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Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
BÔNUS ESPECIAL ANO NOVO
BÔNUS DIA DOS NAMORADOS
Agradecimentos
Contato com a Autora
Copyright © 2019 Dani Nascimento
Capa: Angel Editorial
Revisão inicial: Anny Tavares
Revisão final: Maiara Silva
Diagramação: Dani Nascimento
Desde que descobri a fonte infinita de prazer que meu corpo poderia
ser, eu sentia um desejo latente em ser dominada.
Enquanto todas as minhas amigas falavam sobre seus
relacionamentos, vida sexual e primeira vez, para mim tudo era tão chato,
nada despertava o meu interesse.
Na adolescência sempre fui muito fechada e sozinha, os garotos da
minha idade não tinham muito interesse por mim. Sempre fui uma garota
acima do peso e minha mãe não cansava de dizer que eu deveria emagrecer
que era uma jovem bonita, mas precisava me cuidar. Claro que nunca ligava
para nada disso, me sentia bem com meu corpo, estava saudável e não queria
viver uma vida cheia de dietas, restrições e neuras.
O único a me apoiar em casa era Kaio, meu irmão mais velho, nós
dois sempre fomos muito próximos, dividimos segredos, e ele sempre achava
uma maneira de me alegrar quando eu estava triste. Por isso passei uma
infância tranquila. Na adolescência eu não sofri, ignorava as críticas e focava
no essencial. E o meu essencial era minha família.
Quando completei dezesseis anos, Kaio foi embora de casa, se mudou
para São Paulo me deixando sozinha com a minha mãe. Meu pai havia nos
abandonado há muito tempo, então agora éramos só nós duas. Dona Sílvia
era uma mulher dura, mas era uma guerreira, sofreu muito nas mãos do meu
pai, ele a traiu durante todo casamento quando por fim, foi embora e nunca
mais voltou.
Depois de um tempo nossa situação havia ficado difícil, mesmo com a
ajuda de Kaio que nos mandava sempre um auxílio, e com o apoio do nosso
vizinho Boris que sempre esteve ali tentando nos ajudar. As nossas contas
não diminuíram e as necessidades que tínhamos se tornavam cada vez
maiores.
Por isso logo cedo eu passei a fazer limpezas e faxinas em casas que
minha mãe indicava, assim as coisas foram melhorando, eu conseguia até
dormir em paz e estudar melhor, sem a preocupação de ter que chegar em
casa e nós duas não termos o que comer ou sermos despejadas por não pagar
aluguel.
Quando completei dezoito anos, me vi cansada de tentar ficar com
garotos da minha idade ou alguns que até tinham anos a mais do que eu,
porém parecia tudo muito maçante, eu não sentia prazer com seus toques
carinhosos e beijos ternos, sentia-me estranha, como se houvesse algo errado
comigo.
Então em uma noite quando já estava deitada em meu quarto, recebi
um vídeo de um número desconhecido, nele havia uma mulher amarrada e
um homem forte e grande batia em sua bunda com o que parecia ser uma
vara, tudo aquilo parecia ser muito doloroso, mas mexeu muito comigo.
Claro que eu sabia o que era um filme pornô, não era tão ingênua,
apenas uma virgem com desejos que nem eu mesmo entendia. No decorrer do
vídeo a mulher gemia de prazer, o homem se tornou muito bruto e colocou
algo que eu não soube identificar em seu ânus, logo passou a meter com força
em sua vagina enquanto apertava seus seios que estavam roxos pelas
restrições em seu corpo.
Aquilo havia me excitado demais e pela primeira vez eu soube o que
era sentir tesão, naquela noite eu não fiz nada, mas dormi como se houve
espinhos em minha cama, meu sexo latejava, estava muito molhado, as
imagens vinham a todo o momento em minha mente quando eu fechava os
olhos.
Durante um mês eu fiquei ali me masturbando com força. Fui atrás de
novos vídeos que me ajudassem a ter prazer. Era como uma viciada, eu
escolhia os vídeos mais pesados considerados "hardcore", aqueles em que a
mulher era penetrada e dominada por mais de um homem, ou naqueles que
era utilizada muita violência, aquilo me excitava, eu esfregava meu clitóris de
maneira dura, beliscava, puxava e arranhava meus seios, por vezes chegava a
puxar meu cabelo com força na hora do clímax, tamanho era meu descontrole
ao gozar.
Tudo que eu fiz durante aquele mês foi muito prazeroso e parecia que
a pessoa que havia mandando o vídeo sabia do que eu precisava, no mês
seguinte voltou a enviar outros, mas esses eram diferentes, eles eram
caseiros, as mulheres estavam com bolas na boca e gozavam diferente,
parecia até que urinavam de tanto serem estimuladas e fodidas.
Depois da primeira vez que fiz sexo com ele eu me tornei dependente.
Até o dia em que ameaçou me deixar, disse que precisava mais de mim, da
minha completa submissão, queria que eu lhe entregasse todo o poder, e eu
como qualquer dependente para não perdê-lo, lhe dei tudo, não havia palavras
seguras e nem qualquer tipo de negação da minha parte, era somente ele com
todo poder sobre meu corpo e meu coração.
Todo aquele sonho que vivi em seus braços não durou muito.
No pior dia da minha, eu descobri que tudo que me cercava eram
mentiras e mais mentiras, meu dominador havia me levado até a casa que eu
o havia encontrado da primeira vez.
Ele me vendou e me prendeu em um cavalo acolchoado de couro, se
parecia com um banco, mas seu formato me deixava montada, minhas mãos
presas para frente e os pés amarrados em cordas, ele havia colocado uma Ball
Gag em minha boca, era uma bola vermelha presa á um pequeno cinto de
couro que se fechava atrás da minha cabeça o que me impedia de dizer
qualquer palavra que fosse.
Ao me ver livre de todo aquele inferno que durou três dias, eu jurei
me vingar dele, aquele que havia usado do meu desejo para se aproveitar de
mim, depois daquele dia ele só ousou me procurar mais uma vez e eu
coloquei um basta definitivamente.
Eu sabia que depois desse último encontro ele não me procuraria
mais, eu me certifiquei de que não acontecesse, mas com isso minha mãe
ficou muito mais alerta comigo, ela sabia que algo em mim havia mudado, eu
recebi aquilo como certa preocupação de mãe.
Nós nunca tocamos em qualquer assunto, eu voltei fazer as faxinas e
passei a procurar um emprego fixo, para ter uma estabilidade melhor.
Meus desejos continuaram os mesmos, eu matei qualquer resquício do
trauma que se formou em mim, me defendi em legítima defesa de qualquer
lembrança ou repulsa, eu sabia o que queria e nada anularia o desejo latente
em meu corpo.
Dali em diante eu procurei por um perfeito dominador, que diferente
do passado suprirá minhas necessidades e em conjunto provaremos de um
prazer sem limites. Então quando finalmente conheci James Johnson eu
soube que ele seria o que eu precisava. Em minha completa submissão eu
poderia saciar todos nossos desejos, e tudo isso pelo prazer.
∞∞∞
Desde que aprendi que o dinheiro move o mundo, ele tem movido as
pessoas que me cercam.
Desde a minha adolescência é assim, quando criança, sempre vi meu
pai trabalhar duro para poder dar o melhor para nossa família, minha mãe
engravidou muito nova, aos dezessete anos logo após meu pai vir morar no
Brasil.
Meu avô não deixou nada da sua herança, faliu, gastando seus últimos
dólares em mulheres e charuto, meu pai nunca seguiu seu exemplo, sempre
foi um homem íntegro que lutava por nossa família. Tive uma infância difícil
pelo fato dele viver para o trabalho, mas o que deveria dizer a ele, sendo que
através do seu esforço ele buscava nos dar o melhor?
Aos poucos ele conseguiu, progredindo em pouco tempo abriu seu
próprio negócio, começando com revendas de perfumes, crescendo cada vez
mais, o que me fez ter imenso orgulho.
Jorge Johnson conseguiu tudo que almejava. Com meus quinze anos
eu tinha tudo de melhor que o dinheiro poderia comprar, mas com esse
dinheiro veio também à maldade, o interesse e a inveja. Antes o garoto que
era sozinho, agora estava rodeado de amigos.
Quando já estava na faculdade, minha mãe veio a falecer devido uma
parada cardiorrespiratória, depois disso nossa família acabou. Eu comecei a
me envolver com drogas e meu pai e eu estávamos cada vez mais distantes,
ele sempre saía à noite me deixando sozinho, andávamos por caminhos
distintos e depois de um ano, já estávamos praticamente falidos.
Acordo mais uma noite com o corpo em combustão, sem nenhum tipo
de alívio, nervosa, afinal, amanhã começarei em um novo emprego que
minha madrinha me conseguiu na casa do filho do seu patrão. Então preciso
acordar cedo e estar bem-disposta para o trabalho, já que eu cuidarei sozinha
da casa e ganharei bem para isso.
Levanto-me e pego um vibrador com estimulador clitoriano, um dos
diversos que possuo. Eu venho tentando sempre encontrar um cara que me
domine sexualmente, mas nem um deles é o certo, eu sei só pelo fato da
leveza da dominação durante o ato sexual.
Saí com um cara na semana passada e quis morrer para que aquilo
acabasse logo. Quando conversamos durante a semana falamos sobre tudo,
inclusive desejos sexuais, eu contei os meus fetiches e ele disse que era
adepto a prática BDSM, lógico que me empolguei e pensei: Ele pode ser um
dominador fodástico!
— E eu vim aqui para você não se atrasar e irmos juntos, como vou
para Copacabana e você também, podemos rachar um táxi.
— Tudo bem. Em dez minutos estou pronta.
∞∞∞
Toco a campainha da casa reparando em tudo nela, realmente era
linda e luxuosa, se por fora é assim já consigo imaginar por dentro. Fico uns
dez minutos tocando a campainha repetidamente. O porteiro disse que o
senhor Johnson não havia saído, mas ninguém atende.
Encosto na parede aguardando, até que ele abre a porta. Eu já o vi
muitas vezes pela televisão, em entrevistas e sites falando sobre as suas lojas
que se expandiram rapidamente pelo mundo.
James é alto, pele bronzeada, cabelos e barba com fios sedutoramente
grisalhos.
— Bom dia senhor, sou Tatiana a nova empregada. Me desculpe por
acordá-lo, mas me disseram para estar aqui às sete em ponto e não quis me
atrasar. — Explico, arrumando minha postura e despejando várias
informações sobre ele.
— Entendi, entre. — Ordena com a voz rouca, me olhando de cima
abaixo. — Sente aqui e vamos combinar tudo. — Diz ao entrarmos na casa.
Eu me sento o admirando, quase babando, isso porque ele é gostoso
demais, incrivelmente sexy, sua voz, seu olhar e sua postura exalam sedução.
— Senhor, eu gostaria de agradecer a oportunidade antes de tudo. Sei
que não vai se arrepender.
— Só James por enquanto Tatiana. Maria explicou tudo sobre o
serviço e o salário? — Indagou sério.
— Sim.
— E você está de acordo com o pacote de benefícios que eu ofereço?
— Sim.
— Já sabe seu horário?
— Sim.
— Só sabe responder sim? — Ele questiona me lançando o primeiro
sorriso e eu engasgo.
Cristo! Que homem é esse?
— Sim. Não... Desculpe senhor. — Respondi sem jeito, senti meu
rosto esquentar e me remexi desconfortável no sofá.
— James. Por favor. — Corrige. — E na área de limpeza têm
uniformes, use-os por enquanto, providenciarei mais conjuntos. Hoje a casa
precisa de uma boa limpeza, há dias que não vem ninguém limpar. — Ele
explica me mostrando os cômodos da casa e finaliza me deixando na área de
limpeza.
Olho para o uniforme e sei que não vai servir, é pequeno demais,
nunca encontro uniformes de tamanho G verdadeiros, os tamanhos grandes
sempre são menores do que o esperado.
Respirei fundo e olhei para o uniforme novamente, sem opção o
coloco. Como eu previ, ficou apertado demais, fico na dúvida se saio ou não
com o que mais parece uma fantasia íntima do que uniforme de trabalho.
Quando decido sair, James entra na área de serviços e ao analisar todo meu
corpo ele paralisa.
— Porra! Não. Pode tirar! — Exclama com cara de malvado, sério ele
fica tão mais gostoso.
∞∞∞
Já tive muitas mulheres ao longo dos meus trinta e oito anos, nunca
quis um relacionamento sério, para não ter problemas, ser solteiro me dá
liberdade de ter quantas quiser, e todas as mulheres que me envolvi
sexualmente são pagas para isso.
Sempre procuro por um serviço de submissas de luxo, assim eu posso
ter uma submissa treinada e que vai saber me agradar. Para depois não sair
por aí criando ilusões amorosas só porque lhe dei certo carinho depois de
uma boa noite de jogos.
O único relacionamento que tenho é com meu pai e Fernanda, isso
para mim já é o suficiente, então eu não saio por aí fazendo sexo com
mulheres que podem se tornar um problema no futuro.
Tenho uma imagem de empresário sério a zelar, mas essa garota na
minha casa veio para foder com tudo. Ela é de uma beleza sem igual, seu
sorriso é cativante e aqueles olhos gulosos que me devoram... Porra! É para
foder qualquer homem. Seu corpo fora dos padrões é só mais um atrativo,
tive que conter a vontade de tocá-la.
Quando cheguei à área de serviços e a encontrei com aquele uniforme
justo demais para suas curvas, foi o ápice para mim. Se eu pudesse teria
fodido com ela ali mesmo. Tatiana parece ser uma mulher submissa, mas
posso estar enganado e como já disse, não quero problemas ou escândalos.
Tomo um banho demorado já pensando quais seriam os danos se eu
fodesse com ela, mas como seria? Ela aceitaria meu jeito de ser, saciaria
minha fome e se submeteria a mim? Eu nem deveria estar pensando sobre
essa hipótese, mas não posso parar minha mente.
Eu estava indo muito bem para um primeiro dia, fiz um bolo de milho
cremoso delicioso para ele, coloquei torradas, queijos e pães na mesa,
deixando tudo bonito e organizado como uma antiga patroa havia me
ensinado.
Depois de tudo pronto vou até a área de serviço ver os produtos de
limpeza para organizar e dar início ao meu trabalho, enquanto estou distraída
com meus afazeres James se aproxima me analisando. Seu rosto sério e
másculo é muito excitante.
—Tatiana. — Ele chama com uma rouquidão que me seduz.
Minha nossa senhora, tento ser uma funcionária séria, mas perto deste
homem eu fico numa moleza, minha mente só pensa em obscenidades com
ele, será pecado?
Solto uma enxurrada de explicações e o questiono sobre o fato de
servi-lo, ele diz que sim e eu o segui tentando refrear meus pensamentos. E
esse é só o primeiro dia.
Ele se sentou e eu comecei a servi-lo, mas quando me aproximo e
noto o quanto ele está excitado não consigo evitar olhar sua ereção em
evidência esticada na calça, fico tão aturdida que derrubei café em cima dele.
Rapidamente pego o pano e começo secá-lo e minhas mãos tremendo e ao
sentir ele tão duro fico desconcertada, mas logo ele segura minha mão
cessando os movimentos, estamos presos em olhares quando uma voz
feminina surge.
— Nanda! Não sabia que vinha hoje. — ele diz soltando um pigarro.
— Eu vim trazer algo para tomarmos café da manhã juntos, e ela,
quem é? — Ela questiona me analisando e pelo seu olhar posso dizer que não
seremos amigas.
— Ela é Tatiana minha nova empregada. Tati essa é Fernanda minha
melhor amiga. — Ele diz e ela apenas acenou e eu fico na minha.
Coloco mais um lugar à mesa para ela, ignorando o clima estranho
que se instalou.
— Pode colocar esses na mesa e retirar isso aqui. — Ela diz me
entregando uma sacola fina de uma padaria e me manda retirar tudo que
preparei.
Quando vou fazer James interrompe.
— Deixe tudo aí Tati. — Ele me encara sério e ela logo retruca.
— James, é pão de milho, são seus favoritos, trouxe especialmente
para você, querido.
— Eu sei Nanda, obrigado por se preocupar, mas a Tati correu para
preparar a mesa do café e não quero fazer desfeita, coloque o pão aí que
comerei dele também. — Eu obedeço e Fernanda me entrega a sacola com
uma cara nada boa.
Depois de passar a manhã toda limpando metade da casa, fiz uma
pausa para começar o almoço e quando está quase pronto escuto o telefone
residencial tocar.
— Está tudo bem por aí Tati? — Sua voz rouca soou ao telefone.
— Sim senhor... Digo James. — respondo nervosa, por que ele me
deixa nervosa?
— Certo, eu já estou indo para casa vou almoçar aí, deixe tudo pronto
em quinze minutos eu chego.
—Tudo bem, eu coloco mais um lugar à mesa para sua amiga?
— Não, não. Eu vou almoçar sozinho. — ele fica em silêncio, mas
não desliga.
— Tudo bem, até mais.
— Até. — ele desliga e eu demoro alguns segundos até despertar do
transe que me prende quando falo com ele.
Preparo o almoço e quando já tenho tudo pronto vou até a cozinha
para tentar comer antes que ele chegue, mas meu celular toca e ao ver a foto
de May decido atender, pode ser urgente, já que ele nunca me liga em meio
ao expediente de trabalho dele.
— Oi May, não posso demorar meu chefe está voltando para almoçar
em casa.
— Tati, preciso muito de um favor, muito mesmo amiga.
—O que foi? Se for dinheiro já aviso...
— Na próxima sexta-feira haverá uma recepção com todo pessoal do
marketing da minha empresa, só para dar boas-vindas aos novos investidores
e preciso que venha comigo.
— E por que preciso ir com você? — pergunto sabendo aonde ele
quer chegar.
— Já te falei o quanto meu chefe é machista, misógino e
preconceituoso? Mas, ainda assim quero impressioná-lo, e se você vier
comigo, talvez eu ganhe pontos com ele, todos meus amigos estarão
acompanhados. Por favor, não posso ser o único sem um par. — Ele implora,
sabe que não consigo negar nada a ele.
Eu e Maycon somos amigos há muito tempo e sabemos tudo um sobre
o outro, até os segredos mais sujos.
— Tudo bem, vou com você, mas você paga o vestido que eu
escolher.
— Combinado! Fico devendo essa, te ligo quando sair para irmos
embora juntos.
— Beijinhos. — Me despeço.
Escuto um pigarro, me viro e James me encara, tão gostoso e sensual.
Seria errado querer foder com o chefe logo no primeiro dia?
— Estou esperando você me servir. — saiu dando-me as costas.
Filho da mãe Gostoso!
∞∞∞
Foi uma semana de merda, estava cheio de reuniões e trabalhos que
necessitam muito do meu tempo, não consegui tirar um dia para relaxar, e
para completar Fernanda atormentando minha mente com suas desconfianças
em relação a Tati, eu entendo que Nanda sempre foi assim, desconfiada com
todos, sempre tentando me proteger de pessoas interesseiras, e ao notar a
atração que senti, pela Tati ela ficou ainda mais impossível.
Agora se tem alguém querendo foder minha mente esse alguém é
Tatiana. Aquela cadelinha veio para tirar minha sanidade com suas roupas
curtas que usa para trabalhar, eu fico em constante indecisão entre mandar
fazer o uniforme para cobrir todo aquele corpo delicioso, ou continuar me
deliciando com suas curvas, aquelas coxas grossas e aqueles peitos enormes
estão me enlouquecendo.
Ainda para completar ela me fita o tempo todo com aqueles olhos
gulosos, dizendo silenciosamente que quer foder. Ela quer que eu a foda e eu
realmente quero fodê-la até me acabar.
Fiquei o dia todo a imaginando de joelhos levando meu pau até o
fundo de sua garganta enquanto meto duro até gozar gostoso, puxando seus
cabelos e encarando seu olhar faminto para mim, sempre querendo mais com
uma boa putinha submissa. Porra! Essa última noite acabei batendo uma,
coisa que há muito tempo não faço.
Hoje a evitei, sai bem cedo e não vim almoçar, ela ligou pedindo para
sair mais cedo do seu horário e eu agradeci aos céus por isso. Tenho que ir
para casa me arrumar e se encontrasse com ela seria mais pensamentos
pervertidos, uma ereção dolorosa e malditas bolas azuis, eu quero foder com
ela, mas não posso, isso com certeza me traria problemas futuros.
— Vou bem Ricardo, vim para fazer uma breve presença, logo tenho
que ir. — Deixo um recado de que não vou demorar.
Essa merda está entediante e minha mente está em outro lugar.
— Mal chegou parceiro, relaxe um pouco, logo vamos finalizar tudo.
— ele diz e eu concordo com um aceno, estou de mau humor e quero ir para
casa.
Quase uma hora inteira naquela recepção e eu estava muito mais que
entediado, havia mulheres em cima de mim como moscas, mulheres do tipo
que não aprecio, há também jovens empresários e funcionários puxando meu
saco. Não que eu seja soberbo, não é isso, eu só gosto de pessoas verdadeiras,
sem interesses supérfluos e que acham que me paparicando vão tirar alguma
vantagem.
Estou tentado a ir embora quando meu corpo fica tenso ao ver a
mulher que vem tomando meus pensamentos, ela está acompanhada de um
cara que tenho certeza que é gay, só de olhar seu jeito, postura ou como
segura a mão dela.
Os cabelos dela num tom escuro e luminoso caídos pelo ombro, seus
seios que me enlouqueciam estavam apertados em um vestido preto
esvoaçante, fui incapaz de não ficar duro, apenas com sua imagem. Tatiana
era um pecado de mulher, da mesma maneira que meu corpo a queria minha
mente a rejeitava, ela poderia se apaixonar e eu não a corresponderia, ela iria
à mídia e isso foderia com a minha imagem e com tudo que eu construí por
todos esses anos.
Lutei para sair das drogas e da depressão pela morte da minha mãe,
meu pai e eu saímos do fundo do poço e construímos um império, não posso
jogar tudo na lama por uma foda qualquer.
Saio rápido, praticamente fugindo assim que ela tem seus olhos sobre
mim. Pela primeira porta que passo eu entro, meu corpo dominado pelo tesão
me impede de raciocinar, eu só preciso extravasar aliviar essa maldita tensão
que se instala toda vez que a vejo.
