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Sinopse
Max:
A primeira vez que eu vi Violet Roberts, ela me fez uma proposta para uma noite.
A segunda vez, estava em uma sala de reuniões e cara, ela estava chateada.
Agora ela insiste que temos um “conflito de interesses”. Ela quer que “avancemos
como adultos”.
Mas eu não posso esquecer a nossa única noite, onde queimamos juntos -
quando o que eu queria e como eu queria não era um problema, porque ela
aceitou todas as minhas perversões, também.
Violet:
Então, por que não posso esquecer o quão incrível era estar à sua mercê? E o que
eu vou fazer quando ele levar sua perseguição para o próximo nível?
DIAGNÓSTICO:
* Um caso sério de uma “ficada” de uma noite que deu errado (mas não
antes de dar muito certo).
PRESCRIÇÃO:
NOTA FINAL:
Estou celebrando esta noite, e isso não tem nada a ver com o fato de eu
ter faturado o maior número de horas para um primeiro ou segundo ano de
associada no mês passado, ou que eu assinei contrato com dois novos clientes
para a firma hoje.
Esta noite, eu quero ser vista como confiante, sexy, anônima e forte.
Desejada.
E não demorou muito para eu incorporar esta outra pessoa. Eu não. Não é
exatamente o papel que eu fazia em clubes, também. Era uma nova pessoa. Seu
nome pode ser Violet, também. Vou compartilhar isso com ela.
Mas essa outra mulher tem uma confiança que nunca me permiti. Eu
sempre tive muito medo de ser... demais. Muito sexy, muito insistente - e aham,
isso é uma piada hilariante, dado o que eu aprendi sobre minhas preferências no
ano passado. A última coisa que quero é ser muito agressiva. Ao contrário, eu
quero ser forçada aos meus limites.
Tomando outro gole da minha bebida, eu o vejo passear pelo local para
me acompanhar no bar.
Aperto minhas coxas uma na outra. Eu quero sentir esse arrastar elétrico
direto entre minhas pernas. Na minha bunda. Através dos meus mamilos. —
Quem você quiser que eu seja.
Tem sido muito mais do que dezessete meses desde que eu fiz um cara ter
qualquer pensamento de como ele queria me foder.
—Eu acho que eu gostaria muito que você fosse minha hoje à noite. Toda
a noite, se estiver tudo bem?
—A noite toda?
E ele vem com a coisa de segurança. Dou-lhe um rápido sorriso. —Se você
não se importa.
Tiro uma foto rápida dele, e depois mando-a para o meu vizinho,
Matthew, que é um policial. Ele está com seu namorado esta noite, então eu não
espero que ele responda imediatamente, mas ele o faz.
V: Chateau Laurier.
outro lugar.
V: Sim, pai.
ir trabalhar. Divirta-se!
—Mostre o caminho.
Ele me guia pelo lobby do hotel, sua mão firme nas minhas costas.
Max vira para o lado, apoiando seu ombro contra a parede traseira
enquanto se curva sobre mim. Eu levanto meu rosto para ele, querendo que meu
coração parasse de martelar.
Mais fácil dizer do que fazer quando o meu acompanhante de uma noite
está deslizando a mão sob a minha saia, a bainha curva e sua sombra fornecendo
apenas cobertura suficiente enquanto as pontas dos dedos acariciam a pele nua
no topo da minha coxa.
Meu fôlego trava em minha garganta enquanto seu olhar escurece e sua
mão procura mais.
Oh.
Por mais de uma década, eu tenho um acordo com uma Madam1 com
sede em Vancouver, que sempre me mandou mulheres que poderiam suportar
meus fetiches. Mas desta vez ela se superou. Aqueles lábios... Das inúmeras
mulheres que ela forneceu ao longo dos anos, esta é a primeira que eu tenho
certeza que vou quebrar minhas próprias regras. Porque eu quero um gosto de
sua boca ainda mais do que a quero de joelhos.
Enrolando meus dedos em seu cabelo, puxo sua cabeça para trás um
pouco. Seus olhos azul-safira brilham enquanto ela me dá um amplo sorriso. Eu
aumento meu aperto, testando sua reação. Ela não está jogando nada para o meu
benefício, eu não sei. Ela me lembra as subs novas no clube - ansiosas e sem
fôlego. Não é o que eu estava esperando para esta noite, mas se é isso que ela
quer jogar, eu estou dentro. Sua respiração trava enquanto meus lábios pairam
sobre os dela.
—Quando foi a última vez que alguém puxou seus cabelos da maneira que
você gosta?
Seu peito sobe e desce entre nós. —Talvez ninguém o tenha feito.
—Sim.
Seus olhos se arregalam quando ela percebe que estou falando sério. Sim,
provavelmente não era o que ela esperava, também.
Isso é adorável. —Punição não é o que eu quero esta noite, mas se fosse,
eu diria que você ganhou dez palmadas por isso.
Suas sobrancelhas sobem. —Oh! —Ela lambe os lábios dela. —Certo, ok...
Bem...
—Isso é... bom. —Ela torce as mãos juntas, depois ergue seus ombros.
Não deixei de perceber que ela está nervosa, e volto a rever meus planos
para a noite. Isso não faz nada para acalmar meu pau, no entanto. Ela só quer
sexo rude? Por mim tudo bem. —Então, quais são seus limites?
—Quão rude?
Eu a vejo de quatro, minhas mãos apertando seu traseiro tão forte que
fica branco. Eu deixaria uma marca se eu fizesse isso.
—Eu planejo.
—Algo mais?
Talvez ela seja nova. Eu incito-a a ter certeza. —Eu gosto de estar no
comando. Eu quero sua submissão.
—Claro que não. —Eu hesito, porque isso está no meu arquivo, mas ela
está nervosa e não vai machucá-la se eu reforçar os pontos positivos sobre mim.
Ela está prestes a conhecer o lado cretino da minha personalidade. —Sou médico,
prometo que está a salvo.
Meu pau está duro e impaciente, mas eu não vou ser apressado.
Depois de soltar o botão final, ela tira os ombros da seda e a deixa deslizar
pelos braços até que esteja pendurada no dedo indicador. É um movimento
suave, e estou mais do que um pouco impressionado.
Cruzando seu braço direito sobre seu busto desaparecendo atrás dela.
Enquanto seu braço trabalha, seu ombro curva-se, criando uma sombra abaixo de
sua clavícula que é de dar água na boca. Então a tira cai solta, revelando o par
mais perfeito de seios que eu coloquei os olhos recentemente. Cheio e redondo,
coberto com mamilos que estou morrendo de vontade de morder.
Com um sorrisinho sexy, ela sai da saia, vira de costas para mim, e se
curva, dando-me uma vista espetacular de sua bunda deliciosa.
Depois que ela coloca a saia dobrada na cômoda, ela olha por cima do
ombro para mim e pisca. Piscadinhas! Moça picante. Ela desliza seus polegares
sob a cintura de sua calcinha, e com um pouco de movimento, a desce pelos seus
quadris. Seu corpo se dobra ao deslizar a calcinha para o chão. Eu perco a noção
do que ela está fazendo por um momento, porque eu acabei de ser distraído por
seus lábios brilhantes espiando entre suas coxas.
Nua, ela se vira para mim. Minha boca enche de água e eu não quero mais
essa coisa de ir lentamente.
—Ajoelhe-se aqui. —Digo enquanto aponto para o divã. Ela vem e fica de
joelhos na minha frente. —Abra mais suas pernas e incline-se para trás em suas
mãos.
Sua nova posição foca minha atenção em todas as suas partes mais
saborosas. As que eu vou chupar, morder, provocar e torturar.
Ela é rápida em ver para onde isso está indo, e logo suas mãos estão
descansando em ambos os lados das minhas pernas. Eu solto seus mamilos e
deslizo uma mão em sua nuca, guiando-a para baixo enquanto a outra mão
aperta a base do meu pau, segurando-o.
—Nesse caso, abra largamente, língua para fora. —Enrolando meus dedos
em seu cabelo, eu a empurro para baixo em minha ereção.
—Você está bem? Eu te disse para bater na minha coxa se você tivesse um
problema.
Eu a guio de volta para o meu pau e ela me leva profundamente. Desta vez
ela está mais tensa, antecipando a mordaça, mas seus quadris estão pulsando
quase imperceptivelmente, também. Ela quer.
Com um gemido, eu seguro a cabeça dela e fodo sua boca. Não muito
profundo, nem todo o caminho. Mas eu a empurro o suficiente para nos dar a
emoção daquele limite de pânico.
Desta vez, quando ela engasga, eu recuo e verifico seu rosto para me
certificar de que ela está comigo. Eu toco meus dedos na lágrima rolando em seu
rosto, satisfeito além da medida. —Isso foi excelente.
Seria glorioso treiná-la, acho que de forma aleatória, mas isso não vai
acontecer. Faz meu pau feliz, no entanto, e ele sacode contra a parte de trás de
sua boca. Ela tosse, e eu lamentavelmente acabo com essa diversão.
—Fique de quatro, como você estava. —Enquanto ela ajusta sua posição,
eu termino de despir-me e coloco um preservativo. —Quero as pernas abertas
até as bordas do divã, linda. Preciso de espaço para trabalhar.
Minha outra mão desliza até seu peito onde eu aperto seu mamilo duro.
Eu beijo e lambo um ponto carnudo entre suas omoplatas antes de afundar meus
dentes. Ela se encolhe ligeiramente, mas geme novamente e eu sorrio.
Mas ela está agindo. Seus dedos estão esfregando febrilmente o suficiente
para eu saber que isso é real para ela. Droga, isso é quente. Ela é gostosa. E a
visão de sua mão entre as pernas aumenta significativamente a temperatura no
quarto. Tudo que eu posso pensar é em ter minha mão lá também, tirar a dela e
senti-la gozar em meus dedos.
—Você pode fazer todo o barulho que você quiser, contanto que esteja
preparada para atender à porta para explicá-lo. Caso contrário, não se mova.
—Muito bom, linda. —Merda, essa palavra carinhosa só não soou direito
para mim. Eu guardo esse pensamento e o deixo para mais tarde. Tenho planos.
Eu tomo o chuveiro dela. —Mãos na parede de novo, mesmo negócio de antes -
todo o ruído que você quiser fazer, faça, mas não se mova.
Sua agitação fica maior. Eu sei que ela quer que eu me mova, para tocá-la,
mas eu quero que ela goze. E o que eu quero, acontece. O tempo se estende
enquanto sua vagina me aperta, mais e mais quente. Porra do inferno. É preciso
toda minha força de vontade para não bombear nela como um animal. Então,
com um gemido longo, ela goza em torno de mim e faz valer a pena ter esperado.
E ela não desiste nem implora. Não, vou ser capaz de obriga-la a fazer isso de
novo e de novo.
Essa imagem ajuda. Porra, eu quero pintá-la também. Puxar para fora e
gozar sobre suas costas, em seguida, esfregar os meus dedos nisso, descê-los para
baixo para o seu traseiro e...
—Se você me fizer gozar, eu vou devolver o favor. Você pode montar na
minha cara.
Isso não é apenas conversa suja. Uma vez que ela gozar, eu vou engolir
cada gota de sua excitação. Lambê-la e levá-la para a cama onde eu vou deixá-la
suja novamente.
Ela está ficando lisa ao meu redor novamente, e meu pau se desloca
dentro dela. Eu a toco mais abaixo, sentindo onde ela está estendida ao meu
redor. Eu puxo essa umidade escorregadia para cima e rastreio mais e mais perto
de onde eu sei que ela vai subir como um foguete se eu apenas tocá-la.
Eu não sei se ela sente que eu a enchi ou se ela pode senti-lo da maneira
que eu estou a segurando, mas de qualquer maneira, é exatamente o que eu
queria.
Ela merece uma recompensa por todo esse trabalho duro. Eu afundo de
joelhos e faço um longo e lento golpe em seu clitóris com a minha língua. Seu
treinamento é perfeito. Ela se segura ainda em mim, choramingando.
Ela está dolorida, tenho certeza, mas ainda não estou pronto para
terminar a noite.
Ela inala lentamente, depois se enrola em meu lado. —Esta noite não foi
exatamente o que eu esperava.
—Não?
Ela coloca a cabeça no meu ombro e eu jogo o meu braço em torno dela.
Ela faz um som que eu só posso descrever como um ronronar satisfeito, como um
gatinho cheio de tanto leite. Eu não me reconheço no momento, mas estou bem
fodido e cansado. Eu vou me preocupar amanhã com este amor recém-
descoberto por afagos. Agora eu só quero descansar meus olhos enquanto eu a
respiro. Violet.
—Volte aqui. —Murmuro, estendendo a mão para ela, mas ela já está fora
da cama.
—Obrigada por esta noite. —Ela se move nas sombras e eu rolo, vendo-a
se vestir.
—Vamos lá, isso foi incrível. —Eu bocejo. —Da próxima vez que eu estiver
de volta na cidade...
Vou lamentar a próxima coisa que eu vou dizer, mas eu não percebo isso
ainda.
—Você quer meu número? —Ela pergunta em voz baixa.
Isso é estúpido.
Porque é no silêncio que se segue que eu junto as pistas que meu pau
ignorou durante toda a noite e percebo que Violet não é uma garota de
programa.
Então, tudo que eu preciso fazer é sair debaixo das cobertas, chuveiro,
vestir-me e dirigir para o trabalho.
Exceto que meu nariz está frio, então eu fico onde estou.
Eu aceitaria também.
Mas é sua vida, seu modo de vida. Eu entendo o stress, assim eu o deixo
falar e falar até que ele se sente confiante novamente.
Eu vou para o meu próximo caso. Como uma associada, eu faço um pouco
de tudo. Eu gosto mais do material da propriedade intelectual, e é como eu ganho
mais experiência, o que provavelmente será onde eu acabarei focando meu
trabalho. Outros acham os tribunais federais e procedimentos de Marca
Registrada chatos, mas eu nunca fui de ficar entediada, nem de gostar do
espetáculo de um tribunal lotado.
O que torna o meu próximo caso o meu tipo favorito, pelo menos:
defender um cliente contra uma ação de difamação. Haverá certamente uma
presença pesada da mídia quando eu acabar no tribunal, e não há qualquer
dúvida de que é para onde estamos indo, porque nenhum dos lados está
interessado em um acordo.
Mas antes que eu possa começar, Derrick Carr, o sócio minoritário a quem
eu reporto, bate e entra em meu escritório.
Não me importo com Derrick. Mas eu não gosto que ele não espere que
eu o convide a entrar.
Ele logo fala. —Novak tem um novo cliente VIP que ele estará entregando
a você.
Concordo com a cabeça e espero Derrick sair antes de revirar meus olhos.
Não, o cliente está aqui para se encontrar comigo, porque eu serei a única que
segurará sua mão quando a merda bater no ventilador. E a maioria dos clientes
entendem essa coisa de parceiros, e tanto juniores e seniores, parecem ter se
esquecido de seus próprios dias de associados.
Abro a pasta, mas eu quase não chego ao meio da primeira página antes
que haja outra batida na minha porta.
E não há nada que eu odeie mais do que começar um dia atrasada com a
minha lista de coisas a fazer.
—Aqui está o nosso cliente. —William diz assim que ele me leva para a
sala de conferências envidraçada no meio de nosso escritório. É como um
aquário, e isso é deliberado, mas eu não consegui dar uma boa olhada no Sr.
Donovan, porque eu não sabia que ele era o nosso cliente até cinco minutos
atrás.
Mas isso não o impede. E quando o faz, por uma fração de segundo eu
tenho um segundo de alívio. Não é ele.
Exceto que é. Ele tem uma barba agora, e isso quase me enganou, mas eu
conheceria esse olhar em qualquer lugar.
Ele tem um olhar em seu rosto, duro e cruel, e medo me atinge. Como se
ele pudesse dizer a verdade, e isso seria um desastre.
—Não. —Eu estreito meus olhos e cerro os dentes. —Eu não tive o prazer.
Mesmo sob a barba, eu posso ver a sua mandíbula flexionar. Ele faz um
gesto para eu me sentar, e reflexivamente eu sento, apenas como uma boa
submissa.
—Então, você é a minha advogada.
Deus, eu não sei como fazer isso. Eu abro seu arquivo e dou-me um
minuto. —Você recentemente mudou-se para a área de Ottawa. —Eu digo como
se não fosse totalmente grande coisa. —E você está à procura de nova
representação na província. Estou correta no meu entendimento?
—Violet.
Eu ignoro o comando claro em sua voz. Não. Ele não vai mandar em mim
aqui. Eu viro outra página. —Você tem uma corporação médica, em British
Columbia. Você tem duas opções. Você pode manter essa entidade lá, e registrar
uma nova empresa aqui em Ontário, ou podemos apresentar artigos de
continuidade para transferir a corporação...
—Pare.
—Eu entendo que precisamos fazer isso. —Diz ele, em voz baixa agora. —
Mas primeiro eu preciso que você olhe para mim.
Eu olho para cima. Meus olhos estão bem, mas tenho certeza de que meu
rosto está sem cor.
Ele balança a cabeça. —Bom. Você precisa chamar alguém para assumir?
—Continue.
E, assim, vou em frente trabalhando minha lista de tarefas. Ele está
trabalhando no hospital em algum tipo de licença recíproca, mas ele precisa estar
totalmente registrado em Ontário, e de forma íntegra e honesta. Assim como a
corporação.
Tudo isso é muito simples, exceto pelo fato de que eu engoli seu pênis
enquanto ele fodia meu rosto.
Não pense sobre aquela noite. O que é uma estúpida instrução para mim.
Tenho pensado nisso pouco mais de três meses, e agora Max, meu Max, está na
minha frente.
Além disso, ele só me fodeu porque ele pensou que eu era uma prostituta.
Há aquele fato doloroso que eu nunca vou ter a chance de jogar na cara dele,
porque minha ética profissional me impede de exigir qualquer coisa deste cliente,
exceto que ele pague a conta.
—Isso é mais trabalho do que eu esperava. —Diz ele quando seu telefone
vibra. —Eu tenho uma reunião do comitê no hospital em uma hora. Quem eu vejo
sobre agendar outro compromisso com você?
—Violet... —Deus, ele precisa parar de dizer o meu nome. E ele continua
vindo com sua voz suave e cuidadosa. Gotejando confiança. —Isso não vai
funcionar para mim.
—Torne possível.
Ele não perde uma batida. Ele está me olhando agora, como se ele não
fosse aceitar um não como resposta. —Jantar, então.
—Max.
—Esta foi uma exceção. Fiquei com a impressão de que a sua empresa
fosse... flexível sobre essas coisas.
Nós somos. Para todos, exceto o homem que me fez despir para ele em
um quarto de hotel e ajoelhar-me em um divã para inspeção.
Ele abaixa a voz. —Eu juro, Violet, essas são mais condições do que você
colocou na nossa noite juntos.
Bem, a nossa noite juntos era para ser um simples caso de uma noite.
Não, Violet, veja sua vida implodir com três meses de atraso.
Eu espero até meu pulso parar de acelerar, então eu volto para o meu
escritório, e a primeira coisa que faço é entrar no Google.
Sim, mas não pela razão que o sócio minoritário espera. —Uh... —Eu fecho
a tela. —Humm-hmm.
—Existe um problema?
Sim, o fato de que eu tive o melhor sexo da minha vida com o meu novo
cliente é um problema. É um conflito de interesses e a prova do meu terrível
julgamento nos homens.
Ele contratou-me.
—Então você vai cuidar bem dele? —Derrick diz, na forma de uma
pergunta, mas nós dois sabemos que é uma direta que eu não posso recusar.
Capítulo 4
Max
Mas ambos serão jogados na gaveta da minha mesa antes de eu sair hoje
à noite, porque o papel que estou assumindo para Violet - a Srta. Roberts, como
tenho certeza de que ela preferiria que eu a chamasse agora - é algo totalmente
diferente.
Meu próprio assistente é um jovem chamado Blair. Ele foi enviado para
mim pela sempre capaz Beth Evans, assistente executiva do primeiro-ministro, e
meu salvador eterno.
Blair está esperando por mim, com as mãos cheias de mensagens e os
olhos brilhantes. —Tudo pronto?
—Eu tenho que fazer algumas anotações, mas vamos sair daqui em breve.
Vamos fazer a triagem dessas mensagens, não é?
Eu os entendo.
Balanço a cabeça e ele faz uma bola com o papel, atirando-o no lixo.
—Eliza Black?
Eu fecho meus dedos sobre a borda dos papéis de mensagens e puxo. Ele
segura. —Blair, solte.
—Eu nunca, nunca vou dar-lhe fofocas. Mas vou dar-lhe uma gratificação
de Natal generosa, então me diga o resto das minhas mensagens e, em seguida, o
fim de semana pode começar.
—É isso aí.
Meu celular vibra no meu bolso. Eu olho para a tela. BJ. Esse é o código
para Gavin, o meu único outro amigo verdadeiro.
Mas eu não sou seu melhor amigo mais. Ele tem Ellie, sua noiva e eles não
precisam de mim por perto.
—Você está mentindo. Você está solitário e infeliz e precisa de nós para
salvá-lo de si mesmo. —Ele está brincando, mas há um fio de verdade em suas
palavras.
M * A * S * H é uma franquia de mídia americana que consiste em uma série de romances, um filme,
2
várias séries de televisão, peças de teatro, e outras propriedades, de propriedade da 20th Century Fox e
com base na ficção semi-autobiográfica de Richard Hooker .
caminho, e uma vez que eu fechar a porta atrás de mim, nós teremos uma
conversa séria sobre todas as coisas que pensei em fazer com ela durante os
últimos três meses.
Na noite em que você me expulsou de sua casa para que você pudesse
foder sua estagiária provavelmente não é a resposta certa. —Eu já visitei esta
cidade uma dúzia de vezes nos últimos dois anos. Conheço as pessoas.
—Diz o político.
Mesmo depois que eles começaram a namorar, a equipe reunida pelo seu
chefe de segurança continuou a jogar. Um jogador estrela, o capitão dos Ottawa
Senators, teve que sair para o final da temporada de verão, mas o resto de nós
continuou a jogar enquanto o inverno se aproximava.
É estranhamente social para mim. Mas ajuda que quase todo mundo na
equipe esteja nesse cenário de BDSM, e em uma posição privilegiada. Alguns são
da Polícia Montada, e alguns amigos de Tate Nilson, o jogador da NHL.
—Ei, uma última pergunta. —Eu limpo minha garganta. —Se eu quisesse
fazer uma boa impressão... flores?
Ele ri. —As flores são agradáveis, mas não surpreendentes. Leve
chocolate. Trufas escuras. E um livro que você tenha gostado. Se ela for uma
mulher digna de você, ela vai apreciar a intenção.
Eu olho para a pilha de revistas médicas na minha mesa. Qual foi o último
livro que li por prazer? —Obrigado.
—Há uma grande loja de chocolate na Bank Street. Ellie gosta do de creme
de café e casca de laranja cristalizada. —Eu ouço um silêncio em seguida.
Cuidado, preocupação e um inferno de um monte de curiosidade. Mas Gavin só
faz um som evasivo em voz baixa, em seguida, cobre o bocal de seu telefone por
um segundo. —Tenho que ir, cara.
Eu estou muito melhor preparada para o meu próximo encontro com Max
Donovan.
Até onde ele sabe, eu tive um caso de uma noite que eu nunca mencionei
novamente.
Especialmente agora, esse é o meu segredo. Eu não vou dormir com Max
de novo, então eu vou sempre manter essas memórias guardadas.
Como uma última defesa contra o bom doutor, eu uso a minha blusa mais
séria, abotoada até o meu pescoço, e um terninho disforme, careta, de uma
mistura de lã pesada.
Eu olho para cada centímetro de uma puritana não-fodível. Meu cabelo
ainda está torcido em um coque no topo da minha cabeça. Não é um coque sexy
que pode ser solto para cair em volta dos meus ombros. Não. Há dezessete
grampos o prendendo.
É sexta-feira à noite e seu filho tem um jogo de hóquei. Não posso pedir-
lhe para ficar e ser uma dama de companhia para uma reunião com o cliente. Eu
balanço minha cabeça. —Tenha um bom fim de semana. Obrigada.
Depois das seis, a porta da frente é fechada. Eu vou para a recepção para
ouvir quando Max chegar, o que me dá um momento para me preparar para a
privacidade que teremos quando ele sair do elevador.
Ele está vestindo calça jeans e uma jaqueta de couro. Ele parece relaxado
e casual, e de repente eu me sinto como uma idiota completa por como estou
vestida. Minha mão vai para a gola da minha camisa e abro o botão superior.
Apenas um.
Não é como se Max não tivesse deixado muito claro que ele respeita
fronteiras. Eu só preciso estabelecê-las.
Um lado de sua boca levanta em um sorriso preguiçoso e ele levanta a
mão. Ele tem um saco de papel marrom para viagem de um restaurante italiano
que fica a poucos quarteirões de distância.
Não. Eu ergo minha mão, como se isso fosse impedi-lo. —O que é isso?
—Jantar.
—Você disse que não iria sair para jantar. Você não disse nada sobre eu
trazer o jantar até aqui.
Calor sobe pelo meu pescoço e faz minha cabeça girar com raiva. —Eu
disse...
—Então nós seremos rápidos para que você possa levar isso para casa.
—Eu tenho muito. Nós podemos compartilhar. —Ele olha nos meus olhos.
—Certamente nós encontraremos algo que agrade a você.
Como ele não percebeu que eu estou vestida como uma freira? Isso não
vai funcionar.
—Foi deliberado.
—Tão... engraçado.
—Parar o que?
—Pare de ignorar que eu estou brava! —Ok, não demorou muito tempo
para chegar à gritaria.
—Eu não estou ignorando esse fato, Violet. —Sua voz causa arrepios
enquanto ele começa a tirar os recipientes dos alimentos. —Eu estou tentando
reformular a conversa dada as nossas novas circunstâncias.
—E que realidade seria essa? Que nós compartilhamos uma noite de sexo
incrível muito antes de eu ser o seu cliente?
Foi ótimo para mim, mas esse não é o ponto. —Além disso, o contexto em
torno daquela noite não pode ser ignorado.
—Sinto muito que o seu cafetão não pôde organizar isso tão facilmente.
—São palavras feias e eu gostaria de poder retirá-las. Eu fecho meus olhos para
que eu não tenha que ver sua reação. —Não há mais nada a dizer sobre isso. Eu
não gostei desse momento, Max. Mesmo que o resto tenha sido surpreendente...
—Eu não sou claramente quem você pensou que eu era. Foi um acidente,
o que aconteceu. Melhor esquecer. É difícil, mas com o tempo vamos seguir em
frente.
—Você não mudou, no entanto, também. —A afirmação não é uma
pergunta, bastardo arrogante.
—Não foi uma mudança tão abrupta para mim. —Eu digo, enquanto eu
olho para ele novamente, desta vez aumentando minha raiva. Foda-se ele. —Eu
não estava dormindo com ninguém antes de você, por isso voltar a esse estado
padrão não foi um grande negócio.
Meu celular toca. Eu olho para ele, sabendo que é Matthew. Este é o meu
timing inteligente, exatamente como eu planejei.
—Alô?
—Esta sua chamada de emergência é totalmente imatura. —Diz Matthew.
Ele está assistindo a um filme em segundo plano. —Eu quase não tento uma
segunda vez, mas então eu me preocupei que você pudesse estar morta.
—Definitivamente.
Seus olhos piscam por um segundo antes de ele olhar para longe, para a
comida. —Estou morrendo de fome. —Meu estômago ronca de acordo, e ele
balança a cabeça, mas ainda não olha para mim. —Você também. Pegue.
Eu estou alcançando o pão assim que eu tento argumentar. —Precisamos
falar sobre o trabalho.
—Eu prefiro falar sobre o incrível sexo “que não foi um erro” que tivemos,
mas tudo bem. Vamos discutir a minha empresa, enquanto você come.
Acho que ele está brincando comigo, mas desde que eu vou cobrar-lhe por
cada segundo que eu posso, dou-lhe um resumo completo. Ele me surpreende
realmente, prestando atenção e fazendo perguntas inteligentes. Depois que eu
devoro meu primeiro pedaço de pão e um pouco de queijo, pego um bloco de
notas e começo a fazer anotações. Eventualmente eu relaxo e me inclino para trás
em minha cadeira, cruzando as pernas, e meu salto alto escorrega. Ele cai no chão
e Max pega.
Mas isso não dura tanto tempo, porque, francamente, o seu negócio não é
tão complicado e apenas começamos o trabalho que vamos fazer. Eu não posso,
em sã consciência, esticar o trabalho e falar mais do que a duração do tempo que
leva para comer. E Max está completamente ciente disso.
Ele me dá um olhar firme. —Agora vamos falar sobre o que eu quero falar.
Ah não. Eu balanço minha cabeça. —Nós não podemos.
Eu jogo minhas mãos no ar. —Eu sei disso. Mas é a minha vida, e você está
pisando sobre ela, porra, por isso, pegue a dica, Max. Vermelho.
Ele se inclina para trás em sua cadeira, com os lábios bem apertados, mas
ele para de falar. Meu coração está batendo forte no meu peito, a mil por hora.
Sim, essa foi a melhor noite da minha vida. Sim, eu não consigo parar de pensar
nisso.
Vou jogar tudo o que eu tenho que jogar, a fim de manter alguns limites
saudáveis e criar distância entre nós.
Eu fico olhando para Violet. Ela não pode estar falando sério.
E mesmo que isso não seja uma cena, ela usou sua palavra de segurança e
eu preciso recuar. Levanto-me, cada célula do meu corpo protestando, porque
temos negócios inacabados.
Vermelho.
Porra.
