes. Pelo menos no set, havia alguma tentativa de
manter a atividade sexual discreta. Nas festas que os membros do elenco eram
obrigados a assistir, no entanto...

Eu não posso ir lá agora, também. Preciso terminar isso.

—Um dia, não muito tempo depois que fiz quatorze anos, meu pai me
informou que, como uma jovem estrela em ascensão, eu precisava de proteção.
—A mentira se torna amarga na minha boca ainda hoje. —E Gracie tinha sido
substituída por um guarda-costas. Bem assim.

Eu luto contra as lágrimas que me ameaçam. Mesmo depois de vinte e


cinco anos, a dor de perdê-la é tão acentuada. Gracie havia sido a primeira adulta
que alguma vez me tratou como se eu fosse mais do que um ticket refeição.

—Eu estava de coração partido que Gracie foi embora sem sequer se
despedir e eu me agarrei a Frank em cada chance que eu tinha. Então, um dia,
Frank deu-me um envelope e me disse para ir encontrar um lugar privado para lê-
lo.

Eu deslizo minha carteira do meu bolso de trás e removo um pedaço de


papel, desdobrando-o com cuidado. É frágil, e eu raramente o retiro. Eu sei as
palavras, eu só preciso mantê-las perto.

Eu entrego para a Violet porque eu não posso ler em voz alta. Eu já estou
mais vulnerável do que eu já me deixei estar.

Eu vejo seu rosto e o leio mentalmente com ela enquanto seus olhos
seguem as linhas de texto escritas à mão trêmula.

Caro Max,

Você é o filho do meu coração. Minha benção.

A cada momento que passei com você foi pura alegria.


Agora, como acontece com todas as coisas, é a minha vez de abrir

caminho para o futuro.

E para o seu futuro, menino doce, eu quero amor.

Abra seu coração e ele vai encontrá-lo. Eu prometo.

Todo meu amor,

Gracie.

Lágrimas enchem os olhos de Violet, mas ela não diz nada quando devolve
a carta. Eu cuidadosamente a redobro e a devolvo para a minha carteira, tendo o
silêncio para me recompor.

—Eu tinha dezesseis anos quando descobri que os meus pais tinham feito
Gracie assinar um acordo, dizendo que pagaria suas contas médicas e despesas de
funeral, em troca dela nunca me ver novamente. O show tinha terminado seis
meses mais cedo e estávamos em palestras e audições para mais projetos que eu
não queria fazer. Foi o meu ponto de ruptura, quando eu percebi que meus assim
chamados pais tinham tirado a única pessoa que me amou porque iria interferir
com a minha capacidade de ganhar-lhes baldes de dinheiro.

—Foi quando você foi embora. —Ela sussurrou.

Eu concordo. Ela sabe o resto da minha história. Toda a minha vida adulta
está soletrada em um arquivo em sua mesa. Emancipado aos dezesseis anos.
Independentemente rico graças aos fundos fiduciários mantidos pela aliança do
ator e royalties contínuos. Os pais de Max tinham negociado um contrato
espetacularmente bom pelas duas últimas temporadas do show de Tanner Harris,
e uma vez que eu estava emancipado, cada residual veio até mim.

Tome isso, filhos da puta.


Meu interior está agitado e eu estou exausto da turbulência emocional.
Tudo que eu quero fazer é arrastar Violet para a minha cama e abraçá-la apertado
para o resto da minha vida. Em vez disso, eu mantenho a minha distância, porque
eu sei que nós não terminamos de falar. Tanto quanto eu quero abraçá-la
apertado, eu posso dizer que ela ainda está cautelosa.

—Max, eu não tinha ideia...

Porra. Eu não quero sua simpatia. Não foi por isso que eu disse a ela. Eu
posso sentir-me endurecendo novamente. —Ninguém tem. Hollywood é muito
melhor em manter segredos do que os tabloides nos fazem crer.

Mas mesmo quando eu digo isso, assim que eu ouço a minha voz
cerceando as palavras, percebo que não é porque estou me fechando novamente.
Eu só fiquei livre desse peso. Eu tive tudo que eu pude tirar ao reviver Max, os
primeiros anos. Eu preciso voltar para o Max, anos de família.
Capítulo 39
Violet

Ele deixou-me com um monte para processar, e eu vou precisar de algum


tempo e espaço para trabalhar com isso. Mas isso vai ter que esperar.

Pela primeira vez desde que nos conhecemos, Max não está no controle.
Ele parece perdido, quase quebrado. Minha garganta está apertada e com dores e
meu coração dói. Dói por Max, pelo menino que cresceu sem amor, e Max, o
homem que pensa que tem que existir sem ele.

Eu vou até ele e enrolo-me em seu colo, descansando minha bochecha


contra seu ombro, enquanto eu tomo sua mão na minha e dou-lhe um leve
aperto. Quando ele aperta de volta, sinto a pequena vibração agora familiar na
minha barriga. E é reconfortante.

Eu tenho tanta coisa que eu quero dizer, que deveria dizer, mas meus
pensamentos estão desordenados e confusos e eu preciso desembaraçá-los e por
uma ordem.

Tudo que Max me disse esta noite me enche de raiva e ressentimento e


sentimentos que eu não posso nem citar. Essas pessoas, porque eu não posso
sequer considerá-los como pais, não só destruíram a infância de Max, mas sua
toxicidade agora representa uma ameaça para a sua relação com o nosso filho. E
isso é algo que eu vou lutar contra com tudo que tenho, não importa o que
aconteça entre Max e eu.

Nós nos sentamos calmamente, apenas segurando um ao outro por um


longo tempo, então Max envolve seus braços em torno de mim e se inclina para o
lado, me puxando para cima, assim nós estamos no sofá, comigo na frente dele.
Eu não acho que quero falar sobre o bebê, mas eu sinto que ele precisa de
algo mais do que eu estou lhe dando.

—Eu não vou sair. —Eu digo suavemente.

Ele me aperta um pouco mais e coloca um beijo em meu ouvido. —Eu


também.

Meu estômago ronca e eu pressiono a mão contra a minha barriga para


silenciá-lo. Eu só quero o calor dos braços de Max no momento. Mas ele solta seu
poder sobre mim e eu solto um pequeno gemido.

—Eu estarei de volta em um minuto. Apenas vou pegar para nós algo para
comer. —Ele me cobre com um cobertor e eu fecho meus olhos por um minuto
enquanto ele dirige-se para a cozinha.

A próxima coisa que eu sei, ele está acariciando meu rosto. —Hora de
comer.

Abro os olhos para o sorriso de Max. Eu amo aquele sorriso. O que eu


tenho certeza que é só para mim.

Ele fez sanduíches e há dois copos grandes de suco de laranja na mesa de


café. O cobertor desliza sobre o sofá enquanto eu me sento para dar lugar para
Max se juntar a mim.

Por algum acordo mútuo não dito, a nossa refeição é uma pausa de toda a
coisa pesada, séria. Nós mantemos a conversa leve. Principalmente falando sobre
o trabalho.

Uma vez que terminamos, nós limpamos a mesa e levamos os pratos para
a cozinha para colocá-los na máquina de lavar louça.
É tudo muito doméstico. E eu estou um pouco surpresa com o quão
natural e confortável parece, especialmente após o quão doloroso e agridoce
pareceu na quarta-feira à noite antes de eu fugir.

Eu carrego o último prato na máquina de lavar e fecho a porta e Max vem


por trás e envolve seus braços em volta de mim. —Podemos ir para a cama? Tem
sido uma noite emocional e nós dois estamos cansados.

Eu aceno e ele me leva pela mão até seu quarto onde ambos nos
despimos rapidamente e deslizamos para a cama.

Ele me puxa para perto e quando estou no calor de seus braços, eu


percebo que há muito mais para nós do que só o sexo. Mais para nós do que um
bebê. Eu não estou pronta para dizer o que está no meu coração ainda. Mas eu
posso lhe dar uma dica. Eu beijo sua bochecha e pressiono a minha testa contra a
sua. —Sabe de uma coisa?

—O que?

Eu beijo sua bochecha. —Gracie estava certa.


Capítulo 40
Max

Violet fica na minha casa até domingo de manhã.

Não fizemos sexo outra vez.

Em vez disso, nós nos movemos como se fôssemos ambos feitos de vidro.
Eu quero agarrá-la e dizer-lhe que sou um Atlas fodido e posso carregar o mundo
sobre os meus ombros, para que eu possa levar seus medos, também, mas eu não
acho que ela precisa de um lembrete de que eu sou forte agora. Ela precisa ver
que eu sou humano, tanto quanto me dói.

Ela precisa cuidar de mim, precisa saber que eu preciso dela, e eu preciso,
então seguro minha língua. E ela não foi embora, só por isso já valeu a pena.

Quando ela finalmente vai, com um beijo e uma promessa de me ver


antes de partir para Toronto para o Natal, eu saio também. Eu tenho tempo
suficiente para me arrumar para o meu jogo de hóquei, e agora, perseguir um
disco no gelo soa como exatamente o tipo de fuga que eu preciso para resolver os
meus pensamentos.

O jogo é rápido e furioso, a minha velocidade favorita.

Talvez um pouco furioso, porém, porque quando terminarmos, Lachlan


me bate duro no ombro. —Você tem uma razão para me atingir assim?

Eu dou de ombros. Tinha sido um golpe limpo. —Não é possível


aguentar...

—Eu posso aguentar. —Ele ri. —Mas, falando sério, o que deu em você?
Eu não posso dizer-lhe. Porra, eu deveria dizer a Gavin primeiro. Embora
realmente, eu preciso falar com Violet novamente e descobrir o que ela quer
fazer. Imagino que ela vai querer manter isso estritamente quieto até ela passar
do primeiro trimestre e ela decidir contar no seu trabalho. Eu decido deixar isso
vago. —Coisas do relacionamento. Nada mal.

Ele resmunga e deixa por isso mesmo, mas no vestiário, ele olha para mim
novamente. —Você quer bater na sala de musculação? Você tem algum lugar
para estar?

Eu balanço minha cabeça. —Em nenhum lugar para estar. E com certeza,
isso soa bem.

Trinta minutos e dois braços queimando mais tarde, eu estou lamentando


essa afirmação. A rotina de peso de Lachlan é... intensa. —Você faz isso
frequentemente? —Eu digo, colocando para baixo os quarenta e cinco quilos de
halteres após o quinto e abençoadamente último conjunto de série de bíceps. —
Você é um homem louco.

—Eu mantenho o seu melhor amigo vivo.

—E obrigado por seu serviço.

Ele ri e acrescenta outra placa de vinte quilos à barra de supino. —Vamos.


Você está levantando pesos que a maioria dos homens chora para fazer.

Eu faço bem. Mas eu prefiro obter um treino no gelo ou fazer flexões.


Talvez tirar minha energia extra em um saco de pancadas. Levantamento de peso,
vou deixar para o grandalhão.

—Faça mais este e podemos terminar.

Eu faço, porque eu não recuo de um desafio.


O que me leva ao círculo completo de volta para Violet. Eu não gosto que
ela se foi. Eu mando um texto a ela enquanto eu deixo a pista.

M: Como está a sua tarde?

V: Você sabe... lavanderia e preparação do trabalho para a semana. Peguei

alguns mantimentos.

M: Você poderia voltar para a minha casa.

Ela não responde até que estou em casa, e quando ela o faz, é com um
telefonema, em vez de uma mensagem de texto.

—Oi. —Diz ela. Sua voz é suave, cansada.

Algo dentro de mim ruge. —Venha. —Eu digo, porque as sutilezas que se
fodam.

—É mais fácil estar em casa depois de uma noite de trabalho.

Isso é uma desculpa e nós dois sabemos disso. —Você vai dormir melhor
comigo.

—Talvez.

—O que está errado?

Ela suspira. —É apenas muito para processar. Nada está errado.

—Então venha e podemos processar juntos.

—Max...

—Eu quero participar, Violet. Eu não vou desistir. Eu só quero participar.


—Então prove que você não está tentando assumir o controle. —Ela fala.
—Dê-me o espaço que eu preciso para resolver isso, por mim.

Eu não digo nada.

—Isso é pedir muito? —Sua voz fica toda suave novamente e eu fecho
meus olhos e faço careta.

—Não. Isso é justo.

—Eu não vou para casa até sábado. E eu tenho sexta-feira de folga. Me dê
a semana, ok? Nós podemos ver um ao outro na quinta-feira.

Quatro dias nunca pareceu tanto tempo. —Eu não quero ficar sem falar
com você.

—OK. Nós podemos mandar mensagens.

—Ligue-me para dizer boa noite. —Eu estou me transformando em uma


manteiga derretida e eu não me importo.

—Eu vou.

Eu te amo está na ponta da minha língua, mas eu seguro. Não é a hora. —


Eu sinto sua falta. —Eu digo ao invés, e isso não parece o suficiente.
Capítulo 41
Violet

Na quarta-feira, eu chego em casa do trabalho exausta e emotiva. Max e


eu estamos pisando em ovos um com o outro e não mandamos muito mais do
que mensagens de texto uma ou duas vezes por dia para checar o outro e acho
que isso está me matando, mesmo que seja exatamente o que eu pedi.

Os detalhes de sua infância devastadora me assombram durante toda a


semana e quanto mais perto a minha viagem para casa para o Natal fica, mais eu
continuo à procura de desculpas para não ir. Especialmente porque eu não estou
pronta para dar a notícia à minha família ainda. Eu não estou pronta para lidar
com o julgamento. E eu não tenho nenhuma dúvida de que sua desaprovação
sobre o meu divórcio será nada comparada à como eles vão reagir sobre eu estar
grávida e solteira. E se eu for para casa, eu sei que não será um segredo que eu
vou ser capaz de manter.

Agarrando uma fatia de sobras de pizza da geladeira, vou online para


verificar o tempo e sou recompensada com uma tempestade suficiente para
cancelar legitimamente minha viagem. Eu me sinto um pouco melhor com a
notícia, mas vou esperar até amanhã para ligar e deixar que meus pais saibam
que eu não irei, então eu não parecerei muito ansiosa para cancelar.

Meu coração salta um pouco com a ideia de passar o Natal com Max.
Então eu percebo que nunca discutimos os meus planos para o feriado. E se ele
não quiser passá-lo comigo?

E se ele não quiser isso? Afinal ele não é sentimental e isso me envia em
um espiral de dúvida.

Talvez seja um erro que nós não discutimos exatamente onde estaríamos
no fim de semana e quanto mais tempo ficarmos sem falar, mais difícil ficará.
Ele quer que eu o deixe participar. Mas o que isso significa? Ele quer ser
um pai? Quer ser uma família? E mesmo sabendo o que eu sei, estou lutando para
conciliar sua mudança abrupta sobre o assunto de querer filhos. Eu seria a mãe
mais terrível do mundo.

E eu acho que - não, eu sei - que ele estava esperando por partilha, ele...
bem, ele disse que queria. E eu não sei o que fazer com isso, porque suas palavras
anteriores continuam pulando dentro da minha cabeça. Eu sou tão egoísta
quanto possível. Eu seria um pai terrível.

Eu quero acreditar que ele mudou sua postura. Eu o quero com tudo o
que sou. Mas não é apenas na minha vida que eu tenho que pensar.

Eu sou tão egoísta quanto possível. Como posso afastá-lo de uma criança
inocente? De mim?

Eu coloco minha mão sobre minha barriga e alcanço o meu telefone.

