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B. TOMAZ
Direitos autorais © 2022 Bruna Alves Tomaz
Os personagens e eventos retratados neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com
pessoas reais, vivas ou falecidas, é coincidência e não é intencional por parte do autor.
Impresso no Brasil
Dedico à todas as leitoras que pediram muito pelo livro de um certo loiro que
apareceu brevemente no livro dois da série.
SINOPSE
UM HOMEM APAIXONADO.
UMA MULHER COM MEDO DE AMAR.
UM CASAL ABENÇOADO PELO DESTINO.
ADAM ESTAVA PERDENDO AS ESPERANÇAS DE
ENCONTRAR UMA MULHER QUE O ENXERGASSE COMO O
HOMEM QUE É E NÃO APENAS O ADAM BART JOGADOR DE
HÓQUEI E SEU CARTÃO “DISK-SEXO”
SUA VIDA NEM SEMPRE FOI MARAVILHOSA, MAS NADA O
FEZ PARAR DE ACREDITAR, DE LUTAR, DE CORRER ATRÁS
DOS SEUS SONHOS E NÃO SERIA AGORA QUE ELE DEIXARIA
DE PROCURAR A SUA FELICIDADE.
O SEU ANJO.
ANGELINE ACREDITAVA NO AMOR, AFINAL, ELA CRESCEU
ASSISTINDO SEUS PAIS SE AMANDO MAIS DO QUE QUALQUER
COISA NO MUNDO, DESEJOU TER A MESMA SORTE QUE ELES
TIVERAM AO ENCONTRAR A PESSOA CERTA.
PORÉM O AMOR QUE ELA TANTO IDOLATRAVA, DESTRUIU
UMA DAS PESSOAS MAIS IMPORTANTES DA SUA VIDA.
ANGELINE CONSEGUIRIA FUGIR DESSE SENTIMENTO?
ADAM ENCONTRARIA O QUE TANTO PROCURA?
VENHA DESCOBRIR A HISTÓRIA DO CASAL MAIS
APAIXONADO DA SÉRIE E SE APAIXONE POR ADAM E
ANGELINE EM UM ROMANCE ERÓTICO CHEIO DE EMOÇÃO.
Algumas semanas antes.
De: Louíse.
Para: Adam.
Assunto: Você é um chato.
Fique você sabendo que não vou desistir, não adianta se fazer de
difícil e trate de me desbloquear.
De: Louíse.
Para: Adam.
Assunto: Ela só quer um amor.
Olha, não estou pedindo que você case com ela agora, só quero
que saia um pouco, dê uma chance para se conhecerem, Harper é
linda e no próximo e-mail, se você for bonzinho e me desbloquear,
envio uma foto dela.
Ps: Ela me autorizou a enviar essa foto, não se preocupe não
estou fazendo nada ilegal.
Li mais um.
De: Louíse.
Para: Adam.
Assunto: Idiota.
Ok, você venceu! Estou enviando a imagem mesmo você me
torturando, poderia pelo menos dar uma chance para um drink com
ela? Ou podemos sair para algum lugar.
Donavan disse que iria comigo e apesar de vocês dois fingirem
implicar um com o outro, sei que se gostam, então por favor, diz que
sim.
De: Donavan.
Para: Adam.
Assunto: Pelo amor de Deus.
Responde essa merda de e-mail, dito isso preciso avisar que não
estou de maneira nenhuma sendo obrigado a enviar um e-mail para
te pressionar a aceitar sair com a Harper, e muito menos sendo
ameaçado para dizer que apreciaria a sua presença com a gente
mais tarde.
De: Louíse.
Para: Adam.
Assunto: Festa na sua casa.
Se você não aparecer no endereço que vou colocar abaixo às
oito, levarei todas as pessoas que estiverem ali para sua casa com a
promessa de uma festa enorme, você decide!
Aliás, espero que venha de carro porque Harper veio de táxi e é
rude deixá-la ir embora sozinha, então você irá levá-la!
De: Adam.
Para: Louíse.
Assunto: Pé no saco.
Você é um pé no saco, sabia? Encontro vocês lá!
— Mãe?