Sem dizer uma palavra, tiro os chocolates, que eu tinha comprado para
ela, e os deixo em sua mesa. Por mais que eu queira bater a porta atrás de mim,
eu não me incomodo nem mesmo em fechar. Eu sigo em direção ao elevador sem
olhar para trás. Eu não estou muito certo de como processar essa merda que
acabou de acontecer. Gavin é a próxima melhor coisa inútil para mim agora. Ele
está em modo de conto de fadas “felizes-para-sempre” e eu preciso de alguém
que possa dizer-me onde e como eu ferrei isso.
—Quinze minutos?
***
Ele a quer. Ela o quer. Que porra é essa que eles estão esperando?
—Obrigada pela gentil oferta, Max, mas eu já tenho planos para a noite.
—Ela me lança uma piscadela exagerada. Eu conheço essa piscadela. Nós somos
cúmplices em tortura.
Não, eu não posso envolver Beth nisso. Até onde ela sabe, eu sou um cara
adorável. É a imagem que eu cultivo porque o sádico não cai tão bem.
—Carta branca, então. Eu posso trabalhar com isso. —Ela desloca o olhar
para o outro homem no local, o único que ela realmente se preocupa, e dá-lhe
um olhar, que até mesmo eu não consigo decifrar. —Boa noite, Lachlan. —
Colocando sua bolsa no ombro, ela sai do escritório.
Foda-se. Essa é toda a ajuda que ele pode me dar? —Eu nem sei por que
estou falando com você sobre isso. Você não pode sequer resolver suas coisas
com Beth.
Os olhos de Lachlan escurecem. —Você está certo, eu não posso. Mas isto
não é sobre mim. O que exatamente está acontecendo com você, Max?
—Não, você me deu uma cronologia dos eventos. O que está acontecendo
com você? Você é um cara que literalmente e regularmente vai de terceirizar a
sua satisfação sexual a apenas estar interessado em uma mulher durante a noite.
Você quebrou as regras por ela. Por quê?
Essa é a porra de pergunta que eu tenho evitado com sucesso nos últimos
três meses. —Droga, Lachlan, eu vim por alguns simples conselhos sobre namoro,
não uma terapia de um psicólogo de quinta.
—Se você estivesse realmente procurando conselhos simples de namoro,
você teria consultado a internet. Ela vem com informações prontas, e você é uma
estrela do rock fodido quando se trata de pesquisa.
—Tenho certeza de que é normal estar atraído por uma mulher e querer
passar mais tempo com ela.
Eu pego outro pedaço de pizza. Violet comeu todo o pão e feijão verde e
medalhões de frango. —Agora é um momento tão bom quanto qualquer outro
para dar uma chance.
—Pode ser, mas até que você entenda de onde isso está vindo, e por que,
você vai ser capaz de fazer a coisa certa quando ficar com a garota?
Eu fico olhando para ele. Eu não tinha pensado tão longe. Ficar com a
garota? Eu só quero mais uma noite com ela. Ou duas. Três soa muito bem,
também.
A verdade é que, aquela noite com Violet foi incrível. No início, eu tinha
ficado relutante em substituir essa experiência com outra. E então os sonhos
começaram.
Lachlan balança a cabeça. —Isso soa como o seu problema, não dela.
Descubra o que você pode fazer por ela, e então você saberá o que fazer.
***
Porra!
Algo precisa mudar. Eu tomo uma cerveja e vou até a sala de jogos que eu
montei em minha nova casa. Ainda há muito que fazer antes de eu estar pronto
para hospedar minha primeira festa - porque quando seu melhor amigo é o
primeiro-ministro, não se pode tranquilamente ir a um clube de sexo. Então você
traz o clube de sexo até você. Eu tinha uma grande reputação para festas privadas
em Vancouver e eu estou ansioso para retomar essa tradição aqui em Ottawa.
Eu já sei como o quarto será montado, por isso é apenas uma questão de
mudança. Eu começo com a cruz de Santo André4, porque não há muito a fazer e
ela vai ser uma tarefa fácil e rápida.
Erro. Minha mente está cheia das visões de Violet amarrada a ela
enquanto eu trabalho em seu corpo, transformando sua pele pálida em todos os
tons de rosa e vermelho.
Preciso de Violet.
4 Peça utilizada no BDSM.
Eu vejo minha mala apoiada contra um monte de caixas inocentemente
rotulada como Quarto Vermelho. Não as abri desde antes daquela noite com
Violet. Estou terrivelmente fora de forma e os meus dedos de repente coçam para
tirar o conteúdo.
Ela grita mais de surpresa do que de dor. Eu volto para o golpe gentil e
quando fico mais animado, jogo o peso da minha mão nela. Violet solta outro
grito, e uma listra vermelha bonita aparece em toda a parte mais larga do seu
traseiro.
Eu não posso tirar meu pau e deslizar em sua buceta molhada. Eu não
posso foder sua buceta até que ela esteja chorando por uma razão
completamente diferente, porque eu não vou deixá-la parar de gozar.
Violet é especial, e não tem nada a ver com o sexo. É fácil imaginar o
braço do sofá como o traseiro de Violet, mas agora eu quero segurá-la em meus
braços, e para isso, apenas a verdadeira Violet vai funcionar.
Capítulo 7
Violet
Max não é um tipo de cara que dá chocolates, eu tenho certeza disso. Ele
é mais um “ei, essa foi uma grande foda, aqui vai uma gorjeta de mil dólares” -
esse tipo de cara.
Eu acho.
Multifunções.
Não Max.
Ok, esse devaneio foi um erro. Eu bato a ponta da minha caneta em meu
bloco de notas e tento forçar-me a prestar atenção à reunião. Ele ainda está
falando sobre o acompanhamento de horas, enquanto nós fazemos o trabalho.
Fala sério? Eu não posso lidar com isso.
Maçãs
Aipo
Pimentas
Peitos de frango
Bolos
Abobrinha
***
Ottawa tem um monte de opções de mercados de agricultores, incluindo
um mercado interno permanente que está aberto todo o ano. Eu prefiro o
mercado ao ar livre no extremo leste, e graças à temporada de inverno se
aproximando rapidamente, este é o último fim de semana que estará aberto.
Eu tomo um café primeiro, porque está frio, em seguida, dou uma olhada
na barraca dos fornecedores. Eu tenho a minha lista, mas às vezes é bom ver o
que as pessoas têm à venda. Eu pego um saco de cabaças para decorar minha
mesa da cozinha, em seguida, pego todos os legumes que eu queria.
Estou na tenda do meu padeiro favorito quando noto dois sedans pararem
na frente da arena. Grandes. Pretos.
Você sabe aquele momento em que você sente uma coisa? Este é um
daqueles momentos. Eu sei que esses são carros do primeiro-ministro. Bem, um
deles. O outro seria para seus seguranças.
Eu vejo quando o líder da nação troca uma piada e um sorriso rápido com
seu motorista e um membro de sua equipe de segurança antes de desaparecer na
parte de trás do carro da frente.
—Ele é muito bonito. —Diz ela com uma piscadela. Ou talvez ela esteja
esperando eu terminar de babar.
Não tão bonito quanto o seu melhor amigo, meu coração traidor sussurra,
porque Max não é exatamente bonito. Ele é assustador, intenso e ferozmente
tem boa aparência se estamos sendo específicos. E o primeiro-ministro é bonito,
tipo o menino da casa ao lado. Eu concordo. —Acho que vou levar seis muffins de
maçã e nozes.
Porque desde que saí de Toronto e deixei meu ex-marido, me sinto tão
sozinha quanto me sentia dentro de nosso casamento.
—Ele tem sorte. —Eu finalmente digo. Eu realmente não quero fofocas
sobre o relacionamento do PM.
—Eu acho que ela é sortuda. —O padeiro ri, e então alguém aparece,
dando-me uma desculpa para seguir em frente.
A última coisa na minha lista de compras é frango, então eu vou até o fim
da fila. O açougueiro tem uma geladeira portátil na parte traseira de sua van,
então ele está em campo aberto, passando pela fileira de barracas montadas. Eu
paro lá e faço o meu pedido.
Eu olho para trás na arena. Outro cara sai. Um cara grande, de boa
aparência, mas não é Max. Talvez ele já tenha ido, se é que ele esteve aqui.
A última vez que o vi, eu gritei com ele e o chutei para fora do meu
escritório. Eu criei alguns limites graves e me forcei a eles, mesmo quando ele me
tentou.
E ainda quando a porta se abre novamente e vejo uma forma alta familiar
sair, largo nos ombros e movendo-se com um passo confiante que significa muito
mais para mim do que deveria... meu coração pula.
Sim. Estúpido. E ainda assim eu fico lá, olhando para ele, esperando que
ele vá sentir a minha atenção.
Em seguida, uma mulher sai atrás dele, loira e atlética, e ela chama por
ele. Meu coração para, que é igualmente irracional o salto que o precedeu.
Ele se vira e para. Eles conversam. Eu passo por toda uma montanha russa
de emoções antes de aterrar na ideia de gênio de me esconder. Então eu pego
minhas compras e volto para a fileira de barracas.
Eu continuo indo, porque os meus pés não estão ouvindo o meu cérebro,
e quando eu finalmente chego a parar, há apenas alguns centímetros entre
nossos corpos. Meu saco de mantimento bate em seu saco de hóquei, e ele recua.
O que você está fazendo aqui pareceria como uma questão hipócrita
quando eu já sei que ele estava jogando hockey com o PM. E admito que
significaria que eu o observei e corri na direção oposta. Então, ao invés disso, eu
não digo nada, olhando para ele em silêncio. Posso reduzir sua estima por mim
como uma advogada, mas ainda parece ser o curso de ação mais seguro.
—Você foi fazer compras? —Isso saiu em forma de pergunta, porque essa
é a coisa educada a fazer, mas sua voz é rouca e séria.
Eu concordo.
—Eu não te vi aqui antes. —Ele aponta na direção geral da arena. —Nós
jogamos aqui todos os sábados há algum tempo.
Eu hesito. —Sim.
Ele levanta uma sobrancelha, e isso me aquece. —Você não tem certeza?
—Não. —Eu fecho os olhos e respiro fundo. —Obrigada. Mas você precisa
ir às compras e eu terminei, então eu só vou... —Eu tento apontar em direção ao
meu carro, mas na verdade ele está do outro lado do mercado, e isso é ridículo.
—Quer saber? Vamos. Vou andar nessa direção com você.
É estranho fazer isso com outra pessoa. Eu comecei uma viagem semanal
ao mercado em Toronto, quando o meu casamento se desfez. Parte de uma busca
por um novo sentido de quem eu sou. Eu encontrei pedaços de mim nesta nova
rotina, e eu continuei quando me mudei para Ottawa.
Como se pudesse ler minha mente, Max olha de soslaio para mim. —Você
está aqui sozinha?
—Sempre.
—Ex?
Ele para e olha para mim. Estou tentada a continuar caminhando. Deixar
esse fato para ele pensar, mas não posso fazê-lo. Eu paro, também e me viro
lentamente para olhar para ele.
O que há com ela e essas conversas que não quero ter? Concordo com a
cabeça educadamente.
Eu franzo a testa para ele. Meu aceno para ela era apenas a resposta que
exigia a menor quantidade de explicação.
Ele estende a mão e roça os nós dos dedos contra a minha bochecha, de
forma tão leve que eu não tenho certeza se ele está realmente me tocando,
exceto que a minha pele parece chamuscada e em carne viva. —Talvez você
esteja apenas com fome.
—Ei. —Ele diz, sua voz áspera e sem fôlego enquanto ele fica na minha
frente, jogando sua bolsa de hóquei no chão, no mesmo momento em que ele se
prepara para colocar a mão na porta do meu carro - efetivamente me parando de
entrar e dirigir para longe dele. —Eu sinto muito.
—Sim.
Um zumbido baixo soa de dentro de sua jaqueta. Ele geme e puxa um
pager, olhando para a tela por um segundo antes de olhar de volta para mim. —
Isso realmente não funciona para mim.
Bem, muito ruim, muito triste. —A vida é cruel. —Eu deslizo minha mão
sobre a dele, ignorando a fria eletricidade que atravessa o meu braço com o
contato. —Com licença. Eu realmente preciso ir.
—Ok. —Ele dá um passo para trás e enfia as mãos nos bolsos. Ele está
franzindo a testa novamente. Como se estivesse pensando muito.
Outro aceno de cabeça, e seu cenho se aprofunda. Ele olha para o chão,
em seguida, para longe. Mais pensamento. Em seguida, ele gira a cabeça para trás
e exala. —Nós vamos descobrir alguma coisa.
Eu iria voltar mais tarde esta noite de qualquer maneira, mas eu deixei
claro para qualquer residente com quem trabalho que eu quero estar envolvido
em absolutamente qualquer coisa fora do comum.
Mas a maior parte da minha motivação não é egoísta. Eu sou uma pessoa
diferente quando passo pelas portas do hospital. Mais calmo, mais dado.
Deixo a minha sacola de hóquei na parte de trás do meu SUV e vou direto
para os andares dos pacientes. Eu rolo as mangas até os cotovelos e entro no
quarto pelo posto de enfermagem, em seguida, verifico o quadro branco.
Dois pacientes estão fazendo exames, mas fora isso, nada mudou desde
esta manhã. Eu checo tudo com meus residentes, em seguida, o estagiário e eu
caminhamos até o quarto privado no final do corredor, onde Ethan Bolton está se
recuperando de sua queda de um lance de escadas na escola, terminando com
uma concussão.
Não é preciso muito para perceber que os Boltons estão chegando ao fim
de seu limite emocionalmente. Ambos os pais estão aqui hoje porque suas filhas
foram passar o dia com amigos na cidade, mas eles são agricultores que vivem há
uma hora longe de Ottawa.
—Eu sei como isso é difícil para sua família. Nós tínhamos falado sobre
segunda-feira ser o dia para a alta, e eu gostaria de ficar com essa data, mas eu
não estou ignorando os desafios da necessidade de vir para a cidade. Um grande
número de famílias decide escalonar suas visitas...
—Eu não vou deixar meu filho em um hospital por dias a fio. —Sr. Bolton
rosna com uma ferocidade que eu aprecio.
—Não dias. Um dia, no entanto. Amanhã, por exemplo. —Eu dou a Ethan
um meio-sorriso. —Eu não estou fazendo nada. Eu vou passar por aqui. E nós
temos o pessoal de apoio a pacientes, que são excelentes.
O pager do meu residente toca, e ele se desculpa, mas eu fico mais alguns
minutos, respondendo a perguntas sobre dores de cabeça e sinais de aviso de
exagero. Eu explico níveis de subatividades limiares de tantas maneiras
diferentes, de acordo com o que a família precisa - geralmente uma maneira
diferente para cada membro, e isso é o que acontece hoje, também.
5
TIE Fighter é uma nave de caça do Império com grande potência.
Eu não saio do quarto até que as linhas de preocupação se desvanecem e
o silêncio se estende por tempo suficiente para acomodar sorrisos hesitantes
novamente.
—Dr. Donovan, desculpe interromper. —Eu olho para cima. Uma das
enfermeiras está de pé na porta. —Há uma chamada da Pediatria na emergência.
Gibson não atende o pager rápido o suficiente, aparentemente.
—Aqui está a coisa, Sam. Estamos cheios neste fim de semana. Portanto,
se esse garoto vai acabar tendo que passar por uma cirurgia de qualquer maneira,
vamos ter certeza de que há um diagnóstico preciso desde o início. Você me
entendeu?
—Sim.
—Nah, eu vou descer. Tudo está quieto aqui. Mas nós podemos precisar
de outro leito hoje à noite. Veja com Susan e descubra a melhor maneira de lidar
com isso.
—Vou fazer.
—Olá, eu sou o Dr. Donovan. Eu entendo que você não está se sentindo
bem. —Dirijo-me ao paciente, uma menina de nove anos chamada Emma, mas
certifico-me de dar ao pai e a mãe algum contato visual, também.
***
Violet.
Olho para ela. Ela está com as mesmas roupas de antes, jeans e um suéter
macio. Sua mão está envolta em um pano de prato encharcado de sangue.
A enfermeira pergunta-lhe algo, mas Violet não responde, porque ela me
viu, e agora estamos olhando um para o outro.
Ela quer me ignorar. Se eu lhe der a chance, ela vai tentar se recompor e
fazer exatamente isso, ou morrer tentando, mas isso é besteira. Seu rosto está
torcido, sua coloração se foi, e sua respiração está definitivamente irregular. Ela
não está lidando bem com a dor.
A enfermeira pede a ela para mexer os dedos. Bom movimento, mas isso a
faz sangrar novamente e ela choraminga com a visão.
Devo ter feito uma careta, porque me olha e revira os olhos para mim. —
Estou bem.
—Claramente. —Eu rodeio a cama, no lado mais distante do local onde ela
está sendo atendida. —Feche seus olhos.
—Por quê?
Ela hesita.
—Ou eu posso perguntar-lhe quem é Matthew e por que você não vai
deixá-lo estar aqui com você.
Isso me rende um sorriso dela, e ela fecha os olhos. —Mais uma vez, isso
não é da sua conta.
—Ele é...
—Certo. É claro. —Ela hesita novamente, e sua voz suaviza. —Eu ouvi você
mais cedo. Com um paciente. Eu estava sentada na sala de espera e você estava
perto da porta.
—Eu tento.
—Não olhe para ela. —Eu movo meus dedos pelas suas costas,
massageando ao longo de sua coluna vertebral, delicadamente no início, em
seguida, mais forte enquanto coloco minhas mãos nos quadris dela. Elas estarão
fora da vista do residente quando ele chegar para fazer as suturas.
Ela congela. Ela ainda está respirando forte, mas está controlada. Isso não
vai alterar nada.
—Até que as suturas sejam feitas, você não deve olhar para o seu lado. Eu
sei que você pode fazer isso. Você tem a mais bela força de vontade que eu já vi.
Respirações profundas. Mostre-me quão boa pode ser, Violet. —Quando o
residente entra, eu a belisco, forte, e ela levanta a cabeça.
Ele não leva muito tempo. O residente é bom, e Violet não move um
músculo. O tempo todo, eu estou a segurando, e quando estamos sozinhos
novamente, ela cede contra mim.
Porra.
Ela não diz nada, enquanto silenciosamente desce da maca. Eu passo para
o outro lado, e antes que eu possa descobrir o que dizer, a enfermeira está de
volta com ordens de dar alta à Violet.
Espere, eu quero falar para ela. Espere e deixe-me explicar que inferno foi
tudo isso. Mas nós dois sabemos.
E assim vai, mais três vezes essa semana. Na quinta-feira, Hannah está
começando a se perguntar por que eu não quero falar com um cliente. Eu digo-
lhe algo inócuo sobre a necessidade de mais tempo em seu processo e não
querendo desperdiçar desnecessariamente as suas horas faturáveis.
Eu não acho que ela acredita em mim. Max já está cruzando a linha entre
profissional e privado e não fizemos nada.
Novamente.
Nós não fizemos nada de novo. Porque nós fizemos um bocado em julho,
quando ele não era meu cliente.
E ele pode ter usado seu gênio excêntrico para me ajudar a passar pela
sutura quando ele era muito mais do que um cliente.
Esses pontos são um lembrete constante dele. O corte está curando bem
agora, rosado, esticado e coçando. O doutor da emergência me disse que eu
podia ver o meu médico de família na próxima semana para verificar a cura e
retirar os pontos.
Eu mal posso esperar. Dirigir ainda dói. Não que eu vá deixar isso me
impedir de ir ao mercado, no sábado.
Provavelmente.
Então, eu sou grata que não tenho essa tentação, que o mercado exterior
está fechado para a temporada e minha única opção para conseguir muffins na
cidade é o centro do mercado interno.
Eu não posso admitir que eu tinha fugido dele, isso seria pouco
profissional. —Eu sou a sua advogada. Claro que retornaria.
—Não, você disse que é o que você me diria. —Ele anda em direção a mim
e meu estômago cai. —Diga-me para deixá-la em paz.
—Não foi possível esta semana. Eu tive que verificar um paciente. —Ele
aponta para a minha mão. —Como está curando?
Ele não responde imediatamente. Seu olhar segue minha mão enquanto
eu largo o meu braço para trás ao meu lado, então ele lentamente levanta os
olhos para encontrar o meu rosto. —Eu sei que você está fora dos limites e eu
deveria chamar um serviço de prostitutas. —Sua voz fica mais baixa, tornando-se
mais privada. —Talvez eu devesse arranjar alguém para me encontrar no Chateau
Laurier. Extirpar a memória de sua pele da palma da minha mão.
—Não? —Ele se inclina para perto. —Eu te disse. Eu não estive com outra
mulher desde você, Violet. Eu não posso suportar a ideia de outro homem te
tocando. E você me diz que não pode acontecer novamente. Você me diz que sua
submissão não é minha. E você acha que eu deveria apenas continuar
alegremente?
—Você não tem esse direito. —Minha voz oscila. —Você não tem esse
poder sobre mim.
Ele está olhando para o meu rosto, seu olhar intenso enquanto ele
cataloga a miríade de emoções, obviamente, sendo expostas.
Mas somos totalmente algo. Algo quente, complicado, fodido, fora dos
limites, não... pode... acontecer.
Então eu não posso dizer-lhe mais uma vez que ele é o único com quem
eu estive, o único em quem pensei em meses. Eu não posso dar-lhe esse poder
quando ele já me deixou confusa sobre nós.
Talvez seja a minha falta de uma resposta, ou talvez ele só queira jogar de
outra maneira, mas seu rosto suaviza e ele inclina a cabeça para o lado. —Eu não
estou pedindo por sexo.
Bem, maldição. —Então o que você quer? —Porque sexo... Eu daria a ele
num piscar de olhos, se houvesse uma maneira. Mas ele querer algo mais... isso é
perigoso de uma forma totalmente nova. Algo fraco começou a se agitar no meu
peito.
Seus olhos escurecem. —Claro que é. Nós podemos discutir sobre isso
com mais detalhe esta noite. Gavin e Ellie vão desfrutar da companhia, tenho
certeza.
Gavin e Ellie. Seus amigos são o primeiro-ministro e sua noiva. Eu não
posso jogar na frente deles, e eu não devo jogar na verdade, não com o meu
cliente. Meu rosto empalidece, eu posso sentir isso, e minhas mãos molham de
suor. —Max...
—Bem, pelo menos você me chamou pelo meu nome. —Diz ele sem
problemas. A confiança está de volta, e eu temo que vá ficar desta vez. —Vamos.
Eles são as melhores companhias que você poderia ter. Eu vou estar no meu
melhor comportamento, ou Gavin cortará minha cabeça.
—Não!
Mas ele a toma de mim, seu braço roçando contra o meu, e ao fato de nós
dois estarmos vestindo jaquetas é a única razão da minha pele não parecer
escaldada pelo contato.
Quando eu disse a Gavin que eu não estaria no hóquei, ele fez o convite
para bebidas.
BJ: Eu sou sempre bom. Você é o canhão solto. Tente não bloquear
Não que eu pudesse estar pensando sobre meu pau e ela no mesmo
fôlego. Nós estávamos tão longe de foder novamente que doía pensar em quão
doce sua boca era, quão bem ela acatava minhas ordens e quão boa sua bunda
parecia...
—Max? —Ela olha para mim, um saco de peras em sua mão. —Você pode
levar isso?
Violet revira os olhos. —Eu não sei. É claro que você está no comando.
—Nós?
—Você é tão arrogante. —Ela diz isso como uma observação casual, e eu
não posso culpá-la por isso, é verdade, eu sou. Mas ela realmente não sabe da
missa a metade.
—Normalmente mais.
—Algo parecido.
Não é como se aquele fosse o meu objetivo. Por toda a minha vida adulta,
na verdade, esse foi o meu anti-objetivo.
Namoro seria...
Merda.
Posso não ter muita experiência nesta área, mas eu não sou um idiota.
Provavelmente em sua lista das dez coisas que ela procura em caras para
namorar, logo abaixo está “não sejam seus clientes” e definitivamente “não
homens que a confundem com uma garota de programa”, poderia ser também
“alguém que está demonstrado uma capacidade para lidar com um
relacionamento como um adulto”.
Passos de bebê.
***
Ela não é minha para proteger. Ela mal é minha para alimentar por uma
tarde.
—Claro que não. —Eu pressiono o botão de teste e ele toca. Bom.
Foi quando eu percebi que era mais saudável limitar com quem eu dormia,
tornando um acordo financeiro formal.
—Sim, eu os conheço. —Diz ela suavemente. Ela aponta para a porta mais
próxima. —Esse é o apartamento de Matthew. Ele é um policial. —A pontada de
hesitação precede suas próximas palavras. —E ele é gay. Mas ele podia
totalmente bater em você. E ele o faria. Portanto, mantenha isso em mente.
—Estou com medo, mas não com ciúmes. Entendi. Ele é o cara com quem
estava ao telefone no hospital?
—Sim.
—E em seu escritório?
Ela faz uma pausa enquanto desliza a chave na fechadura. —Você vai me
dizer para quem você ligou quando me deixou naquela noite?
O tempo todo, uma tensão estranha está enrolando dentro de mim. Esse
momento na porta... eu não sei o que é.
E Violet não merece isso de mim. Porra, ela já obteve a pior parte minha.
Talvez eu precise começar por pedir desculpa.
Eu a espero olhar para mim, então eu começo. —Eu vou falar, e eu quero
que você ouça.
—Aquela noite foi diferente. Essa não é realmente quem eu sou em uma
base diária, e somos tão complicados...
—Silêncio, gatinha.
Seus olhos incendeiam, mas ela aperta os lábios. Meu instinto vibra de
prazer em sua conformidade. Gatinha. Sim, vamos usar isso novamente.
Ela abre a boca para protestar e eu levanto minha mão, apertando meu
dedo sobre os lábios entreabertos. Calor sobe em meu braço com o contato.
Choque aparece em seu rosto. Eu levanto minha mão, mas não rápido o
suficiente para perder o sopro de ar quente surpreendido enquanto ela respira
meu nome. —Oh, Max. Isso é horrível. Eu nunca soube...
—Ninguém soube. Obviamente, isso não chegou até aqui ainda, mas é por
isso que é importante eu ter um escritório de advocacia de alto nível trabalhando
em meu nome. —Eu faço careta. —Eu tive que calar mais de uma agência de
notícias no tribunal antes.
—Como você... —Ela para, e posso praticamente ver sua mente zumbindo
através da jurisprudência, tentando descobrir como eu pisei sobre a liberdade de
imprensa.
Eu dou de ombros. —A maioria disso foi há uma década. —E me custou
muito mais dinheiro do que ela vai saber. Algo me diz que ela não aprovaria. —Eu
me comporto de forma diferente agora.
Ela pisca três vezes em rápida sucessão. —Eu não estou julgando. Eu fui a
clubes de sexo, também.
Jesus. Eu não quero saber disso. Não há como essa Violet do apartamento
sem elevador e sedan possa pagar as dívidas de qualquer clube que eu considero
aceitavelmente seguro. —E nós podemos falar sobre isso uma vez que vamos
fazer isso.
Dou-lhe um olhar severo. —Violet, seria muito mais rápido se você apenas
me deixasse chegar ao ponto.
—E o ponto é?
—Eu quero você. Nada vai mudar isso, e nós dois concordamos que não
queremos que o outro esteja com mais ninguém. Assim, para o futuro imediato,
eu gostaria de encontrar uma maneira de nós termos discretamente um acordo.
—Um que iríamos negociar, é claro. —Eu franzo a testa. —Você pode
definir os termos.
—Não. —Eu encontro a minha voz, graças a Deus. —Uau. Pare. Não salte
para qualquer conclusão. Eu apenas usei a palavra errada.
Ela cruza os braços. Jesus, nós estamos tendo nossa primeira briga e ela
nem sequer sabe que estamos namorando ainda. Use essa palavra, uma voz
sussurra no fundo da minha mente.
Hah. Não.
—Fazer arranjos? Na verdade, eu não sei. Eu pensei que era todo o seu
modus operandi.
—Um encontro.
—Eu gostaria de sair com você, em segredo, para seu benefício, não meu.
Isso seria para protegê-la. E não vou fazer nada como o que eu fiz no passado.
—Você tem a minha palavra de que não vai mudar. Mesmo se dormirmos
juntos e terminar tudo catastroficamente mal, vou continuar a trabalhar com sua
firma.
Cautela ainda está rolando dela em ondas, mas enquanto ela se move,
posso ver que a última coisa que eu disse mexeu com ela mais do que qualquer
outra coisa.
Meu pulso acelera. —É disso que você precisa, Violet? Nós não precisamos
ter um encontro. Se as cenas de Dom / sub são tudo o que você quer, poderíamos
R
negociar os termos.
—O que você quiser. —Eu aceno com a mão pelo meu corpo. —Jeans
caem muito bem. Será casual.
Ela ri e balança a cabeça. —Eu não me lembro de que foi assim que
funcionou com meus orgasmos.
—Não?
—Eu tenho certeza de que foi de acordo com o que você queria que eu
tivesse, e eu só tinha que aceitá-los.
—Certo. Eu sabia que não soou muito bem. —Deus, agora eu estou meio
duro só de pensar na forma como ela ficou quieta para mim.
Ela me dá um olhar estranho. —Pare de tentar ser romântico, Max. Eu não
espero isso de você.
Claramente ela entende minha veia pervertida. Mas há outra coisa que eu
não deveria ignorar. —O que você espera?
Quando ela reaparece, ela está vestindo calça jeans e outro top
confortável, um rosa pálido. Faz seus lábios parecerem mais exuberantes e eu
tenho que me esforçar para não olhar. Ela derrama dois copos de água, e nós
sentamos em sua mesa.