Meu coração bate forte no meu peito quando Ellie responde. Eu estou
uma bagunça e ela é a única pessoa no planeta que posso ligar. Matthew não vai
ouvir tão cedo a palavra bebê, ou ele irá até a casa de Max e chutará sua bunda.

—Oi, é Violet. —Eu juro que minha voz é instável, mas ela não pareceu
notar.

Sua resposta é calorosa e feliz. —E ai, como vai?

—Você tem algum tempo para conversar?

—Claro, me dê um minuto para ir a um lugar tranquilo.

—Obrigada. —Eu posso ouvi-la andando, em seguida, o clique de um


fechamento da porta.

—Ok, fale.
Eu luto por um minuto pela melhor maneira de começar. Em seguida,
decido ser curta e simples. Esse é sempre o melhor caminho. —Estou grávida.

Só há a menor pausa antes de Ellie responder. —Uau.

—Sim.

—E Max é...

—Sim.

—Uau.

—Eu sei.

Ela sorve uma respiração profunda. —Eu acho que deveria começar de
novo. Esta é uma boa notícia? Posso dar os parabéns?

Lágrimas ardem por trás das minhas pálpebras e eu aceno. —Estou feliz.
Surpresa, mas... sim, essa é uma boa notícia, pelo menos para mim.

—Ah. —Ela não diz isso de uma maneira crítica. Mais como se ela
conhecesse Max, pelo menos tanto quanto qualquer um conhece, e ela pode ver
como seria confuso. É por isso que eu liguei para ela, depois de tudo.

Mas eu ainda escolho minhas palavras com cuidado. Seus segredos não
são meus para assumir que qualquer outra pessoa saiba. —Eu acho que Max
está... bem, é complicado. Mas talvez em um bom caminho? Eu não sei. É por isso
que eu liguei.

—OK…

—Eu descobri na semana passada. E depois que eu superei o choque


inicial, eu estava feliz. E eu ia dizer a Max imediatamente, mas depois descobri...
bem, ele me disse que nunca quis ter filhos. Que era grato por não ter tido filhos.
—Ele disse isso assim?

—Foi algo a ver com o trabalho. Ele ainda não sabia que eu estava grávida.

—Ah, não.

—Não que eu esperasse que um bebê significasse que Max e eu


viveríamos felizes para sempre juntos.

Ela suspira. —Não, eu entendo isso. Mas é natural estar em sua mente.

Eu expiro profundamente. Ela percebe. —Sim. Eu talvez tenha tido essa


fantasia que esta criança iria vir ao mundo e teria dois pais amorosos, mesmo se
eles não vivessem juntos. Eu supus que, pelo fato de Max ser um pediatra, que
ele amasse as crianças e gostaria de ter um. E então ele diz que não quer ter filhos
e eu me apavorei.

—Ah, é claro que você se apavorou. Isso não é fácil de ouvir.

Eu balanço minha cabeça. —Então, depois que eu passei algum tempo


descobrindo as coisas, mandei-lhe um e-mail avisando-o da situação e
assegurando-lhe que ele está livre.

Ela faz outro som simpático. —Aii. Eu acho que ele não aceitou muito
bem.

Vergonha me invade. Não. E ela sabia disso, e eu deveria saber também.


—Não, ele não aceitou. Agora ele fez uma reviravolta completa. E eu não sei o
que pensar. Eu quase posso até ver como ele poderia mudar de ideia. Quero
dizer, todos nós temos uma ideia do que faríamos em determinada situação, mas
isso nem sempre é como reagimos quando na verdade somos confrontados.

—Talvez não... Então, o que agora?

—Eu não sei. —Eu começo a chorar.


—Oh, Violet. Você quer que eu vá aí? Onde você está?

—Estou em casa. Eu estou bem. —E a última coisa que eu quero agora é


oficiais de RCMP assistindo-me sentir pena de mim mesma, mas eu não digo isso.
Quando sua única amiga a qual você pode confiar tem uma equipe de segurança,
você a dispensa.

—Você não parece bem.

—Estou triste. Eu queria que isso tivesse se desdobrado de forma


diferente.

—Mas isso não aconteceu.

—Não. —Eu torço meu dedo na barra da minha camisa. À esquerda,


depois à direita. Eu o torço forte o suficiente para que ele comece a doer, mas
isso só me faz pensar em Max novamente. —Como eu sei que ele quis dizer isso?

Ela faz uma pausa longa o suficiente para que eu comece a chorar
novamente. —E se ele não quis? Você já sabe o pior cenário. Se você não lhe der
uma oportunidade, então é o mesmo resultado como se ele fosse embora, certo?
De qualquer forma, você acaba fazendo a coisa de mãe solteira, que parece que
você está preparada. Mas se você lhe der uma chance, então há uma chance. Não
é isso que você quer?

—Sim, mas...

—O que vai fazer você feliz, Violet?

Deixo escapar um longo suspiro. Max me faz feliz. Max como um pai... o
meu coração salta nessa ideia. Mesmo que eu não possa suportar a ideia de que
ele se afaste, eu sei que meu coração tomou a decisão por mim antes de Max me
pedir para deixá-lo participar.

E eu quero dar-lhe essa mesma felicidade também.


Precisou apenas de Ellie para colocar isso em perspectiva.

—Você está certa. Eu aprecio você estar aqui para mim.

—A qualquer momento. De verdade. E complicado ou não, parabéns.


Você vai ser uma mãe fabulosa.

Meu coração salta um pouco quando a descoberta verdadeiramente me


bate. Eu vou ser uma mãe. —Obrigada. Eu vou, uh... Deixá-la voltar para a sua
noite.

—Vá fazer algo de bom para si mesma e, em seguida, tenha uma boa noite
de sono. Você sabe onde estou se precisar de mim.

—Vou sim. Boa noite.

—Boa noite, mamãe.

Eu termino a chamada e coloco meu telefone sobre a mesa lateral. —


Certo. —Eu olho para a minha barriga e tento imaginar essas células se
transformando em uma pessoinha. Eu vou ser uma mãe. Para esse... pequeno
pacote de células. —Bem, vamos fazer o que tia Ellie disse...

Merda, essa criança vai precisar de um nome.

E um real, mas agora tudo o que posso pensar é Pequenino.

Porque isso é tudo o que é no momento.

Ela é... Ele é...

Oh Meu Deus, eu vou ser mãe.


Capítulo 42
Max

Operação “provar que estou pronto para o bebê” está no bom caminho.
Eu já esvaziei o terceiro quarto, que era um quarto cheio de caixas de papelão,
enquanto eu lentamente desempacotava, e fiz um empreiteiro vir remover o
tapete e instalar piso de madeira, que eu, prontamente cobri novamente com um
abafador de ruídos que é quase um tapete de parede a parede. Mas poderia ser
enrolado e limpo por baixo. Sem poeira ou outros alérgenos para o meu filho.

Eu ainda tenho o probleminha de Violet não saber que eu estou


transformando o quarto em um berçário, ou que eu quero que ela more comigo.
Eu preciso falar com ela, mas primeiro eu preciso de algo que grite berçário sem
móveis. Eu tenho certeza de que ela pode querer ter uma palavra a dizer no
mobiliário.

Assim, três dias antes do Natal, eu digo a Blair que estarei tirando a manhã
de folga no trabalho e arrasto Tate para Costco 16 . Ele me encontra no
estacionamento.

—Eu tenho um jogo esta noite. —Ele resmunga, mas também pega um
carrinho e começa listando coisas que ele precisa pegar, então ele não está,
obviamente, tão irritado.

—Você tem um monte de jogos de noites. Deixe isso de lado. Eu preciso


de algum apoio moral.

—Para compras?

—Para... —Eu respiro fundo. —Olha, isso é um segredo, ok? —Eu não
posso dizer a Lachlan ou Gavin ainda, mas algo me diz que Tate não vai piscar um

16 Loja de varejo americana.


olho para a minha situação. Ele é um jogador e eu tenho certeza de que ele tem
um susto de gravidez ou dois em seu passado.

Não que eu esteja com medo. Eu não estou. Eu estou... bem, estou
petrificado, mas em um bom caminho. É complicado. Eu não tenho certeza se ele
vai entender, apesar de tudo.

—Juro segredo, homem. Ok?

—Violet está grávida.

—Puta merda.

—Sim.

—Seu?

—Eu vou chutar o seu traseiro aqui, agora.

Ele recua e levanta as mãos, sorrindo. —Nesse caso, parabéns.

A força da palavra me atinge como um soco no peito, e eu esfrego esse


ponto. Sim. Uau. —Obrigado. —Eu quero dizer isso mais do que eu posso dizer...
—Estou tentando acreditar nisso.

—Então, nós estamos à procura de coisas de bebê? —Ele pergunta


quando nós entramos. —O que estamos procurando, exatamente?

Eu franzo a testa. Não tenho certeza. Mas Costco parece ser um lugar
onde pais fazem compras. Pais e jogadores de hóquei, porque Tate tem um cartão
daqui e a menina na porta parecia conhecê-lo. —Eu saberei quando o vir.

Eu considero um monitor de bebê, e alguns pequenos cobertores cheios


de animais do jardim zoológico, e os coloco no carrinho, mas nada que eu vejo é o
bastante. Nada, isto é, até chegarmos ao corredor de brinquedos, e à direita no
meio está o maior urso de pelúcia do mundo.
Esta coisa é insana.

Também é perfeita.

—Isso. —Eu digo, balançando o dedo para o urso que tranquilamente tem
uns três metros de altura.

—Não. —Diz Tate.

—Sim. —Eu repito, balançando a cabeça.

—Como diabos vamos levar isso para sua casa?

Acontece que um urso de pelúcia de três metros de altura se encaixa


perfeitamente na caçamba da pick-up de Tate. Claro, a cabeça vai bloquear
completamente seu retrovisor, e os pés estarão pendurados para fora da
extremidade como um garoto de fraternidade bêbado em uma varanda no final
de uma festa épica, mas temos que levar isso e amarrado, e agora eu só quero
voltar para minha casa.

Demora tanto para nós o levarmos ao longo dos montes de neve e pela
porta da frente.

Depois que deixo Tate balançando a cabeça para a minha loucura, eu


tomo uma cerveja e subo as escadas até o berçário não tão vazio mais.

Bob, o urso está no canto. No canto.

—Então. —Eu digo para o urso de pelúcia gigante. —Que tal pedir uma
menina para morar conosco, hein?
Capítulo 43
Violet

Antes de eu sair para o trabalho na manhã seguinte, eu confirmo se minha


tempestade ainda está chegando, em seguida, ligo para os meus pais. Eles dizem
todas as coisas certas sobre não arriscar minha segurança por viajar em mau
tempo, mas o subtexto grita culpa. E eu não me importo. Eu vou ver Max esta
noite e esta é a única coisa na qual estou disposta a focar.

Toda a minha manhã é ocupada com um depoimento que demora muito


tempo e quando nós pausamos para o almoço, é depois de uma hora e eu estou
morrendo de fome. Eu volto ao meu escritório e pego meu casaco e bolsa antes
de sair para buscar algo para comer na minha mesa.

Enquanto espero a minha vez na fila da minha delicatessen favorita, eu


retiro meu telefone para verificar as mensagens. Há apenas uma.

M: Você pode vir para o jantar às 6:30hs?

Droga. Eu franzo a testa para o meu telefone. Eu tenho um compromisso


final com um cliente e eu quero ir para casa me trocar antes de ir. Eu rapidamente
digito a minha resposta enquanto a fila avança um pouco.

V: Eu estou atolada no trabalho. Podemos mudar para às 7:30hs?

M: Absolutamente. Eu posso ser flexível.

V: Te vejo então.

M: Mal posso esperar.


Eu fico olhando para a sua mais recente mensagem por um momento. Mal
posso esperar. Eu também não, e eu estou tentada a responder com isso, mas é a
minha vez de pedir. Além disso, eu acho que preciso me segurar um pouco. Ver o
que esta noite trará.

É bem depois das seis quando meu cliente final sai pela porta, mas eu
tinha tirado alguns momentos aqui e ali durante toda a tarde para me organizar,
então estou pronta para sair apenas alguns minutos mais tarde.

Matthew está saindo de seu apartamento quando eu chego à minha


porta. —Violet! Eu não te vi em dias. Você está indo para casa para o Natal?

Eu balanço minha cabeça. —Uma tempestade está vindo. Eu não quero


correr o risco de ficar presa lá. —Não é mentira, depois de tudo.

—Oh. Bem, não posso falar agora, estou atrasado para um encontro com
Gareth, mas você é bem-vinda para se juntar a nós na minha casa no Natal.

Eu quase recuso pura e simples, em seguida, percebo que pode realmente


ser um plano B para o Natal. —Eu não sei ao certo ainda. Quando você precisa da
minha resposta?

—Sábado, mas na verdade, você poderia aparecer sem avisar e terá mais
do que suficiente para você. Sério, é Natal, quando há mais sobras do que a
geladeira pode acomodar.

—Obrigada. Até sábado eu confirmo. —Eu dou-lhe um abraço e vou para


o meu apartamento.

Deixo um rastro de roupas da porta da frente até o meu quarto, na minha


pressa de chegar à casa de Max na hora. Eu tomo um banho rápido, mas ignoro
lavar meu cabelo. Eu não tenho tempo para secá-lo completamente e está muito
frio para sair com ele molhado.
Passei todo o trajeto para casa contemplando o que vestir. Meu primeiro
instinto foi ficar sexy, porque eu sentia falta dele e o queria. Mas o meu desejo é
eclipsado pela incerteza. Ainda estamos em terreno pedregoso e enquanto eu
estiver cautelosamente otimista sobre o que esta noite vai trazer, eu preciso
manter algo em mim recuado.

Eu coloco um jeans confortável e uma camisa Henley creme de cashmere


sobre um dos conjuntos de calcinha e sutiã Agent Provocateur comprados em
Montreal. Uma vez que eu estou vestida, eu rapidamente arrumo o meu cabelo
em uma trança francesa, então coloco meu casaco de inverno e botas. Eu olho a
sacola contendo os presentes de Max e decido deixá-los por agora.

Quando eu chego mais perto da casa de Max, meu estômago começa a


torcer e me sinto um pouco instável. Eu não deveria me sentir nervosa. Ele está
me esperando. Mas os sentimentos nunca são anulados pela lógica, então eu
respiro fundo e concentro-me na estrada.

Eu percebo que meu nervoso é, provavelmente, proveniente de não saber


o que vai acontecer. Eu não sei o que é esperado. Depois de um momento de
indecisão, eu estaciono em frente da garagem.

Max abre a porta antes de eu alcançá-la. Ele inclina a cabeça e levanta


uma sobrancelha. —Problemas com o controle remoto?

—Não. Só não tinha certeza de onde eu deveria estacionar.

—Sempre dentro da garagem, Violet. Esta é uma casa onde você nunca
tem que tocar a campainha.

Ele pega a minha mão, me puxando para dentro e meu rosto se aquece
com a memória da última vez em que ele fez isso. Eu meio que espero sentir a
mão no meu cabelo e meu corpo pressionado contra a madeira fria da porta. Em
vez disso, ele me arrasta pela sala e para a cozinha antes mesmo de eu ter a
chance de tirar minhas botas e casaco.
Há um mar de panelas e pratos sujos.

—Você cozinhou? —Pergunto, tirando meu casaco. Eu o coloco na parte


traseira de uma cadeira e tiro as minhas botas.

—Para você. —Ele aponta para uma cadeira à mesa, a puxa para trás e de
frente para ele. —Sente-se.