Chamo olhando ao redor antes que Titus apareça com aquelas
patas enormes e tome toda a minha atenção para si.
— Estou aqui, querida. — Sua voz estava alegre, o que sempre
me fazia sentir melhor. — Na sala.
Aproximei-me com um sorriso e a vi sentada no sofá com o
notebook em seu colo, digitando freneticamente.
— Tudo bem? — Seus olhos castanhos claros me encaram por
cima do óculos.
— Sim! — Procuro ao redor. — Onde está Titus?
Ela sorriu apontando para as grandes janelas da sala, mostrando-
o pulando e correndo ao mesmo tempo atrás da bolinha que Peter, o
marido da minha mãe, havia jogado para ele.
Titus é um cachorro milagroso, foi ideia do psicólogo achar um
cachorro para ajudá-la com as crises de ansiedade e depressão que
vinham sendo cada vez mais recorrentes na vida da minha mãe, com
a ajuda dele e do remédio, ela teve uma melhora significativa em seu
estado.
Graças a Deus por isso.
— Vim pra avisar que vou viajar com Yoga por algumas semanas.
— Volto a encará-la. — Não vou deixar a editora na mão, Aimée
estará supervisionando tudo e a obriguei a entrar em contato quando
alguma coisa acontecesse.
Minha mãe acenou ainda sorrindo.
Era bom vê-la assim depois de tanto anos sem vontade de
levantar da cama.
— Ok querida, sei que Aimée dá conta do recado, não se
preocupe com a editora, você sabe que eu e seu pai costumávamos
viajar e deixá-la organizando as coisas por alguns dias.
Acenei antes de olhar para fora, ainda observando o cachorro
enorme que mais parecia um bezerro, latindo e balançando o corpo
inteiro, denunciando o quão feliz estava.
— Você quer conversar sobre algo, meu amor?
Voltei a encarar minha mãe, seus olhos pareciam enxergar minha
alma enquanto me observava.
Melhor perguntar logo.
Respiro fundo.
Falar sobre meu pai era sempre difícil para mim e para ela.
— Você acha que valeu a pena viver um tempo com meu pai?
Se minha mãe estava surpresa com o assunto não demonstrou,
ela apenas colocou o notebook no espaço ao seu lado e se
aproximou pegando minhas mãos nas dela.
— Valeu e faria tudo de novo! — Respondeu com seus olhos
brilhando. — Não é segredo para ninguém que amo seu pai mais
que tudo nessa vida, filha. Ele sempre vai ser o primeiro homem que
amei e doeu muito perdê-lo, você sabe como fiquei.
Pisco rapidamente para espantar as lágrimas.
— Mas nem depois de tanta dor, eu deixaria de viver os anos que
tive com ele.
Uma batida em minha porta me fez voltar para a realidade.
— Angel? Você está aí? — A voz da minha amiga soa abafada
pela porta.
Estou mesmo sabotando minha própria vida por medo?
Uma euforia toma conta do meu corpo, fazendo meu coração
acelerar.
Ah meu Deus!
Em uma sequência rápida de movimentos, desligo o chuveiro e
me enrolo na toalha branca e muito confortável, tentando não cair ao
deslizar no piso branco e extremamente escorregadio.
Corro até a porta, abrindo-a num só golpe, assustando Yoga no
processo.
— Que porra é...
Passo por ela sem explicar.
Qual era o quarto dele mesmo?
Hã... pensa Angel, ele te falou ontem.
Corro ao mesmo tempo que passo os olhos nos números
pregados nas portas.
908? Não!
Segurei a toalha quando ela ameaçou a cair.
— Angel? — A voz de Yoga soou em minhas costas, mas não
parei para explicar o porquê estava parecendo uma louca toda
molhada no corredor de um hotel cinco estrelas.
910? Não!
912?
Uma dúvida surgiu em minha mente.
Bati na porta freneticamente, mas voltei a correr quando um
homem que parecia ter uns cinquenta anos apareceu na porta com o
olhar pesado de sono, uma barriga que provavelmente demorou
anos de muito álcool para adquirir e os poucos fios de cabelos
espetados para todos os lado.