Compartilhar uma refeição simples com ela não deveria me deixar tão
feliz, mas é como a primeira vez que eu fui para a casa dos Strong para o jantar. A
normalidade, sem quaisquer amarras... para a maioria das pessoas, não seria
nada. Mas, para mim, é tudo. E depois de vinte anos estando ciente de quão
diferente a minha reação é, eu sou capaz de mantê-la só para mim. Eu não sou
capaz de disfarçá-la completamente.
Mas a facilidade não pode durar para sempre, porque eu menti para ela e
ela quer honestidade.
Droga.
Eu espero até que nós limpamos os nossos pratos. Eu a sigo até sua sala
de estar, decorada de forma acolhedora com livros e fotografias onde ela está
fazendo caretas em algumas, radiante em outras. Ela está linda em todas elas. O
espaço é vibrante, quente e honesto, assim como Violet. Eu limpo minha garganta
e derramo o que precisa ser derramado. —Eu não fui inteiramente verdadeiro
quando eu lhe disse que Gavin e Ellie me pediram para levar um encontro esta
noite.
—Tenho certeza de que eles são. É sobre você que eu não estou
inteiramente certa.
Desta vez, quando ela desliza o olhar para encontrar o meu, há algo de
novo lá. Um calor escaldante que me faz lembrar daquela primeira noite e com
um choque, eu percebo que é também o que se passou entre nós quando
chegamos no apartamento dela.
Eu vou. Mas eu já usei as minhas chances com ela. Eu tenho esse direito
ou eu não fico com a garota realmente. —Você confia em mim?
Mas eu não quero uma tarde. Eu quero a química e tudo o mais também.
Pela primeira vez em minha vida adulta, ficar com a menina tornou-se
extremamente importante.
Capítulo 11
Violet
Meu coração para, enquanto Max segura minha bochecha, então roça
seus dedos pelo meu braço. Ele pega a minha mão, roçando um beijo em meus
dedos antes de ele segurar meu braço atrás das costas. Ele fica na minha frente,
deslizando a outra mão no meu outro braço, passando pelo pulso para se juntar a
outra.
—Você é tão natural. —Ele murmura. —Eu não posso esperar para tê-la
de joelhos para mim.
Não espere, eu quero dizer, mas ele está segurando meus pulsos, apenas
com as mãos. Nós não estamos em uma cena, mas nós não estamos... não em
uma cena.
Como tantos momentos com Max, não tenho certeza do que estamos
fazendo aqui, mas eu aceito que estamos definitivamente fazendo algo.
E as coisas boas vêm para aqueles que esperam. Então eu continuo muito,
muito parada.
Ele geme e cobre minha boca com a dele, um beijo forte, rápido, que
acaba antes de começar. Com a mão livre, ele agarra meu queixo e levanta meu
rosto. Ele olha para mim com cuidado, fogo queimando em seu olhar. —Não
temos tempo para fazer isso direito. Você precisa ser paciente.
—Eu posso ser paciente. —Minha voz falha porque eu não quero esperar.
Seus olhos brilham, como se ele soubesse que a minha decisão está
verdadeiramente para ser quebrada. É uma coisa boa que ele está no comando.
Eu reviro meus olhos. —Quando foi a última vez que teve jantar e bebidas
com os amigos e com uma mulher?
***
Max dirige um BMW SUV. Parece novo. Mas, considerando onde estamos
indo hoje à noite, considerando o que eu sei sobre suas propriedades e negócios
e sua riqueza pessoal, para não mencionar o seu rendimento como um doutor...
não é surpreendente. Ele poderia pagar toda uma frota destes, um para cada dia
da semana e dois para o domingo.
Ele o dirige como se fosse uma pick-up Ford, com o braço pendurado solto
do lado do volante, a outra mão no meu joelho. Isso é sexy, e o resto não importa.
Max coloca a sua mão direita na parte inferior das minhas costas e
estende sua esquerda em direção ao casal enquanto nos movemos para o foyer.
Eu rio um pouco nervosa, e Ellie cora. Bom. Não é apenas eu, então. Ela
franze o nariz e se inclina. —É hora para um vinho?
Alívio me inunda. —É rude se eu disser “oh, Deus, sim, por favor”? —Eu
sussurro de volta.
Ela balança a cabeça rapidamente. —De modo nenhum. Vamos lá, vamos
para a sala de estar.
Eu olho para Max e ele me dá um leve aceno de cabeça. Ele está deixando
a resposta inteiramente para mim. —No Chateau Laurier. —Eu vou com a verdade
simples, mas meu rosto aquece com a memória.
Ellie me salva com um suspiro feliz. —Eu amo esse hotel. Na verdade, eu
amo toda a arquitetura do velho centro. Isso me lembra de Montreal.
—Oh, não é? —Ela sorri para Gavin. —Ela está tão próxima! —Ela se vira
para mim. —Eu trabalho na Universidade de O6.
Ela me diz isso como se eu não soubesse, como se todo o país não
soubesse tudo sobre ela. E de repente eu sou atingida por uma onda de empatia.
Estou nervosa sobre a polícia do Canadá e o primeiro-ministro saberem tudo
sobre mim... mas ela tem trinta milhões de pessoas olhando para ela o tempo
todo.
—Devemos tomar algum café qualquer dia. —Ela puxa os joelhos para
cima e toma seu vinho. —Falar sobre esses caras. —Ela pisca, e eu não me
importo se ela está apenas sendo educada. É linda e amável.
6
Universidade de Oregon
—Eu não sei, Fadinha. Esta é a primeira vez que eu conheço alguém que
Max trouxe para casa.
—Estou ciente. —Ele resmunga baixinho e Max ri. —Na verdade, o que eu
realmente quero saber é quando Violet vai assistir um jogo de hóquei?
Gavin faz um som ferido e agarra seu peito, então sorri para mim. —Mas
eu aposto que você sabe um pouco sobre a nova lei que estamos introduzindo
sobre o uso justo de música no mercado digital, não é?
Ellie se inclina para frente. —Ele quer dizer isso. E eu acho que, com isso,
vamos deixar vocês dois falarem sobre isso por um minuto. Max, você pode me
ajudar a arrumar uma bandeja de petiscos?
Gavin levanta sua bebida na minha direção. —Bem? O que você acha da
minha lei?
Meus dedos tremem enquanto eu passo minhas mãos pelas minhas coxas.
—Bem, senhor...
Ele ri. —Ellie é a única que chegou a me chamar assim. Qualquer amigo de
Max pode me chamar de Gavin.
Eu coro. —Certo.
—Sério, Violet. Você o faz sorrir. Eu tenho esperado vinte anos para ver
isso. Você pode me dizer que o meu projeto de lei é um monte de merda se você
quiser e eu ainda vou gostar de você.
Meia hora mais tarde, eu saboreio o resto do meu vinho. Ellie alcança a
garrafa. —Mais? —Ela pergunta. Eu balanço minha cabeça. —Não, obrigada. —Eu
me diverti muito, mas estou pronta para encerrar a noite.
Felizmente Max lê minha mente. Ele inclina a garrafa de cerveja aos lábios
e termina a sua bebida. —Foi uma noite agradável, com vocês dois. —Diz ele
enquanto se levanta. —Mas eu acho que é hora irmos.
Max coloca a mão na parte baixa das minhas costas e gentilmente esfrega
com o polegar, fazendo meu coração acelerar forte no meu peito.
Uma batida ou duas mais tarde, Ellie vem a mim, me puxando para um
abraço caloroso. —Estou tão feliz que você veio. Ele está mais feliz do que o vi
estar em meses. —Ela sussurra.
—Eu estava falando sério antes. Vamos nos encontrar para um café, em
algum momento. Só nós duas.
—Eu gostaria disso. —Eu ainda sou bastante nova em Ottawa e não fiz
amigos ainda.
Algo me diz que nada sobre explorar esta coisa com Max será normal.
Capítulo 12
Max
Talvez esta noite tenha sido um erro. Talvez eu não devesse tê-la forçado
tanto a algo tão... social. Tão baunilha. Inferno, eu não sei nada sobre ser um
namorado.
Eu queria que ela me visse como um cara real. Menos como uma ameaça.
Agora eu sou um cara com um melhor amigo PM. Isso não ficou melhor.
Mas, por outro lado, ela parecia estar se dando bem com ambos, Gavin e
Ellie, e só Deus sabe, eles definitivamente me fizeram parecer melhor.
—Mas?
Ela levanta as sobrancelhas. —Max, eles são sua família. E você não
apresenta a sua... —Ela abaixa a voz. —... potencial submissa à sua família.
—Bom.
—Falando de honestidade...
—Sim?
—Eu não me esqueci de como você mentiu sobre conhecer-me para o seu
chefe. —No caso de ela não ter entendido, eu me inclino e deixo um pouco da
raiva inesperada que eu senti naquele dia subir de volta à superfície. —Quando
me virei e vi você segurando todas as informações sobre mim em suas mãos. E
então, você mentiu.
Ela lambe os lábios, pegando a minha dica. Sua voz fica ofegante e
submissa, na hora certa, e me dá uma desculpa. —Foi um caso de necessidade.
Eu acredito nela. Ela é inteligente e capaz, mas ela não é uma atriz natural.
Ela é muito boa, muito pura, para mentir de forma convincente.
Isso é perigoso. Se nós vamos jogar com perversão, precisamos falar sobre
isso primeiro. Se nós iremos fazer outra coisa, então é totalmente fodido.
—Sim, o que?
Eu empurro minha mão livre para baixo de seu corpo e até debaixo de sua
saia. Eu aperto a coxa com força suficiente para fazê-la ofegar.
—E esta noite não é a noite para isso. —Mata-me dizer isso, mas eu
finalmente estou pensando direito novamente, e essa é parte da responsabilidade
que vem com tudo o que eu quero.
Eu libero sua carne e empurro mais profundo. Ela se abre para mim, sua
língua tocando a minha ansiosamente, só por um segundo, antes de amaciar para
o meu ataque.
Digo a mim mesmo para parar de saboreá-la, para parar de enfiar a minha
língua em sua boca, mas eu ainda não posso. Sua boca é quente e molhada, e ela
está fazendo este som no fundo de sua garganta que me faz querer moer contra
ela.
Forçá-la até que aumente esse som e ela tenha que morder o lábio forte
para mantê-lo dentro.
E amanhã.
Afasto-me dela tempo suficiente para ver seus olhos brilharem em
confusão, então eu a puxo para perto novamente, enrolando meus dedos em seu
cabelo.
O que isso quer dizer, quando eu tenho certeza que Max pode imaginar
toda uma série de peripécias excêntricas que eu não posso nem mesmo nomear?
Eu o quero.
Max virá preparado com uma lista de coisas que me forçarão direto ao
limite da minha zona de conforto.
Sim para a palmada - sim, por favor - e também qualquer nível semelhante
a uma pegada mais forte. Não para coisas pontiagudas e tirar sangue. Os cantos
mais sombrios da minha mente sabem o quão longe a perversão de Max vai, e
como posso sentir-me sobre o jogo, a verdadeira punição, e poderes adicionais
adquiridos...
Uma batida na porta me tira dos meus pensamentos. Olho para o relógio.
A menos que ele tenha decidido ignorar o hóquei de novo, não é Max.
A batida vem novamente, desta vez seguida por uma série lúdica de
batidas de percussão que soam vagamente como uma canção.
Tenho saudades daqueles biscoitos agora. Eles eram quase tão bons
quanto os chocolates que Max me trouxe.
—Olá, bom ver você também, vizinho. Como está a sua semana? Chá?
Sim? Volto logo.
Tento fugir para a cozinha, mas ele me segue. —Tenho estado ocupado.
Trabalhei horas extras na noite de anteontem, não voltei para casa até o meio da
tarde. Então eu desmaiei por algumas horas e, quando acordei, morrendo de
fome, e quis sair para pegar um pouco de comida, encontrei minha vizinha com
um cara estranho fora de seu apartamento. E porque eu sou um cara decente,
não os interrompi, então quase morri de fome.
Eu coro. —Oh. —Então eu franzo a testa. —Nós não ficamos lá por tanto
tempo.
—Eu estava morrendo de fome. Parecia muito tempo. Embora ele não
tenha uma boa bunda. Mas compensa.
—Eu não abri minha porta. Acabei assistindo pelo olho mágico.
—Quantas vezes eu lhe disse para olhar em seu olho mágico antes de
deixar seu apartamento?
—Você não teve um encontro desde aquele cara que você pegou no
Chateau Laurier. A sessão de amassos não é nada, é um passo muito importante
na direção certa para obter a sua autoestima de volta.
—Claro que há, querida. Mas agora que você está namorando novamente,
podemos ir em frente e fugir da armadilha da monogamia.
Ele não traz a conversa de volta para Max até que terminamos o nosso chá
e ele se levanta para se esticar. Ele é um grande cara e ocupa muito espaço na
minha cozinha.
Ainda mais quando ele coloca as mãos nos quadris e olha para mim. —
Então, novamente, quem é o cara?
Ele resmunga, e sei que ele não vai. Uma das razões da nossa amizade ter
passado de vizinhos amigáveis para melhores amigos curiosos é que ele é
honesto, e completamente confiável. Ele sangra honra e dever, e isso é muito
importante para mim.
Não tenho a certeza do que ele vê em mim, pois eu o abraço demais e o
chamo de meu melhor amigo, mas eu também o salvo de seus cookies, então isso
é alguma coisa.
Mas se ela abrir a porta e me quiser do jeito que eu a quero, eu não vou
conseguir me segurar.
Ela está usando um longo suéter cinza-escuro que parece suave ao toque.
É grande o suficiente para envolver todo o seu corpo, dando-me apenas um
vislumbre das suas roupas embaixo. Calça de yoga preta, talvez – eu acho que é,
definitivamente - uma blusa de seda em um leve tom de cinza como o do suéter.
Eu preciso tocá-la.
—Oi. —Ela diz, ofegante enquanto eu passo pelo limiar da porta e direto
em seu espaço pessoal.
Eu fecho meus dedos para não agarrá-la, deixando apenas os nós dos
meus dedos acariciarem sua bochecha. Ela é toda macia, delicada e bonita. Eu
deixo o meu olhar vagar sobre ela enquanto meus dedos deslizam pelo cabelo
sedoso. Apesar de sua aparência cuidadosamente casual, ela fez um grande
esforço para isso. Sua maquiagem é sutil. Perfeita. Nada nos lábios, mas suas
pálpebras estão artisticamente esfumaçadas, enquadrando as piscinas infinitas de
água em um azul mais profundo. Quero me afogar nela.
Uma presa disposta, pela maneira como ela reage, seus lábios se
separando para deixar escapar um suspiro ofegante. —Uma bela saudação.
—Dizer-lhe que eu estive pensando sobre o beijo desde que saí ontem à
noite. Que parece que se passou uma vida e eu preciso te provar novamente,
mais do que eu preciso de ar.
—O que eu lhe disse sobre romance? —Diz ela, mas ela está oscilando
contra mim, por isso estou perdoado por pensar que era uma boa ideia expressar
algumas das merdas amorosas correndo pela minha cabeça.
Eu puxo seu cabelo um pouco mais forte. —Eu prometo que a minha
marca de romance é, sobretudo, irônica. Setenta por cento tortura e trinta de
palavras doces.
Mais uma tarde sendo civilizado. Uma discussão sem barreiras, então eu
vou transar com ela a ponto de perder a sanidade. A dela ou a minha, talvez de
ambos.
Felizmente ela tem mais força de vontade do que eu, e ela pressiona as
mãos contra o meu peito.
—Eu quero saber mais sobre esse seu coração pervertido. —Eu digo. —
Mas primeiro temos que descascar uma daquelas romãs que eu comprei ontem.
—Sério? —Ela ri baixinho enquanto lhe dou uma olhada totalmente séria.
Eu tenho um plano, e me agrada que ela aceita sem muito questionamento. —OK.
Ensina-me, sensei das frutas. Ensina-me os caminhos de descascar uma romã.
Eu seguro a sua nuca e a puxo para outro beijo. —Oh, eu vou te ensinar
tudo muito bem.
Ela sorri e pega a minha mão, me levando para a cozinha. Um flash rápido
da minha fantasia, Violet em um avental, mistura-se com as suas palavras e a
coisa toda me deixa temporariamente louco. Ela guincha enquanto eu a levanto
para cima do balcão e abro suas pernas, abrindo espaço para mim contra o seu
corpo.
Eu coloco minhas mãos para cima em sua costa por baixo do suéter. O
calor de seu corpo irradia, embora o top seja fino e eu me inclino, respirando seu
aroma sutil.
Eu pressiono minha boca na curva de seu pescoço e sugo lá, então desço,
provando-a toda até abaixo do decote de sua blusa, antes de lamber até a frente
da sua garganta com a ponta da minha língua. Eu encontro sua boca quando ela
suspira, e então dou nada além de beijos molhados, ásperos enquanto eu fodo a
minha língua contra a dela.
Ela geme o meu nome quando eu raspo os dentes contra a curva de sua
orelha.
Nós dois estamos respirando com dificuldade, e quando ela chega ao meu
rosto, eu volto contra ela para mais um beijo, desta vez mais suave, quase um
sussurro.
Ela me lembra disso, esfregando sua frente contra a minha enquanto ela
mexe seus quadris para frente, deslizando para fora do balcão e para baixo do
meu corpo.
Jesus, meu pau gosta demais dessa forma.
Ela é furtiva agora, suas curvas e pernas esguias fazendo-a parecer, por
um momento, como uma sedutora contumaz. Esta é a Violet que conheci naquela
primeira noite.
E não importa. Porque esse erro me trouxe a este momento, por isso
agradeço por não pensar.
Uma vez que ela encheu de água, ela olha de volta para mim. —E agora?
Quando ela mexe contra os limites dos meus braços de cada lado dela, eu
rosno.
—Só quero abrir essa porta. —Ela ri, apontando com o pé.
Ela se inclina para trás contra mim, testando em primeiro lugar antes de se
mexer mais deliberadamente. Ela está olhando para a vasilha, e eu quase perco o
que ela diz.
Quase.
—Eu não tenho planos para fugir de você, Max. —Suas palavras são
calmas, mas também são solenes, e elas ficam sob a minha pele, onde a
provocação desliza em toda a superfície.
—Você está parecendo um homem das cavernas. —Ela sussurra. Desta vez
eu chupo os dedos na minha boca, juntamente com a fruta.
—Talvez.
—Isso é cruel.
—Definitivamente.
Seus lábios se abrem e suas bochechas viram rosa enquanto ela atua
novamente, de repente, como a submissa perfeita. —Posso ter um pouco mais?
—Eu já provei.
Tudo que sai de sua boca agora se torna sujo na minha mente. Balanço a
cabeça, precisando colocar a tarde de volta nos trilhos. —Chega de frutas, talvez.
Era para estarmos negociando os termos.
Ela sorri para mim. —Daqui a pouco vai me pedir para elaborar um
contrato.
Eu quero que ela tenha uma trilha das minhas marcas indo direto para sua
vagina.
—Eu não quero ser... —Seus olhos procuraram pela sala, em todos os
lugares, mas sem olhar para mim enquanto ela escolhe as palavras com cuidado.
—Mantida, eu acho. Compensada de alguma forma.
—Não. —Eu franzo a testa. Achei que tivesse esclarecido isso ontem. —
Isso não é o que eu quero também.
—Explique para mim. —Ela ri nervosamente. —Eu nunca fiz isso antes. A
coisa de Dom / sub, além de apenas tentar isso em um clube.
—Eu li muito. Tem sido uma fantasia por... —Ela franze a testa. —Um
tempo. Mais do que eu poderia explorá-la, de qualquer maneira. Então, eu estou
totalmente no jogo, mas... a realidade é um pouco diferente, não é?
Isso de eu ser seu primeiro Dom me deixa satisfeito demais. Isso de ela
estar nervosa sobre isso, no entanto... é um problema.
—Eu pratiquei durante toda a manhã. —Eu digo com uma cara séria. Ela
vira sua atenção para mim, com seus belos olhos brilhantes. Eu não posso segurar
e deixo escapar um meio sorriso.
—Idiota. —Ela murmura, mas seus ombros relaxam e ela desliza para
longe de mim, colocando a vasilha na mesa. —OK. A advogada em mim o adverte
mais uma vez que não vale o papel em que está escrito isso, mas... —Ela pega um
bloco de notas de uma gaveta em sua mesa de café e enfia uma mecha de cabelo,
que caía, atrás da orelha.
A Violet estudiosa me excita.
—Eu rejeito o título totalmente não vinculativo. —Eu digo. —Você pode
dizer juridicamente não vinculativo, mas eu quero que isso signifique alguma
coisa. Emocionalmente.
—Talvez. —Sua caneta não se move para baixo na página. —Então você é
Max?
Ela suspira, exasperada. —Quero dizer em uma cena. Você tem um nome
de Dom?
—Não Dr. Donovan? —Ela brinca, mas a forma como ela diz doutor me
balança. Interessante.
—Eu não faço cenas médicas. —Eu digo suavemente.
—Oh! —Seus olhos se alargam. —Não foi isso que eu quis dizer. Apenas...
É um título. Doutor.
Sim, eu gosto disso. Talvez muito. —Vamos com Max e Violet para o
contrato, mas se você quiser me chamar de Doutor no meio da cena, isso seria
ótimo.
—É sexy.
—Você é muito sexy. Vamos chegar à parte onde falamos sobre todas as
maneiras que eu posso ter você nua e gritando meu nome, ou doutor, ou o que
você quiser.
—Violet…
—O quê? —Ela pisca para mim. —Este pode ser o último restinho de
poder que eu tenho com você, certo?
Eu rio em voz alta para isso e me inclino para trás em minha cadeira. —
Tudo bem.
Outro aceno. Nada disto é o que eu quero formalizar entre nós. —O que
eu realmente desejo em um contrato são os limites de quando, onde e como
posso esperar a sua submissão. Os detalhes podem ser mais fluidos dentro desses
limites.
Ela franze a testa para mim. —O que você quer dizer?
—Eu estou supondo que você quer que isso permaneça privado. E para eu
estar no meu melhor comportamento quando eu for ao seu escritório.
Compreensão cai sobre ela e seu rosto relaxa, então se ilumina. —Ah. Ok.
—Sua caneta voa ao longo da página, em seguida, ela lê. —Max e Violet
concordam em conter a relação Dom / sub em suas residências privadas.
—Isso é razoável. —Eu penso sobre o que ela disse naquela primeira
noite. Palavras que foram queimadas na minha mente por meses.
—E sobre limites?
Não somos mais estranhos. Eu deixo o meu olhar derivar para baixo em
seu corpo, lentamente. —Quanto eu posso te pedir, Violet? Quais são os seus
limites, agora que você me conhece?
—Violet?
Seu olhar foca meu rosto. Suas bochechas estão rosadas, os olhos
brilhantes. —Eu acho que disse que não aceitava qualquer surra. Quero dizer, eu
disse isso. Naquela noite. Mas agora...
—Oh. —Seu rosto relaxa. —Eu não. Mas sim, isso é bom.
Isso é bom. Oh, vamos nos divertir muito. —Nós vamos explorar mais
nessa área na primeira vez em que você vier à minha casa.
Isso faz de nós dois. —Sim, acho que sim. —Eu hesito antes de adicionar a
outra metade da verdade. —E eu gostaria de mantê-la no escuro, se você confiar
em mim.
Seus olhos se alargam, mas ela apenas balança a cabeça e escreve isso. Ela
rabisca um pouco mais, em seguida, lê, os lábios se movendo enquanto ela
analisa seu trabalho. Quando ela está satisfeita, ela bate sua caneta duas vezes
contra a página e olha para mim. —Você quer que eu escreva isso?
—Eu quero que você assine isso. Então eu quero que você se dispa e
apresente-se para a inspeção.
A dúvida não tem lugar aqui. —A menos que você queira assiná-lo e pular
para as punições.
Ele me lança um olhar sombrio que faz meu interior tremer. —Eu sou um
bastardo exigente, você sabe.
—O fato de que você ainda está vestindo roupas, no entanto, não está. —
Ele toca minha mandíbula, acariciando-me com seus dedos lá antes de gemer e
deslizar a mão mais abaixo, sobre minha garganta e para a base do meu pescoço.
Antes que eu possa mover mais perto, ele limpa a garganta. —Nua não
significa vestindo lingerie, bonita, embora você tenha bom gosto. Em algum
momento, eu vou fazer você mantê-la até que você esteja implorando para estar
nua. Agora, porém, nua significa nua. Eu quero acesso a tudo o que você tem
mantido de mim. Cada centímetro de sua pele. Seus seios. Sua buceta. E essa
bunda deliciosa. Entendido?
—Lentamente com essa. —Diz ele, e quando eu viro a minha atenção para
o seu rosto, eu vejo que o seu olhar está bloqueado em minhas mãos.
Ele leva o seu tempo, flexionando suas coxas e se posicionando antes que
ele assente. —De joelhos primeiro.
Eu me deixo cair entre suas pernas e me forço a esperar, ainda assim,
mesmo que o calor que irradia de seu corpo esteja me matando. Eu quero
inclinar-me contra ele, inclinar-me para ele, e a ereção forçando na braguilha bem
na minha frente é muito perturbadora.
—Você viu o que faz comigo? —Ele pergunta, com a voz baixa e rouca.
Eu concordo.
—Você não vai ter isso ainda. —Ele geme quando meu olhar voa até seu
rosto. Minha decepção o excita, talvez, porque ele pega a minha mão e a coloca
nele.
Ele arrasta minha palma da mão para cima e para baixo em sua ereção
novamente, mas ele não abre o seu zíper. A tensão está escrita em todo o seu
rosto, como se ele estivesse lutando pelo controle, e depois de um momento, ele
envolve seus dedos em volta do meu pulso e me puxa para me levantar. —Sobre
o meu colo. Agora.
Com Max, parece perfeito. Ele sabe onde me colocar, com confiança, e
suas pernas abrem a largura exata para equilibrar meu peso.
—Você está confortável?
Ele instala a mão na parte de trás da minha coxa. —Sim. Desta vez.
—Isso é o que vamos fazer, Violet. —A maneira como ele diz meu nome
me faz tremer, e ele traça os dedos sobre a pele arrepiada nas minhas pernas. —
Eu realmente não estou em um humor para punição hoje. Eu quero levá-la ao seu
quarto e fodê-la ali. Você gostaria disso?
—Mas você me fez esperar por isso. —Ele rosna e me aperta novamente.
Eu expiro e me mantenho tão imóvel como posso. Cada pressão dos dedos
é uma tortura. Cada propagação quente de sensações quando ele solta minha
carne é uma onda que nos leva adiante em uma nova dinâmica.
Ele faz uma pausa após a terceira palmada e esfrega minha carne quente.
—Você aceita a dor muito bem. —Diz ele, a surpresa evidente em sua voz.
—Obrigada.
Ele ri. —Eu gostaria de descobrir o que você não aceita bem.
Eu torço minha cabeça e olho para ele. —Por quê? —Ele me bate de novo
e eu suspiro. —Pelo que foi essa?
—Sinto muito, Max. —Eu digo extremamente ofegante, porque isso faz o
seu pau flexionar debaixo da minha barriga. —Posso perguntar por quê?
—Oh meu Deus. —Meus mamilos estão tão duros que doem.
—Agora não?
Ele alisa a mão sobre a minha bunda, esfregando do outro lado da carne
aquecida, fazendo minha buceta apertar. —Não, você não pode.
Ele levanta a mão alta o suficiente para a palma dela se afastar da minha
pele, mas as pontas dos dedos permanecem. Lenta e progressivamente, ele traça
o que eu só posso imaginar como uma marca de mão borrada na minha bunda,
então ele arrasta para baixo na curva carnuda, empurrando e abrindo minhas
pernas.
Mordo o lábio mais forte, mas eu não posso impedir meu corpo de
arquear enquanto é atingido por uma corrente viva quando ele desliza entre
minhas dobras molhadas. Oh, sim. É bem aí. O toque erótico simples, tão familiar
não é nada como eu tive antes. Sua suave carícia agora traz consigo a memória da
dor que ele tratou com tanta facilidade, tão livremente, e a promessa de muito,
muito mais.
Isso é real.
Esta não é uma coisa de uma noite mágica que é muito bom para ser
verdade. Isso vai acontecer de novo e de novo, porque Max é um cara de verdade
que realmente me quer.
Minha boca se enche de água, mas ele não me pede para levá-lo em
minha boca. Ele não me pede nada. Em dois passos, ele está na cama e em cima
de mim. Sua boca cai na minha enquanto suas mãos fixam meus braços para
baixo e as pernas pressionam minhas coxas mais abertas. Ele me beija até que eu
estou sem fôlego, em seguida, eleva-se apenas tempo suficiente para colocar o
preservativo.
Quando ele pressiona em mim novamente, é tudo dele. Seu pênis desliza
através da minha umidade e bate facilmente contra a minha buceta, dentro dela,
e ele não para. Ele me leva forte, dirigindo sua ereção bem onde eu quero,
mesmo que eu ainda esteja esticada ao redor dele e oh meu Deus, ele é tão
grande.
Ele não me dá uma chance para recuperar o fôlego, seus quadris recuam e
empurram para frente de novo, esfregando ao longo de todas as terminações
nervosas que se lembram dele, que sonharam com ele e estão tão avidamente
felizes que ele está de volta.
Max.
Fodendo-me.
Definitivamente sonhando.
Ele se move em cima de mim, suas pernas abrindo as minhas ainda mais,
então bombeia em mim, como uma onda de sexo que rola para trás e vem para
frente novamente, como se ele fosse uma máquina de movimento perpétuo. Uma
máquina de sexo, com a intenção de me deixar louca, porque isso é tão bom.
Tudo isso. O alongamento, o empurrão, a pesada batida quando ele encosta em
mim, então puxa para trás.
Ele desliza a mão entre nossos corpos e seus dedos estão no meu clitóris
me levando ainda mais alto.