Estou atordoada. Eu não tinha ideia de que suas habilidades culinárias


passavam de um café da manhã. Em seguida, ocorre-me que talvez elas não
passassem. Mas eu espero que sim, porque enquanto eu provavelmente poderia
engolir quase qualquer coisa, eu não sou apenas uma boa mentirosa.

—Obrigada.

Ele puxa uma garrafa de suco de maçã da geladeira e serve dois copos
cheios, antes de entregar um para mim.

—Que horas é o seu trem no sábado?

Eu não poderia pedir por uma abertura mais suave. —Eu não vou.

Ele olha para cima de forma acentuada e levanta essa sobrancelha


condenável novamente. —Por que não?

Meu coração bate rápido com a possibilidade de rejeição. Tomo um gole


do meu copo e coloco-o cuidadosamente em cima da mesa. —Se você fosse
perguntar aos meus pais, eles diriam que é por causa da tempestade que vai
chegar amanhã à noite. Mas essa é apenas uma pequena parte da razão.

Fazendo uma pausa, eu tomo outro gole da minha bebida e mantenho o


meu olhar baixo. Eu não posso olhar para ele e ainda continuar com isso.

—A grande razão é porque eu quero passar o Natal com você. —O


martelar no meu peito acelera e minha visão começa a escurecer nas bordas.
Fechando os olhos, eu sorvo uma respiração longa, lenta. Quando eu os abro
novamente, Max está agachado na minha frente, seu rosto a centímetros do meu.

Ele pega a minha mão. —Você está bem? —Ele pergunta. Sua testa está
sulcada e ele parece preocupado.

Não posso confiar em minha voz agora, então eu aceno, concentrando-me


em meus joelhos. Ele não me deu qualquer resposta, e eu estou me sentindo um
pouco tola.

Ele enfia um dedo debaixo do meu queixo e levanta meu rosto até eu
encontrar o seu olhar. —Eu adoraria passar o Natal com você, Violet.

Tomando minha mão, ele se levanta e me puxa da cadeira. —Venha


comigo, eu tenho algo para te mostrar.

Nós subimos as escadas em direção ao quarto vazio no final do corredor


que está cheio de caixas. Exceto que, quando chego à porta, as caixas sumiram, o
quarto está vazio, exceto pelo maior urso de pelúcia do mundo parado no canto.

Eu não tenho nenhuma ideia do que está acontecendo ou como


responder, então eu apenas sorrio e espero.

—Eu não queria decorar e mobiliar isso sem você, e quando eu vi o urso,
sabia que ele era perfeito.

—Ele é... enorme. —O que está acontecendo? Um bicho de pelúcia


gigante é um grande gesto, mas ainda não estamos no nível de “passar feriados
juntos”.

—Eu o chamo de Bob, mas isso é negociável.

Eu rio, apesar dos meus nervos confusos. —Bob?

—Bob, o urso.
—Isso é bonito. —Minha voz treme um pouco. Acho que estou deixando
de funcionar por causa do stress de não saber mais onde estamos, porque o urso
é bonito e é uma coisa doce que Max fez.

Ele olha para mim com sinceridade. —Eu quero que você e o bebê estejam
confortáveis aqui.

Ah! Claro. Meu estômago faz uma reviravolta, decepcionada, embora eu


saiba muito bem, mas a expectativa é uma coisa profunda e engraçada, e eu
tenho que admitir que estivesse esperando um pouco mais de empenho do que
apenas limpar um espaço para o bebê e onde eu possa dormir. Eu rapidamente
mascaro a minha decepção. Eu tenho o Natal e festas do pijama, e isso é mais do
que eu tinha uma hora atrás. —OK.

Ele pega a minha mão. —Só isso?

Eu dou de ombros. —Claro.

—É muito rápido para pedir-lhe para ficar aqui?

—Eu já fico aqui nos fins de semana. —Eu indico.

Ele balança a cabeça. —Claro.

—Então... Jantar? —Eu sorrio brilhantemente.

Ele me puxa para mais perto. —Em um minuto. —Sua boca roça sobre a
minha, suavemente a princípio, depois um pouco mais insistente. —Eu vou
mostrar a você. —Ele sussurra. —Eu vou descobrir como ser o cara que você
precisa.
Capítulo 44
Max

Pela primeira vez em trinta e cinco anos, eu acordo animado na manhã de


Natal. Violet ainda está dormindo ao meu lado, com o corpo quente e macio. Eu
deveria sair da cama e fazer seu café da manhã, mas está difícil sair daqui.

Este é o terceiro dia consecutivo em que acordei com meu pau


pressionado contra sua bunda. A terceira manhã em uma sequência que eu saio
dessa deliciosa tentação e vou fazer algo doméstico, porque quem sabe como
estão as coisas com a gente sexualmente. Emocionalmente, nós estamos em um
bom lugar, eu acho. Eu espero. Mas sexualmente... ela é a mãe do meu filho. Eu
não acho que ela queira que eu bata em sua bunda.

Neste ponto, eu aceitaria qualquer sexo baunilha que estivesse em oferta,


exceto que não tem nenhum.

Meu pau flexiona com o pensamento de estar enterrado dentro dela, e ela
se mexe contra mim. —Humm. Max...

Oh, Jesus Cristo. Minha força de vontade não é tão forte. Não quando eu
não ouvi esse tipo de som sair de sua boca em mais de uma semana. Nós
estivemos avançando para um bom lugar, mas algo apenas ainda não foi
resolvido. Eu curvo meu braço em volta da cintura dela e pressiono minha boca
em seu pescoço. —Bom dia.

—Feliz Natal. —Ela sussurra. Seus olhos ainda estão fechados. Eu não
tenho certeza se ela está acordada. Ela esfrega o traseiro dela contra mim de
novo e meu estômago dá saltos. Minhas coxas realmente se agitam com a
pressão que me leva para não empurrar contra ela.

—Você quer café?


Ela dá um gemidinho, depois balança a cabeça. —Eu quero você.

Calor me inunda. —Você tem certeza?

Ela pega a minha mão e a desliza para baixo em sua barriga, entre as
pernas. Ela está gotejando por mim, e eu perco a cabeça. —Eu senti sua falta. —
Eu rosno enquanto mexo através de suas dobras, encontrando seu clitóris e
rolando meus dedos em torno dele. Ela está tão sensível, seus quadris se
movendo enquanto eu a toco.

—De mim? —Sussurra. —Ou da sua gatinha?

Para mim é tudo a mesma coisa. Eu belisco seu clitóris, fazendo-a ofegar
antes de puxar sua coxa em cima da minha e ir direto à pele macia onde sua
perna encontra seu sexo. —É isso que você quer? Você quer um pouco de
perversão de feriado para começar bem o seu Natal?

—Sim, por favor. —Ela geme e gira em meus braços enquanto meu pau
encontra o caminho entre as pernas. —Oh, Max. Sim.

O primeiro toque molhado de sua vagina contra a cabeça da minha ereção


é um curto-circuito para o meu cérebro. Ela me quer. Eu quero. Apenas a ponta,
apenas por um segundo.

Puta que pariu, é assim que acabamos aqui, não é? Eu rio de mim mesmo
enquanto eu bato uma punheta em volta da minha ereção e desloco a cabeça
através de suas dobras.

—O quê? —Ela pergunta, a palavra sussurrada enquanto eu começo a


empurrar dentro dela.

—Não importa, minha gatinha. —Eu rosno. —Só sei que aqui é
exatamente onde eu quero estar. —Eu impulsiono meus quadris, transando com
ela lentamente, provocando pequenos golpes que parecem como o céu para
mim.
Mas Violet quer mais, e apesar de seu apelo submisso inicial de ser
tomada, ela está sendo muito mandona esta manhã. —Mais. —Ela protesta,
revirando os quadris.

E quando ela não recebe o contato mais profundo que ela quer, minha
pequena atrevida se afasta de mim, e se arrasta de quatro.

—Por favor, Max. —Ela sussurra, jogando o cabelo longo e escuro por
cima do ombro e abaixando o rosto para o colchão. Sua bunda está acenando no
ar e eu posso morrer e ir para o céu.

—Por favor... o quê? —Eu pergunto enquanto fico atrás dela.

—Foda-me. Eu preciso de você.

Ela é tão linda, tão sexy, e desta vez eu não me detenho. Desta vez eu
bato direto nela, dando-lhe tudo o que tenho.

Suas costas arqueiam enquanto eu aperto sua bunda, as duas mãos, uma
em cada nádega. Meu polegar esquerdo traça a pele sensível ao redor de seu
buraco. Rosa e delicado. Ela precisa de um plugue lá, um grande o suficiente para
eu sentir enquanto transo com ela. Se estamos juntos em todos os sentidos,
então esse é o plano de amanhã.

Eu esfrego um círculo suave e estimulante lá e ela treme. Eu sinto esse


arrepio onde ela aperta em torno de mim. —Você gosta disso, gatinha?

—Humm. Sim.

—Um dia, em breve, eu vou foder essa bunda.

—Ohh... —Ela suspira.

—Hoje não. Precisamos treiná-la até lá. Eu não quero te machucar. Quero
que seja tão bom para você quanto para mim. Quando eu foder o meu pau grosso
em seu cuzinho apertado pela primeira vez.
Ela está tremendo agora, e está me apertando dentro dela, também. Eu
pressiono um pouco, trabalhando a ponta do meu polegar para dentro dela.
Jesus. Tão apertado. É gostoso, observar meu polegar desaparecer dentro dela.
Eu poderia transar com ela com um dedo lá, dois dedos ela tomaria, mas porra,
eu já estou perto e ela está perto e a qualquer segundo agora ela vai gozar em
torno de mim e...

Com um grito, ela explode e eu a sigo, bombeando meu pau em sua doce
bucetinha. Minha. Porra, minha, e eu senti falta disso, e eu senti falta dela.

Droga. Feliz natal, de fato. Eu caio em cima dela, sorrindo como um bobo.

*****

Um tempo depois e um banho muito amoroso, finalmente descemos para


tomar café da manhã juntos. Ela sempre me tocando com a mão ou seu quadril,
inclinando-se contra mim, enquanto fazemos biscoitos e café, salsichas especiais
que encontrei no mercado, e que ela ficou toda animada. Temos mirtilos e xarope
de bordo, pelo amor de Deus, mas se a faz feliz, e, tanto quanto são estranhos os
desejos de gravidez, salsichas são bastante fáceis.

Além disso, uma vez que termino de cozinhá-las, eu tenho que admitir que
é muito bom.

Depois que comemos, ela me puxa para a sala para abrir os presentes. No
próximo ano teremos um bebê de seis meses de idade, e vamos precisar de uma
árvore de Natal. Talvez. Com seis meses de idade provavelmente não se preocupa
com árvores, mas Violet vai com certeza. Fiquei surpreso que ela não exigiu uma
este ano. Em vez disso, ela estava feliz em apenas colocar algumas luzes, e a
guirlanda de algema vermelha e verde.
—Ninguém mais vai vê-la. —Disse ela. —E eu gosto.

Eu gosto disso também. E eu a amo. Eu não disse isso alto ainda, mas está
na ponta da minha língua constantemente. Eu não sei o que está me segurando.

A única outra decoração em minha casa é um raminho de visco no arco, e


eu a paro lá.

—Visco. —Eu sussurro, enquanto me inclino e capturo sua boca.

Ela se abre para mim, os lábios doces e suaves.

—Violet. —Eu digo, segurando sua bochecha. Eu levemente passo o meu


polegar sobre o lábio inferior enquanto procuro seu rosto por um sinal de que
este é o momento certo para dizer isso.

Ela sorri, mas isso não é suficiente.

Não vai ser um sinal, seu idiota. O amor é um risco fodido, enfrente isso.
Eu sei que é a resposta certa, mas estou com medo.

—O que foi? —Ela pergunta.

Eu sorvo uma respiração profunda. —Eu te amo.

Seus olhos se iluminam, e então, não é assustador. Ela sorri. —Eu também
te amo.

—Feliz Natal. —Acrescento, beijando-a novamente. —Feliz Natal, amor.

Agora esse é um carinho que eu poderia me acostumar.

—Sem dúvida. —Diz ela, com os olhos brilhando quando ela me puxa para
mais perto dos presentes.

Comprar seus presentes tinha sido um desafio. Eu não queria comprar-lhe


mais roupas e sapatos e roupas íntimas, embora todos aqueles fossem legais. Mas
agora eles estão vinculados a cenas para mim, e até esta manhã, eu não tinha
certeza de onde estávamos nesse quesito.

Eu deveria ter perguntado a ela, embora eu não ache que um dia vou
esquecer esse Natal, enquanto eu viver, talvez por isso desta forma foi bom,
também.

Seus presentes para mim estão na minha mesa de café por dois dias.
Outras pessoas podem achar isso tentador. Eu só achei uma boa fonte de
inspiração para o meu último minuto de compras na véspera do Natal. Ela me
comprou três presentes, um pequeno, um médio, um grande. O médio é muito
parecido com um livro. Não tenho certeza sobre os outros dois, mas a lógica
sugere que, se um livro é dado como um presente embrulhado, os outros dois
poderiam ser proporcionais em valor.

Por outro lado, eu já havia sido provado ser um idiota uma vez esta
manhã, então eu poderia não ter nenhuma pista.

Independentemente disso, eu segui essa linha e comprei-lhe três


presentes, bem como: pequeno, médio e grande.

—Como você quer fazer isso? —Eu me sento no chão ao lado da mesa de
café e abro minhas pernas. Ela se senta na minha frente e eu envolvo meus
braços em torno dela. —Alternado ou você deseja abrir os seus primeiro?

Ela ri. —Não e não. Você vai primeiro.

—Eu não gosto desse plano. —Eu protesto. Estou ansioso para ela abrir
seus presentes agora.

—Valentão. —Ela sorri e me entrega o médio, que eu tenho certeza de


que é um livro.

Eu rasgo o papel brilhante, e são realmente três livros.


Três livros do Dr. Suess.

Eu rio e abro a capa do primeiro, Oh Os Lugares Que Você Irá. Dentro ela
escreveu uma dedicatória.

Max,

Eu quase comprei para você um livro de viagem diferente, mas dada

a forma como nossas vidas estão prestes a mudar, este parecia mais

adequado. Vamos ensinar ao pequenino a amar aventuras tanto quanto nós.

Amor, Violet

Natal 2016

Eu movo os livros para um lado para que eu possa segurar sua nuca com a
outra, puxando-a para um beijo. —Obrigado. —Eu sussurro. Quero dizer isso, por
um inferno de muito mais do que o livro, mas é um bom lugar para começar.

—Continue a ler. —Ela sussurra contra a minha boca, e eu a solto.

O próximo é Como o Grinch roubou o Natal!

Max,

Bem-vindo ao Whoville.

Amor, Violet

Natal 2016

Eu engulo em seco. Eu não li esse livro em anos, mas eu tenho certeza de


que sei o que isso significa. Não importa, Violet vai ter certeza de que eu celebre o
Natal. Esse é um dia feliz, e um dia simples.
Eu limpo minha garganta. —Uau. Isso é...

—Muito idiota?

—Não. É perfeito.

—Mais um. —Diz ela, apontando para o último livro com um sorrisinho.

One Fish Two Fish Red Fish Blue Fish.

Eu não sei como eu sei, mas este vai ser o pior. E com isso quero dizer o
melhor. Eu abro a capa.

Max,

Próximo Natal, você pode ler este para o nosso filho.

Amor, Violet

Natal 2016

Eu coloco os livros de lado e a derrubo no chão. —Eu te amo. —Eu digo


contra sua boca. —Eu não mereço você, e você é incrível, e você está carregando
meu bebê. Eu te amo.