Sento-me na tampa do vaso sanitário e abro o zíper da minha calça
liberando meu pau duro e quente que pulsa por ela. Relaxo meu corpo e
começo um vai e vem rápido e bruto em minha ereção, fechando os olhos
imagino as mãos dela no lugar da minha, estou em uma fantasia paralela
quando ouço o barulho da porta se fechar, eu jurava que havia trancado essa
merda.
Olho para entrada meio assustado e me surpreendi ao encontrar
Tatiana, ela está com aqueles olhos gulosos e famintos por mim, desde a
primeira vez que nos vimos ela não fez questão de esconder que me deseja o
que torna tudo mais excitante.
Trancando a porta se aproxima, continuo me masturbando enquanto a
encaro, ela vem e se ajoelha entre minhas pernas e eu inconsciente abro mais
ainda para que ela se acomode.
— Me deixe ajudar senhor... — Sussurra encarando meu pau com
uma boquinha sedenta entreaberta.
— Filha da puta. — rosno quando sua boca chupa só a cabeça. — É
isso que você quer? — assente com rapidez e eu ordeno — Abre o vestido.
— ela abre, deixando a mostra os seios fartos sustentados por um sutiã
transparente tomara que caia, que me permite ver seus biquinhos duros de
tesão.
Tatiana geme apertando seus seios e contenho seus movimentos.
— Eu não mandei você se tocar, vem aqui e me chupa. Não veio aqui
em busca disso? Não é uma cadelinha gulosa, sedenta pela minha porra? —
Pergunto e quando ela acena positivamente com olhar baixo eu não resisto.
A puxo forte pelos cabelos fazendo sua boca descer por toda minha
extensão, logo de primeira ela me leva até a metade. Com uma mão em seus
cabelos e a outra em sua garganta louco para sentir meu pau ali no fundo eu a
forço a descer mais, a maldita geme gostando do tratamento bruto.
— Gosta assim sua safada, gosta de chupar meu pau? Ahh, merda!
Como você chupa gostoso Tati. — gemi com meu orgasmo se aproximando.
— Tati eu serei mais duro com você, se não aguentar e for demais bata em
minha perna entendeu?
— Sim senhor. — sua resposta foi de maneira submissa, do jeito que
eu gosto.
Faço uma pressão forte em seu pescoço e sinto meu pau pulsar em sua
garganta, com a mão em seus cabelos sedosos, forço minha ereção cada vez
mais fundo, bato e volto em um ritmo frenético, ela engasga e penso que
precisa de um pouco de ar, mas ela apenas suga mais forte apertando minhas
calças e me puxando para si me fazendo delirar.
— Caralho, que delícia Tatiana! Minha cadelinha... Porra está me
deixando doido!
Meti mais rápido e fundo, soltei sua garganta e apertei com força seu
peito grande e gostoso, ela gemeu alto entalada com meu pau e aquilo foi
meu fim.
— Ohh... Isso. Estou comendo sua boquinha safada, Porra! Vou gozar
no fundo dessa garganta apertada porque é isso que você quer. — mais duas
estocadas estou esporrando em sua boquinha, alucinado, cheio de tesão,
gozando tão gostoso quanto já gozei um dia.
Eu a trago para meu colo e beijo sua boca gostosa que me deu tanto
prazer, rapidamente tirei sua calcinha e toquei sua entrada que está
encharcada, ergo seu vestido e aperto sua bunda grande e gostosa, já
imaginado meu pau ali, entrando gostoso.
— Você não vai gozar Tatiana. — sussurrei em seu ouvido, vendo-a
se arrepiar inteira com meu toque e minhas palavras. — Amanhã eu quero
ver essa bocetinha escorrendo de desejo por mim. Não era isso que você
queria? Me tirar à razão? Agora conseguiu, vai dormir latejando, desejosa por
mim e amanhã a gente conversa.
— Sim senhor...
Ela diz manhosa e eu a beijo, um beijo voraz e gostoso, Tatiana geme
e está decretado, essa filha da puta me fodeu!
∞∞∞
Capítulo 3
— Olá Maycon, bela moça, prazer senhorita Tatiana. — ele diz com
um sorriso sinistro.
Não é possível, não pode ser ele, não tem como. Meu corpo todo fica
tenso, sinto uma leve tontura e May me ampara.
—Oi... — Murmurei tão baixo que eu mal me escuto.
— Tati, está bem querida? — May pergunta e não consigo raciocinar
direito.
Ele morreu... Eu vi, não era para ele estar aqui, ele trocou de nome,
merda por que ele está aqui? Ele não para de me olhar, seu sorriso sumiu
disfarçadamente, mas ele ainda me encara com aqueles olhos azuis que por
vezes parecia cinza, sombrio e que guarda nossos segredos.
— Está tudo bem por aqui? — ouço a voz de James aproximando-se
de nós.
— A senhorita Tatiana parece não se sentir bem.
A voz do demônio soa em meus ouvidos, mas minha mente está
distante, paralela entre o presente e o passado.
É como se eu ouvisse sua risada naquele dia e estivesse viva depois de
todos esses anos. Ele está dez anos mais velho e ainda mais bonito, mas hoje
vejo a maldade em seu olhar, aquela que não consegui ver quando ele me
seduziu. Maldito! Voltou do inferno como é possível?
— Minha pressão caiu, acho que foi o calor, nada demais. — minto.
— Tem certeza? Eu acho que está me escondendo algo, mas por hoje
sua explicação serve, mas amanhã vamos conversar, ouviu?
— Sim senhor...
Sinto o clima mudar, existe uma alta tensão sexual entre nós. Ele me
encara e eu abaixei o olhar em sinal de submissão, James se aproxima me
prensando na parede e suas mãos entraram por baixo do meu vestido.
— Você me deixa doido sabia? — ele sussurra e beija meu pescoço.
— Queria foder com você agora, mas não posso, não sem antes entramos
num acordo.
— Tudo bem senhor, como quiser... — digo manhosa, levada pela
excitação do momento.
— Você é uma tentação do caralho, estava passando mal e agora está
aqui com essa boceta gostosa piscando, louca por mim. — leva sua mão
segurando possessivamente a minha boceta, esfregando seus dedos entre os
lábios extremamente molhados.
— Ahh... James. — Meu gemido sai mais alto que o esperado.
— Baixinho cadelinha, não vai gozar hoje, quero você amanhã ainda
mais louca pelo meu pau do que já é. — James me beija sem deixar de me
acariciar. — Faz tanto tempo que eu não beijo...
Um barulho de algo caindo nos assusta, James me abraça me cobrindo
com seu corpo e disfarçadamente arruma meu vestido. Olhamos ao redor e
não vemos ninguém.
— James é melhor irmos.
— Eu sei, eu vou te contar tudo, mas você tem que estar preparado e
prometer não surtar.
— Eu juro. — diz, fazendo sinal de jura para mim, e eu conto todo
meu passado obscuro, meu segredo sangrento e vergonhoso. — Não pode
ser... — Ele diz e seus olhos estão cheios de lágrimas.
— É a verdade...
— E como você ainda pode gostar disso, de fazer sexo dessa maneira,
você é louca?
— Fala baixo! Eu sei que parece loucura, mas isso já existia em mim
antes mesmo do meu envolvimento com ele. Depois ele abusou da minha
paixão e entrega, eu achei que ele estivesse morto, mas ele está vivo e é seu
chefe.
— Como pode isso? Parece até filme. Eu vou observá-lo, mas você
tem certeza que é ele?
Maycon me encara com aqueles olhinhos meio puxados e o cenho
franzido.
— Absoluta, eu nunca esqueceria seu rosto, pode ter se passado muito
tempo, mas é ele, o olhar sádico e perverso e sei que ele me reconheceu,
porque lançou o mesmo olhar para mim hoje à noite.
May me abraça e ficamos em silêncio, eu sei que é ele, aquele dia eu
jamais esqueceria, mas ele não vai voltar e me destruir, amanhã é um novo
dia. Amanhã James me espera e talvez ele me queira como sua submissa,
porque eu sei o que eu quero, eu quero lhe entregar a minha submissão.
∞∞∞
Capítulo 4
Já passava das sete da manhã e Tatiana não havia chegado. Penso que
ela poderia ter desistido, mas não quando ela quem demonstrou tanto
interesse. Vou para sala esperando impacientemente por ela, eu estava como
um viciado por seu gosto e seu toque depois da sua pequena amostra de
sagacidade.
Eu estava desejoso para descobrir mais do seu prazer e poder explorar
seu corpo voluptuoso, seria nossa primeira vez juntos e eu estava quebrando
muitas regras, mas não queria parar, ontem à noite demos largada a uma
corrida sem limites e agora temos que ir até o fim e descobrir o que há lá.
Após longos minutos ela chega com um sorriso nervoso no rosto, mas
o seu olhar é puro desejo. Ficamos alguns segundos nos encarando e ela
analisa meu peito nu e desce até meus shorts de dormir, meu pau logo ganha
vida e é impossível esconder, já que estou sem cueca.
Eu queria fodê-la ali mesmo, mas tinha que dar a ela o poder de
escolha, se eu fizer tudo que tenho vontade e depois ela não aceitar, vai me
achar um canalha, então quero deixar tudo em pratos limpos.
— Vem aqui. — eu ordeno, já estava por um fio.
Mas precisava me segurar, ela veio obediente sem dizer nenhuma
palavra, e eu estava excitado com sua perfeita submissão, será que ela
praticava há muito tempo? Quão errado seria se eu adiasse a conversa e a
jogasse no chão da sala para fazê-la minha?
Puxei-a pela nuca e beijei sua boca, um beijo gostoso e sedento, eu
sempre tive prazer com submissas contratadas e eu não tinha essa
necessidade de beijá-las, a última vez que beijei uma mulher já havia muitos
anos e eu me sentia bem com isso, mas beijar Tatiana vai além de muito bom
é algo com que eu possa com certeza me acostumar.
— Nós vamos conversar? — pergunta separando nossos lábios.
— Vamos, sente se aqui. — ela senta calada, seu olhar encontra o
meu e eu sei o que ela quer, o que precisa e eu estou disposto a dar. —
Primeiro de tudo Tati, eu quero saber se você é capaz de diferenciar nosso
relacionamento patrão e funcionária e nosso envolvimento sexual?
— Eu sou sim, não ache que está falando com uma adolescente.
— Tudo bem é só para estarmos cientes de que nosso envolvimento
será sexual, não haverá jantares ou passeios, não teremos adequações nesse
acordo, não espere nada além de prazer entendeu? Eu não quero que você crie
ilusões.
— Não vou criar, eu compreendo tudo o que disse e aceito. — ela diz
agora em um tom mais ameno.
— Eu espero que seja assim Tati, não quero que se magoe. Eu gosto
de dominar e depois das sessões eu gosto de cuidar da minha submissa, lhes
dou carinho e afeto, mas quando acaba é cada um para o seu lado.
— Eu entendo...
— Não entende Tati, você está faminta e quer aceitar tudo para que eu
possa saciar seu desejo, mas seja racional, independente da forma que vamos
levar isso seremos livres e eu posso foder com outras mulheres, assim como
você pode.
— Eu já disse que entendi. Sexo sem compromisso eu posso foder
com outros e você também, mesmo que você me dê carinho e cuide de mim,
isso não passará de um cuidado pós-sessão. — Ela diz e sei que quer apressar
as coisas, mas no BDSM a pressa pode acabar com sua vida, acabar com seu
desejo e acabar com a sua sanidade.
— Certo somos adultos, vamos manter este acordo entre nós, se tudo
der certo podemos fazer um contrato, por hora providenciei um pequeno
acordo com as normas “SSC”, você as conhece certo?
— Sim, “São, Seguro e Consensual”, James eu sei tudo sobre BDSM.
— Ok, eu trabalho com simples e é isso que me excita, se for demais
diga vermelho, se estiver quase ao limite diga amarelo e se quiser mais duro
diga verde, assim vou conhecer seus limites, aqui é você quem detém o poder
mesmo que eu esteja no comando entendeu?
— Sim senhor. — Ela diz.
Está querendo me tirar do controle e eu já estou quase entregando os
pontos. Lhe dou o papel e ela assina consentindo nossas sessões.
— Hoje vamos começar com o básico, mas depois vamos falar sobre
o que gostamos e fazemos entendeu? — Ela confirma com olhar baixo e eu
não posso mais esperar. — Suba para o meu quarto tire a calcinha e vista seu
uniforme que deixei em minha cama.
Tatiana se levanta e apressadamente vai, agora é meu momento, eu
foderei, terei prazer e lhe darei prazer, porque tudo isso será somente pelo
prazer.
∞∞∞
Eu entrei naquele quarto, mais excitada do que já estive alguma outra
vez em minha vida, visto o uniforme e quando estou com a calcinha em meus
pés pronta para pega-la, sua voz irrompe o ambiente.
— Porra! Você é tão sensível, posso ver sua boceta escorrendo por
mim cadelinha safada. — Ele bate mais duas vezes, mas diminui a força e eu
logo grito.
—Verde! — Ele bate mais forte e eu repito — Verde! Verde! Verde!
Sua respiração cada vez mais pesada, ofegante a cada golpe duro que
desferiu em minha bunda, eu sentia que gozaria só com aqueles golpes, mas
quando atingiu o vigésimo ele parou e dois dedos seus entraram em minha
intimidade.
— Gostosa de mais! Quer mais um dedo? — Confirmo em silêncio e
sinto mais dedo seu entrando apertado. — Você gosta disso não é, gosta de
ser uma putinha?
— Sim meu senhor... — Digo em um gemido.
— Eu vou te dar o que precisa, serei forte e duro diga se for muito. —
Ele diz enquanto coloca a camisinha.
— Sim... — Antes que eu termine a frase ele entra com tudo dentro de
mim, me rasgado e alargando, o sinto fundo em mim, apertado me deixando
no limite do prazer.
— Ahh... Porra que bocetinha gostosa! Você é uma puta safada
Tatiana, está sugando meu pau caralho! — Grita estocando duro e forte como
jamais eu recebi de alguém um dia.
Ele continuou firme puxando meus cabelos, montando em mim como
se me cavalgasse.
— Ohh... Eu...
— Shh... Não vai dizer nada agora, só se necessário às palavras de
segurança, vai tomar meu pau todo caladinha. Ohh... Muito gostosa! — Ele
gemia e aquilo me enlouquecia, eu estava no limite tudo em mim doía e
queimava, uma de suas mãos fora para o meu ombro e me puxava a seu
encontro num ritmo forte e punitivo que me fez atingir o clímax.
— Ah, Isso, mais... Verde! — Gritei louca e o prazer sem igual me
dominou.
Ali eu soube que ele é meu perfeito dominador.
∞∞∞
Fodido era isso que eu estava, ela é perfeita, eu estou investindo com
força depois de espancar sua bunda e ela grita cada vez mais verde!
Porra eu amo essa cor a partir de hoje, ela é insaciável sua boceta
gostosa sugando meu pau, nossos corpos suados e ela com o traseiro
arrebitado e ainda vestida com maldito uniforme apertado. Sua bunda grande
e deliciosa me faz ter várias ideias, mas por agora eu vou gozar como um
louco após arrancar mais um orgasmo dela.
— Mais uma vez. — Ordeno querendo que ela me aperte mais.
— Eu não posso mais senhor. — Ela geme, sei que pode e sei que
quer.
— Mais uma vez minha putinha, não me decepcione. — Levo dois
dedos sem aviso ao seu ânus e ela grita enlouquecida, mais algumas
estocadas e ejaculo, com sua doce voz gritando por mim, pedindo por mais,
ela dizia:
— Verde! Verde! Verde!
∞∞∞
Capítulo 5
— Não aguento mais, preciso ter você de novo. — Disse e entrou com
tudo.
Meteu seu membro duro e quente em mim, puxava a longa corrente e
estocava com força, seu rosto e seu corpo estavam muito suados, sua
expressão de prazer me enlouquecia enquanto arremetia com brutalidade. Ele
entrou com um dedo dentro da minha boceta tornando tudo mais apertado
fazendo assim eu atingir meu maior prazer.
— Ahhh... Senhor!
— Rei, Tatiana me chame de Rei. — Ele ordena e vejo que já está em
seu limite.
— Rei... Meu rei! — Gritei enquanto sentia líquidos escorrendo na
minha vagina que pulsava.
— Isso, seu rei escrava. Ohh... Merda!
Ele gozou e deixou seu corpo cair sobre mim, deitou sua cabeça em
meus seios e beijou cada pedaço da minha pele que sua boca alcançava, sua
respiração se acalmou e ele soltou meus tornozelos beijando as marcas que
ficaram e repetiu o processo nos pulsos, depois se deitou ao meu lado e
beijou minha boca calmamente e disse:
— Obrigado, foi maravilhoso.
∞∞∞
Havia se passado poucos meses desde nossa primeira noite,
estávamos cada vez mais envolvidos em um prazer sem igual e todos os dias
eu forçava minha mente a acreditar que o sentimento crescente em meu peito
era de apego pelo prazer, há cada vez que ele vinha para o almoço era uma
expectativa diferente, e eu sempre queria mais, cada dia eu o desejava mais.
— Lógico que não você é linda e gata, tenho até inveja dessa pele
querida, por que está perguntando isso?
— Porque hoje em uma conversa James disse que não sai com
mulheres do meu tipo físico porque a mídia cai em cima. Eu deduzi que ele
não gostaria de ser noticiado no jornal por sair com uma mulher gorda.
— Idiota! E você ainda dá para um cara desses, eu não daria! — Ele
resmunga.
— E para completar o dia, seu chefe me encurralou na cozinha e disse
que voltaria a me encontrar... Eu não terei paz Maycon. Será que devo me
entregar à polícia?
— Está maluca? Você não teve culpa! Olha aqui Tati, é sério, você
não teve culpa.
— Vamos mudar de assunto não quero lembrar disso, eu vou tomar
um banho e amanhã vou trabalhar e tentar cortar todo afeto que James e eu
criamos. Se for para termos algo que seja só sexo. —Digo decidida.
— Tudo bem eu já vou. Me liga amanhã? — Ele pede e me lembro de
que desgraça pouca é bobagem.
— Meu celular caiu na água na hora que estávamos nos falando,
James disse que me conseguiria um se ele não fizer comprarei um novo e
parcelo.
Então eu aguardo, espero e anseio por ouvir sua doce voz, que não
vem. Então resolvi eu mesmo ir atrás dela, quero ao menos lhe dar um beijo
antes que vá e assim obter a certeza de que tudo está bem entre nós.
— Tati! — A chamo e não tenho respostas.
Olho por toda casa e não encontro, pego o celular e ligo, mas só cai na
caixa de mensagens, então lembro que ela está sem celular, e a fujona teve a
capacidade de ir sem ao menos avisar e isso é sinal de que está realmente
chateada. Tati não é o tipo de mulher que se lamenta e reclama, ela engole
tudo calada e sofre em silêncio.
Se algo a incomoda, ela simplesmente guarda para si, em todos esses
meses ela nunca reclamou de coisa alguma e esse é o tipo de mulher perigosa
porque se você errar talvez não tenha tempo de se redimir.
Vou ao shopping e procuro por um novo celular para ela, há muitos
modelos e marcas e então opto por um igual ao meu. Passo por uma joalheria
e algo me chama atenção, uma linda gargantilha de ouro e nela há um
pingente em formato de coração e um rubi vermelho, Tati sempre diz que
vermelha é nossa cor, eu sempre me esquivo e a repreendo para que não crie
esperanças, mas ela diz que não é amor é somente o fogo da paixão que move
todo tesão que nos une.
Como ela me falou que seu aniversário é no próximo mês, decidi
levar para dar a ela no dia. Além de amantes somos amigos e amigos se
presenteiam, sei que ela é madura o suficiente para não interpretar isso como
um possível romance, porque na verdade é somente um agrado.
∞∞∞
Acordo pelo amanhã sentido um aroma delicioso do café da Tati, tudo
que ela faz é magnífico, mas estranho ela não ter vindo me acordar,
geralmente ela sobe até aqui e me ataca como uma ninfomaníaca e eu adoro
isso, essa sede que ela tem eu também tenho.
Quando chego à cozinha ela está de costas com os malditos shorts que
ela usa para trabalhar o que já me deixa duro e com a certeza que chegarei
atrasado porque preciso de um pouco que seja dela antes de ir.
— Bom dia Morena. Por que não me acordou? — A abraço por trás
sentindo seu cheiro.
— Bom dia. — Ela diz mais séria que de costume e sai rapidamente
do meu abraço.
— O que foi? — Questiono e a encaro estranhando seu
comportamento.
— Nada.
— Eu... Comprei para você, como seu caiu na água, só não vamos
brigar por conta de um celular tá bom? — Mostro a ela o novo aparelho e já
tento conter uma possível briga por causa do celular.
— Tudo bem. Obrigada.
— Por que está assim comigo? Estou morrendo de saudades e você
fugiu de mim ontem.
— Bem James eu queria acertar alguns pontos.
— Olha se foi por causa do que ouviu, eu...
— Não James, eu só acho que estamos deixando as coisas fugirem do
controle, então proponho de nos envolvermos apenas nas sessões entende, e
os cuidados posteriores das cenas eu gostaria de não fazer... Tudo bem? —
Ela despeja tudo de uma vez.
— Não... Não está nada bem, o que é isso? Por quê disso agora
Tatiana?
— Eu só prefiro assim.
— Se é por ontem... — Eu tento até concluir, mas a diaba me
interrompe. De novo...
— Não é por ontem.
— Eu não quero, preciso da pós-sessão, necessito cuidar da minha
submissa.
Digo firme para que não haja discussões, mas ela quer foder comigo,
ela quer acabar com minha sanidade, eu tento remediar, mas ela é mais difícil
do que eu e no mesmo tom que falo ela decreta.
— Vermelho! Acabamos aqui.
Merda!
Merda!
Merda!
∞∞∞
Capítulo 7
Por que essa mulher tem que ser impossível? Uma merda que as
coisas vão funcionar assim, eu que domino, eu quem mando, ela é quem tem
que acatar as ordens e não as ditar.
—Tati... Não tem porque tanto drama, me fale os motivos de não
querer mais os meus cuidados, já imaginou como vai fazer depois de uma
sessão de ¹spanking, como vai sozinha cuidar das lesões?