— Desculpa, senhor! — Gritei indo para a próxima porta, mas
antes de bater nela e incomodar alguém que não deveria, me lembrei
das palavras de Adam antes que eu implorasse para ele ficar comigo
no quarto:
— Se precisar de algo, estou no 915.
Corri e parei de frente para ela.
Bati.
— Não vou te dar outra camisinha, seu idiota.
Sua voz sexy foi acompanhada por poucos passos e em seguida
a porta abriu.
Não tinha planejado vir aqui, então não sabia o que falar agora
que estava em sua frente, por isso deixei meus olhos descendo por
seu peito largo e esculpido em músculos firmes até o ponto onde a
toalha me impedia de ver o que estava escondido ali.
Pisquei para me obrigar a encará-lo.
— Hã... — Ajeitei a toalha em cima dos meus seios. — ainda
podemos ir na trilha?
Imaginei que Adam iria recusar e falar que minha chance de fazer
qualquer coisa com ele tinha evaporado depois de tê-lo enrolado
tanto, mas o homem em minha frente apenas sorriu para mim.
O seu maldito sorriso bonito.
— Se precisarmos ir combinando. — Ele apontou entre mim e
ele. — Podemos sair daqui agora.
Olhei mais uma vez para a sua toalha e depois para a minha.
A tensão deixou meu corpo e meu sorriso se alargou junto com o
dele.
— Você está decorando o caminho? — Angel pergunta subindo o
pedaço de trilha mais íngreme. — Se não está, acho melhor
começarmos a nos preocupar, porque não sou boa com direções.
Ajeito a mochila em minhas costas e viro o rosto para observá-la
inclinar o corpo um pouco para frente e fazer uma careta ao forçar
suas pernas a subir o morro.
— É só seguir a trilha que viemos, não tem erro. — Respondo
erguendo a mão em sua direção.
E não tinha erro mesmo, a trilha estava bem visível, indicando
que o pessoal que cuida dessa área sabe o quão turístico o país é e
dá um jeito de deixar tudo certo, como o caminho que seguimos,
apesar de ter algumas partes um pouco complicadas de subir por
conta do cascalho, os matos ao lado não invadiam o local, o que nos
dava uma visão boa do lugar que devemos seguir.
A expressão de incredulidade no rosto da ruiva dizia que ela não
compactuava do mesmo pensamento que eu.
— É só seguir a trilha. — Ela resmunga e sorri ao aceitar minha
ajuda. — Se não conseguirmos voltar, você fica acordado para nos
proteger dos possíveis animais que existem aqui.
Ela arqueia as costas soltando a respiração e passa seus olhos
amendoados pela mata ao redor, como se precisasse se certificar de
que não tem nenhum bicho à espreita. Sua atenção é desviada para
mim e percebo um leve, quase imperceptível, tremor em seus lábios
macios.
— Não vamos nos perder. — Confirmo ao entrelaçar meus dedos
nos dela e não espero para observar sua reação, apenas volto a
subir a trilha puxando-a levemente. — Além disso, pesquisei sobre a
trilha e não acho que temos que nos preocupar.
Não tinha muito tempo para pesquisar, já que precisávamos sair o
mais rápido possível do hotel, então apenas procurei o essencial no
Google, incluindo sobre os animais que poderíamos encontrar no
local.
Algumas cobras, cães, micos e alguns outros animais que não
nos colocariam em risco.
Angel resmunga alguma coisa que não consigo entender e se
deixa ser guiada por mim.
O caminho inteiro foi assim, cheio de subidas às vezes tranquilas
e outras nem tanto, mas sempre podíamos parar e virar para o lado
esquerdo para admirar a imensidão de montanhas se encontrando
suavemente antes de conseguirmos ver o mar de um azul-claro
quase bonito demais para ser verdade.
Não era à toa que o país era considerado um paraíso.
— Me lembre de novo porque não estamos no barco, bebendo e
descansando?
Sorrio quando avisto a placa de madeira fincada entre um monte
de pedras indicando que estávamos mais perto do que
imaginávamos da cachoeira no final da trilha dos cinco.