Mas da próxima vez, teria que ser na minha casa, e eu precisava terminar
de configurar minha masmorra para isso. O próximo negócio que eu vou investir é
em empreiteiros pervertidos discretos, porque este negócio de “faça você
mesmo” é para os pássaros.
Quando Gavin me chamou ontem a noite e repito essa ideia a ele, ele
aponta que eu estou em um time de hóquei cheio de pervertidos controlados que
provavelmente estariam mais do que felizes em ajudar, em troca de um convite
para a minha primeira festa.
Uma vez que eles são as únicas pessoas que eu convidaria de qualquer
maneira, esse parece um plano que eu poderia ter visto se não estivesse tão
distraído.
Bem, excelente.
Eu não tenho planos imediatos para isso, então eu gesticulo para a parede
oposta. —Lá, por agora.
Em seguida, o divã pode ser movido para abrir espaço para a peça de
mobiliário especial que eu encomendei para Violet. Mas não está aqui ainda.
—Ele precisa de alguma coisa. —Eu concordo. Mas isso será um problema
para outro dia.
Eu rio. —Natal.
—Bom saber. E escute, obrigado pela sua ajuda hoje, hein? —Eu aperto
sua mão e depois a de Lachlan. —Muito obrigado.
Ele levanta a sobrancelha esquerda, mas não pede mais detalhes. Ele não
os teria, de qualquer maneira.
—Frio.
—Você deveria ter se mudado para Hollywood. —Diz ela com uma certeza
que eu sei que ela não tem.
—Nunca mais.
—Não tenha encontros com homens mais velhos do que vinte e cinco
anos.
—Sério, Max. Se você não se concentrar, eu vou voar para aí assim nós
poderemos ter essa conversa pessoalmente.
Eu franzo a testa. Não que eu não queira ver Lizzie, mas... Eu realmente
não quero ver Lizzie. Agora não. —Estou ouvindo.
—Não.
—Me ouça.
—Não, Lizzie, não faça isso. Eu não me importo se eles estão balançando
um Oscar na sua frente... —Porque eu já sei que é do que se trata. Foda-se. Odeio
Hollywood, e eu odeio o brilho desse troféu estúpido, como todos os outros, que
fazem pessoas estúpidas persegui-lo. Eu suspiro. —Não vale a pena. Você vai
olhar para trás e se odiar por participar dessa bajulação.
Não que ele pretendesse. Ele nem estava ciente de que estava fazendo
isso. Porque para Victor Jenkins, convidar crianças de doze anos para uma festa
onde há escravos conduzidos ao redor em coleiras não é grande coisa.
Victor Jenkins é também uma das razões que eu deixei Hollywood, deixei
meus pais, deixei minha vida.
Assim que aconteceu, meus pais colocaram pressão sobre eu voltar antes
que a minha estrela desaparecesse.
Desaparecesse?
A barba ajuda.
Não. Não, não seria. Eu balanço minha cabeça. Eu sei que tenho minhas
peculiaridades, com um alto padrão neste ponto, mas ele é um monstro.
—Existe algo que eu possa fazer para ajudar? —Ela me ligou por uma
razão. Ela quer que a convença a isso. Não, ela quer o apoio moral para fazer a
chamada certa e ainda ser um bom passo na carreira. Eu franzo a testa. —Diga-
me mais sobre o projeto.
Eu chuto meus pés, porque não há ninguém aqui para ver que eu sou uma
idiota total sobre isto.
Excitação inunda meu corpo, fazendo com que meus dedos tremam.
Fecho os olhos e imagino o meu dia. Estarei no tribunal esta manhã, então
eu tenho uma tarde leve apenas no caso de ter contratempos. Eu poderia sair do
trabalho às cinco. Em seguida, ir para casa tomar banho, depilar minhas pernas,
pirar...
Eu verifico o meu relógio pelo que eu tenho certeza ser a 85ª vez nos
últimos cinco minutos. Deve ser como um adolescente se sente levando uma
menina ao baile.
Ela não é para chegar por mais quinze minutos, e eu me esforço para
ignorar a voz persistente de dúvida que continua sussurrando que Violet não virá.
Eu espero por ela na sala de estar. Minha cadeira oferece uma excelente
vista para a entrada entre o hall da frente e a garagem.
Depois do que parece ser uma eternidade, mas é provável que apenas
fossem um minuto ou dois, a porta se abre lentamente, e Violet espreita.
Eu quase rio da surpresa em seu rosto quando ela me vê. Não tenho a
menor ideia do que ela estava esperando, mas eu duvido que fosse me ver
descansando em uma poltrona observando-a entrar na minha casa.
—Entre. Você chegou cedo. —Pelo menos eu soo confiante. Embora agora
que ela está aqui, eu esteja.
—O tráfego estava um pouco melhor do que eu esperava. —Diz ela,
fechando a porta atrás dela.
—De agora em diante, quando você vier a mim, você irá retirar suas
roupas e colocá-las dobradas na cadeira. —Eu aponto para a cadeira no canto
entre a porta da garagem e as escadas para o piso superior. —Você vai colocar o
calçado que eu deixar para você. Chinelos de quarto, você sempre vai removê-los
quando entrar em um quarto. Qualquer outro calçado permanece em você até
que eu diga o contrário.
Ela olha para o chão para onde eu deixei-lhe um par de sapatos de salto
alto roxo. Jimmy Choos, do seu tamanho, o que eu fiz nota mental em seu
escritório na noite em que a levei para jantar. Eu nunca pensei que tinha uma
coisa para alta costura até que comecei a imaginar Violet nos melhores saltos que
o dinheiro pudesse comprar.
Eu não dava a mínima para os pisos. Cada marca que ela fizer sobre eles
será uma lembrança a ser guardada. —Sua única preocupação é me obedecer. E
agora seria um excelente momento para começar.
Mesmo que eu quisesse enviá-la para sua casa usando minhas roupas
contra sua pele nua, eu estou feliz que ela me leva a sério – tirá-la de suas roupas
não é como eu quero que a nossa noite comece.
Olho para o meu relógio enquanto a saia desliza para o chão. Ela ainda
tem quarenta e cinco segundos, e ainda está com sua lingerie e meias.
—Você pode deixar a cinta liga e meias. —Elas realmente farão aqueles
saltos gritarem “foda-me”.
Eu fui tentado a comprar a original, mas isso poderia ter levado a algumas
perguntas que eram melhores ficarem sem respostas. Assim, uma rápida consulta
com a decoradora recomendada por Beth, e um dia depois, eu tinha exatamente
o que precisava.
—Isso é... —Ela para e olha para mim, como se quisesse permissão para
perguntar sobre a peça.
Eu concordo. —Eu encontrei uma réplica. É uma importante para mim.
Seu rosto brilha com isso, e ela graciosamente sobe no divã e se ajeita
para o meu escrutínio.
—Sim, Max.
—Sim, Max.
Sua língua desliza sobre o lábio inferior e em volta da cabeça do meu pau,
num furto erótico que me deixa louco.
Ela fecha os olhos, mas eu quero ver tudo o que eles têm para oferecer.
Ela é a única pessoa no planeta que tem o potencial para me fazer perder
o controle, e isso tanto me fascina quanto me assusta.
Estou ansioso para trabalhar mais em sua garganta. Mas estou satisfeito
com apenas um gosto por agora. Eu tenho tantas outras coisas que eu quero fazer
à noite, e antes de podermos começar, eu preciso gozar. Quero concentrar toda a
minha atenção na minha doce Violet, e eu não vou ser capaz de fazer isso se eu
estiver lutando contra o orgasmo.
Eu não estou com humor para prolongar o prazer – eu quero gozar rápido.
Segurando forte em seu cabelo, eu bombeio dentro e fora de sua boca, variando a
profundidade, mas cuidando para não engasgá-la.
Ela fecha a boca com um grande sorriso enquanto sua garganta balança
para cima e para baixo. Sua língua sai e ela lambe os lábios, engole novamente,
então se move para mais perto do meu pau. Ela lambe a gota que sai da cabeça e
segura a sua língua para fora para me mostrar. Que menina gloriosamente safada
ela é. Ela coloca a língua de volta em sua boca e engole antes de diligentemente
cumprir o seu dever.
—Sim, você está. —Eu digo enquanto deslizo um dedo dentro. Eu quero
prová-la, então eu retiro meu dedo e o chupo. Eu quero mais. Eu quero fazê-la
gozar em minha língua. Mas isso é para bem mais tarde.
Eu dou mais uma olhada ao armário, e meu lado sádico sussurra uma
ideia. Viro-me para enfrentar Violet, eu acho que ela está esticando o pescoço, e
quando nossos olhares se encontram, ela mexe a bunda e pisca para mim. Garota
insolente. Mas isso cimenta o meu primeiro plano. —Olhe para frente e não se
mova.
Assim que ela vira o rosto para o outro lado, eu começo a cantarolar para
que ela não consiga descobrir o que estou fazendo. Assim que eu tenho tudo que
preciso, transfiro tudo para uma bandeja de instrumento antiga de rodinhas que
funciona tão bem para manter meus brinquedos ao alcance, mas fora da vista da
minha sub. Eu levo o suporte por toda a sala e paro diretamente atrás de Violet.
Eu pego uma caixa fechada com um novo plugue anal da bandeja e
caminho ao redor do divã até que eu estou de pé em frente à minha doce sub. Eu
ergo a caixa e começo a abri-la na frente dela.
—Qualquer outra coisa que sair de sua boca, eu continuo indo, entendeu?
—Sim, Max.
Sua bunda é bonita, e eu não posso acreditar que ela está confiando em
mim para fazer o que quiser com ela. Com uma mão, eu gentilmente separo suas
nádegas, expondo seu minúsculo buraco. Um dia eu vou enfiar meu pau lá
dentro, e eu sei que vai ser incrível.
Uma vez que o plugue está dentro, eu deslizo minha mão mais abaixo, em
suas dobras escorregadias até atingir seu clitóris, circulando e beliscando-o entre
os dedos. Inclinando-me sobre suas costas, eu beijo seu pescoço e sussurro. —
Como se sente, gatinha?
—Sim, Max.
—Perfeito.
—Tão adorável, Violet. —Eu agarro a corrente que liga os mamilos e puxo
para frente. —Volte a ficar de quatro. —Uma vez que ela está em posição, eu
solto a corrente, certificando-me de que tem um bom peso. Um pouco de
estimulação extra não machuca... muito.
Mas esta é a nossa primeira cena, e eu não quero forçar Violet muito. Eu
posso dar-lhe uma boa surra em outro momento.
Suas palavras saem um pouco enroladas e eu sorrio. Ela está indo para um
lugar feliz e meu peito incha um pouco, minha cabeça provavelmente incha
também. E este é o ponto onde eu sei que é hora de encerrar as coisas.
Eu pego o chicote língua do dragão para o final e dou quatro golpes fortes.
Ela chora no primeiro, na parte mais larga da sua nádega, então geme até os
próximos três, outro em sua parte inferior e um de cada lado, onde a bunda
encontra suas coxas. Eu quero que ela pense em mim cada vez que ela se sentar
pelos próximos dias.
Eu não me apresso, no entanto. Ela tem sido tão boa. Ela merece um bom
clímax por toda essa dor. Eu acaricio seus lábios, em seguida, apenas no interior,
na pele macia, lisa que não recebe atenção suficiente. Depois, acaricio seu clitóris
a cada passagem.
Ela faz outro som, este mais como aceitação, e isso rende mais minha
atenção. Meus dedos formam o padrão da figura oito. Ao redor do clitóris e para
baixo em sua entrada. Ignorando o pequeno tremor de seus quadris. Ela os terá
dentro dela quando eu estiver pronto para ela explodir.
Outro círculo, mas desta vez eu fico em seu clitóris, porque está tão duro.
Jesus. Meu pau está se esforçando para ser deixado livre. Sua vagina é tão
gostosa em meus dedos, e eu estou tentado a abrir meu jeans e transar com ela,
forte e rápido, mas ela vai precisar de muitos cuidados hoje à noite e nós temos
todo o fim de semana para isso.
Porra, incrível.
Uma vez que ela despenca para frente, eu tiro o plugue dela e o envolvo
em um pano, pronto para ser limpo. Dou-lhe uma limpeza rápida com um pano e
depois passo nela. —Ajoelhe-se, gatinha. Hora de remover esses grampos, e vai
doer.
Ela faz o que digo, mas seus olhos estão fora de foco. Sim, ela se foi. Eu
removo o primeiro grampo e chupo e lambo seu mamilo para acalmá-lo. Uma vez
que eu cuido do outro, eu embrulho Violet em um cobertor e me estabeleço no
sofá onde eu a alimento com pedaços de chocolate e goles de água.
Por mais que eu adore ter Violet dormindo enrolada em meu colo, não é
assim que nós passaremos a noite.
—Como está se sentindo? —Max pergunta, seu olhar deslizando pelo meu
corpo enquanto ele puxa o lençol.
E enquanto ele verifica o meu traseiro para o que eu só posso supor que
sejam algumas marcas impressionantes da noite anterior, um calor inebriante
constrói dentro de mim. Seu cuidado é a minha recompensa por submeter-me à
sua inspeção. Por confiar nele para cuidar de mim, realmente cuidar de mim, sem
qualquer artifício ou falsidade.
Ele rosna uma risada e pega um preservativo. —Mais do que bem. Você
quer rolar?
Eu concordo.
Ele leva o seu tempo para deslizar dentro de mim. Primeiro ele me
arruma, pernas para cima e abertas. Eu não deixo de notar que ele está
levantando a parte mais dolorosa da minha bunda para fora da cama. Ele é cruel,
mas não tão cruel. Então ele me acaricia novamente, alisando minha umidade em
toda a minha carne inchada. Só quando eu tento balançar contra seus dedos que
ele desliza seu pau através das minhas dobras e empurra, enchendo-me.
—Você tem a buceta mais doce. —Diz ele, com a voz áspera. —Faz-me
querer fazer coisas sombrias e perigosas para você.
Ele faz círculos na parte externa das minhas coxas, com as mãos,
apertando enquanto empurra profundamente novamente. —Eu não estou
brincando, Violet.
Ele inspira, suas narinas dilatam enquanto ele percorre as mãos sobre as
pernas. Acima e ao redor. Deixando-me mais aberta. Ele abre a mão e bate a
palma contra o meu quadril. Perto do local onde eu estou dolorida, mas não
completamente sobre ele.
Um pouco mais perto…
—Você quer mais? —Ele me aperta novamente, desta vez bem ali, bem
onde estou, provavelmente, ferida de seu toque. Seus dedos pressionam bem ao
longo do contorno dolorido.
Com um grunhido ferido, ele me agarra mais forte com uma mão e apoia-
se com a outra, baixando a parte superior do corpo bem no meu.
Eu amo isso. —Argh! —Eu grito, minhas coxas apertando ao redor de seus
quadris.
—Deus, sim. —Ele sussurra, sua boca pairando acima da minha. —Você
vai gozar? Você vai me molhar? Faça. Aperte essa bucetinha quente em torno do
meu pau. Chupa meu gozo de mim, sua putinha safada. Você ama isso, não é?
Mas ele tem que lidar com o preservativo, e ainda há a questão da comida
que ele trouxe até mim.
—E então? —Eu estou sem fôlego com entusiasmo sobre apenas uma
discussão sobre o que está por vir.
Meu Deus.
Ela quer que eu a foda mais, razão pela qual ela ainda está aqui, mas ela
tem trabalho a fazer para a semana.
Eu poderia ir ao hóquei.
Pelo menos por mais duas horas. Café da manhã, uma foda final, e depois
vou soltá-la ao mundo por uma semana.
—O que você está pensando aí, Sr. Glower? —Pergunta ela, inclinando-se
sobre mim para pegar um pedaço de pimenta vermelha.
—Pare com insinuações. Entendi. A vida real vai trazer você de volta mais
cedo do que mais tarde. Mas eu quero alimentá-la. E então... —Eu aqueço a
panela, em seguida, viro e dou a ela uma leitura cuidadosamente lenta. —E então
eu quero você mais uma vez, na minha cama. Uma foda que vai nos manter
satisfeitos durante toda a semana.
—Você vai sentir minha falta. —Ela diz, e a surpresa na voz dela é genuína.
—Eu vou sentir sua falta também. —Sua voz amacia e eu quero fazer uma
pausa ali mesmo, permanecer no momento em que Violet me quer e vai sentir
minha falta, mas ela já está seguindo em frente. —E nós podemos conversar no
meio da semana. Eu gostaria disso. Este fim de semana tem sido intenso. Bom!
Mas intenso.
A maneira como ela repete isso me faz colocar para baixo a espátula e
virar em direção a ela, de repente interessado. —Você vai me deixar saber se eu
estiver forçando-a demais?
Ela balança a cabeça. —Eu vou, e você não está. —Ela sorve uma
respiração irregular em, em seguida, volta o olhar submisso. —Eu estou ansiosa
para mais cenas, na verdade.
Ouvi-la dizer isso é como uma corrente elétrica para a minha libido, que já
estava bastante viva. Apenas os respingos e silvo da manteiga e do óleo que me
impedem de ir até ela, e isso é um lembrete de que eu ainda preciso alimentá-la.
—Agora que já passamos um fim de semana juntos... —Eu digo com a voz
rouca enquanto adiciono legumes na panela. —Alguns dos seus limites mudaram?
Nada de novo que você gostaria de perguntar-me que você pode não ter pensado
antes?
—Eu não consigo pensar em nada. —Ela move o lábio inferior entre os
dentes. —Este é o melhor... Eu não sei como chamá-lo. Caso? Aventura? Você é o
melhor amante que já tive. E agora isso está subindo para a sua cabeça, não é?
—Meu ego já está no seu máximo. —Eu dou de ombros. —Dois ovos?
Três?
—Olhe para a minha ereção. —Eu digo a ela, minha voz áspera. —Viu
isso? Você faz isso comigo. Só você. Eu nunca tive uma mulher na minha casa
todo o fim de semana. Nunca me senti tão insaciável. Melhor amante? Isso
dificilmente diz o que sinto por você. Se qualquer um de nós deve ter um ego
saudável após este fim de semana, é você.
—Uau?
—Sente-se. —Eu digo, e ela puxa o meu robe. Eu vou retirá-lo dela em
breve, mas ela pode comer com ele se isso a deixa mais confortável.
Eu paro no meio do quarto, não tenho certeza de onde ele me quer aqui
em cima. A linha entre a cena e o fim de semana de sexo é realmente obscura
agora, não que eu esteja reclamando.
—Nada visível fora da minha roupa. —Minha voz treme, um leve tremor.
Isso pode estar perto de um limite para mim, mas eu não tenho certeza. —Nada
no meu peito ou mãos ou face ou pernas.
—Você pode esclarecer o que você quer dizer com peito? —Ele aponta
para eu subir na cama, e eu fico no meio, de frente para ele. Joelhos afastados,
ombros para trás. —Muito agradável. Eu poderia marcá-la... aqui? —Ele circula
um mamilo com o dedo indicador, e o outro.
—S-sim.
—Sim. —Eu posso ver meu armário. Eu não tenho um monte de blusas
que escondam um sutiã escuro. Eu poderia ter de ir às compras se as marcas não
desaparecerem até o final da semana. Mas certamente o farão.
Mas ele não pergunta se ele poderia fazer isso. Ele apenas me disse que
ele faria. E eu tenho minhas palavras seguras.
Poderia ser outra estimulação mental. Ou eu poderia sair daqui com a sua
marca no meu corpo.
Ele se move ao redor da cama e sobe atrás de mim. Calça jeans esfrega
contra a minha pele enquanto ele se ajoelha na cama e reúne meu cabelo,
vagamente num primeiro momento, os dedos roçando meu couro cabeludo,
então mais firmemente enquanto ele separa o meu cabelo em três partes e
começa a trançar.
—Eu tenho um... —Eu paro e tento novamente. —Você precisa de um
elástico de cabelo?
Estou tão curiosa agora. É uma faixa de borracha? Será que ele sabe usar
uma, ou são aquelas pequenas que não puxam?
—Não?
Eu posso me mover.
E então eu estou presa. Nele. Sua para torturar, e sua para decorar. Sua
literalmente para marcar-me como sua.
Arrepios percorrem minha pele, enquanto eu espero.
E quando sinto uma coisa fria como uma tampa de plástico faz-me saltar,
minha respiração trava, porque também me excita.
E ela se mantendo parada para mim, confiando em mim para cobri-la com
o que eu quiser.
Ela faz um barulho, um “hummm” suave que vai direto para o meu pau.
Eu me inclino sobre ela e raspo seu lóbulo da orelha com os dentes. —Que
tal eu tirá-las com o seu telefone, e você pode decidir se as enviará para mim ou
não?
—Sim, Max. —Ela inclina a cabeça para trás e estende as mãos. Meu anjo
caído, coberto de tinta. Toda minha.
Minha gatinha. Minha Violet. Minha para foder, forte e rápido ou lento,
ou como eu quiser. Para preenchê-la, e depois ainda mais profundo.
Ela está tão molhada, e mesmo que ela seja apertada pra caralho, ela não
pode me segurar dentro dela. Eu sou maior, eu sou mais forte, e eu a amarrei. Ela
é minha para fazer o que eu quiser.
—Você pode tocar a si mesma? —Merda, eu quero vê-la fazer isso. Eu fico
de joelhos, puxando-a comigo. Eu a seguro pelos quadris enquanto seus braços se
abrem, apoiando-se contra a cama por um segundo, então ela pega seu clitóris,
seus dedos atravessando meu “lobo” no caminho. Ela não tem ideia de como ela
se parece.
Ela pisca para mim, em seguida, olha para onde eu estou segurando-a com
força contra mim, nossos corpos presos juntos.
Ela engasga em voz alta, e suas mãos voam para as imagens. O lobo em
primeiro lugar, em seguida, o olho do dragão, em seguida, ela gira para a direita e
para a esquerda, olhando para as outras. —Eu pensei que você estivesse
escrevendo o seu nome. —Ela respira, os olhos arregalados. —O que são esses?
—Apenas algumas coisas que eu queria ver em sua pele. —Eu flexiono
meu pau dentro dela. Sua inspeção de olhos arregalados alimenta algo profundo
em minha alma, esse garotinho que escondia um caderno de desenho, porque ele
precisava aprender seus contornos.
—Eles são incríveis. —Ela vira sua atenção para mim, os olhos brilhantes e
molhados. —Max...
Sua respiração trava e ela desliza os dedos entre os lábios de sua buceta.
Eu fodo dentro e fora dela, meu pau obscenamente grande separando as dobras
delicadas de seu sexo, contra seus dedos e os cachos escuros no topo de seu
monte. Ela é a bela e eu sou a fera. Mesmo com as minhas marcas sobre ela, ela
ainda é um anjo.
Eu a fodo mais forte, uma mão na bunda dela, a outra segurando seu
quadril de forma possessiva. Estou torcendo dentro dela a cada impulso, dirigindo
contra seu ponto G. Ela está esfregando seu clitóris o mais rápido que pode, e
suas pernas estão tremendo em torno de mim.
—Você vai gozar? Goze em mim, gatinha. Eu quero sentir aquele pequeno
espasmo na sua buceta quente tão doce, está me ouvindo?
Eu bato nela novamente, desta vez na bunda dela, e ela grita. Eu faço isso
mais forte e ela explode, seu clímax forte e brutal e profundamente dentro dela.
Seus músculos internos apertam em torno do meu pau, e eu fico louco. Eu não
quero machucá-la então eu tiro meu pau dela, arrancando o preservativo para
que eu possa me masturbar. Só é preciso dois puxões selvagens e eu gozo forte.
Minha visão borra quando meu orgasmo assume. Eu caio para frente em cima
dela, e meu gozo jorra contra seu ventre, sua vagina, entre suas pernas quando
ela se torce abaixo de mim.
Eu estou vendo tudo preto, e ela está esfregando meu gozo em seu
clitóris, ainda em seu orgasmo.
Como é que eu vou durar uma semana antes de começar a fazer isso de
novo?
Capítulo 23
Violet
Max.
V: De nada.
M: No próximo fim de semana?
V: Absolutamente.
semana.
M: Agora.
Eu rio. Então eu envio-lhe a dália. Você pode ver a curva de fundo do meu
peito nela. Eu toco nesse ponto, enquanto eu assisto o upload do arquivo
aparecer, em seguida, a marca de verificação de entregue. Eu fico molhada entre
minhas pernas enquanto eu o imagino abrindo-a, vendo essa curva da carne. Uma
sugestão de barba queimando logo acima da pétala de cima.
V: Ela é quente.
—Deixa-me molhada.
—Ainda não.
—Eu estou um pouco dolorida. —Eu sussurro. —Vou precisar ser gentil.
—Você não gosta de gentil. —Ele deixa cair a sua voz, também. —Se eu
estivesse aí, eu iria colocar a boca em você. Lamber você lentamente, para cima e
para baixo, até que você estivesse se contorcendo por mais.
—Isso soa suave. —E bom. Eu rolo meus quadris, meus dedos passando
em meu clitóris, deslizando sem esforço entre os lábios da minha buceta, porque
sim, eu estou encharcada.
Uhh... —Talvez?
—Eu queria que a resposta fosse não. É evidente que eu preciso chupar
seu clitóris mais, até que esteja duro e latejante e você possa sentir tudo dentro
puxando forte. Pronta para explodir. —Eu chupo e agito minha língua em torno
dele, puxo-o em minha boca e, em seguida, suavizo com os lábios, beijando o
resto de sua linda e pequena buceta sexy.
—Uma vez que o seu rabo estiver agradável e rosado, eu vou esticá-la na
cama e colocar a sua bucetinha ansiosa em meu rosto.
—Humf...
—É isso aí. Você está pingando para mim, tão molhada, e eu quero lamber
até a última gota. Eu vou apertar o seu traseiro, pressionando os pontos mais
dolorosos, e eu faço você montar meu rosto até gozar na minha boca.
—Humm.
—Merda. Você está em outra dimensão? Porra, eu não deveria ter feito
isso.
—Max. —Eu inspiro e expiro, afastando a neblina. Eu sorrio, mas ele não
pode ver isso. —Max. Estou bem. Eu estou bem. Isso foi super intenso. Obrigada.
—Eu tenho uma longa semana de trabalho pela frente, ela deve passar
rápido. E quanto a você?
—Esforçado.
—Eu poderia dizer a mesma coisa de você. Você é uma expert total.
Eu coro. Eu sou. —Ok, então não somos exatamente o mesmo. Você então
não é um expert. —Não há como Max um dia estar tão desesperado para que
alguém saiba que ele tem a resposta certa. Ele é um “sabe tudo”, de uma forma,
talvez, mas ele não dá a mínima se alguém percebe. Ele só gosta de estar certo.
Eu não acho que nós temos uma gíria para isso.
—Bastante.
—O que você era na escola, um rebelde?
Ele não responde de imediato, então ele limpa a garganta. —Eu não fui
para a escola, na verdade. Mas eu acho que era um rebelde na universidade.
Definitivamente o imprevisível na escola de medicina.
—Dr. Bad Boy. —Eu rio. Eu gosto disso. Vou usar isso novamente. Mas ele
é um bom médico, também, e eu digo-lhe isso.
—Seu segredo está seguro comigo. —Eu sei que há mais do que isso, mas
eu vou deixar essas questões para outro momento.
—Você?
—O que é a questão?
—Não, não, isso é impossível. —Eu protesto, deixando minha voz toda
ofegante.
Eu desligo as luzes para que eu possa fingir que ele está ao meu lado. —
Boa noite, Max.
—Noite, gatinha.
Capítulo 24
Max
Na noite seguinte, eu não chego em casa até depois das dez. Nós pedimos
sanduíches em nossa reunião de departamento, então eu sigo em frente ao andar
de cima. Eu fiquei fazendo uma lista de compras na minha cabeça durante todo o
dia.
Eu paro no meu quarto para tirar meu terno. Quando eu abro a minha
gaveta da cômoda para tirar uma calça de moletom, meus olhos caem no local
onde o telefone esteve.
Ela ainda pode estar acordada. Eu deveria saber que horas ela geralmente
vai para a cama. Eu ligo meu computador e digito a primeira coisa na minha lista.
Eu gemo e jogo a cabeça para trás, e isso é quando o meu telefone emite
um som.
V: Eu estou. Oi.
Puta que pariu. Eu quero estar lá. Eu a quero aqui. Quero bolas enterradas
profundamente dentro dela.
Eu quero dizer a ela que eu quero o lobo, mas também quero ver se ela
está guardando por último. Se isso significa tanto para ela quanto para mim.
Antes que eu possa responder, mais pontos aparecem sob o nome dela.
Em seguida, uma foto aparece.
V: Eu gosto desta.
É a curva nua de sua coxa, levando até o quadril. Onde o olho do dragão
estava, e agora meu nome é tudo o que resta em letras cinzentas.
Eu aperto meu pau mais uma vez e o guardo de volta em minha calça,
meu pulso em meu pescoço pula enquanto eu me inclino na minha cadeira.
M: Você é impressionante.
M: Linda.
V: Eu poderia esperar.
M: Até?
Ela hesita. Então…
M: sexta-feira.
Eu sorrio.
M: Não.
V: Corando mais.
M: Algo assim.
E uma vez que os textos param, e ela diz boa noite, eu gostaria de ter
feito.
*****
Roxo Doc Martens8, porque eu quero que ela seja um pouco tagarela
comigo. Estudante fodona, não uma inocente Mary Jane, embora se ela gostar
deste jogo, podemos jogar desse jeito outra vez.
Eu estou vestido, também. Eu usei jeans para trabalhar hoje, mas quando
cheguei em casa e tomei banho, vesti calça, e uma camisa de botão, desfiz o
botão superior, e uma gravata frouxa.
Então eu desligo a maioria das luzes, para quando ela chegar, tudo o que
ela vai ver sou eu sentado naquela cadeira.