— Eu sei me virar James, vai ser melhor assim...
— Não vai porra! Não vai ser melhor para mim, eu preciso dos
cuidados depois, e pelo visto você não sabe tanto assim sobre BDSM como
disse, porque saberia que é muito importante e prazeroso para um dominador
os pós-cuidados.
— James entenda que quanto menos afeto existir mais fácil vai ser
quando tudo acabar. — Ela diz numa calma e isso me deixa mais puto ainda.
— Você encontrou outro dominador é isso? Não me quer mais, eu não
te satisfaço mais? — Perguntei manhoso, preciso comove-la, ela não pode me
deixar.
— Claro que não, eu já disse que nunca encontrei um dominador
como você, eu só quero me proteger...
— Proteger de que? Eu te faço mal é isso? — Pergunto praticamente
implorando.
— Não James, você mesmo disse que não quer que eu me apaixone
por você e é isso que vai acontecer com todo esse carinho que você me dá... E
depois você não vai querer uma gorda apaixonada por você...
— Viu como era sobre a conversa que você ouviu ontem. — Digo
nervoso querendo acabar com essa baboseira e me perder dentro dela.
— Claro que é James, estamos juntos há meses e tudo maravilhoso, o
sexo e as conversas e essa amizade que criamos, mas você foi claro ontem
sobre não gostar de pessoas do meu tipo. — Ela diz com certa mágoa na voz.
— EU GOSTO DE VOCÊ CARALHO! GOSTO ATÉ DEMAIS
PORRA! — Grito pressionando seu corpo contra mesa e prendendo ela no
meu abraço. — Eu só tenho uma imagem a zelar, eu dei duro pra caralho para
chegar até aqui, a mídia é podre e ruim, eles destroem carreiras em um piscar
de olhos, humilham grandes empresários, se eu não saio na mídia com
mulheres é para me preservar e preservar você também.
— Eu posso não querer ser preservada, eu posso aguentar a mídia
James eu aguento... — Ela diz como se implorasse.
— Eu não posso Tati, eu sinto muito eu não quero te perder, mas
também não quero ver meu nome estampado nos jornais falando da minha
vida pessoal, eu tenho esse pensamento e ninguém vai me fazer mudar de
ideia, eu quero isso que temos, mas, além disso... Não haverá hoje e nunca.
— Decreto porque não quero enganar ela, apesar de gostar muito dela, eu
nunca apresentaria como namorada, eu nunca apresentei nenhuma mulher e
não vai ser ela a primeira.
—Tudo bem James... Então me solta. —Ela diz tentando sair dos
meus braços, mas eu não quero soltar.
— Não posso. — Sussurro em seu ouvido.
— Pode e deve. Agora me deixe trabalhar. — Ela diz zangada. E seu
jogo duro me deixa mais necessitado por ela.
— Então me dá um beijo, que solto. — Digo como se fosse uma
criança em uma troca.
— James... Não... — Ela diz manhosa e sei que está se rendendo.
— Vem me beija, chupa minha língua... Toca em mim... — Digo
sedutor provocando com minha boca sobre a sua.
— Não faz assim... —Murmura já rendida e eu a tomo de volta para
mim, beijando com paixão e ela faz como mandei, e me toca sensualmente no
peito e ombros com suas pequenas mãos.
Eu enfio minha língua dentro de sua boca beijando-a necessitado e ela
suga com força, chupando minha língua como se fosse meu pau. Eu a pego
no colo e ela me repreendo.
— Me põe no chão James, eu sou pesada, vai me derrubar.
— Não vou Morena, eu aguento porque você foi feita para mim... É
minha entendeu? Toda minha e não vai mais tentar fugir de mim. — Digo
dando um tapa em sua bunda e ela safada já entra no jogo.
Louco amor é aquele que nos torna irracional, ele vem e se aloja
dentro do peito e não sai por nada, te faz ser tola a maior parte do tempo, nos
faz ceder aos desejos carnais, aquela vontade louca de sentir o calor do corpo
dele, sentir seus beijos e carícias e por mais forte que tentamos ser, hora ou
outra falhamos, fraquejamos porque um louco amor faz isso, te deixa louca.
Coloco a roupa que James comprou para nossos jogos, ele gosta às
vezes de ser meu Daddy, gosta de ser meu dono enquanto eu uma cadela ou
uma gatinha, gosta de ser o professor e eu a aluna. Ahhh... Eu amo cada uma
das brincadeiras que James faz comigo, e mesmo que ele só me queira dentro
dessa casa e se é só isso que posso ter dele, eu vou me contentar a receber o
que ele pode me dar pelo tempo que puder me dar.
Quando vou me colocar de quatro ele entra e me chama todo sensual e
gostoso, me agarrando e apertando minha bunda e todo meu corpo, seu,
aperto é tão forte que me tirar o ar.
— Vem aqui garotinha levada, você vê o que faz comigo huh? Eu
tinha uma reunião importante na empresa, mas eu não vou mais porque terei
que te ensinar algumas lições.
— Sim senhor tio...
— Senta aqui no meu colo, me deixa ver sua bocetinha. — Ele diz e
eu obedeço, sento em sua perna e me abro para ele.
Sua mão grande e pesada acariciou meu sexo molhado, me fazendo
arfar, quando menos espero ele acerta um tapa forte em minha vagina me
fazendo pular em seu colo, mas logo suas mãos me seguram mantendo-me
presa no lugar.
— Ahhh... Tio dói.
— Shh... Não quero ouvir uma palavra sua insolente, achou que ia
apanhar na bunda não é? Mas na bunda você vai receber outra coisa, agora
abra mais por que vai apanhar nessa boceta até não aguentar mais. — Ele diz
e mais uma vez eu me abro.
Ele mantém uma sequência de tapas fortes fazendo com que meu
grelo fique exposto e inchado, é quase insuportável o contato, mas ele
continua e meu sexo vibra, sinto que vou gozar e ele dá um último tapa forte
que faz meu canal pulsar querendo-o dentro de mim.
— Ohh... — Gemo quando ele esfrega forte minha vagina.
— Você quer ser fodida Tati, eu vou foder... Vira de quatro e empina
bem alto, hoje você só vai embora quando disser que é minha.
Eu me coloco na posição exigida ansiosa por sua dominação, ele
rapidamente tira sua roupa e se coloca sobre minhas pernas, ele dá um tapa
forte em minha bunda e abre ela expondo meu ânus que se contrai ansioso.
Sinto seu pau encostar-se a minha pequena entrada e logo em seguida a
ardência e a dor, maldita deliciosa dor, eu preciso de sexo, mas preciso muito
da dor, é assim que meu prazer é completo e James sabe disso e me dá na
medida em que preciso.
— Porra! Que gostoso... Esse cuzinho é gostoso demais, e ele é só
meu Tatiana, ouviu? Só meu. — Ele diz rouco e dominador enquanto enterra
seu pau bem fundo fazendo doer e me fazendo gemer, porque é bom e é
assim que eu gosto.
Ele se inclina deitando em mim me comendo com força e mordendo
meu ombro e pescoço suas mordidas e chupadas são fortes e me fazem
delirar, gritar.
—Verde! Por favor, senhor verde!
— Humm... Que delicia, eu amo essa cor, amo você implorando com
ela, grita mais alto putinha, implora pelo pau do seu Rei escrava.
— Verde! Verde! ... Mais senhor, me dê mais. Ahh...
— Você é minha e me pertence, você sabe disso, eu vou marcar seu
corpo para você não esquecer que sou seu dono porra! Agora vai gozar com
meu pau no seu cu e meus dedos fodendo essa bocetinha entendeu? Vai fazer
aquilo que treinamos.
Ele mete com mais força enfiando seus dedos em minha vagina
tocando em meu ponto extremo de prazer, me fazendo chorar, gritar, arquejar
de tanto prazer, tudo em mim pulsa, sinto seu corpo se movendo com
brutalidade, com desejo e necessidade me fazendo gozar, ejacular, meus
líquidos molhando sua mão e o chão, eu choro de prazer e ele diz:
— Obrigado Tati... Obrigado por sua entrega e confiança. Eu...
— Eu também... — Digo sabendo o que ele sente, mas nunca dirá.
Porque somos assim loucos, nosso amor é louco e nosso prazer é mais louco
ainda.
∞∞∞
—Tudo bem...
— Quando minha mãe morreu, meu pai se fechou para o mundo como
já falei, entramos em uma depressão conjunta, cada um tentando lidar com
sua própria dor. Eu me envolvi ainda mais nas drogas e minha namorada
sempre me pedia para maneirar sabe... Eu sempre admirei seu cuidado
comigo, na verdade eu achava que o motivo dela chamar minha atenção era
por se preocupar comigo. Mas não, quando a notícia que meu pai havia falido
se fez pública, jornais de todo o país estamparam nosso estado. A dor do meu
pai foi colocada para todos verem, falaram de como ele foi fraco e a
depressão o tomou como o único filho era uma vergonha, um drogado sem
futuro. No outro dia fui para a faculdade, e lá vi minha namorada que sempre
tão preocupa agora estava em uma roda com outros caras, aqueles que se
diziam meus amigos, e quando fui conversar com ela me senti o pior homem
do mundo, eu não a amava, mas suas duras palavras me marcaram, e quando
eu a questionei sobre ser todo tempo carinhosa e preocupada comigo sabe o
que ela respondeu?
Memórias
Não são só memórias
São fantasmas que me sopram aos ouvidos
Coisas que eu
Nem quero saber
Pitty — Memórias
Já passava das oito da noite quando cheguei à rua de casa, desde que
acordei senti um mau pressentimento, sabe aqueles dias que está nublado, e
tudo ao redor está estranho e seu humor está pra lá de fúnebre.
Parece que alguém morreu, parece que a felicidade se foi, bom talvez
eu esteja maluca, ou com saudades já que James foi viajar a negócios e isso
deixa a casa solitária, mas também há o lado bom já que Ricardo está o
acompanhando.
Ricardo... Estremeço ao pensar nesse nome, ele é até melhor que o
antigo, às vezes me pergunto como conseguiu mudar de nome e sobrenome e
ainda construir uma empresa de sucesso, tudo isso é incrivelmente bizarro.
Pego as chaves do portão e noto que a casa está toda escura, minha
mãe sempre chega primeiro das faxinas, então ou ônibus quebrou ou ela
ainda está trabalhando.
Entro em casa com uma sensação horrível, tento acender as luzes, mas
elas não funcionam pego meu celular e ligo para saber se May já chegou e vir
aqui me ajudar a ver o que houve.
— May, estou sem energia, já chegou em casa?
— Oi tudo bem? Eu estou ótimo! — Diz alegremente debochado,
rindo da minha cara.
— Para de bobagem, May estou sem luz.
— Bem deve ser geral, mas já olhou o disjuntor? Ele pode ter
desligado. Ainda estou na empresa, na verdade em uma missão secreta.
— Sério? Você está investigando o Ricardo, já descobriu alguma
coisa?
— Ainda não, mas estou olhando aqui na sala dele já que quase todos
já foram embora, estou confiante de que acharei algo aqui.
— Maravilha! Me liga assim que sair daí e vem direto para minha
casa, eu preciso saber o que ele quer de mim! — Digo temerosa, não aguento
mais essa pressão desde que esse homem voltou para minha vida.
— Tudo bem, veja os disjuntores, em uma hora estarei aí.
— Ok beijos. — Desligo e quando me viro para ir ao quadro de
energia, descubro que minha sensação estranha estava aqui em casa.
Ricardo me prende entre seus braços me encarando na escuridão, seu
sorriso perverso faz me sentir como em um filme de terror.
— Sabe, eu acho que você anda fazendo muitas perguntas. Não era
assim no passado... Você se lembra dele Tati? Lembra-se de como me
matou?
— Eu não matei! — Grito desesperada, isso só pode ser um pesadelo
que preciso acordar.
— Matou... Sabe que matou, por isso seu amigo está lá em minha sala
buscando informações, mas se quiser saber de algo é só me perguntar, eu
voltei à vida por você. — ele diz com um claro cinismo na voz.
— Co... Como? Eu não entendo você...
— Vamos lá, já se passou dez anos e convivemos por um bom tempo
antes disso não foi?
— Vai embora da minha casa e nem ouse machucar o Maycon, eu
mato você Ricardo! — Esbravejo.
—Aí está minha Tatiana, mas vamos melhorar isso, eu quero
relembrar os velhos tempos, me chame pelo meu nome. — Ele ordena e só
pode estar maluco.
— Eu não vou fazer nada, sai agora da minha casa!
— Não? Bem talvez eu deva ligar para o James e assim contar tudo
sobre nós e também sobre seu crime.
— Vamos, não era isso que fazia antes, sabia que tenho tudo gravado,
tenho tudo cada cena, exceto nosso último encontro.
— Não pode ser... Você é maníaco um louco, o que quer com isso?
— Quero a fita que você roubou, e assuma de uma vez por todas seu
crime, eu sei que levou a fita da câmera que filmava aquela noite, eu quero
agora!
— Se você está vivo, eu não tenho nenhuma culpa em meus ombros.
— Então admite que atirou em mim aquela noite?
— Eu não matei você. Não atirei em você! Será que perdeu a
memória?
— Eu quero essa fita até o domingo, do contrário... Nossos filmes
íntimos estarão por toda internet e só o seu rosto estará lá para todos verem,
inclusive seu querido James. — Ele diz ameaçador. — Não esqueça Tatiana
até domingo.
Uma mulher me ligou, pediu para que eu fosse fazer uma faxina na
casa em que Boris me encontrava, ela disse que o morador havia devolvido o
imóvel e que ela gostaria de tudo limpo para o próximo que alugasse.
Eu fui mesmo com todas as lembranças ruins daquela maldita noite,
eu fui por necessidade, eu precisava do dinheiro e não podia negar, em minha
mente eu não o veria mais.
Mas quando cheguei, ele já estava lá e parecia descontrolado, me
encarava estranhamente e suava muito, parecia muito mais que nervoso.
Há todo momento ele me dizia que eu destruí sua vida, que eu era
uma garota mal, que acabava com pessoas boas e então eu revidei.
— Não. Não... não... Por favor, pare de dizer isso, você me destruiu,
acabou com meu amor, você abusou da minha entrega a você! — Eu dizia
sem mais poder suportar seus gritos.
— Eu sei que errei, mas me deixe consertar, você tem que me
perdoar... Naquele dia eu não tive culpa...
—Teve porra! Você teve, eu ainda ouço as risadas daquelas pessoas
imundas, eu sinto o cheiro e o toque em minha pele, eu sinto! — Gritei entre
soluços e lágrimas.
— Minha vida... — Ele sussurrou.
— Não sou sua vida, nunca mais me chame assim!
— Você é. Sem você eu não vivo. — Ele disse me olhando.
— Então morra! — Gritei.
— Me mate. — Ele retrucou.
— Eu vou embora daqui. — Disse tentando sair, mas logo ele
avançou em minha direção.
“Ele me prendeu em seus braços beijando minha boca com força
enquanto eu tentava sair de seu aperto, ele puxou sem que eu visse uma arma
que estava na sua cintura, e começou a usar isso a seu favor, ele queria me
coagir a ficar com ele e a perdoá-lo, mas eu não conseguiria porque
qualquer respeito e confiança haviam sido quebrados na noite em que ele
abusou de mim e da minha submissão.
— Você tem que me perdoar, tem que voltar para mim, eu não tive
culpa, me entenda... Por favor...
— Eu vou embora e espero nunca mais ter que ver você de novo! —
Eu falei firme porque eu jamais queria encontrá-lo novamente.
— O que quer que eu faça, para que me perdoe... Eu só preciso do
seu perdão, minha vida...
— Já disse que não sou sua vida, não sou nada sua... Eu só quero
você longe de mim o mais longe e para sempre.
Naquele momento algo se quebrou em seu olhar doentio, eu percebi
que Boris nunca me amou, ele sempre teve certa obsessão e quando ele viu
que eu estava decidida a deixá-lo... Ele me agarrou colando seu corpo ao
meu, colocou a arma a pontada de baixo do meu queixo com o cano frio para
cima tocando em minha pele.
— Um último beijo de despedida minha vida. — Ele disse colando
seus lábios ao meu, meu corpo todo tremia e um medo visceral me dominou.
— Perdoe vida, eu te amo... — Ele murmurou com os lábios ainda colados
aos meus e apertou o gatilho.
Tinha sangue por todo meu corpo, meus olhos estavam fechados pelo
medo e quando eu tomei coragem para abri-los eu percebi que no último
segundo... Boris havia mudado o cano para seu queixo, e assim o disparo
passou até fim de sua cabeça fazendo assim o seu último dia de vida.
Ele se matou ali em minha frente, me beijando, pedindo meu perdão e
dizendo que me amava, eu fiquei com medo, estava com medo, eu estava toda
suja e lá tinha sangue demais, eu fiquei apavorada, e não sabia o que fazer.
O desespero correndo freneticamente em meu corpo, meu raciocino
sumiu e quando eu olhei ao redor vi que havia uma câmera lá e nela
continha o vídeo do abuso, e também a gravação desse último encontro.
Sem pensar em nada e vendo os olhos azuis e frios do Boris me
encarando lá do chão morto, eu apenas peguei a fita da câmara e sai de lá
sem me aproximar ou dizer adeus, eu simplesmente fugi.
— Não consigo acreditar... — James disse me encarando, e o medo
que eu tinha dele me tirar da sua vida era maior do que qualquer outro.
— Eu... Sei, ele estava louco, e quando eu disse que o queria morto
era por raiva, não queria dizer morto, morto de verdade.
— Não foi sua culpa, ele devia estar desequilibrado, ou drogado, não
sei, talvez a culpa o corroendo e por isso tirou a própria vida.
—Talvez...
— E por que isso te incomoda agora? Se há meses atrás estava tudo
bem, e a chupada em seu pescoço, eu não entendo... Onde isso se encaixa?
— Ele voltou... — Digo em um fio de voz.
— Quem voltou?
— Boris, quer dizer ele não se chama mais Boris e...
— Tatiana não pira, se ele morreu não pode voltar.
— Eu sei, eu o vi morto, mas naquele coquetel em que ficamos no
banheiro, eu o encontrei, e o vi na minha frente, e desde então ele tem me
perseguido e ameaçado.
— Impossível Tati, você deve está ficando maluca...
— Sorte a nossa que tenho uma filmadora que aceita essa fita, porque
se não teríamos que ir atrás de alguém que saiba transferir esse arquivo, mas
logo que acabarmos com isso eu cuido para que coloque em um Pendrive.
— Não, eu quero dar um fim nessa gravação.
— Tatiana... Não queimou essa fita em dez anos e quer se livrar dela
agora?
— Não gosto do conteúdo... — Digo com voz embargada.
— Vem aqui Morena. — Ele diz me puxando para o seu colo. — Não
se preocupa tá, vamos resolver isso, e o que tem aqui vai provar sua
inocência caso Ricardo queira fazer algo contra você.
— Eu sei...
James coloca a fita em sua filmadora e começa a ver o vídeo, eu fico
ali em seu colo sem olhar para aquelas imagens que me causam tanto asco,
foco meu olhar em seu rosto analisando suas feições, em momentos, irado,
outras indecifráveis e sei que ele está vendo o primeiro vídeo que contém
meu abuso, eu ouço as risadas daquelas pessoas, o barulho do chicote
batendo forte em minhas costas, os sons que Boris produzia e depois eu
escuto minha voz e a de Boris, nossa discussão e então o tiro, em seguida
meu choro compulsivo e então o vídeo acaba.
James me encara e volta novamente um pedaço do filme ele para a
gravação e me encara, tenho medo que depois disso nossa relação mude.
— Aqui! — Ele diz apontando para a filmadora. — Esse homem
morreu Tati ele não está vivo.
— Você já encontrou com ele, está um pouco mais velho, mas está
vivo...
— Não. Ele não está. Veja esse cara que está segurando uma arma
contra você. Bem veja a mão dele. — ele diz e eu olho e vejo uma mancha
marrom que Boris sempre teve e diz ser de nascença, o seu formato parece
uma maçã, lembro-me de dizer a ele que era a fruta do pecado tatuada nele.
— Estou vendo, é uma marca de nascença.
— Isso de nascença, não se pode remover sem deixar marcas, mas
esse homem aqui, não tem nenhuma marca. — ele diz me mostrando o braço
do Boris no dia do meu abuso, a imagem está um pouco distante, mas ainda
assim não vejo marca alguma.
— Não é possível... Meu Deus, eu não notei isso aquela noite, ele não
é ele?
— Ele era um louco um... Louco. Meu Deus a minha mãe sabia disso?
— Eu não sei sobre a sua mãe, a única coisa que soube é que ele a
comia até dizer chega e depois ia até o seu quarto tirar fotos nojentas de uma
criança.
— E depois o que aconteceu? — Pergunto porque agora que cheguei
nesse ponto, eu vou até o fim.
— Ele te ofereceu por uma noite, eu já havia visto todos os vídeos de
vocês dois em ação e ele me disse que você era como uma escrava que fazia
tudo, e aguentava qualquer coisa e que entre vocês não existia esse negócio
de não. Que ele me deixaria ter uma noite com você para eu fazer o que
quisesse, e que se eu aceitasse teria que guardar o segredo...
— E você um fodido de merda aceitou! Dois pervertidos, isso é de
família, um pedófilo e um estuprador! — James esbraveja.
— Ele disse que você aceitava tudo, então eu quis dar o troco no meu
irmão usufruindo do seu brinquedinho e na frente dele, porque ele esteve lá o
tempo todo, ele prendeu a porquinha dele por abate e ele ouviu seus gemidos
de desespero, viu várias pessoas usarem o seu bem mais precioso. Ele tinha
uma família, uma filha porra... Mas trocaria tudo por você, mas ele provou do
próprio veneno.
— Mas algo saiu errado, ele morreu. Você o enterrou? — Eu
pergunto.
— Sim. Quando ele demorou a aparecer eu fui atrás e o achei morto,
pensei que você tivesse o matado, mas não... Ele era tão doente e obcecado
por você que tirou a própria vida, eu não esperava isso, não achei que ele
fosse capaz eu... Não queria...
— O que você vai fazer? Você acha mesmo que um delegado vai vir
até aqui? Os crimes já nem devem mais mantê-lo preso.
— Você é advogada? Sabe sobre leis?