Ela ri, mas eu paro isso porque eu a beijo. Eu a beijo longo e forte e
profundo, acariciando a minha língua contra a dela enquanto minhas mãos
ansiosamente traçam suas curvas. Estou acariciando seu mamilo com o polegar,
minha língua transando com a dela enquanto estou pensando em usar aquelas
algemas da guirlanda em um propósito melhor quando ela aperta a mão dela
contra o meu peito e me empurra para trás.

—Eu também te amo, baby, mas há ainda mais presentes para abrir. —Ela
morde o lábio e fica para trás contra o tapete.
Muito tentador. Eu rastejo sobre ela e ela chia, rolando para longe.

—Presentes!

Eu suspiro e pego o próximo. É uma gravata. —Você ficaria bem amarrada


com isso. —Eu rosno.

Isso lhe rende gargalhadas. —Isso é o que eu pensei que você ia dizer. —
Ela ri. —Quando eu a comprei.

—Bom. —Eu pisco para ela e alcanço o último. É muito grande, e


quadrado, mas, na verdade, bastante leve quando eu pego.

Sob o papel, eu encontro uma caixa de papelão com a parte superior


fechada dobrada, metade de uma aba ao longo da próxima. Está um pouco
maltratada, e parece uma caixa de chamariz para esconder tudo o que está
dentro. Jogo inteligente de Natal, eu vou ter que me lembrar disso para o
próximo ano.

Quando eu puxo as abas, eu pego um flash de azul, verde e branco.

Eu conheço as cores do Vancouver Canucks em qualquer lugar. Eu levanto


a camisa, um sorriso no meu rosto, e uma camisa menor cai no meu colo.

É tão pequena, porra.

Meus presentes são tão... egoístas em comparação.

Ela vem ao meu lado. —Demais?

—Não. —Puxa, eu estou ficando sufocado.

—Eu não coloquei o seu sobrenome na parte de trás, eu não tive tempo,
mas... eu pensei... você sabe.
—Você não ficou tentada em conseguir-nos as camisas dos Leafs? —Eu
faço uma piada, porque meu coração ainda está em recuperação no momento.

Ela ri. —Vou colocá-las no armário.

Eu gemo enquanto ela envolve seus braços em volta de mim. —Minha vez
agora.

—Espere. —Eu digo, abraçando-a. —Meus presentes... eles não estão


relacionados ao bebê.

—Ótimo. —Diz ela, com a voz doce e suave. —Por que você está me
alertando sobre isso?

—Porque as suas coisas foram tão atenciosas.

Ela recua, e eu não perco seu revirar de olhos. —Eu sei que você gosta de
fingir que não é romântico, Max, mas eu vou apostar que tudo o que me comprou
é muito atencioso. —Ela mexe os dedos. —Me dê.

Eu começo com o maior deles. Eu comprei esse no supermercado ontem.

Ela rasga o papel de embrulho e começa a rir. É um pacote extragrande de


protetor solar.

—Tecnicamente há um bebê aí. —Eu indico.

—Eu vejo isso. —Ela ri.

Eu entrego o próximo. Isto foi divertido de escolher a partir do e-mail


oportuno que a Nordstrom me enviou na semana passada com um alerta de que
era minha última chance de comprar com frete grátis por causa do feriado. É leve
como o ar, e vai parecer surpreendente sobre ela.

Ela o desembrulha e o segura. —Uau.


—Isso pode ser mais do que um presente para mim. —Eu admito.

O biquíni é... pequeno. Triângulos negros e nada mais que cordas e algum
tecido.

—Seus presentes vêm com uma boa quantidade de comentário. —Diz ela
secamente enquanto eu entrego o presente menor. Eu cuidadosamente o
embrulhei como uma caixinha, mas é realmente apenas um envelope. Dois
podem jogar o jogo do engano.

As datas para os bilhetes são totalmente flexíveis, sempre que ela puder
tirar uma folga, mas em algum momento em breve, eu vou levar Violet para...

—As Bahamas? —Ela se joga em meus braços.

Eu sorrio. —Feliz Natal, gatinha.


Capítulo 45
Max

Depois de uma tarde de Natal preguiçosa juntos, nós dirigimos por toda a
cidade para seu edifício. Ela está fazendo um crumble de maçã e cranberry para o
jantar de Natal do amigo, e eu não tenho todos os suprimentos para isso, mas ela
tem. Então nós chegamos ao seu apartamento uma hora antes que se espera ser
o jantar, e ela faz o crumble enquanto eu ajudo a alcançar as coisas que estão no
alto.

Uma vez que está no forno, eu envolvo meus braços ao redor dela e a
abraço por trás. —Poderíamos começar a embalar.

—Embalar o quê?

—Suas coisas. —Eu gesticulo ao redor do apartamento. —Para a minha


casa.

Ela se vira e dá-me um olhar curioso. —Oh. Certo.

—Você não quer?

—Eu quero! —Ela balança a cabeça. —Eu vou arrumar algumas roupas.

Eu a sigo em seu quarto e a vejo folhear os cabides em seu armário. —


Você está pensando em manter este lugar?

Ela faz um barulho evasivo e continua mexendo em seu guarda-roupa. Um


em cada quatro itens está saindo e sendo empilhado na cama.

Um em cada quatro sugere que os outros três ficarão aqui.

Eu cruzo meus braços sobre o peito. —Violet.


—Sim? —Ela me dá um olhar rápido sobre o ombro, mas leva sua atenção
para longe de novo tão rapidamente.

—Você quer manter este apartamento por um tempo?

Ela concorda com a cabeça.

—Por que você não me disse isso?

Um pequeno encolher de ombros. —Eu realmente não tinha pensado


sobre isso. Eu presumi que fosse como aconteceria. Que eu ficaria com você na
maioria das vezes, mas...

Ficar comigo. Eu franzo a testa. —Eu quero que você se mude para minha
casa. Eu não me importo se você mantiver este lugar como um backup, ou porque
a mudança seja assustadora ou você só queira essa autonomia, mas eu quero que
você viva comigo.

—Oh.

Jesus. Meu cenho se aprofunda. —Isso não é uma coisa boa? Eu nunca fiz
esse tipo de coisa antes, gatinha. Sinta-se livre para me ajudar se eu estiver
tropeçando no caminho errado.

Ela suspira e atravessa o quarto, caminhando direto para o meu corpo e


envolvendo os braços firmemente em torno da minha cintura. —Não. —Ela
sussurra em meu peito. —Não é o caminho errado. Eu sinto muito.

—Nada para se desculpar. Jesus, me desculpe, eu não fui mais claro. —Eu
penso ao longo dos últimos dias. Eu sugeri pegar suas coisas e ela me dispensou,
porque eu tinha que trabalhar, e ela tinha compras de Natal para fazer. —Vou
mandar um caminhão para ajudá-la após o feriado.

—Eu não tenho muita coisa.

—Mas você está carregando o meu filho, então me deixe lidar com isso.
Ela sorri contra o meu peito, eu posso sentir sua bochecha se movimentar,
e eu levanto suavemente seu queixo para que eu possa ver esse belo rosto dela.

—Violet, eu quero estar com você a cada passo do caminho aqui. Natal e
bebê crescendo e toda a coisa. Quero aliviar a sua carga. —Eu me inclino e roço
meus lábios contra os dela. —Porque eu amo você. Entendeu?

—Entendi. —Ela sussurra de volta.

—Agora eu acho que nós vamos nos atrasar para a festa de Natal do seu
vizinho, não vamos?

—Talvez. —Ela me beija novamente, desta vez lambendo ao longo do meu


lábio inferior. Vou pensar sobre isso durante toda a noite, e depois colocar essa
língua para trabalhar quando estivermos sozinhos novamente.
Capítulo 46
Violet

Ellie me liga logo após Max sair para o trabalho. Eles estão de volta da
17
B.C. , mas Gavin está de novo fazendo algo oficial e Sasha quer ir às compras. Eu
quero ir com elas?

Eu olho em volta da casa vazia. Eu poderia voltar para o meu apartamento


e empacotar as coisas, mas... Eu não sei.

Sim, é a resposta curta. Sim, eu quero ir às compras. Sim, eu quero uma


distração. É dois dias depois do Natal e eu sou uma pequena confusão hormonal.
O enjoo matinal começou, e eu me sinto estranha sobre a coisa de morar com
Max, porque é um passo grande, mas também é... Eu não sei... estranho,
também, como eu se estivesse esperando a próxima bomba ou algo assim.

Portanto, nós vamos ao zoológico insano que é um shopping suburbano.


Mesmo que eu não esteja muito animada, no entanto, as vendas pós-feriado são
boas demais para deixar passar, e eu vou precisar de todo um guarda-roupa de
maternidade. Calças de yoga não funcionam no tribunal. Ellie jura que podemos
incluir Sasha em meu segredo, e Max admitiu que ele disse ao seu amigo Tate,
que o ajudou a trazer o urso para casa. Em breve eu vou ter que contratar um
advogado trabalhista e oficialmente dizer à minha firma.

Meu estômago revira. Talvez eu deva esperar até a fase do enjoo passar.

Eu me forço a concentrar em apenas hoje, apenas nas compras. Ellie não


aceita bem o fato de que alguém a reconhece entrando em uma loja de roupas de
maternidade. —Quanto tempo antes de o boato começar? —Ela pergunta a
Sasha, e sua amiga só revira os olhos.

17 British Columbia (BC) – Columbia Britânica.


—Eu acho que você quer que ele inicie.

—Os bebês são adoráveis.

Agora eu me sinto como se os bebês fossem parasitas com a intenção de


roubar energia e apetite de sua mãe. Mas quando o mini-Max chegar, eu vou
amá-lo e achar que eles são realmente adoráveis.

E Ellie vai estar lá para me assegurar que ele ou ela é.

Eu pressiono a mão na minha barriga. Bem, eu já amo o pequenino. Eu


simplesmente prefiro se ele parar de fazer-me querer vomitar a cada trinta
minutos. Que vem forte e rápido nos últimos dois dias, e eu não me importo com
isso, realmente.

—O que você precisa? —Sasha pergunta, arrastando os dedos sobre um


rack de blusas soltas.

Não essas. Ainda não. —Calça larga preta. E algumas camisas mais longas,
talvez, mas nenhuma que vá me fazer parecer como uma tenda de circo. Mas
apenas coisas em promoção, todo o resto pode esperar.

—Entendi. —Ela se afasta.

Eu olho para Ellie. —Ela deveria ser uma personal shopper.

—Seria um bom uso do seu doutorado em gestão de negócios. —Ellie diz


secamente.

—Mas ela tem um dom. —Meu olhar desvia para um berço, perto da
janela. É a terceira vez que eu olho para ele.

É muito cedo para pensar em mobília do bebê para combinar com aquele
urso gigante de pelúcia.
E é possível que viver com Max possa ser uma coisa temporária. Eu não
posso comprar um berçário inteiro. Esse bercinho, no entanto...

E quando eu chego à caixa registadora, e a vendedora diz que eles têm um


presente para a compra – um berço para qualquer um que comprar quinhentos
dólares de vestuário – eu mando Sasha se apressar para pegar mais duas calças e
algumas blusas de maternidade realmente medonhas.

E é por isso que Max me encontra no chão ao lado de Bob, o urso,


amaldiçoando uma peça azul duas horas depois.

—O que você está fazendo? —Ele pergunta da porta, e eu salto com a


pergunta inesperada, gritando um pouco.

Pressiono minha mão no meu peito e olho para ele. —Montando um


berço.

E talvez fazendo uma espiral mental de dúvida sobre por que isso ainda
parece estranhamente temporário.

—Deixe-me fazer isso.

Nem em um milhão de anos. —Estou bem.

Ele me dá um olhar feio, mas permanece na porta. Bom. Estou me


sentindo espinhosa.

—O que você está fazendo de volta tão cedo?

—Acabou cedo. É um problema eu vir para casa?

—Não... —Eu suspiro e tiro meu cabelo dos olhos. —Você só me assustou
um pouco. Droga. Eu pensei que pudesse ouvir a porta daqui de cima. Eu não
estou acostumada ao espaço.
—Você também se esqueceu de trancar a porta da frente quando voltou
das compras.

Merda. Lágrimas quentes pressionam contra a parte de trás das minhas


pálpebras. —Eu estou acostumada à porta do meu apartamento sempre estar
bloqueada.

—Ei... —Ele atravessa o quarto vazio e se agacha ao meu lado, a mão


acariciando toda a minha nuca antes de ele apertar os músculos lá. —Está tudo
bem.

—Não está bem. Uma louca apenas saiu da minha casa. —Murmuro, e ele
ri suavemente.

—Você está muito tensa.

—Talvez.

—Eu poderia ajudar com isso. —A forma como a sua voz sai me diz que ele
está oferecendo mais do que uma massagem no pescoço.

—Eu preciso de uma chave de fenda. —Eu ignoro o elefante na sala e me


concentro nas instruções na minha frente em vez disso. Eu pego o parafuso e faço
uma carranca para ele, em seguida, alcanço a caixa de ferramentas apenas do
outro lado dele. —Com licença...

Ele circunda os dedos ao redor do meu pulso. —O que você precisa?

—Uma chave de fenda. Acabei de te falar.

—Qual? —Seus dedos esfregam para frente e para trás, e de volta ao


longo da pele suave e delicada no interior do meu pulso. Encontro-me começando
a me contorcer.

Não é útil, corpo grávido traidor.


—A em forma de cruz.

—A chave de fenda ou a Phillips? —Ele tenta dar uma espiada no parafuso


na minha mão.

—Eu não tenho certeza, mas eu provavelmente terminarei este passo se


você apenas empurrar a caixa de ferramentas para mim. —Eu rosno.

Ele ri e a empurra para longe. —Ou eu poderia ensinar-lhe.

—Deus, você é um homem.

Ele ignora a brincadeira e pega duas chaves de fenda. Elas parecem


praticamente as mesmas, só que eu acho que uma das cabeças é mais larga que a
outra. Eu arrebato a que parece mais familiar, e ela se encaixa ao parafuso na
minha mão.

Eu termino a primeira etapa da base do berço, em seguida, passo para a


segunda.

Max se senta e pega as instruções, então me cutuca depois que ele lê. —
Muitas mãos fazem a coisa funcionar. Passe-me a chave de fenda Robertson.

Irrita-me que ele use o nome próprio, e eu não sei porquê. Talvez tenha
sido apenas um longo dia. —Qual é essa?

—A cabeça quadrada.

—Por que você não apenas diz cabeça quadrada?

—Porque as ferramentas têm nomes próprios. —Talvez ele não quisesse


soar condescendente, mas ele o faz.

—Porque os homens as nomearam, assumindo que eles têm assistentes


para quem iriam começar a exigir imperiosamente as ferramentas. Se uma
mulher estivesse no comando da nomeação de ferramentas, ela não teria se
incomodado, porque sabia que iria pegá-las por si mesma.

—Porque ela seria muito teimosa para aceitar ajuda.

—Socorro! Você não quer me ajudar. Você quer me controlar.

Max exala e se inclina para trás, dando-me um olhar confuso. —Whoa, nós
estamos tendo uma briga?

—Eu não sei, estamos?

Ele abre a boca, em seguida, fecha novamente. —É possível isso ser uma
coisa hormonal?

Eu fico de pé. Sim, é possível. A maneira que eu fui de zero a sessenta


dentro da minha cabeça, na verdade, faz com que seja mais do que possível, mas
puta merda, realmente? —Você vai jogar isso na minha cara cada vez que eu tiver
uma reação movida à gravidez?