Uma risada sai quando ela descobre que não é exatamente a noite da
bibliotecária impertinente.
Ela tem sido tal distração em sala de aula. Provocando seus professores e
perturbando os outros alunos com suas histórias chocantes do que ela fez em
suas férias.
Como ela ousa vestir uma saia tão curta quando o nosso código de
vestuário exige claramente que todas as saias toquem o chão quando ajoelhada.
Ela está com a blusa na frente amarrada também, revelando uma fatia de
pele pálida de sua barriga.
Ela é perfeita.
Imagino sua bela lingerie deixado lá em cima na cadeira. Tudo, exceto essa
cinta-liga.
—A disciplina é o cerne de nossa filosofia de ensino, Srta. Roberts. Apesar
de que, suas circunstâncias para estar aqui sejam... incomuns... as regras normais
ainda devem ser aplicadas.
Ela joga a mandíbula para um lado, depois para o outro, os olhos fazendo
um olhar preguiçoso em torno do espaço escurecido. —Mas eu sou diferente dos
outros, não sou... senhor?
Ela balança a cabeça, os olhos arregalados. Claro que ela não lembra. Eu
estou fazendo essa merda como eu quero.
Ela olha para mim, com pura inocência em seu rosto até que ela dá de
ombros.
—Eu sou uma putinha com tesão. —Ela respira, os olhos grandes e
bochechas rosa. —Mas eu realmente gosto das minhas aulas regulares.
—E pessoalmente?
—Mas essa era a regra número dois, Violet. Não temos segredos aqui.
Você não está sendo uma aluna muito boa agora.
—Eu quero ser. —Ela sussurra.
Ela balança a cabeça, sua fuga espertinha quando ela percebe que eu
estou falando sério sobre castigá-la, de joelhos.
—Tsk, tsk, tsk, Violet. Você não só mentiu para mim sobre ter tomado
alguém em sua boca, você me privou de treinar essa linda garganta sua. Bata na
minha coxa, se você precisar da palavra de segurança. —Usando as tranças como
alças, eu assumo o controle e começo a bombear meus quadris. Lentamente no
início, obtendo uma sensação de que ela pode me tomar, então eu acelero, até o
fundo de sua garganta a cada impulso.
Merda, ela é tão boa, e não demora muito eu estou pronto para gozar.
Estou tentado a gozar direto em sua garganta, mas agora eu quero um visual.
Deixando de lado suas tranças, eu puxo para fora e agarro meu pau no
meu punho. —Abra a boca, língua para fora. Quando eu gozar, eu quero que você
engula cada gota.
Jorro após jorro cai sobre sua língua. Com o último jato, ela faz um show
de engolir, em seguida, lambe meu pau, sem me dizer uma palavra. Porra, ela é
tão perfeita. Eu me dobro de volta e prendo minha calça, deixando meu cinto
aberto.
Nós paramos ao lado do sofá onde minha vara favorita está no banco do
meio, juntamente com uma correia de couro e uma régua de madeira. —Deite-se
no braço do sofá. —Assim que ela está em posição, eu subo esse projeto de saia
sobre as costas, mostrando sua bunda linda. —O homem não quis dizer “nós”,
não é?
—Hum, talvez?
Eu deslizo minha mão sobre seu traseiro, em seguida, dou a cada nádega
um tapa afiado. Gosto de ver a impressão da minha mão aparecer em sua pele
pálida. Eu adoraria ver os vergões vermelhos de minha vara em contraste com sua
pele marfim, mas eu acho que levará algum tempo antes que ela seja capaz de
receber uma surra sem qualquer aquecimento, por isso vergões contra o rosa vão
funcionar.
—Não, senhor.
O tamanho dele não chega nem perto dos plugues que eu tenho usado
para treinar sua bunda, mas eu estou muito ansioso pela reação dela.
—Onde é que uma aluna exemplar como você aprendeu sobre um ato tão
sujo?
Ela sorri. —Nós dois sabemos que eu não sou uma aluna exemplar.
—Bom. Então eu posso supor que você também aprendeu sobre palavras
seguras?
9Figging é a prática de inserir um pedaço de raiz de gengibre descascada no ânus ou na vagina de uma pessoa. Ele tem sido
usado como um meio de punição. Também é usado como uma prática BDSM.
—Sim.
—Vermelho e amarelo.
—Verde.
—Excelente.
—Absolutamente, Violet.
—Obrigado?
Eu retomo o meu ritmo com a correia e é difícil não rir cada vez que ela
aperta o rabo com o tapa e depois solta imediatamente por causa do aumento da
intensidade do gengibre.
Uma vez que eu acho que ela está no tom certo de rosa, eu mudo a
correia para a vara que eu estive ansioso para usar durante semanas.
Eu fixo seus pulsos nas costas dela com uma mão, em seguida, estabeleço
a primeira varada no ponto onde ela senta. É a minha área favorita para colocar
os golpes mais duros porque quero que eles a lembrem de mim sempre que ela
se sentar.
O próximo golpe é um pouco mais forte, e ele cai logo acima do primeiro.
Desta vez, ela solta um grito que quase me faz sorrir. Sua nádega se contrai e
flexiona, e eu espero até que ela se acalma novamente antes de dar o terceiro e
último golpe.
É muito mais forte em toda a parte mais larga do seu traseiro e provoca
um grito que faz meu pau doer.
—Da próxima vez que eu precisar bater com a vara em você, Srta. Roberts,
você vai contar cada golpe. Entendido?
—Eu duvido, mas você vai. —Eu libero suas mãos e jogo minha vara de
volta na almofada do sofá, em seguida, coloco a mão no bolso de trás para pegar
um preservativo e abaixo minha calça.
Assim que meu pau está coberto, eu o escorrego contra a entrada de
Violet e estou em casa. Eu posiciono as mãos nos quadris para que eu possa usar
as palmas das mãos para apertar suas nádegas juntas, a fim de aproveitar ao
máximo esse plugue de gengibre na bunda dela, enquanto eu bato meu pau em
sua vagina.
Em pouco tempo, eu estou perto, e por mais tentador que seja negar seu
orgasmo, eu não sou assim tão mau. Não essa noite. Eu solto sua bunda e alcanço
sua frente e me preocupo com seu clitóris. Quando eu a sinto começar a apertar
em torno de mim, eu seguro seu seio com a outra mão e aperto o mamilo
enquanto eu dou os últimos impulsos para me levar ao esquecimento com ela.
Eu não sei como ela faz isso, mas cada vez que estamos juntos, ela toma o
que eu dou a ela e torna isso ainda melhor.
Assim que eu faço uma limpeza rápida, eu sento no sofá e deslizo Violet
no meu colo. —Você foi incrível. —Eu digo a ela enquanto eu deslizo um pedaço
de chocolate entre seus lábios.
No interior, a casa está quase tão calma como sempre. Do andar de baixo,
eu ouço a música tocando, porém, essa é diferente. Parece Florence “The
Machine”.
Interessante.
Não que Max um dia fez isso. Nem mesmo uma vez. Quando ele me
inspeciona, é sempre com satisfação.
Max está de pé no bar, servindo-se de uma bebida. Ele ainda está com a
roupa de trabalho. Calça de terno, uma camisa oxford brilhante e um cinto de
couro pesado. Eu hesito por um segundo, em seguida, vou até o divã e assumo a
posição.
Cada tilintar de gelo no copo é como uma alfinetada contra a minha pele.
Ele me lança um olhar. Sua boca já está molhada, os olhos brilhantes.
Um tremor de algo... Medo? Perigo? Perigo, sim. Medo... Ainda não. Mas
há a promessa. A promessa de que... vamos jogar pelas regras. Bem dentro dos
limites, como estas últimas semanas.
Ele para ao meu lado e passa seus dedos nas minhas costas, as pontas dos
dedos tropeçando na rede suave envolvendo meu corpo. —Você teve um bom
dia, gatinha?
—Eu não. —Ele suspira e toma um gole. —Estou tenso esta noite. Lembre-
me de suas palavras de segurança, por favor.
—Vermelho.
—E?
—Amarelo.
Ele toma mais um gole, audível mesmo sobre a música. —Você pode
precisar delas esta noite. Você entende?
—Sim, Max.
—Bom.
Ele se move na minha frente. Sua ereção é visível através de sua calça,
pesada e grossa. Ele coloca a sua bebida na bandeja de metal antiga e lentamente
abre seu cinto, deslizando o couro em suas mãos antes de enrolá-lo e colocá-lo ao
lado de sua bebida.
O copo está quase vazio, e eu não acho que é a primeira noite que ele
bebeu.
Eu tento parar, mas eu não posso. Abro a boca para explicar, e não sai
nada. Eu penso sobre a palavra de segurança. Não vermelho, mas amarelo talvez.
Eu confio nele, mas sem bebida e chutes é uma regra, certo?
Ele pega o copo, mas em vez de engolir o resto da bebida, ele a pressiona
levemente contra o meu lábio inferior. —Beba.
Abro a boca e viro a cabeça para trás o suficiente para provar. O gosto
doce do refrigerante de gengibre - e somente isso - inunda a minha língua. Eu
relaxo.
Ele coloca o copo na mesa e segura meu queixo com a mão, firmemente
levantando minha cabeça para que eu possa encontrar o seu olhar. É agora, é o
Dom. —Você pensou que eu estava bêbado.
Meus olhos alargam com o tom frio na sua voz. —Eu confio.
Ele balança a cabeça, sua expressão difícil de ler. —Mas você estava com
medo?
A verdadeira questão neste momento, e eu não seguro a minha resposta
honesta. —Sim. Um pouco. —Deus, a descarga de adrenalina, a clareza da
situação, é esmagadora. Eu começo a tremer novamente.
—Mesmo quando você pensa que eu sou perigoso? —Seus olhos estão
escuros e brilhantes.
Eu concordo.
Eu lambo meus lábios. —Eu confio em você, Max. Para fazer o que quiser
comigo.
—Se você deslizar no subspace11, eu vou querer transar com você. —As
duas últimas palavras me fazem tremer de uma forma totalmente diferente.
Quero isso, tanto. Sexo durante o voo, totalmente em êxtase? Sim, por favor. Ele
agarra meu queixo com firmeza. —Onde nós estamos?
11 “Subspace” é o estado para onde a consciência do submisso vai quando a entrega do seu corpo e mente são completas,
ou seja, ele perde o controle sobre si mesmo.
que eu não tinha notado antes. Ela é grande e tem extremidades sem corte.
Tesoura de segurança. Não movo minha cabeça, mas eu passo o meu olhar em
volta, procurando a corda que eu presumo estar com ele.
Ai, sim.
Ele ri. —Resposta certa, gatinha. Eu estou apenas começando. —Ele puxa
meu mamilo novamente, então segura meu peito, mas ele está apenas
levantando-o para dar-lhe mais espaço para cortar um pouco mais do maiô.
Forte.
Desta vez, ele não segue em frente. Ele circunda esse ponto enquanto o
calor se espalha, em seguida, aperta novamente. É nítido desta vez, mas rápido
também. Eu balanço contra ele, querendo mais.
—Sim, Max.
Ele beija o topo da minha cabeça. —Isso é melhor. Você pode fazer isso,
eu sei que você pode. E quando eu terminar, você estará voando, não é?
Eu tremo. Por que uma pequena palavra tem um efeito tão forte sobre
mim?
—Sim... —Cara, foi difícil fazer essa palavra sair agora. Eu rio.
Os nós dos dedos esfregam contra a minha perna, então ele está se
masturbando, empurrando-se contra minha buceta. Cada empurrão de seu
comprimento grosso contra o meu clitóris me faz gemer, e quando ele finalmente
coloca um preservativo e desliza dentro de mim, eu sou um caso perdido. Estou
gozando quase desde o primeiro golpe, e eu juro que eu não paro até que ele
estremece e para em cima de mim.
—Shh. —Diz ele, beijando minha testa antes que ele me rola e desliza
atrás de mim. Ele está nu agora. Quando isso aconteceu? —Vá dormir.
Eu pisco para ele e sorrio enquanto ele traça um círculo suave em torno
do que parece ser o início de uma pequena contusão. Eu sentirei a noite passada
toda a semana. Eu estico meus braços acima da minha cabeça e faço um som
contente enquanto ele passa a palma da mão sobre o meu quadril.
—Não faça esses sons sexies de ronronar, gatinha, ou eu vou ter que tirar
a roupa e esse não é o plano para hoje.
Eu olho para ele, e sim, ele está vestido. Isso é estranho. Ele está vestindo
calça jeans e uma camisa, as mangas enroladas até os cotovelos. —Você tem que
ir trabalhar?
Ele balança a cabeça, seus olhos enrugando nos cantos. —Pensei que
poderíamos nos aventurar e sair. —Um protesto borbulha dentro de mim, mas
antes que eu possa expressá-lo, ele pressiona um dedo aos lábios. —Não aqui na
cidade, não se preocupe. Pensei que pudéssemos ir para Montreal essa noite.
Podemos parar em seu apartamento no caminho e pegar o que você precisa, mas
eu tenho algumas roupas para você também.
Depois ele coloca meu casaco em mim em seu hall de entrada, ele me vira
e o abotoa, roçando os nós dos dedos contra o meu decote.
Eu levanto uma sobrancelha para ele. —Então, você fingiu que não vai me
torturar o dia todo?
Ele dá um passo para trás e pega as malas para a noite. —Claro que eu não
vou fingir isso.
À medida que caminhamos até a Rua Saint Catherine, ele pega a minha
mão, e eu aperto meus dedos. Isso é muito bom. Uma fantasia dentro de uma
fantasia, mais ou menos. Duas pessoas normais em Montreal para uma tarde de...
o que nós quisermos.
—Isso ficaria bem em você. —Ele murmura, apontando para um vestido
preto em uma vitrine. É excepcionalmente curto.
Nós passamos quase duas horas entrando e saindo de lojas. Max admite
que ele nunca tinha ouvido falar da Agent Provocateur antes de me conhecer, ou
qualquer um dos designers de sapatos também, mas agora ele tinha um e-mail
diariamente da Nordstrom com sugestões baseadas em suas recentes aquisições.
—Algo parecido.
—Que tal uma cerveja? —Ele diz com uma risada. —Está tudo bem?
Olho para ele e para o lugar. Um jogo de hóquei está em todas as telas.
Desde que acabamos passando as últimas duas horas fazendo o que eu amo, eu
posso devolver o favor com certeza. —Está perfeito.
Estamos sentados em uma cabine no canto que tem uma boa vista de uma
tela e uma garçonete passa com um menu de cerveja e um menu de comida. O de
cerveja é mais longo, e nós decidimos a cerveja, quatro copos pequenos de
diferentes variedades, porque a escolha é muito difícil. Nós adicionamos um
pedido de dois pratos de comida e quando chegam, percebemos que poderiam
ter feito apenas um. Ambos os pratos transbordam com pão e carne e queijo,
azeitonas e picles e manteiga e mostardas.
Eu ganho cinco quilos só de olhar para eles, mas isso não me impede de
comer.
Ele pisca. —Há quanto tempo você esteve em Ottawa? Dois anos?
Eu dou de ombros. —Na verdade não. Eu volto algumas vezes por ano
para visitar meus pais. A maioria dos meus amigos de faculdade se dispersou por
todo o país, de qualquer maneira. E…
Ele levanta a sobrancelha. —E?
Ele pega a minha mão na sua e me dá um olhar severo. —Quem disse que
eu queria conversa fiada?
—Ah. —Eu olho para a minha cerveja. —Bem, basta dizer que meus pais
ficaram desapontados que me divorciei.
Mesmo sem olhar para ele, eu posso sentir a intensidade de sua reação.
Quando eu olho para cima, as sobrancelhas estão arqueadas e sua mandíbula está
tensa. —Sinto muito. —Ele finalmente diz. —Isso não está certo.
Ele balança a cabeça. —As férias estão chegando. Você vai vê-los?
—Sim. É a típica visita de dois dias, chego na véspera de Natal, saio dois
dias depois, e nada mais do que conversa fiada no meio.
—Está tudo bem. Mas sim, isso é tudo o que é. Bem. Nós nos amamos,
mas a minha vida tomou um rumo diferente do que eles queriam e já que é a
minha vida e não a deles, eu não entendo por que eles se preocupam. Estou
muito mais feliz agora, sabe? Então... Ottawa foi uma boa escolha a esse respeito.
Longe o suficiente para me dar espaço, perto o suficiente para que a viagem para
casa seja apenas de 48 horas. E quanto a você? Você sente falta de Vancouver?
Ele considera a questão com cuidado. —Às vezes. Eu não nasci lá ou coisa
parecida, então não é como se fosse importante, como é para Gavin. Mas é onde
eu cresci como pessoa, com certeza. E vai sempre parecer como minha cidade
natal. Mas eu gosto de Ottawa, muito, e eu posso me ver ficando lá tão bem
quanto em qualquer lugar.
—Onde você nasceu?
—Alberta. —Há algo sobre a maneira como ele diz isso que me
desencoraja a perguntar mais. Como se essa não fosse uma memória feliz, e eu
não sinto que tenho o direito de bisbilhotar.
—Sem reclamação. —Eu sorrio e ele me puxa até que eu esteja sentada
bem ao seu lado. —Beba sua cerveja e assista ao hóquei, doutor.
Quando eu volto para a nossa mesa, eu uno meus dedos aos de Max e
dou-lhe um olhar confiante. —Você tem alguma coisa específica prevista para
hoje à noite?
Uma vez que estamos lá, eu uso meu telefone para comprar dois bilhetes
bem atrás da rede dos Leafs. E depois que eu surpreendo Max com o e-mail de
confirmação, eu afundo de joelhos e dou-lhe um boquete impressionante e
especial.
Porra.
Pela primeira vez na minha vida, uma mulher está acima do meu trabalho,
e eu nem sequer me sinto mal sobre isso.
—Descanse um pouco, amigo. —Eu digo, e sua mãe toma o meu lugar ao
seu lado uma vez que ele está aconchegado.
—Eu sei que deveria ser melhor com esses. —Murmura o residente,
enquanto ele me persegue pelo corredor de volta para a sala de descanso.
Estou no gelo assim que Zamboni limpa a pista, bem como alguns outros
patinadores. Um cara da nossa equipe, Oliver, que eu não conheço muito bem,
mas ele é um amigo de Lachlan, então é meu amigo também. Nós batemos
nossas luvas e concordamos em fazer alguns exercícios de passadas. Quando o
gelo fica um pouco mais agitado, nós nos separamos e eu pratico algumas coisas
básicas e reações instintivas, visando outro patinador do outro lado do gelo,
imaginando que ele está bem na minha frente e o que eu faria se ele estivesse.
No final faço patinação livre, saio do gelo para que ele possa ser limpo
novamente, e encontro o resto da nossa equipe esperando por nós. Gavin
aparece hoje, então temos alguma segurança extra e a multidão.
Ellie está sozinha com dois oficiais de RCMP sentados atrás dela. Do outro
lado da arquibancada está um grupo de fãs. Algumas mulheres, mas também
algumas crianças, e Gavin vai lá para tirar fotos com elas.
Eu vou até sua noiva, que olha para cima de seu tablet quando me
aproximo. —Como vai?
—Bem.
Ela franze a testa. —Você acha que ela pode não querer que eu entre em
contato com ela? Agora que as provas terminaram e eu estou livre da montanha
de exames que estava na minha mesa, eu ia ver se ela queria tomar um café.
Café com Ellie não teria nada a ver comigo. Eu concordo. —Isso seria bom.
Estamos apenas mantendo o relacionamento em segredo. Mas o café é legal.
Faça isso.
Eu volto para a equipe, agitado. Eu deveria estar exausto após a noite que
eu tive, mas não estou. Estou pensando em Violet talvez sentada na arquibancada
em algum momento, observando-me jogar. Trazendo seu trabalho e sentando ao
lado de Ellie. As duas tendo uma amizade, talvez.
Afora o fato de que ela é a minha advogada e não vai ser vista em público
comigo, certamente é um obstáculo que pode ser superado - eu acho que Violet
poderia ser minha namorada.
E porra, eu gostaria disso.
*****
Eu paro e compro flores após o jogo, então mando um texto para Violet.
Ela está em casa, e, sim, com certeza, eu posso passar lá.
M: Ou eu poderia encontrá-lo.
V: Ou eu poderia expulsá-lo.
Quando eu chego lá, ela me recebe. Seu apartamento está vazio. Estou
estranhamente desapontado.
—São, de fato. —Eu puxo-a para perto, balançando o buquê atrás dela. Eu
amo a sensação dela em meus braços. O calor de seu sorriso quando eu abaixo
meu rosto e roço meus lábios contra os dela.
—Que tal isso? —Eu a beijo novamente, mostrando-lhe com a minha boca
o quanto eu a quero, o quanto eu precisava disso, durante toda a semana.
Mas antes que eu possa começar a deixá-la nua, meu pager toca.
Nós nos afastamos e ela pega as flores. —Vou colocá-las na água. —Ela
murmura enquanto eu verifico a mensagem.
—Ainda não.
—Humm?
—Apenas alguns amigos próximos, amigos com ideais iguais aos meus.
—Ideais iguais?
—Perversão.
—Ah. —Ela lambe os lábios. Tenho certeza de que ela ainda não sabe
como parece interessada.
Eu balanço minha cabeça. —Ele e Ellie seriam bem-vindos, mas eles não
estarão lá desta vez.
Ela suspira e roça os lábios contra os meus. —Vá embora, Dr. Bad Boy.
Você é necessário em outros lugares. E eu tenho coisas de festa para comprar
agora.
Eu digo a ela que ela só precisa de um fio dental festivo, e depois que ela
engasga, eu a beijo novamente. Longo e lento e não quase satisfatório o
suficiente.
Mas eu gosto do novo visual no olhar dela. O olhar travesso que mostra
que estamos planejando algo um pouco fora do contexto contratual.
Talvez Violet possa estar pronta para admitir que ela é minha namorada
depois de tudo.
Tudo está girando tão rápido e fora de controle para nós, e eu não quero
que isso pare. Em absoluto. Eu quero mais, não apenas jogar nos fins de semana,
mas jantares tardios no meio da semana, quando estamos exaustos, mas ver um
ao outro é um bálsamo que vale a pena a hora extra ou duas.
Quero Max, todo Max, e eu sou a razão pela qual eu não posso tê-lo
assim.
Oi, Violet!
Fiquei me perguntando se você queria saborear um café esta semana.
tipo de coisa.
Ellie
*****
—Em algum momento você vai ter que admitir que não vive mais comigo.
—Brinca Sasha.
—Eu estou fazendo isso lentamente. Uma mala de cada vez. —Ela olha
para mim e cora. —De qualquer forma, Sasha, Violet, Violet, Sasha.
—Prazer em conhecê-la. —Sua companheira de quarto diz com uma
piscadela. —O que está em nossa agenda de compras hoje?
Bem, agora é. Mas Sasha é uma profissional. Ela tem um pai e irmãos,
todos com gostos caros e um par de décadas para conseguir tudo o que querem.
À medida que passeamos na primeira loja de departamentos, ela expõe a sua
estratégia para a compra do presente de Natal.
—Em primeiro lugar, procure algo que vai fazê-los rir. Uma gravata
extravagante, uma caneca horrorosa, ou um jogo de algum tipo. Em seguida,
adicione um item de alto valor, como uma boa qualidade de fivela para gravata,
um serviço de assinatura de café raro, ou um fim de semana em um resort
exclusivo.
Dou a Ellie um olhar impressionado. —Você estava certa. Ela é boa nessa
coisa de compras.
Sasha faz uma pequena dança da vitória e nos aponta para seção dos
homens. Eu encontro uma gravata que eu poderia dar a Max. Não é engraçada,
exatamente, mas é quente. Tecido preto e roxo de uma maneira que parece preta
até que você esteja perto, e, em seguida, vê as ondulações roxas nela.
Ela inclina a cabeça para o lado. —Não, é a única coisa que combina? Isso
é sutil, sabe?
—No próximo ano, talvez! —Ela procura pela loja de departamento por
sua melhor amiga. —Max lhe deu uma ideia de quantas pessoas estarão lá?
—Eu vou.
Uh, não. Mas eu não posso dizer-lhe que Max escolhe todas as minhas
roupas. Isso é estranho e fora dos limites da nossa coisa secreta. Não é? Eu acho
que é. Não significa que eu não goste, no entanto. Porque isso também é
adorável.
—Oh sim! —Ela sorri e puxa seu cabelo loiro por cima do ombro. —É tão
bom após os feriados. Vamos arrasar nas compras.
—Impressionante.
—Foi no início. Mas uma vez que eu estou envolvida nas coisas no
trabalho, onde eles são totalmente invisíveis, então tudo fica bem. Tem sido
apenas por alguns meses, realmente, e isso parece uma rotina agora.
—Está indo.
—Eu nunca...
—Eu sei. E é por isso que eu perguntei, porque eu quero que você saiba
que nunca revelarei qualquer um dos seus segredos a qualquer um. —O rosto de
Ellie suaviza, uma carranca puxando um pouco entre as sobrancelhas. —Você
sabe, eu gostaria que não fosse um grande negócio, que eu estou em um
relacionamento, mas é. Querer que ele seja diferente não muda isso. Então... eu
não sei exatamente qual é o problema, mas eu estou supondo que não é tão
simples quanto ter encontros regulares com um cara famoso, certo?
Eu pisco duas vezes, porque eu nunca pensei em Max tão famoso. Ele
costumava ser, mas agora ele é cem por cento médico.
Bem, talvez noventa por cento médico, dez por cento Dom. —Não, não é
simples. Mas não é sobre a sua fama, também. Você sabe... Eu não o reconheci
quando o conheci. Quando ele entrou no escritório... —Eu paro. Talvez ela não
saiba. Quando Gavin perguntou onde nos conhecemos, eu estava cautelosa e Max
deixou-me manter o assunto vago. —Você sabe que eu sou sua advogada?
—Sim.
—Claro. —Estou tão aliviada por ter dito isso em voz alta para alguém e
não me envergonhar terrivelmente. Passos de bebê. Mas eu acho que estou
pronta para dizer a Ellie muito mais do que eu pensei que diria.
Ela ri baixinho. —Duas mesas para dois, por favor. Está frio lá fora. —Ela
pega o telefone e dispara um texto rápido.
—Convidando-os a entrar?
Assim que desaparece, Ellie fecha seu menu. —Eu quero o especial.
Mas isso é tudo que eu consigo. Eu sorvo uma respiração profunda. —Eu
sou uma colaboradora júnior. As regras são, provavelmente, semelhantes ao que
são para você como uma estudante de graduação. Eu não escolho os meus
clientes, eles são atribuídos pela firma, e minha vontade de fazer qualquer coisa e
capacidade de faturar também são fatores fundamentais para o avanço.
—E Max é um cliente?
Eu concordo. —Um que foi designado para mim, e foi salientado que nós
não faríamos nada para correr o risco de perder a sua conta.
—Claro que não. —Ellie abaixa a voz, suavizando seu tom. —Você gosta
dele.
Mais do que eu esperava. —Está... ficando real. Esse não era o plano, na
verdade. Pensamos que poderíamos manter isso somente para os fins de semana,
mas eu me encontro querendo mais dele. Querendo-o, e não apenas...
—Eu sei que você está com medo disso. Eu entendo, na verdade. Mas na
minha experiência, medos são muito piores quando são ditos. Se você quiser
conversar sobre isso, eu sou uma ouvinte decente.
Mas acima de tudo, eu quero saber por que os olhos estão brilhantes, não
envoltos em preocupação. —Você já pensou sobre o impacto disso em sua
própria carreira, por causa de seu relacionamento?
—Zen... sim, talvez seja uma boa maneira de descrever isso. Uma das
coisas que eu pesquisei é a maneira como as mulheres se submetem e fluem em
suas carreiras, muito mais do que os homens. É realmente uma força real das
mulheres. Quantos homens você conhece que perdem os seus postos de trabalho
em seus quarenta ou cinquenta e poucos anos e depois é só fim de jogo para
eles? Toda a sua identidade foi amarrada naquele papel particular durante
décadas e eles não podem pensar em si mesmos fora dele.
Ela balança a cabeça. —Eu realmente não estou. Porque você tem as
habilidades de enfrentamento que nem sequer sabe que tem. Se você vier a
perder o seu emprego, você se recuperaria tão rápido. Você iria fazê-los se
arrependerem de ter demitido você.
Ela se inclina sobre a mesa e cobre minha mão com a dela. —Pense nisso
desta maneira. O que você recomendaria a si mesma se você fosse um cliente?
Triunfo ondula sobre seu rosto. —Eu sabia. —Ela rapidamente esconde
suas feições. —O que é relevante então, porque você tem uma saída, certo?
—A sua não?
—Não.
—Sim.
Eu nunca tive nada parecido com Violet. Cada noite superava a anterior.
Cada nova ideia de perversão, florescia em mais do que eu poderia ter imaginado.
Esta noite parece quase normal. Digo quase, porque essa é Violet. Ela é
espetacular, mesmo quando está distraída.
Eu abandono meus planos para treinar ainda mais sua bunda. Primeiro eu
preciso dela plenamente presente neste momento, toda a sua atenção em mim,
então eu a levo às alturas. Uma vez que ela está de pé na minha frente, eu passo
meus dedos em seu cabelo, reunindo-o em meu punho atrás de sua cabeça.
—Nada mais importa hoje à noite. Nada mais existe além destas paredes.
Você me entende?
—Te agradar.
É uma boa linha. Um único padrão. Eu até admito que me deixa duro. Mas
não é o que eu quero ouvir. Eu balanço minha cabeça. —Você precisa de
Subspace? Você precisa de dor? Ambos? Você...
E ela me mostrou uma e outra vez que ela não quer que eu me contenha.