— Não, mas...
— Tatiana eu tenho influência suficiente para trazer uma delegacia
inteira até a minha casa, agora faça o que eu mandei e venha aqui.
Ela abaixa a cabeça e vem em passos lentos, quando chega até a mim
se ajoelha aos meus pés buscando espaço entre as minhas pernas, sem que eu
precise ordenar ela sabe o que fazer, já tomando sua posição de submissa.
— Estou aqui senhor.
— Eu vou perguntar e quero sua mais sincera resposta Tatiana. Você
ama aquele cara?
— O quê? Não... Boris? Não por Deus... Não!
— Olhe para mim. — Mando e ela assim faz. — Por que não
acreditou que ele fosse um pedófilo? Por que precisou ver as provas para que
o seu olhar de tristeza se mostrasse?
— James entenda que...
Quando ela deixa de me chamar de senhor a ergo puxando-a pelos
cabelos e debruçando-a em minha mesa eu abaixo seu pequeno shorts colado
no corpo, quando tenho a completa visão de sua bunda Morena é perfeita, eu
abro uma gaveta que sempre deixo alguns objetos desde que Tati veio
trabalhar aqui, retiro de lá uma palmatória de couro.
— Se precisar use as palavras. — Digo e acerto um golpe em sua
bunda fazendo-a pular, mas eu a mantenho firme no lugar. — Você o ama?
— Isso, isso... Assim minha gatinha, seu prazer é todo meu, você é
toda minha. — Ele diz e se inclina sobre mim sem parar sua ação, mas
beijando ferozmente minha boca.
Jatos e mais jatos do meu líquido ejaculatório saem molhando e eu me
desmancho em um orgasmo arrebatador, a mão de James está molhada, sua
mesa e até sua camisa.
— Caralho! — Ele brada e logo me puxou fazendo-me cair de
joelhos, com pressa ele abre a suas calças, e seu pau saltou duro em minha
frente. —Safada... Me leva bem fundo e se for demais bata em minha perna.
— Sim senhor... Me bata, por favor... — Digo instigando-o.
— Não entendo! Olha pra mim, bem dentro dos meus olhos e diz que
nunca desconfiou que ele fosse um pedófilo.
— Filha eu não sabia... — Ela mente e logo uma voz grossa se faz
presente.
— Ela sabia, eu contei que suspeitava, e ela não acreditou em mim,
preferiu um pau nojento ao invés de cuidar da própria filha. — Kaio meu
irmão diz entrando em nossa casa.
— Não fale assim, eu sou mãe!
— Não mais, desde o dia que me expulsou da sua casa, para poder
acobertar seu amante, eu não sou mais seu filho. — Ele diz e eu corri para
abraçá-lo, precisando de carinho e compreensão.
— Quando chegou ao Rio Kaio? Por que não avisou para eu ir buscá-
lo?
— Cheguei agora de manhã, eu vi o nome do maldito em uma
reportagem e soube imediatamente que a mulher abusada era você... Me
perdoe por falhar, por não proteger você... Ela me expulsou de casa e eu me
deixei levar pela raiva, mas eu voltei e você vai sair dessa casa comigo.
— Eu sei que você não tem culpa era um adolescente, não era seu
dever.
— Era sim. Eu acordei uma noite e ele estava lá, de pé do lado da sua
cama te olhando, quando me movimentei na cama ele saiu e quando contei a
ela sabe o que ela disse?
— Kaio... — Mamãe sussurra.
— Não! Me deixe falar dona Silvia, ela me disse que eu sempre fui
um garoto problemático e que inventava mentiras para estragar com sua vida,
e que papai foi embora por minha culpa e que se eu fosse esperto iria
também, porque debaixo do teto dela não vive um mentiroso.
— Mãe... Você o expulsou e disse tudo isso por...
— POR AMOR! — Ela grita. — Eu precisava de amor e ele tiraria
isso de mim, Boris me amava e eu precisava dele. Me privei por anos para
cuidar de vocês, eu merecia o amor de um homem.
— Não era amor mãe! Ele te usou para poder abusar de mim.
— Ele nunca te tocou na infância e nem na adolescência, eu vi no
jornal eu vi os relatos do diário... Eu vi.
— James meu filho, você precisa se ajeitar na vida, até parece aquele
garoto de vinte anos atrás.
— Pai não a nada do passado em mim, eu sou um homem correto,
administro bem a empresa, está tudo perfeito.
— Como você...
— Eu vejo a maneira que ela te olha e também o jeito que você a
come com os olhos. Por Deus! Estou velho, mas não morto, você a ama.
— Está caduco! A única mulher que amei na vida foi minha mãe e ela
será a única.
— Deixe as mágoas do passado e assuma que gosta dela, eu vejo meu
filho, você quase demitiu o pobre Manuel só porque ele a chamou para sair.
— Lógico! Não o quero se engraçando para o lado dela, não temos
nada sério, mas se ela quiser sair com outro é livre, eu não vou assumir ela, e
se o senhor quer tanto uma nora e filhos, pronto darei... Assim que aparecer
alguém que seja bonita e que marque presença aonde chegar e faça um bom
par comigo. Eu até conseguiria mais respeito dos empresários e acionistas.
— James... James... Está indo pelo caminho errado filho, não seja tolo
escute alguns conselhos de um velho que já viveu muito.
— Eu não iludo a Tati e não darei falsas esperanças a ela, eu sei o que
é melhor para mim e minha imagem, se alguém a visse comigo... Bem o
senhor sabe, eles acabariam com ela, todos iriam rir de mim e eu não posso
com isso, não outra vez, não mais.
— Vai perder o amor da sua vida por aparências James, não cometa
esse erro meu filho.
— Certo pai já está ficando tarde, vamos marcar um almoço lá em
casa ok?
— Tudo bem filho, caminhe com Deus.
Ele diz e vou embora, meu peito apertado ao lembrar-me dos dizeres
‘Caminhe com Deus’. Era assim que minha mãe se despedia de nós.
Chego em casa e tudo está silencioso, essa semana sem Tati foi
horrível, me senti incompleto e isso me fez notar que estou me apegando
demais a ela, preciso voltar ao normal e deixar essa exclusividade que criei
para nós dois.
Pego meu celular e vejo que já se aproxima da meia noite, então
decidi enviar uma mensagem na esperança que esteja acordada.
‘Boa noite Morena...”
“Olá =”’ Responde rápido .
“Senti sua falta.” Digito sentindo-me um adolescente.
“Eu também senti James, amanhã nos veremos...” Ela responde.
“Eu só queria te falar algo...”
Quase não dormi a noite passada com a ligação de James, seu jeito
sedutor, sua voz rouca me prendia a ele e eu não queria desligar, não queria
me afastar.
Aquela semana longe dele foi terrível e só de saber que o veria no dia
do meu aniversário era mais que um presente, eu estava para morrer de
alegria, só de imaginar passar meu dia ao lado dele.
Quando entro na casa está toda limpinha do jeito que deixei, subo as
escadas para o seu quarto e chamo, mas ninguém responde, quando vou abrir
a porta um par de mãos cobrem meus olhos.
— Feliz aniversário Morena... — James sussurrou mordendo o lóbulo
da minha orelha e cheirando meu pescoço, sinto sua barba roçar de leve e ele
diz — Hoje tenho duas surpresas para você a primeira está nesse quarto e
segunda é para mais tarde, mas... Somente se você concordar.
— Tudo? E você vai me deixar fazer tudo? — E mais uma vez ela
pergunta ansiosa. É realmente acertei no presente, acho que um milhão de
dólares não arrancaria esse olhar desejoso dela.
— Eu não vou deixar você fazer tudo, eu farei tudo, cada desejo, cada
tara e fetiche que tem dentro dessa sua cabecinha suja.
— Vem monta em mim que eu vou foder essa bocetinha e depois Luiz
vai entrar nesse cuzinho apertado, esticando-o e metendo com força,
socando tudo dentro, você quer isso?
— Sim senhor.
James entra em mim e logo Luiz se posiciona atrás, entrando devagar
em meu ânus, mas ainda assim James o alerta.
— Entre devagar e não a machuque, se ela disser pare, você para na
hora entendeu? — Luiz assentiu e a preenche toda.
— Ahh que Delícia... Isso mais forte senhor, eu preciso de mais. —
James apertou forte meu pescoço me puxando e beijando minha boca com
gosto.
— Assim putinha, desse jeito que você gosta huh? Diz pra mim! Você
está sentindo esse prazer todo que eu estou sentindo? Você está tão
apertada... Ahh gostosa demais.
James estoca com força enquanto prende a passagem de ar da minha
garganta, Luiz me fode com força por traz e meu corpo dolorido agora é uma
massa mole de prazer.
James me prende na guilhotina, acerta tapas em mim e fode minha
bunda. Meus gritos inundam a sala, ele mete com força e minha vulva
escorre respingando no chão todo meu prazer.
Luiz vem e toma o lugar de James e mete com força do jeito que eu
gosto... James se posiciona a minha frente e acerta um tapa na minha cara.
— Fala Tatiana. — Ele ordenou.
— Senhor... — Gemo com meu prazer muito próximo.
— Eu quero ouvir, fala que eu vou encher essa sua boquinha de
porra... Não é isso que quer? — Ele pergunta e eu não penso duas vezes.
— Eu te amo. Só você é o meu amor, meu dominador, meu tudo... —
Digo do fundo do meu coração e ele enfia seu pau estocando com força na
minha boca e quando goza, meu prazer chega junto, meu corpo estremece, e
quando dou por mim já estou nos braços de James que me beija
insanamente.
Eu achei que estivesse tudo bem, que estávamos felizes, mais James
disse há uma semana que se eu quisesse me envolver com outros eu poderia,
ele disse que quer ficar comigo, mas não teremos mais a exclusividade, e eu a
idiota aceito, mais uma vez me rendo, não sei até onde poderei levar isso e
por mais que tudo tenha sido maravilhoso até agora sei que o fim está
próximo, bem próximo.
Seguro o colar que ele me deu, a pedra em formato de coração
vermelho como a cor da paixão, sinto meu coração se apertar porque não
quero perdê-lo, mas no fundo eu sei que vou.
∞∞∞
Capítulo 15
Tem sido uma luta manter as coisas menos intensas com Tatiana, ela
me testa a cada maldito segundo com suas roupas curtas coladas no corpo,
aquelas coxas grossas me convidando a abri-las e chupar sua bocetinha que
vive sedenta pelo meu pau, seus olhos gulosos me chamando a cada instante,
sua doce voz em meus ouvidos dizendo que me ama, é como um vício que eu
perdi o controle há tempos.
Mas eu estou decidido a manter nossa relação estritamente,
dominador e submissa, mesmo que me custe ter que deixá-la na cama e me
forçar a sair, eu tenho que colocar essa distância porque, por mais que eu
goste de ouvi-la dizendo que me ama, eu não devo deixá-la acreditar que
teremos algum futuro juntos.
Mando os últimos e-mails convidando alguns possíveis sócios para
uma recepção em casa, já liguei para Tati preparar alguns aperitivos e
bebidas, pego o telefone e ligo para Fernanda na esperança que ela não tenha
nenhum compromisso para essa noite, preciso de uma acompanhante e espero
que ela possa me ajudar.
Chego em casa e tudo está impecável chego à cozinha e vejo que Tati
caprichou, sua comida é sempre uma delícia, tudo que ela faz é maravilhoso,
fizemos até um acordo trabalhista igual ao que o banco faz ela deposita todo
mês em uma poupança dez por cento de seu salário e eu combinei que
colocaria dez por cento da minha parte, para que no futuro ela pudesse
estudar ou abrir seu próprio negócio, no início ela não quis aceitar, mas eu
usei do meu poder de persuasão e a convenci, combinamos que ela só
mexeria no dinheiro quando fosse para abrir seu próprio negócio, ou
ingressar na faculdade.
Claro que eu burlei as nossas regras e sempre depositei uma quantia a
mais, que ela só vai se dar conta quando finalmente for usar, ou se por um
acaso notar antes desse dia chegar direi que foi o plano de poupança que
escolhemos que rendeu esse lucro a mais.
— Tati... Morena está aí? — Merda! Faço uma nota mental para
começar a deixar esses apelidos de lado, quanto menos carinho, mais fácil
conseguiremos lidar com isso. Merda! Ela sempre esteve certa, lembro-me da
vez em que ela quis acabar com a intimidade e eu não permiti, agora estou
fodidamente enrascado.
— Oi estava separando seu terno para hoje à noite, separei um bem
bonito, daqueles que te deixam com cara de empresário do ano. — Ela diz
rindo e quase cedi à tentação de beijar seus lábios... Porra! Tão convidativos.
— É mesmo... Muito obrigada, pela roupa e organização, não sei o
que faria sem você.
— Bem... Você sabe que me tem. Sempre que precisar. E se não for
precisar mais de mim eu já vou indo.
Tento mais uma vez ligar para aquele piranha fingido de amigo. Estou
quase morrendo e ele não atende o celular, minha sorte foi que comecei uma
nova dieta e hoje comi apenas um filé de frango e também comecei com uma
semente natural que ajuda emagrecer, uma amiga tomou e perdeu oito quilos
em um mês eu quis experimentar, pois estou tentando alcançar uma melhor
forma física, talvez isso faça James querer ficar comigo de forma mais aberta.
O celular chama mais umas três vezes... E eu solto meu pedido com se May
fosse a própria fada madrinha.
— May preciso de um vestido, bonito, lindo e urgente! — Digo afoita
e nem acredito no que está acontecendo.
— Como é? Para onde a senhorita vai?
— James vai está dando uma recepção aqui na casa dele e vêm várias
pessoas da empresa e sócios e ele me pediu para me arrumar e bem... E eu
não tenho roupas boas preciso de um agora, pode trazer?
— Posso! CLARO! PORRA! Até que enfim. — Ele exclama alegre
por mim.
— Sim... Te espero e não demora. — Digo e por fim desligo a
chamada.
Eu sabia que James não ia ficar com outra mulher, eu sei que ele me
ama, ele só precisa superar esse lance que manchou sua imagem no passado e
seguir em frente, ele não é mais um usuário de drogas, ele não vai recair isso
está em seu passado.
— Tatiana ainda não está pronta. — James perguntou sério e eu
preciso de uma desculpa.
— Eu estava me maquiando e bem...
— Não precisa de muita maquiagem o básico e está ótimo, mas já que
fez está linda. Huh... Cadê sua roupa? — Ele pergunta encarando a tolha
curta em volta do meu corpo.
— Eu... Bem meu amigo está trazendo no máximo dez minutos
estarei pronta. — Digo com certa empolgação na voz.
— Por qual motivo seu amigo está trazendo seu uniforme? Ele
deveria está na área de serviço, você nunca o levou daqui. — Ele diz e um
balde de água fria é jogado sobre mim. Meu olhar magoado não passa
despercebido por ele, lágrimas se formam em meus olhos, mas engulo seco o
orgulho e me mantenho firme.
— Merda Tati! Não faz assim Morena, me perdoa? Eu achei que
tivesse entendido que era para servir algumas coisas e organizar um pequeno
espaço lá na sala com tudo que preparou eu... Não pensei que...
— Não tudo bem senhor Johnson, eu só entendi errado, me desculpe
não vai se repetir. — Digo firme me virando para pegar um par de uniforme
que tem no quarto.
— Morena não faz assim... Você sabe que eu não posso com os
julgamentos que vão fazer, eu avisei sobre como seria nossa relação. — Ele
diz se posicionando atrás de mim tocando meus braços e pela primeira vez
meu corpo automaticamente rejeita seu carinho, seu contato.
— Não toca em mim, por favor! — Digo e ele me encara surpreso.
Um tanto magoado pela minha rejeição.
Ahh... Ele não vai querer entrar nessa briga sobre mágoas e rejeição.
— Morena... — Ele sussurra.
— Agora eu sou Tatiana, apenas sua empregada, vou me trocar. —
Digo e vou para o banheiro. Meus olhos avermelhados querendo expulsar um
mundo de lágrimas, mas me mantenho firme, depois de hoje tenho que
repensar no que estou me submetendo, onde estou me metendo.
Desço e tudo já está em andamento, vejo que James já começou e
receber os convidados e provavelmente começou a servi-los. Entro na
cozinha até e estanquei no lugar ao ver Fernanda linda de morrer colocando
vinho em algumas taças.
Ela me nota e começa a se sentir a dona da casa, eu agora realmente
acredito que ela possa vir a ser, é isso que James precisa. Uma mulher linda e
magra, fina e elegante. Alguém que tem uma imagem influente e ainda tem
dinheiro, enquanto eu mando a costureira tingir minhas calças jeans que
ficam gastas por conta das minhas coxas excessivamente grossas.
— Que bom que apareceu Tatinha. Venha e comece seu trabalho,
James está uma pilha de nervos hoje, tome comece a servir. — Ela ordena e
eu quero voar em seu pescoço.
Não a respondo simplesmente saio e começo a servir, passo por James
sem encará-lo e me mantenho firme, não vou ceder não vou me humilhar, não
mais.
Quinze minutos, andando de um lado ao outro está me deixando mais
cansada que o habitual, talvez seja por não ter me alimentado como sempre.
Dou uma pausa no canto próximo a porta e sinto fortes pontadas em
meu abdômen, minha barriga se contrai e uma dor aguda me faz suar frio,
uma fraqueza se apodera de mim e vejo Manuel se aproximar me amparando
pelo braço.
— Está se sentido bem Tati? — Ele questiona e eu só balancei a
cabeça negativamente para que ele me entenda, minha visão fica um pouco
turva e logo Fernanda está em nosso encalço reclamando.
— Mas ela está bem? — Eu pergunto ansioso, porque foi horrível ver
ela naquele estado, toda molinha em meus braços, seus olhos fechando eu
achei que ela fosse morrer.
— Sim. Vai precisar de alguns cuidados, mas ficará bem. Vamos
entrar. — Ela diz abrindo uma porta próxima a nós.
Entramos e a vejo deitada quietinha, parece um anjo, seus cabelos
soltos bagunçados, seu rosto muito pálido, Porra! Ela estava tomando coisas
para emagrecer? Ela não pode fazer isso.
Aproximo-me e toco seu rosto e eu espero seu sorriso, mas ele não
vem. Ela se mantém séria até seu amigo se aproximar.
— Não vou tirar os olhos de você essa semana, me deu um baita susto
amiga. — O tal May diz, e porra eu também quase morri de susto.
— Vai tirar as vistas sim, essa semana é seu seminário na empresa,
não pode bobear. — Ela diz.
— Vou tentar remarcar...
— Não, você vai ir sim, eu sei me virar sozinha. — Ela diz teimosa.
— Ela vai comigo, eu cuido dela. — Digo em um tom que não deixa
discussões.
— Não vou não. —Tatiana diz, mas eu nem retruco, ela vai e ponto
final.
Chamo May e conversamos sobre Tati, ele diz que quando chegar vai
buscá-la e eu peço para que ele traga roupas, ela vai precisar até que ele volte.
Eu a quero perto de mim. Quero cuidar e fazer com que fique bem, e
essa é desculpa que eu preciso para mantê-la junto a mim, e sei que no dia em
que ela sair da minha vida vou sentir falta, talvez até sofrer... Mas agora não
adianta pensar nisso, agora o que eu posso fazer é cuidar dela, e eu vou fazer.
Estou deitada, e sendo tratada feito uma Rainha, May foi embora
depois de ficar algumas horas comigo e James chamou uma enfermeira do
hospital para cuidar de mim, como se estivesse inválida ou morrendo.
Ele entra no quarto e me encara, sei que é hora de uma conversa, ele
se aproxima e beija minha mão.
— Eu quero você. E sei que vai me deixar, não faz assim Morena...
— Sinceramente eu não sei o que quer de mim. Já não basta toda a
humilhação que passei? Ter achado que finalmente você queria me ter ao seu
lado, e mais uma vez você só queria a Tatiana sua empregada huh? Porque a
Tati mulher só serve para comer escondidinho, não é?
— Não é assim...
— É assim James... Não se engane e nem tente me enganar, sua amiga
chegou aqui como dona da casa, mandando, humilhando, me ofendendo,
porra!
— Me desculpe por isso, eu vou conversar com ela, vou proibi-la de...
— Não precisa James, em breve vou procurar um novo emprego, e
então sairei daqui, assim não teremos mais conflitos. —Digo decidida, mas a
ideia de ficar longe dele me mata.
— Não precisa disso, eu não disse que não quero mais você e nem
que você vá embora.
— Mas eu quero ir, vamos deixar as coisas claras, eu me apaixonei
por você, mesmo que em muitas situações eu me sinta humilhada, e não de
uma maneira sexual que me excita... Ainda assim me apaixonei.
— Era isso que eu queria evitar... — Ele diz em tom de derrota.
— Eu sei e não te culpo. Ninguém manda no coração James, mas não
me peça para ficar se não vai poder me corresponder da maneira que eu
quero.
— Não vou pedir...
— Tudo bem... Assim que eu achar algo eu te aviso para poder
colocar outra em meu lugar.
— Tudo bem será como você quiser. — Ele diz em um soando
arrogante.
— Eu não quero ser seu segredinho sujo.
— Mas aceitou ficar comigo sem que os outros soubesse, me seduziu,
me viciou na porra dessa boceta, nesse seu beijo maldito e no seu cheiro que
me enlouquece...
— James... — Suspiro perdendo as forças.
— Me diz o que quer para não me deixar? Me fala Morena. — Exigi.
— Sabe da minha condição para ter você, eu ainda quero manter tudo entre
nós, mas e você, o que quer para ser minha, para aceitar os meus termos?
— James não é assim...
— Só mais um pouco, um pouco mais de você... Eu não estou pronto
para deixar você ir...
— Qualquer coisa?
— O que você quiser... — Ele sussurrou se aproximando.
— Até manter Fernanda afastada?
— Morena... — Ele suplica, mas logo decidiu. — Até isso se é o que
quer.
Já faz um mês que Tatiana pensa se fica comigo ou não, meu punho já
está cansado de tanta punheta que tenho batido. Três por dia tem sido pouco
para aplacar esse desejo desenfreado, hoje vou à boate com uns caras chatos
da empresa, mas talvez venha a calhar e meu maldito pau suba por alguma
mulher que não seja Tatiana.