—Eu não sei. Você vai me dizer com o que você está chateada?

—Estou me sentindo um pouco fora de controle, ok?

—Isso faz de nós dois.

—Não é a mesma coisa.

—Não? Eu não estive no controle de tudo, desde a noite em que te


conheci, e o fato de que você está grávida sublinha esse fato no caso de haver
qualquer dúvida. E ainda assim eu ainda estou aqui, ainda lidando com as
dificuldades porque eu quero você, Violet. Eu quero você, e eu quero este bebê, e
eu quero ajudar, e às vezes você não vai me deixar.

—Eu não vou deixar você me ajudar? Eu deixei você me mudar para sua
casa.
—Você não queria mudar? —Ele olha para mim.

—Eu queria...

—O que, Violet? O que você queria que eu não te dei?

Meu pulso está batendo em meus ouvidos. Não diga, digo a mim mesma,
e por algum pequeno milagre, eu seguro minha língua. Mas não importa. Ele sabe
o que eu estou pensando.

—Eu não sou o príncipe encantado. Mas eu estou fazendo o melhor que
posso. —Ele passa a mão pelo cabelo. —Eu te amo. Mas você está certa. Se você
está procurando um final de conto de fadas, comigo no chão de joelhos,
prometendo o “feliz para sempre”, isso nunca vai acontecer. Eu não acredito
nessa merda, e você também não deveria.

—Uau. Ok, é bom saber. —Lágrimas quentes ardem em minhas pálpebras.


Isso foi muito, muito claro.

—Violet...

—Não. Não diga mais nada. Realmente. —Eu fecho os olhos, recusando-
me a deixar as lágrimas caírem pelo meu rosto. —Eu também te amo, seu idiota,
mas sim, os hormônios percorrendo meu corpo querem o para sempre. Processe-
me por ser uma romântica.

—Ei...

—Eu vou tirar uma soneca. Sozinha. —Eu gesticulo para o berço, ainda em
pedaços. —Você pode terminar de montar isso. Ou não. Não importa.
Capítulo 47
Max

Dou-lhe trinta minutos para se acalmar, então eu me junto a ela na minha


cama.

—Você não está dormindo. —Eu digo quando ela não vira.

—Não. —Ela diz baixinho.

—Então pare de me ignorar.

—Eu não estou ignorando, exatamente. Eu só... Eu não sei o que dizer.

—Eu te amo. Nós não estamos nos separando, lembra? Você não vai
embora, eu não vou sair, e nós nos amamos. Não é o suficiente? —Mesmo
quando eu digo isso, eu sei que a resposta é provavelmente não. Mas caramba,
essa é uma merda difícil para eu processar. Não é da minha natureza ser o Papai
sabe tudo 18 onde eu faço e digo todas as coisas certas. Eu sou apenas Max. O cara
que está atrapalhado em território desconhecido, completamente à deriva sobre
como a vida doméstica funciona. Pedi a ela para morar comigo - um passo
enorme para mim, mas ainda não grande o suficiente. Ela está esperando o
casamento e eu deveria ter visto isso chegando, mas não o fiz. Casamento... Eu
não posso dar isso a ela.

Meu telefone toca e eu o puxo para silenciá-lo.

—Você pode atender. —Violet diz, enterrando seu rosto no meu peito. —
O trabalho é importante.

18 Série americana dos anos 50 sobre uma família tradicional.


Eu rio de seu pressuposto de que é trabalho. Normalmente é. Eu mostro-
lhe a tela. Eliza. —Não é trabalho. Ela pode esperar.

—Eliza Black? A Eliza Black? —Ela diz isso da mesma forma que Blair fez da
primeira vez em que ele pegou uma mensagem de Lizzie.

—Sim.

—Devo ficar com ciúmes?

—De modo nenhum. Ela é como uma irmã para mim. Eu lhe disse sobre
ela. Ela é Lizzie.

Os olhos de Violet ficam muito grandes. —Oh. Bem, atenda.

Eu desligo o telefone. —Vou ligar de volta depois que terminar a nossa


sesta.

—Eu não estava realmente dormindo.

—Não estava. Mas agora vai estar.

*****

No dia seguinte, estamos prestes a sentar-nos para jantar quando a


campainha toca. É um som totalmente surpreendente, porque estou certo de que
é a primeira vez que foi utilizada.

Violet dá-me um olhar confuso. —Esperando alguém?

Eu balanço minha cabeça. Mas poderia ser Lachlan ou Tate, ou alguém da


equipe de hóquei. Só que eles não seriam tão rudes em aparecer sem ligar antes.
Irritado com o meu tempo com Violet sendo interrompido assim, eu vou
ao foyer, pronto para explodir com quem quer que esteja do outro lado. Assim
que eu abro a porta da frente, minha arrogância esvazia imediatamente.

—Eliza. —Eu dou um passo para trás e gesticulo para ela entrar e sair do
frio. —O que você está fazendo aqui?

Ela move-se. Ela está usando uma jaqueta Canadá Goose19 que parece
genuinamente nova. —Eu liguei ontem.

E eu tinha me esquivado porque eu queria tirar um cochilo com Violet. —


Desculpe, eu não liguei de volta. Jaqueta bonita.

Ela pisca para a minha observação. A menina californiana não estava


preparada para as maravilhas do inverno que é Ottawa, claramente. Aposto que
ela comprou no aeroporto. —Então você está realmente bem? É você - oh! —Sua
voz se transforma no final e eu olho para trás para ver Violet se juntando a nós.

Eu estendo a mão para ela e ela pega a minha. —Estou mais do que bem,
na verdade. Esta é a minha namorada, Violet. Ela é a razão pela qual eu tenho
sido um pouco... distraído ultimamente.

—Oh, tão bom conhecê-la! —E elas se afastam. De alguma forma, estou


segurando o casaco de Lizzie enquanto ela entra em minha casa segurando o
braço de Violet.

No momento em que eu consigo pendurá-lo e encontrá-las na cozinha,


Lizzie tem uma bebida na mão e elas estão conversando como velhas amigas.

Uno-me a Violet, onde ela está encostada ao balcão e eu coloco meu


braço em torno dela. Sua pergunta do dia tocava em meus ouvidos. Devo ficar
com ciúmes?

19
Não houve outra mulher para mim, nem mesmo um olhar desde a noite
em que conheci Violet, mas mesmo antes disso, Lizzie nunca tinha sido assim,
nem mesmo quando éramos adolescentes. E agora não haveria mais ninguém. Eu
só tenho olhos para uma mulher, e ela estava em meus braços.

Eu beijo sua têmpora. —O que Lizzie está lhe dizendo sobre mim?

—Ela disse que você é solitário. —Violet diz, seus lábios se curvando em
um sorriso divertido.

Não mais, eu não sou. Eu seguro o olhar do meu amor. —Eu sou?

—Não. —Ela diz devagar, balançando a cabeça.

—Tudo bem, eu estou convencida. —Minha amiga mais velha, mais


inteligente e engraçada diz, e nós dois rimos e voltamos para ela. Ela sorri para
mim. —Eu só precisava ver isso por mim mesma.

Mas há algo um pouco brilhante demais sobre seu sorriso, e ele não chega
a atingir os olhos. Eu não a deixarei ir longe com isso. —Por que você realmente
veio até aqui?

Ela encolhe os ombros. —Estava no meu caminho para Toronto.

—Em seu caminho por quantos voos extras?

—Eu comprei esse casaco quente para me fazer companhia, ele foi legal.

—Eliza.

—Max.

Violet ri. —Posso te dar uma taça de vinho? Estávamos prestes a sentar-
nos para jantar.
Lizzie acena com sua mão. —Não, obrigada, mas eu tomo água filtrada se
você tiver, ou chá verde?

—Eu vou colocar a chaleira. —Diz Violet.

Eu coloco os pratos para o jantar, sabendo que Lizzie não vai se importar
se nós comermos enquanto ela se prepara para derramar o que está em sua
mente. —O que você está fazendo em Toronto?

—Começaremos a filmar um novo projeto na próxima semana. —Há uma


tensão no que ela diz que me faz voltar minha atenção para ela.

—Não é a coisa de Vince Jenkins.

Ela engole em seco. —Não, não isso. Saí disso.

—Bom.

—Não, é outra coisa. Vai ser bom.

Nós nos sentamos à mesa e ela bebe seu chá enquanto nos diz sobre este
novo projeto. Ela mantém mencionando um dos produtores, um cara britânico
que era para ser um investidor secreto, mas ele vai estar no set e ela parece
animada por esse novo desenvolvimento.

Mas a minha preocupação anterior desaparece quando ela fala mais. Ela
está no limite, definitivamente, mas ela não está com medo. E talvez o que ela
precise é de um pouco de distração inglesa.

—Talvez pudéssemos descer para Toronto e visitá-la no set. —Eu digo.

Ela sorri. —Eu adoraria. Estou aqui por pouco tempo, então eu vou estar
de volta em abril, e novamente em agosto para algumas fotos finais. É um horário
estranho.

Eu concordo. —Abril deve funcionar. Estaremos ocupados em agosto.


Violet cora e Eliza olha para trás e para frente entre nós. —Você vai viajar?

Eu rio. —Nós teremos um bebê, na verdade.

—O quê? —Ela bate palmas. —Isso é tão emocionante!

Eu concordo. —É, na verdade. Nós estamos... —Eu tomo a mão de Violet.


—Nós estamos felizes.

—Bom. —Diz ela, dando-me um abraço, então um em Violet, também,


que é mais demorado e mais apertado. —Seja boa para ele. —Diz ela
calmamente.

—Eu posso ouvir você. —Murmuro.

—E certifique-se de que ele seja bom para você também. —Acrescenta


ela. —Diga-me se ele não for.

Violet apenas sorri. —Nós somos muito bons em escolher quando nos
deparamos com solavancos.

—Excelente. —E com isso, Lizzie foi embora de novo, no carro alugado


esperando na minha garagem.

Eu balanço minha cabeça. —Bem, essa era minha amiga Eliza.

Violet ri. —Uau.

—Sim.

Ela vira a cabeça para o lado. —Você é amado por boas pessoas.

E a melhor pessoa está bem na minha frente. Estendo a mão para ela. —
Eu sou. Eu nem sempre vejo isso. Mas eu sempre vejo você.

Ela se dobra em meus braços com um suspiro.


—Eu acho que é hora de voltar ao normal, gatinha. —Nosso muito
pervertido normal.

Violet olha para cima, uma faísca de interesse em seus olhos. —É?

Oh, sim. —Eu quero você vá lá embaixo. Tire sua roupa e espere por mim
sobre a poltrona.
Capítulo 48
Violet

Estou voando alto enquanto me preparo para Max. Já faz mais de duas
semanas desde a festa de Max, e tem sido ainda mais tempo desde que joguei
aqui.

Ele apenas disse a sua amiga mais antiga do mundo que ele está feliz com
o bebê, e ele não engasgou com as palavras. E isso é o suficiente para mim agora.

Minha barriga aperta um pouco quando ouço Max descendo as escadas


para o calabouço.

Eu ajusto minha postura ligeiramente, forçando os joelhos um pouco mais.


Eu quero estar perfeita para ele. Eu quero que tudo seja perfeito para ele.

Circulando-me, ele arrasta um dedo sobre meus ombros enquanto ele


caminha atrás de mim, então em minha clavícula quando ele se move na frente.
—Muito bom, gatinha.

Ele belisca meu mamilo e a dor aguda vai direto para o meu clitóris. Eu
quero que ele me machuque essa noite. Eu não quero que ele se segure, mas eu
não sei como lhe dizer isso.

—Eu deixei as coisas paradas por muito tempo, Violet. Um erro que eu
vou tentar não repetir. E, enquanto a gravidez avança, nós vamos ter que fazer
modificações de protocolo e atividades, mas vamos continuar.

Eu sorrio para ele. Sua expressão é severa, mas há um brilho nos olhos. Ele
está feliz.

—Tão bonita. Fique aí.


Posso ouvi-lo remexendo no armário de brinquedos e minha buceta vibra
de ansiedade. Eu me esforço para escutar, tentando adivinhar com o que ele vai
me torturar esta noite. E quando eu ouço o ranger da bandeja deslizando, minha
espera está tanto no fim como apenas começando.

Do canto do meu olho, eu vejo Max e a bandeja enquanto ele a empurra


passando por mim e pelo banco de surra. Meu corpo inteiro treme de emoção.

Momentos depois, ele está de pé na minha frente novamente. —Pulsos,


gatinha.

Eu coloco meus braços na minha frente e vejo quando ele prende as


algemas de couro preto e as fecha. Não temos esse tipo de relacionamento que
usa coleira, mas eu gosto quando ele coloca as algemas. Há algo sobre o ato
físico, é como um sinal de que a cena vai começar. E a reivindicação é sexy,
também.

—Levante-se. —Quando eu me levanto do divã, Max engancha o dedo


sobre o clipe juntando meus punhos e me leva por toda a sala. Eu tento esgueirar
um olhar para a bandeja para ver o que ele tem hoje, mas há um pano dobrado
sobre ela. Homem maligno.

Soltando as algemas, Max me ajuda a subir no banco de surra, em seguida,


ajusta a minha posição antes de finalmente fixar meus pulsos nos pontos de
ambos os lados do banco.

Ele se agacha na minha frente e segura meu rosto, passando o polegar ao


longo da minha bochecha. —Não vendarei seus olhos esta noite, Violet. Estamos
sozinhos e eu quero ser capaz de ver as lágrimas em seus olhos bonitos.

Meu coração bate mais rápido na revelação que sim, ele vai me machucar.
Eu mal posso esperar.

Ele se levanta, desafivelando seu cinto e eu lambo meus lábios, pronta


para levá-lo na minha boca. Em vez de me alimentar com seu pênis, ele se move
para o lado do banco, deslizando a palma da mão nas minhas costas até que
repousa sobre a minha bunda.

Ele se inclina, seus lábios quase tocando minha orelha. —Eu estava errado
ontem, quando nós brigamos. Eu não posso prometer o feliz para sempre. Mas eu
posso prometer que te amarei para sempre.

A dor de uma batida se transforma em um calor agradável enquanto ele


acaricia toda a minha bunda.

—Você entende isso? —Sua voz é tão suave, tão confiante, e eu aceno.

—Sim.

Outro tapa no outro lado.

—Sim, o que?

—Sim, Max. —Eu entendi logo que Eliza chegou. Eu entendi partes dele
antes disso também, mas Max dizendo a ela sobre nós, colocou tudo no lugar.
Isso não significa que eu não quero ouvi-lo dizer isso agora.

E eu quero que ele me mostre, também. Eu quero que ele se imprima na


minha pele.

Ele repete a palmada alternada, então me diz para eu relaxar porque nós
estaremos aqui por um tempo.

Ele não está errado, embora o meu senso de tempo começa a escorregar
enquanto recebo a dor. Max continua a aquecer a minha bunda com a mão até
que eu tenho certeza de que não há nem mesmo o local mais ínfimo que não
esteja rosa brilhante. Entre tapas, ele se inclina sobre mim e sussurra outra
verdade no meu ouvido.

—E eu deveria ter dito mais cedo que o amor não é sobre a felicidade para
sempre.
Lágrimas ardem por trás das minhas pálpebras, porque ele está certo. Eu
sei disso.

—O amor é dor e sofrimento e ali de pé, ao lado do outro, por tudo isso,
porque você não quer que seu amor suporte tudo sozinho.