Seu olhar não deixa o meu rosto enquanto ela dá um passo para trás,
confiando que vou colocá-la onde eu a quero.
Nós dois estamos. Eu volto para o pensamento de que algo está na mente
de Violet. Ela está mais presente do que apenas indo com os movimentos, mas há
ruído de zumbido em algum lugar no fundo de sua mente.
Talvez seja o trabalho. Eu sei algumas coisas sobre isso. E isso está fora
dos limites para nós discutirmos.
Nua para o meu olhar, toda a pele cremosa e curvas intermináveis. Seu
cabelo é longo e solto. Isso não vai funcionar, não para o que eu tenho planejado.
Eu chego mais perto de novo e o puxo por cima do ombro, para frente.
—Perfeito. —Eu dou um aceno decisivo que ela não pode ver e me viro, o
meu plano agora claro na minha frente. Eu vou até o armário de brinquedos e
pego dois chicotes e um remo.
Quando eu volto, eu toco em seu quadril, então passo minha mão pelas
costas antes de apertar a curva de seu traseiro.
—Pronta?
Mais uma vez eu o deixo cair e bater forte contra as costas dela no mesmo
local. Mais três vezes, até que está linda e rosada. Então eu movo meus pés e
redireciono. Nós vamos levar isso devagar e suave, até que as endorfinas levem
para longe todas as suas preocupações.
Mas esta noite ela, e talvez nós, precisemos de alguma outra coisa.
Perversão não por causa do sexo, mas para o conforto. Conexão.
Mas eu senti falta dela esta semana. E um jogo não é como eu quero
voltar a me excitar. Algumas pessoas relaxam depois de uma longa semana com
uma taça de vinho e uma massagem.
Porra, sim.
Levou…
Levou uma hora, mas estamos deitando e rolando. Ela vai estar dolorida
amanhã. Vou esfregar arnica em suas contusões. Dobrá-la sobre travesseiros, com
cuidado, e fodê-la suave e lento, olhando para essas marcas.
E eu vou lembrar como é bom dar isso a ela. Para relaxá-la de sua semana
de trabalho e para o fim de semana, o nosso fim de semana.
Ninguém me disse que perversão pode ser isso. Pode significar algo mais
do que a necessidade primitiva de possuir, comandar, controlar.
Ela é tão maleável para mim. E ela recebe o meu pau como se fosse feita
para ele, seu canal apertado, molhado, um ajuste perfeito. Eu passo meu polegar
sobre seu orifício traseiro enquanto eu encontro um ritmo que eu gosto. Golpes
curtos, fortes que esfregam a cabeça do pau contra as paredes de sua vagina. Eu
amo como elas apertam cada vez que ameaço invadir a sua bunda.
Sua respiração está começando a ficar irregular e superficial, e eu bato em
seu quadril. —Respire fundo, gatinha. Nada de desmaiar aqui.
—Não…
—Humm. —Eu esfrego outro círculo com o polegar, amando como seu
corpo responde por dentro e por fora com a intrusão. —Não. Não essa noite. Eu
quero prepará-la corretamente na primeira vez. Porque eu sou um bom homem.
—Você não é.
—Você é o mais bonito. —Ela está ofegante agora, e por dentro ela está
apertando e soltando em um padrão regular. Ela está chegando perto, e eu quero
que ela me ordenhe forte.
—E?
—Tão... gentil.
—Max!
Pegue isso, eu penso. Tome o que eu te dou, minha gatinha. Tome o que
eu faço seu corpo sentir, mesmo que você grite.
E na hora certa, ela soluça, seu corpo caindo. Eu a sigo, minhas bolas
apertando enquanto eu a fixo na cruz e bombeio mais rápido em seu corpo usado
e abusado, meu próprio clímax duro e rápido.
Eu esfrego suas costas enquanto ela estremece contra a cruz. —Isso foi
melhor.
Eu espero até que seus tremores secundários parem, então eu solto seus
braços e esfrego as marcas em seus pulsos.
—Max? —Sussurra.
—Sim, gatinha.
—Talvez. —Ela se aconchega mais perto. —Eu queria discutir algo com
você, na verdade.
—Agora?
—OK.
—Eu trouxe o nosso contrato comigo esta noite. Eu estava pensando que
poderia ser hora de renegociar. —Diz ela suavemente.
No sábado seguinte, Max está tão pronto para sua festa que está quase
saltando das paredes. Ele me disse que sua amiga Corinne, veio há poucos dias e
decorou a sala de jogos com um toque de Natal pervertido, e ele não estava
brincando.
Depois de juntar algumas coisas diferentes que ele disse, eu percebi que
Corinne deve ter sido a mulher com quem eu o vi no mercado do fazendeiro. Eu
me obriguei a superar a pontada irracional de ciúmes. Ele também me disse que
ela veio com Lachlan para montar os móveis, e ela irá trazer alguém esta noite.
Nem um pouco. Meu instinto está confuso e mudei de ideia tantas vezes
na última meia hora.
Ele levanta meu queixo. —Lá em cima é fora dos limites para todos, por
isso, se em qualquer ponto chegar a ser demais para você, basta dizer a palavra e
eu vou me afastar. As pessoas vão também estar ocupadas fazendo suas próprias
coisas para notarem, de qualquer maneira.
Saber que tenho uma saída faz-me sentir um pouco melhor. Eu confio em
Max para me manter segura.
Nosso beijo é interrompido por uma batida. Max pega a minha mão e me
conduz através do porão para a entrada exterior onde seus convidados irão
entrar. Há um hall de entrada e tudo. Ele realmente fez um grande trabalho em
transformar este espaço em seu próprio clube de sexo, sem ter que trazer
pessoas para sua casa particular.
—Você também. —Eu digo, agitando sua mão quente com a minha fria e
pegajosa. Mesmo que Max tenha me preparado para quem é toda a gente, eu
não tenho certeza se posso lidar com isso. No fundo do meu coração, eu tenho
certeza de que este homem conhece cada segredinho sobre a minha vida. E agora
ele vai ver-me vulnerável.
Estou tão tentada, mas essa é sua primeira festa de Natal em sua nova
casa, e eu estou determinada a não estragar tudo.
—Qualquer coisa que eu precise estar ciente? —Lachlan pergunta,
voltando sua atenção para Max.
Sasha e Beth chegam pouco depois. —Ainda bem que ambas puderam vir.
—Max diz com um sorriso travesso para Beth. Mesmo se eu não tivesse sido
atualizada por Ellie, eu saberia apenas pela sua expressão que ele tinha dito para
Lachlan que ele esteve ocupado interferindo. —Violet, você já conheceu Beth?
Ela tira seu casaco e se inclina com um olhar conspirador. —Eu estou aqui
apenas para verificar o lugar. —Ela dá à Max um olhar inocente. —Oops. Você
deve ser Max.
Ele apenas ri. —Eu ouvi muito sobre você, Sasha. Estou feliz que você não
decepcionou.
Enquanto estamos falando, Beth está escutando com um sorriso divertido
até que algo chama sua atenção e seus olhos arregalam. Movendo minha cabeça
um pouco, vejo Lachlan olhando em nossa direção.
—Claro, nós podemos ir fazer um lanche e pegar algo para beber também.
—Eu também.
Eu levo as outras mulheres para a sala de jogo. Outra batida vem da porta
na medida em que nos afastamos, e essa parece outra manada de jogadores de
hóquei, mas eu sou grata por ter uma desculpa para evitar mais apresentações.
Poucos minutos depois, Max traz outra mulher para se juntar a nós. A
loira, e quando ele a apresenta, a minha intuição é confirmada. —Corinne, eu
gostaria que você conhecesse Violet. —Ele desliza o braço em volta de mim
imediatamente, possessivo, e eu me derreto contra ele. Ele me segura forte
enquanto continua as apresentações. —Também Sasha e Beth. Corinne é a
goleira do nosso time de hóquei. Vou deixar vocês todas se familiarizarem
enquanto eu termino de cuidar de algumas coisas.
—Bem, você está em boas mãos. —Diz Corinne. —Eu não conheço Max há
muito tempo, mas Lachlan tem sido um DM 13 desde quando o conheço, e todos
aqui foram analisados por ele. Portanto, se há qualquer coisa que capte seu
interesse, basta deixá-lo saber.
Corinne não perde uma batida. —Se você acha que gostaria de tentar algo
esta noite, eu tenho certeza que o Dom com quem vim estaria disposto a ajudá-
la. Ele é ótimo e ficaria perfeitamente feliz com o jogo não-sexual.
—Tire a roupa, gatinha. Mas fique com sua calcinha. —Ele se inclina e
belisca meu ouvido antes de abaixar a voz. —Eu sou um homem ciumento, e eu
não posso suportar a ideia dos olhos de outro homem na minha buceta.
Oh inferno, ele não vai nem mesmo me deixar ficar com meus seios
cobertos. Resigno-me a fazer o que Max quer porque ele sempre faz valer a pena.
Eu removo e dobro minhas roupas rapidamente, porque se ele queria um strip-
tease, ele teria me dito para ir devagar.
Ele estende a mão e passa os nós dos dedos sobre os meus mamilos. —
Bonita. E toda minha. —E há um sorriso maligno. Isso tem uma ligação direta com
o meu clitóris, fazendo-o pulsar. Enfiando a mão no bolso da frente, ele puxa um
par de pinças e as oscila na minha frente. Meus mamilos estão bem familiarizados
com Max e suas pinças, embora em vez de estarem ligadas por uma corrente,
estas têm sinos no final.
Ele não perde tempo colocando-as. —Tão linda. Muito apertado?
Ele sabe que estão, e ele sabe que eu gosto disso. A dor vai direto para o
meu clitóris e com qualquer movimento, vou continuar a sentir os puxões. —Sim,
Max.
Ele me leva para o banco da surra e me ajuda a subir. Estou tão animada
para tentar fazer isso.
Uma vez que meus braços e pernas são colocados na posição, Max prende
algemas em torno dos meus pulsos e tornozelos, então os fixa no banco.
—Verde, Max.
—Excelente. Hoje à noite, eu gostaria que você usasse uma venda nos
olhos. Há muita coisa acontecendo, e eu quero a sua atenção. Vermelho ou verde,
Violet?
Vendar é novo, mas confio em Max, e eu quero agradá-lo.
—Verde.
Eu trabalhei bem nela. Ela esteve no banco da surra durante a maior parte
da última meia hora. E agora sua bunda é uma linda cor rosa-vermelho e quando
eu removo a venda, seus olhos estão vidrados e sem foco.
Tão bonita. Violet é sempre bonita, mas Violet no subspace... Eu não sei o
que fiz para merecer tal perfeição, mas eu sei que vou fazer o que for preciso para
mantê-la.
Eu não facilitei para ela esta noite, mas eu resisti fazendo-a gritar, de dor
ou êxtase, porque ela ficaria envergonhada. Não é o tipo de humilhação que
funciona para ela, e há novatos na sala, e eu tenho certeza de que não queria um
deles interferindo e arruinando a cena de Violet.
—Eu preciso que você beba um pouco de água, gatinha. —Eu seguro a
garrafa para ela, enquanto ela toma alguns goles. —Quer um pouco de
chocolate?
Assim que Lachlan termina com o banco, Parker ajuda Corinne a sentar-se
nele. Não há restrições, ele vai direto para o remo. Ele começa com golpes leves e
rápidos, aquecendo-a antes de ele começar a intensificar.
Então eu percebo que Beth está na cruz e o amigo de Tate, Brandon está
prestes a brincar com ela. Virando a cabeça, eu me inclino em todo o sofá em
direção a Tate. —Qual é o problema?
—Ela queria ver como era, por isso, Brandon se ofereceu para ajudá-la.
Não se preocupe, eu ajudei com as negociações. Ele está sabendo que não é para
forçar muito.
—Acha que deve ir conversar com Lachlan, antes que ele perca a cabeça?
Mesmo que eu não possa ouvir a conversa, eu tenho uma boa ideia de
como vai. Nada bem.
Quero dizer-lhe um chamado Beth, mas conhecendo Tate, ele saber disso
é susceptível a fazer mais mal do que bem.
Meu Dom.
O que me lembra de que preciso fazer algo sobre isso no trabalho. Mas
não hoje. Não esta semana. Não há pressa. Nós estamos neste lugar incrível, onde
eu estou feliz em ficar por um tempo. Encontrando-nos, talvez, apenas nos fins de
semana. Mas isso é o melhor, porque se eu estivesse em sua cama, agora, não
haveria como eu ser capaz de sair e forçar-me a ir ao chuveiro.
Meu telefone vibra, e eu tiro a mão para fora das cobertas para encontrá-
lo antes que a vibração se transforme em um segundo alarme alto e irritante.
14 Uma reunião social em um restaurante ou pub para pessoas no BDSM. Particularmente destinada a pessoas
novas na cena que podem ser intimidadas por uma festa maior.
Mas não é o meu alarme. É Max. Meu rosto se divide em um sorriso
estúpido - feliz.
V: Mais ou menos.
M: Você é adorável.
V: O que?
M: Bom.
V: sádico.
V: Sim, Max.
V: Você começou.
Um paciente que tinha vindo um mês antes com uma concussão, Ethan
Bolton, está de volta na emergência.
—Ainda não.
—Eu não sei. —Ele fala devagar. —Havia um menino na minha frente. E
ele, e ele e... ele... eu pensei que ele ia...
Seu discurso é uma bagunça, e não apenas de dor ou medo. Seus olhos
não estão seguindo bem, e sua pálpebra direita pode estar inclinada. Eu estou
muito feliz por ter pedido uma consulta com um neurocirurgião.
—Nós dissemos à escola que ele não podia fazer esportes. —Disse sua
mãe sobre o meu ombro, e eu aceno.
Há uma estranha tensão entre eles que eu não posso entender. Ambos
estão preocupados com Ethan, isso é certo. —Onde estão suas meninas? —
Pergunto.
A mãe de Ethan esfrega sua testa. —Elas estão com uma amiga para
passar a noite. Festa do pijama.
—OK. Precisa de alguma coisa hoje? —Eu olho para o meu relógio. Não é
nem mesmo hora do almoço. Ethan ficou ferido no recreio da manhã, mas para
estes pais, isso foi há muito tempo.
Seu pai balança a cabeça. —Basta dizer-nos que ele vai ficar bem.
—Não. —Eu concordei com a cabeça, não foi? Então eu percebo que estou
franzindo a testa para ele. —Este é apenas um daqueles casos que parece ser
pessoal.
Blair está no telefone, então eu passo por ele e abro o calendário no meu
computador. Em teoria, o meu telefone é sincronizado com a rede, mas, na
realidade, eu não confio nele.
B: Não esqueça que você ainda precisa comer alguma coisa. Cancelar o
M: Obrigado, mãe.
—Completamente, Ethan.
—Mas...
Nós recuamos para o canto, e eu pego essa mesma tensão entre seus pais
novamente. Eles não estão tocando um ao outro.
Então eu tento não notar quando ela morde o lábio e dá-lhe um olhar de
soslaio.
Sou grato quando ela muda sua atenção para mim. —Quanto tempo ele
provavelmente ficará no hospital desta vez? E o que vamos precisar pedir à
escola? Devemos estar pensando sobre educação em casa pelo resto do ano, para
deixá-lo se curar?
—Temos uma equipe que você vai encontrar, mais tarde hoje ou amanhã.
Tudo recai sobre lesões cerebrais adquiridas, e há um grupo de médicos e
profissionais de saúde aliados que avaliam cada caso e trabalham com os pais
para decidir o plano de tratamento ideal.
É a segunda vez que ele me pergunta isso. Ele não aceitou minha primeira
resposta e ele não vai gostar de qualquer outra coisa que eu diga também. Mas
eu não posso olhar este homem nos olhos e dizer-lhe que o seu filho vai ficar
bem, porque eu não sei se isso é verdade.
Mas se seu maldito negócio importa tanto, talvez ele devesse ter sido mais
consciente sobre...
Mas agora, estou tão perto de socar algo que não é seguro.
Eu mando um texto à Blair para dizer-lhe que estou indo para a sala de
operações. Mesmo que eu vá apenas observar, eu não vou deixar Ethan sozinho.
Após a cirurgia ele vai para a UTI pediátrica. Não estou de plantão lá, e eu só vou
ficar no caminho.
E eu olho através da sala para seus pais, a culpa cortando meu âmago. Eu
não tenho ideia do que eles estão lidando. Se eles brigaram esta manhã. Talvez
tenham brigado por Ethan ir à escola, ou tirar sua calça de neve. Talvez um deles
quisesse que ele ficasse dentro na hora do recreio. Tantas coisas que eu deveria
ser capaz de identificar em vez de ficar contra eles.
Eu sou um bom médico. Ótimo, às vezes, porque eu sou incansável e
inteligente e eu não deixo muito passar por mim.
Mas a minha parte que deve ser compreensiva com os pais está quebrada.
Eu tento dobrar meu turno e ajudar meus pacientes de outras maneiras, mas em
dias como hoje, é uma verdadeira luta.
*****
Eu uso roupa cirúrgica tão raramente que eu não tentei o meu cartão de
roupa cirúrgica neste hospital. Não funciona. Um residente sênior tem pena de
mim e me dá uma roupa limpa. Eu me troco na sala de descanso, então vou para
a sala de operações, onde Ethan está sendo preparado. Eu deixo a equipe da
neurologia contar aos Boltons sobre o que acontecerá.
Mas eu paro na sala de espera e digo a eles que estarei na sala o tempo
todo. Eu não podia olhar para seu pai no olho como eu fiz antes, porém.
Eu troco de roupa, então vou para a sala de espera para sentar-me com os
pais de Ethan. Mas no meu caminho, eu paro e puxo o meu telefone.
Eu estou cansada esta semana, e se eu for para sua casa esta noite, eu vou
levar uma sacola com roupas para que eu possa dormir e apenas ir para o
trabalho da sua casa.
—Srta. Roberts? —Eu olho quando a enfermeira chama meu nome na sala
de espera. —Siga-me por aqui. A médica está um pouco ocupada, de modo que
você pode ficar esperando na sala da clínica por um tempo.
Eu reviro meus olhos. Toda vez que eu vou lá, eles me fazem fazer esse
xixi. Certamente eu deveria receber uma trégua como uma adulta responsável
que sabe como usar o controle de natalidade, certo?
*****
Ela balança a cabeça. —Eles são bons, mas não cem por cento. Um
pequeno rasgo e o sêmen pode vazar. Ou se há qualquer contato genital. E há
opções para discutir se essa não é uma gravidez desejada.
Eu pisco para as minhas mãos, descansando em meu colo. Meu dedo
anelar nu. Por dois anos, eu usei uma aliança de casamento, e pensei sobre
quando eu poderia ter um filho.
Mas, opções?
Estou grávida.
Eu começo a chorar.
—Essa nem sempre é uma boa notícia, e qualquer apoio que você precise,
eu estou aqui para você. Podemos discutir isso agora, ou você pode fazer outra
consulta, se você precisar de algum tempo.
Encontro-me derramando minhas tripas para uma médica que tem uma
clínica movimentada além daquela porta, e eu não posso mesmo dizer-lhe alguma
coisa específica. Mas eu descarrego, e ela me entrega um lenço, e não para até
que eu finalmente paro de chorar de verdade desta vez.
—Você vai ficar bem. —Diz ela, batendo no meu joelho enquanto ela se
levanta. —Seu bebê tem uma mãe incrível, e isso é a coisa mais importante. E
você tem quase nove meses para resolver o resto.
*****
Quando chego à casa de Max, ela está vazia. Eu verifico meu telefone, mas
não existem quaisquer mensagens dele ainda. Eu enrolo na sala de estar e ligo sua
televisão. Ela está congelada na repescagem de um jogo de basquete que ele
deve ter assistido ontem à noite ou a primeira coisa esta manhã.
Eu ligo o jogo.
Exceto que, primeiro eu tenho que dizer-lhe que estou grávida, de modo
que possa colocar um freio nesses planos.
Eu gemo e jogo a cabeça para trás. Pense como uma adulta, Violet. Eu
gemo. Deus.
Fui convocada aqui para uma sessão de sexo sujo, nada mais, e isso é
culpa minha, não de Max.
Nove meses não parece ser tempo suficiente para desvendar a bagunça
que eu fiz. Pego meu telefone e me atrapalho com uma calculadora para ver a
data do parto.
Agosto.
Se tudo correr bem, meu bebê vai nascer na primeira semana de agosto.
Ela está na sala de estar. Eu tiro meu casaco, coloco minha mochila no
balcão da cozinha e começo a rolar as mangas enquanto me aproximo dela.
—Obrigado. —Eu digo enquanto a puxo para ficar de pé. —Eu sei que
quebrei as regras um pouco.
—Está tudo bem. Eu precisava ver você, também. —Há um tremor em sua
voz. Talvez ela tenha tido um dia ruim, também.
—Oh. Você quer falar sobre isso? Você pode falar sobre o trabalho?
—Eu estou sendo um idiota, falando apenas sobre o meu dia. Eu sinto
muito. Como foi o seu dia?
—Foi... Eu não fiz muita coisa. Mas isso é bom. —Ela inclina a cabeça para
o lado. —O que quer dizer com você é grato por nunca ter tido filhos?
Eu tremo. É complicado, e não é tudo o que eu quero falar hoje à noite.
Eu dou de ombros. O único que importa nesta discussão. Eu. —Eu sou tão
egoísta quanto possível, Violet. Eu seria uma porcaria de pai neste mundo.
—Qual é? Sim, você já comeu, ou não, você não comeu, mas não quer dar
trabalho?
Ela hesita.
—Vamos, vamos aquecer qualquer alimento que foi entregue ontem. —Eu
uno meus dedos com os dela e a puxo para a geladeira. —Você quer comida
tailandesa, torta salgada ou frango ao curry?
—Violet?
—Humm?
Abro a boca para falar que é besteira, mas ela fica na ponta dos pés e roça
os lábios contra os meus.
Quando ela recua, seu olhar baixa e eu não posso chamar sua atenção
novamente.
Cada palavra é um tijolo em uma parede que eu não vejo construída até
que terminamos de comer e ela está do outro lado da cozinha, arrumando a
louça.
Até a distância, de repente, parece enorme.
Ela está olhando para o meu peito. —Eu não sei o que quero. E eu não sei
o que você quer, também.
—Eu quero você, inclinada sobre o braço do sofá. Eu quero fazer você
gritar. Eu quero deixar você molhada. Então eu quero te foder até eu parar de me
preocupar. Eu quero inspecionar essa noite. É tão errado assim?
—Então, leve seu pequeno e lindo traseiro lá para baixo e espere por mim.
Nua.
—Vermelho.
Capítulo 36
Violet
Eu não espero Max responder. Nada que ele possa dizer vai mudar o fato
de que eu preciso sair daqui agora, antes que eu dê a notícia que ele não quer
ouvir. Eu passo por ele, recolhendo minhas coisas, e saio para a garagem.
O tempo todo, seu olhar está sobre mim. Quente, pesado, opressivo.
Preocupado, também, mas só porque ele teve um dia ruim e eu ia fazer isso
melhor.
Bem, foda-se, Max Donovan. Eu não tive o melhor dia, também. E sim,
algo está errado, mas não, eu não posso nem começar a falar sobre isso.
Ainda não.
Mas uma vez que organizar meus pensamentos, ele vai ouvir. Balanço a
cabeça, irritada e chateada com ele por ser egoísta e comigo por não dizer nada...
Mas eu não podia.
*****
Eu penso sobre ligar e dizer que estou doente no dia seguinte, mas é uma
quinta-feira cinzenta, sombria, e eu prefiro tentar me perder no trabalho a sentar
em casa e sentir pena de mim.
Eu me apaixonei por um homem que não quer as mesmas coisas que eu. É
uma armadilha, tão clássico. O que eu estava pensando?
Eu não estava.
Meu estômago revira quando eu penso muito sobre isso, sobre quão frágil
e breve a felicidade é. Como insanamente, delirantemente feliz eu estava... e
como era tudo uma farsa.
Ela apenas ri. —Você deve faturar uma ou duas horas de trabalho. Isso vai
fazer com que todos por aqui fiquem felizes.
Max. Ele nunca está muito longe da minha mente, enquanto a manhã
passa para tarde, então o céu escurece e de repente é o jantar.
Eu salvo meu último trabalho do dia e abro o site de um advogado famoso
aqui na cidade. Ela tem uma página sobre guarda compartilhada desde o
nascimento.
Ele ri. —É também uma semana e meia antes do Natal. Eu tenho compras
natalinas a fazer. Vou tirar um dia de folga amanhã.
—Não.
—Posso bater em alguém?
—Não.
Ele suspira. —Eu tenho Rocky Road no meu congelador. É todo seu.
Ele sempre tem sorvete no freezer e ele nunca come. Algum tipo de jogo
de atleta do ginásio tipo “mente sobre a matéria” que eu nunca vou entender,
mas agora eu estou super grata. —Você é o melhor.
*****
Então penso sobre o fato de que eu saí de sua casa há duas noites e ele
não me mandou uma mensagem desde então.
Que aceita a sua palavra de segurança, que aceita que você saiu de sua
casa.
Eu esfrego meu rosto e rosno para a minha máquina de café, que não tem
nenhuma resposta.
E não é o que eu quero. Não importa o que aconteça, eu não quero ser
injusta com ele. Ele não pediu isso, mas ele tem o direito de saber o que está
acontecendo, e um direito de reagir do jeito que ele quiser.
Então eu a minimizo.
Mas nós temos nove meses para conciliar como vamos avançar daqui.
Eu juro que vai me levar até o último segundo desses nove meses para eu
entender o que aconteceu. Devo exatamente a mesma quantidade de tempo de
processamento para o futuro pai. Especialmente ele. O que não queria ser pai.
Porra.
A razão pela qual eu deixei sua casa na outra noite foi porque eu fui a
médica mais cedo naquele dia e descobri, para minha surpresa, que eu estou
grávida.
Eu não espero nada de você, mas você tem o direito de saber. Se você
estaria em vigor. Eu apreciaria que você não usasse o meu nome até que eu
tenha tempo para obter a minha própria representação, pois isso irá
Espero que você saiba que pretendo agir de boa-fé sobre este assunto,
15 O termo administrativo “Muralha da China” é uma barreira que garante que, dentro de uma mesma empresa, as áreas
que têm informações privilegiadas sobre o mercado (prestando assessoria corporativa em caso de fusões e aquisições, por
exemplo) não tenham contato com quem de fato opera nele.
Eu o leio de novo. É frio, mas eu prefiro ser objetiva. Talvez seja por meus
instintos jurídicos, ou apenas os instintos da mulher ferida. Eu não posso
derramar tudo o que eu estou sentindo na página quando eu não tenho nenhuma
ideia de como Max vai reagir.
Eu abro outra janela. Eu tinha três pedidos de patente para rever esta
tarde, e na sua maioria eu já fiz, mas devo verificar o meu trabalho. As palavras
borram na minha tela.
Merda.
casa.
É isso aí?
Mas quando eu leio o seu e-mail novamente, o tom é claro. Max está me
mandando para sua casa. Uma semana atrás, isso teria me excitado.
Eu abro a porta e não lhe dou a chance de falar. Eu a puxo para dentro e
nos fecho do resto do mundo.
Enredando os dedos em seu cabelo, eu puxo sua cabeça para trás. Ela só
está aqui porque eu não lhe dei escolha. E porra, eu sei que deveria mandá-la
para casa, mas eu simplesmente não consigo. Em vez disso, dou-lhe uma saída. —
Você tem uma palavra de segurança. Seria sábio usá-la agora.
Ela só olha para mim em silêncio, e eu estou tão perdido. Por que ela iria
esconder isso de mim?
Com a mão esquerda pressionando em sua parte superior das costas entre
as omoplatas, eu começo a espancá-la. Sem toques e golpes suaves para aquecê-
la, não desta vez. Estamos em território de punição e nada menos do que sua
palavra de segurança vai salvar sua bunda. Esse e-mail... suas suposições... eu
estou vendo vermelho e isso não é o ideal, mas ela é minha e ela não tem
nenhuma chance. Porra.
Depois de alguns golpes, eu dou uma boa batida, forte em sua buceta, em
seguida, volto para sua bunda. Eu continuo espancando-a, acrescentando
aleatoriamente tapas em sua buceta até que minha mão começa a ficar dolorida.
Ela aguenta tudo o que eu dou-lhe com nada mais do que gemidos. Eu quero
lágrimas.
—Não. Se. Mova. —Desafivelando meu cinto, eu olho para baixo para a
bunda vermelha de Violet e contemplo o meu próximo passo. O barulho da fivela
soa quando as lâminas de couro passam pelas presilhas da minha calça. Eu dobro
o cinto ao meio, em seguida, empurro as extremidades em direção à outra um
pouco e puxo para trás forte, fazendo-o estalar. Violet se assusta.
Dou outro golpe onde ela senta, e então um pouco abaixo de sua bunda.
Eu continuo dessa maneira, um golpe diretamente abaixo do último, alternando
em cima e em baixo em seu local de sentar. Na realidade, só leva cinco golpes
para cobrir a metade inferior do seu traseiro, onze golpes ao total, porque eu
começo e termino com seu lugar se sentar. Ela vai se lembrar desta lição cada vez
que ela sentar o rabo.
Jogando o cinto no chão, eu vou por trás dela. Eu me esfrego contra sua
pele macia enquanto alcanço em torno dela e deslizo os dedos entre suas dobras
para encontrá-la lisa e molhada. Ela se agita contra a minha mão e eu
rapidamente abro a calça, liberando o meu pau. Sem preservativo. Não dessa vez.
Nunca, enquanto ela estiver carregando meu bebê dentro de seu corpo.
E talvez isso seja o que eu mereço. Deus, talvez eu esteja tão quebrado
por dentro que é o que eu quero agora, porque isto não está alimentando o Max
sádico. Este esfregão áspero, rude contra a minha alma é algo totalmente
diferente, e eu deveria voltar atrás.