— Você não me disse o motivo, mas imagino ser porque você
ficou com ciúmes na noite passada e precisou inventar uma desculpa
rápida. — Angel começou a tentar negar, mas fui mais esperto que
ela. — Chegamos.
O barulho da queda d’água um pouco mais distante de onde
estávamos chamou a atenção da ruiva que ainda mantinha seus
dedos delicados entrelaçados aos meus, ela abriu um sorriso enorme
e cheio de dentes brancos e alinhados e me encarou com as íris
brilhando ao endireitar as costas e soltar o ar pela boca.
— Não acredito. — Diz olhando para a placa que indicava a
cachoeira dos cinco e soltou minha mão para dar alguns pulinhos. —
Está ouvindo esse barulho?
O sorriso em meus lábios se intensificou ainda mais ao
perceber sua animação.
— Estou.
Angel me encarou com os olhos brilhando.
— Posso te contar um segredo? — Ela espera tempo o
suficiente para me ver concordar e volta a caminhar devagar,
claramente esperando que eu vá junto com ela.
Com passos igualmente vagarosos, a acompanho na direção
da cachoeira que a cada passo que dávamos, o barulho da queda
d’água ficava mais alto.
— Meu pai sempre me levava para fazer trilha, na verdade,
caminhar em família era sempre o passatempo favorito dele, então
acabei me acostumando com a rotina de todas as férias que tinha,
passava com ele fazendo trilhas que eu conseguiria concluir. — Sua
voz estava mais baixa, carregada de saudade e amor. — Às vezes
não tinha vontade de ir e reclamava o caminho todo que estava
cansada e sabe o que meu pai falava? — Apesar do tom ser de
pergunta, Angel não queria uma resposta, então fiquei calado
esperando que ela concluísse. — Dizia que o caminho difícil valeria a
pena no final e era verdade, sempre valia a pena quando
chegávamos no nosso destino.
O caminho cheio de árvores foi se abrindo até estarmos de frente
para uma das quedas d’água mais lindas que já vi em toda a minha
vida. As pedras estavam tão perfeitamente dispostas nos lados e
debaixo da água que quase pareciam terem sido ajeitadas por
alguém, o lago abaixo era cristalino o suficiente para que
conseguíssemos enxergar o fundo e o barulho da água junto com os
sons que a mata emitia, mais parecia um sonho.
Virei o rosto para olhar Angel e me deparei com aquele par
castanho me observando atentamente.
Um sonho bom demais para ser verdade.
— Por que você não me ligou?
Sua atenção não desviou do meu rosto quando engoliu em seco,
ela parecia analisar cada pedaço de pele até parar em meus lábios,
o que me provocou um sorriso.
— Estava com medo. — Admitiu antes de passar a língua nos
lábios e subir o olhar para me encarar.
— Medo? — Ergo uma sobrancelha. — E não está com medo
agora?
Dei um passo em sua direção, invadindo seu espaço pessoal.
— Estou.
— Então o que mudou? Se estava com medo antes e isso a
impediu de me ligar, porque agora está aqui comigo sozinha, mesmo
ainda tendo esse receio?
Angel lambeu os lábios mais uma vez.
Droga, ela precisa parar de fazer isso.
— Não sei.
Seu sussurro foi quase inaudível.
Meu instinto gritou para grudar seu corpo no meu e beijá-la como
se não precisássemos respirar, mas ao invés de colocar em prática o
que eu queria, apenas inclinei sobre ela e coloquei os lábios em seu
ouvido para sussurrar.
— Já dei o primeiro passo várias vezes, agora é sua vez, linda. —
Afasto do seu corpo com dificuldade e solto seus dedos antes de
caminhar na direção do lago com o coração acelerado.
Ele estava me provocando.
Adam balançou a cabeça vigorosamente, fazendo as gotas de
água do seu cabelo voarem para todos os cantos, assim como as do
seu torso esculpido descerem quase em câmera lenta até a base da
sua bermuda, fazendo-me por um segundo desejar ser aquela fina
camada detalhando seus músculos mais do que perfeitos.
Meus olhos pareciam travados em sua pele levemente
bronzeada e nem a sugestão do sorriso convencido exibido em seus
lábios em uma clara demonstração que ele estava mais do que
ciente da minha atenção em seu corpo, foi capaz de me fazer desviar
o olhar para a linda e exuberante paisagem em suas costas.