Eu aceno, as lágrimas brotando agora. Eu sinto a primeira escorrer na


minha bochecha e ele vem ao redor e se agacha na minha frente.

—Deixe sair, gatinha. Está pronta para mais?

—Sim. —Eu respiro.

—Eu posso prometer-lhe que você nunca vai estar sozinha, nunca mais.

Eu soluço abertamente, e ele se inclina, beijando minha boca, então meu


rosto, e ele fica comigo na frente do banco até que uma nova calma cai sobre
mim.

—Mais? —Ele pede gentilmente, esfregando minha mandíbula.

—Amor ou palmada?

Ele curva uma sobrancelha. —Talvez eles sejam a mesma coisa.

Eu rio fracamente. —Sim, por favor.

Ele se levanta e move-se atrás de mim, voltando ao seu ataque brutal e


delicioso na minha bunda.

Quando as coisas ficam confusas, ele percebe imediatamente. —Sem


subspace esta noite, gatinha. Eu quero você completamente presente em tudo o
que eu lhe der.

Eu estava esperando que ele me fizesse voar, mas eu enterro a pontada


de decepção. Max vai cuidar de mim.
Em seguida, eu ouço o som de seu cinto enquanto ele o puxa através dos
laços de seu jeans. Eu amo esse cinto. Eu amo a dor afiada quando ele se conecta
com a minha pele. Eu amo a lembrança desse sentimento sempre que eu o vejo
em torno da cintura de Max, que é muitas vezes.

Ele leva o seu tempo me observando, e os segundos vão passando. A


primeira pressão em toda a minha parte superior das coxas me faz sacudir. A mão
de Max pressionando contra a parte inferior das minhas costas é todo o aviso que
recebo. O aquecimento é longo.

O próximo golpe chega antes de eu ter a chance de processar o primeiro.


Tudo o que posso focar é em respirar e esperar o próximo golpe.

Mais golpe, por toda a minha carne, e eu não posso me impedir de,
eventualmente, derivar.

—Cor, Violet?

A voz de Max me puxa do lugar em que eu estava flutuando e leva-me um


segundo para mudar o foco.

—Verde. —Eu ouço a minha voz, como se ela tivesse mente própria.

—Não, gatinha, eu acho que nós fomos longe o suficiente.

—Mas...

—Eu disse que não. —Ele coloca um cobertor sobre minhas costas e libera
meus punhos do banco antes de ajudar-me e me levantar em seus braços.

—Você não usou qualquer um desses brinquedos. —Eu digo, apontando


enquanto passamos pela bandeja.

Sua risada é um estrondo contra a minha bochecha. —Olha. —Ele tira o


pano para revelar uma bandeja vazia. —Não havia brinquedos.
Max e seus jogos mentais.

Nós não vamos para a cama para cuidados posteriores como geralmente
fazemos. Em vez disso, Max me leva direto para o nosso quarto. E isso toca na
minha cabeça por um minuto. Esta é a primeira vez que eu já realmente pensei
nele como nosso e não de Max.

Ele me coloca gentilmente na cama e sobe, puxando-me em seus braços.

—Lembra-se lá embaixo quando eu disse que não posso prometer


felicidade, mas posso prometer que amaria você?

—Sim. —Eu quero dizer a ele que eu entendo, realmente entendo, mas as
palavras me escapam.

—Há mais. —Ele dá um longo suspiro. —Eu posso prometer estar lá para
você, não importa o que aconteça. Quando as coisas ficarem difíceis, eu vou
cuidar de você. E eu tenho ombros largos, gatinha. Você pode colocar o peso do
mundo nas minhas costas e eu não vou quebrar. Vou protegê-la com tudo o que
tenho. Porque eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo. —Ele repousa a
mão na minha barriga. —Você me tem, e nosso bebê também, e nós podemos
fazer mais se quiser. Vamos fazer uma família unida, grande ou pequena, e vai ser
perfeita. E imperfeita também, e isso vai ser exatamente o que eu quero. Eu
quero tudo, e eu quero isso com você.
Capítulo 49
Violet

Eu acordo no meio da noite no início de janeiro, sozinha na cama de Max.


A nossa cama.

Nós já voltamos ao normal em todos os sentidos, incluindo nos atirar ao


trabalho, e na noite passada nós estávamos ambos dormindo às 9:30hs. Eu acho
que o confundi, porque são quatro horas agora e provavelmente ele está
acordado para o dia.

Eu faço xixi e tomo um copo de água, em seguida, um leve murmúrio de


som atrai-me para a sala de estar, onde Max está largado no sofá, assistindo a um
jogo de hóquei na televisão.

Seu punho está enrolado em torno da pequena camisa dos Canucks que
eu dei a ele no Natal.

Eu paro na porta por um momento e apenas o vejo, mas ele me sente e


olha.

—Ei. Desculpe, eu a acordei?

Eu balanço minha cabeça. —Tinha que fazer xixi.

Ele balança a cabeça e estende o braço. Eu me junto a ele no sofá e ele


beija o topo da minha cabeça.

—Não foi possível dormir?

—Recebi um pager. Tive que retornar ao residente. Eu vou ao hospital


daqui a pouco para as rondas, mas tenho tempo para assistir o jogo de ontem à
noite.
Concordo com a cabeça e fecho os olhos, inclinando-me em seu calor. Eu
durmo contra ele, e a próxima coisa que eu sei é que ele está se movendo
debaixo de mim e me cobrindo com um cobertor.

O jogo acabou.

—Eu estou saindo para o trabalho. —Ele sussurra. —Quer um despertador


em uma hora?

Concordo com a cabeça e durmo novamente.

*****

Depois de trabalhar no dia seguinte, eu tenho um compromisso com a


minha advogada. Nós passamos por cima das opções. Poderíamos informar aos
parceiros do meu relacionamento com Max por escrito, ou poderíamos solicitar
uma reunião e fazê-lo em tempo real. O segundo poderia ser visto como
confronto, porque eu vou ter minha advogada comigo, mas também pode ser
uma oportunidade de mostrar-lhes a minha força de convicção. Tanto no fato de
que eu tenho certeza de que o meu relacionamento não é errado, e que eu não
vou ser empurrada e punida por isso.

Max quer estar lá, mas essa é uma péssima ideia, então eu não conto a ele
sobre este compromisso. Ele gostaria de estar aqui, também, um fato que faz com
que a minha advogada, Gail Besson, dê risada. —Ele é um romântico. —Diz ela.

—Ele é alguma coisa. —Eu sorrio. Ele é definitivamente protetor, e eu


adoro isso, mas tem de haver alguns limites.

—Então, vamos dizer-lhes pessoalmente? —Ela pergunta, virando a


conversa de volta para a decisão na mão.
—Eu acho que sim. Eu quero ver a sua reação com meus próprios olhos.
Eu quero tudo sobre a mesa. Nós não somos adversários.

—Essa é exatamente a atitude certa. —Ela balança a cabeça. —Vou


elaborar uma carta para colocar sobre a mesa. Podemos falar sobre o que você
vai dizer a eles, exatamente? Eu não quero ouvir nenhuma surpresa. Sem
admissões de culpa, mesmo que acidentalmente.

Eu entendo isso, é claro. —Sim, vamos passar por isso mais uma vez.

—E então você pode dizer a esse seu homem bonito para parar de se
preocupar.

—Eu não tenho certeza se um dia isso vai acontecer, mas eu vou passar a
mensagem.

*****

Mesmo com o compromisso adicional, eu chego em casa antes de Max.


Faço sopa para o jantar, porque está frio e ventando lá fora, e depois vou para
cima e me dispo. Um banho quente é exatamente o que eu preciso agora, e a
sopa pode simplesmente ferver até que estejamos prontos para comer.

Estou enxaguando o condicionador do meu cabelo quando a porta se abre


e Max entra. Eu esfrego o vapor no vidro e dou-lhe um leve aceno. —Olá baby. Fiz
sopa.

—Eu vi. —Ele desabotoa a camisa e a joga no chão do banheiro. —Eu


desliguei a panela.

—Como foi o seu dia?


—Longo pra caralho. O seu?

—Humm. Longo, mas produtivo. —Eu hesito. —Eu tive outra reunião com
Gail.

Ele não diz nada, apenas retira o resto de suas roupas e entra no chuveiro,
juntando-me sob o jato constante de água quente. Ele agarra meu queixo e olha
para mim, os olhos brilhando.

Eu empurro meu queixo contra o seu polegar. Deixo-o ficar mal-


humorado. —É o meu problema, Max.

—E você é minha. —Ele me choca contra a parede e bate sua boca em


mim, implacavelmente empurrando sua língua contra a minha. Desafiando-me a
lutar com ele de volta desta forma. Desafiando-me a ganhar um castigo que nós
dois vamos aproveitar, tenho certeza.

Eu me dobro para ele, ficando dócil imediatamente, e o deixo descarregar


sua frustração em mim. Ele muda isso para puro prazer, e em pouco tempo eu
estou contra a parede e ele está esfregando sua ereção entre minhas pernas.

—Foda-me. —Eu sussurro. Às vezes apenas tem que ser duro e rápido
assim.

Com um gemido, ele me vira e pressiona contra mim, seu pau contra a
minha bunda, com as mãos em volta de mim, levantando meus seios. Ele brinca
com os meus mamilos quase preguiçosamente e eu achato as palmas das mãos
contra o azulejo. Meu coração está batendo forte enquanto ele morde meu
ombro e usa o pé para cutucar minhas pernas. A palma da mão desliza para baixo
do meu peito, possessivamente colocando sobre a curva na minha barriga. Isso
me deixa tão molhada, o tempo todo.

Com uma mão pesada no meu quadril, ele inclina a minha pélvis e
empurra contra mim por trás, sua ereção deslizando contra minhas dobras e
cutucando meu clitóris. Eu lamento e balanço para trás, querendo mais do que
isso.

Na verdade, não.

Eu quero algo mais, ainda mais.

Eu fico pressionada contra o azulejo, mas eu o alcanço atrás de mim e


tomo sua mão. Ele deixa-me guiá-lo, e eu deslizo os dedos sobre a minha parte
inferior e na fenda entre as minhas nádegas, direto em meu buraco traseiro.

—Aqui. Leve-me aqui.

Ele esfrega-me levemente, fazendo minhas pernas tremerem. —Você tem


certeza? Eu não quero que...

—Você não vai me machucar. —Eu largo sua mão e pressiono os dedos
contra o azulejo novamente.

Ele exala e esfrega-me de novo, mais firme agora. Eu respiro e relaxo


contra o seu toque. Não importa quantas vezes fazemos isso com os dedos e
plugues, ainda parece invasivo.

Desagradável.

Sujo.

Errado.

Surpreendente.

—Tão ansiosa pelo meu pau na sua bunda. —Ele rosna enquanto a ponta
do dedo entra, e ele me fode um pouco com ele antes de tirá-lo. —Fique aqui.

Eu não movo um músculo, e ele só leva dez segundos para pegar o


lubrificante que eu sei que está na gaveta debaixo da pia.
Max tem lubrificante em cada quarto da casa agora. Ele fará essa coisa de
casa à prova de bebê interessante.

O próximo toque é frio e molhado, enfiando o dedo de volta em mim, me


esticando para ele.

—Tome outro. —Ele insiste, e eu recuo, ofegando com a queimadura, mas


respirando através disso. —Bom. Você é uma vagabundinha tão safada para mim.
Montando em meus dedos sem nenhuma vergonha.

Calor me inunda com suas palavras. Sim. Estou totalmente sem vergonha
com Max. —Eu quero montar em mais do que seus dedos. —Eu digo sem fôlego.
—Me dê isto.

—Você está impertinente esta noite.

—Vai me ensinar uma lição, Diretor Donovan?

Ele amaldiçoa em voz baixa. —É melhor acreditar. —Outra exalação


áspera enquanto ele trabalha os dedos dentro e fora de mim, lentamente me
fodendo em preparação para algo muito maior. —Você foi avisada antes, Srta.
Roberts, sobre ser uma distração.

—Eu fui? Eu não me lembro.

—Você não se lembra de ser chamada ao meu escritório e termos uma


discussão sobre o comprimento de sua saia?

—Humm... não toca qualquer sino.

Ele sufoca o riso e tira os dedos de mim, deixando-me dolorida e vazia. Ele
pressiona todo o seu corpo duro contra o meu, sua boca contra a minha orelha.
—E agora parece que você perdeu todo o seu uniforme, Srta. Roberts.

—O que você esperava se você veio me encontrar no vestiário das


meninas?
Outra risada e uma maldição correspondente. —Eu esperava arrastá-la de
volta ao meu escritório para que pudéssemos ter outra conversa.

—Desculpe por perder isso.

—Oh, você não vai perder nada. Infelizmente eu não tenho nenhum
gengibre na mão, mas... —Ele para enquanto masturba a si mesmo, trazendo a
cabeça grossa de seu pênis direto aonde eu venho implorando-lhe para colocá-lo.

O que diabos eu estava pensando? Eu fico tensa e ele apenas ri.

—Pensando bem, Srta. Roberts?

Eu gemo e pressiono a minha bunda para trás, empurrando meu buraco


contra sua cabeça. Porra, porra, porra...

A violação dói como nada mais. Não há nada que me estenda no mundo
que me prepare para essa intrusão, e depois há mais, e meus olhos estão
lacrimejando e não de uma forma muito boa.

Minha boca se abre para gritar, mas o bastardo toma minhas palavras
também, enquanto ele desliza dentro de mim, lentamente, inexoravelmente, até
que ele me enche com o seu pau enorme.

Eu estou tremendo e ofegando por ar enquanto ele serpenteia o braço em


meu quadril, e encontra meu clitóris tão duro que eu tento pular com o contato.

Eu não posso, é claro. Estou empalada em uma ereção que eu estava


pedindo como uma tola. Mas oh, é tão bom quando ele toca minhas dobras. Meu
cérebro volta à vida e percebo que ele está sussurrando em meu ouvido.

Como eu sou gostosa.

Quão molhada eu estou.


E eu estou, oh, estou tão molhada por ele. Lentamente eu relaxo em seus
braços e contra a parede de azulejos.

—Pronta? —Pergunta ele, e essa é uma pergunta estúpida.

Ninguém poderia possivelmente estar pronta para isso. Mas eu aceno. Eu


quero isso. Eu quero mais.

Ele segura meus quadris enquanto ele puxa alguns centímetros, em


seguida, empurra de volta, e é melhor agora que eu estou contra sua cintura, e a
cada puxão e empurrão, eu sinto um pulso correspondente dentro da minha
vagina.

Um aperto, como se eu pudesse realmente gozar com isso.

Quando eu alcanço minha frente e rolo o dedo sobre o meu clitóris


novamente, eu sei que posso. —Faça isso, sua impertinente encrenqueira. Toque-
se e goze no meu pau.

Dedos tremendo, eu mudo o meu equilíbrio, por isso estou me segurando


contra a parede com um braço, e alcanço entre as minhas pernas com a outra
mão.

O interior das minhas coxas está liso com a minha excitação. Puta merda.
Estou tão escorregadia que é difícil alcançar meu clitóris, então eu deslizo os
dedos mais fundo, enfiando meus dedos no meu canal apertado enquanto eu
pressiono a palma da minha mão contra o meu clitóris desesperado.

Só basta três círculos lentos da minha mão para começar um clímax, uma
reação em cadeia que começa em meu clitóris e em espirais dentro de mim com
um estremecimento, junto com um espetacular show de fogos de artifício. Max
continua até que eu me acalmo, então ele puxa para fora, o primeiro jorro de seu
gozo bate na parte de trás da minha perna, então ele aponta contra minha bunda,
me marcando com sua libertação.
—Deixe-me adivinhar... —Eu digo, enquanto me viro e Max me guia sob o
chuveiro quente novamente. —Uma semana de detenção?