Bom. Se perca por mim, gatinha. Isso vai fazer de nós dois.
Eu enterro meu rosto em seu pescoço e me perco em seu corpo até que
nós dois estamos gastos. Ela é minha. Eles são meus e eu vou fazer o que for
preciso para manter isso dessa forma.
Capítulo 38
Max
—Existe realmente algo para falar? —Ela puxa a mão da minha e meu
mundo cai debaixo de mim. Quando ela apareceu à porta, eu pensava... esperava
que tivesse uma chance de começar calmamente a discussão em torno de sua
gravidez.
—Você jogou uma bomba em mim. —Eu digo, minhas palavras cortantes,
apesar da minha intenção de manter a calma.
—A nossa situação.
—Você não quer ter filhos, eu entendo isso. Eu posso lidar com isso.
É a única coisa que importa para ela. Eu respiro fundo e tento novamente.
—Não importa o que eu disse sobre querer filhos, eu sei de uma coisa sem
dúvida, eu nunca, nunca abandonaria uma criança que ajudei a criar. E em não
abandonar essa criança, eu também nunca abandonaria a mãe dessa criança.
Ela me dá um olhar suplicante. —Você pode dizer isso, você pode até
pensar que acredita nisso, mas você não muda a sua posição sobre a vida
alterando decisões como crianças em um piscar de olhos. Você simplesmente não
pode fazer isso.
—Então, como você está tão certa de que eu preciso ser cortado da
imagem? —Droga, eu preciso controlar esse tom mordaz.
Ela franze a testa. —Eu nunca disse nada sobre cortar você de qualquer
coisa. Eu só... não espero nada de você. Porque nós não falamos sobre o que eu
quero, uma vez que não era tão forte de qualquer maneira. —Ela toca a barriga e
é como uma faca em minhas entranhas. —Mas mesmo que não fosse sobre isso
que o nosso relacionamento se baseava...
Eu ergo minha mão. Chega com essa porra do passado. —É sobre nós
termos um relacionamento e nós vamos conversar, entendeu?
Ela aperta os lábios e balança a cabeça trêmula. —Ok. Mesmo que... isto...
não seja no que a nossa relação se baseia, eu ainda ouvi em alto e bom som que
não era o que você queria.
Porra. Medo frio desliza pela minha espinha.
Como posso deixá-la entrar na minha cabeça? Como posso fazê-la ver que
o que eu quero e o que eu temo não ser capaz, são duas coisas totalmente
diferentes?
Eu não tenho escolha. Não há como ela entender se eu não falar algo
sobre a minha infância.
Ela balança a cabeça e eu uso o tempo que leva para caminhar até a sala
de estar para me preparar emocionalmente para o que deve vir em seguida.
—Era uma vez, havia um menininho bonito chamado Max. —Minha voz
falha, e eu resisto à tentação de não continuar. —Um dia, quando ele tinha três
anos, alguém disse para os pais de Max que deveriam levá-lo para um teste para
um comercial da Zellers. Ele conseguiu o papel, e isso levou a outro comercial e
outro. Seus pais estavam fora de si. Era um sonho se tornando realidade.
—Oh, Max... —Ela suspira e estica a mão, mas ela está muito longe para
chegar a mim.
Eu finalmente olho para ela e seu rosto é suave. Simpático. Minha Violet...
Eu deveria ter dito a ela mais cedo. Eu dou de ombros.
—Pais de palco. Eles são muito comuns, você sabe. Eu não acho que eles
começam como parasitas de fama, mas é assim que eles acabam. Sempre
procurando o próximo melhor espetáculo. Aqui e agora, nunca é suficiente.
—Talvez seja por isso que eu não seja contra essa coisa de acompanhante
- babá. Ao contrário dos meus pais, ela injetou um pouco de diversão na minha
vida. Ela sempre se preocupou comigo, porque no que diz respeito aos meus pais,
se eu não estava trabalhando, eu deveria estar decorando textos ou me
preparando para audições.
—A vida dentro e fora do set Tanner era... uma educação. Sexo de todos
os tipos era galopante, tanto consensual e, infelizmente, coagido. Muitos no
elenco estavam em seu início e meados dos vinte anos - hormônios em fúria,
imaturidade e muito pouco julgamento. —Eu volto a falar sobre Max na terceira
pessoa aqui, porque isso é o quão fodido e pervertido nós fomos. Eu não quero
que Violet pense que algo disso ainda esteja agarrado a mim hoje. —Como
resultado, Max e Lizzie foram expostos a muito mais do que era apropriado, até
mesmo como acompanhantes. Pelo menos no set, havia alguma tentativa de
manter a atividade sexual discreta. Nas festas que os membros do elenco eram
obrigados a assistir, no entanto...
—Um dia, não muito tempo depois que fiz quatorze anos, meu pai me
informou que, como uma jovem estrela em ascensão, eu precisava de proteção.
—A mentira se torna amarga na minha boca ainda hoje. —E Gracie tinha sido
substituída por um guarda-costas. Bem assim.
—Eu estava de coração partido que Gracie foi embora sem sequer se
despedir e eu me agarrei a Frank em cada chance que eu tinha. Então, um dia,
Frank deu-me um envelope e me disse para ir encontrar um lugar privado para lê-
lo.
Eu entrego para a Violet porque eu não posso ler em voz alta. Eu já estou
mais vulnerável do que eu já me deixei estar.
Eu vejo seu rosto e o leio mentalmente com ela enquanto seus olhos
seguem as linhas de texto escritas à mão trêmula.
Caro Max,
Gracie.
Lágrimas enchem os olhos de Violet, mas ela não diz nada quando devolve
a carta. Eu cuidadosamente a redobro e a devolvo para a minha carteira, tendo o
silêncio para me recompor.
—Eu tinha dezesseis anos quando descobri que os meus pais tinham feito
Gracie assinar um acordo, dizendo que pagaria suas contas médicas e despesas de
funeral, em troca dela nunca me ver novamente. O show tinha terminado seis
meses mais cedo e estávamos em palestras e audições para mais projetos que eu
não queria fazer. Foi o meu ponto de ruptura, quando eu percebi que meus assim
chamados pais tinham tirado a única pessoa que me amou porque iria interferir
com a minha capacidade de ganhar-lhes baldes de dinheiro.
Eu concordo. Ela sabe o resto da minha história. Toda a minha vida adulta
está soletrada em um arquivo em sua mesa. Emancipado aos dezesseis anos.
Independentemente rico graças aos fundos fiduciários mantidos pela aliança do
ator e royalties contínuos. Os pais de Max tinham negociado um contrato
espetacularmente bom pelas duas últimas temporadas do show de Tanner Harris,
e uma vez que eu estava emancipado, cada residual veio até mim.
Porra. Eu não quero sua simpatia. Não foi por isso que eu disse a ela. Eu
posso sentir-me endurecendo novamente. —Ninguém tem. Hollywood é muito
melhor em manter segredos do que os tabloides nos fazem crer.
Mas mesmo quando eu digo isso, assim que eu ouço a minha voz
cerceando as palavras, percebo que não é porque estou me fechando novamente.
Eu só fiquei livre desse peso. Eu tive tudo que eu pude tirar ao reviver Max, os
primeiros anos. Eu preciso voltar para o Max, anos de família.
Capítulo 39
Violet
Pela primeira vez desde que nos conhecemos, Max não está no controle.
Ele parece perdido, quase quebrado. Minha garganta está apertada e com dores e
meu coração dói. Dói por Max, pelo menino que cresceu sem amor, e Max, o
homem que pensa que tem que existir sem ele.
Eu tenho tanta coisa que eu quero dizer, que deveria dizer, mas meus
pensamentos estão desordenados e confusos e eu preciso desembaraçá-los e por
uma ordem.
—Eu estarei de volta em um minuto. Apenas vou pegar para nós algo para
comer. —Ele me cobre com um cobertor e eu fecho meus olhos por um minuto
enquanto ele dirige-se para a cozinha.
A próxima coisa que eu sei, ele está acariciando meu rosto. —Hora de
comer.
Por algum acordo mútuo não dito, a nossa refeição é uma pausa de toda a
coisa pesada, séria. Nós mantemos a conversa leve. Principalmente falando sobre
o trabalho.
Uma vez que terminamos, nós limpamos a mesa e levamos os pratos para
a cozinha para colocá-los na máquina de lavar louça.
É tudo muito doméstico. E eu estou um pouco surpresa com o quão
natural e confortável parece, especialmente após o quão doloroso e agridoce
pareceu na quarta-feira à noite antes de eu fugir.
Eu aceno e ele me leva pela mão até seu quarto onde ambos nos
despimos rapidamente e deslizamos para a cama.
—O que?
Em vez disso, nós nos movemos como se fôssemos ambos feitos de vidro.
Eu quero agarrá-la e dizer-lhe que sou um Atlas fodido e posso carregar o mundo
sobre os meus ombros, para que eu possa levar seus medos, também, mas eu não
acho que ela precisa de um lembrete de que eu sou forte agora. Ela precisa ver
que eu sou humano, tanto quanto me dói.
Ela precisa cuidar de mim, precisa saber que eu preciso dela, e eu preciso,
então seguro minha língua. E ela não foi embora, só por isso já valeu a pena.
—Eu posso aguentar. —Ele ri. —Mas, falando sério, o que deu em você?
Eu não posso dizer-lhe. Porra, eu deveria dizer a Gavin primeiro. Embora
realmente, eu preciso falar com Violet novamente e descobrir o que ela quer
fazer. Imagino que ela vai querer manter isso estritamente quieto até ela passar
do primeiro trimestre e ela decidir contar no seu trabalho. Eu decido deixar isso
vago. —Coisas do relacionamento. Nada mal.
Ele resmunga e deixa por isso mesmo, mas no vestiário, ele olha para mim
novamente. —Você quer bater na sala de musculação? Você tem algum lugar
para estar?
Eu balanço minha cabeça. —Em nenhum lugar para estar. E com certeza,
isso soa bem.
alguns mantimentos.
Ela não responde até que estou em casa, e quando ela o faz, é com um
telefonema, em vez de uma mensagem de texto.
Algo dentro de mim ruge. —Venha. —Eu digo, porque as sutilezas que se
fodam.
Isso é uma desculpa e nós dois sabemos disso. —Você vai dormir melhor
comigo.
—Talvez.
—Max...
—Isso é pedir muito? —Sua voz fica toda suave novamente e eu fecho
meus olhos e faço careta.
—Eu não vou para casa até sábado. E eu tenho sexta-feira de folga. Me dê
a semana, ok? Nós podemos ver um ao outro na quinta-feira.
Quatro dias nunca pareceu tanto tempo. —Eu não quero ficar sem falar
com você.
—Eu vou.
Meu coração salta um pouco com a ideia de passar o Natal com Max.
Então eu percebo que nunca discutimos os meus planos para o feriado. E se ele
não quiser passá-lo comigo?
E se ele não quiser isso? Afinal ele não é sentimental e isso me envia em
um espiral de dúvida.
Talvez seja um erro que nós não discutimos exatamente onde estaríamos
no fim de semana e quanto mais tempo ficarmos sem falar, mais difícil ficará.
Ele quer que eu o deixe participar. Mas o que isso significa? Ele quer ser
um pai? Quer ser uma família? E mesmo sabendo o que eu sei, estou lutando para
conciliar sua mudança abrupta sobre o assunto de querer filhos. Eu seria a mãe
mais terrível do mundo.
E eu acho que - não, eu sei - que ele estava esperando por partilha, ele...
bem, ele disse que queria. E eu não sei o que fazer com isso, porque suas palavras
anteriores continuam pulando dentro da minha cabeça. Eu sou tão egoísta
quanto possível. Eu seria um pai terrível.
Eu quero acreditar que ele mudou sua postura. Eu o quero com tudo o
que sou. Mas não é apenas na minha vida que eu tenho que pensar.
Eu sou tão egoísta quanto possível. Como posso afastá-lo de uma criança
inocente? De mim?
Meu coração bate forte no meu peito quando Ellie responde. Eu estou
uma bagunça e ela é a única pessoa no planeta que posso ligar. Matthew não vai
ouvir tão cedo a palavra bebê, ou ele irá até a casa de Max e chutará sua bunda.
—Oi, é Violet. —Eu juro que minha voz é instável, mas ela não pareceu
notar.
—Ok, fale.
Eu luto por um minuto pela melhor maneira de começar. Em seguida,
decido ser curta e simples. Esse é sempre o melhor caminho. —Estou grávida.
—Sim.
—E Max é...
—Sim.
—Uau.
—Eu sei.
Ela sorve uma respiração profunda. —Eu acho que deveria começar de
novo. Esta é uma boa notícia? Posso dar os parabéns?
Lágrimas ardem por trás das minhas pálpebras e eu aceno. —Estou feliz.
Surpresa, mas... sim, essa é uma boa notícia, pelo menos para mim.
—Ah. —Ela não diz isso de uma maneira crítica. Mais como se ela
conhecesse Max, pelo menos tanto quanto qualquer um conhece, e ela pode ver
como seria confuso. É por isso que eu liguei para ela, depois de tudo.
Mas eu ainda escolho minhas palavras com cuidado. Seus segredos não
são meus para assumir que qualquer outra pessoa saiba. —Eu acho que Max
está... bem, é complicado. Mas talvez em um bom caminho? Eu não sei. É por isso
que eu liguei.
—OK…
—Foi algo a ver com o trabalho. Ele ainda não sabia que eu estava grávida.
—Ah, não.
Ela suspira. —Não, eu entendo isso. Mas é natural estar em sua mente.
Ela faz outro som simpático. —Aii. Eu acho que ele não aceitou muito
bem.
Ela faz uma pausa longa o suficiente para que eu comece a chorar
novamente. —E se ele não quis? Você já sabe o pior cenário. Se você não lhe der
uma oportunidade, então é o mesmo resultado como se ele fosse embora, certo?
De qualquer forma, você acaba fazendo a coisa de mãe solteira, que parece que
você está preparada. Mas se você lhe der uma chance, então há uma chance. Não
é isso que você quer?
—Sim, mas...
Deixo escapar um longo suspiro. Max me faz feliz. Max como um pai... o
meu coração salta nessa ideia. Mesmo que eu não possa suportar a ideia de que
ele se afaste, eu sei que meu coração tomou a decisão por mim antes de Max me
pedir para deixá-lo participar.
—Vá fazer algo de bom para si mesma e, em seguida, tenha uma boa noite
de sono. Você sabe onde estou se precisar de mim.
Operação “provar que estou pronto para o bebê” está no bom caminho.
Eu já esvaziei o terceiro quarto, que era um quarto cheio de caixas de papelão,
enquanto eu lentamente desempacotava, e fiz um empreiteiro vir remover o
tapete e instalar piso de madeira, que eu, prontamente cobri novamente com um
abafador de ruídos que é quase um tapete de parede a parede. Mas poderia ser
enrolado e limpo por baixo. Sem poeira ou outros alérgenos para o meu filho.
Assim, três dias antes do Natal, eu digo a Blair que estarei tirando a manhã
de folga no trabalho e arrasto Tate para Costco 16 . Ele me encontra no
estacionamento.
—Eu tenho um jogo esta noite. —Ele resmunga, mas também pega um
carrinho e começa listando coisas que ele precisa pegar, então ele não está,
obviamente, tão irritado.
—Para compras?
—Para... —Eu respiro fundo. —Olha, isso é um segredo, ok? —Eu não
posso dizer a Lachlan ou Gavin ainda, mas algo me diz que Tate não vai piscar um
Não que eu esteja com medo. Eu não estou. Eu estou... bem, estou
petrificado, mas em um bom caminho. É complicado. Eu não tenho certeza se ele
vai entender, apesar de tudo.
—Puta merda.
—Sim.
—Seu?
Eu franzo a testa. Não tenho certeza. Mas Costco parece ser um lugar
onde pais fazem compras. Pais e jogadores de hóquei, porque Tate tem um cartão
daqui e a menina na porta parecia conhecê-lo. —Eu saberei quando o vir.
Também é perfeita.
—Isso. —Eu digo, balançando o dedo para o urso que tranquilamente tem
uns três metros de altura.
Demora tanto para nós o levarmos ao longo dos montes de neve e pela
porta da frente.
—Então. —Eu digo para o urso de pelúcia gigante. —Que tal pedir uma
menina para morar conosco, hein?
Capítulo 43
Violet
V: Te vejo então.
É bem depois das seis quando meu cliente final sai pela porta, mas eu
tinha tirado alguns momentos aqui e ali durante toda a tarde para me organizar,
então estou pronta para sair apenas alguns minutos mais tarde.
—Oh. Bem, não posso falar agora, estou atrasado para um encontro com
Gareth, mas você é bem-vinda para se juntar a nós na minha casa no Natal.
—Sábado, mas na verdade, você poderia aparecer sem avisar e terá mais
do que suficiente para você. Sério, é Natal, quando há mais sobras do que a
geladeira pode acomodar.
—Sempre dentro da garagem, Violet. Esta é uma casa onde você nunca
tem que tocar a campainha.
Ele pega a minha mão, me puxando para dentro e meu rosto se aquece
com a memória da última vez em que ele fez isso. Eu meio que espero sentir a
mão no meu cabelo e meu corpo pressionado contra a madeira fria da porta. Em
vez disso, ele me arrasta pela sala e para a cozinha antes mesmo de eu ter a
chance de tirar minhas botas e casaco.
Há um mar de panelas e pratos sujos.
—Para você. —Ele aponta para uma cadeira à mesa, a puxa para trás e de
frente para ele. —Sente-se.
—Obrigada.
Ele puxa uma garrafa de suco de maçã da geladeira e serve dois copos
cheios, antes de entregar um para mim.
Eu não poderia pedir por uma abertura mais suave. —Eu não vou.
Ele pega a minha mão. —Você está bem? —Ele pergunta. Sua testa está
sulcada e ele parece preocupado.
Ele enfia um dedo debaixo do meu queixo e levanta meu rosto até eu
encontrar o seu olhar. —Eu adoraria passar o Natal com você, Violet.
—Eu não queria decorar e mobiliar isso sem você, e quando eu vi o urso,
sabia que ele era perfeito.
—Bob, o urso.
—Isso é bonito. —Minha voz treme um pouco. Acho que estou deixando
de funcionar por causa do stress de não saber mais onde estamos, porque o urso
é bonito e é uma coisa doce que Max fez.
Ele olha para mim com sinceridade. —Eu quero que você e o bebê estejam
confortáveis aqui.
Ele me puxa para mais perto. —Em um minuto. —Sua boca roça sobre a
minha, suavemente a princípio, depois um pouco mais insistente. —Eu vou
mostrar a você. —Ele sussurra. —Eu vou descobrir como ser o cara que você
precisa.
Capítulo 44
Max
Meu pau flexiona com o pensamento de estar enterrado dentro dela, e ela
se mexe contra mim. —Humm. Max...
Oh, Jesus Cristo. Minha força de vontade não é tão forte. Não quando eu
não ouvi esse tipo de som sair de sua boca em mais de uma semana. Nós
estivemos avançando para um bom lugar, mas algo apenas ainda não foi
resolvido. Eu curvo meu braço em volta da cintura dela e pressiono minha boca
em seu pescoço. —Bom dia.
—Feliz Natal. —Ela sussurra. Seus olhos ainda estão fechados. Eu não
tenho certeza se ela está acordada. Ela esfrega o traseiro dela contra mim de
novo e meu estômago dá saltos. Minhas coxas realmente se agitam com a
pressão que me leva para não empurrar contra ela.
Ela pega a minha mão e a desliza para baixo em sua barriga, entre as
pernas. Ela está gotejando por mim, e eu perco a cabeça. —Eu senti sua falta. —
Eu rosno enquanto mexo através de suas dobras, encontrando seu clitóris e
rolando meus dedos em torno dele. Ela está tão sensível, seus quadris se
movendo enquanto eu a toco.
Para mim é tudo a mesma coisa. Eu belisco seu clitóris, fazendo-a ofegar
antes de puxar sua coxa em cima da minha e ir direto à pele macia onde sua
perna encontra seu sexo. —É isso que você quer? Você quer um pouco de
perversão de feriado para começar bem o seu Natal?
—Sim, por favor. —Ela geme e gira em meus braços enquanto meu pau
encontra o caminho entre as pernas. —Oh, Max. Sim.
Puta que pariu, é assim que acabamos aqui, não é? Eu rio de mim mesmo
enquanto eu bato uma punheta em volta da minha ereção e desloco a cabeça
através de suas dobras.
—Não importa, minha gatinha. —Eu rosno. —Só sei que aqui é
exatamente onde eu quero estar. —Eu impulsiono meus quadris, transando com
ela lentamente, provocando pequenos golpes que parecem como o céu para
mim.
Mas Violet quer mais, e apesar de seu apelo submisso inicial de ser
tomada, ela está sendo muito mandona esta manhã. —Mais. —Ela protesta,
revirando os quadris.
E quando ela não recebe o contato mais profundo que ela quer, minha
pequena atrevida se afasta de mim, e se arrasta de quatro.
—Por favor, Max. —Ela sussurra, jogando o cabelo longo e escuro por
cima do ombro e abaixando o rosto para o colchão. Sua bunda está acenando no
ar e eu posso morrer e ir para o céu.
Ela é tão linda, tão sexy, e desta vez eu não me detenho. Desta vez eu
bato direto nela, dando-lhe tudo o que tenho.
Suas costas arqueiam enquanto eu aperto sua bunda, as duas mãos, uma
em cada nádega. Meu polegar esquerdo traça a pele sensível ao redor de seu
buraco. Rosa e delicado. Ela precisa de um plugue lá, um grande o suficiente para
eu sentir enquanto transo com ela. Se estamos juntos em todos os sentidos,
então esse é o plano de amanhã.
—Humm. Sim.
—Hoje não. Precisamos treiná-la até lá. Eu não quero te machucar. Quero
que seja tão bom para você quanto para mim. Quando eu foder o meu pau grosso
em seu cuzinho apertado pela primeira vez.
Ela está tremendo agora, e está me apertando dentro dela, também. Eu
pressiono um pouco, trabalhando a ponta do meu polegar para dentro dela.
Jesus. Tão apertado. É gostoso, observar meu polegar desaparecer dentro dela.
Eu poderia transar com ela com um dedo lá, dois dedos ela tomaria, mas porra,
eu já estou perto e ela está perto e a qualquer segundo agora ela vai gozar em
torno de mim e...
Com um grito, ela explode e eu a sigo, bombeando meu pau em sua doce
bucetinha. Minha. Porra, minha, e eu senti falta disso, e eu senti falta dela.
Droga. Feliz natal, de fato. Eu caio em cima dela, sorrindo como um bobo.
*****
Além disso, uma vez que termino de cozinhá-las, eu tenho que admitir que
é muito bom.
Depois que comemos, ela me puxa para a sala para abrir os presentes. No
próximo ano teremos um bebê de seis meses de idade, e vamos precisar de uma
árvore de Natal. Talvez. Com seis meses de idade provavelmente não se preocupa
com árvores, mas Violet vai com certeza. Fiquei surpreso que ela não exigiu uma
este ano. Em vez disso, ela estava feliz em apenas colocar algumas luzes, e a
guirlanda de algema vermelha e verde.
—Ninguém mais vai vê-la. —Disse ela. —E eu gosto.
Eu gosto disso também. E eu a amo. Eu não disse isso alto ainda, mas está
na ponta da minha língua constantemente. Eu não sei o que está me segurando.
Não vai ser um sinal, seu idiota. O amor é um risco fodido, enfrente isso.
Eu sei que é a resposta certa, mas estou com medo.
Seus olhos se iluminam, e então, não é assustador. Ela sorri. —Eu também
te amo.
—Sem dúvida. —Diz ela, com os olhos brilhando quando ela me puxa para
mais perto dos presentes.
Eu deveria ter perguntado a ela, embora eu não ache que um dia vou
esquecer esse Natal, enquanto eu viver, talvez por isso desta forma foi bom,
também.
Seus presentes para mim estão na minha mesa de café por dois dias.
Outras pessoas podem achar isso tentador. Eu só achei uma boa fonte de
inspiração para o meu último minuto de compras na véspera do Natal. Ela me
comprou três presentes, um pequeno, um médio, um grande. O médio é muito
parecido com um livro. Não tenho certeza sobre os outros dois, mas a lógica
sugere que, se um livro é dado como um presente embrulhado, os outros dois
poderiam ser proporcionais em valor.
Por outro lado, eu já havia sido provado ser um idiota uma vez esta
manhã, então eu poderia não ter nenhuma pista.
—Como você quer fazer isso? —Eu me sento no chão ao lado da mesa de
café e abro minhas pernas. Ela se senta na minha frente e eu envolvo meus
braços em torno dela. —Alternado ou você deseja abrir os seus primeiro?
—Eu não gosto desse plano. —Eu protesto. Estou ansioso para ela abrir
seus presentes agora.
Eu rio e abro a capa do primeiro, Oh Os Lugares Que Você Irá. Dentro ela
escreveu uma dedicatória.
Max,
a forma como nossas vidas estão prestes a mudar, este parecia mais
Amor, Violet
Natal 2016
Eu movo os livros para um lado para que eu possa segurar sua nuca com a
outra, puxando-a para um beijo. —Obrigado. —Eu sussurro. Quero dizer isso, por
um inferno de muito mais do que o livro, mas é um bom lugar para começar.
Max,
Bem-vindo ao Whoville.
Amor, Violet
Natal 2016
—Muito idiota?
—Não. É perfeito.
—Mais um. —Diz ela, apontando para o último livro com um sorrisinho.
Eu não sei como eu sei, mas este vai ser o pior. E com isso quero dizer o
melhor. Eu abro a capa.
Max,
Amor, Violet
Natal 2016
Ela ri, mas eu paro isso porque eu a beijo. Eu a beijo longo e forte e
profundo, acariciando a minha língua contra a dela enquanto minhas mãos
ansiosamente traçam suas curvas. Estou acariciando seu mamilo com o polegar,
minha língua transando com a dela enquanto estou pensando em usar aquelas
algemas da guirlanda em um propósito melhor quando ela aperta a mão dela
contra o meu peito e me empurra para trás.
—Eu também te amo, baby, mas há ainda mais presentes para abrir. —Ela
morde o lábio e fica para trás contra o tapete.
Muito tentador. Eu rastejo sobre ela e ela chia, rolando para longe.
—Presentes!
Isso lhe rende gargalhadas. —Isso é o que eu pensei que você ia dizer. —
Ela ri. —Quando eu a comprei.
—Eu não coloquei o seu sobrenome na parte de trás, eu não tive tempo,
mas... eu pensei... você sabe.
—Você não ficou tentada em conseguir-nos as camisas dos Leafs? —Eu
faço uma piada, porque meu coração ainda está em recuperação no momento.
Eu gemo enquanto ela envolve seus braços em volta de mim. —Minha vez
agora.
—Ótimo. —Diz ela, com a voz doce e suave. —Por que você está me
alertando sobre isso?
Ela recua, e eu não perco seu revirar de olhos. —Eu sei que você gosta de
fingir que não é romântico, Max, mas eu vou apostar que tudo o que me comprou
é muito atencioso. —Ela mexe os dedos. —Me dê.
O biquíni é... pequeno. Triângulos negros e nada mais que cordas e algum
tecido.
—Seus presentes vêm com uma boa quantidade de comentário. —Diz ela
secamente enquanto eu entrego o presente menor. Eu cuidadosamente o
embrulhei como uma caixinha, mas é realmente apenas um envelope. Dois
podem jogar o jogo do engano.
As datas para os bilhetes são totalmente flexíveis, sempre que ela puder
tirar uma folga, mas em algum momento em breve, eu vou levar Violet para...
Depois de uma tarde de Natal preguiçosa juntos, nós dirigimos por toda a
cidade para seu edifício. Ela está fazendo um crumble de maçã e cranberry para o
jantar de Natal do amigo, e eu não tenho todos os suprimentos para isso, mas ela
tem. Então nós chegamos ao seu apartamento uma hora antes que se espera ser
o jantar, e ela faz o crumble enquanto eu ajudo a alcançar as coisas que estão no
alto.
Uma vez que está no forno, eu envolvo meus braços ao redor dela e a
abraço por trás. —Poderíamos começar a embalar.
—Embalar o quê?
—Eu quero! —Ela balança a cabeça. —Eu vou arrumar algumas roupas.
Ficar comigo. Eu franzo a testa. —Eu quero que você se mude para minha
casa. Eu não me importo se você mantiver este lugar como um backup, ou porque
a mudança seja assustadora ou você só queira essa autonomia, mas eu quero que
você viva comigo.
—Oh.
Jesus. Meu cenho se aprofunda. —Isso não é uma coisa boa? Eu nunca fiz
esse tipo de coisa antes, gatinha. Sinta-se livre para me ajudar se eu estiver
tropeçando no caminho errado.
—Nada para se desculpar. Jesus, me desculpe, eu não fui mais claro. —Eu
penso ao longo dos últimos dias. Eu sugeri pegar suas coisas e ela me dispensou,
porque eu tinha que trabalhar, e ela tinha compras de Natal para fazer. —Vou
mandar um caminhão para ajudá-la após o feriado.
—Mas você está carregando o meu filho, então me deixe lidar com isso.
Ela sorri contra o meu peito, eu posso sentir sua bochecha se movimentar,
e eu levanto suavemente seu queixo para que eu possa ver esse belo rosto dela.
—Violet, eu quero estar com você a cada passo do caminho aqui. Natal e
bebê crescendo e toda a coisa. Quero aliviar a sua carga. —Eu me inclino e roço
meus lábios contra os dela. —Porque eu amo você. Entendeu?
—Agora eu acho que nós vamos nos atrasar para a festa de Natal do seu
vizinho, não vamos?