A diaba tem feito jogo duro, semana passada a agarrei porque estava
no limite, a beijei, cheirei seu pescoço, me esfreguei nela tentando aproveitar
o máximo que podia, até pensei que ela fosse transar comigo, mas a filha da
mãe me fez gozar nas calças, e foi à porra mais gostosa que senti nesse mês.
Quando estou prestes a sair de do escritório meu telefone toca.
— Alô? — Digo ríspido pela pressa, já não estou em um bom humor
e se eu não sair agora não vou a lugar nenhum.
— Olá filho, será que tem um tempo para o seu velho?
— Pai, marquei com uns caras aqui da empresa posso passar amanhã
para te ver?
Eu já fiz de tudo para que ela volte para mim, tentei fazê-la entender
que se estou com Lia é por puro marketing. Casamentos importantes rendem
na mídia, mas ela está irredutível claro que não por muito tempo, sei que ela
não vai aguentar essa distância que ela mesma pôs entre nós.
— Pronto. — Digo ao atender meu celular.
∞∞∞
Esgotada, cansada, decepcionada no fim da linha, é assim que estou
sempre ouvi dizer que quando chegamos ao fim da linha é lá que devemos
começar uma nova história na linha debaixo, começar do zero, eu já fiz isso
antes, quando Boris me destruiu no passado eu recomecei, sem medo, sem
traumas, somente uma mulher em busca de prazer.
Durante essa jornada eu encontrei homens que não conseguiam
satisfazer meu desejo sexual, encontrei homens românticos daqueles que
comemoram mês a mês o aniversário de namoro.
Mas eu queria mais, é claro que eu quero amor, mas precisava de um
dominador na cama, alguém que realizasse meus desejos e que pudesse suprir
toda necessidade que eu tenho dentro de mim, cada desejo sujo eu queria e
quando encontrei James, eu tive tudo, cada detalhe que desejei por longos dez
anos eu tive, mas eu me apaixonei e isso foi erro, e agora eu o quero e não o
tenho.
Eu sofri com tudo que Boris fez, sofri quando descobri toda verdade
por Ricardo e sofri quando ele fugiu sem pagar tudo o que fez contra mim,
sofri quando descobri sobre as mentiras da minha mãe, mas nada, nada
mesmo se compara com o que eu senti quando vi a notícia de que James... O
meu James estava namorando.
Eu vi a garota, ela é linda, uma mulher perfeita nem se compara a
mim, se eu tinha esperanças de lutar por ele... Elas se acabaram, James quer
uma mulher modelo ao seu lado e isso eu não posso ser.
Eu tenho estado cada dia vivendo feito um robô, eu não falo com ele,
não olho para ele, eu só finjo que ele não existe e hoje tomei uma decisão,
vou pedir demissão e ir embora, para longe, fora do Rio de Janeiro e esquecer
que um dia conheci James Johnson, mas antes de ir tenho que checar os
detalhes, tenho me sentindo muito mal esses dias, não sei se foi pelos
remédios que eu tinha tomado semanas atrás, mas o fato é que não estou me
sentindo bem.
— O patrão disse que você tem convênio Tati, achei a carteirinha na
mesa dele, vamos. — Manuel diz me ajudando a levantar depois de vomitar
tudo que havia em meu estômago.
— Eu nem sabia, bom então vamos.
— Ele vai nos encontrar lá... — Manuel diz um tanto temeroso.
— Não precisa disso é só um mal-estar...
— Tati você não se alimenta, vomita e está com dor, não é nenhuma
ou qualquer coisa, precisa ver o médico... Olha se estiver com medo da
injeção eu seguro sua mão. — Ele diz claramente debochando da minha cara.
— Idiota!
Tento passar pela sala sem ser notada, mas me espanto ao ver James
com a namorada, claro que eu sabia que uma hora ele a traria aqui, mas de
tanto ele dizer que é só para melhorar sua imagem eu acabei acreditando que
ele não o faria.
Os dois notam minha presença quando a travessa de lasanha cai no
chão sujando tudo e fazendo a maior bagunça, meu corpo todo tremer de
nervoso e raiva, tristeza e decepção, claro que eu já esperava, mas ver é bem
diferente.
Me abaixo e começo a recolher tudo e logo ela se aproxima.
— Ei você está bem? Acho melhor pegarmos uma vassoura e pá, você
pode se cortar. — Ela diz toda educada e solícita, ela é ainda mais linda
pessoalmente.
— Sim senhorita eu vou fazer isso agora mesmo.
— Espera. Não se preocupe eu te ajudo. — Ela diz e tenta me ajudar,
mas James a segura e diz:
— Não precisa amor a Tati cuida de tudo, pode ir, Tati é... Hum... Por
favor, vista o uniforme hoje, por que como viu teremos visita. — Ele diz
enfiando mais uma faca em meu coração, eu apenas obedeço e vou.
Depois que me recomponho e organizo tudo, vou até James avisar que
seu pai chegou, e quando entro ela está sentada no colo dele e ouço bem
quando ele fala sobre casamento com ela, meu peito se aperta ainda mais.
Porra ele vai casar... Agora mesmo que preciso ir embora daqui.
Antes que o almoço acabe contando com a presença de Fernanda que
chegou sem ser convidada se fingindo de amiga, eu guardo cada último
momento de humilhação, Lia a namorada de James me segue com os olhos a
todo o momento e eu tento disfarçar minha tristeza.
Quando todos se vão eu guardo tudo que tenho em uma bolsa e espero
James voltar, porque hoje teremos uma conversa definitiva.
∞∞∞
Capítulo 18
Tati já me enfrentou várias vezes, mas hoje eu sinto que algo está
diferente.
Diaba, mulher difícil quer acabar com a minha sanidade.
— Eu vou embora James eu amo você, mas não o suficiente, você vai
se casar e...
— Nada muda porra! Eu nem gosto da Lia eu vou me casar com ela
pela imagem, meu pai quer me ver casado e quer netos e só por isso vou casar
com ela.
— E... Por que não se casa comigo? Eu posso ser tudo isso, eu posso
te dar meu amor e também...
— Eu não quero seu amor Tati, você não serve para nada a não ser
pra foder, então vou dizer como vai ser, quando eu me casar se você não
quiser ficar aqui eu te dou um apartamento aonde vamos nos encontrar.
Minto sobre ela ser só mais uma foda, mas eu preciso colocar uma
distância de sentimentos entre a gente, e agora me sinto mal, ela está pálida e
muito mais nervosa com tudo que eu disse.
— Se trabalhar pra Lia te fizer sentir mal, te arrumo outro emprego e
é assim que vai ser. — Tento ser firme e remediar, mas ela sussurra algo que
eu não esperava ouvir.
— Eu estou grávida James... — Quando ela diz isso meu coração dá
um pulo e um sinal de alerta é acionado em minha mente.
— É sério Tati vai usar essa desculpa esfarrapada para eu não me
casar ou para me chantagear hein? — É dinheiro que você quer? Me fala
porra! Você planejou isso não é, isso se essa criança for minha. — Afirmo
porque não posso acreditar que Tati esteja fazendo isso comigo.
— Quer saber James eu desisto de você, eu vou embora e nunca mais
você vai ouvir falar de mim e se um dia me ver novamente quem vai estar de
joelhos vai ser você. — Afirma decidida, mas eu não quero parar de vê-la.
— Morena não faz isso, vamos conversar e acertar o que é melhor
para você, eu posso te perdoar por isso...
— Eu não quero seu perdão! — Ela grita e me deixa estático. — Você
James vai precisar do meu perdão e não só do meu. — Diz pousando a mão
na barriga.
— Chega Tati acabou o show! Chega de encenar. Eu sei que está com
ciúmes e eu não devia ter fodido a Lia com você aqui... Quando eu digo sobre
foder a Lia ela faz uma cara ainda pior, achei que esse fosse o motivo dessa
discussão. — Mas agora chega!
Ela nada diz apenas pega sua bolsa e sai, e eu a deixo ir porque ela
precisa esfriar a cabeça quando ela se acalmar vai voltar atrás.
Quando saio do banho pensativo com tudo que a Tati me disse, desço
até a cozinha para pegar uma bebida então notei algo na mesa que chamou
minha atenção, a Tati deixou a gargantilha de ouro que dei em seu
aniversário, ela nunca tirava sempre dizia que o pingente de coração
vermelho simboliza nossa paixão, meu corpo fica tenso quero ligar pra ela
mais a desgraçada deixou o celular que dei para ela aqui.
Eu não posso acreditar que ela me deixou, mas eu não vou me
humilhar para mulher nenhuma, e se ela quiser fazer joguinho vai ter que
jogar sozinha, subo para meu quarto visto uma roupa e vou pra boate que Lia
trabalhava, vou beber e se a Tati voltar ou não nem vou me lembrar.
∞∞∞
Capítulo 19
— Amanhã.
— Tem certeza? Podemos esperar um pouco mais...
— Se tiver tudo bem pra você, eu vou preferir ir amanhã mesmo.
— Está fugindo, sabe que ele vai vir atrás de você. Olha, eu imagino o
quanto está sofrendo por tudo isso, mas, ele ama você, ele passou o mês todo
perguntando como você estava. Preocupado com o fato de ter se alimentando
e se eu tinha certeza que você não estava tomando nada de remédio para
emagrecer.
— Isso não importa agora, ele disse claramente que eu só sirvo para
foder, ele disse que não quer meu amor é ainda acha que eu engravidei para
chantagear ele, para tirar dinheiro e por último disse que talvez nem fosse
dele, sabe o quanto foi doloroso ouvir isso? Eu não o quero mais na minha
vida.
— Tudo bem. Não vamos mais falar nisso, melhor começar fazer as
malas porque o futuro nos espera. — May diz me abraçando.
— Sim o futuro nos espera.
Já são seis da manhã e eu não dormi nada, olho para a camiseta dela
em minhas mãos e decido ir atrás da minha Morena.
∞∞∞
Bato na porta e só falto derrubá-la, mais ninguém responde, ligo para
o fodido do Maycon, mas parece que esse é o fim da nossa amizade.
— Morena! — Grito na esperança de que ela saia. — Tati, me deixa
falar com você...
— Moço não tem ninguém aí, o May saiu cedinho com a Tati. —
Uma senhora baixinha me informa.
Olho para cada lado da minha casa e caminho para meu quarto onde
passei os melhores momentos da minha vida com Tatiana, abro a gaveta
recém-organizada por mim mesmo e que contém duas camisetas eleitorais, há
uma minúscula calcinha que eu guardava na gaveta do meu escritório, sua
gargantilha de coração e seu aparelho celular, eu já o revirei milhões de vezes
em busca de aplacar essa saudade que corrói meu peito, vejo suas fotos, os
vídeos dela e Maycon juntos, ouço sua voz e dentro de mim tenho a certeza
de que a magoei demais e que não a terei de volta.
— Cala boca porra! — Digo saindo de dentro dela. Nunca mais fale
da Tati, agora peça desculpas...
—O quê? — Ela pergunta assustada.
— Peça desculpas por ofender a minha Morena, peça ou vá embora da
minha casa.
—Desculpa... — Ela diz irritada.
— Agora diga que ela é melhor que você, e por isso tem inveja dela,
por isso humilhava ela.
— Não eu... — Ela me olha e vê que apesar de drogado não estou
brincando. — Ela é muito melhor que eu, por isso tenho inveja dela, por isso
eu a humilhava satisfeito? — Ela diz engolindo seu orgulho.
Maldita, humilhou minha Morena e eu não a protegi, porra eu também
a humilhei.
— Não estou satisfeito porque você não é ela, sua boceta não é a dela,
eu não vou comer você e nem casar com você porque é ela que eu quero, se
meu pau entrou em você foi por que eu realmente achei que fosse minha
Morena, agora fique de quatro como uma cadela que é e se junte às outras ou
vá embora, tanto faz. —Digo indo até mesa puxando mais carreiras de pó.
∞∞∞
Depois tudo foi uma sequência de atos horríveis, eu me lembro de que
dei tapas no rosto de Lia, humilhei Fernanda ainda mais, depois o amigo da
Lia, apareceu procurando por ela, e me olhava com nojo e ele tinha toda
razão por me olhar assim, eu nunca agredi uma mulher e agora estou
drogado, bate em uma mulher, minha casa está cheia de mulheres nuas, eu
estou nu deitado e Fernanda tenta me levantar.
Minha mãe sentiria vergonha de mim.
Tati sentiria vergonha de mim.
E meu bebê que ainda não nasceu o que pensaria de mim?
Meu pai... Meu Deus ele não pode me ver.
—Tati amor... Me perdoa Morena! — Grito querendo que ela volte.
—Morena, por favor...
— James eu estou aqui, posso casar com você, limpar sua imagem, é
de mim que você precisa. — Fernanda diz tentando me conter e eu explodo
de vez.
— SAIAM DAQUI PORRA! Todas vocês, eu não quero ninguém,
nenhuma outra serve, vocês não servem, só a minha Tati, só a minha Morena.
Só ela...
∞∞∞
Mais um mês se passou e eu estou tentando deixar as drogas de lado,
uma vez ou outra quando a dor da saudade é demais eu recaio, mas eu estou
tentando ser forte, coloquei um detetive em busca de pistas de onde minha
Morena possa estar, enquanto isso meus advogados lutam na justiça tentando
provar que eu não ordenei um ataque a Lia.
Depois do dia em que ela saiu da minha casa, foi atacada, espancada e
estuprada, claro que depois do que eu fiz me tornei o principal suspeito, as
ações da minha empresa caíram, a mídia está como urubu em cima da minha
carcaça, meu pai é o único que acredita em mim, mas nada disso importa a
única coisa que me preocupa é o que Tati está pensando de mim, com certeza
ela viu, será que acha que eu fui um monstro e fiz isso por vingança?
∞∞∞
Algum tempo depois...
Todas as acusações foram retiradas contra mim, ficou provado que o
pai da Lia ordenou o ataque, e que junto da Fernanda espalharam a notícia
sobre o segredo de Lia, juntos distribuíram as fotos dela para a imprensa e na
fodida internet.
— Por que fez isso Fernanda? Nós sempre tivemos uma amizade... —
Pergunto sentando frente a ela na sala de visita do presídio feminino.
— Eu sempre te amei...
— Eu também, mas como uma amiga, nada mais, por isso a gente
para por aqui. — Digo me levantando e deixando ela na cadeia, onde vai
cumprir a pena de um ano por injúria, ela distribui fotos íntimas da Lia e
achou que mandando o pai de Lia entregar as fotos para alguns meios de
comunicação, achou que estaria livre, mas ela foi descoberta e pagará por
isso.
— James! James! — Fernanda berra descontrolada e eu espero não a
ver novamente.
Agora eu só preciso tirar toda droga do meu sistema, ser forte e me
reerguer e assim encontrar minha Morena.
Em algum lugar ela deve estar.
∞∞∞
Mais detalhes sobre esse capítulo contando a história de Lia. No livro Perfeita Mulher.
Capítulo 21
Depois que May e eu chegamos a São Paulo meu irmão nos recebeu
uns dias em sua casa, até a que alugamos estivesse livre para nos receber.
No começo me adaptar foi difícil, chorei todos os dias, de saudade,
raiva, amor, desejo por ele, mais saudade e raiva de novo, eu era uma só
confusão de hormônios e sentimentos, por mais defeitos que eu enumerasse
em James ainda assim eu sentia sua falta, mesmo que negasse por me achar
fraca meu coração batia por ele, meu amor era dele.
∞∞∞
— Tati corre aqui, olha só o que está passando na Boa Fofoka. —
May me chama, ele é viciado nesse programa, eu detesto essa apresentadora
só sabe detonar com o nome dos outros.
— Quem essa megera vai destruir dessa vez, hein?
— Não fala assim da Flávia, ela só está fazendo o trabalho dela, mas
senta aí para não cair. — Ele diz e aumenta o volume da televisão.
“Boa tarde Fofoqueiros de plantão! O babado hoje é sobre ninguém
menos que o grande empresário multimilionário e CEO poderoso James
Johnson, fontes quentíssimas revelaram na semana passada que o
relacionamento dele com sua repentina noiva estava esfriando, más línguas
afirmam que ele teve seu coração partido, recentemente ele foi visto em uma
boate que tem sido mal vista por vendas de produtinhos ilícitos, lembrando
que ele já havia se envolvido com drogas quando sua mãe faleceu.
Será que ele estava voltando aos antigos hábitos?
Mas ainda não disse a bomba que nos foi revelada, hoje recebemos
fotos e muitas informações que alegam que sua noiva Liara Rodrigues é uma
mulher transgênero, isso mesmo fofoqueiros, tudo indica que Liara na
verdade nasceu como menino, será que o poderoso Johnson sabe sobre isso?
Passei muito tempo procurando Tatiana, sete meses desde que soube
que estava grávida e me deixou, esperei que ela usasse o plano de saúde e
assim eu poderia encontrá-la, mas ela foi durona e não o usou.
Eu fiquei desesperado e me deixei levar por toda dor e culpa, eu a
abandonei grávida, era mais que normal que ela não quisesse me ver.
Eu recaí e fui ao fundo do poço, cheguei ao fim da linha, mas eu
percebi que não poderia ficar assim, eu tinha que ser forte e ser homem uma
vez na vida.
Depois de ouvir palavras duras do meu pai eu soube o que fazer.
Ficar limpo novamente e atrás do que eu realmente quero e o que eu
mais queria era minha Família.
Passei mais três anos procurando por eles, me mudei pra São Paulo e
abri uma filial da minha empresa, na certeza de que eles moravam aqui, a
grande questão é aonde?
Dividido entre finais de semana viajando ao Rio para ver meu pai, e
dias e meses procurando Tatiana, hoje foi um dia de sorte.
— Posso entrar?
— Pode... Entrar. — Tatiana diz meio em choque ainda, e o sujeito ao
lado dela me encara.
— Tudo bem Maycon? — Digo o cumprimentando e ele solta um
sorriso cúmplice, sei que ele me apoia, mas sempre vai ficar ao lado da minha
Morena. Safado, não atendeu nenhuma ligação minha ou respondeu minhas
mensagens.
— Tudo certo James, vamos lá para cozinha, o bolo nos espera. —
Ele fala tentando quebrar o clima.
Vejo meu filho mais de perto e porra! O garoto é lindo, meio sem
jeito me aproximo mais e ele me encara com olhinhos curiosos, logo nota o
grande embrulho em minhas mãos.
— Trouxe para você Matteo, Feliz aniversário. — Digo entregando o
embrulho. Estou nervoso, espero que ele goste do meu presente, espero que
goste de mim.
— Felipe! — Ela diz esperando que ele se desculpe, seu tom de voz é
firme e não deixa dúvidas, logo o paspalho responde:
— Me desculpe.
—Ótimo, agora me espera lá na cozinha junto com May e Matteo,
Kaio logo vai chegar com a nojenta da namorada e eu preciso resolver isso.
— Ela diz apontando para nós dois.
—Certo... Vou te esperar. — Diz e logo se vai.
—Morena... — Tento remediar porque sei que lá vem bomba.
—Aqui não, vem aqui. — Fala e me puxa para um quarto no fim do
corredor que estávamos.
— Obrigada por ser tão boa Morena, eu nem posso acreditar que sou
pai, nosso menino está tão grande, eu... Eu quero saber tudo sobre ele, ele é
lindo. — Digo mais babão impossível.
— Não. Não pode chegar aqui e dizer isso, não sou um objeto, você
me larga quando quer e depois vem pegar de volta. — Respondeu afiada e me
aproximo ainda mais.
—Tatiana...
—Não! Não se aproxima, James. Não encosta em mim. — Diz se
afastando e colocando uma barreira entre nós, mas não me intimida.
Em passos largos chego até ela encurralando-a contra a parede, presa
entre meus braços, sentindo finalmente seu perfume, seu calor junto a mim,
ela nervosa tenta me empurrar e desvia o olhar, mas eu não deixo, a puxo
forte colando seu corpo ao meu e digo.
— Olha pra mim Tatiana. — Ela desvia olhar e apenas nega e eu
ordeno. —Olha para mim!
— Vai embora, não sou sua submissa. — Ela sussurra me encarando,
seu olhar magoado, sei que tenho muito que corrigir.
— Eu amo você. — Digo bem próximo aos seus lábios e um tapa
forte acerta meu rosto.
— Você me destruiu no passado e agora quer destruir o que sobrou é
isso? Veio para brincar comigo, me humilhar, me fazer sua amante... Eu não
estou interessada.
Ela fala toda brava e se distanciando de mim, arfava mais nervosa do
que eu nunca havia visto sem lhe dar mais tempo eu a agarro novamente.
— Eu amo você, amo demais Morena. — Digo e a beijo com força,
com fome, saudade, desejo, meu tesão nas alturas, querendo dominar seu
corpo, querendo reconquistar seu amor que um dia rejeitei, querendo fazê-la
minha mais uma vez.
∞∞∞
Capítulo 24
Ele vem em pequenos passos, passa por mim e vai em direção à sala,
e eu o sigo admirando tamanha perfeição que é esse pequeno ser.
Meu Filho!
Ele se senta e eu procuro me sentar bem perto dele, o olho tentando
guardar cada detalhe, olho o pequeno corte em sua testa, e isso me faz
lembrar da minha infância, das tantas vezes que cai e levei pontos.
— Está doendo? — Eu pergunto tentando puxar assunto enquanto
Tatiana não vem.
— Não, eu não sinto dor, sou o Superman... — Diz fazendo a pose
com braços na cintura.
— Mas até o Superman senti dor, então tem que tomar cuidado
Matteo.
— Não cara, você não sabe que o Superman só senti dor com
kryptonita, ela deixa ele fraco. — Ele diz num sussurro como se fosse o
maior segredo do mundo.
— Entendi. — Sussurro para que só ele possa ouvir, ele gargalhou e
me olha cúmplice e sussurra de volta.
— Guarde segredo...
— Não faz nem uma hora que se conheceram e já estão de segredos?
—Tatiana diz fingindo estar brava.
Matteo solta uma risadinha e diz:
— É coisa de caras, mãe.
— Ó desculpem, mas agora o assunto é sério, Filho você lembra
quando chamou o tio Felipe de Pai, se lembra o que eu disse?
Vou matar o Maycon ele está com aquele sorrisinho de quem sabe
tudo no rosto enquanto Felipe tá com uma cara de velório que entristece um,
e pra acabar Kaio chega com a insuportável da Flávia.