—Pelo menos. Isso está começando a parecer um problema de


comportamento permanente eu vou ter que acompanhar seu caso pessoalmente.
Capítulo 50
Max

—Eu não posso acreditar que é a minha primeira vez voando em primeira
classe e eu não posso tomar o champanhe. —Sussurra Violet depois de tomar um
gole de suco de laranja fresco que ela pediu.

—Da próxima vez. —Eu olho para fora da janela. —Olha, lá está!

As praias de areia branca e cabanas de palha. O ar do oceano salgado e


distrações por quatro dias.

—Eu mal posso esperar. —Ela suspira e me dá um sorriso feliz.

—Eu mal posso esperar para vê-la nesse biquíni.

Ela toca a barriga, e eu cubro sua mão com a minha.

—Nem sequer pense nisso. Você é linda, do jeito que você está. E essa é a
última preocupação de gravidez que eu quero ouvir neste fim de semana, a
menos que algo esteja errado. —Eu cubro sua boca com a minha. Ela não pode
protestar se ela estiver sendo seduzida.

Com um som de rendição, ela me beija de volta, e esse é o fim de tudo.

Somos levados do aeroporto para um resort exclusivo do outro lado da


ilha, onde as refeições são trazidas para a nossa vila privada e somos garantidos
que não vai ver outra alma até que estejamos prontos para sair novamente.

Nós vamos à praia imediatamente, e ficamos lá até o jantar, que comemos


na varanda, vendo o pôr do sol.
Eu trouxe um saco cheio de coisas pervertidas para ocupar nossas noites,
e quando nós entramos, eu desenrolo um pedaço de corda.

Violet não perde um segundo. Não temos um divã, mas ela se apresenta
no meio da cama e isso é perfeito. Eu a torturo por horas, e nós dormimos até
tarde na manhã seguinte.

Pela primeira vez, ela levanta antes de mim, e eu só acordo quando ela
desliza para fora da cama.

—Ei, volte aqui. —Murmuro.

Ela guincha e salta, fazendo sua bunda balançar. Eu estou acordado agora.
Olá, bunda.

Minha mulher é maravilhosa a cada minuto de cada dia. Mas nua e


banhada pela luz da manhã do Caribe, suas curvas todas em exposição e suas
ondas escuras despenteadas do sono e nosso sexo na noite passada...

Eu definitivamente estou acordado.

Eu a sigo para fora da cama e vou buscá-la, ignorando seu protesto, e bato
suas costas contra a parede. —Bom dia.

—Sim, é. —Ela sussurra pouco antes de beijá-la.

—O que você quer fazer hoje? —Eu trilho beijos pelo seu pescoço, ao
longo de sua clavícula.

—Absolutamente nada. E você.

—Boa resposta.

—E o café da manhã. Quando é que vai chegar?


Eu rio e a coloco para baixo. —Ok, coloque o maiô. Alimentos, em seguida,
sexo e praia.

Em nossa bandeja de café da manhã está uma nota manuscrita pelo


concierge dando-nos uma atualização do tempo, alertando que uma tempestade
está prevista ao longo da tarde, assim nós decidimos ir à praia primeiro.

Nós pegamos o protetor solar e toalhas e livros, empurrando tudo o que


precisamos em uma sacola de lona listrado que eu jogo sobre meu ombro
esquerdo. De mãos dadas, nós caminhamos para fora e para as espreguiçadeiras
cobertas no meio da praia.

—Eu acho que estamos no paraíso. —Violet diz com um suspiro de


satisfação enquanto pega a sacola.

Eu descobri em preparação para esta viagem, que o meu amor tem uma
peculiaridade - ela deve catalogar tudo na sacola, então embala e, em seguida,
reembala, colocando as mãos em absolutamente todos os itens no processo.

Isso fez com que esconder um diamante solitário fosse um exercício


bastante criativo. Eu quase tive um ataque cardíaco quando ela me mandou uma
mensagem no dia anterior perguntando quantas camisetas era para eu ter
embalado.

Eu respondi que eu não tinha certeza, e ela respondeu que tinha acabado
de contar quando chegou em casa para ter certeza de que eu tinha o suficiente.

Eu fui para a casa no próximo intervalo disponível entre pacientes e


resgatei a caixa do anel da minha mala.

Agora estou preparado para o que está prestes a acontecer. Ela puxa tudo
para fora, pega o livro que ela quer, além de um frasco de protetor solar, então,
cuidadosamente retorna tudo na sacola.
Ela para no último item e o segura, dando-me um olhar engraçado. —Fio
dental?

—Apenas no caso.

Ela vai colocá-lo de volta e para. —Isso chocalha.

—Esquisito.

Ela encolhe os ombros e se deita com seu livro.

Eu sorrio e deito-me ao lado dela.

A vida é boa.

Depois de um tempo, eu me levanto e caminho para o mar para surfar.


Quando eu chego a uma profundidade suficiente, as ondas batem contra o meu
peito, e eu mergulho nelas. Quando eu encontro o meu equilíbrio e fico de pé
novamente, virando-me, eu a vejo me seguindo.

Esse maiô preto me deixa de joelhos.

Ela me deixa de joelhos. Embora hoje o plano seja apenas um joelho.

Eu a encontro no meio das ondas quebrando e nós nadamos de volta


juntos, em seguida, tomamos o nosso tempo sendo empurrados de volta à costa.
Nós caímos nas espreguiçadeiras novamente.

—A tempestade está vindo. —Diz ela preguiçosamente, apontando para o


horizonte.

—Devemos voltar.

—Humm. —Ela pega seu livro. —Mais um capítulo.

Estamos a quinze metros de nossa varanda. Fecho os olhos e espero que a


tempestade chegue mais perto.
Violet se aconchega mais perto, rolando de sua almofada e sobre a minha,
e eu jogo o meu braço em torno dela.

—Leia para mim. —Murmuro, e ela o faz, sua voz precisa, me contando
uma história sobre um médico legista e uma antropóloga forense, que
costumavam ser amantes, uma década antes, agora eram forçados a trabalhar
juntos pelo governo Federal.

A história é boa, mas a voz é melhor. A voz é tudo. Há uma tempestade


prestes a cair em cima de nós e eu vou pedir a esta mulher para se casar comigo a
qualquer momento, mas agora tudo que eu quero é ouvir a sua leitura para mim.

Ela para e eu posso sentir sua atenção mudando do livro para mim. —
Você está dormindo? —Sussurra.

—Não. —Eu sorrio, mas não abro os olhos. —Eu te amo.

—Eu também te amo. —Trovões fazem burburinhos na distância próxima,


e ela suspira. —Vamos embora.

Ela rola para longe de mim, e enquanto ela está recolhendo a toalha, eu
arrebato o recipiente de fio dental da nossa sacola. A internet tem uma resposta
para tudo, aparentemente. O carretel dentro é exatamente do tamanho certo
para segurar um anel, e este tipo particular se abre como uma caixa do anel. Eu
pressiono nas laterais, tirando-o, e giro o anel de platina em meu dedo mindinho
antes de ela perceber.

Despejo o recipiente de plástico de volta na sacola, faço um punho para


manter o anel escondido e me levanto.

Ela dá um passo para sair da praia primeiro, então eu a sigo.

—Para sempre, a propósito. —Eu digo.

Ela se vira. —Perdão?


Como se no comando, o céu clareia com trovões novamente. Eu caio de
joelho e seguro o anel. —Eu te amo para sempre.

—Max... —Ela deixa cair nossa sacola de praia na areia e chega mais perto,
seus olhos tão arregalados.

Meu coração bate com força contra meu peito. —Você é bondade e você
é luz. Você me faz feliz, e isso não é uma tarefa simples. Quando estou com você,
eu... sorrio. O tempo todo. Você é inteligente, engraçada, picante e doce. Eu
quero passar o resto da minha... —Outro estrondo de trovão, mais perto agora,
me interrompe. Eu não paro por muito tempo. —O resto da minha vida fazendo
você feliz e mantendo esse sorriso em seu rosto lindo. Eu quero casar com você,
Violet Roberts. Eu quero ser o seu marido e seu amor, para sempre. Você quer se
casar comigo?

—Somente você iria propor em uma tempestade. —Ela sussurra, caindo


de joelhos na minha frente. As primeiras gotas de chuva nos atingem quando ela
leva o anel e assente. —Sim, eu vou casar com você.

Eu pego a mão dela, certificando-me de que o anel vá direto onde eu


quero que ele esteja, antes de eu colocar minhas mãos em seu cabelo e mantê-la
imóvel por um longo beijo, com fome.

—Nós vamos ser atingidos por um raio. —Ela sussurra quando eu a libero
para buscar ar.

—Nós ainda temos um minuto ou dois. —Eu a beijo novamente, em


seguida, fico em pé e a levanto em meus braços. Ela esconde o rosto no meu
pescoço enquanto a chuva nos atinge, mas eu não me importo. Em poucos passos
largos, estamos de volta na nossa cabana, deixando a tempestade atrás de nós.
Capítulo 51
Violet

Hannah é a única pessoa que percebe a pedra maciça na minha mão


esquerda quando eu volto ao trabalho, e eu prometo dizer-lhe tudo sobre o meu
noivado depois do almoço.

Antes do almoço, eu tenho uma reunião com William Novak, um dos


sócios da empresa, e o homem que tecnicamente detém a conta de Max.

Gail chega dez minutos mais cedo, fazendo com que Derrick passe duas
vezes na porta do meu escritório, na esperança de descobrir por que uma
advogada trabalhista de Ottawa está sentada à minha frente, conversando sobre
o Caribe.

—Da próxima vez, você tem que ir à Aruba. —Diz ela. —Ou nas Ilhas
Virgens Britânicas.

—Notável. —Eu pratico meu sorriso confiante, vencedor, que é uma farsa
total.

Ela abaixa a voz. —Não importa o que aconteça, você vai ficar bem.

Eu concordo. Isso é algo que Ellie e eu conversamos na semana passada


no meu primeiro jogo de hóquei. Eu usava a camisa Canucks de Max e de má
vontade coloquei um chapéu horrível com dentes salientes e os olhos grandes.
“Um castor”, ela dizia com orgulho.

—Uau. —Eu disse.

—Essa é a minha segunda tentativa. Esta foi a minha primeira. —Ela puxou
um correspondente de sua bolsa e o colocou na cabeça.
Ela me fez colocar uma camisa correspondente de castor para usar,
enquanto os nossos homens jogavam hóquei. Porque éramos o pelotão de torcida
não oficial, os Frisky Beavers20, e ela era uma idiota adorável.

Eu coloquei o chapéu na cabeça.

E nós conversamos sobre como as mulheres viviam com medo de perder


seus empregos, e os homens sonhavam em iniciar seus próprios negócios, e como
todos nós ficaríamos um pouco mais à frente se pudéssemos transferir o poder
sobre isso.

Gail está certa. Não importa o que aconteça, eu vou ficar bem.

Se eu for demitida da Katz & Novak, vou abrir minha própria firma. A ideia
é aterrorizante, mas eu aprendi recentemente que as coisas maravilhosas podem
vir de onde menos se espera.

Eu sorvo uma respiração profunda. Um minuto. Levanto-me, e Gail me


segue todo o caminho para o escritório de Novak.

Nossa administradora de recursos humanos já está lá, e eu aceno para ela,


reconhecendo sua presença. Eu a chamei quando pedi pela reunião.

—William. —Eu digo, esticando a minha mão. —Obrigada por ter tempo
para uma conversa formal. Você conhece Gail Besson.

—Eu conheço. Prazer em vê-la novamente, Gail. —Ele aperta minha mão,
depois a dela, e gesticula para nós sentarmos. —O que está acontecendo, Violet?

Eu sorvo uma respiração profunda, em seguida, a deixo sair. Lentamente.


Eu começo a definir o ritmo, pelo menos para começar, e não há necessidade de
pressa. Mas não há rodeios, tampouco. —A partir deste momento, eu já não
posso representar os interesses legais do Sr. Max Donovan. Em julho, antes do Sr.

20Castores atrevidos. Referência ao nome dessa série e um trocadilho com a gíria que significa loucos
por bucetas.
Donovan contratar os serviços desta empresa, nós nos encontramos socialmente.
Nossa próxima reunião foi aqui, a título profissional. No entanto, a natureza de
nossa relação foi estabelecida nessa reunião inicial, e chegamos a um ponto em
que seria aconselhável que uma Muralha da China fosse estabelecida em torno do
trabalho que esta firma faz em sua conta. Além disso, a minha advogada tem uma
carta que ela agora vai compartilhar, que descreve as minhas preocupações a
respeito de quão difícil foi para eu marcar essa reunião em uma data anterior,
mais especificamente, pela falta de uma política interna em relação aos níveis
pré-existentes de relações pessoais.

Eu espero enquanto Gail entrega a carta, em seguida, continuo. —Estou


orgulhosa do trabalho que tenho feito como uma associada aqui na Katz & Novak.
Meu faturamento... —Eu continuo, o resto da minha lengalenga planejada saindo
mais facilmente. Eu não sou de me gabar, mas posso falar com confiança sobre
minhas realizações.

Quando eu termino, William não diz nada em primeiro lugar. Entre os dois
parceiros nomeados, ele é o mais simpático, a pessoa do povo... e ele é suave.
Controlado. Marek Katz trabalha cem horas por semana e é um negociador
mortal, mas William Novak é a cara da firma por uma razão.

Ele sabe como fazer isso, como desestabilizar a pessoa do outro lado da
mesa dele com nada mais do que o silêncio cuidadoso.

—Nós levamos a sério o desenvolvimento profissional para todos os


nossos advogados, mas particularmente para os nossos associados. —Ele
finalmente diz, inclinando-se sobre a mesa e tamborilando os dedos sobre ela. —
É uma acusação grave que você não se sentiu confortável em criar um conflito de
interesses quando foi trazida para a conta.

Eu endureço, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, Gail coloca a
mão no meu antebraço. —Minha cliente não está fazendo qualquer acusação ou
conflito neste momento. A carta na sua frente é só para proporcionar uma
documentação clara dos fatos que estamos informando hoje. Ela continua a ser
uma associada comprometida e orgulhosa desta empresa.

—E ainda assim ela contratou uma advogada trabalhista. —William diz,


rindo. —Vamos, Gail. Você está aqui para se certificar de que eu não demita
Violet, que eu não tenho nenhuma intenção de fazer, e não apenas porque você
nos processaria se eu o fizesse. —Ele vira a sua atenção para mim. —Obrigado por
nos informar que já não é capaz de representar o Sr. Donovan. A Muralha da
China será colocada no lugar, e eu confio que você vai diligentemente proteger
esse bem.

Eu exalo. —Eu vou.

—O assunto das nossas políticas internas terá de ser revisto. —Ele franze a
testa. —Em um nível pessoal, e eu gostaria que a sua advogada anotasse a
diferença... —Seu olhar cai no meu dedo anelar. —Eu acredito que devo lhe dar
os parabéns?

Em mais de um sentido, mas vamos deixar a notícia do bebê para outro


dia. Eu concordo.

Ele retorna o simples gesto. —Está bem então. De volta ao trabalho.

Estou tremendo quando nós voltamos ao meu escritório.

—Esse não é necessariamente o fim. —Gail me avisa quando ela fecha a


porta.