Ellie me liga logo após Max sair para o trabalho. Eles estão de volta da
17
B.C. , mas Gavin está de novo fazendo algo oficial e Sasha quer ir às compras. Eu
quero ir com elas?
Meu estômago revira. Talvez eu deva esperar até a fase do enjoo passar.
Não essas. Ainda não. —Calça larga preta. E algumas camisas mais longas,
talvez, mas nenhuma que vá me fazer parecer como uma tenda de circo. Mas
apenas coisas em promoção, todo o resto pode esperar.
—Mas ela tem um dom. —Meu olhar desvia para um berço, perto da
janela. É a terceira vez que eu olho para ele.
É muito cedo para pensar em mobília do bebê para combinar com aquele
urso gigante de pelúcia.
E é possível que viver com Max possa ser uma coisa temporária. Eu não
posso comprar um berçário inteiro. Esse bercinho, no entanto...
E talvez fazendo uma espiral mental de dúvida sobre por que isso ainda
parece estranhamente temporário.
—Não... —Eu suspiro e tiro meu cabelo dos olhos. —Você só me assustou
um pouco. Droga. Eu pensei que pudesse ouvir a porta daqui de cima. Eu não
estou acostumada ao espaço.
—Você também se esqueceu de trancar a porta da frente quando voltou
das compras.
—Não está bem. Uma louca apenas saiu da minha casa. —Murmuro, e ele
ri suavemente.
—Talvez.
—Eu poderia ajudar com isso. —A forma como a sua voz sai me diz que ele
está oferecendo mais do que uma massagem no pescoço.
Max se senta e pega as instruções, então me cutuca depois que ele lê. —
Muitas mãos fazem a coisa funcionar. Passe-me a chave de fenda Robertson.
Irrita-me que ele use o nome próprio, e eu não sei porquê. Talvez tenha
sido apenas um longo dia. —Qual é essa?
—A cabeça quadrada.
Max exala e se inclina para trás, dando-me um olhar confuso. —Whoa, nós
estamos tendo uma briga?
Ele abre a boca, em seguida, fecha novamente. —É possível isso ser uma
coisa hormonal?
—Eu não sei. Você vai me dizer com o que você está chateada?
—Eu não vou deixar você me ajudar? Eu deixei você me mudar para sua
casa.
—Você não queria mudar? —Ele olha para mim.
—Eu queria...
Meu pulso está batendo em meus ouvidos. Não diga, digo a mim mesma,
e por algum pequeno milagre, eu seguro minha língua. Mas não importa. Ele sabe
o que eu estou pensando.
—Eu não sou o príncipe encantado. Mas eu estou fazendo o melhor que
posso. —Ele passa a mão pelo cabelo. —Eu te amo. Mas você está certa. Se você
está procurando um final de conto de fadas, comigo no chão de joelhos,
prometendo o “feliz para sempre”, isso nunca vai acontecer. Eu não acredito
nessa merda, e você também não deveria.
—Violet...
—Não. Não diga mais nada. Realmente. —Eu fecho os olhos, recusando-
me a deixar as lágrimas caírem pelo meu rosto. —Eu também te amo, seu idiota,
mas sim, os hormônios percorrendo meu corpo querem o para sempre. Processe-
me por ser uma romântica.
—Ei...
—Eu vou tirar uma soneca. Sozinha. —Eu gesticulo para o berço, ainda em
pedaços. —Você pode terminar de montar isso. Ou não. Não importa.
Capítulo 47
Max
—Você não está dormindo. —Eu digo quando ela não vira.
—Eu não estou ignorando, exatamente. Eu só... Eu não sei o que dizer.
—Eu te amo. Nós não estamos nos separando, lembra? Você não vai
embora, eu não vou sair, e nós nos amamos. Não é o suficiente? —Mesmo
quando eu digo isso, eu sei que a resposta é provavelmente não. Mas caramba,
essa é uma merda difícil para eu processar. Não é da minha natureza ser o Papai
sabe tudo 18 onde eu faço e digo todas as coisas certas. Eu sou apenas Max. O cara
que está atrapalhado em território desconhecido, completamente à deriva sobre
como a vida doméstica funciona. Pedi a ela para morar comigo - um passo
enorme para mim, mas ainda não grande o suficiente. Ela está esperando o
casamento e eu deveria ter visto isso chegando, mas não o fiz. Casamento... Eu
não posso dar isso a ela.
—Você pode atender. —Violet diz, enterrando seu rosto no meu peito. —
O trabalho é importante.
—Eliza Black? A Eliza Black? —Ela diz isso da mesma forma que Blair fez da
primeira vez em que ele pegou uma mensagem de Lizzie.
—Sim.
—De modo nenhum. Ela é como uma irmã para mim. Eu lhe disse sobre
ela. Ela é Lizzie.
*****
—Eliza. —Eu dou um passo para trás e gesticulo para ela entrar e sair do
frio. —O que você está fazendo aqui?
Ela move-se. Ela está usando uma jaqueta Canadá Goose19 que parece
genuinamente nova. —Eu liguei ontem.
Eu estendo a mão para ela e ela pega a minha. —Estou mais do que bem,
na verdade. Esta é a minha namorada, Violet. Ela é a razão pela qual eu tenho
sido um pouco... distraído ultimamente.
19
Não houve outra mulher para mim, nem mesmo um olhar desde a noite
em que conheci Violet, mas mesmo antes disso, Lizzie nunca tinha sido assim,
nem mesmo quando éramos adolescentes. E agora não haveria mais ninguém. Eu
só tenho olhos para uma mulher, e ela estava em meus braços.
Eu beijo sua têmpora. —O que Lizzie está lhe dizendo sobre mim?
—Ela disse que você é solitário. —Violet diz, seus lábios se curvando em
um sorriso divertido.
Não mais, eu não sou. Eu seguro o olhar do meu amor. —Eu sou?
Mas há algo um pouco brilhante demais sobre seu sorriso, e ele não chega
a atingir os olhos. Eu não a deixarei ir longe com isso. —Por que você realmente
veio até aqui?
—Eu comprei esse casaco quente para me fazer companhia, ele foi legal.
—Eliza.
—Max.
Violet ri. —Posso te dar uma taça de vinho? Estávamos prestes a sentar-
nos para jantar.
Lizzie acena com sua mão. —Não, obrigada, mas eu tomo água filtrada se
você tiver, ou chá verde?
Eu coloco os pratos para o jantar, sabendo que Lizzie não vai se importar
se nós comermos enquanto ela se prepara para derramar o que está em sua
mente. —O que você está fazendo em Toronto?
—Bom.
Nós nos sentamos à mesa e ela bebe seu chá enquanto nos diz sobre este
novo projeto. Ela mantém mencionando um dos produtores, um cara britânico
que era para ser um investidor secreto, mas ele vai estar no set e ela parece
animada por esse novo desenvolvimento.
Mas a minha preocupação anterior desaparece quando ela fala mais. Ela
está no limite, definitivamente, mas ela não está com medo. E talvez o que ela
precise é de um pouco de distração inglesa.
Ela sorri. —Eu adoraria. Estou aqui por pouco tempo, então eu vou estar
de volta em abril, e novamente em agosto para algumas fotos finais. É um horário
estranho.
Violet apenas sorri. —Nós somos muito bons em escolher quando nos
deparamos com solavancos.
—Sim.
Ela vira a cabeça para o lado. —Você é amado por boas pessoas.
E a melhor pessoa está bem na minha frente. Estendo a mão para ela. —
Eu sou. Eu nem sempre vejo isso. Mas eu sempre vejo você.
Violet olha para cima, uma faísca de interesse em seus olhos. —É?
Oh, sim. —Eu quero você vá lá embaixo. Tire sua roupa e espere por mim
sobre a poltrona.
Capítulo 48
Violet
Estou voando alto enquanto me preparo para Max. Já faz mais de duas
semanas desde a festa de Max, e tem sido ainda mais tempo desde que joguei
aqui.
Ele apenas disse a sua amiga mais antiga do mundo que ele está feliz com
o bebê, e ele não engasgou com as palavras. E isso é o suficiente para mim agora.
Ele belisca meu mamilo e a dor aguda vai direto para o meu clitóris. Eu
quero que ele me machuque essa noite. Eu não quero que ele se segure, mas eu
não sei como lhe dizer isso.
—Eu deixei as coisas paradas por muito tempo, Violet. Um erro que eu
vou tentar não repetir. E, enquanto a gravidez avança, nós vamos ter que fazer
modificações de protocolo e atividades, mas vamos continuar.
Eu sorrio para ele. Sua expressão é severa, mas há um brilho nos olhos. Ele
está feliz.
Meu coração bate mais rápido na revelação que sim, ele vai me machucar.
Eu mal posso esperar.
Ele se inclina, seus lábios quase tocando minha orelha. —Eu estava errado
ontem, quando nós brigamos. Eu não posso prometer o feliz para sempre. Mas eu
posso prometer que te amarei para sempre.
—Você entende isso? —Sua voz é tão suave, tão confiante, e eu aceno.
—Sim.
—Sim, o que?
—Sim, Max. —Eu entendi logo que Eliza chegou. Eu entendi partes dele
antes disso também, mas Max dizendo a ela sobre nós, colocou tudo no lugar.
Isso não significa que eu não quero ouvi-lo dizer isso agora.
Ele repete a palmada alternada, então me diz para eu relaxar porque nós
estaremos aqui por um tempo.
Ele não está errado, embora o meu senso de tempo começa a escorregar
enquanto recebo a dor. Max continua a aquecer a minha bunda com a mão até
que eu tenho certeza de que não há nem mesmo o local mais ínfimo que não
esteja rosa brilhante. Entre tapas, ele se inclina sobre mim e sussurra outra
verdade no meu ouvido.
—E eu deveria ter dito mais cedo que o amor não é sobre a felicidade para
sempre.
Lágrimas ardem por trás das minhas pálpebras, porque ele está certo. Eu
sei disso.
—O amor é dor e sofrimento e ali de pé, ao lado do outro, por tudo isso,
porque você não quer que seu amor suporte tudo sozinho.
—Eu posso prometer-lhe que você nunca vai estar sozinha, nunca mais.
—Amor ou palmada?
Mais golpe, por toda a minha carne, e eu não posso me impedir de,
eventualmente, derivar.
—Cor, Violet?
—Verde. —Eu ouço a minha voz, como se ela tivesse mente própria.
—Mas...
—Eu disse que não. —Ele coloca um cobertor sobre minhas costas e libera
meus punhos do banco antes de ajudar-me e me levantar em seus braços.
Nós não vamos para a cama para cuidados posteriores como geralmente
fazemos. Em vez disso, Max me leva direto para o nosso quarto. E isso toca na
minha cabeça por um minuto. Esta é a primeira vez que eu já realmente pensei
nele como nosso e não de Max.
—Sim. —Eu quero dizer a ele que eu entendo, realmente entendo, mas as
palavras me escapam.
—Há mais. —Ele dá um longo suspiro. —Eu posso prometer estar lá para
você, não importa o que aconteça. Quando as coisas ficarem difíceis, eu vou
cuidar de você. E eu tenho ombros largos, gatinha. Você pode colocar o peso do
mundo nas minhas costas e eu não vou quebrar. Vou protegê-la com tudo o que
tenho. Porque eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo. —Ele repousa a
mão na minha barriga. —Você me tem, e nosso bebê também, e nós podemos
fazer mais se quiser. Vamos fazer uma família unida, grande ou pequena, e vai ser
perfeita. E imperfeita também, e isso vai ser exatamente o que eu quero. Eu
quero tudo, e eu quero isso com você.
Capítulo 49
Violet
Seu punho está enrolado em torno da pequena camisa dos Canucks que
eu dei a ele no Natal.
O jogo acabou.
*****
Max quer estar lá, mas essa é uma péssima ideia, então eu não conto a ele
sobre este compromisso. Ele gostaria de estar aqui, também, um fato que faz com
que a minha advogada, Gail Besson, dê risada. —Ele é um romântico. —Diz ela.
Eu entendo isso, é claro. —Sim, vamos passar por isso mais uma vez.
—E então você pode dizer a esse seu homem bonito para parar de se
preocupar.
—Eu não tenho certeza se um dia isso vai acontecer, mas eu vou passar a
mensagem.
*****
—Humm. Longo, mas produtivo. —Eu hesito. —Eu tive outra reunião com
Gail.
Ele não diz nada, apenas retira o resto de suas roupas e entra no chuveiro,
juntando-me sob o jato constante de água quente. Ele agarra meu queixo e olha
para mim, os olhos brilhando.
—Foda-me. —Eu sussurro. Às vezes apenas tem que ser duro e rápido
assim.
Com um gemido, ele me vira e pressiona contra mim, seu pau contra a
minha bunda, com as mãos em volta de mim, levantando meus seios. Ele brinca
com os meus mamilos quase preguiçosamente e eu achato as palmas das mãos
contra o azulejo. Meu coração está batendo forte enquanto ele morde meu
ombro e usa o pé para cutucar minhas pernas. A palma da mão desliza para baixo
do meu peito, possessivamente colocando sobre a curva na minha barriga. Isso
me deixa tão molhada, o tempo todo.
Com uma mão pesada no meu quadril, ele inclina a minha pélvis e
empurra contra mim por trás, sua ereção deslizando contra minhas dobras e
cutucando meu clitóris. Eu lamento e balanço para trás, querendo mais do que
isso.
Na verdade, não.
—Você não vai me machucar. —Eu largo sua mão e pressiono os dedos
contra o azulejo novamente.
Desagradável.
Sujo.
Errado.
Surpreendente.
—Tão ansiosa pelo meu pau na sua bunda. —Ele rosna enquanto a ponta
do dedo entra, e ele me fode um pouco com ele antes de tirá-lo. —Fique aqui.
Calor me inunda com suas palavras. Sim. Estou totalmente sem vergonha
com Max. —Eu quero montar em mais do que seus dedos. —Eu digo sem fôlego.
—Me dê isto.
Ele sufoca o riso e tira os dedos de mim, deixando-me dolorida e vazia. Ele
pressiona todo o seu corpo duro contra o meu, sua boca contra a minha orelha.
—E agora parece que você perdeu todo o seu uniforme, Srta. Roberts.
—Oh, você não vai perder nada. Infelizmente eu não tenho nenhum
gengibre na mão, mas... —Ele para enquanto masturba a si mesmo, trazendo a
cabeça grossa de seu pênis direto aonde eu venho implorando-lhe para colocá-lo.
A violação dói como nada mais. Não há nada que me estenda no mundo
que me prepare para essa intrusão, e depois há mais, e meus olhos estão
lacrimejando e não de uma forma muito boa.
Minha boca se abre para gritar, mas o bastardo toma minhas palavras
também, enquanto ele desliza dentro de mim, lentamente, inexoravelmente, até
que ele me enche com o seu pau enorme.
O interior das minhas coxas está liso com a minha excitação. Puta merda.
Estou tão escorregadia que é difícil alcançar meu clitóris, então eu deslizo os
dedos mais fundo, enfiando meus dedos no meu canal apertado enquanto eu
pressiono a palma da minha mão contra o meu clitóris desesperado.
Só basta três círculos lentos da minha mão para começar um clímax, uma
reação em cadeia que começa em meu clitóris e em espirais dentro de mim com
um estremecimento, junto com um espetacular show de fogos de artifício. Max
continua até que eu me acalmo, então ele puxa para fora, o primeiro jorro de seu
gozo bate na parte de trás da minha perna, então ele aponta contra minha bunda,
me marcando com sua libertação.
—Deixe-me adivinhar... —Eu digo, enquanto me viro e Max me guia sob o
chuveiro quente novamente. —Uma semana de detenção?
—Eu não posso acreditar que é a minha primeira vez voando em primeira
classe e eu não posso tomar o champanhe. —Sussurra Violet depois de tomar um
gole de suco de laranja fresco que ela pediu.
—Da próxima vez. —Eu olho para fora da janela. —Olha, lá está!
—Nem sequer pense nisso. Você é linda, do jeito que você está. E essa é a
última preocupação de gravidez que eu quero ouvir neste fim de semana, a
menos que algo esteja errado. —Eu cubro sua boca com a minha. Ela não pode
protestar se ela estiver sendo seduzida.
Violet não perde um segundo. Não temos um divã, mas ela se apresenta
no meio da cama e isso é perfeito. Eu a torturo por horas, e nós dormimos até
tarde na manhã seguinte.
Pela primeira vez, ela levanta antes de mim, e eu só acordo quando ela
desliza para fora da cama.
Ela guincha e salta, fazendo sua bunda balançar. Eu estou acordado agora.
Olá, bunda.
Eu a sigo para fora da cama e vou buscá-la, ignorando seu protesto, e bato
suas costas contra a parede. —Bom dia.
—O que você quer fazer hoje? —Eu trilho beijos pelo seu pescoço, ao
longo de sua clavícula.
—Boa resposta.
Eu descobri em preparação para esta viagem, que o meu amor tem uma
peculiaridade - ela deve catalogar tudo na sacola, então embala e, em seguida,
reembala, colocando as mãos em absolutamente todos os itens no processo.
Eu respondi que eu não tinha certeza, e ela respondeu que tinha acabado
de contar quando chegou em casa para ter certeza de que eu tinha o suficiente.
Agora estou preparado para o que está prestes a acontecer. Ela puxa tudo
para fora, pega o livro que ela quer, além de um frasco de protetor solar, então,
cuidadosamente retorna tudo na sacola.
Ela para no último item e o segura, dando-me um olhar engraçado. —Fio
dental?
—Apenas no caso.
—Esquisito.
A vida é boa.
—Devemos voltar.
—Leia para mim. —Murmuro, e ela o faz, sua voz precisa, me contando
uma história sobre um médico legista e uma antropóloga forense, que
costumavam ser amantes, uma década antes, agora eram forçados a trabalhar
juntos pelo governo Federal.
Ela para e eu posso sentir sua atenção mudando do livro para mim. —
Você está dormindo? —Sussurra.
Ela rola para longe de mim, e enquanto ela está recolhendo a toalha, eu
arrebato o recipiente de fio dental da nossa sacola. A internet tem uma resposta
para tudo, aparentemente. O carretel dentro é exatamente do tamanho certo
para segurar um anel, e este tipo particular se abre como uma caixa do anel. Eu
pressiono nas laterais, tirando-o, e giro o anel de platina em meu dedo mindinho
antes de ela perceber.
—Max... —Ela deixa cair nossa sacola de praia na areia e chega mais perto,
seus olhos tão arregalados.
Meu coração bate com força contra meu peito. —Você é bondade e você
é luz. Você me faz feliz, e isso não é uma tarefa simples. Quando estou com você,
eu... sorrio. O tempo todo. Você é inteligente, engraçada, picante e doce. Eu
quero passar o resto da minha... —Outro estrondo de trovão, mais perto agora,
me interrompe. Eu não paro por muito tempo. —O resto da minha vida fazendo
você feliz e mantendo esse sorriso em seu rosto lindo. Eu quero casar com você,
Violet Roberts. Eu quero ser o seu marido e seu amor, para sempre. Você quer se
casar comigo?
—Nós vamos ser atingidos por um raio. —Ela sussurra quando eu a libero
para buscar ar.
Gail chega dez minutos mais cedo, fazendo com que Derrick passe duas
vezes na porta do meu escritório, na esperança de descobrir por que uma
advogada trabalhista de Ottawa está sentada à minha frente, conversando sobre
o Caribe.
—Da próxima vez, você tem que ir à Aruba. —Diz ela. —Ou nas Ilhas
Virgens Britânicas.
—Notável. —Eu pratico meu sorriso confiante, vencedor, que é uma farsa
total.
Ela abaixa a voz. —Não importa o que aconteça, você vai ficar bem.
—Essa é a minha segunda tentativa. Esta foi a minha primeira. —Ela puxou
um correspondente de sua bolsa e o colocou na cabeça.
Ela me fez colocar uma camisa correspondente de castor para usar,
enquanto os nossos homens jogavam hóquei. Porque éramos o pelotão de torcida
não oficial, os Frisky Beavers20, e ela era uma idiota adorável.
Gail está certa. Não importa o que aconteça, eu vou ficar bem.
Se eu for demitida da Katz & Novak, vou abrir minha própria firma. A ideia
é aterrorizante, mas eu aprendi recentemente que as coisas maravilhosas podem
vir de onde menos se espera.
—William. —Eu digo, esticando a minha mão. —Obrigada por ter tempo
para uma conversa formal. Você conhece Gail Besson.
—Eu conheço. Prazer em vê-la novamente, Gail. —Ele aperta minha mão,
depois a dela, e gesticula para nós sentarmos. —O que está acontecendo, Violet?
20Castores atrevidos. Referência ao nome dessa série e um trocadilho com a gíria que significa loucos
por bucetas.
Donovan contratar os serviços desta empresa, nós nos encontramos socialmente.
Nossa próxima reunião foi aqui, a título profissional. No entanto, a natureza de
nossa relação foi estabelecida nessa reunião inicial, e chegamos a um ponto em
que seria aconselhável que uma Muralha da China fosse estabelecida em torno do
trabalho que esta firma faz em sua conta. Além disso, a minha advogada tem uma
carta que ela agora vai compartilhar, que descreve as minhas preocupações a
respeito de quão difícil foi para eu marcar essa reunião em uma data anterior,
mais especificamente, pela falta de uma política interna em relação aos níveis
pré-existentes de relações pessoais.
Quando eu termino, William não diz nada em primeiro lugar. Entre os dois
parceiros nomeados, ele é o mais simpático, a pessoa do povo... e ele é suave.
Controlado. Marek Katz trabalha cem horas por semana e é um negociador
mortal, mas William Novak é a cara da firma por uma razão.
Ele sabe como fazer isso, como desestabilizar a pessoa do outro lado da
mesa dele com nada mais do que o silêncio cuidadoso.
Eu endureço, mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, Gail coloca a
mão no meu antebraço. —Minha cliente não está fazendo qualquer acusação ou
conflito neste momento. A carta na sua frente é só para proporcionar uma
documentação clara dos fatos que estamos informando hoje. Ela continua a ser
uma associada comprometida e orgulhosa desta empresa.
—O assunto das nossas políticas internas terá de ser revisto. —Ele franze a
testa. —Em um nível pessoal, e eu gostaria que a sua advogada anotasse a
diferença... —Seu olhar cai no meu dedo anelar. —Eu acredito que devo lhe dar
os parabéns?
—Eu sei.
Eu também.
*****
Ele acena-me para recuar. —Sente-se, por favor. —Ele está franzindo a
testa. —Eu acho que a nossa conversa de ontem foi... clara. Foi um lamentável
mal-entendido, mas eu entendo os assuntos do coração, e tudo está bem quando
acaba bem, realmente.
—Certo. Sim. E eu sou grata por esse entendimento. —Minhas mãos estão
suando enquanto eu tento ficar dentro dos limites do que Gail deixou-me dizer.
Advogados são tão mandões.
Ele balança a cabeça. —Eu estou supondo que você não tem nada a ver
com isso.
—Sim.
—Eu disse ao seu melhor amigo que você é uma advogada capaz, que
pode lutar suas próprias batalhas.
—Mas só para ficar claro aqui, não há nenhuma batalha. Somos todos
humanos, e espero que esta seja a última vez que ouvi sobre isso.
Ele olha para mim, então ri. —OK. Parabéns em mais de uma vez. —Ele
balança a cabeça. —Jesus. Esse é o fim de tudo?
—Sim.
Eu ainda estou no escritório de Gavin quando Violet liga. Ele já está rindo
de mim enquanto eu atendo.
—Alô.
—Eu fiz rondas, esta manhã, e então eu vim ver Gavin para um café. —E
talvez tenha lhe pedido para fazer um telefonema.
Eu passo para ele. Ele pega o telefone e limpa a garganta. —Violet, bom
falar com você de novo.
Ele balança a cabeça enquanto ela diz alguma coisa. Imagino que ela
esteja gaguejando agora, recuando com sua raiva porque ele é o PM e ela não
deve ser nada além de educada.
—Eu entendo isso, mas como eu expliquei a William Novak, esta é uma
área da lei que eu tenho um pouco de experiência, e quando ouvi sobre o caso, eu
pensei em manifestar interesse. Por razões legais.
—Quanto tempo?
—Dentro de um mês. Algo simples. Um juiz de paz, esse tipo de coisa. Mas
eu gostaria que você fosse meu padrinho.
—Eu sei que você tem algumas viagens programadas, então talvez...
—Provavelmente.
—Faça isso. Pode atenuar o dano feito por me pedir para me intrometer.
Eu rio. Tenho planos para lamber e bater nesse pedido de desculpas, mas
com certeza, casar na residência do primeiro-ministro pode ajudar, também.
Eu nem tenho certeza do que, assim que eu paro na porta e Gavin quase
bate em mim. Eu calmamente passo para o lado para que ele possa sair comigo.
Beth está em sua mesa, mas ela está olhando com olhos arregalados para
Lachlan, que acaba se afastando da cadeira com tanta força, que ela desliza para
trás forte o suficiente para que ela bata na parede.
Capítulo 53
Lanchlan
Eu pensei que fosse me preparar para este momento, mas ver Hugh Evans
pessoalmente novamente depois de dez anos é um soco no estômago.
Ele pega a minha mão, e eu luto contra a faísca que me atinge. Meu corpo
não decepciona. Assim que seus dedos envolvem em torno dos meus, um aperto
de mão rápido e forte, cada célula do meu corpo acorda. Lembro-me de tudo que
esses dedos grossos fizeram comigo. Meu pau começa a inchar com o toque
familiar. Eu tento ignorá-lo.
Eu puxo minha mão e viro o rosto para Beth. —Você deixaria o primeiro-
ministro saber que Hugh Evans está aqui?
—Ele já sabe. —Ao som da voz divertida de Gavin, eu giro ao redor para
vê-lo e Max Donovan em pé na porta aberta atrás de mim. Após uma breve
introdução, Gavin e Hugh desaparecem no escritório de Gavin.
Max, o filho da mãe, passa por mim sorrindo como um idiota. Ele para na
frente da mesa de Beth, diz algo sobre se encaixar no calendário de Gavin e vai
embora.
Eu volto para o meu lugar, evitando o olhar curioso de Beth. Só que eu sou
péssimo nisso, porque eu estou olhando para ela com o canto do meu olho.
Certamente não pode parecer difícil de acreditar que eu conheça pelo menos
uma pessoa na lista de candidatos para a entrevista da vaga da equipe de
segurança.
Gavin vai gastar, no máximo, cinco minutos com Hugh, mas os minutos se
arrastam para sempre.
Pego meu telefone e confirmo que a sala de conferências está livre antes
de mandar uma mensagem para outro agente de segurança vir e me cobrir por
meia hora, embora eu não espere que a conversa tome qualquer tempo perto
disso. Não, o que eu tenho a dizer a Hugh será breve e direto ao ponto - o tempo
que me levará para recuperar meu controle infame levará muito mais tempo.
Gavin fecha a porta atrás de mim. —Então, você conhece esse cara. Será
que ele joga hóquei?
Claro, essa não é realmente a questão que ele está perguntando. Hóquei é
um código para perversão. Não é uma exigência para a nossa equipe de
segurança, mas depois do que Gavin e Max viram na antessala, eu entendo a sua
curiosidade.
Porra, Hugh.
Isso já é um desastre.
Eu quero mentir, dizer-lhe que Hugh tem zero interesse em hóquei, mas a
verdade é que ele é um jogador ainda maior do que eu.
Raiva queima dentro de mim, mas ele simplesmente pega a caneta e a gira
no ar.
—Eu sei, certo? —Ela se inclina para trás em sua cadeira e cruza as pernas,
a saia subindo em suas coxas um centímetro. Ela está usando saltos que oscilam
de seus pés quando ela cruza as pernas, e ela faz exatamente isso agora.
No calcanhar balançando.
—Nome bastante comum. —Hugh diz, baixando a voz. —Mas estou feliz
de compartilhar isso com você.
Porra.
Eu limpo minha garganta. —Sinto muito por interromper...
Claro, eu não sinto. Beth olha para mim, mas Hugh apenas sorri.
Porra, mesmo depois de uma década, ele ainda pode mexer comigo.
O meu olhar cai para seus lábios cheios e por apenas um segundo, eu
esqueço tudo e penso sobre beijá-los.
—Besteira.
—Deixe-a em paz.
—Ela é sua?
Essa é uma pergunta complicada, e não é da conta dele. Não mais. Não
que um dia realmente fosse, oficialmente. Meu peito dói. Isso foi há muito tempo
atrás. —Ela é uma boa mulher.
Seu punho aperta na minha camisa, depois, com um suspiro áspero ele me
libera e recua. —Eu realmente não estou aqui para atrapalhar você.
Eu rosno. —Certo.
Eu balanço minha cabeça. Eu nunca faria isso. —Não. Mas nós não
podemos...
—Não podemos?
Sua mão está na minha nuca antes de eu perceber isso e eu recuo para
detê-lo, mas meu punho envolve a frente de sua camisa e o puxa o resto do
caminho, batendo sua boca sobre a minha.
—Eu quero fazer isso. —Noah diz, seu sussurro de menino claro o
suficiente para que eu possa imaginar exatamente o que está acontecendo.
Max tem algum tipo de plano para o Dia das Mães, e Noah está tentando
estar no comando.
Eu sorrio e fecho os olhos. Isso significa que eu tenho mais alguns minutos
de sono, e desde que o irmãozinho ou irmãzinha de Noah está me tirando do
sério estes dias, estou feliz pela paz e tranquilidade.
—X!
Ele rasteja debaixo dos cobertores comigo e envolve seus braços em volta
do meu pescoço. —Eu também te amo, mamãe.
—Sim.
—O café da manhã pode esperar alguns minutos. —Diz ele, rastejando no
meu outro lado.