Estávamos em uma das cachoeiras mais visitadas por turistas
em Anurb, quando pesquisei sobre locais preferidos no site de
turismo do país, descobri que a trilha dos Cinco era uma das que
ficavam mais perto do centro da cidade e talvez seja esse o motivo
dela ser uma das mais procuradas ou pode ser que seja escolhida
por causa do lago cristalino o suficiente para que eu consiga ver o
fundo, devido às pedras ao redor da queda d’água, assim como
disposta em todos os lados do lago, que davam um charme rústico e
muito bem-vindo aos meus olhos, ou também a mata ao fundo,
deixando a aparência misteriosa e maravilhosa ao mesmo tempo.
A paisagem é realmente linda, mas o que me fez prender a
respiração foi o homem seminu sentado ao meu lado na enorme
pedra na beira da água, com aqueles olhos verdes grudados em
mim.
Sim! Ele, definitivamente, estava me provocando.
Os músculos definidos do seu abdômen ficaram evidentes
quando ele se deitou, colocando um braço em cima dos olhos e o
outro largado ao lado do corpo, como se nada fosse mais satisfatório
do que estar ali ouvindo o barulho da água se misturar com os da
mata ao nosso redor.
Sério isso? Quem tinha um corpo desse?
Minha atenção foi puxada em sua direção como se um ímã
estivesse pregado em sua pele e não passou despercebido por meu
cérebro que poderia me aproveitar da sua falta de visão para
observá-lo sem que fosse flagrada.
Um sorriso dominou meus lábios enquanto observei os
desenhos marcados em sua pele, havia muitos ali e dentre todas
aquelas formas lindas de flores, pássaros, espirais e animais, uma
me chamou atenção.
Um desenho que me lembrou de uma das pessoas mais
importantes em toda a minha vida.
Meu pai.
— Você gosta de Hóquei?
Minha pergunta pareceu enrijecer sua postura tranquila.
— Gosto.
Foi a única palavra que saiu da sua boca e parecia amarga.
Ergo uma sobrancelha quando uma pontada de curiosidade é
aguçada por essa resposta curta e um tanto seca.
— Legal. — Sorrio mesmo sabendo que ele não está vendo. —
Entããão, você trabalha com o seu pai no restaurante?
Ainda não havia passado por minha cabeça saber onde e no que
ele trabalha, provavelmente porque não tinha intenção de encontrá-lo
depois daquele primeiro dia no bar, mas agora a curiosidade estava
levando a melhor de mim.
Apoio o peso do corpo nos cotovelos para conseguir me erguer e
o observo.
Ele parecia incerto sobre o que falar, isso ou estava escolhendo
as palavras sobre seu trabalho.
Estranho.
Será que estava desempregado?
A curiosidade aumentou enquanto Adam permanecia quieto
por um tempo consideravelmente grande e só voltou a falar depois
de suspirar audivelmente e erguer o braço de cima dos seus olhos e
mirá-los em mim.
— Não, meu trabalho é esse. — Seus dedos foram para a parte
do bíceps tatuado com alguns rabiscos.
Para ser mais exata, o desenho que me chamou a atenção.
— É tatuador?
Ele abriu um sorriso rápido demais para que chegasse aos seus
olhos.
— Não, sou o que a tatuagem representa.
Olho para o desenho que claramente representava um
jogador de Hóquei.
Isso me deixou um pouco surpresa.
Era coincidência demais que ele tivesse a mesma profissão
que meu pai.
O homem ao meu lado não parecia querer falar sobre isso, mas
para o azar dele, eu queria! Principalmente porque fazia muito tempo
que não procurava saber sobre o esporte e depois de ter me deixado
com vontade de sentir seus lábios nos meus mais cedo, estou ainda
mais tentada em provocá-lo.
— Jogador, hein? — Empurro seu ombro, mandando para longe a
curiosidade. — Então senhor-sou-jogador-de-hóquei qual a sua dica
para uma pessoa que não tem muita destreza no gelo?