—Eu sei.

—E se você obter qualquer publicidade, de qualquer pessoa, denuncie


imediatamente aos recursos humanos. Você não será perdoada uma segunda vez
por esconder qualquer coisa que deve ser abordada.

Eu sei disso também. —Obrigada por tudo.


Ela sorri. —Não há de quê. Isso foi divertido.

E a conta chegará pelo correio. Eu rio. Entendi. Nós apertamos as mãos,


em seguida, ela sai e eu me fecho para fazer meu próprio trabalho.

Eu digo a Hannah sobre o noivado enquanto comemos saladas que ela


pegou na delicatessen, e ela me diz que sabia o tempo todo que havia algo sobre
Max.

Eu também.

*****

Eu chego ao escritório cedo na manhã seguinte. Um dos meus clientes


gosta de reunir-se às oito, então eu tiro isso do caminho, e estou trabalhando em
um depósito quando William bate na minha porta.

Meu estômago embrulha enquanto eu fico de pé. —Sim, senhor?

Ele acena-me para recuar. —Sente-se, por favor. —Ele está franzindo a
testa. —Eu acho que a nossa conversa de ontem foi... clara. Foi um lamentável
mal-entendido, mas eu entendo os assuntos do coração, e tudo está bem quando
acaba bem, realmente.

—Certo. Sim. E eu sou grata por esse entendimento. —Minhas mãos estão
suando enquanto eu tento ficar dentro dos limites do que Gail deixou-me dizer.
Advogados são tão mandões.

—Acabei de falar ao telefone com o primeiro-ministro.


Ah Merda. O estômago embrulha novamente. O enjoo matinal não tem
nada sobre a interferência do meu noivo. —Eu não... quero dizer... isso é... Oh. Eu
estou…

Ele balança a cabeça. —Eu estou supondo que você não tem nada a ver
com isso.

Eu dou um suspiro de alívio. —Não senhor.

—Seu noivo a ama muito.

—Sim.

—Eu disse ao seu melhor amigo que você é uma advogada capaz, que
pode lutar suas próprias batalhas.

—Eu aprecio esse voto de confiança.

—Mas só para ficar claro aqui, não há nenhuma batalha. Somos todos
humanos, e espero que esta seja a última vez que ouvi sobre isso.

—Bem... —Merda. Desculpe, Gail. —A coisa é, William, estou grávida.


Então eu vou tirar algum tempo livre no final do verão.

Ele olha para mim, então ri. —OK. Parabéns em mais de uma vez. —Ele
balança a cabeça. —Jesus. Esse é o fim de tudo?

—Sim.

—Bom. Volte ao trabalho. —Ele ri de novo e se levanta.

Prendo a respiração até que ele sai, então eu pego o telefone.


Capítulo 52
Max

Eu ainda estou no escritório de Gavin quando Violet liga. Ele já está rindo
de mim enquanto eu atendo.

—Alô.

—Sem alô para mim. O que você fez?

—Eu fiz rondas, esta manhã, e então eu vim ver Gavin para um café. —E
talvez tenha lhe pedido para fazer um telefonema.

—Ele está ocupado cuidando de um país, Max! E eu não preciso dele


interferindo no meu trabalho. Eu cuidei disso, de uma forma normal, profissional.

Eu sorrio. —Eu sei, mas só aconteceu de eu mencionar o assunto a um


advogado trabalhista que eu conheço... —Gavin acena para eu entregar o
telefone. —Espere, amor. Gavin quer falar com você.

Eu passo para ele. Ele pega o telefone e limpa a garganta. —Violet, bom
falar com você de novo.

Ele balança a cabeça enquanto ela diz alguma coisa. Imagino que ela
esteja gaguejando agora, recuando com sua raiva porque ele é o PM e ela não
deve ser nada além de educada.

—Eu entendo isso, mas como eu expliquei a William Novak, esta é uma
área da lei que eu tenho um pouco de experiência, e quando ouvi sobre o caso, eu
pensei em manifestar interesse. Por razões legais.

Eu posso ouvir sua voz murmurando através do telefone, e ele sorri.


—Claro. Eu adoraria discutir isso. Devemos almoçar? Fale com Beth e se
encaixe no meu horário. Eu mal posso esperar. OK. Falamos mais tarde. —Ele
bate o polegar contra a tela e me dá o telefone de volta. —Sua noiva é linda.

—Humm. Você acabou de marcar um encontro com ela? E se eu quisesse


dizer adeus?

Ele balança a cabeça. —Ela não queria dizer adeus a você.

—Você foi que ligou para o chefe dela.

Ele dá de ombros. —Sim, mas eu sou o primeiro-ministro. Isso vem com


algumas vantagens. Agora saia do meu escritório. Vou me encontrar com um
potencial novo membro da minha equipe de segurança em poucos minutos.

—Eu irei em um segundo. Mas, escute, eu queria perguntar-lhe outra


coisa. —Quando ele levanta a sobrancelha, como se eu já tivesse feito bastante
dano para uma manhã, eu aceno para ele. —Eu gostaria de casar com Violet, mais
cedo ou mais tarde.

—Quanto tempo?

—Dentro de um mês. Algo simples. Um juiz de paz, esse tipo de coisa. Mas
eu gostaria que você fosse meu padrinho.

Gavin vem em torno de sua mesa, a mão estendida. —Absolutamente.

—Eu sei que você tem algumas viagens programadas, então talvez...

—Vamos, vamos ver Beth. Vamos colocá-lo no calendário agora. Você


quer casar na 24 Sussex? Espere. —Ele para e bate no meu ombro. —Devemos
perguntar à Violet isso.

—Provavelmente.

—Faça isso. Pode atenuar o dano feito por me pedir para me intrometer.
Eu rio. Tenho planos para lamber e bater nesse pedido de desculpas, mas
com certeza, casar na residência do primeiro-ministro pode ajudar, também.

Eu alcanço a porta antes de Gavin, então eu a abro. Normalmente, o


escritório, onde Beth se senta, é um lugar tranquilo, zumbindo com a
produtividade e uma sensação geral de burocracia.

Agora, porém, algo está... acontecendo.

Eu nem tenho certeza do que, assim que eu paro na porta e Gavin quase
bate em mim. Eu calmamente passo para o lado para que ele possa sair comigo.

Beth está em sua mesa, mas ela está olhando com olhos arregalados para
Lachlan, que acaba se afastando da cadeira com tanta força, que ela desliza para
trás forte o suficiente para que ela bata na parede.
Capítulo 53
Lanchlan

Eu pensei que fosse me preparar para este momento, mas ver Hugh Evans
pessoalmente novamente depois de dez anos é um soco no estômago.

Eu rigidamente estendo a minha mão. —Hugh, é bom ver você.

É mentira. Não é bom vê-lo. É repugnante e confuso. Ele parece estar


bem, embora. O tempo tem sido gentil com ele, o deixou ainda mais sexy. Talvez
seja o terno. Eu não o vi em um terno antes, e...

Isso não importa.

Ele pega a minha mão, e eu luto contra a faísca que me atinge. Meu corpo
não decepciona. Assim que seus dedos envolvem em torno dos meus, um aperto
de mão rápido e forte, cada célula do meu corpo acorda. Lembro-me de tudo que
esses dedos grossos fizeram comigo. Meu pau começa a inchar com o toque
familiar. Eu tento ignorá-lo.

—Lachlan. —Sua voz é profunda e rouca, e não há como ignorar o choque


que sinto com meu nome em seus lábios.

Eu puxo minha mão e viro o rosto para Beth. —Você deixaria o primeiro-
ministro saber que Hugh Evans está aqui?

—Ele já sabe. —Ao som da voz divertida de Gavin, eu giro ao redor para
vê-lo e Max Donovan em pé na porta aberta atrás de mim. Após uma breve
introdução, Gavin e Hugh desaparecem no escritório de Gavin.

Max, o filho da mãe, passa por mim sorrindo como um idiota. Ele para na
frente da mesa de Beth, diz algo sobre se encaixar no calendário de Gavin e vai
embora.
Eu volto para o meu lugar, evitando o olhar curioso de Beth. Só que eu sou
péssimo nisso, porque eu estou olhando para ela com o canto do meu olho.
Certamente não pode parecer difícil de acreditar que eu conheça pelo menos
uma pessoa na lista de candidatos para a entrevista da vaga da equipe de
segurança.

Gavin vai gastar, no máximo, cinco minutos com Hugh, mas os minutos se
arrastam para sempre.

Hugh e eu precisamos conversar. E isso precisa ser em algum lugar nas


proximidades e privado.

Pego meu telefone e confirmo que a sala de conferências está livre antes
de mandar uma mensagem para outro agente de segurança vir e me cobrir por
meia hora, embora eu não espere que a conversa tome qualquer tempo perto
disso. Não, o que eu tenho a dizer a Hugh será breve e direto ao ponto - o tempo
que me levará para recuperar meu controle infame levará muito mais tempo.

A porta do escritório de Gavin se abre, e quando Hugh sai, Gavin aponta o


dedo para mim. —Um momento, Lachlan?

Eu concordo. —Aguarde-me ali. —Quando Hugh passa por mim, eu digo-


lhe para esperar por mim. Meu estômago está revirando com a perspectiva do
próximo confronto.

Gavin fecha a porta atrás de mim. —Então, você conhece esse cara. Será
que ele joga hóquei?

Claro, essa não é realmente a questão que ele está perguntando. Hóquei é
um código para perversão. Não é uma exigência para a nossa equipe de
segurança, mas depois do que Gavin e Max viram na antessala, eu entendo a sua
curiosidade.

Porra, Hugh.
Isso já é um desastre.

Eu quero mentir, dizer-lhe que Hugh tem zero interesse em hóquei, mas a
verdade é que ele é um jogador ainda maior do que eu.

—Sim. Por ainda mais tempo do que eu.

—Bom saber. —E com isso, Gavin abre a porta.

Quando eu a atravesso, eu sou cumprimentado pela visão de Hugh, uma


perna no chão, a outra pendurada no canto da mesa de Beth.

Ao contrário de Max, Hugh é do tipo perigoso de flerte. Por muito tempo


no sexo, com pouco compromisso. E Beth merece alguém que tenha muito tempo
em ambos.

—Quais são as chances? —Hugh diz, alcançando a secretária, e por um


segundo nauseante, eu acho que ele vai tocá-la.

Raiva queima dentro de mim, mas ele simplesmente pega a caneta e a gira
no ar.

—Eu sei, certo? —Ela se inclina para trás em sua cadeira e cruza as pernas,
a saia subindo em suas coxas um centímetro. Ela está usando saltos que oscilam
de seus pés quando ela cruza as pernas, e ela faz exatamente isso agora.

Meu instinto cai na curva cremosa da coxa.

No calcanhar balançando.

E acima de tudo, no seu riso alto, safado, que eu nunca receberei.

—Nome bastante comum. —Hugh diz, baixando a voz. —Mas estou feliz
de compartilhar isso com você.

Porra.
Eu limpo minha garganta. —Sinto muito por interromper...

Claro, eu não sinto. Beth olha para mim, mas Hugh apenas sorri.

Porra, mesmo depois de uma década, ele ainda pode mexer comigo.

Eu cansei de ser educado. —Venha comigo.

Assim que fecho a porta da sala de conferência, Hugh me agarra pelo


colarinho e me empurra contra a parede, com o rosto tão perto do meu, nossos
narizes estão quase se tocando.

O meu olhar cai para seus lábios cheios e por apenas um segundo, eu
esqueço tudo e penso sobre beijá-los.

Então eu me lembro como as coisas terminaram e eu encontro o seu olhar


castanho escuro fumegante com o meu próprio olhar zangado. —Por que você
está aqui?

Ele não pisca. —Avanço profissional.

—Besteira.

—Essa morena bonita no escritório, então.

—Deixe-a em paz.

—Ela é sua?

Essa é uma pergunta complicada, e não é da conta dele. Não mais. Não
que um dia realmente fosse, oficialmente. Meu peito dói. Isso foi há muito tempo
atrás. —Ela é uma boa mulher.

—Você sempre teve um fraquinho por elas.

Eu cerro os dentes. Beth não é como qualquer outra mulher. Se as coisas


fossem diferentes...
História da minha vida.

Seu punho aperta na minha camisa, depois, com um suspiro áspero ele me
libera e recua. —Eu realmente não estou aqui para atrapalhar você.

Eu rosno. —Certo.

—Você vai bloquear a minha candidatura para a equipe?

Eu balanço minha cabeça. Eu nunca faria isso. —Não. Mas nós não
podemos...

—Não podemos?

—Nós. Isso. Isso não pode acontecer novamente.

Ele me dá um olhar duro, sombrio. —Ainda escondendo quem você é?

Eu balanço minha cabeça. —Não.

Ele se aproxima. —Ainda escondendo o que você realmente quer?

Sim. —Eu faço algumas concessões por razões profissionais.

—Então, quando eu estiver em sua equipe...

Como ele chegou contra mim de novo?

Ele rosna. —Merda, Lachlan.

Sua mão está na minha nuca antes de eu perceber isso e eu recuo para
detê-lo, mas meu punho envolve a frente de sua camisa e o puxa o resto do
caminho, batendo sua boca sobre a minha.

Dez anos, e eu ainda reconheço o sabor dele.


Epílogo
Violet

Cinco anos depois

Eu acordo com murmúrios flutuando pelo corredor.

—Eu quero fazer isso. —Noah diz, seu sussurro de menino claro o
suficiente para que eu possa imaginar exatamente o que está acontecendo.

Max tem algum tipo de plano para o Dia das Mães, e Noah está tentando
estar no comando.

Eu sorrio e fecho os olhos. Isso significa que eu tenho mais alguns minutos
de sono, e desde que o irmãozinho ou irmãzinha de Noah está me tirando do
sério estes dias, estou feliz pela paz e tranquilidade.

—Não, espere, espere. Se você pressionar isso... —Suspira Max.

Ok, então não tão silencioso.

—Ai está. Está certo. Defina o temporizador. E... diga X!

—X!

Dez segundos depois, meu telefone toca.

M: Feliz Dia das Mães

A selfie de pai e filho faz meu coração inchar.

Eu mando uma mensagem de volta.


V: Bom dia para os meus dois homens favoritos.

M: Você quer café da manhã agora?

Noah corre através de nossa porta do quarto no exato momento. —


Mamãe! Estamos fazendo o café da manhã! E nós tiramos uma foto!

Eu mostro-lhe o meu telefone. —Entendi. Eu amei.

—Esse sou eu, e esse é o papai.

—Eu vejo isso.

—Feliz Dia das Mães.

—Obrigada, querido. Eu te amo.

Ele rasteja debaixo dos cobertores comigo e envolve seus braços em volta
do meu pescoço. —Eu também te amo, mamãe.

Max aparece na porta e para, enganchando seus dedos na parte superior


do batente. Sua camisa branca desliza para cima, expondo os músculos definidos
que desaparecem em seu calção. Eu mordo meu lábio enquanto seguro o nosso
filho perto e olho para o meu lindo marido, incrível. Eu também te amo, eu
murmuro, e ele me sopra um beijo. —Café da manhã na cama?

Eu aceno, e, ao mesmo tempo, o nosso segundo bebê acorda na minha


barriga e faz um rolar suave.

—Oh! —Noah dá um pulo. —Eu senti isso!

Os olhos de Max acendem e ele se junta a nós na cama. —O bebê mexeu?

—Sim.
—O café da manhã pode esperar alguns minutos. —Diz ele, rastejando no
meu outro lado.

Nenhum argumento aqui.

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