Sim a Flávia repórter fofoqueira que destrói a vida das pessoas, sim
há um ano e meio Kaio ingressou nesse namoro então toda festinha, jantar e
comemoração ela aparece, e nesse exato momento estou me perguntando o
que vai ser quando ela ver...
— Meu Deus, eu não acredito nisso, James Johnson aqui! — Ela grita
com aquela voz irritante, Deus tenha piedade de mim.
— Ele é meu Papai... — Matteo diz e pronto, agora sim a merda está
feita.
— Eu não sou sua, Matteo é seu, eu não. E já está na hora de você ir.
— Poderia me deixar ficar aqui hoje, não quero ir para um hotel,
Morena... Eu poderia ficar no seu quarto, juro que me comporto. — Ele diz
com um sorriso safado no rosto, e agora o jogo começa.
— James... James... Quer me ver transar com Felipe? Porque é isso
que vai ver se ficar no meu quarto.
— Sabe que eu sou um bom voyeur... Vou adorar.
— Eu não sou mais submissa.
— Baunilha, adoro. Já fizemos baunilha lembra... — Ele sorri e vem
em minha direção.
— Eu sou uma dominadora, Felipe é meu submisso, eu não faço
baunilha, eu não me submeto, não me ajoelho, o homem que transa comigo já
sabe o que esperar. — Digo séria e ele dá uma gargalhada estrondosa.
— Mentira! Está dizendo isso para me assustar, para eu poder desistir,
eu não vou desistir de você Tatiana, e sim eu aceito passar uma noite com
você e seu submisso. — Ele diz duvidando que eu realmente seja uma
dominadora, merda eu tenho que manter distância dele, mas não vou recuar,
eu não desisto, eu farei desistir.
— Felipe! — Grito e ele vêm até nós encarando James como se fosse
dois lutadores em um ringue de luta.
—Oi querida o que foi?
— James gostaria de nos ver em uma cena hoje, ele também é adepto
a BDSM, claro que ele só vai assistir não que isso seja um problema já que
nós dois já jogamos com outro homem, mas hoje Baby será só nós dois, ele
só olha, você aceita?
— Com certeza Rainha você que manda. — Ele diz com um sorriso
debochado no rosto e James o encara de igual para igual, Felipe não tem,
vergonha ou tabu na hora do sexo, mas ainda assim, consentimento é tudo.
— Então assim que Matteo dormir vamos á um motel, não seremos
muito silenciosos hoje!
∞∞∞
Depois de todos dormindo e seguimos para o hotel que James está
hospedado, ele disse que está à procura de uma casa, mas que ainda não
encontrou uma que a agrade.
Quando chegamos à suíte dupla de James peço para que Felipe me
espere dentro de um dos quartos enquanto pego tudo que preciso.
— Tem certeza que quer ver isso James?
— Absoluta.
— Você disse quer voltar se envolver comigo, então... Preste muita
atenção para tudo que vai acontecer naquele quarto, porque se quiser ter algo
comigo vai ser isso que vai conseguir. Sexo, prazer, só isso.
— Estou disposto a tudo por você. — Ele diz engolindo seco, mas não
desiste.
— Tudo bem, vamos lá, sinta-se à vontade para se satisfizer enquanto
assiste. Acredite eu estou bem melhor que antes.
— Eu não duvido Morena, não duvido.
Quando entro no quarto Felipe está de joelhos à minha espera,
totalmente nu do jeito que sabe que eu gosto. Aproximo-me de suas costas
largas, a pele negra perfeita, seus músculos definidos brilhavam, estava um
submisso perfeito.
— Levante-se para mim e estenda as mãos. — Ele o fez seu olhar
baixo e obediente só via meus sapatos de salto e as meias pretas na altura das
coxas.
Tirei o, sobretudo que cobria o Body de couro que eu usava e pude
ouvir James soltar um — Porra! Sentado no sofá que estava atrás de mim.
— Está confortável com a nossa sessão de hoje Felipe?
— Sempre senhora, tudo que faz comigo me agrada. — responde de
imediato arfando em antecipação pelo que virá.
— Ajoelhe-se de frente para que nosso visitante possa ver o quanto
prazer você vai sentir hoje.
— Sim senhora. — ele diz e se ajoelha na posição que James possa
ver tudo.
Peguei a venda que estava em minha bolsa e tampei seus olhos,
peguei meu chicote e me aproximei de seu ouvido e disse:
— Se for demais diga pare, eu vou encerrar a sessão.
— Sim minha rainha.
Antes que ele esperasse eu acerto o primeiro golpe em suas costas,
pude ouvir o susto que James tomou por não esperar que fosse tão rápido no
início da sessão, ou ele duvidava que eu não fosse uma dominadora.
Dei mas dois golpes nas costas, e depois mais dois em sua bunda
durinha, já estava vermelhinha pelos golpes que dei, ele gemia e sei que
segurava seu prazer, Felipe amava apanhar. Soltei mais dois golpes na barriga
e ele saltava levemente fazendo com que suas bolas balancem, e aquilo me
excitava, seu pau estava duro e babava na ponta desejando atenção ali.
— Ohh... Porra!
— Vamos baby, goza gostoso pra mim meu putinho safado.
— Sim dona de mim... Só você me tem Morena, só você porra! —
Grito jorrando as últimas gotas do meu prazer.
Tatiana se afasta e quando vejo uma prótese de silicone pequena em
formato de um pênis, ela se aproxima com aquela coisa, mas eu a contenho.
— Não Tati, isso não!
— Vamos começar a brincadeira de verdade James... — Ela diz me
dominando, sentando-se em minhas pernas e quando sinto que ela vai
introduzir aquilo em mim, um barulho alto nos chama atenção. E fica mais
alto...
Mais alto...
Mais alto...
Mais alto...
Merda! Levanto em um pulo só, assustado, meu corpo suado, olho
para minha cueca manchada... Porra eu gozei! Gozei em um sonho.
Olho ao lado e o barulho que me acordou era do meu celular, salto
para o outro lado da cama e o pego para atender.
—Oi Pai... — Sabia que ele me ligaria assim que visse a reportagem
que saiu ontem à noite sobre mim e Tatiana e meu filho, claro que eu ligaria
para ele hoje, digamos que a minha noite foi um tanto conturbada, e aquela
garota, Flávia namorada do irmão da Tati, não perdeu tempo em espalhar a
notícia...
— Filho, quando pensava em me ligar avisando que os encontrou,
quero que os traga aqui, traga meu neto filho, preciso vê-lo.
— Eu sei pai, falei com eles ontem, claro que vou levar Matteo aí, eu
só preciso de um tempo para Tatiana se acalmar e assim poder levá-los para
você conhecer.
— Não demore filho, eu estou velho, preciso conhecer meu neto...
— Pai o senhor tem muito para viver, deixe de drama, velho estou eu.
— Sorrio só de lembrar que dentro de algumas semanas completo quarenta e
três anos, enquanto minha Morena só tem trinta e um... Merda quantos anos o
submisso tem? Ele parece tão novo, todo em forma... Merda isso me lembra
da noite passada e eu quero esquecer.
— Filho ainda está aí?
— Ah sim pai me desculpe, só estou com muitas coisas na cabeça,
mas me fala, e a Maria ainda está com raiva de mim? — Pergunto a me
lembrar do tanto que escutei da governanta do meu pai, que seu magoasse sua
afilhada de novo ela me daria uma surra.
— Ah filho, ela está empolgada, tem que trazer eles aqui logo, só
assim para se redimir por afastar a afilhada dela.
— Eu sei pai, mas eu também preciso me acertar com ela.
— Diga que eu pedi para conhecer meu neto, ela não vai negar um
pedido meu, não, melhor me ligue quando estiver com ela e eu mesmo peço,
e assim você os traz no seu aniversário e comemoramos aqui. — Ele diz
empolgado.
— Falarei com ela, agora vou desligar.
— Mande fotos do meu neto, não gostei das que vi no jornal.
—Vou mandar papai fique com Deus.
— Até mais filho, amo vocês. — Sei que esse "vocês" é para mim e
minha família, mal posso esperar para tê-los completamente.
— Não ouse se culpar você tem direito de estar aqui, Matt tem o
direito de conviver com o pai.
— Eu sei, só quero vocês dois bem, eu amo vocês demais... — Digo
beijando seus cabelos, sentindo seu cheiro, ela me abraça mais forte e eu
aproveito cada segundo.
— Vamos ficar bem... — Ela diz baixinho eu encaro seus lábios doido
para beijá-los, seus olhos gulosos como quando nos conhecemos me encara...
— O que está acontecendo aqui? — O submisso questiona ao nos
encontrar juntos.
— Você não percebe que está sobrando aqui? Por que não volta por
onde veio e...
— James! —Tatiana exclama e sei que hora de parar.
— Desculpe... — Eu o encaro e digo: — Estávamos resolvendo
assunto de família, só isso.
— Quer parar James? — Tatiana me fuzila com o olhar.
— Também vou sentir saudades, mas serão apenas três dias, logo
estaremos aqui, na segunda deixo você pagar meu almoço, vou até seu
escritório e almoço lá com você, juro. — Faço biquinho e sinal de figa pra
ele.
— Combinado, segunda no meu escritório. — Ele me olha por um
tempo. —Vem cá me dá um abraço.
— Ei... Anda muito sentimental.
— Você ainda o ama Tati, é questão de tempo para que vocês fiquem
juntos eu... Bem, eu vou ter que deixar você ir...
— Não vou voltar para ele, eu gosto da minha vida assim, ele é um
dominador, e agora eu também sou, entende que nem no sexo somos mais
compatíveis?
— Ele veio falar comigo.
— James? Falar o que com você? — Pergunto surpresa, não mais que
surpresa, chocada por não saber sobre isso.
— Ele veio me perguntar como é ser um submisso, e como eu era
com você, sobre o que você gosta, de como eu te chamo, e até... — ele faz
uma pausa e ri, eu franzo o cenho o indagando, para que continue. — Tá, ele
perguntou como é ser...
—Fala logo!
—Ser penetrado. — fala e cai na gargalhada, eu não me contenho e
rio também, meu Deus, além do James estar pensando em aceitar o acordo ele
está pesquisando sobre isso, coitado deve estar apavorado.
— Coitado, acho que o assustei, bom, mas você disse a ele que ele
não precisa fazer isso, que um submisso não precisa ser penetrado para ser
um submisso completo.
— Eu disse, ele até respirou aliviado, mas é aí que eu quero chegar,
ele faria isso por você, ele iria além dos limites entende, e quando você for
voltar para ele eu só quero uma coisa de você.
— O que é?
Kaio a olha por uns segundos e depois olha para May e então para
Felipe.
— Leva ela pra mim, por favor? — ele pergunta olhando para Felipe
que confirma que a levará.
Eles então vão para o quarto e eu olho para Felipe e vou até ele e o
abraço.
— Obrigada por estar com comigo aqui, desculpa se não dei muita
atenção, foi tudo corrido e assustador...
— Não tem problema, amanhã a gente se vê e conversa.
— Tudo bem, vem cedo tomar café aqui, não vou abrir a padaria e
ainda tenho que resolver tanta coisa, mas amanhã eu explico.
— Ok. Vou indo, amo você. — ele diz me abraçando.
— Eu também te amo.
Quando volto para dentro de casa, James anda de um lado ao outro,
suas feições mostram certo alívio mais também preocupação, ele dita ordens
e faz questionamento ele olha para mim e me abraça forte.
— O que houve, por quê está agitado assim hein?
— Você e Matteo são a minha vida, meu mundo, e eu amo vocês...
— James está me assustando...
— É sobre o Ricardo, eu não sei o que pensar. Estou aliviado, mas
também uma preocupação sem fim me toma e eu tenho medo...
— James me fala logo, foi ele não foi? A polícia o achou é isso?
— Ele está morto Tatiana, Ricardo Romanini está morto.
∞∞∞
Capítulo 29
— Entendi e...
— O segundo bilhete leia. — ele me entrega e releio.
“Estimo minhas felicidades a linda Família.
Agora que estão juntos podemos começar a jogar
Esperei por muito tempo, e agora vou tirar tudo que você me tirou.
— Alguém Retornando.”
Eu sei que tem algo acontecendo, tudo está muito rápido, muito
estranho, é como se jogassem uma fórmula muito difícil de resolver, mas
logo embaixo coloque a resposta.
— Então Diogo, descobriu o que, conseguiu fotos? Eu quero tudo. —
digo ao encontrar com o investigador que contratei.
—Sim senhora. — ele diz e sei que ele não vai desistir.
Dou três chicotadas e seus gemidos são de prazer.
— Gozou de propósito para ser o primeiro? — pergunto e ele nega.
— Não minta ou será pior.
— Sim senhora... Eu fiz de propósito me perdoe.
Safado!
— Sua punição será assistir enquanto eu fodo o James.
— Minha rainha, por favor...
— Se sente na poltrona e observe. — ordeno uma vez ele vai.
James deitado na cama eu não perco tempo me deito sobre ele e
seguro seus pulso enquanto deslizo em seu pau, ele tão grande e me enche
toda, seguro um gemido, mas ele não, ele geme gostoso e me excita mais,
começo a cavalgar com força e mordo seu peito, ele é musculoso e seu gosto
é maravilhoso. Sem me conter mais gemo alto e ele impulsiona para cima ao
meu encontro, penso que seria divertido Felipe participar, mas ele jogou sujo.
— Vamos Morena, chama ele, eu sei que você quer...
— Quem sabe o que quer sou eu, não você! — devolvo cavalgando.
— Imagina ele aqui, entrando no seu cuzinho enquanto eu me enterro
nessa bocetinha hein... — ele diz e eu começo a repensar, seria maravilhoso e
uma possível última vez com Felipe.
James ao ver a confirmação em meu rosto apenas faz um sinal para
Felipe, e logo o sinto atrás de mim, ele abre minha bunda e sinto lamber meu
ânus, o calor aumenta em meu corpo, necessitando ser preenchido, Felipe
entra aos poucos, seu membro é grande e bem grosso, mas aos poucos ele se
acomoda e solta um suspiro pesado.
— Vamos os dois, me fodam! Me façam gozar, eu quero com força,
muita força. — digo e eles começam um vai e vem frenético.
— Caralho!
— Porra!
Eles dizem. Me fodem com força e eu gozo, Felipe sai de mim e o
vejo amarrar a camisinha, então me levantei saindo do James.
— Puta que pariu! — resmungo baixo ao cometer outro deslize.
— O que foi? Te machucamos? — James indaga.
— Não, só esquecemos a camisinha de novo.
— Toma aquela pílula que tomou ontem depois que nós dois... Você
sabe na minha casa.
— Eu vou fazer isso, mas não posso fazer isso sempre, desse jeito vai
é perder o efeito é para o dia seguinte e não todos os dias seguintes.
— Ou podemos ter...
— Nem termina, agora eu tenho que ir.
— Dorme aqui. — sussurra.
— Não, tem o Matteo, você pode dormir com ele hoje se quiser. —
digo ele sorri como uma criança.
Tomamos banho e quando vamos sair uma mensagem apita em meu
celular.
“Não acredite nele, ele mente.
Basta olhar em suas coisas e descobrirá a verdade.
Proteja seu filho de um viciado.
Se não acredita. Procure!
— Alguém Retornado.”
Eu travo na hora, vou até a cama e olho por cima, vasculho no criado-
mudo e nada, vou até a sala e começo a revirar tudo, por um momento me
sinto uma doida, Felipe e James me encaram e penso será que a mensagem é
sobre Felipe?
E quem mandou se Ricardo morreu? Merda!
Numa última tentativa vou ao banheiro, vejo as coisas de James e
Felipe e começo a revirar.
Vejo quando cai um saquinho com um pó branco da carteira de James
e meu peito se apertar, ele estava mentindo para mim, ele usa essas porcarias.
— Por isso não dormiu, por isso estava agitado e cheio de paranoias.
— Digo mostrando o que encontrei.
— Onde achou isso?
— Onde estava. Na sua carteira e deve ter mais por aí! Não disse que
parou? Como você vai para minha casa drogado? Busca o meu filho
drogado? Não se aproxima mais da gente! — tento sair ele me segura.
— Me escuta porra! Isso não é meu, nem sei como foi para aí. — ele
olha para Felipe e depois para mim. — Ele pode ter posto isso aí, eu não uso
mais!
— Não viaja, está sobre efeito agora hein? Como Felipe ia saber se
nem te conhece?
— Porra Tatiana, não seja idiota, coloca meu nome no Google e você
descobre até quantas pintas eu tenho no corpo.
— Como você é baixo, não mudou nada...
— Me escuta Morena...
— Adeus James.
∞∞∞
Capítulo 30
Mais uma vez tudo saiu dos trilhos, sei que Tatiana aguentou muita
merda da minha parte, eu a fiz sofrer e a afastei, mas porra! Estou aqui
tentando mostrar para ela o quanto eu mudei e ela duvida de mim na primeira
oportunidade.
Mesmo com todos meus erros e meu passado turbulento eu deixei
toda a porcaria das drogas de lado, nunca mais em três anos eu voltei usar,
passei esse tempo me empenhando em encontrá-la e agora tudo está indo pelo
ralo por causa de alguém que resolveu querer vingança.
Merda!
Começo arrumar minhas malas. Preciso voltar para o Rio de Janeiro,
tenho que verificar de perto onde Fernanda está e se ela tiver algo haver com
essas ameaças ela vai pagar caro por isso.
Quando chego Á porta da casa de Tatiana encontro o submisso.
Ótimo era só isso que eu preciso!
— Escuta me deixa falar com você? — Felipe diz se aproximando.
— Pra quê hein? Vai colocar mais drogas nas minhas coisas?
— Eu não coloquei nada, você precisa acreditar em mim, eu sei que
tudo aponta para mim afinal eu era o único estranho naquele quarto, mas eu
não fiz isso. — ele diz com uma sinceridade que não me deixa dúvidas —
Olha cara eu sei que tem algo errado acontecendo, e se eu puder, eu quero
ajudar, tem a ver com ataque ao May não é?
—Tem! — Começo a explicar a ele tudo desde o início dando meu
voto de confiança na esperança que ele possa nos ajudar, preciso de alguém
que cuide da minha família enquanto eu busco respostas.
— James se essa pessoa está fazendo tudo isso, ela está perto, como a
cocaína ia aparecer na sua carteira?
— Não sei... Eu simplesmente não sei. A única coisa certa é que
aquilo não era meu, não uso mais drogas.
— Então o que você tem que fazer é... — Eu o interrompi e atendo
meu celular.
— Fala Diogo já tem notícias?
— Sim sobre a tal Fernanda, ela foi embora para fora do país e nunca
mais voltou. Tem mais alguém que queira que eu investigue? — merda não
me vem mais ninguém à mente.
Quando eu voltar...
∞∞∞
— Não precisa...
— Eu prometi para ele Tati, até amanhã. — ele deposita um beijo em
minha cabeça e vai.
Abro envelope e tem um cheque e um bilhete.
“Eu amo vocês. Confie no Felipe ele vai cuidar de vocês ele já sabe o que fazer, eu volto
logo.
James.”
Depois de explicar ele me xinga por que deixei meu celular no táxi,
disse que lá poderia ter pistas, ao menos eu não apago nada do e-mail.
Tavares o acessa e começa uma busca frenética por informações eu digo tudo
que o detetive me falou e ele me explicou que ele me jogou uma isca para que
pegasse em ponto cego, enquanto o verdadeiro inimigo estaria trabalhando.
— Ricardo realmente morreu, está bem morto, e pelo que vi os
familiares não vieram para o enterro e o corpo foi enterrado no cemitério vila
cachoeirinha, parece que ele não teve muitas honras.
— Mas o tal Diogo disse que a família reconheceu o corpo, é mentira
também?
— Pelo que eu vi nos arquivos do IML, parece que a cunhada cuidou
de tudo.
— A cunhada? — pergunto e tudo alerta minha mente.
— Sim a esposa do Boris, James todo cuidado é pouco e todo mundo
é suspeito, alguém já morreu, seu amigo foi ferido.
— Eu sei. E a Fernanda? — pergunto, porque sinto que ela está
envolvida nessa merda.
— Ela ainda mora no Rio, no mesmo lugar. Mas... — ele diz olhando
atentamente para tela do computador.
—Mas... Fala Tavares.
— Ela foi ao enterro do Ricardo, comprou passagens com o cartão de
crédito e também comprou café na cafeteria do cemitério. Eu vou hackear o
sistema de segurança da cafeteria e do cemitério, se eu for preso pague a
minha fiança. — ele fala rindo, mas sei que é sério, ele disse que para um
hacker profissional, invadir celulares e câmeras de segurança é muito fácil.
É tão óbvio que eu mesmo quero chutar minha bunda. Ela quer
vingança contra Tatiana, ela perdeu o marido porque ele era fissurado na
Tatiana, depois ele se matou por ela, coisa que ela só soube quando todo o
segredo veio à tona, e ela se sentiu humilhada com isso,
— Tem certeza disso?
— A em maiúsculo de alguém, R de retornando. AR, James, Aline
Romanini.
— Porra essa vadia louca se juntou com a Fernanda? Eu transei com
Fernanda, bêbado, achei que era a Tati e quando ela começou a falar eu perdi
o tesão, broxei e...
— Tá bom, sem muitos detalhes agora.
— Desculpa, mas elas estão juntas e devem ter pago para o outro
detetive me enrolar, e ainda me grampear... Caralho! Tem certeza que o
Ricardo morreu mesmo?
— Sim, nós podemos falar com os agressores, o que foi preso e ver
quem foi o mandante, por hora você vai blefar, vai dizer a Fernanda que tem
provas contra ela, deixá-la com medo, e quando voltar a São Paulo, vamos
falar com o agressor preso.
— Como vamos falar com ele? — pergunto e ele retira o distintivo.
— Tenho amigos na polícia, agora vai tentar controlar a Fernanda.
Eu vou matar ela, como pode passar tantos anos sendo minha amiga e
por ciúmes querer se aliar a uma vingança maluca de uma doida, só pode ser
brincadeira do destino comigo, me pergunto quando terei paz, quando vou ser
feliz.