Na época que meu pai jogava no Calgary Flames[5] antes de
morrer, ele tentou me ensinar, tentou de verdade, mas
aparentemente não tenho equilíbrio o suficiente para ficar em cima
dos patins.
— Permaneça nas bordas para segurar as barras de apoio caso
precise ou tenha alguém que saiba patinar ao seu lado.
O sorriso enfim voltou aos seus lábios.
— Essa é sua dica? Que sem graça. — Reclamo, ignorando a
sensação de aperto no meu peito ao lembrar do meu pai.
— Quer saber o que tem graça?
Acenei observando-o se levantar e passar as mãos na bermuda
como se estivessem sujas antes de se aproximar com um sorriso
malicioso exibido em seus lábios.
Se eu tivesse uma bola de cristal, teria antecipado sua ação e
corrido, mas como não tinha, apenas senti meu corpo sendo erguido
rapidamente e em seguida sendo engolido pela água fria.
Filho da mãe.
Balanço as pernas e braços para conseguir chegar à superfície.
— O que foi? Não achou engraçado?
Sua risada arrancou um sorriso dos meus lábios.
— Não achei nada engraçado. — Os meus lábios esticados ia
contra essa afirmação. — Se prepara, Adam. — Ameacei nadando
até a saída do lago. — Você acabou de comprar uma briga.
HAHAHA
~ Rindo de desespero. ~
Como foi difícil concluir esse livro, não sei se o motivo de tanta
dificuldade foi pelo fato de ser o último da série e algo dentro de mim
queria escrever mais e mais histórias com essa pegada mais leve ou
se os personagens simplesmente não queriam me falar nada, a
única coisa que sei é que demorou demais, fiquei travada em
inúmeras partes e me irritei com tudo isso, mas apesar de toda essa
confusão, o final valeu muito a pena.
Mas isso aqui não é um adeus definitivo, ainda tenho uma surpresa
para quem ama o CEO, ADVOGADO, COWBOY, POLICIAL e agora
o JOGADOR.
Aguardem!
Sobre o autor
B. TOMAZ
Mora na região metropolitana de Belo Horizonte em Minas Gerais
junto com sua família.
Instagram: @btomazautora
Livros dessa série
Profissões
São histórias CURTAS e PRECISAS, contando sobre as pessoas
que trabalham em profissões diversas. O intuito das noveletas NÃO
é se aprofundar nas áreas de trabalho de cada personagem, mas
sim contar as histórias de cada casal.
Cada noveleta aborda um tema profundo além do romance caliente.
Louíse é uma mulher excêntrica e feliz com a vida, ela não tem ideia
nenhuma do quanto sua beleza mexe com as pessoas ao redor. Com
seu carisma natural essa mulher se joga de cabeça no que acredita,
faz o que tem que fazer, fala o que precisa ser dito e isso nos rende
boas risadas.
Haylie é uma mulher forte que cresceu fazendo todo possível para
agradar uma das pessoas que amava e que na realidade não se
importava com ela. Mesmo com as inseguranças que esse
relacionamento familiar causou em sua vida e a dor de ser enganada
pelo único homem que já amou, ela conseguiu seguir em frente.
Mas agora ela teria que encarar e enfrentar o passado que tanto a
feriu. Será que Haylie superou mesmo o que aconteceu anos antes
ou apenas guardou sua dor?
.
VENHA DESCOBRIR A HISTÓRIA DO CASAL MAIS "CÃO E GATO"
da série e se apaixone por Matthew e Haylie em um romance erótico
pra lá de emocionante.
.
Adequado para maiores de 18 anos.
OK! OK!
× LEITURA HOT.
É isso mesmo! Se você for menor de 18 anos, esse conto não é para
você.
× PITADA DE HUMOR.
Como tudo na minha vida, os acontecimentos provocam risadas.
× MOMENTOS DE CONFUSÃO.
Outra palavra que frequentemente faz parte do meu vocabulário.
× HOMEM GOSTOSO.
Ainda bem que isso também está na minha rotina sempre, equilíbrio
é importante.
× EUZINHA.
Sim, apareço algumas vezes para conversar com você.
× NATAL.
Para completar a lista, vem a minha data preferida.