∞∞∞
Chego à casa da Fernanda e aperto a campainha, já me conhecem no
condomínio então entrei fácil, quando ela abre a porta sua feição de surpresa
é inevitável.
— Ja-James... O que faz aqui? — ela pergunta visivelmente pálida.
— Surpresa em me ver?
— Sim... É só que... — ela mal consegue formular uma frase.
Antes que termine eu ataco sua boca de novo e beijo, puxei seu corpo
para o meu, abro porta com pressa e tiro sua roupa, a deito no sofá da sala
mesmo, abro minha calça e meto sem aviso em sua boceta.
— Ahh James... Eu te amo, diz que me desculpa...
— Você já me perdoou Morena? Hein fala pra mim?
— Sim... Sabe que sim.
— Eu te perdoo se você prometer ficar comigo, para sempre...
— Até eu morrer... — ela diz e eu a corto de novo entrando fundo no
seu canal quente e gostoso, chupo seus peitos gostosos, mordo e puxo e ela
geme.
— Meu pai deve estar numa alegria sem igual, tudo que ele queria era
um neto e agora poder passar um tempo com ele.
— Eles vão passar muitos momentos juntos. — disse inocente e
James me lançou um sorriso safado.
— E nós vamos passar muitos momentos juntos também?
— Claro com você de joelhos e meu chicote nas suas costas. — eu
disse o mais séria possível, mas James soltou uma gargalhada que quase não
segurei o riso.
— Tatiana, você sabe muito bem quem vai está de joelhos no final, e
não vai ser eu.
— Você é um tanto convencido. — eu disse o montando, segurei
firme em seu pescoço e logo o senti duro embaixo de mim.
— Tatiana... Não brinca com fogo. — ele disse em tom de repreensão.
— Por que James não gosta das coisas quentes. — eu disse em tom
sensual me aproximando do seu rosto, sua mão segurava firme a mão que eu
tinha em seu pescoço, sem que ele esperasse lhe dei um tapa no rosto, mas
não um tapa forte de dor, mas um tapa erótico, igual ao que ele me dá.
James virou uma fera me erguendo e jogando na cama e segurando
meus braços.
— Vai se arrepender de me bater, vou fazer com você bem pior. —
ele disse rouco pelo tesão, sei que o tapa o excitou.
Ergo minha cabeça para encontrar sua boca, suguei sua língua e
começo a mordiscar seus lábios, ele folga o aperto dos meus pulsos e eu me
solto, enlaço os braços em seu pescoço, ele entra em mim com força, minha
boceta ainda úmida pelo prazer da nossa noite de sexo quente, ele estocava
cada vez mais forte e eu arranho com fora suas costas e ele urra aumentando
a pressão no meu pescoço.
— Você é muito safada! — ele me vira de quatro e me dá um tapa
forte na bunda.
— Ahh... Me deixa te dominar James... — Peço e ele se aproxima do
meu ouvido e diz:
— Você sabe que gosta quando eu te domino, você criou essa
dominadora para se esquecer de mim, mas eu estou de volta Morena, e eu
vou dar o que você precisa.
Ele me segura pelo ombro com uma mão e com a outra leva seu pau a
minha entrada, ele começa devagar e depois rápido me lavando a loucura, ele
entra e sai com força e eu me liberto gozando, uma sensação de paz me toma
e ele se retira de mim e para em minha frente.
— Vem me chupa! — ordena tão sexy que eu nem questiono mais,
deixa para brigar por controle outra hora.
Eu o coloco em minha boca e chupo forte, massageio suas bolas e ele
geme alto, de repente e ele se afasta e pega em minha mão e me levanta, ele
se deita na cama e me puxa para o seu colo e diz.
— Vem Morena, me domina, agora é você quem manda.
Assim o faço. Aproveito me sento em seu pau o uso para o meu
prazer, para o nosso prazer, e assim descobrimos juntos que não importa
quem detém o controle, estarmos juntos é o que importa estar nos braços dele
é o que eu quero.
Passamos o dia juntos, fomos para casa do pai de James e ficamos
com Matteo, eu estava feliz, por alguns minutos esquecemos dos problemas,
mas então James recebe uma ligação do detetive novo dizendo que havia
conseguido algo com a escuta.
Nem vinte minutos depois da ligação Tavares, o detetive estava no
escritório da casa de James, pedi para que minha tia ficasse na casa cuidado
de Matteo.
James e eu deixamos a casa com tantos seguranças que parecíamos
até famosos.
— Escutem isso e me digam o que vamos fazer. — Tavares diz e solta
à gravação, e logo escutei a voz da vaca da Fernanda. Ô cobra peçonhenta,
não dá paz.
—Temos que dar um tempo, James já descobriu tudo, ele veio ontem
aqui em casa e me ameaçou, ameaçou minha família e você também Aline.
— Eu não ligo para as ameaças dele, ela vai ter que pagar. Ela me
tirou tudo e vai perder tudo! — a outra voz dizia.
— Eu não posso perder tudo em uma vingança, eu só quero separá-la
do James e ter ele para mim, mas se para isso eu vou ter que perder minha
posição social e meus pais perderem tudo, eu não quero! — Fernanda diz.
— Você é fraca, sabia que ia dar pra trás, mas agora é tarde, vai me
ajudar a pegar o garoto, aí sim estará livre para ir.
— Aline ele é apenas um bebê, não vou fazer isso, de jeito nenhum!
— Você sabe o que acontece com quem me contraria. Eu planejei isso
desde que descobri que meu marido era obcecado por aquela mulher, eu
derrubei meio mundo até chegar aqui e não vou desistir, se não quiser o
mesmo destino do Ricardo vai me ajudar a entrar na casa do papai Johnson, e
quando eu tiver o menino você estará livre.
Eu me retirei para não ver mais, não quero participação, mas fico feliz
que Felipe esteja superando o fim do envolvimento com Tati, ele é um bom
homem, cuidou da minha família e merece ser feliz nessa troca.
— Então vamos lá? — Tatiana diz se aproximando.
— Vamos, pegou tudo? — Pergunto a puxando para um beijo, a
abraço porque está uma noite fria e ela teimosa está sem casaco.
— Sim tudo certo.
— Entre no carro do Felipe, se caso Aline estiver nos vigiamos, quero
que pense que não estamos indo para o mesmo lugar, eu darei a volta no
quarteirão e usarei a entrada traseira do hotel, no sinal do Felipe vocês vem
para o Hotel.
— Tudo bem, nos vemos no hotel.
— Eu amo você Morena, quando tudo isso acabar vamos embora,
recomeçar do zero em outro lugar, vamos construir nossa família e eu vou te
dar toda felicidade do mundo.
— Eu também amo. O lugar onde você e o Matteo estiverem é onde
estarei feliz. — a abraço e Felipe nos interrompe.
— Vamos lá, vamos sair com dois carros, os seguranças vão nos
seguindo a distância. Não sabemos do que essa mulher é capaz, os rapazes já
estão avisados.
Felipe e Tatiana entram no carro dele e eu vou ao meu com todos os
nossos pertences.
Pegamos a pista há uns dez minutos um carro de segurança à frente,
depois o meu logo Felipe e Tatiana e mais um segurança.
Olho pelo retrovisor e um carro dando seta ao fundo, vejo a pista que
está vazia, e já é noite ele poderia fazer uma ultrapassagem, mas não faz, o
último carro de segurança faz um sinal, mas o carro não ultrapassa. De
repente o carro dos seguranças a minha frente acelera e vai muito mais rápido
fazendo com que eu o perca de vista, logo depois o último carro também
passa e então um dos seguranças faz um sinal para eu ver o telefone.
— Fala, por que estão correndo caralho?
— Estamos sem freio chefe, não funciona, vamos tentar um local
aberto para derrapar e tentar parar.
— É arriscado demais. — digo e instintivamente testo meus freios, ao
pisar já os sinto leve, forço até o fim ele não responde, meu carro está rápido,
e não há como parar.
Desligo o telefone para ligar pro Felipe, para saber se o carro dele
também está sem freio, e espero que esteja tudo certo, já que ele passou o dia
no trabalho com seu carro, e só os meus e dos seguranças ficou em frente à
casa, antes que eu ligue, meu celular toca.
Tatiana!
— Ei amor, o que foi? — digo tentando manter a maior calma do
mundo para que ela não perceba.
— Pode ir mais devagar, está correndo muito, e por que os seguranças
nos passaram?
— Fica tranquila, vai dar tudo certo, é só uma precaução.
— James, não mente para mim...
— Eu amo muito você e o Matteo, se um dia eu não puder estar com
vocês diga o quanto eu o amo.
— Para com isso está me assustando! Para o carro, vou ir com você!
— Não posso Morena. — digo com um aperto no coração, uma
sensação ruim tomando conta de mim. — Passa o celular para o Felipe.
— Não James, fala comigo, conversa comigo o que foi?
— Faz o que eu mandei Tati, passa para o Felipe, vai dar tudo certo,
eu amo você — digo e já posso ouvir sua voz chorosa reclamando com
Felipe. Se eu sair dessa, levo minha Morena no primeiro cartório e passo ela
para o meu nome, não quero perder mais tempo.
— James o que foi cara? —Felipe pergunta preocupado.
— Está tudo certo com seu carro?
— Sim, por quê?
— Meu carro está sem freio, assim como os dos seguranças, eles nos
ultrapassaram para não bater, e o carro atrás de vocês é suspeito.
— Merda! Vamos dar um jeito, um pouco mais a frente há um
areeiro, tente fazer uma derrapagem e usar o freio de mão.
— Vou tentar, mas Felipe...
— Fala!
— Se algo me acontecer... — tentei dizer ainda com uma angustia me
corroendo.
— Não vai acontecer. — ele disse firme.
— Mas se acontecer, quero que cuide da minha família para mim.
— Não vou precisar cuidar...
— Eles são o que eu mais tenho de precioso no mundo, por favor... —
eu imploro.
— Fica tranquilo. — ele responde.
Seguimos em frente e o carro que nos seguia já desapareceu. Testo
mais algumas vezes o freio e nada, ao longe avisto o areeiro e por um
segundo sinto alívio, mas me assusto com um dos carros dos seguranças
capotado a frente, tentei desviar e colidir na areia, mas fracasso e acabo
batendo na traseira do carro e meu carro capota.
Sinto meu rosto bater com força no Airbag, Tatiana e Felipe vêm
correndo em minha direção e não quero assustá-la, mas uma dor descomunal
me ataca, sinto como se algo me perfurasse nas costas, quando minha Morena
se aproxima e vejo aqueles olhos, nada mais existe, só quero estar perto dela
pelo tempo que me restar.
∞∞∞
— Mas você tem que ficar acordado amor, não pode dormir...
— Eu amo você Morena... — diz fechando os olhos e eu me
desespero ainda mais.
— James, olha pra mim! — Grito e Felipe começa a tentar remover a
porta para tirar James de dentro.
— Eu amo o Matteo, mais que tudo...
— Não faz... Isso comigo... Por favor... — digo entre soluços e Felipe
o puxa para fora do carro.
— Cuida da minha Família... — ele diz olhando para Felipe.
— Tatiana levanta.
Olho e vejo o carro que nos seguia estacionando, e de repente uma
loira muito bonita desce do carro trajando um moletom preto, ela aponta uma
arma enquanto se aproxima, James aperta minha mão tomando ciência do que
está acontecendo.
— O que?
— Anda! Chore alto, como se eu estivesse morrendo. — ele diz e
pisca.
— Felipe... Não morre, fala comigo! — tento ser convincente, mas
olho para James desmaiado e corro para ele e tudo se torna verdade eu grito,
o chamo mais ele não responde.
Deus o proteja, por favor!
— Agora somos eu você, minha vida! — Ironiza e bate em minha
cabeça. Não apago, mas fico tonta, até que a ouço dizer: — Vamos pegue
ela.
Sinto alguém me arrastar e começo a rezar internamente para que
James e Felipe fiquem bem. Eu penso em meu Matteo, talvez eu não o veja
nunca mais.
Mas eu tenho fé, serei positiva, não vou desistir sem antes lutar, eu só
preciso confiar.
∞∞∞
Felipe
Já fazia um tempo que haviam levado Tatiana, a merda do socorro
estava demorando, mas logo pude ouvir as sirenes.
— Ei parceiro, segura mais um pouco, a ajuda já vem. Digo dando
uns tapinhas no rosto dele que meio grogue pergunta:
— Cadê ela?
— Eles a levaram...
Ligo para Tavares e ele diz que já está a caminho, meia parte
resolvida, vou atrás de informações sobre James e acabo esbarrando com a
Flávia.
— Já está aqui feito urubu em cima da carniça? — Pergunto e ela me
encara, mas a megera me surpreende ao me abraçar.
— Você está bem? Foi ferido? — diz tocando em meu braço.
— Estou, foi só um tiro, entrou e saiu.
— E a Tatiana?
— É a repórter ou Flávia que pergunta?
— Você é um babaca mesmo, vai lá ficar com a sua preciosa, eu vim
aqui para ver se você está vivo e fica se preocupando com a mulher dos
outros. — diz se virando para sair e eu a detenho.
— Calma, é que eu estou nervoso, James está sendo operado e a
Tatiana foi sequestrada, eu nem sei o que fazer. — digo cansado, queria que
tudo estivesse bem.
Ódio era o sentimento que me tomava, eu não tinha medo, não por
mim, eu estava preocupada com James e Felipe, queria saber se estavam bem,
se James estava vivo, mas ainda sim a preocupação não diminuía o ódio.
Eu quero matá-la, quero mandá-la ao inferno, mas presa eu não
consigo nada. Só posso esperar e confiar que esse colar e seja lá o que tenha
nele me ajude.
Estou sentada a mais de uma hora sozinha e não parece ninguém,
pareceu uma eternidade perdida em pensamento, mas é só eu pensar que a
vaca, vadia vingativa aparece.
Medo me corroeu, eu estava amarrada pelos pulsos, tão presa que
sentia a corda morder minha pele, meus tornozelos também estavam bem
presos, e aquilo doía demais, parecia queimar, mas ainda assim a dor era
suportável.
— Sabe, eu sempre me perguntei por que o meu marido não ficava
em casa comigo e com nossa filha, em nenhuma festa da nossa família ele
estava presente, desde quando nos casamos ele só me tocou duas vezes e foi
para que eu pudesse engravidar. Depois ele se tornou cada vez mais ausente.
— ela diz com muita amargura no olhar.
— Eu sinto muito... — digo pesarosa, em parte ela também foi vítima
do Boris, se casou acreditando no amor enquanto ele só a usou e abandonou.
— Nem no dia do nascimento da nossa filha ele estava presente, ele
só chegou dois dias depois com uma desculpa que tinha um negócio
importante, e eu acreditava. Depois ele deixou de dar notícias, um mês inteiro
eu pensei que ele havia me abandonado, mas então Ricardo o encontrou
morto.
— Eu sei... Eu. — Tento falar e ela me acerta um tapa.
— Cala a boca! Você não sabe de nada, você o roubou de mim! — ela
grita histérica.
— Eu não sabia sobre você, eu sempre achei que ele fosse o vizinho
humilde que nos ajudava, e depois de muitos anos que ele se aproximou de
outra maneira.
— Mentirosa! O advogado me mostrou as fotos e tudo mais, as prova
contra o Boris, eu vi você ainda pirralha...
— Eu era uma criança não sabia de nada.
— Mas logo abriu as pernas para ele como a boa vadiazinha que é!
Gostava de apanhar, de ser uma piranha, ainda gosta né? Eu vou dar o que
você precisa.
Ela grita e então o detetive Diogo entra desgraçado trairá. — ele não
estava preso? Penso.
— Segura ela de joelhos, já que ela gosta de apanhar vai ver o que é
bom.
Ele me empurra para o chão e eu caio presa, eu olhava para os lados
tentando saber onde estava talvez eu identificasse o local.
— Pode ir Diogo, eu vou cuidar dessa aqui direitinho.
Quando ele se vai ela se aproxima de mim com uma tesoura e corta
minha blusa pelas costas, eu me remexo ao sentir o metal frio encostar em
minha pele.
— É melhor ficar quietinha, ou a brincadeira acaba antes mesmo de
começar, eu mato você com essa tesoura, putinha. — Ela diz e depois afasta o
tecido rasgado e meu corpo treme em antecipação pelo medo.
Isso nunca vai ser o que eu tenho com James, por isso sei que é só dor
e não haverá prazer, ela se afasta e então sinto um fio acertar minhas costas,
queima como inferno, uma dor dilacerante. Instintivamente encolhi meu
corpo tentando fugir dos golpes mais vi que ela não teria piedade, ainda
assim eu me seguro para não chorar.
— Quer mais minha vida... Era assim que ele te chamava não é? Ele
se matou por você maldita! Maldita! Maldita! — ela grita me acertando mais
vezes e aquilo queima, dói, arde é agonizante.
— Ficou maluca porra? Quer me ferrar? Eu não vou fazer parte disso,
estou indo embora. — Diogo fala.
— Não pode fugir agora, eu tenho você e sua família em minhas
mãos, agora vai lá e desamarra as pernas dela. — ela ordena furiosa e me
pergunto se alguém vem mesmo me ajudar.
Diogo me desamarra e Aline se aproxima, com um sorriso perverso
no rosto e diz.
FELIPE
Eu havia passado na casa da Tatiana e pegado o GPS que rastreiam o
colar dela, Tavares e eu estávamos correndo contra o tempo, havia policiais
nos seguindo em viaturas desligadas, eu estava aflito, cada minuto perdido
nós poderíamos perder a Tatiana, não gosto de pensar nisso, James nunca me
perdoaria, Matteo nunca me perdoaria e eu nunca me perdoaria.
Eu amo Tatiana, se abri mão de lutar por ela é porque sei que James é
o grande amor da sua vida, eu não atrapalharei sua felicidade, por isso vou
refazer minha vida, mas para isso acontecer tenho que ter certeza de que ela
está bem, que aquela louca da viúva não fez nada com ela.
Entramos em uma rua deserta, e o GPS aponta para uma casa no final
dela, os policiais nos dão instruções de mantermos silêncio para que possam
render Aline sem Tatiana sair machuca, caminhamos para dentro da casa eu
estou de colete, fiz questão de entrar junto com eles, Tati poderia precisar de
mim e queria está lá por ela.
Tudo estava muito silencioso, eu sentia o medo percorrer meu corpo
só com ideia de entrar lá encontra Tatiana morta, quando chegamos à sala os
policiais barram a mim e a Tavares, mas quando vejo o sangue escorrendo
por entre nossos pés não quem me segure, eu tenho que vê-la, preciso ver o
corpo, preciso ver para poder preparar Matteo, nem sei se James sobreviverá
e agora Tatiana, eu não posso acreditar.
Quando vejo seu corpo estirado e imóvel no chão meu coração
acelera, minha mente para, a sangue sobre seu rosto ao redor do seu corpo,
olho mais à frente e o corpo de Aline está sobre o dela.
— Ela está viva! — ouço um dos policiais dizendo.
Eu corro até ela e meu coração se aperta, ela tem a feição de uma
criança assustada, seus olhos fechados e pressionados com força, seu corpo
trêmulo e ela sussurrou tão baixo que só de perto se escuta.
— Eu a matei... Eu a Matei... Eu a Matei...
Seus olhos têm lágrimas acumuladas, em seu rosto pálido tem muitas
delas escorrendo, os policiais falam com ela, mas ela não responde, eles
retiram o corpo de Aline e eu me abaixei ao seu lado a olhando.
— Fala comigo Tati, vamos sair daqui hein...
— Eu a matei Felipe, eu atirei...
— Eu sei, você só se defendeu, vamos cuidar disso vem...
Ela se nega ainda paralisada e eu a pego no colo e vou em direção à
ambulância que nos seguiu.
Já no hospital eles a levam para ser examinada e eu vou ver o James
que felizmente já saiu da cirurgia que por sinal foi bem-sucedida, eu entro em
seu quarto e ele se agita, por me ver sozinho.
— Cadê ela? Você a salvou seguiu ela? — indaga angustiado.
— Ela se salvou sozinha, acertou três tiros na Aline.
— Graças a Deus... Eu quero vê-la.
— Ela está sendo examinada e depois vai passar com um psicólogo,
ela teve um surto de estresse pós-traumático, eu cheguei lá e ela estava
rodeada de sangue. O corpo da Aline caído sobre o dela, estava paralisada e
com medo e só repetia que havia matado Aline. Tatiana está em choque, mas
sei que você vai ajuda lá a superar.
— A culpa é minha, eu devia ter protegido ela, eu devia ter ido lá,
salvá-la.
— Você estava morrendo James, não se culpe por isso, só fique
preparado, eu vou ter que ir falar com os policiais e depois eles vêm tomar
seu depoimento.
— Obrigada por tudo, nunca serei capaz de pagar por isso. — ele diz.
— Faça ela feliz isso já paga tudo.
Saio pela porta do quarto de James tranquilo, sei que James ajudará
Tatiana e ela o ajudará e juntos eles vão superar qualquer problema.
∞∞∞
Capítulo 35
Não pude salvar minha Morena, nem estar lá por ela, mas agora que
ela está a um quarto de mim nada vai me impedir de ficar junto dela, lhe dar
carinho e conforto, nem mesmo o corte em minha barriga.
Saio da porta do meu quarto e olho para os lados, está bem deserto
exceto por algumas enfermeiras que passam de um lado ao outro, eu seguro
no suporte de ferro e vou olhando os nomes na porta até que bem pertinho do
meu eu a encontro, entro bem devagar e vejo Kaio dormindo na poltrona, eu
ouço um, fungado, um choro baixinho e reprimido, ela está toda encolhida e
isso me mata mais um pouco.
Vou até ela sem perder tempo e deito atrás, puxando-a para que ela se
encaixe em mim, a porra do corte dói que é uma desgraça, mas eu não me
importo, ela se vira e chora mais alto e eu abraço mais forte, para que saiba
que estou aqui, que nada mudou e que agora eu darei tudo para que ela seja
feliz.
— Eu... Eu a matei James. — Ela diz chorando.
— Nunca, você só se defendeu você vai para casa comigo, vou buscar
o Matteo e seremos felizes.
—Obrigada amor... — ela diz sonolenta.
— Eu que tenho que agradecer, você me fez mudar, me fez um
homem melhor.
Eu a olho e ela já dorme tranquila, seco as lágrimas derramadas e me
aconchego para dormir com ela, até a hora que uma enfermeira me arraste
daqui.
∞∞∞
Assim que eu tive alta, pedi para que meu pai trouxesse Matteo para
casa, eu queria muitas coisas para o meu futuro com Tatiana mais antes eu
tinha que me recuperar, então quando Matteo chegou à alegria reinou.
Tatiana se transformou, era pura alegria, meu pai não para de dizer
que estava orgulhoso por eu ter reconquistado a minha família. Felipe veio
nos visitar e disse estar desenrolando um lance com a Flávia. May se mudou
para a casa do Kaio e assumiram seu relacionamento para todos, e eu estou
com uma surpresa para minha Morena.
Eu a fiz sofrer, a humilhei, e sei que ela ainda fica meio insegura
quanto as minhas intenções.
Quando o médico me liberou do repouso nós fomos ao shopping
comprar algumas coisas que precisávamos, eu notei seu desconforto quando a
puxei para andar de mãos dadas comigo. Tati me olhou como se analisasse se
eu estava com vergonha dela, então eu abracei e andei o shopping todo
colado ao seu redor, no fim ela desencanou e se divertiu, fizemos compras e
comemos, levamos Matteo para brincar e estávamos unidos, nossa família
estava finalmente unida.
Nas duas semanas seguintes Flávia insistiu para que eu desse uma
entrevista em seu programa, falando sobre o ataque e sequestro da Tatiana, eu
não queria para não deixar Tatiana desconfortável, mas então combinei que
as perguntas seriam aprovadas por mim e ela aceitou, então decidi usar a
entrevista a meu favor.
— Tem certeza que se sente bem em ir Morena, eu não quero que se
sinta obrigada, sei que ainda está mexida com tudo...
— Eu estarei com você, e em breve vamos embora, não é? Então não
vamos nos preocupar.
— Quer mesmo ir para Washington?
— Quero ir para qualquer lugar com você. — ela disse confiante e eu
agradeci aos céus por ter essa mulher ao meu lado.
Quando a entrevista começa eu me mostrei calmo, a cada pergunta eu
olho para minha Morena na primeira fileira da plateia. Flávia pergunta sobre
tudo e por último sobre a mãe de Matteo, vejo Tatiana se mexer na cadeira e
eu lhe lancei um sorriso, acho que ela pensa que irei escondê-la, mas isso
nunca mais acontecerá.
— Bom à mãe do Matteo é uma mulher especial, ela era doméstica na
minha casa quando me apaixonei por ela, mas naquela época eu era um
babaca. — digo e plateia vai aos risos.
— Mas vocês se separaram não é, e só conheceu seu filho há pouco
tempo?
— Sim, como eu disse, era um babaca, mas eu a amava demais, passei
três anos procurando à fujona, ela tinha motivos para me querer longe, mas
então aos poucos ela me perdoou, passamos por tudo isso, as ameaças e o
sequestros e também o ataque e agora estamos bem, ela é o amor da minha
vida, e dentro de um mês vamos embora, estou abrindo uma filial da minha
empresa em Washington e minha família vai comigo, mas antes de ir eu
quero fazer um pedido importante. — olho para Flávia que sorri.
— Tatiana poderia vir aqui no palco. — Flávia a chama e Tatiana fica
pálida na hora, mas vem, imagino que deva estar tremendo, quando ela chega
e cumprimenta Flávia eu a puxo para o meu lado e lhe dou um selinho para a
acalmá-la.
— Essa aqui é a mulher da minha vida, como eu disse eu fui muito
ruim para ela no passado, e ela com seu bondoso coração me perdoou, eu
jurei que se saísse vivo de toda essa tragédia que nos seguiu eu a faria minha.
— Mas o que houve. O bebê não está bem? — ela pergunta aflita e
pelo olhar do médico toda esperança se esvai.
— Seu filho tem uma anomalia genética, ele pode nascer com uma
síndrome leve ou com má formação, ele pode ser uma criança saudável, mas
pode viver preso em uma cama para sempre, dependendo de cuidados
médicos e para ser sincero ele pode nem sobreviver até os três anos de vida,
tudo vai depender dos próximos exames.
Eu não posso acreditar! Eu não aceito!
— E o que devemos fazer? Pode ter um tratamento fetal que o ajude
ainda dentro dela, que de força para crescer até a hora do parto, o que nós
podemos fazer? — eu pergunto exasperado, eu só posso está pagando meus
pecados, não é justo com a minha Morena, nem com meu pequeno bebê.
— Eu posso indicar uma interrupção da gestação, até às doze semanas
é possível, se passar desse período o procedimento não é mais possível, e se
ele nascer terá oitenta por cento de chance de viver preso em cima de uma
cama, respirando por aparelhos e se alimentando por sondas, mas como eu
disse somente os próximos exames vão dizer como será o futuro do seu bebê.
— Não! — grito chamando atenção dos dois. — Eu não vou matar
meu bebê, de jeito nenhum!
— Eu vou deixar vocês a sós. — o médico diz e sai.
— James, o nosso filho terá uma vida horrível, vai viver sofrendo
preso a uma cama, com dores horríveis, isso não é vida amor...
Ela diz chorando, desesperada, quem não estaria depois de ouvir isso
de um médico?
Eu me ajoelho em suas pernas, encostei minha cabeça em sua barriga
e choro como nunca chorei, é uma dor inexplicável, eu nem sabia que ele
existia, mas agora ele está ali.
— Eu não posso Morena, ele é nosso filho, nosso bebê...
— Ele vai sofrer... — ela diz.
— Tem vinte por cento de chance de ele ter uma vida boa, eu acredito
que ele vai ter uma vida normal, eu vou fazer de tudo, vou dar o melhor
tratamento a ele, mas eu não posso matar meu filho, por favor... Diz que está
comigo, eu não posso concordar em matar ele. — digo já desesperado,
chorando, ela me abraça e beija meus cabelos e diz.
— Estamos juntos nisso, vamos enfrentar tudo que vier, eu você e
nossos filhos, vamos dar o nosso melhor para o nosso bebê, não vamos tirá-
lo, ele é nosso. — ela diz acariciando meus cabelos.
— Obrigado amor, eu vou estar com você, vamos passar por tudo
juntos, vamos deixar a viagem para um futuro próximo, agora vamos cuidar
de você e do nosso bebê.
Ela me abraça e eu sinto dentro de mim que tudo dará certo, é uma
nova fase para nossa vida, e eu vou cuidar para que sejamos felizes, cuidarei
dela e dos nossos filhos, eu sei que ele estará bem, eu acredito nos vinte por
cento, nosso bebê estará bem e nós estaremos bem.
∞∞∞
Capítulo 37
Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais...
Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores
Melhores no amor
Melhores na dor...
Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
∞∞∞
Eu o amo tanto, estar com ele e com nossa família é tudo para mim,
nossos amigos sempre por perto fazendo com que tudo se torne ainda melhor,
minha mãe ainda se mantém distante, eu a visitei com os meninos quando
fomos enterrar meu sogro, já que ele desejou ser enterrado ao lado de sua
amada. Mesmo assim minha mãe não amoleceu aquele duro coração e eu
voltei com a certeza de que não estava perdendo nada.
— O que tem de bom ai Morena? — James surge me agarrando.
— Brigadeiro no potinho, quer? — pergunto e ele ri safado.
— Quero beijinho. — ele diz.
— Está na geladeira.
— Eu quero o seu beijinho amor... — ele diz beijando e chupando
meus lábios, até que nosso momento é interrompido, para mim já é normal,
com filhos tudo é sempre tumultuado, mas eu amo cada detalhe dessa
sintonia familiar que nos cerca.
— Credo! — Jorginho diz.
— Credo mesmo, as crianças já chegaram. — Matteo diz.
— Crianças grandes demais, você mesmo Matt já faz crianças...
— Eu não, quem vai fazer é o Jorginho que já tem namorada. — ele
diz e eu engasgo.
— Não fui eu quem levou fora da minha terapeuta. — Meu caçula
diz.
— Mano fica quietinho. — ele diz escondendo algo.
— O que foi, por que não pode falar dessa mulher, ela já é formada, é
a terapeuta do seu irmão?
— Mãe não é nada, eu nem sabia que ela era terapeuta do Jorginho...
— O maninho gosta de mulheres mais velhas. — Jorginho diz e corre
seguido por Matteo, que o segue brincando, e eu fico ali, chocada, e entalada
com o brigadeiro na garganta, até que sinto a mão de James sobre meu
ombro.
— Eles cresceram Morena.
— Não era para crescer... Mulheres mais velhas?
— Mas é assim que é, vamos esquecer isso quero mais beijinho. —
ele diz beijando meu pescoço.
— Fizemos um bom trabalho? — pergunto.
— Fizemos sim, e foi maravilhoso.
— Velho tarado! — brinco o agarrando.
— Submissa safada. — diz estalando um tapa em minha bunda.
— Vai ter que falar com Matteo, ele agora naquele apartamento que
você deu, vai virar um puteiro.
— Duvido, Matteo é calmo, melhor é se preocupar com Jorginho, ele
sim é namorador.
— Não fala isso do meu bebê, ele nem tem dezoito ainda. — reclamo.
— É o que eu estou dizendo Morena, nem tem dezoito. — ele diz
caçoando de mim.
Ele me abraça e me beija e felicidade aqui reina.
∞∞∞
— Estou indo conversar com Matt. — digo para minha Morena, que
já está deitada, mas com a preocupação evidente em seu olhar por causa da
ligação que recebemos do cursinho do Jorge, avisando que nosso filho mais
velho quase agrediu um dos alunos da instituição.
— Tudo bem, veja o que aconteceu, porque Matteo é muito calmo, sei
que ele contém sua fúria e tenho medo de que um dia isso exploda e nós não
possamos ajudá-lo. — apenas concordo e vou atrás do meu filho.
Quando chego à porta do quarto ouço sua risada alegre e
descontraída, hoje ele estava alegre em seu aniversário com todos nossos
amigos, mas essa risada é diferente, essa eu conheço, é a risada de um
homem encantado por uma mulher, dou dois toques na porta e o escuto se
despedir.
— Entra pai. — ele diz ao abrir a porta para mim.
— Podemos conversar filhão? — pergunto.
— Filhão? Sério pai, cadê o Matt ou filho, até Matteo... — ele diz
rindo da minha cara.
— Vocês filhos são horríveis quando crescem. Você me chamava de
papai e eu chamava você de filhão. — digo reclamando.
— Está bom papai, qual o motivo do senhor deixar dona Tatiana no
quarto há essa hora para vir aqui?
— Se sua mãe escuta isso, arranca seu pinto.
— Credo cadê o senso de humor? — ele brinca se fingindo de
ofendido.
— Filho agora é sério, por que quase bateu em um aluno no cursinho
do Jorginho?
— Ah... Isso, ele empurrou o Jorginho no chão, e ficaram rindo e
ofendendo ele chamando...
— Chamando?
— De nomes idiotas por causa da síndrome e eu não aceito, ele
poderia ter se machucado, eles o empurram com força, seus óculos ficaram
caídos e ele ficou perdido até encontrá-los.
— Filho eu sei que é difícil, mas não podemos resolver na base da
violência, temos que conversar com diretora e com os pais do garoto.
— Ela é.
— Matt sua mãe vai pirar sabe disso né, ela vê você e seu irmão como
dois bebês, no mínimo vai achar que essa mulher quer abusar de você.
— Bom se ela quiser abusar eu deixarei. — ele fala sacana.
— Safado! — brinco lhe dando um soco no braço.
Hum!
Mas se um dia eu chegar
Muito louco
Deixa essa noite saber
Que um dia foi pouco
Hum!
Minha cara pra que
Tantos planos
Se quero te amar e te amar
E te amar muitos anos
∞∞∞
7 Anos antes do Epílogo
Dormir com James e acordar com ele era tão bom era uma reação
natural nossa estar sempre juntos, era como respirar, não havia regra era
apenas viver a felicidade que tínhamos conquistado.
Matteo estava cada vez mais independente, era inteligente e cada vez
mais parecido com James, mas por dentro, seu jeito calmo e sereno, amável
com todos era todo meu jeito de ser, mas seu físico era James todinho, de
olhar para Matteo eu via James em todos seus traços.
Jorginho já era o contrário ele era um James mirim, tanto fisicamente
quanto na personalidade, tempestuoso e mandão, apesar de não gostar de
brigas e confusão ele ainda assim gostava de ser paparicado e Matteo era
quem mais fazia suas vontades, ele o mima em tudo é isso me deixa
orgulhosa, ter dois filhos lindos e unidos, adolescentes dão trabalho dizem as
pessoas, mas eu sempre digo: Não os meus, eles só me dão felicidade e amor.
Levanto-me para começar os preparativos da nossa comemoração de
Ano Novo, James saiu cedo para resolver um problema na empresa e eu
começarei a fazer o que mais gosto, cozinhar para minha família, hoje à noite
Kaio e May viram para comemorar conosco, e também Flávia e Felipe junto
com a pequena Laura que por sinal é uma cópia da Flávia, mas tem o jeito
doce romântico de Felipe, eles formam uma bela família e isso só fortaleceu a
grande família que nos tornamos.
Começo a preparação dos doces que são o ponto forte das
comemorações em casa, eles sempre. Brigam pelo o último pedaço ou último
docinho na mesa e eu me sinto lisonjeada por eles gostarem do que faço.
— Matteo! — grito para que ele possa correr no mercado para mim.
— Diga Mãe...
— Preciso que vá o mercado comprar aquele chantilly em spray que
eu uso e rápido tá?
— Posso ir de carro? — ele pergunta ansioso, desde que deixei James
o ensinar a dirigir ele quer fazer tudo de carro, até ir à padaria da esquina.
— De jeito nenhum, vai de bicicleta que é perto.
— Mas mãe... — ele resmunga.
— Nem mais nem menos, mas, é só um chantilly, não precisa ir de
carro.
— Mãe eu juro que não corro, eu já fui várias vezes deixa, por favor...
— Tudo bem, mas se quebrar minha confiança não vai ter conversa
Matt, eu confio em você entendeu?
— Obrigada Mãe, eu já sou homem feito, quase dezoito e você só tem
orgulho até agora. — ele diz se gabando.
— Espero que continue assim, agora aproveita que vai de carro e me
traz mais umas coisinhas. — digo anotando tudo para que ele não esqueça.
∞∞∞
Quase tudo pré-pronto para noite e eu continuo na cozinha, os
meninos na sala em uma disputa eterna no vídeo game, até que escuto o carro
de James para em frente de casa, coisa que ele nunca faz, ele sempre entra na
garagem, logo em seguida um segundo carro para também e as portas abrem
e fecham.
Ouço a voz de James e depois a voz de uma mulher. Até que eles
estão na minha cozinha, eu encaro a mulher em minha frente toda linda, alta e
esbelta, sua pele negra, seus lábios perfeitos e um cabelo em cachos perfeitos,
um sorriso perfeito, porra toda perfeita, eu olho rápido para o meu traje e
quero um buraco para me enfiar rapidamente, eu estou com um short velho
que parece uma calcinha já que deixa minhas coxas toda de fora, minha
camiseta de quando Paulo Maluf foi deputado em São Paulo, e porra isso
deve ter sido há trezentos anos, e para acabar, ela está repleta de farinha
assim como meu rosto deve estar.
Meus pés descalços só fazem acabar, eu pareço empregada da minha
própria casa, quem vai dizer que a mulher toda descabelada e com camiseta
de político de eleição passada é dona dessa cozinha enorme dentro dessa casa
luxuosa.
James nota meu desconforto e em passos largos ele já me tem em seus
braços, sem ligar para minha sujeira ou para seu terno caro, ele apenas me
agarra e me beija como se estivéssemos a sós.
— Oi Morena, essa aqui é a Léia, assistente do May. E Léia essa a
Tatiana minha maravilhosa mulher e cozinheira espetacular. — ele diz me
tecendo elogios e eu fico uma poça derramada de alegria por ele me enaltecer
tanto.
— Oi tudo bem? — digo indecisa se lhe estendo uma mão suja ou
não.
— Oi tudo sim, eu já a vi na empresa algumas vezes e também por
foto, é um prazer conhecê-la. — ela diz toda simpática.
— Amor eu trouxe a Léia porque tem alguns documentos de trabalho
aqui e May tirou o dia para ir ao orfanato com Kaio, e como eu não queria
perder seu almoço... Não se importa não é? — ele pergunta ainda me
abraçando.
— Não... Fiquem à vontade, já, já vou colocar a mesa. — digo
tentando sair dos braços grandes e fortes de James.
— Tranquilo Morena, eu coloco a mesa. — diz já tirando o terno e
dobrando as mangas da camisa.
Entro em nosso quarto ele está na cama nu e tem uma mão presa à
cabeceira da cama com uma corda e sua outra mão acaricia seu pau já duro e
babado do seu líquido de tão excitado que está.
— Vem aqui Morena, eu sou todo seu, ninguém me tem, sei que ficou
com ciúmes hoje, mas não precisa ter, só você Tatiana me tem duro, só você
me excita.
Vou até ele é me sento em seu colo, beijo seu pulso com a corda e o
desamarro.
— Te excito até com minhas camisetas personalizadas de eleições
passadas? — pergunto rindo e ele joga a cabeça para trás caindo em uma
gargalhada alta e eu admiro seu corpo sarado e nu ali, só meu, todo meu.
— Sim me excita com essas camisetas, aliás, eu amo quando vejo
você com elas, amo ver sua cara de conforto quando veste uma e deita para
assistir um filme qualquer, e depois quando eu as tiro do seu corpo para amar
você mais uma vez...
— Eu quero me castigue senhor... — peço sabendo que isso o
enlouquece.
Ele me deita de lado e prende minhas mãos nas costas, depois com a
mesma corda ele dá duas volta por minha barriga e amarra, deitei com meu
peito no colchão e minha bunda está toda exposta para ele.
Passa alguns segundos e ele nada faz, até que sinto algo frio
pressionar meu ânus, conheço a ponta do plug anal, mas assim que ele coloca
sinto os pelos da cauda que cai sobre minha bunda.
— Porra! Que lindo esse cuzinho com um rabo, pronto para apanhar...
Balança pra mim Tatiana! — ele ordena sua voz e seu toque em minha pele
emana tesão.
Eu arrebitei ainda mais e balanço para ele, a respiração de James é
pesada e excitada, ouço quando ele tira cinto e acerta o primeiro golpe em
minha bunda.
Dois...
— Verde! — ele acerta mais forte.
Quatro...
— Verde...
Seis...
— Ahh... James!
— Caralho, isso... Na próxima vou meter um vibrador junto do meu
pau nessa boceta porra!
— Sim! Eu quero, mete amor! — grito louça enquanto minha boceta
jorra mais líquidos, é como se meu orgasmo nunca acabasse.
— Porra! Porra! Gostosa pra caralho! Ohh... Isso — James grita
gozando dentro de mim, então com tudo ele puxa o plug e lambe meu ânus
enfiando dois dedos ali, depois ele beija e lambe minha bunda ainda com a
cera da vela derretida.
Meu corpo trêmulo e suado está deitado nos braços do homem da
minha vida, ele sem dúvida é o meu amor, nunca seria feliz sem ele, James
me leva ao limite e me dá carinho, me dá segurança, paz e amor.
— Feliz ano novo Morena! — diz me abraçando deitados em nossa
cama.
— Feliz ano novo Amor!
∞∞∞
³Wax play: Brincadeiras com velas dão um clima mais misterioso à cena, e podem ser
usados no jogo. A cera derretida pode ser usada para torturar o parceiro. Claro, cuidados
devem ser tomados para evitar queimaduras sérias.
BÔNUS DIA DOS NAMORADOS
— Oi amor…
— ONDE CARALHOS ESTAVA? — gritei mais enciumado que
estava com raiva pelo horário.
— Ei, abaixe esse tom de voz!
— Então me diz onde minha mulher estava até essa hora com aquele
projeto de Fernando Colunga?
— Meu Deus James! Está com ciúmes? — ela indagou rindo.
Safada vai me pagar!
— Não, só estou encenado Tatiana! É lógico que estou com ciúmes!
— Não precisa amor, eu estava em uma reunião com pessoal da
franquia da minha padaria, aí meu carro quebrou e meu telefone tinha
descarregado, e o Jamie...
— Jamie? — indaguei incrédulo.
— O Jamie é um dos sócios, ele viu meu carro e parou Para me
ajudar, chamei o guincho e ele me deu uma carona.
Ela diz tranquila e eu a encaro nervoso.
— Filha da puta! — xinguei e ela sorriu.
— Posso entrar na minha casa agora senhor ciumento?
— Ah! Tatiana! Vai entrar sim. Vai entrar e subir e me esperar de
joelhos sua safada! — disse ela ainda sorriu.
Ela amava isso.
— Tudo bem senhor! De joelhos. — ela sorriu e subiu rebolando sua
bunda grande que me enlouquecia.
∞∞∞
Terminei amarrar seus pulsos e tornozelos deixando-a aberta como
um X. Tirei minha roupa e coloquei tudo que precisava no criado mudo.
— Não vai gritar muito, não quer acordar os meninos. — eu disse e
ela sorriu.
— Não vou amor, vou me comportar. — ela respondeu confiante.
— Está feliz Tatiana? Acha que vai sair barato seu passeio com
aquele garoto? Não viu que ele estava babando em cima de você?
— James ele só me deu uma carona…
— Me ligasse do celular dele!
— Ele se ofereceu, eu estava perto e…
— Eu não dou caronas para mulheres, não recebo carona…
— Me desculpe amor, não precisa ter ciúmes. Só você me tem James.
— ela disse e isso abrandou meu coração, mas ela ainda teria seu castigo.
Ela me olha e então seu olhar desse pelo meu peito, ela paralisa ao ver
que onde existia uma letra T, agora está completo Tatiana, e o T puxava uma
ponta circulando o nome fazendo um símbolo do infinito.
— James! — exclamou passando o dedo levemente por cima.
— Feliz dia dos namorados Morena!
— Meu Deus! Esqueci! Me desculpa amor, não tenho nenhum
presente, nada…
— Você é meu presente, nossa família é meu presente.
— Mas você tatuou meu nome, isso merece algo altura. — ela disse
sorrindo admirando seu nome em meu peito, sobre meu coração.
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